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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS IV JACOBINA


CURSO DE LETRAS, LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS
LITERATURA E OUTRAS ARTES
SEMESTRE 2019.1
DOCENTE: Adriano Antônio Lima Menezes
DISCENTE: Jobervan Rios Evangelista Filho

RESUMO

EAGLETON, Terry. Estruturalismo e Semiótica. In: EAGLETON, Terry. Teoria da


literatura: uma introdução. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 137-189.

Em Estruturalismo e Semiótica, Terry Eagleton estabelece um traçado histórico


para explicar o surgimento da corrente de pensamento estruturalista, bem como utiliza de
marcos teóricos para associá-la à corrente semiótica e de que maneira ambas as correntes
vieram a influenciar a teoria literária moderna. Expondo o pensamento de teóricos como
Frye, Lévi-Strauss, Jakobson, Pierce e Saussure, o autor busca demonstrar como a
literatura passou a ser dotada de objetividade e da possibilidade de sistematização a partir
de sua própria estrutura relacional e – pretensamente – autossuficiente. T. Eagleton traz
como alguns méritos do estruturalismo (método de investigação): a desmistificação da
literatura; a ênfase dada à "construtividade" do significado; e a abordagem clínica da
literatura. Para o autor, a semiótica (campo de estudo dos sistemas de signos)
representaria a crítica literária sob os efeitos da linguística estrutural. Eagleton defende
que apesar do estruturalismo “dissecar” a literatura, se negava a considerar suas condições
materiais de realização. Deste modo, a partir de autores como Bakhtin e J. L. Austin,
demonstra a intencionalidade como um fator crucial em situações comunicativas,
introduzindo a noção de discurso e a dimensão do sujeito na análise literária. Por fim, T.
Eagleton demonstra como a tentativa de uma leitura puramente objetiva da literatura
refletia um aspecto da ideologia dominante da supremacia do cientificismo, impregnada
nos próprios fundamentos estruturalistas. Apesar de todo o escrutínio crítico quanto ao
estruturalismo, o autor ressalta o valor desta corrente ao afirmar que seus pressupostos
sistemáticos trouxeram novo fôlego à tão subjetiva e genérica crítica literária precedente.

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