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Resistencia Dos Materiais PDF
Resistencia Dos Materiais PDF
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Flexão - solicitação que tende a modificar o eixo geom étrico de uma
peça.
SOLICITAÇÕES Mt
Um sistema de forças pode ser aplicado num corpo de
diferentes maneiras, originando portanto diversos tipos de
solicitações, tais como tração, compressão, cisalhamento, flexão e
torção.
Tração - solicitação que tende a alongar a peça no sentido da reta de Com o aumento da intensidade da força, há um aumento
ação da resultante do sistema de forças. da deformação.
F F deformação
transitória
deformação
permanente
F
__________________________________________________________________________________________
-1-
o
Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
ALONGAMENTO UNITÁRIO F
Alongamento unitário ( ε ) é a relação entre o alongamento
total ( ∆l ) e o comprimento inicial ( l ).
Corpo de Prova
lo
l
F
∆l Aumentando-se a tensão, a deformação também vai
aumentando e os resultados da experiência podem ser mostrados
por um gráfico, marcando em abcissas as deformações
ε= σ
lο [ cm/cm]
σr R
Pode ser expresso também em porcentagem(%).
σe E
σp P
TENSÃO
ε
A(área) 1 2 3
__________________________________________________________________________________________
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o
Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
Convém frisar que o escoamento é característico nos aços A tensão admissível fixada deve ser bem inferior à tensão
doces e outros materiais. Ele marca o início das grandes de ruptura. Seu valor é determinado dividindo-se a tensão de
deformações permanentes. ruptura por um coeficiente (n) chamado fator de segurança.
P
Α≥
Nesta tabela foram considerados três tipos de
carregamento:
σ a) carregamento estático:
a carga aplicada se m antém constante (vigas das estruturas).
2 2 Na tabela: -Carregamento I
(A) é a área da seção transversal da peça [cm ,mm ]
σ
Vejamos agora um exemplo de calculo para uma área de
seção circular:
π .d 2 π. d 2 P
área: A= substituindo temos: ≥ isolando o
4 4 σ tempo
diâmetro temos:
b) carregamento intermitente:
a carga é aplicada periodicamente (dentes de engrenagens).
4.P Na tabela: -Carregamento II
d≥
π. σ σ
d
onde (d) é o diâmetro da peça [mm]
tempo
__________________________________________________________________________________________
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o
Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
σ P. l ο
∆l =
A.E
tempo
Ε representa a carga capaz de alongar o fio de secção de
área unitária ao dobro de seu comprimento inicial.
Observação:
Os aços distinguem-se em laminados e trefilados: estes
últimos apresentam características técnicas superiores aos
laminados.
DIMENSIONAMENTO DE PARAFUSOS
As barras, as chapas e os perfis laminados são obtidos a É dado o esquem a de um parafuso submetido a uma carga
quente nos laminadores, enquanto os trefilados são obtidos a frio por de tração e aperto conforme figura abaixo:
meio de fieiras. A
Podem os trabalhar com as tensões de ruptura (σ r) e
escoamento (σe ) com os seguintes fatores de segurança: (P+Po)
σr σe
σ= σ=
do
n n A
d
CORTE “AA”
*Para tensão de ruptura: n = 6,0 a 12,0 α p
*Para tensão de escoamento: n = 2,0 a 6,0
TRAÇÃO E COMPRESSÃO
d
do
4. (P + Po )
do ≥
π. σ
∆l P ∆l P
__________________________________________________________________________________________
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o
Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
Pôr esta formula determinamos o diâmetro (do) do núcleo do 4-) Calcular a força necessárias para alongar 1 mm um fio de cobre
parafuso de comprimento 2m e diâmetro 4mm
d = do + 2 . t
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
5-) Calcular a tensão de trabalho no elo da corrente em figura.
1-) Calcular o alongamento total de um fio de cobre de comprimento
50 cm e diâmetro 2 mm quando é aplicado uma carga de 20 kgf. 200 kgf 200 kgf
5mm
lo
∆l
P
6-) Calcular a força necessária capaz de romper um arame de aço
ABNT 1030 trefilado e diâmetro 2 mm.
12,0 tf
4 cm
5 cm
P
30 cm
1 mm
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o
Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
8-) Escolher a corrente destinada a resistir uma carga de 1,0 tf. 12-) Verificar a seção do montantes da prensa em figura, para uma
Material: Aço ABNT 1040 laminado e fator de segurança n = 3,5 carga máxima de 3,2 tf. Material: Ferro Fundido
3,5.d
d
1,0 tf 1,0 tf
1,5.d
2
2 P
[cm]
2 parafusos
3000 kgf
60 cm
d1
d
D
14-) Dimensionar os diâmetros dos tirantes para o suporte em
figura.
Dados: Carregamento I
material aço ABNT 1020 laminado
Carga P = 500 kgf
4m
2 tirantes
a b
__________________________________________________________________________________________
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Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
CISALHAMENTO EXERCÍCIOS:
1-) Calcular a força de corte P da chapa em figura.
No cisalhamento como já foi visto, a peça é solicitada pôr Dados: espessura s = 4mm
duas forças proximas, paralelas e de sentidos contrários. largura L = 5 cm
Material aço ABNT 1020
Reta de ação da força L P
F s
F
2-) Calcular a força de corte P da chapa em figura. Dados: Aço
A 1030 laminado
100
R. 20
20
A seção (A) resistente à força cortante (F) é paralela à linha esp. 2mm
de ação desta força e quando o limite de resistência é ultrapassado
há um deslizamento desta área.
F F
τc ≥ Α≥
A ou
τc
4-) Dimensionar a articulação esquematizada na figura abaixo.
Material aço ABNT 1040 laminado n = 4,5
e2
F
Na verificação temos: τc = ≤ τc
A e1
d
R
O dimensionamento de peças submetidas ao cisalhamento 600kgf 600kgf
é feito o tomando como base os valores da tensão admissível da
seguinte maneira:
τ c = 0 ,7 5 . σ t
__________________________________________________________________________________________
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Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
P
6-) Calcular o diâmetro do rebite em figura e as medidas a x b. tensão admissível σ t = 8 mm 2 Α≥
Material: chapa de aço ABNT 1010 carregamento I σc
rebite de aço ABNT 1010
d
2 mm 8=
200
a -7 =
200 ∴ a =19,5 mm
2.(a − 7) 2.8
200 kgf
200 kgf
Eixo
cisalhamento
Resolução d
4.P
carregamento I τ c = 6,5mm 2 d≥
π.τ c
4.200
d= = 6,3mm
π.6,5
adotando d= 7,0 mm
2mm
200
⇒ 2 áreas cisalhadas P= = 100kgf
2
área ⇒ A =s . b
tensão de cisalhamento τ c = 5 mm 2
100 100
5= isolando b temos b= = 10mm
2.b 2.5
P
Α≥
τc
2mm d Área
P= 200kgf
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o
Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
N π.d 3o d
M t = 71620. [ kgf.cm] 16
n
16.M t
do ≥ 3
π. τ t
N= potência do motor [CV] (cavalo vapor)
n= rotação no eixo [rpm]
d h
π .d3
Wt = Wt = 0,208.h 3
16
2-) Dimensionar o terminal da manivela em figura.
Material: aço ABNT 1010 laminado carregamento II
Força no manipulo F= 20kgf
TORÇÃO R= 10 cm
h
Torção é a solicitação que tende a girar uma
seção em relação a outra de uma peça.
Mt
τt = 2
[ kgf/mm ou kgf/cm ]
2
Wt
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o
Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
P Mf4 = 0
compressão 1-) Neste exemplo foi considerado as forças que precedem a seção.
Se forem tomadas as forças que seguem as seções, os momentos
tração terão os mesmos valores, a menos do sinal.
Problemas Propostos:
Convenção: Mf +
1-)
100 200 300 kgf
P1 P1
x
c
b R2
R1 2,5 1,5 3,0 2,0
a m
Mf = P1.a – R1 . b + P2 . c
10 kgf 20 kgf
2 3 2 cm
R1 = 22 kgf R1 = 8 kgf
Mf2 +
Mf 4
Mf1
- Mf3
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Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
2-) 4-)
2,0 4,0 x
h
m
x
d
π.d 3 b.h3
Wf = Wf =
32 6
3
[ cm ]
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Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
Observação - 1: ( Wf ) depende do tipo de seção e da sua posição A fórmula da tensão é aplicada nas seções críticas, isto é,
relativa, conforme mostra o exemplo abaixo. nas seções onde pode haver ruptura do material.
P Exemplo: Calculo do diâmetro de um eixo.
3 b
Temos o seguinte
Mf π.d3o (2)
σf ≥ (1) Wf = t1
x Wf 32
8
substituindo a equação (2) em (1) temos:
Mf do
σf ≥ isolando do temos:
π.d o3 d
b.h3 3.83 32
Wf = = = 256cm3
6 6
32.M f
do ≥ 3
π.σ f
P
8
3
Aplicação:
x
1-) Projetar um eixo para uma polia chavetada. Dados:
Material: Aço ABNT 1040
x 1000 kgf
Mf
σf = 2
[ kgf/cm ]
Wf
Dimensionamento:
40 cm
No dimensionamento de peças à flexão admitem-se
apenas deformações elásticas. A tensão de trabalho é fixada pelo
fator de segurança ou pela tensão admissível.
Mf
σ f ≤ σf σf = ≤ σf
Wf
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FLAMBAGEM
Denomina-se Flambagem a carga axial que faz com que a peça
venha a perder a sua estabilidade, demonstrada pelo seu
encurvamento na direção do eixo longitudinal com o mostra a figura
ao lado. Ocorre sempre na direção do eixo de menor momento de
inércia transversal.
Pfl
lo
l lf
π .E. J
2
y
Pfl = Momento em relação ao eixo y
l 2fl x x
J = momento de Inércia, seção transversal da peça ( cm4, mm4 )
J y = ∑ x 2 . ∆A 2
[cm ]
E = módulo de resistência do material ( Kgf / cm2 ; Kgf / mm2 )
Pfl = carga de flambagem ( Kgf )
Obs. : quanto maior o momento de inércia de uma peça ( seção
l fl = comprimento livre de flambagem ( cm, mm )
transversal ) maior será sua resistência.
x x
b d
Retangular Circular
b.h3 h.b 3 .d 4
Jx = Jx = Jx = Jy =
12 12 64
Circular Vazada y
π. ( D4 − d4 )
d
x
Jx = Jy =
64
D
C
__________________________________________________________________________________________
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Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
d
x
y1 y
a
J x 1 = J x + b 2 .A A d D
J y1 = J y + a 2 . A x d D 2 + d2
G iy = ix = iy = ix =
4 4
b
o1 x1
Raio de Giração ( i ) Índice de Esbeltez ( λ )
O raio de giração de uma superfície plana em relação a um É definido através da relação entre o comprimento de
eixo de referência, constitui-se em uma distância particular entre a flambagem ( Lfl ) e o raio de giração mínima da seção transversal da
superfície e o eixo, na qual o produto entre a referida distância peça.
elevada ao quadrado e a área total da superfície, determina o
momento de inércia da superfície em relação ao eixo.
l fl
λ=
y i min
A
Jx Jy
ix = iy = π 2 .Ε
A A σ cr =
λ2
a. 3 b. 3 G
ix = iy =
Para o Aço ABNT NB 14
a
x
6 6
λ ≤ 105 ⇒ σ fl = 1200 − 0,023. λ 2
b
10363000
λ > 105 ⇒ σ fl =
λ2
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Pfl
Flambagem Elástica : ( como já foi visto ) σ fl = ω . ≤ σc
A
Para σ ≤ σp , vale a hipérbole de Euler:
10
* logo a validade das fórmulas acima, conhecida com o fórmula de 9
Coeficiente de Flamgem [ ω ]
Euler, é :
8
E 7
λ ≥ λ limEuler λ limEuler = π .
σp 6
4
A carga admissível será :
3
Pfl 2
P= Unidade: [ kgf ] 1
c
0
40 80 120 160 200 250
c = coeficiente de Segurança ; para estruturas metálicas; Indíce de Esbeltez [ λ]
c = 1,7 para λ= 0
c = 3,5 para λ = λlimEuler ou λ > λlimEuler
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Momento de Inércia de Perfil Composto: Ver em Anexos as tabelas de vigas perfis “I” e “U “com respectivos
dados.
Perfil “U”
y1 y y1
Exercícios:
1-) Calcular a carga máxima P para a viga representada abaixo:
a
Padrão Americano Aço 1020 laminado 8”x4” 3 alma
P
x
a U a
10 m
Momento de Inércia em [ y ]
U
2
J y = 2. J y1 + A. a +
2
J y = A t .i 2y
B. H 3 − b. h 3
H
Jx =
h
x
12
H. B 3 − h.b 3
Jy = b
12
B
H −h
4 4
Jx = Jy =
12
H
h
x
Área: A = H2 - h 2
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2-) Calcular a carga máxima P para uma viga de perfil cilíndrico de 4-) Calcular o comprimento mínimo para a viga em flambagem.
chapa calandrada de 1”de espessura como mostra a figura abaixo. Considerar valida a formula de Euler.
Aço ABNT 1020 laminado Aço 1050 laminado carregamento II σ C = 12,5kgf/mm 2
P
P = 25,7tf y
6m
500
450
x
400 l
[ mm ]
350
[ mm ] 400
3-) Calcular a carga necessária para que a viga abaixo não flambe.
P y y y
1 1
x
3,25 m
a U a
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CLASSIF. AÇOS
NORMA 1010 1020 1030 1040 1050
ABNT
lam. Tref. lam. Tref. lam. Tref. lam. Tref. lam. Tref.
σr 33 37 39 43 48 53 53 60 63 70
σe 18 31 21 36 26 45 29 50 35 59
Along. % 28 20 25 15 20 12 18 12 15 10
2
HB[kgf/mm ] 95 105 111 121 137 149 149 170 179 197
2
Tensão Admissível Segundo Bach [kgf/mm ]
I 8,0 10,0 10,0 14,0 13,0 15,5 15,0 21,0 20,0 22,0
σt II 5,0 6,5 6,5 9,0 8,5 10,0 9,5 13,5 12,5 14,5
III 3,.5 4,5 4,5 6.5 6,0 7,5 7,0 9,0 8,0 10,0
I 8,0 10,0 10,0 14,0 13,0 15,5 15,0 21,0 20,0 22,0
σc II 5,0 6,5 6,5 9,0 8,5 10,0 9,5 13,5 12,5 14,5
III 3,.5 4,5 4,5 6.5 6,0 7,5 7,0 9,0 8,0 10,0
I 8,5 11,0 11,0 15,0 14,5 17,0 16,5 23,0 22,0 24,0
σf II 5,5 7,0 7,0 10,0 9,5 11,0 10,5 15,0 14,0 16,0
III 4,0 5,0 5,0 7,0 6,5 8,0 7,5 10,5 9,5 11,51
I 5,0 6,5 6,5 8,5 8,0 10,0 9,5 12,5 11,5 13,5
τt II 3,0 4,0 4,0 5,5 5,0 6,5 6,0 8,0 7,0 9,0
III 2,0 3,0 3,0 4,0 3,5 5,0 4,5 6,0 5,0 7,0
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Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
Tabela de Roscas
TABELA DE ROSCAS
ROSCA MÉTRICA(M) ROSCA WHITHWORTH ROSCA WHITWORTH GÁS
perfil triangular ISO NORMAL Para canos(RC)
NB - 97 (W) NB 202 - ABNT
o o
d do P d d do N de d d do N de
diam. núcleo passo diam. mm núcleo fios/1” diam. mm núcleo fios/1”
4 3,14 0,7 1/8” 3,17 2,36 40 1/8” 9,73 8,57 28
6 4,77 1 5/32” 3,96 2,95 32 1 /4” 13,15 11,44 19
8 6,46 1,25 3/16” 4,76 3,4 24 3/8” 16,63 14,95 19
10 8,16 1,5 7/32” 5,55 4,2 20 1 /2” 20,95 18,63 14
12 9,83 1,75 1 /4” 6,35 4,72 20 5/8” 22,91 20,58 14
14 11,54 2 5/16” 7,93 6,13 18 3 /4” 26,44 24,11 14
16 13,54 2 3/8” 9,52 7,49 16 7/8” 30,2 27,87 14
18 14,99 2,5 1 /2” 12,7 9,99 12 1” 33,25 30,29 11
20 16,93 2,5 9/16” 14,28 11,57 12 1 1/4” 41,91 38,95 11
22 18,93 2,5 5/8” 15,87 12,91 11 1 1/2” 47,8 44,84 11
24 20,32 3 11/16” 17,46 14,5 11 1 3/4” 53,74 50,79 11
30 25,71 3,5 3 /4” 19,05 16,79 10 2” 59,61 56,65 11
36 31,09 4 13/16” 20,63 17,38 10 2 1/4” 65,71 62,75 11
42 36,48 4,5 7/8” 22,22 18,61 9 2 1/2” 75,18 72,23 11
48 41,87 5 15/16” 23,81 20,19 9 2 3/4” 81,53 78,58 11
56 49,25 5,5 1” 25,4 21,33 8 3” 87,88 84,93 11
60 53,25 5,5 1 1/8” 28,57 23,92 7 3 1/4” 93,98 91,02 11
64 56,64 6 1 1/4” 31,75 27,1 7 3 1/2” 100,33 97,37 11
α
p
__________________________________________________________________________________________
- 20 -
o
Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
X X
h
__________________________________________________________________________________________
- 21 -
o
Tecnologia de Projetos II 2 Ciclo de Mecânica
y
b
__________________________________________________________________________________________
- 22 -
o
Tecnologia Projeto II 2 Ciclo de Mecânica
elementos chavetados
eixos-árvore entalhados
elementos anelares
Seja qual for o tipo de variador, sua função está ligada a eixos.
Esses elementos constituem-se de dois anéis cônicos apertados
entre si e que atuam ao mesmo tempo sobre o eixo e o cubo.
Modos de transmissão
A transmissão de força e movimento pode ser pela forma e por atrito.
- 23 -
o
Tecnologia Projeto II 2 Ciclo de Mecânica
arruelas estreladas
Correias
São elementos de máquina que transmitem movimento de rotação
entre eixos por intermédio das polias. As correias podem ser
contínuas ou com emendas. As polias são cilíndricas, fabricadas em
diversos materiais. Podem ser fixadas aos eixos por meio de
pressão, de chaveta ou de parafuso.
Rodas de atrito
São elementos de máquinas que transmitem movimento por atrito
entre dois eixos paralelos ou que se cruzam.
Correntes
São elementos de transmissão, geralmente metálicos, constituídos
de uma série de anéis ou elos. Existem vários tipos de corrente e
cada tipo tem uma aplicação específica.
corrente de elos
- 24 -
o
Tecnologia Projeto II 2 Ciclo de Mecânica
Roscas Acoplamento
São saliências de perfil constante, em forma de hélice (helicoidal). As É um conjunto mecânico que transmite movimento entre duas peças.
roscas se movimentam de m odo uniforme, externa ou internamente,
ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica. As saliências são
denominadas filetes.
Eixos e árvores
Cabos de aço
São elementos de máquinas feitos de arame trefilado a frio.
Inicialmente, o arame é enrolado de modo a formar pernas. Depois
as pernas são enroladas em espirais em torno de um elemento Os eixos e as árvores podem ser fixos ou giratórios e sustentam os
central, chamado núcleo ou alma. elementos de máquina. No caso dos eixos fixos, os elementos
(engrenagens com buchas, polias sobre rolamentos e volantes) é que
giram.
cabos
- 25 -
o
Tecnologia Projeto II 2 Ciclo de Mecânica
Material de fabricação
Os eixos e árvores são fabricados em aço ou ligas de aço, pois os
materiais metálicos apresentam melhores propriedades m ecânicas
do que os outros materiais. Por isso, são mais adequados para a
fabricação de elementos de transmissão:
• eixos com pequena solicitação mecânica são fabricados em aço
ao carbono;
• eixo-árvore de máquinas e automóveis são fabricados em aço-
níquel;
• eixo-árvore para altas rotações ou para bombas e turbinas são
fabricados em aço cromo-níquel;
• eixo para vagões são fabricados em aço-manganês. Quanto ao tipo, os eixos podem ser roscados, ranhurados, estriados,
maciços, vazados, flexíveis, cônicos, cujas características estão
Quando os eixos e árvores têm finalidades específicas, podem ser descritas a seguir.
fabricados em cobre, alumínio, latão. Portanto, o material de
fabricação varia de acordo com a função dos eixos e árvores.
Tipos e características de árvores
Eixos vazados
Normalmente, as máquinas-ferramenta possuem o eixo-árvore vazado
para facilitar a fixação de peças mais longas para a usinagem.
Eixos cônicos
Os eixos cônicos devem ser ajustados a um componente que possua
um furo de encaixe cônico. A parte que se ajusta tem um formato
cônico e é firmemente presa por uma porca. Uma chaveta é utilizada
para evitar a rotação relativa.
Eixos roscados
Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que
permite sua utilização como elem ento de transmissão e também
como eixo prolongador utilizado na fixação de rebolos para
retificação interna e de ferramentas para usinagem de furos.
Dimensionamento de Eixo
Dimensionamento a Flexão Simples
Eixos-árvore ranhurados Mf
Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras longitudinais em
Calculo do eixo: d = 2,17.3
torno de sua circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os
sulcos correspondentes de peças que serão montadas no eixo. Os
σf
eixos ranhurados são utilizados para transmitir grande força.
Eixos-árvore estriados
Assim como os eixos cônicos, como chavetas, caracterizam-se por Exemplo de calculo:
garantir uma boa concentricidade com boa fixação, os eixos-árvore
estriados também são utilizados para evitar rotação relativa em barras 1-) Dimensione o eixo indicado na figura abaixo: dados P = 2000 kgf
de direção de automóveis, alavancas de máquinas etc. a1 = 5 cm a2 = 10 cm
Eixos-árvore flexíveis
Consistem em uma série de camadas de arame de aço enroladas
alternadamente em sentidos opostos e apertadas fortemente. O
conjunto é protegido por um tubo flexível e a união com o motor é
feita mediante uma braçadeira especial com uma rosca.
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2-) Dimensione o eixo indicado na figura abaixo: dados P = 2000 kgf Tipos de polia
a = 7 cm Os tipos de polia são determinados pela forma da superfície na qual
a correia se assenta. Elas podem ser planas ou trapezoidais. As
polias planas podem apresentar dois form atos na sua superfície de
contato. Essa superfície pode ser plana ou abaulada.
Polias e Correias
Introdução
Polias
As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo
do motor e pelas correias.
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Correias Outra correia utilizada é a correia dentada, para casos em que não
As correias mais usadas são planas e as trapezoidais. A correia em se pode ter nenhum deslizamento, como no comando de válvulas do
“V” ou trapezoidal é inteiriça, fabricada com seção transversal em automóvel.
forma de trapézio. É feita de borracha revestida de lona e é formada
no seu interior por cordonéis vulcanizados para suportar as forças de
tração.
Transmissão
Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite
movimento e força é chamada polia motora ou condutora. A polia
que recebe movimento e força é a polia movida ou conduzida. A
maneira como a correia é colocada determina o sentido de rotação
das polias. Assim, temos:
• sentido direto de rotação - a correia fica reta e as polias têm o
mesmo sentido de rotação;
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• transmissão de rotação entre eixos não paralelos. n1 = número de rotações por minuto (rpm) da polia menor
n2 = número de rotações por minuto (rpm) da polia maior
Dimensionamento de Polias e
Correias Trapezoidais
Para ajustar as correias nas polias, mantendo tensão correta, utiliza-
se o esticador de correia. Critérios Para Escolha do Tipo e Número de
Correias
Já vimos que a forma da polia varia em função do tipo de correia. 3-) Calculo das distância de Centros provisórias: ver formula
página ( )
Costumamos usar a letra i para representar a relação de 8-) Fator de Serviço: depende da máquina condutora e máquina
transmissão. Ela é a relação entre o número de voltas das polias (n) conduzida, tabela da página ( )
numa unidade de tempo e os seus diâmetros.
9-) Fator de Correção do Arco de Contato: depende da diferença
( D2 – D1 ) e distancia entre centros ( I ) tabela da página ( )
n1 D 2
Portanto: i= =
n2 D1
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HP do motor . fatordeserviço
QuantidadedeCorreias =
HP por correia . fator de arco de contato
Exercício:
Transmissão
Transmissão por Correntes A transmissão ocorre por meio do acoplamento dos elos da corrente
com os dentes da engrenagem. A junção desses elementos gera
Introdução uma pequena oscilação durante o movimento.
Os problemas de uma empresa da área de transporte e cargas fez
com que o encarregado do setor tom asse algumas decisões
referentes à substituição de equipamentos, como componentes do
sistema de movimentação das esteiras transportadoras, e à
manutenção corretiva e preventiva dos órgãos de sustentação e
transferência de carga pesada.
Conceito
As correntes transmitem força e movimento que fazem com que a
rotação do eixo ocorra nos sentidos horário e anti-horário. Para isso,
as engrenagens devem estar num mesmo plano. Os eixos de
sustentação das engrenagens ficam perpendiculares ao plano.
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1 - pino;
2 - tala interna e externa;
3 - bucha remachada na tala interna 2;
4 - rolo, com rotação livre sobre a bucha 3.
Corrente de bucha
Essa corrente não tem rolo. Por isso, os pinos e as buchas são feitos
com diâmetros maiores, o que confere mais resistência a esse tipo
de corrente do que à corrente de rolo. Entretanto, a corrente de bucha
se desgasta mais rapidamente e provoca mais ruído.
Tipos de corrente
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Corrente de dentes
Nessa corrente, cada pino possui várias talas, colocadas uma ao
lado da outra. Assim, é possível construir correntes bem largas e
resistentes.
Dimensionamento
2.T
d=
corrente de articulação desmontável
π.σ t
π = 3,14 aproximadamente
σt ≤ 637 kgf/cm
2
se trabalha
raram ente
corrente com pino de aço
σt ≤ 510 kgf/cm
2
para casos
comuns
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Dimensões da corrente
Componentes
O cabo de aço se constitui de alma e perna. A perna se compõe de
vários aram es em torno de um aram e central, conforme a figura ao
lado.
Cabos de Aço
Conceito
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cabo de aço
alma perna
Distribuição filler
Construção de cabos As pernas contêm fios de diâmetro pequeno que são utilizados como
Um cabo pode ser construído em uma ou mais operações, enchimento dos vãos dos fios grossos.
dependendo da quantidade de fios e, especificamente, do núm ero de
fios da perna. Por exemplo: um cabo de aço 6 por 19 significa que
uma perna de 6 fios é enrolada com 12 fios em duas operações,
conforme segue:
Distribuição warrington
Os fios das pernas têm diâmetros diferentes num a mesma camada.
Alma de fibra
É o tipo mais utilizado para cargas não muito pesadas. As fibras
podem ser naturais (AF) ou artificiais (AFA).
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Alma de algodão
Tipo de alma que é utilizado em cabos de pequenas dimensões.
Alma de asbesto
Tipo de alma utilizado em cabos especiais, sujeitos a altas
temperaturas.
Alma de aço
A alma de aço pode ser formada por uma perna de cabo (AA) ou por
um cabo de aço independente (AACI), sendo que este último oferece
maior flexibilidade somada à alta resistência à tração.
Iang à d ir eit a I a ng à es q u er d a
Tipos de torção
Os cabos de aço, quando tracionados, apresentam torção das pernas
ao redor da alma. Nas pernas também há torção dos fios ao redor do Preformação dos cabos de aço
fio central. O sentido dessas torções pode variar, obtendo-se as Os cabos de aço são fabricados por um processo especial, de modo
situações: que os arames e as pernas possam ser curvados de forma helicoidal,
sem formar tensões internas.
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Dimensionamento
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Tipos de engrenagem
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Cremalheira
Cremalheira é um a barra provida de dentes, destinada a engrenar
uma roda dentada. Com esse sistema, pode-se transformar
movimento de rotação em movimento retilíneo e vice-versa.
Engrenagens helicoidais
Nas engrenagens helicoidais, os dentes são oblíquos em relação ao
eixo.
Conceitos básicos
As engrenagens são representadas, nos desenhos técnicos, de
maneira normalizada. Como regra geral, a engrenagem é
representada como uma peça sólida, sem dentes.
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Representação dos dentes Na parte em corte da vista lateral, a raiz do dente aparece
Quando, excepcionalmente, for necessário representar um ou dois representada pela linha contínua larga.
dentes, eles devem ser desenhados com linha contínua larga.
Caso seja necessário representar a raiz do dente da engrenagem em
uma vista sem corte, deve-se usar a linha contínua estreita, como no
desenho seguinte.
Entretanto, nas representações em corte, os dentes atingidos no Quando, na vista lateral da engrenagem, aparecem representadas
sentido longitudinal devem ser desenhados. Nesses casos, os dentes três linhas estreitas paralelas, essas linhas indicam a direção de
são representados com omissão de corte, isto é, sem hachura. inclinação dos dentes helicoidais.
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engrenamento de duas engrenagens cilíndricas dentes helicoidais b = pé - é a parte do dente que fica entre a circunferência primitiva
e a circunferência interna (ou raiz);
Observe que no engrenamento de duas engrenagens cilíndricas de
dentes helicoidais, o sentido do dente de uma deve ser à direita e da h = altura - corresponde à soma da altura da cabeça mais a altura
outra, à esquerda. do pé do dente.
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Verificando o entendimento Nas figuras a seguir estão mostrados, em escala natural, alguns
perfis de dentes no sistem a módulo, para se ter idéia das dim ensões
Analise a representação cotada dos dentes de engrenagem a seguir deles.
e responda às questões.
O sistema módulo é a relação entre o diâmetro primitivo, em
milímetros, e o número de dentes.
Resp.:_________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
Verificando o entendimento
É com base no módulo e no número de dentes que o fresador As demais cotas da engrenagem são o tamanho do furo: 11 e 18, e o
escolhe a ferramenta para usinar os dentes da engrenagem. Mais tamanho do rasgo da chaveta: 1,5; 4 e 18. A profundidade do rasgo
tarde, a verificação da peça executada também é feita em função da chaveta (1,5 mm) foi determinada pela diferença das cotas: 12,5
dessas características. mm e 11 mm.
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Agora veja as características de uma engrenagem cilíndrica com a)ângulo externo: _______________________________________
dentes helicoidais.
b)ângulo primitivo: ______________________________________
Verificando o entendimento
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Conceituação Mn
ou Mf =
Engrenagens com dentes helicoidais são usadas em sistemas cosβ
mecânicos, como caixas de câmbio e redutores de velocidade, que O diâmetro primitivo (Dp) da engrenagem helicoidal é calculado pela
exigem alta velocidade e baixo ruído. divisão do comprimento da circunferência primitiva por π (3, 14).
O comprimento da circunferência primitiva (Cp) é igual ao número de
dentes (Z) multiplicado pelo passo circular (Pc).
Características e cálculos de engrenagem com
Assim, Cp = Z . Pc
dentes helicoidais
Cp
Logo, o diâmetro primitivo é dado por Dp =
Esta engrenagem tem passo normal (Pn) e passo circular (Pc), e a
hélice apresenta um ângulo de inclinação (β).
π
Como Cp = Z . Pc
Z . Pc
podemos escrever DP =
π
Como Pc = Mf . π
Z . Mf . π
temos DP =
π
Simplificando, temos: Dp = Z . Mf ou Dp = Mf . Z
Mn
Como Mf =
cosβ
Mn . Z
podemos escrever Dp =
cosβ
O diâmetro externo (De) é calculado somando o diâmetro primitivo a
dois módulos normais.
Assim, De = Dp + 2 . Mn
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Mn = 11
4 Exercício 2
Calcular o módulo frontal (Mf), o passo normal (Pn) e o passo circular
Mn = 2,75 (Pc) da engrenagem do exercício anterior.
Dp = Mn . Z (já conhecida)
cosβ
Mn . Z
Isolando cos β, temos cosβ =
Dp
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Exemplo 3
Calcular a altura total do dente (h) de uma engrenagem helicoidal de
módulo normal Mn = 2,75 e ângulo de pressão θ = 20º.
Fórmula:
h = 2,25 . Mn
Exercício 3
Calcular uma engrenagem helicoidal com 32 dentes, Mn = 3, ângulo de
inclinação da hélice β = 19º30' e ângulo de pressão θ = 20º.
a) Mf =
b) Dp =
c) De =
d) Pn =
e) Pc =
Os ângulos de pressão mais comuns usados na construção de f) Di =
engrenagens são: 14º30', 15º e 20º. g) b =
h) h =
Para θ = 14º30' e 15º, usa-se a fórmula b = 1,17 . Mn
Exercício 4
Para θ = 20º, usa-se b = 1,25 . Mn Calcular uma engrenagem helicoidal com 44 dentes, Mn = 3, ângulo
de inclinação da hélice β = 30º e ângulo de pressão θ = 15º.
a) Mf =
b) Dp =
Exemplo 1 c) De =
Calcular a altura do pé do dente (b) para a engrenagem helicoidal de d) Pn =
módulo normal Mn = 2,75 e ângulo de pressão θ = 15º. e) Pc =
f) Di =
Utilizando: g) b =
b = 1,17 . Mn e substituindo os valores, temos:
b = 1,17 . 2,75
h) h =
b = 3,21mm
Exemplo 2
Calcular o diâmetro interno (Di) para a engrenagem helicoidal de
módulo normal Mn = 2,75, diâmetro primitivo Dp = 201,04mm e
ângulo de pressão θ = 14º30'.
Fórmula:
Di = Dp - 2,34 . Mn
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A partir dessas três fórmulas, podemos deduzir a fórmula do módulo Os ângulos do dente são calculados pelas fórmulas
(M) e encontrar o seu valor. tgγ = 2 . senδ (D)
Assim, Z
De = Dp + 2 . M . cos δ (A) para o ângulo de pressão α = 14º30' ou 15º,
Com o Dp = M . Z, podemos substituir na fórmula (A)
2,33 . senδ (E)
Logo De = M . Z + 2M . cos δ tgψ =
Z
Reescrevendo, temos: para o ângulo de pressão α = 20º,
De = M (Z + 2 . cos δ) (B) 2,50 . senδ
tgψ =
Isolando o módulo, temos: Z
M=
De (C) Podemos, então, calcular os ângulos:
Z + 2cosδ γ - ângulo da cabeça do dente
ψ - ângulo do pé do dente
Vamos, então, calcular o módulo da engrenagem, sabendo que:
De = 63,88 mm (medido) Dados:
Z = 30 (da engrenagem que será construída) δ - ângulo primitivo (14º2')
Za = 120 (da engrenagem que será acoplada) Z = 30
α = 14º30' (ângulo de pressão)
É necessário calcular primeiro o ângulo primitivo (δ) da engrenagem
que será construída. Aplicando a fórmula (D) abaixo:
Z 2 . senδ
Assim, tg δ= tgγ =
Za Z
Substituindo os valores, temos: O ângulo do pé do dente (ψ) é calculado aplicando a fórmula (E)
M=
63,88 2,33 . senδ
tgψ =
30 + 2 . cos 14°2' Z
63,88 Substituindo os valores, temos:
M=
30 + 1,94 tgψ =
2,33 . sen14°2'
30
63,88
M= 2,33 . 0,24248
31,94 tgψ =
30
M = 2 mm
tgψ =
0,56498
Vamos definir, agora, os ângulos da cabeça e do pé do dente. 30
tgψ = 0,01883 (novamente, com a calculadora, obtém-se o ângulo
aproximado)
ψ = 1º5'
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Exercício 1
Calcular as dimensões para construir uma engrenagem cônica de
módulo 2, número de dentes Z = 120, número de dentes da
engrenagem que será acoplada Za = 30, ângulo de pressão α =
14º30' e ângulo dos eixos a 90º.
Dp =
δ =
De =
O ângulo ω é o ângulo de inclinação do carro superior do torno para a =
realizar o torneamento cônico do material. b =
h =
O ângulo (ω) é igual à som a do ângulo primitivo (δ) mais o ângulo da γ =
cabeça do dente (γ). ψ =
ω =
Logo, ω = δ + γ σ =
Assim, σ = δ - ψ
Fórmula: Nc = Np . Ne
Zc
Se um parafuso com rosca sem-fim tem apenas uma entrada e está onde: Ne = número de entradas
acoplado a uma coroa de 60 dentes, em cada volta dada no parafuso
a coroa vai girar apenas um dente. Quando o problema é calcular as dimensões do parafuso com rosca
sem-fim e da coroa a serem fabricados, é preciso calcular o módulo
Como a coroa tem 60 dentes, será necessário dar 60 voltas no (M), usando-se a mesma fórmula empregada para cálculo de
parafuso para que a coroa gire uma volta. Assim, a rpm da coroa é engrenagem helicoidal.
60 vezes menor que a do parafuso. Se, por exemplo, o parafuso com
rosca sem-fim está girando a 1.800 rpm, a coroa girará a 1.800 rpm, A fórmula é a seguinte: M = de + De - 2 . E (A)
divididas por 60, que resultará em 30 rpm. 4
Suponhamos, agora, que o parafuso com rosca sem-fim tenha duas onde: de = diâmetro externo do parafuso
entradas e a coroa tenha 60 dentes. Assim, a cada volta dada no De = diâmetro externo da coroa
parafuso com rosca sem-fim, a coroa girará dois dentes. Portanto, E = distância entre os centros
será necessário dar 30 voltas no parafuso para que a coroa gire uma
volta. Essas dim ensões foram tomadas medindo-se o conjunto, e
obtivemos os valores
Assim, a rpm da coroa é 30 vezes menor que a rpm do parafuso com
rosca sem-fim. Se, por exemplo, o parafuso com rosca sem-fim está de = 28 mm
girando a 1.800 rpm, a coroa girará a 1.800 divididas por 30, que De = 104,4 mm
resultará em 60 rpm. E = 62,2 mm
A rpm da coroa pode ser expressa pela fórmula Substituindo os valores na fórmula (A), temos:
onde: Nc = rpm da coroa Assim, o módulo do conjunto coroa e parafuso com rosca sem-fim é
Np = rpm do parafuso com rosca sem-fim 2. Agora, com o valor do módulo, é possível calcular as demais
Ne = número de entradas do parafuso dimensões.
Zc = número de dentes da coroa
Para facilitar os cálculos, vamos utilizar a nomenclatura seguinte.
Exemplo Coroa
Em um sistema de transmissão composto de coroa e parafuso com M = módulo
rosca sem-fim, o parafuso tem 3 entradas e desenvolve 800 rpm. Qual Zc = número de dentes
será a rpm da coroa, sabendo-se que ela tem 40 dentes? Dp = diâmetro primitivo
De = diâmetro externo
Dados disponíveis D2 = diâmetro maior
Np = 800 rpm l = largura da roda
Ne = 3 entradas R = raio
Zc = 40 dentes δ = ângulo dos chanfros da coroa
a = altura da cabeça do dente
Aplicando a fórmula b = altura do pé do dente
h = altura total do dente
Np . Ne β = ângulo da hélice
Nc = E = distância entre eixos da coroa e da rosca sem-fim
Zc
e substituindo os valores na fórmula, temos:
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Dp = 100,4 mm
Parafuso com rosca sem-fim
de = diâmetro externo O diâmetro primitivo da rosca do parafuso é dado por
dp = diâmetro primitivo dp = de - 2 . M
γ = ângulo do flanco do filete dp = 28 - 2 . 2
dp = 28 - 4
Fórmulas dp = 24 mm
R=E-
De
2
R = 62,2 - 52,2
R = 10 mm
dp 24
cos δ = cos δ = cos δ = 0,85714
de 28
P=M . π D2 = De + 2 . R (1 - cos δ) De=Dp + 2 . M
Consultando a tabela de co-seno temos, aproxim adamente: δ = 31º
Valores de 1 A largura da coroa (l) para o parafuso com rosca sem-fim de uma
Para parafuso com rosca sem-fim de uma ou duas entradas: entrada é dada por
L = 2,38 . P + 6 l = 2,38 . P + 6
l = 2,38 . 6,28 + 6
Para parafuso com rosca sem-fim com mais de duas entradas: l = 14,95 + 6
L = 2,15 . P + 5 l = 20,95 mm
Exercícios
EXEMPLO 1
A engrenagem e a cremalheira têm a função de transformar um Calcular o passo (P), a altura total do dente (h), a altura da cabeça do
movim ento rotativo em movimento retilíneo ou vice-versa. dente (a) e a altura do pé do dente (b) de uma crem alheira de dentes
perpendiculares, sabendo-se que a cremalheira deve trabalhar com
A cremalheira pode ser considerada como uma roda de raio infinito. uma engrenagem de módulo 2. Para calcular o passo usamos a
Nesse caso, a circunferência da roda pode ser imaginada como um fórmula
segmento de reta. Por isso, a circunferência primitiva da engrenagem P=M.π
é tangente à linha primitiva da cremalheira.
Substituindo os valores na fórmula, temos:
P = 2 . 3,14
Logo, P = 6,28 mm
Para achar (h) aplica-se a fórmula
h = 2,166 . M
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Pn Mn
cos β= ou cos β=
Pc Mf
A altura total do dente (h) é dada por
h=a+b
onde:
a é a altura da cabeça do dente
b é a altura do pé do dente
b = 1,25 . Mn.
Para um ângulo de pressão α = 14º30' ou 15º, (b) é dado por:
b = 1,17 . Mn.
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Anexos:
Polias
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TECNOLOGIA
de
PROJETO -II
2o Ciclo de
Técnico Mecânica
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