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DIREITOS HUMANOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento


que determina os direitos básicos de todo ser humano, independente de seu credo,
etnia, posição social, etc. Foi produzido por uma comissão da Organização das
Nações Unidas (ONU) e aprovado em uma Assembleia Geral que aconteceu em
1948. Esse documento contém 30 artigos, os quais consolidam o conceito de direitos
humanos por meio do ativismo e da luta por melhorias para toda a humanidade.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi elaborada por um


comitê criado pela ONU no começo de 1946. O surgimento da DUDH está
diretamente relacionado com os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, a maior
guerra da história da humanidade, marcada pelos horrores do Holocausto e das
bombas atômicas, mas tambem pela Primeira Guerra Mundial, além dos outros fatos
historicos importantissimos que influenciaram a elaboração da declaração dos
Direitos Humanos como a Revolução Francesa (1789) e a Independência dos
Estados Unidos da América (1776).

No contexto em que foi criada essa comissão, o mundo ainda estava


descobrindo todos os crimes cometidos durante os seis anos de guerra. Esses horrores
eram revelados, principalmente, pelos tribunais criados para julgar os crimes de
guerra cometidos por nazistas e japoneses na Europa e Ásia. Com todos os
sofrimentos desse conflito ainda frescos na memória, as grandes nações, por meio da
ONU, resolveram elaborar um documento que estabelecesse direitos básicos a todos
os humanos a fim de evitar que novos horrores voltassem a acontecer.

O comitê que elaborou a DUDH era formulado à medida que a ONU


estabelecia um secretariado responsável pela pauta. O núcleo principal do comitê de
elaboração da DUDH era composto por nove (09) influentes diplomatas e juristas
liderados por Eleonor Roosevelt (esposa do presidente Americano Roosevelt),
embaixadora dos Estados Unidos na ONU.

Faziam parte da comissão que elaborou a declaração: Eleonor


Roosevelt (Estados Unidos), Peng Chun Chang (Taiwan), Charles Dukes (Reino
Unido), Alexander Bogomolov (União Soviética), John Peters (Canadá), Hernán
Santa Cruz (Chile), René Cassin (França), William Hodgson (Austrália)
e Charles Malik (Líbano). Após o comitê ter concluído seus trabalhos, a DUDH foi
levada para apreciação dos países-membros da ONU. A partir de uma Assembleia
Geral, foi emitida a Resolução 217. Participaram dessa assembleia 58 delegações,
das quais 48 votaram a favor, 8 abstiveram-se de votar e 2 optaram por não
votar.

A DUDH foi assinada por todos os países-membros da ONU, isto é,


por 193 países. Por ter sido um dos fundadores da ONU, o Brasil foi um dos 48
países que votaram a favor de sua aprovação, sendo um dos primeiros a ratificar a
Declaração dos Direitos Humanos.

A DUDH contém 30 artigos, os quais tratam a respeito dos direitos


básicos de todos os seres humanos. O documento também aborda questões relativas
à liberdade religiosa, liberdade de expressão, liberdade de imprensa e direito à
propriedade. Além disso, condena práticas como tortura e escravidão.

O primeiro artigo é a base desse documento e afirma que: “Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e
devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”|1|.

A respeito desse artigo, cabem dois destaques:

1- Otermo “todos os seres humanos” foi sugerido por Hansa Mahta para substituir a
expressão “todos os homens”|2|.

2- A forma como foi escrito ressalta que a dignidade preexiste aos demais direitos,
sendo uma garantia de tratamento a todos os seres humanos.

A declaração aborda ainda outras questões, como o direito de todo ser humano
de procurar livremente um emprego que lhe ofereça condições justas e favoráveis,
além de ter direito a férias remuneradas. A DUDH estabelece também o direito de
todo ser humano ter acesso a fontes de lazer e a tempo livre, bem como de participar
da vida cultural de sua comunidade. Antes, porém, encontramos diversos outros
documentos fortemente ligados à afirmação dos direitos humanos, tais como
a Carta Magna (1215), Petition of Rights (1628), a Declaração de Independência
dos Estados Unidos (1776), a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
(1789), e muitos outros.

No entanto, após a sua descoberta em 1879, nas ruínas da Babilônia (atual


Iraque) e a tradução para os idiomas oficiais pela Organização das Nações Unidas -
ONU, muitos passaram a considerar como a primeira carta de direitos humanos,
as declarações do rei da antiga Pérsia, Ciro, o Grande, após a sua conquista
sobre a cidade da Babilônia, datada de 539 a. C. (Esdras 1. 2-4). As declarações
foram armazenadas em um cilindro, conhecido atualmente como o Cilindro de Ciro,
e anunciavam a liberdade dos escravos e autorização para povos exilados retornarem
às suas terras de origem.

Há ainda quem se faça confusão entre Direitos humanos e Direitos


fundamentais.

Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos. São


direitos civis e políticos; direitos econômicos, sociais e culturais; direitos difusos e
coletivos. Já os Direitos Fundamentais são direitos protetivos, que garantem o
mínimo necessário para que um indivíduo exista de forma digna dentro de uma
sociedade administrada pelo Poder Estatal.

Direitos humanos são aqueles ligados a liberdade e a igualdade que estão


positivados no plano internacional. Já os Direitos Fundamentais são os direitos
humanos positivados na Constituição Federal. Assim, o conteúdo dos dois é
essencialmente o mesmo, o que difere é o plano em que estão consagrados.
Art. 5º da CONSTITUIÇÃO FEDERAL Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade.

REFORMA TRABALHISTA

A nova Reforma Trabalhista foi aprovada pela Câmara dos Deputados em


2017. Considerada a maior mudança nas leis que regem o trabalho, ela trouxe novas
regras para os trabalhadores brasileiros. Todavia, seu objetivo foi o de trazer uma
maior flexibilização do regime em busca de fomentar a geração de empregos. A
modificação no direito laboral brasileiro procurou atualizar a Consolidação das Leis
de Trabalho, de 1943, em busca de garantir o direito dos trabalhadores.

Algumas das mudanças na Reforma Trabalhista


Sobre o trabalho intermitente, a Reforma Trabalhista apresentou novos
mecanismos relacionados às contratações e demissões. Neste caso, o trabalhador
recebe por hora de serviço, sem ter a necessidade de uma jornada mínima de
trabalho. 

A reforma também tratou dos contratos de trabalhos temporários.


Ademais, de acordo com as novas regras, o prazo de contratação que era de 45
dias, com a possibilidade de ampliação para mais 45, passou para 180 dias,
podendo ser prorrogado por mais 90.

Em relação às demissões dos funcionários, nas novas regras da Reforma


Trabalhista, foi instituído do distrato, que é um acordo feito entre o trabalhador e
a empresa para romper contrato de trabalho.

DIFERENÇAS SALARIAIS

Engana-se quem pensa que a desigualdade entre homens e mulheres no


mercado de trabalho se delimita apenas à desigualdade salarial. Falta de
representatividade feminina em cargos de liderança + demissões após o retorno
da licença-maternidade também entram no pacote da "job-desigualdade"

O estudo “O ciclo de vida do gap de gêneros”, divulgado pela empresa gringa


de consultoria em gestão Oliver Wyman, reuniu os motivos que fazem do Brasil o 90º
país (de um total de 144) mais desigual entre gêneros, segundo o ranking do Fórum
Econômico Mundial (2017). Iniciativas para diminuir a desigualdade também foram
propostas pela pesquisa.

Segundo o IBGE (PNAD, 2017), as mulheres brasileiras recebem o


equivalente a 75.6% do salário dos homens. E, sim, a diferença existe até dentro do
mesmo cargo: no setor financeiro*, o gap salarial varia de 5% a 10% nos cargos
iniciais e de gerência e 20% nas posições de liderança.
Já sobre o crescimento na carreira, as brasileiras entram no mercado de
trabalho na mesma proporção que homens, representando 55% dos analistas júnior.
No entanto, quanto mais sênior a posição, menor a representação delas. No setor
financeiro*, 37% delas são coordenadoras; 31%, gerentes; 22%,
superintendentes executivas e apenas 16%, diretoras executivas.

Agora, atenção: nos 10 maiores bancos do Brasil, apenas 8% dos altos


executivos são ocupados por mulheres e 10% delas estão no Conselho. Ah, e
nenhuma mulher é presidente.

Algumas medidas que poderiam ser tomadas para diminuir isso..

 Criar impacto Mulheres, que alcançaram posições de liderança deveriam ver seu
sucesso não apenas como um objetivo final, mas também como uma
responsabilidade social perante as novas gerações.
 As empresa devem desenvolver metas igualitárias.

TRABALHO MANUAL X TRABALHO INTELECTUAL

Dentro da sociedade temos diferentes funções e, às vezes, desempenhamos


papéis mais voltados para o trabalho intelectual ou mais voltados para o trabalho
manual. Ambos são igualmente importantes para o funcionamento e bem-estar de uma
comunidade.

Se compararmos as relações sociais com um mercado local, por exemplo, é


necessário que haja a gestão do estabelecimento para que ele funcione, lucre e
mantenha-se aberto para vender os produtos artesanais feitos pelos artesãos da
vizinhança. A venda dos produtos vai, por sua vez, ajudar no sucesso do negócio. É
um ciclo que se retroalimenta e mostra como o trabalho manual está conectado ao
trabalho intelectual, em todas as esferas de nossas vidas. No entanto, se há um peso
maior em um dos lados, isso pode desestabilizar a estrutura individual e coletiva.

O intelectual e o manual fazem parte de cada um de nós e, assim como é


importante que ambos sejam exercitados na sociedade, os dois também devem ser
honrados e exercidos de forma interna. Nenhum trabalho é exclusivamente mental
ou manual, essa divisão é ilusória, mas pode haver a predominância de uma ou
outra capacidade. O que importa mesmo é saber que ambos devem ser respeitados e
valorizados, pois não há um sem o outro.

Por mais que se tenha um trabalho intelectual a maior parte do dia, como funções em
escritórios, estudos acadêmicos e gestões de empresas, vale a pena reservar um
momento para praticar o lado artesanal também. O mesmo vale para a situação
inversa: quando se trabalha manualmente o dia inteiro, seja esculpindo, pintando,
cozinhando ou moldando, é importante adotar atividades que envolvam o intelecto e o
raciocínio lógico. Manter o equilíbrio nesta relação nos diz de um desenvolvimento
saudável de ser humano. O Trabalho Manual, diz- se de todo trabalho que é feito com
as mãos, mas especificamente, produção feita sem auxílio de máquinas.
O trabalho intelectual depende do conhecimento especializado. Isto quer
dizer que o aprendizado do profissional será utilizado para criar, resolver, calcular,
projetar, controlar, avaliar, gerir e todas as demais atividades que demonstrem um
raciocínio complexo. Quanto mais intelectualizado o trabalho, maior será o
conhecimento exigido. Ex: Administrador, advogado, engenheiro..

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