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2 Tubino - 359870089 Legislacao Esportiva 1
2 Tubino - 359870089 Legislacao Esportiva 1
Resumo Abstract
O objetivo do presente estudo foi descrever a The objective of the present study was to
evolução da Legislação Desportiva Brasileira describe the evolution of the Brazilian Sport
desde o Estado Novo até o século XXI. Foram Legislation from the New State to the century
realizados levantamentos bibliográficos em XXI. Bibliographical risings were accomplished
livros de Educação Física que tratam da in physical education books that treat of the
história do esporte, na legislação brasileira history of the sport, in the Brazilian legislation
relacionada à área. Foi feito também related to the area. It was also made risings in
levantamentos na internet, com o intuito de the internet, with the intention of subsidizing
subsidiar as discussões do presente estudo. the discussions of the present study. Of the
Das leis responsáveis pelo esporte brasileiro responsible laws for the Brazilian sport met
encontrou-se relatos de seis, onde pode reports of six, where it can consider that
considerar que a partir da Lei Zico ocorreram starting from the Lei Zico happened abrupt
alterações bruscas na administração e alterations in the administration and regency of
regência do esporte nacional. the national sport.
INTRODUÇÃO
MÉTODO
Para a presente pesquisa foram realizados levantamentos bibliográficos em livros de
Educação Física que tratam da história do esporte, na legislação brasileira relacionada ao
esporte. Foi feito também levantamentos na internet, com o intuito de subsidiar as
discussões do presente estudo.
Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, v. 3, n. 3, p. 69-78, set. 2008.
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Explicitando que toda a renda e recurso serão gerenciados pelo Estado, e que o
desporto só receberá tal verba se estiver de acordo com o governo.
Este decreto de lei de 1975 comentou também sobre o Comitê Olímpico Brasileiro
em seus artigos 23, 24 e 25. Relatando que o mesmo é uma associação civil constituída,
de acordo com a lei e em conformidade com as disposições estatutárias e regulamentares
do Comitê Olímpico Internacional, com independência e autonomia para organizar e dirigir,
com a colaboração das confederações desportivas nacionais dirigentes do desporto
amador, a participação do Brasil nos Jogos Olímpicos, Pan-Americanos e em outros de
igual natureza, além de promover torneios de âmbito nacional e internacional; adotar as
providências cabíveis para a organização e realização dos Jogos Olímpicos, Pan-
Americanos e outros de igual natureza, quando o Brasil for escolhido para sua sede dentre
outras coisas (BRASIL, 1975).
Na verdade, esta lei deveria ser para levantar o desporto nacional, porém acabou por
fortalecer ainda mais o CND e continuar com o governo ditatorial todos os aspectos esportivos
da nação. Fato este que fica claro no artigo 43 desta lei que comenta sobre a estrutura
administrativa do CND: onde o Conselho Nacional de Desportos era composto por 11 (onze)
membros, sendo 8 (oito) de livre escolha do Presidente da República, dentre pessoas de
elevada expressão cívica e de notórios conhecimentos e experiência sobre desporto, com
mandato de 4 (quatro) anos, permitida a recondução por uma só vez; um representante do
Comitê Olímpico Brasileiro, por este indicado; um representante das confederações
desportivas, por estas eleito em reunião convocada e presidida pelo Presidente do Conselho
Nacional de Desportos; o dirigente do órgão do Ministério da Educação e Cultura responsável
pela administração e coordenação das atividades de educação física e desportos, que integrará
o Conselho como membro nato (BRASIL, 1975).
A lei Pelé trouxe recomendações em relação aos ´´Bingos``, inclusive com frases do
Ministério da Fazenda (BRASIL, 1998). Por isso que Alves e Piarenti (2007) relatam que a
partir de 1990, uma nova perspectiva de ação passou a constar do âmbito esportivo, que a
partir de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) na Câmara dos Deputados e
no Senado Federal, os três poderes constitucionais, em momentos diferenciados,
passaram à investigação de irregularidades cometidas por membros da iniciativa privada e
da Administração Pública, bem como à punição dos culpados. Assim, a ação do Estado
não se restringiu à elaboração de regulação, mas a partir da década de 1990 foi ampliada
no que tange à fiscalização do cenário esportivo, inclusive com a implantação das CPIs
dos Bingos anos depois.
normas aplicáveis à celebração de convênios pela União. Este artigo ainda acrescenta que
dos totais de recursos correspondentes aos percentuais referidos no § 1o, dez por cento
deverão ser investidos em desporto escolar e cinco por cento, em desporto universitário.
Ao que parecem, estas ultimas legislações estão avançando aos poucos. Pois como
coloca Tubino (2002) esta Lei Piva abre grandes perspectivas para o esporte olímpico e
paraolímpico, uma vez que, através de recursos permanentes o COB e o CPB planejarão
os esportes de maneira mais própria e segura.
Todavia, ainda observam-se poucos recursos destinados aos esportes paraolímpicos,
o que em futuras legislações devem ser observados com mais atenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esta evolução histórica da legislação esportiva brasileira pôde-se perceber que
os Decretos de Lei 3.191 (1941) e o 6.251 (1975), compreendeu períodos de completo
poder do Estado em relação ao esporte. Poder este com muito autoritarismo, onde tudo
era regido de acordo com os moldes governistas e ditatoriais.
Contudo a partir da Lei Zico iniciou-se uma mudança brusca na administração e
regência do esporte nacional, devolvendo a autonomia às próprias instituições esportivas.
Além disso, com a Lei Zico e a Lei Pelé, abriram-se novas esperanças e expectativas a
cerca da profissão ou profissionalismo dos desportistas e atletas brasileiros, isto sendo
enfatizado com a Lei Maguito Vilela. Já com a Lei Piva foi dada uma maior autonomia para
o Comitê Olímpico Brasileiro e o Paraolímpico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, J.A.B; PIERANTI, O.P. O estado e a formulação de uma política nacional de
esporte no Brasil. RAE-eletrônica, v. 6 n. 1 Art. 1, jan./jun. 2007.
BRASIL, Lei n. 10264 de Julho de 2001. Acrescenta inciso e parágrafos ao artigo 56 da
Lei n. 9615, de 24 de março de 1998, que instituiu normas gerais sobre o desporto.
BRASIL, Lei n. 8672, de 06 de Julho de 1993. Institui normas gerais sobre desportos e dá
outras providências.
BRASIL, Lei n. 9615 de 24 de Março de 1998. Institui normas gerais sobre desportos e dá
outras providências.
BRASIL, Lei n. 9981 de 14 de Julho de 2000. Altera dispositivos da Lei n. 9615 de 24 de
Março de 1998 e dá outras providências.
BRASIL. Decreto n. 3199 de 14 de abril de 1941. Estabelece as bases de organização do
desporto em todo o País.
BRASIL. Lei n. 6251, de 8 de outubro de 1975 - Institui normas gerais sobre desportos, e
dá outras providências.
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http://www2.camara.gov.br/comissoes/cpcms/normativas/oqueelegislacao.html. 2007
Acesso em 09/01/2007.
MELO FILHO, A. O desporto na ordem jurídico-constitucional brasileira. São Paulo:
Malheiros Editores, 1995.
TUBINO, M. J. G.. O que é esporte. São Paulo: Brasiliense, 1993.
TUBINO, M.J.G. 500 Anos de Legislação esportiva Brasileira: do Brasil Colônia ao
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WIKIPÉDIA. Desenvolvido pela Wikimedia Foundation. Apresenta conteúdo
enciclopédico. O que é Legislação? Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?
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Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, v. 3, n. 3, p. 69-78, set. 2008.
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Currículo
Diego Augusto Santos Silva,
Professor de Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe/Mestrando em Educação Física
pela Universidade Federal de Santa Catarina/Integrante do Núcleo de Pesquisa em
Cineantropometria e Desempenho Humano/Bolsista CAPES
Endereço:
Diego Augusto Santos Silva,
E-mail: diego-edf@hotmail.com
Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, v. 3, n. 3, p. 69-78, set. 2008.