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HNR Prática
HNR Prática
RESUMO
Palavras-Chave
Riscos, Máquinas, Equipamentos, Prevenção, Trabalho.
¹ Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual do Maranhão. Discente do Curso de Pós-
graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, São
Luís-MA, Brasil. E-mail: isaqsts@hotmail.com.
² Graduada em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual do Maranhão. Especialista em Ciências dos
Materiais pela Universidade Federal de São Carlos. Especialista em Controle de Qualidade de Produtos
Siderúrgicos pela Universidade Federal de Ouro Preto. Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade
Estadual de Campinas. Docente do Departamento de Engenharia Mecânica e Produção da Universidade
Estadual do Maranhão. Coordenadora e Docente do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do
Trabalho da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, São Luís-MA, Brasil. E-mail:
amaliatrindade@yahoo.com.br
1 INTRODUÇÃO
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Porém com uma nova NR 12, precisa-se de ferramentas afim de avaliar qual
o grau de risco de máquinas e equipamentos utilizadas no chão de fábrica e as
ações recomendadas para a neutralização dos riscos que cada equipamento
possui. Neste contexto a metodologia HRN (Hazard Rating Number) conhecida
como Número de Avaliação de Risco, é recomendado pela sua eficácia, na qual sua
natureza é um resultado de combinações de itens como grau máximo de lesão,
frequência de exposição, probabilidade de ocorrência e número de pessoas
envolvidas.
Este procedimento de avaliação e prevenção pode ser aplicado claramente
em atividades de Usinagem que utilizam por exemplo, o torno mecânico, objeto de
estudo desta obra para análise de riscos em potencial e em seguida a adequação
conforme a NR-12 com implantação de sistemas de segurança para o perfeito
exercício da função sem riscos à saúde do trabalhador.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Analisar o processo de fabricação de usinagem, com destaque a máquina
ferramenta Torno Mecânico Convencional com a aplicação de uma APR (Análise
Preliminar de Risco) baseada na metodologia HRN (Hazard Rating Number) e
apontar possíveis correções na minimização e neutralização de riscos ambientais
associados ao processo produtivo.
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3 JUSTIFICATIVA
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 O Torno Mecânico
O Torno Mecânico é um equipamento chamado de máquina-ferramenta em
função da utilização de vários mecanismos para a fabricação de peças.
Figura 1: Torno Mecânico Modelo IMOR MAXI 520
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Esta máquina realiza um processo na qual sua operação é realizada por
intermédio da rotação de um sólido indefinido é feito girar ao redor do eixo da
máquina operatriz que executa o trabalho de usinagem (CHIAVERINI, 1986). Este
equipamento constitui-se basicamente de:
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pessoas envolvidas na execução, a ação corretiva deverá ser realizada em um
período de tempo estipulado pelo próprio método Hazard Rating Number.
A sua aplicação está fundamentada de acordo com os seguintes
procedimentos de análise de risco:
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para o prevencionista quanto avaliação dos risco e implementação de sistemas de
segurança em cada ambiente em particular. O método consiste na combinação dos
seguintes itens:
FREQUÊNCIA DE EXPOSIÇÃO
Período de Exposição ao Risco
Risco FE
Anualmente 0,5
Mensalmente 1
Semanalmente 1,5
Diariamente 2,5
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Tabela 2: Índice FE Por hora 4
Constantemente 5
Fonte: JÚNIOR, ZANGIROLAMI (2015)
Tabela 3: Índice PO
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA
Probabilidade Índice PO
Quase impossível 0,03
Altamente improvável 1
Improvável 2
Alguma chance 5
Provável 8
Muito provável 10
Certeza 15
Tabela 4: Índice NP
NÚMERO DE PESSOAS ENVOLVIDAS
Quantidade de Pessoas Expostas ao Índice
Risco NP
1 a 2 pessoas 1
3 a 7 pessoas 2
8 a 15 pessoas 4
16 a 20 pessoas 8
Mais de 20 pessoas 12
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Equação 1: Determinação do Grau de Risco - NR
𝑁𝑅 = 𝐺𝐿𝑃 ∗ 𝐹𝐸 ∗ 𝑃𝑂 ∗ 𝑁𝑃
Fonte: JÚNIOR, ZANGIROLAMI (2015)
De acordo com o valor de NR poderá ser requerida a ação de acordo com
a tabela 5.
Tabela 5: Índice NR
GRAU DE RISCO
NR Classificação Ação Recomendada
0-1 Aceitável Risco é aceitável
2-5 Muito Baixo Até 1 ano
6-15 Baixo Até 3 meses
16-50 Significativo Até 1 mês
51-100 Alto Até 1 semana
101-500 Muito Alto Até 1 dia
Maior Extremo Imediato
que 500
Fonte: JÚNIOR, ZANGIROLAMI (2015)
5 ESTUDO DE CASO
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etapas: análise do processo produtivo; determinação de máquinas e equipamentos
a ser observados; análise da atividade de risco; escolha da categoria da máquina e
equipamento; aplicação do método HRN; diagnóstico; e discussão da metodologia
como ferramenta de gerenciamento de riscos na adequação a NR-12 visando o
trabalho seguro.
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5.3 Riscos no Torno Mecânico
O Torno Mecânico pode ser classificado como uma máquina rotativa que
efetua a fabricação de peças de diferentes tipos de materiais a partir da rotação do
elemento fixador da peça e corte feitos com a ferramenta de corte na retirada de
cavaco.
Na operação do torno mecânico convencional os membros superiores são
os que possuem maior interação com a máquina, portanto possuem a maior
probabilidade de acidentes (KAMINSKI, 2015, pág. 17). KAMINSKI (2015, pág.18)
ainda afirma que mais de 80% dos acidentes envolvem as mãos e punhos.
Conforme o Ministério da Previdência Social, no ano de 2013 ocorreram
somente no setor de serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento de
metais um total de 1.891 (um mil oitocentos e noventa e um) acidentes do trabalho.
Sendo que no ano anterior, 2012, 42% dos membros superiores foram
afetados por acidentes do trabalho proporcionado por maquinário ligado a usinagem
de materiais.
Durante o processo o operador está sob o efeito de inúmeros riscos como:
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5.4 Análise dos Agentes de Risco
Foi realizada uma avaliação e reconhecimento de risco para o equipamento
afim de identificar potenciais não conformidades com as normas de segurança
vigentes e procedimentos seguros para a operação do equipamento
2.Inexistência de 4.Ausência de
botão de parada de proteção do carro e
emergência. cabeçote móvel.
Risco de lesões nas
mãos e olhos.
Fonte: Autor
Com base nesta análise ainda pode-se citar os seguintes riscos
identificados na operação no Torno Mecânico.
Risco Causa
Projeção de Materiais Cavaco resultante da usinagem. Fixação
inadequada da peça
Corte Acesso a ferramenta
Contato com superfícies a temperaturas Contato com a peça após ser processada ou
extremas ferramenta de corte
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Agarramento a partes móveis Utilização de roupas larga e acessórios.
Esmagamento Falta de atenção ao avanço do carro
longitudinal.
Exposição ao ruído Utilização da máquina
Iluminação insuficiente Iluminação precária
Riscos elétricos Falta de Manutenção – PMOC e desrespeito
a NR – 10.
Riscos Ergonômicos Atividade com ciclo de repetição excessiva,
longo período de trabalho em pé ou posições
desconfortantes.
Riscos químicos Contato da pele com graxas e fluído de corte
6 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A proposta de intervenção requer a implantação de medidas de análise de
segurança da máquina e de seu processo de fabricação obedecendo a NR-12 e os
procedimentos do Método HRN.
Essas propostas exigem tanto a aplicação de sistemas de avaliação que
reconhecem o risco evidente do processo e assim estipulam quais medidas de
segurança devem ser tomadas durante a andamento de suas atividades no local do
trabalho. Entre essas medidas pode-se ter a simples orientação do trabalhador no
desempenho de sua função, até a interdição imediata da atividade até as medidas
corretivas serem implementadas com sucesso. Para que esta análise tenha
sucesso, o Método HRN poderá ser utilizado para reconhecimento e avaliação dos
riscos laborais existentes na máquina.
De acordo com as tabelas 1, 2, 3, 4 e 5 foram obtidos os seguintes valores:
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NP = 8 * 5 * 8 * 1 = 320 (Grau de Risco)
Para obter o valor de NP basta multiplicar os valores encontrados nos
índices anteriores e comparar com a tabela de Grau de Risco. A classificação
encontrada do risco foi muito alta, e recomenda-se ação imediata corretiva de
até 1 dia.
Fonte: http://technosafe.com.br
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b) Utilização de Proteção no Carro Longitudinal
Impede que o operador tenho acesso involuntário a área do cabeçote móvel
durante a fabricação da peça no torno. Esta peça é dotada de proteção transparente
a fim de facilitar a visualização da operação do equipamento sem gerar risco
adicional a atividade.
Fonte: http://technosafe.com.br
Fonte: http://technosafe.com.br
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d) Utilização de Barra de Segurança
Este mecanismo impede o avanço do carro longitudinal durante o corte
automático, em um momento de descuido o operador pode causar um choque com
a parte móvel e rotacional do torno mecânico convencional. A barra possui uma
chave fim de curso, e ao momento que chega perto do fim do avanço longitudinal o
processo é parado automaticamente.
Fonte: http://technosafe.com.br
Fonte: http://technosafe.com.br
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f) Iluminação Adequada
Facilita a visualização da operação ampliando o campo visual do operador.
Fonte: http://casadotorneiro-go.com.br
Fonte: http://www.seton.com.br/placas-e-etiquetas
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A instalação de placas de cuidado seguindo recomendações da NR
26(2013) e Lei Nº 6.514 alertando os funcionários para o equipamento em
manutenção.
Fonte: http://www.encartale.com.br/novo/index.php/placas-de-sinalizacao/cuidado
Fonte: Autor
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7 CONCLUSÃO
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8 REFERÊNCIAS
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