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Marília
2º Semestre de 2009
* Aplicações de Derivada
* Integrais
OBJETIVO
MÉTODO DE AVALIAÇÃO
DATAS DE PROVAS
Parcial 1: P1:
Parcial 2: P2:
Substitutiva: Exame:
FLEMMING, Diva Marília, GONÇALVES, Mirian Buss. Cálculo A.: funções, limites,
derivação e integração. São Paulo: Makron Books, 1992.
LARSON, Roland E., HOSTETLER, Robert P., EDWARDS, Bruce H. Cálculo com
geometria analítica. Rio de Janeiro: LTC, 1998.
SWOKOWSKI, Earl William. Cálculo com geometria analítica. Rio de Janeiro:LTC, 1994.
APLICAÇÕES DA DERIVADA
Você verá como a derivada pode ser interpretada como taxa de variação. Assim sendo,
a derivada pode representar conceitos como taxa de crescimento populacional, custo marginal
do produtor, velocidade de um objeto móvel, taxa de inflação ou taxa com a qual os recursos
naturais estão se esgotando.
Você provavelmente já percebeu a relação entre derivadas e taxa de variação. A
derivada é o coeficiente angular da tangente e o coeficiente angular de qualquer reta é um
número que mede sua maior ou menor inclinação em relação ao eixo horizontal.
A análise do comportamento das funções será feita detalhadamente usando definições
e teoremas que envolvem derivadas.
Vamos iniciar com uma situação prática que servirá como modelo para uma discussão
mais geral.
Imagine um carro se movendo numa estrada reta, sendo S(t) sua distância após t horas do
ponto de partida. Suponha que você deseje determinar a velocidade do carro num certo tempo
t, mas não possui acesso ao velocímetro do carro. Eis o que você pode fazer.
Você precisa conhecer, primeiro, a posição do carro no tempo t e, depois, no tempo t + t,
isto é, determinar S(t) e S(t + t).
Calcule, então, a velocidade média do carro entre t e t + t como se segue.
Como a velocidade do carro varia durante o intervalo de tempo t e t + t, a velocidade não
será igual à velocidade instantânea (a velocidade mostrada no velocímetro) no tempo t.
Entretanto, quando t é pequeno, é pequena a possibilidade de variações drásticas de
velocidade. Então, a velocidade instantânea será uma boa aproximação da velocidade média.
Pode-se calcular a velocidade instantânea no tempo t fazendo t tender a zero na
expressão da velocidade média.
d2y
Aceleração = s' ' (t)
dx 2
ou ainda
a(t) = v’(t),
Solução Do Exemplo anterior sabe-se que a função velocidade desse objeto é v(t) = - 9,8 t.
Estas idéias podem ser usadas em situações mais gerais. Imagine y sendo uma função de
x, ou seja, y = f(x). Para uma variação de x a x + x, a variação de y correspondente será de
y = f(x + x) – f(x).
À medida que o intervalo de variação torna-se menor (isto é, quando x tende a zero), a
taxa média de variação tende ao que você intuitivamente poderia chamar de taxa de variação
dy
instantânea de y em relação a x, e a razão incremental tende à derivada f ' (x) .
dx
dy
Logo, a taxa de variação instantânea de y em relação a x é justamente a derivada .
dx
Exemplo Se um objeto cai de uma altura de 30m, sua altura S no instante t é dada pela função
posição S(t) = - 4,9t 2 + 30, onde S é medido em metros e t em segundos. Encontre a taxa de
variação média da altura nos intervalos:
S 19 - 25,1 - 6,1
12,2m/s .
t 1,5 1 0,5
OBS: Note que as velocidades médias no Exemplo anterior são negativas, indicando que o
objeto está se movimentando para baixo.
Exemplo: Estima-se que daqui a x meses a população de uma certa comunidade será de
P(x) = x2 + 20x + 8000.
(a) Daqui a 15 meses, qual será a taxa de variação da população desta comunidade?
Solução
(b) A variação real sofrida durante o 16º mês será a diferença entre a população ao final dos 16
meses e a população ao final dos 15 meses, isto é,
P(16) - P(15)
Variação da população =
16 - 15
= 51 habitantes.
Estamos supondo que, quando se começa um processo produtivo, visa-se o maior lucro
possível. Ainda não sabemos o que quer dizer o maior possível, mas é intuitivo que estamos
querendo “maximizar” lucro.
Um dos conceitos mais importantes da microeconomia é o conceito de custo marginal(Cmg).
Podemos, de forma bem simples, dizer que custo marginal é a variação no custo total devido
a um pequeno acréscimo na quantidade produzida. Mas formalmente temos:
C
Definição: Dada C(x) uma função custo, o custo marginal é: Cmg (x) = lim .
x 0
x
Exemplo 1 Suponha que uma firma possui uma máquina produzindo 1.000 unidades de um
produto por dia.
C
1.001ª, é necessário um custo adicional C. Como Cmg(x) = lim = C’(x), temos que para
x 0
x
x = 1, y = C’(x). Portanto, o custo adicional C, no nosso caso, para se produzir a 1.001ª
unidade, é 5.
Obs: Custo marginal é medida em reais por unidade e, freqüentemente, é uma boa
aproximação do custo de produção de uma unidade adicional.
Exemplo 2 Suponha que o custo total em reais ao se fabricar q unidades de um certo produto
seja de C(q) = 3q² + 5q + 10.
(a) Deduza a fórmula do custo marginal.
(c) O custo real de produção da 51ª unidade é a diferença entre o custo de produção
de 51 unidades e o custo de produção de 50 unidades, ou seja,
Em muitas situações práticas, a taxa de variação de uma quantidade não é tão significativa
quanto sua porcentagem de variação. A taxa de variação anual de uma parcela de 500 pessoas
numa cidade de 5 milhões de habitantes, por exemplo, nada representará em relação à
população, enquanto que a mesma taxa poderia causar um enorme impacto numa cidade de
2000 habitantes. A porcentagem de variação compara a taxa de variação de uma quantidade
com o valor desta quantidade:
Taxa de Variação de Q
Porcentagem de variação de Q = 100.
Q
A taxa de variação de 500 pessoas por ano na população de uma cidade de 5 milhões
100 500
de habitantes acarreta uma porcentagem de variação de somente 0,01% da
5.000.000
população por ano. Porém, a mesma taxa de variação numa cidade de 2000 habitantes
100 500
acarreta uma porcentagem de variação de 25% da população por ano.
2.000
Eis a fórmula da porcentagem de variação escrita em termos de derivadas.
f´(x) dy / dx
Porcentagem de variação = 100 . 100.
f(x) y
Exemplo O produto nacional bruto de um certo país era de N(t) = t² + 5t + 100 bilhões de
dólares t anos após 1970.
(a) A taxa de variação será a derivada N´(t) = 2t + 5. A taxa de variação, em 1975, é de N´(5)
= 2(5) + 5 = 15 bilhões de dólares por ano.
EXERCÍCIOS
(b) Qual será a taxa de variação da circulação daqui a 5 anos? A circulação aumentará ou
diminuirá? (Resp. crescendo com uma taxa de 1 400 por ano)
2. Um estudo sobre a eficiência do turno da manhã de uma fábrica indica que, em média, um
operário, chegando ao trabalho às 8 horas, montará f(x) = - x³ + 6x² + 15x rádios x horas
depois.
(a) Deduza a expressão da taxa à qual o operário montará rádios x horas depois.
(Resp. f’(x) = -3x2 + 12x + 15)
(c) Quantos rádios serão montados pelo operário entre 9 e 10 horas da manhã?
(Resp. 26 rádios)
3. Estima-se que daqui a t anos a população de uma certa comunidade suburbana será de
P(t) = 20 – 6/ (t + 1) milhares de habitantes.
(b) Qual será a taxa de crescimento da população daqui a 1ano? (Resp. 1 500 por ano)
(d) Qual será a taxa de crescimento da população daqui a 9anos? (Resp. 60 por ano)
4. O ganho total de fabricação de um certo produto é de R(q) = 240q + 0,05q² reais, onde q é o
número de unidades produzidas diariamente. Atualmente, o fabricante está produzindo 80
unidades por dia e pretende elevar este número de 1 unidade.
(a) Use análise marginal para estimar o ganho adicional produzido pela 81ª unidade .
(Resp. R$ 248,00)
(b) Use a função de ganho para calcular o ganho adicional real produzido pela 81ª unidade.
(Resp. R$ 248,05)
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2. REGRA DA CADEIA
dC
taxa de variação do custo (reais de unidades) em relação à produção
dq
e
dq
taxa de variação por unidades produzidas(unidades por hora)em relação ao tempo
dt
Como a taxa de variação do custo em relação ao tempo também é dada pela derivada
dC
, segue-se que
dt
dC dC dq
.
dt dq dt
Em muitos problemas, uma quantidade é dada como função de uma variável que, por
sua vez, pode ser reescrita como função de uma segunda variável. O objetivo é calcular a taxa
de variação da quantidade original em relação à segunda variável. Estes problemas são, às
vezes, denominados problemas de taxas relacionadas e podem ser resolvidos com auxílio
da regra da cadeia. Eis um exemplo.
Exemplo Um estudo do meio ambiente de uma comunidade suburbana conclui que a taxa
média diária de monóxido de carbono no ar é de C(p) = 0,5 p 2 17 partes por milhão, quando
a população é de p milhares. Estima-se que daqui a t anos a população será p(t) = 3,1 + 0,1 t²
milhares. Qual será a taxa de variação, em relação ao tempo, da taxa de monóxido de carbono
daqui a 3anos?
dC
Solução O objetivo é calcular , quando t = 3. Calcule primeiro as derivadas.
dt
dC 1
p 0,5 p 2 17 2
1 dp
e 0,2 t
dp 2 dt
Quando t = 3,
p = p(3) = 3,1 + 0,1. (3)² = 4
logo,
dC 1 1
( 4)[0,5.(16) 17] 2 0,4
dp 2
e
dp
0,2 (3) 0,6 .
dt
dC dC dp
. 0,4.(0.6) 0,24 partes por milhão por ano.
dt dp dt
EXERCÍCIOS
2. Estima-se que daqui a t anos a população de uma certa comunidade suburbana será de
p(t) = 20 – 6/(t + 1) milhares. Um estudo do meio ambiente indica que a taxa média do
Vimos anteriormente como usar a regra da cadeia para resolver certos tipos de
problemas de taxas relacionados. Nestes problemas, uma variável era dada como função de
uma segunda variável que, por sua vez, poderia ser escrita como função de uma terceira.
Neste tópico, você aprenderá uma técnica ligeiramente diferente de resolução de problemas de
taxas relacionadas, dos quais você possui apenas informações sobre a taxa de variação de
algumas variáveis e, não, fórmulas explícitas relacionando todas as variáveis. Esta técnica está
ilustrada no exemplo a seguir.
Solução Sendo t a medida de tempo (em anos), a taxa de variação do nível de poluição em
dQ dp
relação ao tempo é e a taxa de variação da população em relação ao tempo é .
dt dt
dp dQ
Neste problema, você sabe que = 2 e o objetivo é calcular , quando p = 30. Você
dt dt
consegue isto, derivando em relação a t ambos os membros da equação:
Q = p² + 3.p + 1 200.
dQ dp dp
2.p( t ). 3.
dt dt dt
ou simplesmente,
dQ dp dp
2p 3 .
dt dt dt
dp
Substitua agora, na equação, os valores p = 30 e = 2, obtendo
dt
dQ
2.30.2 3.2 126.
dt
Assim, a taxa de crescimento atual do nível de ar poluído é de 126 unidades por ano.
dy dx
Sabe-se que = 0,7 e o objetivo é calcular . Pela semelhança dos triângulos
dt dt
xy x 1
ABC e DEC, obtém-se a proporção , ou seja, x = y.
6 1 5
dx 1 dy
.
dt 5 dt
dy
Substituindo = 0,7 na igualdade, tem-se:
dt
dx 1
.0,7 0,14 ,
dt 5
Solução Seja V0 volume de água no tanque após t minutos, h o nível de água correspondente e
r o raio da superfície de água, como mostra a figura.
dV
Você sabe que 2 ( o sinal negativo indica que o volume é decrescente) e o
dt
dh
objetivo é calcular , quando h = 8.
dt
1
V r2 h
3
5 r
,
20 h
resultando numa expressão de r em função de h,
h
r .
4
1
V h3.
48
dV 1 dh
h2 .
dt 16 dt
dV dh
Substitua na equação os valores h = 8 e 2 e resolva a equação em ,
dt dt
obtendo
1
Você pode concluir, então, que o nível da água está descendo numa taxa de metros
2
por minuto.
Exercícios
1. Uma pedra é jogada em um laguinho de águas calmas, gerando ondas em forma de círculos
concêntricos. O raio r da onda exterior aumenta a uma taxa constante de 0,3 metro por
segundo. A que taxa a área da água perturbada está aumentando quando o raio exterior é de 1
metro? (Resp. 0,6m2/s)
3. Um avião está voando a uma altitude de 10 quilômetros em uma trajetória que o levará a
passar diretamente acima de uma estação de radar. Seja s a distância (em quilômetros) entre a
4. Cascalho está sendo empilhado em uma pilha cônica a uma taxa de 3 metros cúbicos por
minuto. Encontre a taxa de variação da altura da pilha quando a altura é 3 metros.(Suponha
que o tamanho do cascalho é tal que o raio do cone é igual à sua altura.) (Resp. 0,106m/min)
5. Uma câmera de televisão no nível do solo está filmando a subida de um ônibus espacial que
está subindo verticalmente de acordo com a equação s = 15t 2, onde s é medido em metros e t
em segundos. A câmera está a 600 metros do local do lançamento. Encontre a taxa de
variação da distância entre a câmera e a base do ônibus espacial 10 segundos após o
lançamento. (Suponha que a câmera e a base do ônibus espacial estão no mesmo nível
quando t = 0.) (Resp. 278,54m/s)
Uma função é crescente quando seu gráfico “cresce” à medida que x aumenta de valor.
Caso contrário, a função é decrescente. A função da Fig.4.2 é crescente, quando a < x < b e
x > c. É decrescente, quando x < a e b < x < c.
Máximo
relativos
Mínimo
relativos
Mínimo
relativos
Decrescente
Crescente
Crescente
Decrescente
Se f´(x) > 0 para todo x em (a, b), então f é crescente em (a, b).
Se f´(x) < 0 para todo x em (a, b), então f é decrescente em (a, b).
Se f´(x) = 0 para todo x em (a, b), então, f é constante em (a, b).
Como a função é crescente quando sua derivada é positiva e decrescente quando sua
derivada é negativa, os únicos pontos nos quais a função pode possuir máximos ou mínimos
relativos são aqueles nos quais as derivadas são nulas ou indefinidas. O ponto crítico da
função é aquele no qual a derivada é nula ou indefinida. Todo extremo relativo é um ponto
crítico, mas nem todo ponto crítico é, necessariamente, um extremo relativo.
Seja c um número crítico de uma função f contínua em um intervalo aberto I que contém
c. Suponha que f é diferenciável em todo o intervalo I, exceto possivelmente em c. Então:
um mínimo relativo de f;
um máximo relativo de f;
3. Se f´ não muda de sinal no ponto c, então f(c) não é máximo relativo nem
Exemplo 1 Determine onde a função f(x) = 2x³ + 3x² - 12x – 7 é crescente e onde é
decrescente, calcule seus extremos relativos e construa o gráfico correspondente.
Finalmente, x > 1, tanto (x – 1), quanto (x + 2) são positivos. Logo, a derivada é positiva
e f é crescente, neste intervalo.
Construa o gráfico usando esta informação, como mostra a Fig. 4.6. Note que, como f é
crescente em ambos os lados do ponto crítico (1, 2), este ponto não é máximo nem mínimo
relativo.
Máximo
Absoluto
Fig. 5.2 Extremos absolutos de uma função contínua num intervalo fechado
5.1.1 Roteiro para calcular Extremos Absolutos de uma função Contínua f num
Intervalo fechado a x b.
Exemplo 1 Encontre o máximo e o mínimo absoluto de f(x) = 3x4 – 4x³ no intervalo [- 1, 2].
12x²(x – 1) = 0 Fatore
Como f´(x) está definida para todo x, esses são os únicos números críticos de f.
Finalmente, calculando f nesses pontos críticos e nos extremos do intervalo, temos que o
máximo é f(2) = 16 e que o mínimo é f(1) = - 1.
Como o maior destes valores é V(2) = 92 e o menor é V(5) = 65, você pode concluir que
6. Derivada Segunda
Eis uma situação prática que pode ser analisada com a ajuda da derivada segunda. O
número de unidades que um operário pode produzir em x horas é usualmente dado por uma
função igual a do gráfico.
Produção Total
Eficiência
Máxima
nº de horas
O gráfico mostra que, no início, a taxa de produção é baixa, porém, quando o operário
se acostuma à rotina, a taxa aumenta, chegando a um tempo de eficiência máxima, após o
qual a fadiga faz com que a taxa de produção decresça.
Exemplo Um estudo da eficiência do turno da manhã de uma fábrica indica que um operário
médio, chegando ao trabalho às 8 horas, terá montado Q(t) = - t³ + 9t² + 12t unidades t horas
depois. A que horas da manhã o operário trabalha mais eficientemente?
Solução
A taxa de produção do operário é a derivada
você pode concluir que a taxa de produção será maior e que o operário trabalhará mais
eficientemente quando t = 3, ou seja, às 11 horas.
6.1 Concavidade
O ponto de retornos reduzidos da curva de produção da Fig. 6.0 (a) ocorre quando t =
3. Antes deste ponto, a taxa de produção do operário é crescente e após este ponto,
decrescente. Em termos geométricos, o sentido da curva de produção é contrário ao
movimento dos ponteiros do relógio, em t < 3, e a favor, em t > 3. Usam-se as seguintes
noções de concavidade para descrever o sentido da curva.
Uma curva é dita ter concavidade para baixo (côncava), quando sua tangente se move
no sentido dos ponteiros do relógio, ao percorrer a curva da esquerda para direita.
Uma curva é dita ter concavidade para cima (convexa), quando sua tangente se move
no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, ao percorrer a curva da esquerda para direita.
A curva da Fig. 6.1, por exemplo, tem concavidade para cima, quando x < a e
concavidade para baixo, quando x > a.
Concavidade
para baixo
Concavidade
para Baixo
Concavidade
para Cima
Quando a curva tem concavidade para cima (Fig. 6.2a), o coeficiente angular de sua
tangente cresce, quando x aumenta de valor. Quando a curva tem concavidade para baixo
(como na Fig. 6.2b), o coeficiente angular decresce, quando x aumenta de valor.
Coeficiente Coeficiente
Coeficiente Coeficiente Angular Angular
Angular Angular Positivo Negativo
Negativo Positivo
Suponha que a derivada segunda f´´ seja positiva num intervalo. Logo, a derivada
primeira f´ é crescente no intervalo. Mas f´ é o coeficiente angular da tangente, portanto, é
crescente e a curva do gráfico de f tem concavidade para cima no intervalo. Por outro lado, se f
´´ é negativa no intervalo, então, f´ é decrescente. Logo, o coeficiente angular da tangente é
decrescente e a curva do gráfico de f tem concavidade para baixo no intervalo.
-1
Exemplo Determine os intervalos abertos nos quais o gráfico de f(x) = 6.(x² + 3) é côncavo (f
´´(x) < 0) ou (f´´(x) > 0) convexo .
Solução Observe em primeiro lugar, que f é contínua em toda a reta real. A segunda derivada
de f é
f´(x) = (-6).(2x).(x² + 3) - 1 = -12x.(x² + 3) - 2 .
Como f´´(x) = 0 em x = 1 e f´´ está definida em toda a reta, os intervalos para teste são
(-, -1), (-1, 1) e (1, ). A tabela a seguir apresenta os resultados do teste.
Na Fig. 6.1 possui um ponto x = a onde a concavidade muda. Um ponto deste tipo é
chamado um ponto de inflexão.
Seja f uma função cujo gráfico tem reta tangente no ponto (c, f(c)). O ponto (c, f(c)) é um
ponto de inflexão se o gráfico muda de concavidade neste ponto.
NOTA: Seja (c, f(c)) um ponto de inflexão. Então, ou f´´(c) = 0, ou f´´não está definida em x = c.
Eis um teste simples, envolvendo o sinal da derivada segunda, que auxiliará você na
classificação dos pontos críticos de primeira ordem.
Seja f uma função tal que f´(c) = 0 e cuja derivada segunda existe em um intervalo
aberto contendo c.
A Fig. 6.3(a) mostra como, num máximo relativo, f possui concavidade para baixo; logo f
´´(c) 0.
A Fig. 6.3 (b) mostra como, num mínimo relativo, f possui concavidade para cima; logo f
´´(c) 0. As Figs. 6.3 (c) e 6.3 (d) mostram que, se em algum ponto f´(c) = 0 não for um
extremo relativo, será, então, um ponto de inflexão. Neste caso, se f´´(c) for definida, então,
será nula. Segue-se que, se f´(c) = 0 e f´´(c) < 0, o ponto crítico correspondente será um
máximo relativo, enquanto que, f´(c) = 0 e f´´(c) > 0, o ponto crítico correspondente será um
mínimo relativo.
Exemplo Use o teste da derivada segunda para calcular o máximo e o mínimo relativos da
função f(x) = 2x³ + 3x² - 12x – 7.
f´´(1) = 18 > 0,
Exercícios
1. Determine onde a função dada é crescente e onde é decrescente, calcule seus extremos
relativos e construa o gráfico correspondente.
x2
(a) f(x) = x3 + 3x2 + 1 (b) f(x) =
2x 5
5. Um dos parâmetros de custo em uma empresa é o custo médio por unidade produzida. Um
objetivo a ser perseguido é encontrar a quantidade a ser produzida dentro de determinadas
Suponha que o custo de produção de um bem em uma empresa possa ser descrito pela
equação C(q) = q² - 50q + 2.500, 40 < q < 80. Calcule a quantidade q a ser produzida para que
o custo médio de produção seja mínimo.(Resp. q = 50)
7. Determine onde a função dada é crescente, decrescente, onde tem concavidade para cima e
para baixo. Calcule os extremos relativos e os pontos de inflexão; construa o gráfico
correspondente.
1 3
(a) f(x) = x – 9x + 2 (b) f(x) = x4 - 4x3 + 10
3
INTEGRAÇÃO
Sabemos que, dada uma função f(x) = 3x2, ao derivarmos f(x) obtemos f’(x) = 6x.
d
Digamos que temos f’(x) = 6x, podemos afirmar que f(x) = 3x2 pois (3x2) = 6x; a
dx
este processo damos o nome de ANTIDERIVAÇÃO, ou seja, o processo que determina a
função original (Primitiva) a partir de sua derivada.
OBS: Seja F(x) uma antiderivada de f(x), então F(x) + C também o é, onde C é uma
Constante de Integração, por exemplo:
F(x) = x4, G(x) = x4 + 3, H(x) = x4 – 5 são antiderivadas de 4x3, pois a derivada de cada
uma delas é 4x3. Logo, todas as antiderivadas de 4x3 são da forma x4 + C. Daí o processo de
antiderivação nos dar uma família de funções que se diferenciam pela constante.
NOTAÇÕES:
f ( x ) dx F ( x ) C
● Lembrando que F(x) é uma função tal que F’(x) = f(x) e C uma constante arbitrária,
Exemplos :
2dx 2 x C 3x dx x 3 C 4tdt 2t C
2 2
●
d
dx
f ( x)dx f ( x) A diferenciação é o inverso da integração.
x n 1
e) x dx
n
C com n -1 ( Regra Simples da Potência )
n 1
1
Obs. : x dx ln x C com x > 0.
Exemplos :
x2 3x 2
C .
1
1) 3 xdx 3. xdx 3. x dx 3 2 C
2
x = x1 e Simplificando
1 x 2 1
2 ) 3 dx x dx
3
C 2 C.
x 2 2x
3
1 3
x2 2 2 2x x
3) x dx x dx
2
3
C .x 2 C . x 3 C
3 3 3
C.
OBS.: Para verificarmos se o resultado está correto, basta deriva-lo e “tentar “ obter o “Integrando“.
Exercícios:
Resolva as Integrais :
x (3s 4)
5 2
1) dx 2) ds 3) 2 px dx
x 1
4) sen x dx 5) cos x dx 6) x
dx
7)
x 3 5x 2 4
x2
dx
8) 3. sec x.tgx cos ec 2 x dx
x sen x 2 sec 2 x
9) 2e dx 10) dx
cos x x 7
2
cos ecx
11) O custo marginal da fabricação de x unidades de um produto tem como modelo a seguinte
dC
equação 32 0,04 x ( Custo Marginal ). A produção da primeira unidade custa $ 50.
dx
Ache o Custo Total da produção de 200 unidades.
dC 1
12) Ache a Função Custo correspondente ao custo marginal 4 com custo de
dx 20 x
$ 750 para x = 0.
13) Uma indústria fez uma análise de suas instalações de produção e de seu pessoal. Com o
atual equipamento e número de trabalhadores, a indústria pode produzir 3000 unidades por
dia. Estima-se que sem qualquer mudança nas instalações a taxa de variação do número de
unidades produzidas por dia em relação à variação no número de trabalhadores adicionais é
80 – 6x1/2, onde x é o número de trabalhadores adicionais. Encontre a produção diária, caso se
admita mais 25 trabalhadores.
15) Ache a equação da função f(x) cujo gráfico passa pelo ponto P ( 4, 2 ) e possui derivada
f’(x) = 6 x 10 .
Teorema: (Antiderivada de uma Função Composta) Sejam f e g funções tais que fog e g’ são
Existem diversas técnicas para aplicar a substituição, cada uma ligeiramente diferente
da outra. O objetivo, no entanto, é o mesmo com qualquer técnica – estamos tentando
encontrar uma antiderivada do integrando.
Observe que o teorema não diz como distinguir entre f(g(x)) e g’(x) no integrando. À
medida que você adquire experiência em integração, sua habilidade em identificar as funções
aumenta. É claro que familiaridade com derivadas é fundamental.
função Derivada da
externa função interna
f ( g ( x )).g ' ( x ) dx F ( g ( x )) C.
função
interna
f ( g ( x)).g ' ( x) dx f (u ) du F (u ) C.
Por exemplo ... Sabemos que a Regra Simples da Potência é dada por
x n 1
x dx
n
C com n -1, usada quando a função é expressa como potência de x
n 1
somente.
2 x x 3
Para calcular 2
1 dx temos que encontrar f(x) tal que f’(x) = 2x.( x2 + 1 )3, daí :
◙
d
dx
4
x 2 1 4.( x 2 1) 3 .2 x ( Regra da Cadeia ).
◙
d x2 1
4
( x 1) .2 x ( Dividir ambos os membros por 4 ).
2 3
dx 4
◙
x 2
1 4
3
C 2 x x 2 1 dx ( Integrando ).
4
2 x. x 1 dx u .
2 3
3 du
dx
dx u 3 du
u4
4
C .
du u n 1
u .
n
dx C , com n -1.
dx n 1
5 5
a ) 3.(3x 1) 4 dx (3 x 1) 4 .3 dx u 4 du u (3 x 1) C .
5 5
u 3x 1
du
dx 3 du 3.dx
2 2 2
b) (2 x 1).( x 2 x )dx ( x 2 x).(2 x 1) dx u du u C ( x x) C
2 2
u x 2 x
du
2x 1 du 2 x 1 dx
dx
3 3
2
1
c) 3 x 2 . x 3 2 dx ( x 3 2) 2 .3 x 2 dx u 2 du u
21 ( x 3 2) 2
C . ( x 3 2) 3 C
3 3 3
2 2
u x3 2
du 2
3x du 3x2dx
dx
4x u 1 1 1
d) dx (1 2 x 2 ) 2 (4 x) dx u 2 du C C C
(1 2 x 2 ) 2 1 u 2
2x 1
u 2 x 2 1
du
4 x du 4 xdx
dx
1 ) 1 2 x 4 .2 dx 2) 5 x 2 4 .10 x dx
x 1 x2
3) dx 4) dx
2 2
(x 2 x 3) x 2 4x 3
5 ) sen( x 4) dx 6) 2
( x sec 3 x ) dx
7) 2
sen x. cos x dx 8) x 2 2 x 4 dx
dx x2
9) 2 10) dx
x 6 x 13 x 1
Tomando como ponto de partida a Derivação pela Regra do Produto temos ...
d
● (uv) u ' v uv' ( Regra do Produto )
dx
d
● uv dx (uv) u ' vdx uv' dx ( Integrando ambos os lados )
udv uv vdu
Exemplos:
c ) u = x ; dv = senx dx
x2
● Na saída a obtemos du = cosx dx e v =
2
= dv = xdx , logo temos :
x2 x2
x sen xdx 2
. sen x
2
. cos xdx , a nova integral que é mais complicada do que a
original.
du = senx + x.cosxdx
● Em b temos : logo,
v= dv = dx = x
● Em c temos :
x
2
2 ) Idem para e x dx .
u = x2 du = 2xdx
Resolução:
dv = exdx v = ex
Portanto:
*
2 x 2 x x 2 x x 2 x x
udv uv vdu x e dx x .e e .2 xdx x e 2 xe dx x e 2.e ( x 1) C
x
2
e x dx e x ( x 2 2 x 2) C .
u=x du = dx
* xe
x
dx Daí ...
xe dx x.e x e x dx xe x e x e x ( x 1) C
x
dv = exdx v = ex
x
3 3
1 ) x 2 e x dx 2) e 2 x dx
3 ) ln x dx 4 ) x 2 ln x dx
5 ) x sen 4 x dx 6) sen
2
x dx
7) e
2x
. cos x dx 8) x. cos 3x dx
A saída é utilizarmos o conceito de Integral Definida, que nada mais é do que a área da
região delimitada pelo gráfico de f, pelo eixo x e pelas retas x = a e x = b onde a notação é:
Veja o gráfico. . .
y = f(x)
A
A
0 x
a b
Exemplo :
9
3 base.altura 3.9 27
A 3 x dx A = 13,5 u.a .
0 2 2 2
A
x
0 3
Neste exemplo, não utilizamos o conceito de integral, pois a área era um triângulo, portanto
B.h
A .
2
y = f(x)
y
0 a b x
0 x0 x1 x2 ............... ................................. xn x
x
a b
Temos um polígono não regular, que “quase” preenche a área A, formado por
retângulos de base x e altura f(xi), portanto Aretângulo = f(xi). x .
Note que quanto menor x , maior o número de retângulos ( n ) e mais próximo da área
sob a curva vai estar a área do polígono, logo quando x 0 , temos n e Apolig. A.
b n
A f ( x)dx lim f ( xi ).x .
x 0
a i 1
Ou seja, a área sob a curva é a somatória das áreas dos retângulos de área f(xi). x ,
quando x 0 e n ( nº de retângulos ) .
y = f(x)
A(x)
A
0 x
a x b
( x + x )
Temos: f(x) = A’(x) (Def. pelo limite) --- f(x) é derivada da integral A(x) .
b
A(b) f ( x)dx F (b) F (a)
a
Teorema Fundamental do Cálculo
b b
f ( x)dx F ( x)
a a
F (b) F (a )
Com F a integral de
f(x).
b b
b b b
b c b
4) f ( x)dx 0 .
a
b a
5)
a
f ( x )dx f ( x )dx
b
Exemplos:
1 1
2
1 ) 2 x dx x 12 0 2 1 0 = 1
0 0
e 2 x e 2.1 e 2.0 e 2 e 0 1 e 2
1 1
1
e dx
2 x
2) .(1 e 2 )
0
2 0 2 2 2 2 2 2 2
3 3 3 3 3
(6 x 5) dx 6 x dx 5dx 6. x dx 5dx 5.3 5.(2)
2 2 2
3)
2 2 2 2 2
(3) 3 ( 2) 3 8
6. 5.3 5.(2) 6. 9 (15 10) 54 16 25 70 25 45.
3 3 3
10 3 24
dx
2 ) (1 sen 2 x )3 . cos 2x dx 15
1) 4
2 5x 1 5
0 8
9 2t 2 t 2. t 1 292
3) dt 4 senx. cos x 1
1 t 2 9 4) dx
0 cos2 x sen 2 x 2
2 107 4 17
2
5) f ( x ) dx onde f(x) = 6) x 5 x 6 dx
0 10 0 3
2
7) f ( x )dx 2 onde f(x) =
- 2
x ; x 0
sen x para 0x
Caso I - Cálculo da área da figura plana limitada pelo gráfico de f, pelas retas x = a, x = b e o
eixo dos x, onde f é contínua e f(x) 0, x [a,b].
y = f(x)
A
A
0 x
a b
b
A = f ( x ) dx
a
y
y = x2
A=
19
A A=
3
x
3
2 x3 3 3 3 2 3 27 8
x dx
0 2 3 2 3 2 3 3 3 3
Caso II - Cálculo da área da figura plana limitada pelo gráfico de f, pelas retas x = a, x = b e o
eixo dos x, onde f é contínua e f(x) 0, x [a,b].
b
É fácil constatar que neste caso basta tomar o módulo da integral f ( x ) dx , ou seja,
a
b
A = f ( x ) dx
a
y
a b x
y = f(x)
0 1 3 y = x2 - 4x
3
x3
A x 2 4 x dx
3
4 x 2
2
3 33
3
13
2.3 2
3
27
2.12
3
1
18 2
3
22
3
22
3
1 1
22
A= u.a
3
Caso III - Cálculo da área da figura plana limitada pelos gráficos de f e g, pelas retas x = a,
x = b, onde f e g são funções contínuas em [a,b] e f(x) g(x), x [a,b].
Neste caso pode ocorrer uma situação particular onde f e g assumem valores não
negativos para todo x [a,b].
y
y = f(x)
A y = g(x)
a b x
Então a área é calculada pela diferença entre a área sob o gráfico de f e a área sob o
gráfico de g, ou ainda,
b b
A f ( x ) dx g( x ) dx
a a
y y=x+1
A
x
2
2
2
A x 1 x 2 1 dx x x 2 2 dx
1 1
x2
2
x3
3
2x
9
2
1
9
A= u.a
2
Exercícios
1) Encontre a área da região limitada pela curva y = x³ - 2x² - 5x + 6, o eixo dos x e as retas
x = -1 e x = 2. (Resp. 157/12 ua)
3) Encontre a área da região limitada pelas curvas y = x² e y = - x² + 4x. (Resp. 8/3 ua)
4) Encontre a área da região limitada pelas curvas y = x³ - 6x² + 8x e y = x² - 4x. (Resp. 71/6 ua)
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
cos sec udu cot gu C cos sec udu ln cos sec u cot gu C
2
● ●
1
● sen 2 x cos 2 x 1 ● sen x. cos y sen x y sen x y
2
1
● sec 2 x 1 tg 2 x ● sen x. sen y cos x y cos x y
2
1
● cos sec 2 x 1 cot g 2 x ● cos x. cos y cos x y cos x y
2
1 x
● sen x
2
1 cos 2 x ● 1 cos x 2 sen
2
2 2
1 x
● cos x
2
1 cos 2 x ● 1 cos x 2 cos
2
2 2
1
● sen x. cos x sen 2 x ● 1 sen x 1 cos x
2 2
cos eu du .
Exemplos
u x 3
3 )
du 2 2
3x du 3x dx
dx Profª Drª Fátima Ahmad Rabah
Apostila de Cálculo II – Unimar
54
du 1 1 1
sen 2 xdx sen u sen u du cos u C cos 2 x C
2 2 2 2
u 2 x
du du
dx 2 dx
2
tg x 1
4) dx tg x . x 2 dx tgu.2 du. 2 tgu du 2. ln sec u C 2. ln sec x C
x
1
u x x
2
du 1 1 1
x 2 2 du x 2 dx
dx 2
Nestas integrais, podemos usar artifícios de cálculo com auxílio das identidades
trigonométricas (ou usar as Fórmulas de Recorrência)
1
2
(2) sen x 1 cos 2x
2
1
2
(3) cos x 1 cos 2x
2
Estas integrais também podem ser resolvidas com auxílio das fórmulas de redução ou
recorrência.
Exemplos
1) cos 5 x dx .
cos5 x = (cos²x)².cosx
= (1 – sen²x)² .cosx
Portanto,
5 2 4
cos x dx (cos x 2 sen x. cos x sen x. cos x ) dx
2 1
sen x sen 3 x sen 5 x C .
3 5
5 2 1
cos x dx sen x sen 3 x sen5 x C
3 5
5 1 4 1 4 1 2
cos x dx . cos4 x. sen x cos3 x dx cos 4 x. sen x ( . cos 2 x.sen x . cos x dx )
5 5 5 5 3 3
1 4 8
cos 4 x. sen x cos2 x. sen x sen x C
5 15 15
1 4 8
5
cos x dx cos4 x.sen x cos 2 x. sen x sen x C.
5 15 15
2) sen 4 x dx .
sen4 x = (sen²x)²
2
1
.1 cos 2 x
2
1
4
1 2 cos 2x cos 2 2 x
1 1 cos 4 x
1 2 cos 2x
4 2
3 1 1
cos 2 x cos 4 x.
8 2 8
Portanto,
3 1 1
sen x dx 8 2 cos 2 x 8 cos 4 x dx
4
3 1 1
x sen 2 x sen 4 x C.
8 4 32
4 3 1 1
sen x dx x sen 2x sen 4 x C.
8 4 32
4 1 3 1 3 1 1
sen x dx .sen 3 x. cos x 2
sen x dx .sen 3 x. cos x ( .senx. cos x . sen 0 x dx )
4 4 4 4 2 2
1 3 3
.sen 3 x. cos x .senx. cos x x C.
4 8 8
1 3 3
4
sen x dx .sen 3 x. cos x .senx. cos x x C.
4 8 8
Quando pelo menos um dos expoentes é ímpar usamos a identidade (1) e quando os
dois expoentes são pares usamos (2) e (3) e eventualmente, também (1).
Exemplos
1 1
cos5 x cos7 x C
5 7
1 5 1 7
sen 3 x. cos 4 x dx cos x cos x C
5 7
2
1 1
(1 cos 2 x ). 1 cos 2 x dx
2 2
1 1 1 1 1
cos 2 x . cos 2 x coss 2 x dx
2 2 4 2 4
1 1 1 1 1 1
cos 2 x cos 2 2 x cos 2 x cos 2 2 x cos3 2x dx
8 4 8 8 4 8
1 1 1 1
cos 2 x cos 2 2 x cos3 2 x dx
8 8 8 8
1
8
x
1
16
1 1 cos 4x
sen 2x
8 2
1
8
dx 1 sen 2 2 x cos 2x dx
x sen 2 x x sen 4x 1 1
cos 2x dx sen 2 2x. cos 2x dx
8 16 16 64 8 8
x sen 2 x sen 4x sen 2x sen 3 2 x
C
16 16 64 16 48
x sen 3 2 x sen 4 x
C.
16 48 64
2 4 x sen 3 2 x sen 4 x
sen x. cos x dx C.
16 48 64
1
OBS: Quando m = n usamos a identidade sen x. cos x sen 2 x . (4)
2
tg 2 u sec 2 u 1 ou sec 2 u tg 2 u 1
tg n u tg n 2 u.tg 2 u tg n 2 u.(sec 2 u 1)
Exemplo
3 2
tg 3 d tg 3 .tg 3 d
tg 3 .(sec 2 3 1) d
tg 3 . sec 2 3 d tg 3 d
1 1
tg 2 3 ln cos 3 C.
6 3
3 1 2 1
tg 3 d tg 3 ln cos 3 C.
6 3
OBS: Lembrando que pode ser resolvida usando as fórmulas de redução ou recorrência.
Quando m for ímpar ou n for par, podemos preparar o integrando para aplicar o método
da substituição.
Quando m for par e n for ímpar a integral deve ser resolvida por integração por partes.
Exemplos
1) tg 5 x. sec 4 x dx tg 5 x. tg 2 x 1 . sec 2 x dx
tg 7 x. sec 2 x dx tg 5 x. sec 2 x dx
1 8 1
tg x tg 6 x C
8 6
1 8 1 6
tg x. sec x dx 8 tg x 6 tg x C
5 4
(sec 5 x sec 3 x ) dx
sec 5 x dx sec 3 x dx
1 1 1
sec 3 x.tgx sec x.tgx ln sec x tgx C .
4 8 8
OBS: Numa situação como essa, aplica-se recorrência na maior integral ( sec 5 x dx ),
conservando a menor integral ( sec 3 x dx ), para que no final, possa ser subtraída e aplicar
novamente a recorrência, caso seja necessário.
Exercícios :
2 3 cos x dx
1) sec 3xtg3xdx 2)
sen 2 x
dx 3)
sen 2 x
4) sec(2 x )dx tg
4
5) xdx 6 )
x
sec
2
dx
2
sec 2 2 x
7) tg 2 x dx 8 ) tg 5 3x. sec 7 3x dx
PS: Resolva Lista de Exercícios Extra – Vide Anexo (seção 7.4 – 1ª parte)
Método Substituições Trigonométricas
b 2 .u 2 a 2 .
Trigonometria no
Caso Radical Subst. Trigonométrica Transformada Triângulo Retângulo
a b .u
2 2 2 a a. 1 sen a. cos
2 CO
u . sen tg
I b CA
a 2 b 2 .u 2 a a. 1 tg 2 a. sec CA
u .tg cos
II b HI
b 2 .u 2 a 2 a a. sec 2 1 a.tg CO
u . sec sen
III b HI
2
a a2
a 2 b 2 .u 2 a 2 b 2 sen a 2 b2. sen 2 a 2 a 2 sen 2
b b2
Exemplos :
a 2 4 a 2.
2
b 1 b 1.
II u 2 x 2 u x.
dx
1 ) Achar a integral x u a .tg 2 tg u x 2.tg x 2 4.tg 2 .
2
4 x2 b 1
2
dx 2. sec d .
4 x 2 a. sec 2. sec .
1
dx 2 sec 2
1 sec 1 cos 1 1 cos 2
x 2
4 x2
( 4tg 2 ).(2 sec )
d
4 tg 2
d
4 sen 2
d
4 cos sen 2
. d
cos
2
1 cos 1 u sen
d cos .(sen ) 2 d ...
4 sen du cosd
2
4
1 1 1 u 2 1 1 u 1 1 1 1
4 (sen ) 2 . cos d u 2 du .
4
.
4 2 1 4 1
.
4 u 4u
C=
1
C .
4. sen
x CO x 4 x2
Como x 2tg tg logo x
2 CA 2
.
1 1 1 1 1 1 HI HI 4 x2
Daí , 4.sen 4 . sen 4 . CO 4 . CO 4.CO C 4x
C,
HI
dx 4 x2
Portanto , C .
x 2. 4 x 2 4x
2 ) Achar a integral
a 2 16 a 4.
2
b 1 b 1.
u 2 x 2 Iu x.
dx
1
x a 4 2 2
16 x u b . sen 1 sen u x 4. sen x 16. sen .
2 2
dx 4. cos d .
16 x 2 a. cos 4. cos .
dx 4 cos 1 1 2 1
d d cos sec d cot g C
x 2
16 x 2 (16sen 2 ).( 4 cos ) 16sen 2 16 16
4
x CO x
Como x 4 sen sen logo x
4 HI 4
.
16 x 2
1 1 1 1 1 1 CA CA 16 x 2
. cot g . . . C C
Daí , 16 16 tg 16 CO 16 CO 16.CO 16 x ,
CA
dx 16 x 2
Portanto , C.
x 2 . 16 x 2 16 x
3)
a 2 4 a 2.
2
b 1 b 1.
III u 2 x 2 u x.
x2
Achar a integral dx a 2 2 2
x2 4 u b . sec 1 sec u x 2. sec x 4. sec .
dx 2. sec .tg d .
x 2 4 a.tg 2.tg .
*
x2 ( 4 sec 2 ).(2. sec .tg)
dx
2.tg
d 4 sec 3 d 4 sec . sec 2 d
x2 4
* Por Partes
Portanto,
1 1
sec d . sec .tg . ln sec tg C
3
2 2
* 1 1
Voltando para 4 sec 3 d 4. . sec .tg . ln sec tg C
2 2
x
x2 4
.
2
Daí,
x x2 4 x x2 4 x. x 2 4 x x2 4
2. sec .tg 2. ln sec tg 2. . 2. ln 2. ln
2 2 2 2 2 2
x2 x x2 4 x x2 4
Portanto, x2 4
dx
2
2. ln
2
C .
Exercícios:
◙ Achar as integrais:
3
1 1
1) dx 2) (1 x ) 2 2
3) x dx
4 x 2
x 6 dx 4
x2 3
PS: Resolva Lista de Exercícios Extra – Vide Anexo (seção 7.4 – 2ª parte)
p( x )
Seja f(x) uma função racional do tipo f ( x ) , onde p(x) e q(x) são funções
q( x )
p( x )
A decomposição da função racional f ( x ) em frações mais simples é
q( x )
dada por
A1 A2 An
f (x) ,
(x a1 ) (x a 2 ) (x a n )
x 1
Exemplo Calcular I = dx .
x x 2 2x
3
x 1 A A2 A3
1 (1)
3 2
x x 2x x ( x 2) ( x 1)
A equação acima é uma identidade para todo x (exceto x = 0, 2, - 1). De (1) obtemos
1 = 6 A2 ou A2 = 1/6.
- 2 = 3 A3 ou A3 = - 2/3.
Para (3) ser uma identidade, os coeficientes da esquerda devem se igualar aos
coeficientes correspondentes da direita. Portanto,
A1 + A2 + A3 = 0
- A1 + A2 - 2A3 = 1
- 2 A1 = - 1
x 1 1/ 2 1/ 6 (2 / 3)
3 2
x x 2x x ( x 2) ( x 1)
x 1 1 dx 1 dx 2 dx
3 2
dx
x x 2x 2 x 6 x 2 3 x 1
1 1 2
ln x ln x 2 ln x 1 C
2 6 3
1 Cx 3 ( x 2)
ln .
6 ( x 1) 4
2º Caso: Os fatores de q(x) são lineares sendo que alguns deles se repetem. Se um fator linear
(x – ai) de q(x) tem multiplicidade r, a esse fator corresponderá uma soma de frações parciais
da forma:
B1 B2 Br
f (x) r 1
,
(x a i ) r
(x a i ) (x a i )
x3 1
Exemplo Calcular I = dx .
x 2 ( x 2) 3
Solução : A fração do integrando é escrita como uma soma de frações parciais como segue:
x3 1 B B B3 B4 B5
21 2 (4)
2
x ( x 2) 3
x x ( x 2) 3
( x 2) 2
( x 2)
A identidade acima é válida para todo x (exceto x = 0, 2). Achando o mmc de ambos os
membros de (4) obtemos
B5 x² (x² – 4x + 4)
ou
x³– 1 = (B2 + B5).x4 + (B1 – 6B2 + B4 - 4 B5).x3 + (- 6B1 + 12B2 + B3 – 2B4 + 4 B5).x2 +
B2 + B5 = 0
B1 – 6B2 + B4 - 4 B5 = 1
- 6B1 + 12B2 + B3 – 2B4 + 4 B5 = 0
12B1 – 8B2 = 0
– 8 B1 = -1
Resolvendo, obtemos B1 = 1/8, B2 = 3/16, B3 = 7/4, B4 = 5/4 e B5 = - 3/16.
x3 1 1 dx 3 dx 7 dx 5 dx 3 dx
dx 2
2
x ( x 2) 3
8 x 16 x 4 ( x 2) 3
4 ( x 2) 2
16 ( x 2)
1 3 7 5 3
ln x ln x 2 C
8x 16 8( x 2) 2
4( x 2) 16
11x 2 17 x 4 3 x
ln C.
8 x ( x 2) 2
16 x 2
3º Caso: Os fatores de q(x) são lineares e quadráticos irredutíveis, sendo que os fatores
quadráticos não se repetem.
Cx D
2
x bx c
x 2 2x 3
Exemplo Calcular I = dx .
( x 1).( x 2 2 x 2)
Solução : A fração no integrando é escrita como uma soma de frações parciais como segue:
x 2 2x 3 Ax B C
(5)
2
( x 1).( x 2 x 2) 2
x 2x 2 x 1
A identidade acima é válida para todo x (exceto x = 1). Achando o mmc de ambos os membros
de (5) obtemos
x² - 2x – 3 = (Ax + B).(x – 1) + C(x² +2x +2)
ou
x² - 2x – 3 = (A + C).x² + (B – A + 2C).x + (2C - B)
A+C=1
B – A + 2C = - 2
2C – B = -3
9 7 4
x
x 2 2x 3
25 5 5
( x 1).( x 2 x 2) x 2x 2 x 1
2
x 2 2x 3 9 x 7 dx 4 dx
dx dx
( x 1).( x 2
2 x 2) 5 x 2 2x 2 5 x 2 2x 2 5 x 1
x
Ao integrar 2
dx vemos que o diferencial do denominador é 2.(x + 1) dx.
x 2x 2
Assim, adicionamos e subtraímos 1 no numerador, resultando desta forma.
9 x 9 ( x 1 1) 9 ( x 1) 9 1
2 dx 2 dx 2 dx 2 dx .
5 x 2x 2 5 x 2x 2 5 x 2x 2 5 x 2x 2
Logo temos
x 2 2x 3 9 1 2( x 1) 2 1 4 dx
dx . 2 dx 2 dx
2
( x 1).(x 2 x 2) 5 2 x 2x 2 5 x 2x 2 5 x 1
9 2 1 4
ln x 2 2 x 2 2
dx ln x 1
10 5 ( x 1) 1 5
9 2 8 1
ln x 2 2 x 2 arctg( x 1) ln x 1 ln C
10 5 10 10
1 C ( x 2 2 x 2) 9 2
ln 8
arctg( x 1) .
10 ( x 1) 5
4º Caso: Os fatores de q(x) são lineares e quadráticos irredutíveis, sendo que alguns dos
fatores quadráticos se repetem.
C1 x D1 C2 x D2 Cs x Ds
x 2
bx c x
s 2
bx c s 1
x 2
bx c .
x 1
Exemplo Calcular I = dx .
x.( x 2 x 3) 2
2
x 1 A Bx C Dx E
2
2
x.( x 2x 3) 2
x 2
x 2x 3
2
x 2x 3 (6)
A identidade acima é válida para todo x (exceto x = 0). Achando o mmc de ambos os
membros de (6) obtemos
A+D=0
4A + 2D + E = 0
10A + B + 3D + 2E = 0
12A + C + 3E = 1
9A = 1.
x 1 1 1 1 x 1 1 x2
. . . 2
2
x.( x 2 x 3) 2
9 x 3 2
x 2x 3
2
9
x 2x 3
Portanto,
x 1 1 1 1 x 1 1 x2
dx . dx . dx
2
x.( x 2 x 3) 2
9 x 3 x 2x 3
2
2
. 2
9 x 2x 3
dx
1 1 1
. ln x .I1 I 2 ,
9 3 9
x 1 x2
onde I1 I2
x 2
2x 3 2
dx e
x 2
2x 3 dx
x2 x2
I2 dx
2
x 2x 3
( x 1) 2 2
dx.
u 1
I2 du
u2 2
u 1
2
du 2 du
u 2 u 2
1
2
ln u 2 2
1
arctg
u
C
2 2
1
2
ln x 2 2 x 3
1
arctg
x 1
C.
2 2
x 1
I1 dx
x 2
2x 3 2
x 1
dx
x 1 2
2 2
u2
du
u 2
2 2 (onde u = x + 1)
u 1
du 2. du
u 2
2 2
u 2
2 2 (usando recorrência)
1 u.(u 2 2) 1 1 du
. 2
2
2. u 2
2
4
4 u 2
1 1 1u u
. C
2. u 2 2
2(u 2) 2 22
arctg
2
1 x 1 2 x 1
C .
2 2
2. x 2x 3 2( x 2x 3) 4
.arctg
2
x 1 1 1 1 x 1 2 x 1
dx . ln x +
2
x.( x 2 x 3) 2
9 2 2
3 2. x 2x 3 2( x 2x 3) 4
.arctg
2
1 1
9 2
ln x 2 2x 3
1
arctg
x 1
C
2 2
1
9
ln x 2
x2
6. x 2x 3
2
36
.arctg
x 1 1
18
ln x 2 2x 3 C .
2