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Introdução à Eletricidade

Nessa parte será mostrado sobre tudo o que foi estudado referente à
eletricidade. Vamos ver toda a matéria sobre eletricidade que desenvolvemos ao longo
do Projeto.

Definição de Carga Elétrica

Se pudéssemos separar os prótons, nêutrons e elétrons de um átomo, e lançá-


los em direção a um imã, os prótons seriam desviados para uma direção, os elétrons a
uma direção oposta a do desvio dos prótons e os nêutrons não seriam afetados. Esta
propriedade de cada uma das partículas é chamada carga elétrica. Os prótons são
partículas com cargas positivas, os elétrons têm carga negativa e os nêutrons têm carga
neutra.

Um próton e um elétron têm valores absolutos iguais embora tenham sinais


opostos. O valor da carga de um próton ou um elétron é chamado carga elétrica
elementar e simbolizado por e.

A unidade de medida adotada internacionalmente para a medida de cargas


elétricas é o Coulomb (C).

A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga encontrada na


natureza, comparando-se este valor com Coulomb, têm-se a relação:

−19
e=1,6 ∙10 C

A unidade Coulomb é definida partindo-se do conhecimento de intensidade de


corrente elétrica, medida em ampère (A), já que suas unidades são interdependentes.

Um Coulomb é definido como a quantidade de carga elétrica que atravessa em


um segundo, a seção transversal de um condutor percorrido por uma corrente igual a 1
ampère.
Processos de Eletrização

Considera-se um corpo eletrizado quando este tiver número diferente de


prótons e elétrons, ou seja, quando não estiver neutro. O processo de retirar ou
acrescentar elétrons a um corpo neutro para que este passe a estar eletrizado denomina-
se eletrização.

Alguns dos processos de eletrização mais comuns são:

Eletrização por Atrito:

Este processo foi o primeiro de que se tem conhecimento. Foi descoberto por
volta do século VI a.C. pelo matemático grego Tales de Mileto, que concluiu que o
atrito entre certos materiais era capaz de atrair pequenos pedaços de palha e penas.

Posteriormente o estudo de Tales foi expandido, sendo possível comprovar que


dois corpos neutros feitos de materiais distintos, quando são atritados entre si, um deles
fica eletrizado negativamente (ganha elétrons) e outro positivamente (perde elétrons).
Quando há eletrização por atrito, os dois corpos ficam com cargas de módulo igual,
porém com sinais opostos.

Esta eletrização depende também da natureza do material.

Eletrização por contato:

Outro processo capaz de eletrizar um corpo é feito por contato entre eles.
Se dois corpos condutores, sendo pelo menos um deles eletrizado, são postos em
contato, a carga elétrica tende a se estabilizar, sendo redistribuída entre os dois, fazendo
com que ambos tenham a mesma carga, inclusive com mesmo sinal.
O cálculo da carga resultante é dado pela média aritmética entre a carga dos condutores
em contato.

Um corpo eletrizado em contato com a terra será neutralizado, pois se ele tiver
falta de elétrons, estes serão doados pela terra e se tiver excesso de elétrons, estes serão
descarregados na terra.
Eletrização por indução eletrostática:

Este processo de eletrização é totalmente baseado no princípio da atração e


repulsão, já que a eletrização ocorre apenas com a aproximação de um corpo eletrizado
(indutor) a um corpo neutro (induzido).

O processo é dividido em três etapas:

- Primeiramente um bastão eletrizado é aproximado de um condutor inicialmente


neutro, pelo princípio de atração e repulsão, os elétrons livres do induzido são
atraídos/repelidos dependendo do sinal da carga do indutor.

- O próximo passo é ligar o induzido à terra, ainda na presença do indutor.

- Desliga-se o induzido da terra, fazendo com que sua única carga seja a do sinal oposto
ao indutor.

Após pode-se retirar o indutor das proximidades e o induzido estará eletrizado


com sinal oposto à carga do indutor e as cargas se distribuem por todo o corpo.
Conservação de Carga Elétrica

Dentro de um sistema isolado, a soma algébrica tanto das cargas positivas


como negativas, irão permanecer constantes.

Vejamos um exemplo:

Se pegarmos dois objetos A e B, que possuem cargas Q1 e Q2. Considerando


que ocorreu uma troca de cargas entre esses dois corpos, ficando assim com cargas Q 1’ e
Q2’. A partir daí temos que as cargas elétricas são: Q1 + Q2 = Q1’ + Q2’= constante.

A função que representa a conservação das cargas elétricas é:

∑Qantes =∑Qapós

Lei de Coulomb

Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de


interação (atração e repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com
dimensão e massa desprezível. Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão,
cargas com sinais opostos são atraídas e com sinais iguais são repelidas, mas estas
forças de interação têm intensidade igual, independente do sentido para onde o vetor
que as descreve aponta. O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força
elétrica de interação entre cargas puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos
módulos de cada carga e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as
separa. Ou seja:

Q1 ∙ Q2
F∝ 2
d

Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerarmos uma
constante k, que depende do meio onde as cargas são encontradas. O valor mais usual de
k é considerado quando esta interação acontece no vácuo, e seu valor é igual a:

2
N∙m
k =9 ∙10 9 2
C
Então podemos escrever a equação da lei de Coulomb como:

Q1 ∙ Q2
F=k ∙
d2

Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o


produto de suas cargas, ou seja:

Q1 ∙ Q2 >0 → forças de repulsão Q1 ∙ Q2 <0 → forças de atração

Exercícios de Aplicação

A seguir serão mostrados exercícios que foram desenvolvidos por nós (alunos
do Projeto) juntamente com o Professor Orientador do Projeto, referentes à Definição de
Carga Elétrica, Processos de Eletrização e Lei de Coulomb.

Carga Elétrica:

13
1. Um corpo condutor inicialmente neutro perde 5,0 ∙10 elétrons. Considerando a
carga elementar e=1,6 ∙10
−19
C , qual será a carga elétrica no corpo após esta perda
de elétrons?

Inicialmente pensaremos no sinal da carga. Se o corpo perdeu elétrons, ele


perdeu carga negativa, ficando, portanto, com mais carga positiva, logo, carregado
positivamente.

Quanto à resolução numérica do problema, devemos nos lembrar da equação


da quantização de carga elétrica:

Q=n ∙ e

Sendo n o número de elétrons que modifica a carga do corpo:

|Q|=n ∙e |Q|=( 5 ∙1013 ) ∙ ( 1,6∙ 10−19 ) |Q|=8 ∙10−6 C |Q|=8 μC


Logo, a carga no condutor será:

Q=+8 μC

19 19
2. Um corpo possui 5,0 ∙10 prótons e 4,0 ∙ 10 elétrons. Considerando a carga
elementar e=1,6 ∙10−19 C , qual a carga deste corpo?

Primeiramente verificamos que o corpo possui maior número de prótons do


que de elétrons, portanto o corpo está eletrizado positivamente, com carga equivalente à
diferença entre a quantidade de prótons e elétrons.

Essa carga é calculada por:

Q=n ∙ e

Q=+ ( 5 ∙ 1019−4 ∙1019 ) ∙ e 19


Q=+10 ∙1,6 ∙ 10
−19
Q=+1,6 C

Processos de Eletrização:

1. Em uma atividade no laboratório de física, um estudante, usando uma luva de


material isolante, encosta uma esfera metálica A, carregada com carga +8 µC, em outra
idêntica B, eletricamente neutra. Em seguida, encosta a esfera B em outra C, também
idêntica e eletricamente neutra. Qual a carga de cada uma das esferas?

Resolvendo o exercício por partes:

Primeiramente calculamos a carga resultante do primeiro contato, pela média


aritmética delas:

Q A +QB +8 μC+0
Q' A=Q' B = = Q' A =Q' B =+4 μC
2 2

Como a esfera A não faz mais contato com nenhuma outra, sua carga final é +4
µC.

Calculando o segundo contato da esfera B, com a esfera C agora, temos:


'
Q B +QC + 4 μC+ 0
Q' ' B=Q' C = = Q' ' B =Q' C =+2 μC
2 2

Portanto, as cargas finais das 3 esferas são:

' ''
Q A=+ 4 μC Q B=+2 μC Q' C =+2 μC

Lei de Coulomb:

1. Considere duas partículas carregadas respectivamente com +2,5 µC e -1,5 µC,


dispostas conforme mostra a figura abaixo:

Qual a intensidade da força que atua sobre a carga 2?

Analisando os sinais das cargas podemos concluir que a força calculada pela lei
de Coulomb será de atração, tendo o cálculo de seu módulo dado por:

|Q1|∙|Q2|
F=k ∙ 2
d

2 −6 −6
N ∙ m 2,5 ∙ 10 C ∙ 1,5 ∙10 C
F=9 ∙10 9 2

C (0,3 m) ²

33,75 ∙ 10−3
F= N
0,09

F=0,375 N

Portanto a força de atração que atua sobre a carga 2 tem módulo 0,375N e seu
vetor pode ser representado como:
Relação entre Força e Campo Elétrico

Campo elétrico de cargas puntiformes


Considere uma carga puntiforme Q, fixa, originando um campo elétrico de tal
forma que uma carga de prova q, nele colocada, num ponto P, a uma distância d da
carga criadora do campo, fica sujeita a uma força ⃗
F , cuja intensidade pode ser
calculada pela lei de Coulomb.

O vetor campo elétrico resultante ⃗


E , num ponto P de uma região onde
existem várias cargas puntiformes, é dado pela soma vetorial dos vetores originados por
cada carga no ponto P.

Linhas de Força

Estas linhas são a representação geométrica convencionada para indicar a


presença de campos elétricos, sendo representadas por linhas que tangenciam os
vetores campo elétrico resultante em cada ponto, logo, jamais se cruzam. Por
convenção, as linhas de força têm a mesma orientação do vetor campo elétrico, de modo
que para campos gerados por cargas positivas as linhas de força são divergentes (sentido
de afastamento) e campos gerados por cargas elétricas negativas são representados por
linhas de força convergentes (sentido de aproximação).

Quando se trabalha com cargas geradoras sem dimensões, as linhas de força


são representadas radialmente, de modo que:
Campo Elétrico entre placas carregadas

Dizemos que um campo elétrico é uniforme em uma região quando suas linhas
de força são paralelas e igualmente espaçadas umas das outras, o que implica que seu
vetor campo elétrico nesta região ⃗ E têm, em todos os pontos, mesma intensidade,
direção e sentido.

Uma forma comum de se obter um campo elétrico uniforme é utilizando duas


placas condutoras planas e iguais. Se as placas forem postas paralelamente, tendo cargas
de mesma intensidade, mas de sinal oposto, o campo elétrico gerado entre elas será
uniforme.
Circuito Simples

Circuito elétrico é o conjunto de caminhos que permitem a passagem da


corrente elétrica e é constituído por um conjunto de elementos elétricos ligados uns aos
outros e conectados aos polos de um gerador. O circuito elétrico é denominado simples
quando oferece um só caminho para a circulação da corrente elétrica.

Exercício de Aplicação:

Observe o circuito série abaixo com 03 resistores usados em sistema de


aquecimento de água e calcule a corrente elétrica do circuito, as quedas de tensões em
cada resistor e a potência dissipada pela fonte e também por cada um dos resistores.

Resolução:

Neste exercício sobre circuito série, queremos analisar e encontrar todos os


valores importantes nos componentes utilizando o cálculo da resistência equivalente do
circuito série e a aplicação da lei de ohm:

E
IT =
RT
RT =R1 + R2 + R3 +…+ R N
Temos que encontrar os valores de:

A corrente elétrica total do circuito IT;

A queda de tensão V1 sobre o resistor R1;

A queda de tensão V2 sobre o resistor R2;

A queda de tensão V3 sobre o resistor R3;

A potência dissipada P1 pelo o resistor R1;

A potência dissipada P2 pelo o resistor R2;

A potência dissipada P3 pelo o resistor R3;

A potência total PT fornecida pela fonte.

Os valores da tensão elétrica da fonte de alimentação e das resistências do


circuito foram fornecidos no exercício:

E=20V R1=2 Ω R2=1 Ω R3=5 Ω RT =2+1+5=8 Ω

Assim:

I T =2,5 A

Com o valor da intensidade da corrente elétrica calculado, utilizando a Lei de


Ohm com o foco em cada resistor podemos determinar o valor das quedas de tensão:

V 1=I T ∙ R1 =2,5∙ 2=5 V V 2=I T ∙ R 2=2,5 ∙1=2,5V

V 3=I T ∙ R 3=2,5 ∙5=12,5 V

Com os valores de tensões e corrente elétrica calculados, podemos calcular os


valores de potência:

P1=V 1 ∙ I 1=5 ∙2,5=12,5 W

P2=V 2 ∙ I 2=2,5 ∙2,5=6,25 W P3=V 3 ∙ I 3=12,5 ∙ 2,5=31,25 W


Para calcular a potência fornecida pela fonte podemos fazer de duas maneiras
diferentes:

1 – Utilizando os valores de tensão e corrente elétrica da fonte:

PT =E∙ I T PT =20∙ 2,5 PT =50W

2 – Somando as potências individuais consumidas por cada um dos resistores (A energia


consumida pelos resistores é a energia total fornecida pela fonte):

PT =50W

REPOSTA FINAL DO EXERCÍCIO RESOLVIDO:

O valor da Intensidade de Corrente Total deste circuito série vale 2,5 Ampères.
As quedas de tensão em cada resistor valem V 1=5 V , V 2=2,5 V e V 3=12,5 V .
A potência total do circuito vale 50 Watts.

Corrente Elétrica

Uma corrente elétrica é um fluxo ordenado de partículas carregadas (partículas


dotadas de carga elétrica). Em um fio de cobre, a corrente elétrica é formada por
minúsculas partículas dotadas de carga elétrica negativa, denominadas elétrons -- eles
são os portadores da carga elétrica.
No fio de cobre (ou de qualquer outro metal) os elétrons naturalmente lá
existentes vagueiam desordenadamente (têm sentidos de movimentos aleatórios) até
que, por alguma ordem externa, alguns deles passam a caminhar ordenadamente (todos
no mesmo sentido) constituindo a corrente elétrica. A intensidade dessa corrente elétrica
vai depender de quantos desses portadores, em movimento bem organizado passam, por
segundo, por um região desse fio.

A corrente elétrica, num circuito, é representada pela letra “i” e sua intensidade
poderá ser expressa em ampères (símbolo A), em miliampères (símbolo mA) ou outros
submúltiplos tal qual o microampères (símbolo μ A).

Um ampère (1 A) é uma intensidade de corrente elétrica que indica a passagem


de 6,2x1018 elétrons, a cada segundo, em qualquer seção do fio. Esses
6,2x1018 elétrons (uma quantidade que escapa ao nosso pensamento) transportam uma
carga elétrica total cujo valor é de um Coulomb (1 C). “Coulomb” (símbolo C) é a
unidade com que se medem as quantidades de cargas elétricas.

Se indicarmos a quantidade total de carga elétrica que passa pela seção de um


fio por Q (medida em Coulomb) e o intervalo de tempo que ela leva para passar por essa
seção por ∆t (medido em segundos), a intensidade de corrente elétrica “i” (medida em
ampères) será calculada por:

Q
i=
∆t

Exercício de Aplicação:

Um trovão descarrega um total de 4,7 ∙ 1028 elétrons durante apenas


0,0000001 segundos. Qual a intensidade de corrente elétrica neste cenário, medida no
ponto onde o raio caiu?

Resolução:
Queremos encontrar a intensidade de corrente elétrica que este trovão
descarregou que é dada pela fórmula:

∆Q
i=
∆t

28
O trovão tem uma quantidade de 4,7 ∙ 10 de eletróns. Sabemos que cada elétron
possui uma carga de 1,6 ∙10−19 C . Ou seja, a carga total deste trovão será:

∆ Q= ( Quantida de elétrons ) ∙ ( Carga de cada elétron ) ∆ Q= ( 4,7 ∙ 1028 ) ∙ ( 1,6 ∙ 10−19)

∆ Q=7,52 ∙ 1019 C

Essa quantidade total de carga elétrica foi descarregada em um intervalo de


tempo igual a 0,0000001s, ou seja:

−7
∆ t=1 ∙10 s

Agora que temos todos os valores que precisamos devidamente identificados,


basta calcular a intensidade de corrente:

7,52∙ 1019
i= −7
1 ∙ 10

26
i=7,52∙ 10 A

Geradores e Receptores

Um gerador transforma uma modalidade qualquer de energia em energia


elétrica. As cargas elétricas da corrente que atravessa o gerador chegam pelo polo de
potencial mais alto, polo positivo.
É considerado gerador ideal aquele que consegue transferir às cargas que o
atravessam toda energia elétrica transformada.

A diferença de potencial entre os polos de um gerador ideal é chamada força


eletromotriz (f.e.m.). A f.e.m. é representada pela letra E, e sendo uma ddp sua unidade
de medida é volt.

Quando um gerador estabelece uma diferença de potencial U entre os terminais


de um receptor, ela se divide da seguinte forma: uma parte desta E’, chamada de força
contra eletromotriz (f.c.e.m.), é utilizada de forma útil e a outra parte, que representa a
queda de tensão r’.i decorrente da passagem da corrente elétrica, é dissipada sob forma
de calor.

Gerador Ideal

Se a resistência interna do gerador é nula (r = 0), o gerador é chamado de


gerador ideal, pois não dissipa energia. Nesse caso (que não ocorre na prática), a ddp
entre seus terminais é igual à sua força eletromotriz (f.e.m).

Gerador Real

Ao atravessar um gerador real, a corrente elétrica se depara com uma


resistência interna através de elementos condutores que formam o gerador.
Denomina-se (r) como a medida dessa resistência interna.

Resistores

São peças utilizadas em circuitos elétricos que tem como principal função
converter energia elétrica em energia térmica, ou seja, são usados como aquecedores ou
como dissipadores de eletricidade.
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso cotidiano são: o filamento
de uma lâmpada incandescente, o aquecedor de um chuveiro elétrico, os filamentos que
são aquecidos em uma estufa, entre outros.

Em circuitos elétricos teóricos costuma-se considerar toda a resistência


encontrada proveniente de resistores, ou seja, são consideradas as ligações entre eles
como condutores ideais (que não apresentam resistência), e utilizam-se as
representações:

Associação de Resistores

Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados,


chamada associação de resistores. O comportamento desta associação varia conforme a
ligação entre os resistores, sendo seus possíveis tipos: em série, em paralelo e misto.

- Associação em Série

Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:

Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é


mantida por toda a extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor
irá variar conforme a resistência deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:

U1 = R1 ∙ i

U2 = R2 ∙ i

U3 = R3 ∙ i

U4 = R4 ∙ i

Esta relação também pode ser obtida pela análise do circuito:


Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é
igual à

U=U 1+U 2+U 3+ …+U n U=R 1 ∙ i+ R 2 ∙ i+ R3 ∙ i+ …+ Rn ∙ i

Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são


mantidas, é possível concluir que a resistência total é:

RT =R1 + R2 + R3 +…+ Rn

Exercício de Aplicação

Para o circuito elétrico básico abaixo, retirado de um esquema elétrico de um


aparelho eletrônico desconhecido, observamos uma associação paralela. Qual seria a
resistência equivalente RT?

De maneira simples e direta todos os valores de cada um dos resistores foram


fornecidos no enunciado do exercício:
R1 = 2Ω

R2 = 2Ω

R3 = 2Ω

R4 = 2Ω

Agora que temos todos os valores que precisamos devidamente identificados,


basta calcular a resistência total equivalente do circuito paralelo. Veja que apesar da
disposição diferente os resistores R2 e R3 estão em paralelo entre si e também com os
outros resistores.

1 1 1 1
1 + + +
RT = 2 2 2 2
1 1 1 1 ¿
+ + +
R1 R2 R3 R 4 1
RT =
¿

1
RT =
0,5+0,5+0,5+0,5

1
RT = RT =0,5 Ω
2

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