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|HISTORIA
DA
LITTERATURA PORTUGUEZA
(ESCHOLA NACIONAL)
EPOPÊAS
DA
RAÇA MOSÁRABE
POR
THEOPHILO BRAGA
PORTO
IMPRENSA PORTUGUEZA – EDITORA
1871
A nacionalidade portugueza é formada de dois ele
mentos; perfeitamente caracterisados na ethnographia
e na primitiva occupação do territorio, torna-se mais
evidente esta verdade na historia da sua Poesia. Do
MOS ÁRAB) E
ELEMENTO G0THICO-ARABE
C.A. E'IOD"UOLO I
(1) Apud Cesar Cantu, Hist. Un. Neuvième epoque, cap. vir.
20 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
| ,
(1) Sobre a significação da palavra Mosarabe, fala o cele.
bre antiquario eborense Mestre André de Resende: «Qui quum
inter captivos vidisset aliquam multos, qui se christianos esse
dicerent Muzarabes vocatos, hoc est, ut interpretantur, mixtos
Arabas, petiisse a rege, ut libertate donarettir. Quos ad sevo
catos, quum interrogasset rex, qui nam, aut unde gentium es
sent, respondisse, origine quidem se Valentinos incolas, vero
promontorii fuisse illius, quod in Algarbii finibus mari promi
net. Eorum maiores, Valencia simul cum corpore sacratissimi
martyris Vicentii aufugisse, metu adventantis Abderamenis,
illoque in promontorio consedisse domosque, ibi pauperes inae
dificasse, juxta sacellum, ubi sancti martyris corpus costodiret. "
Ad Bartholomeu Quebedium. Epistola, fl. 12, v. Lisboa, 1567.
(2) Do Estado das Classes servas na Peninsula, § 1v.
24 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
1) Renan,7 Histoire {/
generale des Langues
g aque, p.
semitiques, p
397. |-
(1) Op. cit., cap. xII: Rapport entre la poesie arabe et cel
le des Provençaux, t. III, p. 310. - -
CAPITULO I 83
CAPITULO II
Captivaram-n'a os Mouros
Dia da Paschoa florida,
Quando andava a apanhar rosas
N'um rosal que meu pae tinha. (2)
Já os linhos enflorecem
Stão os trigos em pendão,
Ajuntem-se as moças todas
No dia de Sam João;
Umas com cravos e rosas
Outras com manjaricão;
Aquelles que o não tiverem
Tragam um verde limão. (3)
}1) Ibid.,
Cantos do Archipelago, n.º 17, p. 230.
4
n.º 18. ?
50 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
Arrimara-se a um roble
Alto es à maravilla,
En una rama mas alta
Viera estar una Infantina. (2)
* ** * *** * * • |- … " … …
* # Debaixo de um arvoredo * * , . !
* * * Bem alto de françaria; i < , , , , ,, , ,
Levantou olhos pr'a cima, •
# ! .… ... .
+
.º
CAPITULO II 55
! * , • • • • • • |- • • • • •
" " ' "Ali nace un arboledo " " " " "" …
:: i Que asucena se llamaba, #… :: i …..
nºt * ');';
• ** * * *
} Cualquier muger que la come
"Luego se sente prènada. ~ " º #
Cemiola la reinº Iseo
…?í! * Por la sua desdita mala. (4) " " (!
Em outro romance: * . * . .
— Enviose-lo á decir * * *,
Envio-me á menazar,
Que me cortara mis haldas
… ... º Por vergonzoso lagar. (3) , , ,, ,, ,,,,,1 /
4;…………… • -
__…"…----
CAPITULO II - º 63
1) Tit. 87.
2) De occulis # post peccatum. Apud Leibnitz, Re
rum Brunswicarum Scriptores. |-
CAPITULO II 65
No vem
poema de Berceo, Vida de Sam Domingos de
&ilos, tambem esta palavra: •
A la entrada de un puerto,
Saliendo de un arenal.
Y eu trobera plazer
E delieg en dictar,
Eu volgra esforçar,
De far bels dictamens,
Troban los bels dictats. (1)
Bejo-te bode,
Porque hasde ser odre.
O boi bravo
Na terra alheio se faz manso.
Cama de chão,
Cama de cão.
Falem cartas
Calem barbas.
Chegaivos á charola
E sereis dos honrados.
Dá Deos amendoas
A quem não tem dentes.
Dizem e dirão
Que a pega não é gavião.
Fevereiro fêveras de frio, e não de linho
Fevereiro faz dia,
E logo santa Maria.
Frio de Abril
Nas pedras vae ferir.
Lenha de figueira
Rija de fumo
Fraca de madeira.
Em casa de Gonçalo
Mais pode a gallinha que o gallo.
Hontem vaqueiro
Hoje cavalleiro.
Em longa geração
Ha conde e ladrão.
A mancebo máo.
Com pão e com pau.
Menino e moço
Antes manso que fermoso.
Março marcegão
Pela manhã rosto de cão,
E a tarde de bom verão.
O melão e a mulher
Maos são de conhecer.
Caçar e comer
Comêço quer.
Nem de cada malha peixe,
Nem de cada mata feixe.
Bezerrinha mansa
Todas as vaccas mama.
A mouro morte,
Gran lançada.
Morra Marta
Morra farta.
Sol de Março
Pega como pegamaçe
E fere como maço.
Por dia de Sam Nicolau
A neve no chão.
Vento e ventura
Pouco dura.
Maio couveiro
Não é vinhateiro.
} O bom vinho
A venda traz comsigo.
O velho põe a vinha
E o velho a vindima.
CAPITULO III
Va Sciamsi, va dhohàha,
Val Kamari eda talàha,
Vau nahari eda giallàha,
Val Laili, eda jagsciàha. etc.»
1 . cit., t. 1, p. 514.
de Lucanor, fl. 129, º v. ,, , , , #
CAPITULO III 125
SC.
? Jorge Ferreira de Vasconcellos,
•
Aulegraphia, act. 11,
* -, º
184. EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
(1) Frei Filippe da Luz, Sermões. Part. II, liv. 2, fl. 51,
col. 3.
(2) Frei Domingos Vieira, Thesouro da lingua portuguesa,
t. 1, p. 521, completamente refundido pelo auctor d’este livro.
(3) Relações annuaes das cousas que fizeram os Padres da
Companhia de Jesus na India e Japão desde os annos de 1600
até 1609, vol, u, liv. 4, cap. 3.
CAPITULO III 135
8 &###… t, u, p. 167.
186 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
3 Ochoa, Tesoro, p. 5. •
E tambem:
- , ,
(O osº………….
140 EPOPÊAS DA RAÇA MosARABE
* * - --
Cala todas las Españas. (Rios, t. Iv, p. 588.), º " - 2 -
CAPITULO III 151
* *-
32) :Hist.
Hist. de la Musica hepañola, t. 1, p. 81.
de la Musica kespañola, III, p. 51.
t.
"
* * ** *
156 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
N. S., "#
(2) FreiIII,Roque
cap. 8,do Soverál, Historia do Apparecimento
• • de
1 •
162 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
Toparam-se ao prepassar,
E o Lobo, meio cahindo,
Nem lhe azava de falar;
Ella a rir e arrebentar
De se vêr tão bem subindo.
A giesta se embalança,
Deve de querer chover;
Não seja isto mudança
Que o amor precisa fazer.
CATETINTUILO IV
a 1$"
(o Prologº
Og da ediç㺠da Gaia, de Joaº Vaz,, p.
? 9 v. Edis.
* #
(1) Hispaña sagrada,5 t. xix. Privilegium,3 § 2. Era de
(2) Aº} Sanchez, ibid, |
178 EPOPÊAS DA RAÇA MosARABE
81) #……………
España Sagrada, t. XIx, p. 310,
#
180 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
1) Idem,
2) ibid.
Op. cit., t. 1, p. 274. …
• •
º
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190 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
A reyna groriosa
Tan é de gran santidade.» etc.
CANÇÃO DO FIGUEIRAL
No fi-guei-ral fi-guei-re - do A no
No fi - - -guei-ral fi-guei
re - do A no fi - guei-ral - trey.
Se eu pudesse desamar
A quem me sempre desamou,
E podesse algum bem buscar
A quem me sempre mal buscou, etc. (1)
3;
200 EPOPÊAs DA RAÇA MosARABE
É sem duvida este nome Val-doncel, aonde moder
namente se quiz filiar a lenda das donzellas; neste lo
gar de Hespanha havia um covento de monges; o tro
vador Antonio de Vallmanya, a fl. 2370 de um Cancio
neiro manuscripto da Bibliotheca de Paris, traz um Sort
em labor de les Monges de Valldonzella, lida no consis
torio d’estes monges a 23 de Maio de 1458. (1) É na
tural que estes monges, com a sua tendencia para for
marem lendas etymologicas, quizessem adquirir para
o seu mosteiro o tributo censitico imposto aos casaes.
Nos poemas sobre o tributo das donzellas ha duas
phases de elaboração poetica: uma erudita e ecclesias
tica, representada em Berceo, e outra popular, compro
vada pela Canção do Figueiral, que pela sua metrifi
cação alexandrina e fórma monorrima, se vê que é an
terior á vinda dos Fidalgos da Galliza para Portugal
no tempo de Dom Fernando I. Em Hespanha a elabo
ração popular começou mais tarde; quando Brito em
1597 se referia a romances e cantares, sem duvida co
nhecia o romance anonymo do Rei Ramiro, que tam
bem fôra recolhido pela primeira vez na Flor de Varios
de 1597, e copiado no Romancero generale de 1602,
(Parte Ix, p. 312.) Para que fique completamente elu
cidada a questão, aqui transcrevemos esse notavel ro
mance do principio do seculo XVI, quando a tradição
já luctava com o artificio litterario:
A caminhar se pozeram
Quando a lua mais lumbria,
E dava o clarão no rosto
# -- De la infanta que fugia.
De ti não me importaria. ,
— «Se a dona tu me roubaras
Logo aqui te mataria.
-** …">
212 - EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
/-----
CAPITULO V 213
(1) Herculano,
:};
Hist. de Port., t. II, p. 67.
•
216 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
E adiante de si levava
A ºk de Christo pregada. (Rom, ger, n.º 1.)
t}
230 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
E em uma variante:
CAPITUTA O VI
Ma madr é velyda,
Vou-m'a la baylia
Do amor.
Mha madr" é loada
Vou-m'a la baylada
Do amor.
Vou-m'a la baylia
Que fazen en vila
Do amor.
Que fazen en vila
Do que eu ben queria
Do amor.
Que fazen en casa
Do qu'eu muyt'amava
Do amor.
Do que eu ben queria
Chamar-m’á garrida
Do amor.
Do qu'eu muyt'amava
Chamar-m’á perjurada
Do amor. (1)
El gran Condestable
Nuno Alvares Perera,
Defendió Portugale
Con su bandera
E con su pendone,
No me lo digades, none,
Que santo es el Conde.
No me lo digades, none
Que santo es el Conde. (1)
No me le digades none,
Que santo és el Conde.
ö, ä, #, p. 1í."
4) Id., ib., p. 13.
5) Id., ib., p. 9.
CAPITULO VI 275
Estudantes pregadores
metem santas escripturas
em SermõeS
dirivados em amores,
fazem de falsas feguras
tentações.
Quando virem tal caminho
de uma prégação s'afastem,
os que ouvem,
dem-lhe todos de focinho,
taes metaforas contrastem,
e deslouvem. (1)
CAPITULO VII
Cantaremos á porfia
Los hijos de Dona Sancha (1)
1) Obras, t. 1, p. 227.
2) Obras, t. III, p. 143.
CAPITULO VII 297
DINARno; (Canta)
Pregonadas son las guerras
De Francia contra Aragone...
Porque te matou
Aquelle cruel?
Em dia de Sam Braz,
Ouve, n’este dia
Mataram o Abbade
E Dona Maria.
Virgem sagrada
madre de Dios,
quien en el mundo
tal como vós?
316 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
Quedastes morada
del hijo de Dios.
Antonina pequena
Dos olhos grandes,
Mataram-na idolatras
E féros gigantes.» (1)
Oh Morte,
Oh piella,
º Tira á chicha
Da panella.
(1).J.
t. 1, p.190. A. d'Almeida, Dicc. abreviado de Chorographia,
• -
¿¿ , ib., p. 232. , , , ,
úay Valença,
#uay Valença, , Auto dos Cantarinhos,
p. 446.
CAPITULO VII 329
1547 ib,
1547 Fili mi Absalão. . .|Méditação em estylo metri
ficado.
1547 Inimiga fue madre. . . . Ibid. - - - - -
1554 Pregonadas son las guerras. Jorge Ferreira, Aulegraphia,
act. III, sc. 1, fol. 84.
1555 Vulgarisa-se a colecção de
Anvers pela Europa. lha, 1551; Cancionero de
*** * . *.* * * * * * * }" º romances de Anyers,1555,
1555 #TTTT
y mi madre de Antequera . Camões, }isparates da li:
dia, p. 284. Ed. de 1666!
1555 Riberas de Dauro arriba
cavalgam dos camoranos. . Id.c………………………
do Romancero de Escobar
1555 Afora, afora Rodrigo •
Id., ib: •
CAPITULO VIII
1) Romanceiro, t. 1, p. 15 a 17.
2) Ibid., t. II, p. 99.
22
342 EPOPÊAS DA RAÇA MOSARABE
(1) Romanceiro, t. 1, p. x.
3k
344 EPOPÊAs DA RAÇA MOSARABE
Amargamente dizia:
D'estas praias arenosas...
FIM.
INDEX
PAG.
AdveRTENCIA...................................... . V
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