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XLIV CONGRESSO DA SOBER

“Questões Agrárias, Educação no Campo e Desenvolvimento”

ESTUDO DA VIABILIDADE FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE


UM APIÁRIO PARA A PRODUÇÃO DE PRÓPOLIS E MEL

CRISTIANE ANDRÉA DE LIMA; ADILSON JAYME DE OLIVEIRA;


ANA JÚLIA LEMOS ALVES PEDREIRA; SERGIO AUGUSTO DE
CAMPOS CASTIGLIONI;

UPIS - FACULDADES INTEGRADAS

PLANALTINA - DF - BRASIL

adilson@upis.br

APRESENTAÇÃO SEM PRESENÇA DE DEBATEDOR

ADMINISTRAÇÃO RURAL E GESTÃO DO AGRONEGÓCIO

Estudo da Viabilidade Financeira da Implantação de um Apiário para a


Produção de Própolis e Mel

RESUMO: Estudo da viabilidade financeira da implantação de um apiário para a produção


de própolis, mel silvestre e mel sob florada de Eucalipto (Eucalyptus urophylla, E.
melliodora e E. microcorys), Alecrim do Campo (Baccharis dracunculifolia) e Assa-peixe
(Vernonia polyanthes). Foi projetado um fluxo de caixa para determinar as entradas
(receitas) e saídas (despesas) oriundas do planejamento proposto. Foi considerada a entrada
do investimento com o capital próprio sem aquisição de financiamento, utilizando a Taxa
Mínima de Atratividade (TMA) de 6%. A principal atratividade deste projeto refere-se ao
montante reduzido para investimento (R$30.210,54), que apesar do período relativamente
longo para o retorno do capital (7 anos e 3 meses), fornece durante os 22 anos restantes
resultados operacionais de aproximadamente R$ 16.000,00 por ano. Trata-se de uma
atividade que agregará valor aos 12 hectares sub-aproveitados do Sítio Oliveira de 150
hectares, associado a produção orgânica de mel e própolis que garantirá a sustentabilidade
ambiental do empreendimento.

PALAVRAS-CHAVE: APICULTURA; EUCALIPTO; ALECRIM DO CAMPO; ASSA-


PEIXE, PRODUÇÃO ORGÂNICA

1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
O mel é considerado um produto apícola de fácil exploração e comercialização.

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Além da maior demanda e pelos bons preços alcançados pelo produto no ano de
2004, a atividade desperta grande interesse por se tratar de uma atividade que não exige
elevada dedicação de tempo, nem requer muita tecnologia (Freitas et al., 2005).
A China tem uma forte participação, com 21,12% da produção mundial em 2004,
seguida dos Estados Unidos e Argentina com 6,28% e 6,12%, respectivamente. O Brasil
está na décima quinta posição com 24.000 toneladas anuais, representando 1,88% da
produção mundial (Freitas et al., 2005).
O consumo per capita brasileiro é ainda muito pequeno (300 gramas),
principalmente quando comparado com o dos Estados Unidos, da Comunidade Européia e
da África, que podem chegar a mais de 1 kg/ano. As razões fundamentais para esse fato
são o baixo nível de renda e a falta de hábito de consumo da população brasileira,
decorrente do desconhecimento das propriedades do produto, além da falta de propaganda
(Zandonadi e Silva, 2005).
O preço do mel, em nível mundial, é afetado por inúmeros fatores, como as
condições de produção e a demanda nos países importadores e exportadores, a qualidade e
o tipo de mel disponível para exportação, a disponibilidade de substitutos e a existência de
tarifas e barreiras comerciais.
A Figura 1 mostra a evolução do preço do mel natural, em valores unitários das
exportações e importações fornecidos pela FAO (Zandonadi e Silva, 2005).
No período 1995/97, o quilograma do mel era vendido, no mercado internacional,
por um preço sempre inferior a US$ 1,30. Contudo, o preço desse produto disparou a
partir de 2002, dado ao desequilíbrio entre oferta-demanda mundial, em razão de
problemas sanitários em alguns dos principais países produtores. Na Argentina, ocorreu a
chamada cria pútrida na produção, doença que ataca as larvas de abelhas e é incurável, e,
na China, a utilização de agrotóxicos e antibióticos fez com que a União Européia
suspendesse as importações do produto. Os preços de exportação atingiram US$ 1,72, em
2002, e US$ 2,35, no ano seguinte.
Segundo Zandonadi e Silva (2005), de 1985 a 2002, houve aumento de 164,04%
no preço recebido pelos exportadores e de 173,03% no preço pago pelos importadores.

Fonte: Zandonadi e Silva (2005).


Figura 1. Evolução do preço unitário de exportação e importação de mel natural do
mundo, em milhares de dólares por tonelada métrica, no período de 1985 a
2002.

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Em geral, os problemas relativos à competitividade do setor exportador brasileiro


são devido as três fatores: a falta de incentivo pelo governo, a carga tributária excessiva e
a exportação passiva.
O Brasil pode competir com outros países no mercado externo de mel, graças à
biodiversidade da flora, ao clima favorável, à rusticidade das abelhas, assim como à
enorme disponibilidade de mão-de-obra e tecnologia acessível. Outro ponto positivo que
favorece a imagem do produto brasileiro no mercado mundial é que o Brasil é um dos
poucos países que, desde os anos 50, não usam qualquer produto químico no tratamento de
doenças das abelhas (Amcham apud Zandonadi e Silva, 2005).
Um dos produtos que está com alto valor econômico é a própolis. Segundo dados
da Agência Brasil (2005), o mercado de própolis foi introduzido no Japão por empresas
brasileiras e movimenta US$ 300 milhões conforme dados da Jetro, órgão do governo
japonês. Este mercado já foi dominado pelo produto brasileiro, que atualmente perdeu
muito terreno para concorrentes internacionais.
No Brasil, em 2004, Minas Gerais foi o maior exportador de própolis (US$465,97
mil), seguido com grande diferença por São Paulo (US$ 48,74 mil).
No biênio 2002/2004, o preço médio, da própolis, cresceu, atingindo uma média de
US$ 53,4/kg em 2004. A tendência de crescimento se confirma e acentua-se no 1º semestre
de 2005, com um preço médio de US$ 130/kg.

2. OBJETIVO
Estudar a viabilidade financeira da implantação de um apiário para a produção de
própolis, mel silvestre, utilizando de reserva florestal, e mel sob florada predominante de
três culturas diferentes. Serão implantadas, em 3 ha, três espécies diferentes da cultura de
Eucalipto (Eucalyptus urophylla, E. melliodora e E. microcorys), em 1 ha a cultura Assa-
peixe (Vernonia polyanthes) e em 2 ha a cultura Alecrim-do-Campo (Baccharis
dracunculifolia).

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Conceitos e Indicadores


Para a implantação deste projeto foi necessário um conjunto de informações para
estimar os custos de produção, obtidas através da estrutura de custos operacionais (Lima et
al., 2005).
Os custos diretos foram obtidos a partir do custeio das atividades agropecuárias e
considerando-se os custos de energia elétrica, depreciação, impostos sobre a produção,
amortização e juros do capital próprio determinando-se os custos variáveis.
Os custos indiretos foram obtidos através dos custos fixos, considerando um
funcionário fixo, construções sobre os valores atuais, impostos, seguros e manutenção dos
equipamentos.
De modo a facilitar a análise da situação financeira do projeto seguem alguns
conceitos financeiros, que foram considerados no projeto proposto.
O investimento é qualquer aplicação de recursos financeiros em bens utilizados nas
atividades empresariais por vários períodos.
No investimento inicial há a necessidade de se definir, analisar e observar os vários
aspectos que incidem diretamente sobre a atividade para montar um determinado
empreendimento (SEBRAE/MG, 2005).
Segundo Souza e Clemente (2004), a decisão de fazer investimento de capital é a
parte de um processo que envolve a geração e a avaliação das alternativas que atendam às

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especificações técnicas dos investimentos. Depois de relacionadas às alternativas viáveis


tecnicamente, se analisam quais delas são atrativas financeiramente e nessa parte que os
indicadores gerados auxiliarão no processo decisório.
Os indicadores de análise de projetos de investimentos podem ser subdivididos em
dois grandes grupos: indicadores associados à rentabilidade do projeto e indicadores
associados ao risco do projeto. Na primeira categoria está o Valor Presente Líquido (VPL).
Na segunda categoria estão a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o período de Recuperação
do Investimento (Payback) (Souza e Clemente, 2004).
Neste projeto foi considerada a entrada do investimento com o capital próprio sem
aquisição de financiamento, utilizando a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) de 6%.
O horizonte do projeto foi de 30 anos, definido pelo bem durável de maior duração.
Para analisar esta viabilidade econômica foram utilizados os seguintes indicadores
econômicos:
 O Valor Presente Líquido (VPL) representa o resultado de todas as entradas
e saídas do projeto, depois de tornar-se o custo de oportunidade do capital.
O método do VPL compara todas as entradas e saídas de dinheiro na data inicial do
projeto, descontando os retornos futuros do fluxo de caixa a uma dada taxa de desconto.
Essa taxa de desconto (TMA) é o valor mínimo que se deseja receber de retorno sobre o
capital investido no projeto proposto.
Consiste em transferir para o instante atual todas as variações de caixas esperadas,
descontá-las a uma determinada taxa de juros, e somá-las algebricamente (Almeida, et
al.,2003).
Segundo Motta (2002) o modelo matemático da VPL do projeto de investimento
pode ser escrito:

i – taxa de desconto;
j – período genérico (j = 0 a j= n), percorrendo todo o fluxo de caixa;
n – número de períodos;
FC - saldo do fluxo de caixa
 A Taxa Interna de Retorno (TIR) de um projeto é o valor da taxa de
desconto que anual o Valor Presente Líquido obtido pela soma algébrica de todos os fluxos
de caixa (Motta, 2002).

i - é a taxa de retorno, ou TIR


FC - saldo do fluxo de caixa
j – período
n – horizonte do projeto

O critério do método da Taxa Interna de Retorno, aplicado num investimento com


fluxo de caixa do tipo simples, estabelece que, enquanto o valor da TIR for maior que a
taxa mínima requerida i, o investimento deverá ser aceito.
A principal vantagem do método da TIR é fornecer como resultado uma medida
relativa, uma taxa efetiva de juro. Isto faz com que o valor da TIR seja fácil de ser
compreendido.
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Entretanto, aceitar o resultado da TIR subentende a aceitação de um grupo de


premissas que podem trazer desvantagens a este método (Almeida et al., 2003). Um dos
enganos mais comuns é referir-se a TIR como a rentabilidade do projeto (Almeida et al.,
2003).
Se a TMA for igual à TIR, o ganho do projeto será igual a zero. Se a TMA for
maior do que a TIR, a empresa estará em melhor situação não investindo no projeto.
O critério de referência para o uso da TIR como medida de risco é quanto maior for
a proximidade entre as taxas TIR e TMA o risco do projeto aumenta (Souza, 2004).
A diferença que há entre as taxas TIR e TMA é o Prêmio de Risco, o prêmio que
propõe resultar o projeto para que o investidor aceite esse risco.
 O payback ou prazo de recuperação do empréstimo é utilizado como
referência de atratividade relativa das opções de investimento. É apenas um indicador e
não para seleção de alternativas de investimento (Almeida et al., 2003).
3.2. ESTUDO DE CASO

Será implantado na região de Taquara, no sítio Oliveira, de 150 ha, situado no


núcleo rural de Planaltina no Distrito Federal.
A cobertura vegetal atual na área, onde será implantado o apiário foi utilizada como
pastagem (Bracchiaria sp) nos últimos 10 anos.
3.2.1 Água utilizada e pasto apícola
A água é um elemento essencial para as abelhas. Dentro da propriedade possui o
córrego Taquara. O apiário será instalado próximo a esse curso d`água, sendo uma água de
boa qualidade e em abundância.
A propriedade possui uma reserva, de 6 ha, de espécies nativas, onde inicialmente
serão implantadas dez colméias que serão aumentadas até atingir 60 colméias, das quais
metade será destinada somente para a produção de mel, com florada silvestre para o
suprimento de até 15 colméias.
Serão colocadas quinze colméias na reserva para extrair o mel silvestre e a outra
metade será distribuída entre as culturas de Eucalipto, Alecrim do Campo e Assa-peixe,
para obter um produto de melhor qualidade.
Essas culturas são adaptadas à região, de alto potencial apícola, para proporcionar
alimento, continuamente, às abelhas durante todo o ano.
3.2.2 Solo
O solo que irá ser implantado as culturas, será o Latossolo Vermelho Escuro,
argiloso, com teor de argila 50% (Tabela 1).
Tabela 1. Análise química do solo
Mat. Org. pH pH P Ca + Mg K Al H + Al
(%) Água, 2:1 CaCl2 mg/kg cmolc/dm3 mg/kg cmolc /dm3 cmolc /cm3
2,16 5,1 4,1 0,85 0,39 29 1,22 7,24
Teor de argila 50%.
Laboratório de solos - Embrapa Cerrados
3.2.3 Época de floração
Foram selecionadas culturas que fornecerão floração, no pasto apícola, durante o
ano todo (Tabela 2).
A cultura do Assa-peixe (V. polyanthes) tem um florescimento de janeiro a março,
e de junho a agosto.
A cultura do Alecrim do campo (B. dracunculifolia) tem um florescimento de abril
a junho.
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A espécie E. urophylla, tem seu florescimento de dezembro a março e a espécie E.


melliodora considerada a melhor espécie de Eucalilpto para apicultura, tem seu
florescimento de setembro a fevereiro. A outra espécie E. microcorys tem seu
florescimento de julho a dezembro, como pode ser observado na Tabela 2.

Tabela 2. Ficha das floradas das culturas predominantes.


PLANTA Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Assa-peixe X X X X X X
Alecrim do
X X X
Campo
E.urophylla X X X X
E. melliodora X X X X X X
E. microcorys X X X X X X
3.2.4 Obtenção das mudas
As mudas de Alecrim do Campo, Assa-Peixe e Eucalipto serão obtidos no Viveiro
Adonis localizado na cidade Mairiporã – SP.
3.2.5 Plantio
Será realizado o cultivo mínimo para a implantação das culturas escolhidas. O solo
será revolvido o mínimo possível, fazendo somente o necessário, para evitar grandes
alterações na sua estrutura física e conseqüentemente erosão e perda de fertilidade.
Antes da abertura das covas, será realizada uma limpeza, fazendo uma roçagem em
toda a área do plantio, com um trator 75cv 4x2 acoplada a uma roçadeira.
O plantio será realizado em covas, com um trator 65cv 4x2, acoplado com o
perfurador de solo. As mudas serão plantadas na época da chuva e as plantas daninhas que
surgirem nas entre linhas serão controladas com a roçadeira manual.
3.2.5 Alecrim do Campo
O espaçamento utilizado será de 2 x 1, separado 2 m entre linhas e 1 m entre as
plantas, totalizando 5.000 mudas por hectare.
A dimensão da cova será de 20 x 20 x 20 cm. Será utilizada apenas a adubação
orgânica, com 25 t/ha de esterco de curral curtido (Tabela 3), pois é uma cultura muito
rústica.
3.2.6 Assa-peixe
O espaçamento utilizado será de 4 x 1, separado 4 m entre linhas e 1 m entre as
plantas, totalizando 2.500 mudas por hectare com dimensão da cova 20 x 20 x 20 cm. A
adubação orgânica será com 12,5 t/ha de esterco de curral curtido (Tabela 4).
3.7 Eucalipto
O espaçamento utilizado será de 6 m entre linhas e 6 m entre plantas, totalizando
278 mudas por hectare.
De acordo com a análise química do solo da propriedade e com a recomendação
(Tabela 1), será necessária a seguinte adubação, para o plantio das espécies de Eucalipto:
O fosfato natural e o cloreto de potássio serão aplicados na cova, aplicando 625
kg/ha de fosfato natural e 155 kg/ha de cloreto de potássio no plantio.
Para adubação de cobertura serão aplicados 200 kg/ha da fórmula 30-00-20.
Os micronutrientes serão aplicados no plantio nas doses de 9,09 kg/ha de Bórax,
15,38 kg/ha de sulfato de cobre e 10 kg/ha de sulfato de zinco (Tabela 5).
3.8 Apiário
Serão necessárias sessenta colméias Langstroth completas com suportes
individuais. A Especificação dos coeficientes técnicos desse sistema encontra-se descrita
na Tabela 6.
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3.8.1 Ferramentas utilizadas


Para a extração de própolis e mel serão utilizadas algumas ferramentas, que são
essenciais para a realização dessa atividade. Para as sessenta colméias serão necessários
dois fumigadores, duas bandejas galvanizadas para a colheita de mel, duas carretilhas
manuais para incrustar cera nos quadros, três formões e dois espanadores.
3.9 Própolis
3.9.1 Coleta da própolis
Será utilizado o CPI (coletor de própolis inteligente), sendo uma das melhores
formas para realizar a coleta. Garantindo uma grande produtividade e um produto de alto
valor no mercado.

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Tabela 3. Coeficientes técnicos dos serviços e insumos para a cultura alecrim do


campo/ha.
ANO 0
A-INSUMOS
A.1. Mudas Und 5.000
A.2. Esterco de curral curtido t 25
A.3.Defensivos (Regent 20g Fipronil) Kg 0,32
B-OPERAÇÕES MECANIZADAS
B.1. Abertura de covas HM 69,44
B.2. Roçada na área antes do plantio HM 0,29
B.3. Roçadeira HM 1,90
B.4. Capina/Coroamento H/D 25,06
C-OPERAÇÕES MANUAIS
C.1. Plantio H/D 30,62
C.2. Adubação de plantio H/D 1,72
C.3. Aplicação de defensivos H/D 0,12
ANO I – IV
A.OPERAÇÕES MECANIZADAS
A.1. Roçadeira (1° e 2°ano) HM 1,90
B-OPERAÇÕES MANUAIS
B.1. Capina/Coroamento (1° e 2°ano) H/D 25,06
B.2. Aplicação de defensivos H/D 0,12
B.3. Adubação de cobertura H/D 1,34
* H/D – Homem dia
* HM – Hora Máquina
Tabela 4. Coeficientes técnicos dos serviços e insumos para a cultura assa-peixe/ha.
ANO 0
A-INSUMOS
A.1. Mudas Und 2.500
A.2. Esterco de curral curtido t 12,5
A.3.Defensivos (Regent 20g Fipronil) kg 0,32
B-OPERAÇÕES MECANIZADAS
B.1. Abertura de covas HM 34,72
B.2. Roçada na área antes do plantio HM 0,29
B.3. Roçadeira HM 2,50
C-OPERAÇÕES MANUAIS
C.1. Plantio H/D 15,31
C.2. Adubação de plantio H/D 0,86
C.3. Aplicação de defensivos H/D 0,12
C.4. Capina/Coroamento H/D 12,56
ANO I - IV
A.OPERAÇÕES MECANIZADAS
A.1. Roçadeira (1° e 2°ano) HM 2,50
B-OPERAÇÕES MANUAIS
B.1. Capina/Coroamento (1° e 2°ano) H/D 12,56
B.2. Aplicação de defensivos H/D 0,12
B.3. Adubação de cobertura H/D 0,67
* H/D – Homem dia
* HM – Hora Máquina

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Tabela 5. Coeficientes técnicos dos serviços e insumos para a cultura eucalipto/ha.


ANO 0
A-INSUMOS
A.1. Mudas Und 278
A.2.Defensivos (Regent 20g Fipronil) kg 0,32
A.3. Fosfato natural kg 625
A.4. Cloreto de potássio kg 155
A.5. Bórax kg 9,09
A.6. Sulfato de cobre kg 15,38
A.7. Sulfato de zinco kg 10
A.8. Fórmula 30-00-20 (Cobertura) kg 200
B-OPERAÇÕES MECANIZADAS
B.1. Perfurador de solo HM 3,86
B.2. Roçada na área antes do plantio HM 0,29
B.3. Roçadeira HM 3,1
C. OPERAÇÕES MANUAIS
C.1 Plantio H/D 1,70
C.2. Adubação de plantio H/D 0,23
C.2 Aplicação de defensivos H/D 0,12
C.3 Capina/Coroamento H/D 1,45
C.4. Misturar adubos H/D 0,10
ANO I – IV
A.OPERAÇÕES MECANIZADAS
A.1. Roçadeira (1° e 2°ano) HM 3,1
B-OPERAÇÕES MANUAIS
B.1 Aplicação de defensivos H/D 1
B.2. Capina/Coroamento (1° e 2°ano) H/D 1,45
B.3. Aplicação de defensivos H/D 0,12
B.4. Adubação de cobertura H/D 0,07
* H/D – Homem dia
* HM – Hora Máquina
Tabela 6. Especificação dos coeficientes técnicos do sistema para um apiário de 60
colméias.
ANO 0
MATERIAL
Cilindro alveolador Und 01
Casa do mel m² 01
Esticador de arame Und 02
Balde inox para 15 litros Und 01
Peneira para tanque inox para decantação – 200 kg Und 01
Tela de transporte de ninho Und 04
Tela excluidora de alvado ninho Und 04
Tela excluidora de ninho Und 08
Torneira corte rápido para tanque e centrífugas Und 02
MÃO-DE-OBRA
Implantação do apiário H/D 4
H/D – Homem dia
3.9.2 Limpeza do produto
Serão retiradas todas as impurezas manualmente. O produto raspado terá que ser
peneirado e após classificado por tamanho das partículas.
Caso o produto apresente umidade, será secado à sombra, ficando o mínimo
possível exposto à luz e ao ambiente.

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3.9.3 Classificação da própolis


Será produzido um produto limpo, aromático, sem presença de mofo e de oxidação,
granulada ou solta, em escamas ou ainda em cavacos, livre de qualquer impureza e com
aroma característico e agradável, podendo ser classificado um produto de primeira
qualidade.
3.9.4 Acondicionamento da própolis
Serão acondicionados em sacos plásticos bem fechados e sob refrigeração, no
freezer. Posteriormente serão guardados em um depósito fresco, seco e escuro e sem
refrigeração, até o seu processamento para evitar proliferação de microorganismos.
3.9.5 Qualidade do produto
A própolis produzida in natura irá obter os requisitos mínimos de qualidade,
cumprindo o Regulamento de Identidade e Qualidade de Extrato de Própolis na Secretaria
de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e do Abastecimento Portaria n° 25.
3.10 Mel
3.10.1 Manejo
Periodicamente será necessário fazer uma revisão nas colméias para avaliar as
condições em que se encontram. A revisão e as providências a serem tomadas constituem o
manejo.
O manejo será realizado nas horas mais frescas do dia, com ausência de ventos
fortes obedecendo ao calendário das épocas das floradas do pasto apícola. Deve ser
realizado nesse período, pois, é o horário que a maioria ou maior número de abelhas
campeiras encontram-se fora da colméia em atividades externas.
No manejo, será observada a quantidade de favos, a presença de inimigos internos,
como pequenas moscas e baratas, a umidade interna, excesso de parede de cera interna e a
presença de alguma impureza.
3.10.2 Beneficiamento ou envase do mel
O mel dever ser recolhido higienicamente sem resíduos de qualquer sujeira, para
apresentar o menor risco de contaminação.
O envase será realizado em vasilhames de plástico atóxico, secos previamente
higienizados de boca larga e coberto com papel para evitar incidência de luz (Alves, 1996).
3.10.3 Comercialização de mel e própolis
A produção de própolis e mel “in-natura”, será destinada para a empresa, “A
Realeira”. Sua matriz fica localizada em Botucatu-SP, e será responsável pela distribuição
do produto ao mercado externo.
A empresa “A Realeira” oferece todo suporte para que o produtor tenha condições
de executar a extração de sua produção de mel e própolis e toda estrutura é certificada pelo
Ministério da Agricultura e IBD para processamento de mel orgânico.
3.10.4 Qualidade do produto
Para obter um produto de qualidade, os produtos estarão de acordo com o
Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade de Mel – Portaria n° 367, de
4 de setembro de 1997. O Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e
de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de
Alimentos – Portaria n° 368, de 4 de setembro de 1997. O Regulamento Técnico para
Rotulagem de Alimentos Embalados – Portaria n° 371, de setembro de 1997.
3.10.4 Casa do mel
A disposição dos materiais e equipamentos para a extração e embalagem dos
produtos é ilustrada na planta baixa apresentada na Figura 1. Para dispensar o uso da
bomba para mel, será necessária a construção de dois pisos, para que o mel retirado da

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centrífuga seja conduzido ao tanque decantador e ocorra o envase por gravidade. Será
aproveitada uma encosta da área para realizar a construção dos dois pisos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Custo de Implantação do Projeto


O investimento de maior valor foi constatado no ano da implantação (ano 0),
devido à construção da casa do mel e dos equipamentos necessários para realizar o
processamento dos produtos extraídos das colméias (Tabela 7).
No investimento do projeto proposto, 73 % do desembolso realizado no ano 0 é
com a construção da casa do mel (Figura 2).
No primeiro e segundo ano o custo do projeto é maior devido ao aumento no
número de colméias. A partir do quarto o ano o custeio fica constante (Tabela 8).
Nos primeiros quatros anos as despesas com os serviços e enxames totalizarão
81,8% do custeio até o quarto ano (Figura 3).
Nos serviços incluem a implantação do apiário, manutenção da colméia e a
reposição de manutenção da colméia. A implantação será necessária até o terceiro ano.
A cera alveolada será renovada a cada dois anos, necessitando de 1,625 kg de cera
por colméia.
O Enxame é o que representa maior porcentagem no custeio, porém será necessária
a sua compra até atingir as 60 colméias, no terceiro ano.
Incidirá um seguro de 2% ao ano sobre o valor atual das instalações e
equipamentos, incluindo novas aquisições em função da vida útil apresentada na Tabela 9.

4.2 Avaliação do Investimento


A produção obtida foi proposta em base de rendimentos máximos obtidos por
colméia (Tabela 10).
A receita elaborada para o fluxo resultou das projeções dos meses de produção,
número de colméias em produção, produção por colméia/ano e preços.
Utilizando o Fluxo de Caixa do projeto, obteve-se o VPL de R$ 80.472,59,
considerando a porcentagem de Taxa Mínima de Atratividade (TMA) de 6% aa,
desejando-se a remuneração, pelo menos, os juros da poupança. A TIR foi 11,47% e o
prêmio de risco de 5,47%. Com um tempo de retorno de sete anos e três meses.

4.2.1 Fluxo de Caixa


Com o preço do quilo do mel silvestre a R$ 8,00, do mel sob floradas dominantes a
R$15,00 e do quilo da própolis a R$ 82,00, foi analisado o horizonte do projeto de 30 anos.
De acordo com a Tabela 11, é demonstrado o Fluxo de Caixa, com recursos
próprios e a capacidade de pagamento.
Os resultados dos indicadores favorecem o investimento, de acordo com as Figuras
4 e 5.
No projeto proposto foram realizados dois cenários, o primeiro modificando o
horizonte do projeto para 15 anos e o segundo cenário o VPL foi igualado a zero, no
horizonte de projeto de 30 anos.
Com o horizonte do projeto de 15 anos, o VPL foi de R$ 16.233,16, utilizando a
porcentagem de Taxa Mínima de Atratividade (TMA) de 6% aa, desejando-se a
remuneração de pelo menos os juros da poupança. A TIR foi 7,98% resultando no prêmio
de risco de 1,98%. Com um tempo de retorno de seis anos e sete meses, de acordo com as
Figura 6 e 7.

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Figura 01. Casa do mel

Legenda:
01- Sala de recepção dos favos nas melgueiras
02 - Sala de processamento ou manipulação
03- Depósito do produto terminado para a comercialização.
04- Depósito para o material de consumo e diverso
05 - Varanda com tanque e água corrente para a limpeza e higienização dos utensílios
06 – Banheiro
07 – Mesa desoperculadora– inox 16 quadros
08 – Centrífuga inox com 16 quadros – radial/manual
09- Tanque descristalizador
10 – Freezer
11 – Tanque decantador inox– 200 Kg e envasador c/ torneira
12 – Pia para limpeza
13 – Bancada

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Tabela 7. Investimento do projeto proposto até o quarto ano.


INVESTIMENTO Ano 0 AnoI Ano II Ano III Ano IV
Casa do mel 22.500,00 - - - -
Equipamentos para a casa do mel 7.202,14 - - - -
Colméias Langstroth 700,00 1.400,00 1.4000,00 700,00 -
Bota de borracha cano longo branca 39,2 19,6 39,2 19,6 19,6
Luva de borracha 6 6 6 6 6
Luva de Courvin branca 11,2 5,6 11,2 5,6 11,2
Macacão para apicultor em brim branco 82 41 82 41 82
Máscara para apicultor em brim branco 20 10 20 10 20

2% 1%
Casa do mel
24%
Equipamentos
para manejo
Colméias
Langstroth
73% Indumentária do
apicultor

Figura 2. Investimento do projeto proposto no ano 0.

Tabela 8. Custeio pecuário do projeto proposto.


Custeio Ano 0 Ano I Ano II Ano III Ano IV - XXX
Enxame 2.500,00 5.000,00 5.000,00 2.500,00 -
Abelha-rainha 70,00 140,00 140,00 70,00 -
Tinta látex 30 30 60 60 60
Tinta óleo 20 20 40 40 40
Cera alveolada 568,75 853,13 1.137,5 1.706,25 1.137,5
Serviços 594,00 1.647,00 2.430,00 2.808,00 2.862,00
Total 3.782,75 7.690,13 8.807,5 7.184,25 4.099,5

Enxame
27,2%
Abelha-rainha
Tinta látex
54,6% Tinta óleo

15,5% Cera alveolada

0,4% Serviços
1,5%
0,7%

Figura 3. Custeio do projeto proposto nos primeiros quatro anos.

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Tabela 9. Vida útil das instalações e equipamentos.


Casa do mel 30
Carrinho de mão 5
Bomba costal 5
Balde inox 15 L 4
Bandeja Galvanizada para colheita de mel 2
Formão 2
Fumigador 2
Espanador apícola em fibra sintética, com 30 cm 2
Pegador de quadros 2
Vassourinha de crina 2
Centrífuga inox com 16 quadros – radial 10
Cilindro alveolador 10
Decantador 25 Kg GERAIS INOX 10
Carretilha manual para incrustar cera nos quadros 2
Esticador de arame 2
Freezer 10
Garfo desoperculador 2
Mesa desoperculadora– inox 16 quadros 10
Peneira para tanque inox para decantação – 200 kg 10
Tanque decantador inox– 200 kg e envasador c/ torneira 10
Tela de transporte de ninho 15
Tela excluidora de alvado ninho 15
Tela excluidora de alvado núcleo 15
Tela excluidora de ninho 15
Torneira corte rápido para tanque e centrífugas 15
Colmeias Langstroth 8
Bota de borracha cano longo branca 2
Luva de borracha 2
Luva de Courvin branca 2
Macacão para apicultor em brim branco 2
Máscara para apicultor em brim branco 2

Tabela 10. Componentes da receita.


Produção Preço
Produto Meses No Colméias Receita anual
kg/ano (R$)
Mel 12 15 60 15,00 13.500,00
Mel Silvestre 12 15 60 8,00 7.200,00
Própolis 12 30 6 82,00 14.760,00
Total 35.460,00

Os dois horizontes mostraram que o investimento foi viável em todos os


indicadores. Porém o VPL do horizonte de trinta anos foi aproximadamente 5 vezes
superior que o horizonte de quinze anos e o prêmio de risco 2,76 vezes superior.
No segundo cenário, o VPL se iguala à zero com a redução dos preços originais do
mel silvestre (R$ 8,00/kg), do mel sob floradas predominantes das culturas de Eucalipto,
Alecrim e Assa-peixe (R$ 15,00/kg) e da própolis (R$ 82,00/kg), implicando em
comercializar o quilograma do mel silvestre no valor de R$ 5,55, do mel sob floradas
predominantes a R$ 10,41 e da própolis no valor de R$ 56,90.

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Tabela 11. Fluxo de caixa e capacidade de pagamento.


DISCRIMINAÇÃO Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3
GERAÇÃO DE RECURSOS
Receitas Operacionais 6.120,00 11.820,00 33.000,00
Custos operacionais 39.074,84 28.237,87 27.274,53 22.852,56
Resultado Operacional -39074,84 -22117,87 -15454,53 10.147,44
FONTES
Recursos Próprios
Resultado Operacional -39074,84 -22117,87 -15454,53 10147,44
Resultado não operacional 0,00 0,00 0,00 0,00
Saldo de Caixa Acumulado -39074,84 -61192,71 -76647,24 -66499,80
Total das Fontes -39074,84 -61192,71 -76647,24 -66499,80
USOS
Investimento proposto 30210,54 5359,70 5846,25 3826,25
Total dos Usos 30210,54
SALDO DE CAIXA DO EXERCÍCIO -69285,38 -22117,87 -15454,53 10147,44
SALDO DE CAIXA ACUMULADO -69285,38 -61192,71 -76647,24 -66499,80
Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10

35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00


19.973,84 19.800,58 19.698,48 19.645,41 19.432,49 19.519,17 19.382,84
15.486,16 15.659,42 15.761,52 15.814,59 16.027,51 15.940,83 16.077,16

15486,16 15659,42 15761,52 15814,59 16027,51 15940,83 16077,16


0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
-51013,63 -35354,21 -19592,69 -3778,10 12249,42 28190,25 44267,41
-51013,63 -35354,21 -19592,69 -3778,10 12249,42 28190,25 44267,41

1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25

15486,16 15659,42 15761,52 15814,59 16027,51 15940,83 16077,16


-51013,63 -35354,21 -19592,69 -3778,10 12249,42 28190,25 44267,41
Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17

35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00


19.621,61 19.527,04 19.548,06 19.343,98 19.394,88 21.527,17 20.401,61
15.838,39 15.932,96 15.911,94 16.116,02 16.065,12 13.932,83 15.058,39

15838,39 15932,96 15911,94 16116,02 16065,12 13932,83 15058,39


0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
60105,81 76038,76 91950,71 108066,73 124131,84 138064,67 153123,06
60105,81 76038,76 91950,71 108066,73 124131,84 138064,67 153123,06

1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25

15838,39 15932,96 15911,94 16116,02 16065,12 13932,83 15058,39


60105,81 76038,76 91950,71 108066,73 124131,84 138064,67 153123,06

Ano 18 Ano 19 Ano 20 Ano 21 Ano 22 Ano 23 Ano 24

35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00


19.777,90 19.505,02 19.190,66 19.532,41 19.346,96 19.256,95 19.176,81
15.682,10 15.954,98 16.269,34 15.927,59 16.113,04 16.203,05 16.283,19

15682,10 15954,98 16269,34 15927,59 16113,04 16.203,05 16.283,19


0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
168805,17 184760,15 201029,49 216957,08 233070,12 249.273,18 265.556,37
168805,17 184760,15 201029,49 216957,08 233070,12 249.273,18 265.556,37

1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25

15682,10 15954,98 16269,34 15927,59 16113,04 16.203,05 16.283,19


168805,17 184760,15 201029,49 216957,08 233070,12 249.273,18 265.556,37
continua

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Ano 25 Ano 26 Ano 27 Ano 28 Ano 29 Ano 30

35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00 35.460,00


19.213,89 19.076,77 19.133,00 19.012,20 19.003,93 18.946,16
16.246,11 16.383,23 16.327,00 16.447,80 16.456,07 16.513,84

16.246,11 16.383,23 16.327,00 16.447,80 16.456,07 16.513,84


0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
281.802,49 298.185,72 314.512,72 330.960,52 347.416,59 363.930,42
281.802,49 298.185,72 314.512,72 330.960,52 347.416,59 363.930,42

1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25 1806,25

16.246,11 16.383,23 16.327,00 16.447,80 16.456,07 16.513,84


281.802,49 298.185,72 314.512,72 330.960,52 347.416,59 363.930,42

40.000,00
20.000,00
0,00
Saldo

-20.000,00 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31
-40.000,00
-60.000,00
-80.000,00
Ano

Figura 4. Gráfico comparativo do Saldo.

400.000,00
Saldo Acumulado

300.000,00
200.000,00
100.000,00
0,00
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31
-100.000,00
Ano

Figura 5. Gráfico comparativo do Saldo Acumulado.

A relação do preço de um quilograma de própolis é 5,47 vezes superior ao preço de


um quilograma de mel sob floradas predominantes e o preço do mel silvestre é 1,88 vezes
inferior ao quilograma de mel sob floradas predominantes. Se os preços forem inferiores a
esses, o VPL se torna negativo e o projeto se torna financeiramente inviável.

5. CONCLUSÃO
Devido às propriedades terapêuticas, a própolis do Brasil tem uma ótima aceitação
no mercado internacional. Este fato despertou a curiosidade de cientistas brasileiros e de
outros países.

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40.000,00
20.000,00
0,00
Saldo

-20.000,00 1 3 5 7 9 11 13 15
-40.000,00
-60.000,00
-80.000,00
Ano

Figura 6. Gráfico comparativo do Saldo.

150.000,00
Saldo Acumulado

100.000,00
50.000,00
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15
-50.000,00
-100.000,00
Ano

Figura 7. Gráfico comparativo do Saldo Acumulado.

O mel é considerado um produto apícola que possui maior facilidade para ser
explorado e maiores possibilidades de comercialização.
O Brasil tem potencial competitivo com outros países no mercado externo dos
diferentes produtos da colméia, graças à biodiversidade da flora, ao clima favorável, à
rusticidade das abelhas, assim como à enorme disponibilidade de mão-de-obra e
tecnologia acessível. Além de ser um dos poucos países que, desde os anos 50, não usam
qualquer produto químico no tratamento de doenças das abelhas.
Porém a falta de incentivo do governo para desenvolver o trabalho apícola é
grande, como o crédito rural. Muitos produtores têm dificuldade para produzir, o que
reduz significativamente à comercialização do produto brasileiro.
Os indicadores mostraram que o projeto proposto, para a região de Taquara-DF, foi
financeiramente viável, com recursos próprios, a uma TMA. de 6%. O VPL remunera além
da TMA. proposta, o período para recuperar os recursos dependidos na implantação será de
7 anos e 3 meses.
O investimento reduzido desde projeto (R$30.210,54), fornecerá após o retorno do
capital investido, aproximadamente R$ 16.000,00 por ano. É uma atividade que fornecerá
baixos resultados operacionais, porém, agregará valor aos 12 hectares sub-aproveitados do
Sítio Oliveira de 150 hectares, com a implantação das culturas, associado à produção
orgânica de mel e própolis.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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<http://www1.uol.com.br/bemzen/ultnot/meioambiente/ult1325u6.htm>. Acesso em: 16
maio. 2005.

ALVES, R. M. O. Meliponicultura: Aspectos Práticos. Teresina-PI. 1996. 434 p.

ALMEIDA, E. F. et al. Análise Econômica para Implantação de um Projeto para


Produção de Polpa de Fruta no Município de Campos dos Goytacazes-RJ. Congresso
SOBER 2003. 10 p.

FREITAS, D. G. F., KHAN, A. S.; SILVA L. M. R. Nível Tecnológico da Apicultura no


Estado do Ceará. Congresso SOBER 2005.

LIMA, C. A., et al. Estudo da Viabilidade Técnica da Implantação de um Apiário para


a Produção de Própolis e Mel. Boletim Técnico. Planaltina: UPIS, 2005. 51 p.

MOTTA, R. R; COLÔBO, G M. Análise de Investimentos. São Paulo : Atlas, 2002. 391


p.

SEBRAE/MG. Disponível em: <www.sebraemg.com.br>. Acesso em: 10 set. 2005.

SOUZA, A; CLEMENTE, A. Decisões Financeiras e Análise de Investimentos. 5 ed.


São Paulo: Atlas, 2004. 178 p.

ZANDONADI D. A; SILVA, O. M. Análise da Competitividade do Brasil no Mercado


Internacional de Mel. XLIII Congresso da SOBER. 2005. 20 p.

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