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ESCOLA SECUNDÁRIA ANTÓNIO INÁCIO DA CRUZ

2010-2011
Ficha Informativa de História - 8º Ano
Unidade G2- As Revoluções Liberais

Revolução Americana
Em meados do séc. XVIII, a Inglaterra possuía treze colónias na costa atlântica do
continente americano. Apesar de
autónomas, uniam-se pela língua, pela
religião e pelos inimigos comuns
(franceses e índios).
A Guerra dos Sete Anos obrigou a
Inglaterra a um esforço financeiro, pelo
que teve necessidade de recorrer ao
lançamento de novos impostos sobre as
colónias e os produtos coloniais,
principalmente um novo imposto sobre
o chá. Os colonos americanos
protestaram. Disfarçados de índios,
lançaram ao mar os carregamentos de
chá dos navios ancorados no porto de
Boston, este acontecimento ficou
conhecido como o Boston Tea Party.
Estávamos em 1773, foi o início da revolução americana.
Em 1774, 12 representantes das colónias (a Geórgia não enviou delegados) reúnem-se
em Filadélfia, num edifício conhecido como Carpenter’s Hall, exigindo os mesmos
direitos e liberdades concedidos aos súbditos da metrópole. A intransigência dos
ingleses levou à declaração de independência.
George Washington forma um exército de voluntários. Inicia-se a guerra da
independência. Após algumas derrotas, os independentistas vencem os ingleses na
batalha de Yorktown (1781). A Inglaterra reconhecerá a independência dos Estados
Unidos da América em 1783, no tratado de Versalhes.
Em 1787, é aprovada a Constituição americana,
garantindo as liberdades e direitos dos cidadãos,
a divisão tripartida dos poderes, a soberania da
nação e a liberdade religiosa.

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Revolução Francesa
A França antes da Revolução
• Antecedentes/causas:
– Maior população da Europa Ocidental (25 milhões).
– 80% rural.
– Absolutismo parasitário
• Luís XVI
• Festas, banquetes, pensões, guerras inúteis, tratados
desvantajosos.
– Grandes desigualdades sociais:

Terras, cargos
prestígio,
1º ESTADO: CLERO privilégios,
2% tribunais
2º ESTADO: NOBREZA próprios e
isenção fiscal

3º ESTADO: BURGUESIA +
98% CAMPONESES + SANS CULOTES:
obrigações e impostos.

Revolução Francesa
Crise económica
• Maus anos agricolas;
• Concorrência dos produtos ingleses;
• Défice financeiro (o Estado gasta mais do que recebe)

Dos Estados Gerais à Assembleia Constituinte


Em 1789, Luís XVI convoca os Estados Gerais (reunião dos representantes dos três
estados) para procurar um solução para a crise: obrigar o clero e a nobreza a pagar
impostos.
O voto era por estado e não por representante individual; o terceiro estado exige que
se altere a forma de votação, passaria a ser “um homem, um voto”. Clero e nobreza
não aceitam.
O terceiro estado retira-se e trancados na sala de jogo da péla, declararam-se
Assembleia Nacional Constituinte, prometendo não se separar até dotarem a França
de uma Constituição que defendesse as liberdades e direitos dos cidadãos.
Luís XVI, tentou dissolver a Assembleia Nacional Constituinte e enviou tropas para
Paris, isto provoca a revolta da população e dá-se a Tomada da Bastilha (14 de Julho de
1789). A partir daqui a revolução espalha-se a toda a França.

1ª Fase da Revolução
Principais Medidas da Assembleia Nacional Constituinte (eleita por sufrágio
censitário)
• Abolição dos direitos feudais;
• Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão;
• Aprovação da Constituição;
• Separação dos poderes;

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• Soberania da Nação ( sufrágio censitário);
• Substituição da Monarquia Absoluta pela Monarquia Constitucional;

2ª Fase da Revolução
Convenção Nacional (1792-1795)
• Foi a fase mais radical da Revolução Francesa e dominada pelos jacobinos que
dissolveram a Assembleia Cosntituinte e fizeram eleger por sufrágio universal a
Convenção Nacional;
• Aprovação de uma nova constituição em 1793;
• Ocorreu a execução do rei Luís XVI (21/01/1793)
• O Tribunal revolucionário (julgava os opositores da Revolução);
• O regime de terror (Robespierre). Milhares de franceses suspeitos de atividades
contra a revolução foram decapitados pela guilhotina;
• O Golpe do Termidor (1795)– pôs fim à era jacobina e iniciou o Diretório

3ª Fase da Revolução
Diretório (1795-1799)
• Caracterizado pela supremacia girondina (burgueses);
• Era exercido por um diretório composto por 5 membros;
• Enfrentou levantamentos populares e crise económica e social;
• Externamente a França obtinha vitórias contra as forças absolutistas da
Espanha, Holanda, Prússia e reinos da Itália (a segunda coligação) com
destaque para as vitórias militares de Napoleão Bonaparte;
• Napoleão Bonaparte (apoiado pelos girondinos) promoveu o Golpe 18 de
Brumário que pôs fim ao Diretório instaurando o Consulado.

PERÍODO NAPOLEÓNICO
• Não deve ser visto como parte da Revolução Francesa, mas sim como
consequência directa dela.
• Momento de triunfo e consolidação da burguesia no poder.
• O período Napoleónico (1799-1815) é dividido em três fases: Consulado,
Império e Governo dos Cem Ddias.
• Áustria, Rússia e Prússia, foram sucessivamente derrotadas por Napoleão.
• O Consulado inicia com o Golpe de 18 de Brumário .
• Durante o Império, Napoleão tenta conquistar a Inglaterra, militarmente. Não
conseguiu.
• Decretação do Bloqueio Continental.
• A corte portuguesa, protegida pela marinha inglesa, foge para o Brasil.
• A Rússia, que resolveu romper o bloqueio, foi invadida por Napoleão. Puro
desastre. O inverno russo praticamente derrotou Napoleão.
• Derrotado, Napoleão foi exilado na Ilha de Elba.
• Fugiu de Elba e voltou à França, iniciando o Governo dos Cem Dias.
• Derrotado em Waterloo, na Bélgica, foi exilado na Ilha de Santa Helena, onde
morreu, em 1821.

Profª Esmeralda Reis

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