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DISLEXIA: Dicas De Como

Lidar Com o Transtorno em


Sala de Aula
Dislexia
Dys = disfunção

Lexia = palavra

Segundo a World Federation of Neurologists (1968), dislexia do desenvolvimento é um


distúrbio em que a criança, apesar de ter acesso à escolarização regular, falha em adquirir
as habilidades de leitura, escrita e soletração que seriam esperadas de acordo com seu
desempenho intelectual.

Segundo a definição do National Institute of Health americano, a dislexia é um dos


vários tipos de distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio especifico de linguagem de
origem constitucional e caracterizado por dificuldades em decodificar palavras isoladas,
geralmente refletindo habilidades de processamento fonológico deficientes.

Para a suspeita de dislexia deve ser excluída a presença de outros distúrbios:

- Atraso Geral do Desenvolvimento;

- Distúrbios Auditivos;

- Lesões Neurológicas;

- Distúrbios Emocionais.

Nem todas as crianças com dislexia apresentam as mesmas características, a única


característica comum é a dificuldade na lectoescrita.

Estudos mostram que quanto maior a idade da criança, portanto, quanto mais tempo se
passa com a dificuldade de leitura e escrita, menores são os efeitos da intervenção.

Como poderia perceber o texto uma criança que apresenta dislexia. Imagine uma
criança exposta a leitura em voz alta na sala de aula.
Práticas em sala de aula:
 É importante deixar uma cartilha pronta com os fonemas: figuras e palavras para cada
letra do alfabeto;
 Iniciar o trabalho com a consciência fonológica;
 Ao corrigir as produções dos alunos, apenas circular as palavras e pedir para que
identifiquem os próprios erros, para isso deixar que utilize a cartilha, pois os erros que
aparecerão e que eles conseguirão corrigir serão de trocas de letras, com relação a
segmentação de palavras precisarão de auxílio;
 Com a sala inteira poderá ser trabalhado dessa forma;
 Utilizar letra caixa alta e permitir que o aluno com dislexia utilize também, até que
suas dificuldades estejam minimizadas, eles necessitam apenas de reconhecer a letra
cursiva para uso de leitura;
 Em provas práticas, como de matemática diferenciar da de outros colegas, com a
mesma cobrança, mas com menos questões, pois eles demoram mais tempo para se
organizar;
 Em provas dissertativas, realizar paralelamente a escrita uma prova oral, que deverá
contar como forma de avaliação;
 Encaminhar ao reforço escolar para que mais rapidamente internalize e utilize
corretamente a os grafofonemas;
 Trabalhar com rimas, trava línguas e música é um ótimo início, levando em
consideração que crianças com dislexia tem muita dificuldade para rimar, com a
prática evoluirão.
 Estimular desde os primeiros anos de escolarização a oralidade. A partir de uma
oralidade bem estruturada irá se construir um novo processo: a escrita, e em
conseqüência, a leitura. Quando a criança não tem uma boa estrutura de linguagem
oral comprometerá ainda mais a linguagem escrita.
 Relacionar, sempre que possível, oralidade e imagem nas aulas expositivas.
Dois métodos de alfabetização são especialmente indicados para os educandos com
dislexia:

-método multissensorial, que é mais indicado para educandos mais velhos que já
possuem histórico de fracasso escolar;

Método fônico é indicado para o início da alfabetização.

Cada professor tem sua linha de trabalho durante o processo de alfabetização, que no
caso de educandos com dislexia é mais lento, mas deve-se levar em conta que estudos
apontam para esses dois métodos como sendo os mais eficazes.

Fonte: Dificuldades de Aprendizagem: Detecção e Estratégias de Ajuda, Equipe Cultural


S.A.

Pedagoga Danusa Vilena dos Santos

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