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JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO NO BRASIL

Carlo Roberto Galvão


Clóvis Bezerra da Silva Junior
Katia Cristiane Bezerra de Andrade
Manuelly Arline Sousa Chaves
Osvaldo Pinheiro Filho
Taynara Fernanda de Carvalho Silva
Vanderson Ramos Borges de Melo

Resumo: o presente trabalho tem por finalidade falar acerca do processo de justiça de
transição no Brasil, mostrando como se desenvolveu esse movimento de mudança no pais.
Será a bordado como era a ditadura militar no Brasil, como era postura do Brasil diante da
declaração universal dos direitos humanos e de outros mecanismos de proteção aos direitos
humanos que surgiram na época, como estes órgãos atuava e influenciava ou não a postura do
governo ditatorial. Também veremos como foi o processo de redemocratização no Brasil com
o advento da constituição da republica federativa do Brasil de 1988. Como funciona a lei de
anistia e a importância da comissão nacional da verdade para o esclarecimento dos fatos
ocorridos durante o período de 1945 ate o movimento de redemocratização e por fim será
abordado alguns casos da corte interamericana de direitos humanos em que o Brasil foi
condenado sendo eles, o caso Damião Ximenes Lopes, caso Gomes lund, caso Escher e caso
sétimo Garibaldi em todos estes casos o Brasil foi condenado perante a corte onde as
sentenças emitidas destes casos causaram algumas modificações no nosso ordenamento
jurídico e também pode ser notado que diversas recomendações feitas por órgão como estes
não foram seguidas pelo governo brasileiro. O trabalho tem por finalidade maior mostrar
todos estes pontos e expor quais dos requisitos necessário para um processo legitimo de
justiça de transição o Brasil já cumpriu e quais faltam e o porque da falta de ineficácia no
combate as violações aos direitos humanos. A pesquisa foi desenvolvida através de pesquisa
em dissertações cientificas, livros e jurisprudências da corte interamericana de direitos
humanos.
Palavras-chaves: Ditadura militar. Justiça de transição, Direitos humanos. Ordenamento
jurídico brasileiro

INTRODUÇÃO
O Brasil no século XX passou por profundas transformações e reviravoltas, tanto no
contexto social como no político. Passou por governos democráticos e por governos
ditatoriais, teve constituições com caráter democrático e outras que foram simplesmente
outorgadas pelas pessoas que estavam no poder.
Dentre os diversos acontecimentos que ocorreram neste século, será abordado um
pouco sobre a segunda guerra mundial que foi fundamental para a criação da ONU e
posteriormente para a DUDH. Como funcionava o regime ditatória brasileiro que teve inicio
em 1964 ressaltando a constituição de 1967 e a emenda de 1969, o ato AI 5 e a lei de anistia
de 1979.
Em seguida sobre o processo de redemocratização e a constituição de 1988 que trouxe
um extenso rol de direitos fundamentais para o ordenamento jurídico brasileiro, a mudança
de postura para um governo mais democrático e preocupado em preservar os direitos
humanos. A importância da CNV para a criação de uma memória coletiva e para mostrar o
que ocorreu de verdade neste período correspondente de 1945 ate a redemocratização de
1988.
Por fim casos que o pais foi condenado perante a corte interamericana de direitos
humanos por não ter tomados as medidas necessárias para prevenir que a violação ocorresse
ou a investigação para que os infratores fossem responsabilizados por seus atos.
1- DITADURA CIVIL-MILITAR BRASILEIRA DE 1964
Após o termino da segunda guerra mundial o mundo se encontrava aterrorado com a
pratica monstruosas vista durante o seu percurso. Pensando em evitar que novos episódios
como este sugam. As maiores autoridades mundiais. Criaram a Organização da nações
Unidas(ONU) no ano de 1948. E em 1948 através de uma assembleia geral foi promulgada a
declaração universal dos direitos humanos(DUDH), composta de 30 artigo e com caráter de
recomendação para o cumprimento do que está previsto no seu texto. (PIOVESAN, 2012)
Acabou sendo aprovada no continente americano, no ano de 1965 a Convenção
Americana de Direitos Humanos, também camada de Pacto de San José da Costa Rica, que
visa à efetivação dos direitos humanos por meio de normas internas de cada membro.
(PIOVESAN, 2012)
Enquanto o mundo caminhava para uma consolidação dos direitos humanos em seu
ordenamos, o brasil fazia um caminho inverso. A todas as recomendações feitas pela DUDH e
pelos demais tratados que estavam sendo desenvolvidos. (PIOVESAN, 2012)
No brasil no ano de 1964 os militares apoiados por grupo da elite e por entidades
como a igreja católica com medo que o comunismo se instala-se no pais resolveram praticar
um golpe de governo no qual destituiu do poder o presidente eleito João Goulart, e instaurou
um governo autoritário comandado por militares. Os quais assim que assumiram começaram a
fazerem inúmeras mudanças no ordenamento jurídico brasileiro. (CARVALHO,2012)
No ano de 1967 promulgaram uma nova constituição que alertou inúmeros direitos em
comparação ao antigo texto constitucional. Mas a maior modificação do ordenamento foi a
emenda constitucional de 1969, seu impacto foi tão profundo que alguns a considera como
uma nova constituição. (CARVALHO,2012)
Diante disso foi instituído o ato institucional de número 5, tal ato o mais severo de
todos foi emitido pelo presidente Artur da Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968. que
resultou na perda de mandatos de parlamentares contrários aos militares, em intervenções
ordenadas pelo presidente nos municípios e estados e também na suspensão de quaisquer
garantias constitucionais que eventualmente resultaram na institucionalização da tortura,
comumente usada como instrumento pelo Estado. (CARVALHO,2012)
A ditadura atingiu o auge de sua popularidade na década de 1970, com o "milagre
econômico", no mesma epoca em que o regime censurava todos os meios de comunicação do
país e torturava e exilava dissidentes. (CARVALHO,2012)
Durante a década de 1980, assim como outros regimes militares latino-americanos
como Chile e Argentina, a ditadura brasileira entrou em decadência quando o governo não
conseguiu mais estimular a economia, controlar a inflação crônica e os níveis crescentes de
concentração de renda e pobreza provenientes de seu projeto econômico, o que deu impulso
ao movimento pró-democracia. (CARVALHO,2012)
Vale lembrar que o governo aprovou uma Lei de Anistia para os crimes políticos
cometidos pelo o regime,configurando-se uma autoanistia. No final do regime as restrições às
liberdades civis foram relaxadas e, então, eleições presidenciais indiretas foram realizadas em
1984, com candidatos civis e militares.
2- JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO NO BRASIL
Com o termino da ditadura militar em 1985 o pais passou pelo um movimento de
redemocratização onde começou a ser incorporados ideais humanitários e o pais passou a
ratificar diversos tratados sobre os direito humanos.
Em 1988 foi promulgada a constituição da republica federativa do brasil. Onde está
trouxe em seu texto diversos direito e garantias, como as que pregava Kant com o seu estudo
sobre o principio da dignidade humana e como declarava a DUDH e a comissão
interamericana de direitos humanos (CIDH).
O Brasil optou por um sistema misto. Que combinou regimes jurídicos diferenciados.
Onde os tratados internacionais sobre proteção dos direitos humanos, Através do artigo 5º nos
parágrafos 1º e 2º Apresentam hierarquia de norma constitucional e com aplicação imediata, e
os demais tratados internacionais constituem hierarquia infraconstitucional de direitos
humanos e passam a ter efeitos após o ato de ratificação pelo país. (PIOVESAN, 2012)
Vale ressaltar que após o advento do 3º parágrafo surgem dois tipos de categoria de
tratados internacionais de proteção de direitos humanos. Os materialmente constitucionais e
os material e formalmente constitucionais. Onde os tratados internacionais de direitos
humanos são materialmente constitucionais de acordo com o 2º paragrafa do artigo 5º. Para
além de serem materialmente constitucionais, poderão, a partir do 3º parágrafo acrescer a
qualidade de formalmente constitucionais, se equipando às emendas constitucionais.
(SARLET,2013)
O processo de justiça de transição e caracterizado como uma ruptura com o antigo
modelo vigente no pais, com a constituição de 1988 esta ruptura ficou evidente dentro do
ordenamento jurídico brasileiro. Porem o sentido de justiça de transição traz consigo algumas
ações necessária para que está seja efetivada, como eixos acerca da memoria, da verdade, da
justiça, da reparação do dano e por fim reformas institucionais.
Se observada a situação do brasil será possível ver claramente que o pais avançou
significa mente em relação aos antigos regimes. Porem ainda não cumpre efetivamente com
estes requisitos característicos de uma justiça de transição e de uma democracia.
Das condições expostas acima o brasil foi efetivo apenas em duas das cinco situações.
O pais cumpriu com o quesito de reformas institucionais modificando drasticamente o
ordenamento jurídico brasileiro em comparação com o modelo implantado pelos militares, o
pais também e cumpre com o papel de reparar financeiramente as vitimas do regime militar e
da omissão do próprio estado nos dias atuais. Mas no restos dos requisitos o pais vem
falhando de forma aberta e não garante praticamente nenhuma efetivação desses direitos.
Um dos problemas são a forma como a lei de anistia foi feita, esta foi uma auto anistia
da qual não ouviu a população e foi concedida pelos militares para os próprios militares.
Diferentemente do que ocorreu na África do sua onde a lei de anistia contou com a
participação e garantiu a justiça, o respeito a memoria e a verdade. Enquanto no brasil isso
ficou de lado.(PIOVESAN,2013)
Para não parecer apenas falácias e um ponto de vista do autor no próximo tópico será
abordado alguns casos que o Brasil foi condenado perante a corte interamericana de direitos
humanos. Por não tomar as medidas necessários nestes caso e por em alguns ser o próprio
causador da violação dos direitos consagrados tanto no ordenamento brasileiro quanto na
convenção interamericana de direitos humanos.
4- A COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE (CNV)
Através da promulgação da lei de acesso a informação pública de número 12.527/2011
e com a criação da CNV foram desenvolvidas possibilidades de investigação acerca dos fatos
acorridos, em que pese a ausência de punição para os seus infratores na seara penal.
A CNV foi instalada em 16 de maio de 2012 com prazo de dois anos para apurar
violações aos direitos humanos ocorridos durante o período que corresponde aos anos de 1945
até 1988. Sendo está composta por 7 membros plurais, sendo que nenhum de seus membros
poderá ser envolvido nos processos que são investigados, seja em qualquer lado do conflito.
A CNV tinha como objetivo esclarecer os fatos e as circunstancias dos casos de graves
violações de direito, promovendo o esclarecimento dos casos de torturas, desaparecimentos
forçados, mortes, ocultações de cadáveres, mesmo nos ocorridos fora da fronteira nacional;
colaborar com todas as instâncias do poder público para a apuração de violações de direitos
humanos; e por fim reconstruir a história dos casos de violações, visando a colaboração de
assistências as vítimas dessas violações.
É importante ressaltar que o direito à verdade e essencial para que a justiça de
transição se efetive. O direito a verdade e um direito fundamental a ser exercido por todo e
qualquer cidadão de receber e ter acesso às informações de interesses públicos que estejam
em poder do estado ou de entidades privadas, no que se refere as informações de interesse
coletivo que se relacione com acontecimentos e circunstâncias históricas.(TEITEL,2003)
Através do acesso as informações contidas em processos judiciais, em documentos
públicos e privados e nos próprios arquivos do período ditatorial, propõem as seguintes
funções do direito a verdade e a memória na justiça de transição, sendo a função social,
função pedagógica e a função histórica.
A função social está ligada a necessidade de comprometimento estatal com a
sociedade, tendo em vista que com o esclarecimento do que de fato aconteceu. Torna-se
possível dar uma resposta fidedigna e autentica as vítimas e a sociedade. A função pedagógica
do direito a memória e a verdade e consolidar uma cultura e observância aos direitos
humanos. Por que através do esclarecimento das violações a esses direitos e com a
correspondente responsabilização e reparação as vítimas e formada uma consciência coletiva.
E por fim a função histórica que se vincula na necessidade da sociedade de conhecer o seu
passado e a sua história, do amplo acesso aos documentos governamentais produzidos no
período da ditadura, a criação de espaços públicos dedicados a memória dos mortos e
promover o debate social sobre o tema. Bem como garantia a audeterminação e a formação da
identidade de determinado povo.(MEZAROBBA,2009)
A CNV buscou ampliar efetivamente as funções do direito a verdade até que
apresentados, tendo como foco principal apurar os casos de desaparecimentos políticos.
De acordo com o livro-documento direito a memoria e a verdade, há 150 casos de
opositores do regime ditatorial militar que simplesmente desapareceram após serem presos
por agentes do estado.(CNV,2012)
Vale lembrar que não há registro da prisão deles em nenhum presidio e em nenhum
tribunal, os advogados e seus familiares não foram notificados e buscam até hoje
esclarecimentos sobre onde estão os corpos das vítimas.
O binômio memoria-verdade tem também a função de construir uma memória coletiva
acessível a todos.(CNV,2012)
Lembrar ou esquecer, individual e/ou coletivamente, de implicar, portanto, em
alterar os elementos que dão significados e sentidos ao futuro, uma vez que o que
lembramos do passado e fundamente para que possamos refletir sobre quem somos
no mundo e onde nos encontramos no tempo. Mas ainda: nossas lembranças
configuram nossas percepções sobre o universo ao nosso agir, pois a memória, bem
como o esquecimento seletivo contribuem para a formação de nossos juízos mesmo
nos planos não-conscientes. (ARENDT,1989)
Durante os dois anos e sete messes de trabalho, a CNV entregou seu relatório final,
atribuindo-lhe a todos os generais que se tornaram presidente da república durante o período
da ditadura a autoria de graves violações aos direitos humanos. A comissão ao todo
responsabilizou 377 pessoas, estimou que mais de 20.000 foram torturados, outras 191 foram
mortas e 243 simplesmente desapareceram. A CNV também concluiu que a violação de
direitos humanos era pratica sistemática do governo, com a cadeia de comando indo até o
presidente da república.
5- CONDENAÇÕES DO BRASIL PERANTE A CORTE INTERAMERICANA DE
DIREITO HUMANOS
as sentenças da Corte nos casos em que o Brasil foi condenado por violações a direitos
humanos, a saber: a sentença no caso Escher e outros vs. Brasil de 6 de julho de 2009; a
sentença no caso Garibaldi vs. Brasil de 23 de setembro de 2009; e a sentença no caso Gomes
Lund e outros vs. Brasil de 24 de novembro de 2010; a sentença no caso Ximenes Lopes vs.
Brasil de 4 de julho de 2006. E também o caso povo xucuro vs. Brasil que tramita perante a
corte.
5.1- o caso escher e outros vs. brasil
No presente caso a Corte condenou o Brasil por grampear ilegalmente ligações
telefônicas de membros de associações de trabalhadores rurais ligadas ao Movimento dos
Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), no Paraná, em 1999. Na denúncia apresentada à
Corte, a CIDH alegava a ilegalidade e a nulidade das interceptações, da decisão que as
autorizou e da forma como esta foi implementada. Isso com base na incompetência da
autoridade solicitante da interceptação, da inexistência de decisão fundamentada, da
ampliação do objeto da interceptação, do excesso na duração da interceptação e da divulgação
indevida das gravações.
Desta forma a CIDH acusava o Estado brasileiro de violar os direitos às garantias
judiciais, à proteção da honra e da dignidade, à liberdade de associação, à proteção judicial e a
cláusula federal consagrados nos artigos 8.1, 11, 16, 25.1 e 28, respectivamente, da CADH.
Segundo entendimento da Corte, as conversas telefônicas estão incluídas no âmbito de
proteção da vida privada. Assevera que tal direito não é absoluto e, portanto, pode sofrer
ingerências no seu exercício, as quais, por sua vez, devem ser adotadas com diligência e
respeito aos direitos fundamentais, de modo a evitar excessos. Para ser reconhecida como
legal, a medida de ingerência deve estar fundamentada em lei. No caso em pauta, a Corte
entendeu que as interceptações e gravações das conversas telefônicas não observaram vários
dispositivos da Lei n° 9.296 de 24 de julho de 1996, que regulamenta o artigo 5° XII da CF
relatou à inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas e, por isso, não estavam
fundamentadas em lei. Portanto, violados os direitos à vida privada, à honra e à reputação. das
conversas aos membros das associações, a Corte reconheceu que os fatos ocorridos afetaram a
imagem dessas entidades, de tal forma que restou configurada a violação do direito à
liberdade de associação. Por fim, com relação aos procedimentos e processos penais e
administrativos adotados no âmbito interno quanto à conduta dos agentes públicos, a Corte
concluiu pela violação do direito às garantias judiciais e à proteção judicial. Por unanimidade
a Corte decidiu que o Estado deve: (a) pagar a cada vítima indenização por danos morais; (b)
publicar a sentença no Diário Oficial, em jornal de ampla circulação nacional e em jornal de
ampla circulação no Paraná, além de no sítio da União e do Estado do Paraná e; (c) investigar
os fatos que geraram as violações do presente caso.(CIDH)
Em 4 de julho de 2012, por meio de comunicado de imprensa, a Corte informou que
resolveu concluir e arquivar o caso Escher e outros, visto que o Brasil havia cumprido os
pontos da sentença relativos ao pagamento de indenização por dano moral às vítimas e à
publicação da sentença. Igualmente, a Corte decidiu dar por concluído a supervisão do
cumprimento do ponto da sentença referente ao dever de investigar os fatos que geraram as
violações do caso. Enfim, o caso serviu para ressaltar o fato de que o País ainda convive com
em resto de legado do período ditatorial militar, durante o qual os grampos telefônicos eram
amplamente usados para investigar e monitorar oposicionistas do regime.(CIDH)
5.2- o caso garibaldi vs. Brasil
No presente caso a Corte condenou o Brasil pela não responsabilização dos envolvidos
no assassinato de Sétimo Garibaldi, trabalhador rural morto em 1998 durante uma
desocupação extrajudicial violenta de um acampamento do MST, na cidade de Querência do
Norte, no Paraná. Na denúncia a CIDH alegou a responsabilidade do Estado brasileiro
decorrente do descumprimento da obrigação de investigar e punir o homicídio de Sétimo.
Ressaltou que a impunidade das violações de direitos humanos é especialmente importante no
caso dos trabalhadores sem terra, já que é uma das principais causas de violência no campo do
Brasil. E concluiu que a morosidade e a falta de devida diligência no processo de investigação
e coleta de provas essenciais no presente caso caracterizam uma violação aos artigos 8° e 25,
em relação com o artigo 1.1, todos da CADH. Com base nas provas, depoimentos e alegações
feitas pelas partes no curso do processo, a Corte concluiu que as autoridades estatais não
atuaram com a devida diligência no inquérito sobre a morte de Sétimo, o qual, ademais,
excedeu um prazo razoável. Devido a isso o Estado violou os direitos às garantias e à
proteção judiciais previstos nos artigos 8.1 e 25.1 em relação com o artigo 1.1 da CADH, em
prejuízo dos familiares de Sétimo. Além disso, a Corte registrou sua preocupação pelas graves
falhas e demoras no inquérito do presente caso, que afetaram vítimas que pertencem a um
grupo considerado vulnerável, retirando-lhes o direito a conhecer a verdade sobre os fatos.
Por unanimidade a Corte resolveu que o Estado deve: (a) publicar trechos da sentença
no Diário Oficial, em jornal de ampla circulação nacional e em jornal de ampla circulação no
Paraná, além da publicação da íntegra da sentença em página web oficial adequada da União e
do Paraná; (b) conduzir eficazmente e dentro de um prazo razoável o inquérito e qualquer
processo que chegar a abrir, como consequência deste, para identificar, julgar e,
eventualmente, sancionar os autores da morte de Sétimo. O Estado também deve investigar e,
se for o caso, sancionar as eventuais faltas funcionais nas quais poderiam ter incorrido os
agentes públicos encarregados do inquérito e; (c) pagar indenização por danos morais e
materiais à viúva e aos filhos de Sétimo.
Em fevereiro de 2012, por meio de resolução, a Corte declarou que o Brasil havia
cumprido os pontos da sentença referentes ao pagamento da indenização por danos morais e
materiais às vítimas e à publicação da sentença. Com relação à obrigação de apurar as
eventuais faltas funcionais dos agentes públicos responsáveis pelo inquérito, a Corte
considerou que o Estado realizou investigações administrativas em relação ao ordenado pela
sentença. Em tais procedimentos chegou a conclusões motivadas e determinou seu
arquivamento. Por outro lado, quanto à investigação penal dos fatos a sentença se encontra
pendente de cumprimento. A Corte assinalou que passados mais de doze anos desde a morte
de Sétimo os fatos não foram esclarecidos nem os responsáveis sancionados. Assim, a Corte
decidiu que o Brasil deverá prosseguir com a adoção de ações necessárias para o efetivo e
total cumprimento dessa medida de. Tais violações refletem a desigualdade social, bem como
a cultura de violência e impunidade, que são características que ainda fazem parte da
realidade brasileira.
5.3-o caso gomes lund e outros “guerrilha do araguaia” vs. Brasil
Nesse caso a Corte condenou o Brasil pelo desaparecimento forçado de integrantes da
Guerrilha do Araguaia durante as operações militares ocorridas na década de 197024. Na
denúncia, a CIDH alegou a responsabilidade do Estado brasileiro pela detenção arbitrária,
tortura e desaparecimento forçado de 70 pessoas, entre membros do Partido Comunista do
Brasil (PCdoB) e camponeses, como resultado das ações conduzidas pelo Exército na região
entre 1972 e 1975. Ao lado disso, solicitou a responsabilização do Brasil por não ter
investigado tais violações, com a finalidade de julgar e punir os respectivos responsáveis. a
CIDH entendeu que o Estado violou os seguintes direitos: direito ao reconhecimento da
personalidade jurídica, direito à vida, direito à integridade pessoal, direito à liberdade pessoal,
direito às garantias judiciais, direito à liberdade de pensamento e expressão e direito à
proteção judicial (artigos 3°, 4°, 5°, 7°, 8°, 13 e 25 da CADH, respectivamente) em relação
com os artigos 1.1 e 2° da mesma.
Com base nas alegações das partes e nas provas apresentadas, a Corte concluiu que não há
controvérsia quanto aos fatos do desaparecimento forçado dos integrantes da Guerrilha do
Araguaia, nem da responsabilidade estatal a esse respeito. A Corte reitera que o
desaparecimento forçado de pessoas constitui uma violação múltipla que se inicia com uma
privação de liberdade contrária ao artigo 7° da CADH. Diante do exposto, a Corte conclui que
o Brasil é responsável pelo desaparecimento forçado e, por conseguinte, pela violação dos
direitos ao reconhecimento da personalidade jurídica, à vida, à integridade pessoal e à
liberdade pessoal, consagrados, respectivamente, nos artigos 3°, 4°, 5° e 7°, em relação ao
artigo 1.1, todos da CADH.
a Corte considerou que a forma de interpretação e aplicação da Lei de Anistia
aprovada no Brasil afetou a obrigação internacional do Estado de investigar e punir as graves
violações de direitos humanos, na medida em que impediu que os familiares das vítimas no
presente caso fossem ouvidos por um juiz. Por esses motivos, a Corte declarou que as
disposições da Lei da Anistia são incompativeis com a CADH e, por consequência, elas
carecem de efeitos jurídicos e não podem continuar representando um empecilho para a
investigação dos fatos do presente caso, nem para a identificação e punição dos violadores,
nem pode ter o mesmo efeito sobre outros casos de graves violações de direitos humanos
consagrados na CADH ocorridos no Brasil. Por unanimidade a Corte resolveu que o Estado
deve: (a) conduzir a investigação penal dos fatos do presente caso a fim de esclarecê-los,
determinar os responsáveis e aplicar as sanções cabíveis; (b) realizar todos os esforços com o
objetivo de determinar o paradeiro das vítimas desaparecidas e, se for o caso, identificar e
entregar os restos mortais a suas famílias; (c) oferecer tratamento médico e psicológico ou
psiquiátrico que as vítimas requeiram; (d) publicar a sentença no Diário Oficial, o resumo da
sentença em jornal de circulação nacional, assim como a íntegra da sentença em meio
eletrônico e a publicação da mesma em forma de livro; (e) realizar um ato público de
reconhecimento de responsabilidade internacional sobre os fatos do presente caso; (f)
continuar com as ações desenvolvidas em matéria de capacitação e implementar um programa
ou curso permanente e obrigatório sobre direitos humanos, dirigido a todos os níveis
hierárquicos das Forças Armadas; (g) tipificar o delito de desaparecimento forçado de
pessoas, em conformidade com os parâmetros interamericanos; (h) prosseguir desenvolvendo
as iniciativas de busca, sistematização e publicação de toda a informação sobre a Guerrilha do
Araguaia, bem como da informação relativa a violações de direitos humanos ocorridas
durante o regime militar e; (i) pagar indenização por danos morais e materiais às ví!mas31.
o Estado informou que realizou todas as publicações da sentença ordenadas, mas que
não realizou ato público de reconhecimento da responsabilidade internacional do Brasil, em
virtude do pedido dos familiares no sentido de que o evento fosse realizado após o início do
cumprimento das medidas relacionadas à persecução penal dos responsáveis pelos crimes
cometidos durante o regime militar e ao acesso a informações sobre a Guerrilha do Araguaia.
Relata ainda que o Ministério da Defesa elaborou um curso de direitos humanos para as
Forças Armadas, que contará com reavaliações periódicas. Quanto à tipificação do crime de
desaparecimento forçado, o Estado considerou que vem adotando medidas para suprir a
lacuna existente no direito brasileiro em relação aos crimes come!dos no caso Lund.
5.4- o caso ximenes lopes vs. Brasil
Trata-se do primeiro caso relacionado ao Brasil julgado pela Corte desde o
reconhecimento da obrigatoriedade da competência desta pelo País, a primeira condenação do
Brasil em uma instância internacional de direitos humanos e também a primeira sentença da
Corte relativa a violações de direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais. Nesse
caso a Corte condenou o Brasil pela morte violenta de Damião Ximenes Lopes, ocorrida em 4
de outubro de 1999, nas dependências da Casa de Repouso Guararapes, em Sobral, no Ceará3.
Na sua denúncia apresentada à Corte, a CIDH referiu-se às condições desumanas e
degradantes às quais Damião teria sido submetido durante sua internação na referida
instituição, que era acreditada no Sistema Único de Saúde (SUS).
Supostamente por causa dos maus tratos sofridos Damião faleceu enquanto internado
para receber tratamento psiquiátrico na Casa de Repouso. A CIDH alegou a falta de
investigação e de garantias judiciais no tratamento do caso por parte do Estado, bem como a
gravidade dos eventos não só pela situação de vulnerabilidade das pessoas com incapacidade
mental, mas também em razão da obrigação especial do Brasil de conferir proteção às pessoas
que estejam sob os cuidados de clínicas de saúde que operam em convênio com o SUS. Em
sua sentença a Corte fixou a responsabilidade internacional do Brasil por violar, no caso em
comento, o direito à vida, à integridade pessoal, à proteção judicial e às garantias judiciais
consagradas nos artigos 4°, 5°, 25 e 8°, respectivamente, da CADH, não tendo proporcionado
a família de Damião um recurso efetivo para garantir acesso à justiça, a determinação da
verdade dos fatos, a investigação, a identificação, o processo e a punição dos responsáveis.
Tais violações se relacionavam com o fato de Damião ter um transtorno mental e a demora do
Judiciário brasileiro nos processos criminal e cível ajuizados pela família. Quer dizer, em se
tratando de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, o Estado tem a obrigação não
somente de impedir tais violações, mas também de tomar medidas adicionais de proteção
conforme as peculiaridades do caso. Além disso, a Corte considerou a demora nos processos
(o fato de não haver uma sentença de primeiro grau após seis anos do início da ação penal)
como uma violação do direito de acesso à justiça e do direito à duração razoável do processo.
Por unanimidade, a Corte decidiu que o Estado deve: (a) garantir a celeridade da justiça para
investigar e sancionar os responsáveis pela tortura e morte de Damião; (b) continuar a
desenvolver um programa de formação e capacitação para os profissionais vinculados ao
atendimento de saúde mental; (c) pagar indenização como medida de reparação à família de
Damião e; (d) publicar a sentença no Diário Oficial ou em jornal de circulação nacional.
Após o proferimento da decisão, o Estado brasileiro cumpriu os pontos referentes à
publicação de parte da sentença e ao pagamento da indenização. Porém, na Resolução de 17
de maio de 2010, a Corte determinou manter aberto o procedimento de supervisão de
cumprimento da sentença, em razão de o Estado não ter ainda cumprido os pontos referentes à
determinação da conclusão do processo em prazo razoável e ao desenvolvimento de políticas
públicas na área de saúde mental segundo os princípios internacionais sobre a matéria. a
sentença da Corte no caso Ximenes Lopes produziu resultados positivos: a responsabilização
internacional do Brasil por violação de direitos humanos, a indenização para a família pela
morte de Damião e, por último, a sentença chamou a atenção da sociedade (tanto nacional
quanto internacional) para o tratamento dispensado a pessoas portadoras de transtorno mental
em estabelecimentos psiquiátricos no País, pressionando o governo brasileiro a empreender
reformas das políticas públicas no campo da saúde mental.
5.5- o caso 12.728, Povo Indígena Xucuru e seus membros, a respeito do Brasil.
Trata-se do primeiro caso referente ao estado de Pernambuco. O caso está
relacionado com a violação do direito à propriedade coletiva do povo indígena Xucuru em
consequência da demora de mais de dezesseis anos, entre 1989 e 2005, no processo
administrativo de reconhecimento, titulação, demarcação e delimitação de suas terras e
territórios ancestrais, também pela demora na regularização total dessas terras e territórios,
de maneira que o mencionado povo indígena pudera exercer pacificamente tal direito.
Além disso, o caso está relacionado com a violação dos direitos às garantias judiciais e
proteção judicial, em consequência do descumprimento da garantia de prazo razoável no
mencionado processo administrativo, assim como da demora em resolver ações civis
iniciadas por pessoas não indígenas em relação a parte das terras e territórios ancestrais do
povo indígena Xucuru.

A Comissão Interamericana submeteu o caso à Jurisdição da Corte em 16 de


Março de 2016, porque considera que o Estado Brasileiro não cumpriu com as
recomendações contidas no Relatório de Mérito. A Comissão submeteu à
jurisdição da Corte as ações e omissões estatais ocorridas ou que continuaram a
ocorrer após 10 de Dezembro de 1998, data da aceitação da competência
contenciosa da Corte pelo Estado da do Brasil. Os atos que foram submetidos a
Corte Interamericana foram: violação do direito à propriedade coletiva do povo
por uma demora de sete anos sob a competência temporal no processo de
reconhecimento desse território; violação do direito à propriedade coletiva pela
falta de regularização total desse território ancestral de 1998 até a presente data; a
violação dos direitos às garantias judiciais e proteção judicial vinculadas com a
mesma demora no processo administrativo de reconhecimento; a violação dos
direitos a integridade pessoal e dos membros do povo indígena Xucuru - desde 10
de dezembro de 1998 – como consequência das anteriores violações e da
consequente impossibilidade de exercer pacificamente o direito a propriedade
coletiva sobre suas terras e territórios ancenstrais; a violação dos direitos às
garantias judiciais e proteção judicial – desde 10 de dezembro de 1998 – na
decisão de ações civis interpostas por ocupantes não indígenas sobre partes do
território ancestral.(CIDH)

De acordo com a corte esse caso oferece a oportunidade de aprofundar sua


jurisprudência em matéria de propriedade coletiva dos povos indígenas sobre suas terras e
territórios ancestrais. mais Especificamente acerca das características que deve ter um
procedimento de reconhecimento, titulação, demarcação e delimitação dessas terras e
territórios para que possa ser considerado compatível com as obrigações do Estado em
matéria de propriedade coletiva e proteção judicial. Além disso, o caso permitiria à Corte se
aprofundar sobre o alcance e conteúdo da obrigação de regularizar as terras e territórios
ancestrais a fim de assegurar que, na prática, o direito de propriedade coletiva dos povos
indígenas possa ser efetivado de maneira pacífica.
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, se mostrar necessário um comprometimento mais efetivo por parte
do governo no que tange a o respeito aos tratados e direitos consagrados pelo ordenamento
jurídico brasileiro, seja no âmbito interno obedecendo a constituição federal e as leis
infraconstitucionais ou seja no âmbito internacional através do respeito aos tratados
internacionais de direitos humanos que o brasil se prontificou de cumprir e protege-lo.
Para se fala em uma verdadeira justiça de transição se faz necessário não apenas uma
mudança no ordenamento jurídico do pais, mas sim uma interação por parte do governo e da
sociedade como um todo para se efetiva um justiça de transição. Sendo necessário para esta
cumprir alguns requisitos básicos que seria. Uma reformulação do ordenamento jurídico.
Reparação do dano causado, uma garantia de justiça e os dois que mais considero importante
que seria a memoria e a verdade.
Se for observado bem o brasil cumpriu claramente com dois desses requisitos
enquanto os outros foram ignorados por parte do governo e só passou a ganhar mais
notoriedade nos últimos anos, mesmo assim, sendo de forma simples e sem muitos recursos e
esforços do governo para cumpri-los.
No que se trata de reformulação do ordenamento e reparação do dano de forma
material. O brasil cumpriu quase que com excelência com o seu dever. Mais no que tange a
uma garantia de justiça. Um respeito a memoria e a verdade das vitimas e dos seus familiares
o brasil foi em muitos casos moroso e negligente deixando de atuar em diversos casos,
gerando assim condenações e recomendações da qual o Brasil deve cumprir.
Não se encontra solução simples para o problema enfrentado pelo Brasil no que tange
a crise politica e jurídica atualmente vivenciada. Os melhores caminhos a serem seguidos são
o de respeitas os direitos já garantidos e fazer com que estes sejam efetivos e construir uma
memoria coletiva através de um respeito a memoria das pessoas garantido que estas conheçam
a verdade dos fatos ocorridos no Brasil.

7-REFERENCIAS

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