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Imaginário Sobre o Brasil No Exterior Permanece Marcado Por Estereótipos - 05 - 02 - 2017 - Ilustríssima - Folha de S.Paulo PDF
Imaginário Sobre o Brasil No Exterior Permanece Marcado Por Estereótipos - 05 - 02 - 2017 - Ilustríssima - Folha de S.Paulo PDF
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QUINTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2019 19:00
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Por mais que os dois eventos globais possam ser enquadrados em uma
tentativa moderna de trabalhar a marca internacional do Brasil e de promover
sua reputação no exterior, muito do que se pensa a respeito do país no resto
do mundo está preso a concepções talhadas séculos atrás. RECEBA NOSSA NEWSLETTER
Brasil e o resto da América Latina não lhes parecem bem preparados para o
futuro", disse.
Segundo Van Groesen, o que se viu na imprensa europeia nos últimos dez Ainda Sou Eu
anos é uma confirmação disso. "São reportagens sobre corrupção, sobre a
Jojo Moyes
Copa do Mundo não ter sido concebida de forma apropriada, sobre a
Olimpíada desorganizada no Rio. Essas ideias superficiais dominam a forma Comprar
como os holandeses pensam o Brasil", explicou. Para ele, é uma questão que
vai além da ideia de estereótipo; incorre-se pura e simplesmente no
preconceito.
Van Groesen aponta como marco zero da difusão desse equívoco as Star Wars - Os Últimos
Jedi
publicações da imprensa europeia do século 17, sobre as quais se debruça há
uma década –e que deram origem ao livro que acaba de publicar. Ele estudou Jason Fry
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BRASIL NU
"É sintomático que esta seja a primeira impressão dos índios que se acha em
quase todos os relatos, desde Colombo: as primeiras palavras sobre os
indígenas serão sempre 'andam nus', seguidas da cor da pele.
Fica aí impressa, até hoje, a imagem de que uma das maiores características
da América tropical é precisamente o seu despudor", afirma a professora.
"Ao contrário de outros relatos europeus dessa época muito mais conhecidos
entre nós, esses não envolvem uma leitura religiosa daquilo que é
testemunhado", compara a pesquisadora.
MÍDIA EUROPEIA
Os relatos produzidos por viajantes nos dois primeiros séculos após a chegada
ao Brasil gozavam de forte apelo junto ao público europeu, segundo Van
Groesen. Apesar de os megaeventos esportivos dos últimos anos serem
tratados como uma tentativa de atrair os holofotes de uma mídia
internacional nem sempre interessada pelo que acontece no Brasil, ele lembra
que o país já havia sido foco importante da imprensa europeia no período
colonial.
"Se você mencionasse a palavra Brasil entre os anos 1630 e 1650, todo mundo
sabia que fazia parte de uma grande disputa geopolítica entre protestantes e
católicos que vinha acontecendo na Europa havia décadas", diz o professor.
"O que mais encontro é a ignorância. Os holandeses hoje sabem muito pouco
sobre o Brasil, então a imagem não é muito bem definida. Além disso, veem a
América Latina como um território desprovido de proeminência na órbita
política internacional."
PRECONCEITO
Além desses textos, a segunda metade dos anos 1800 foi marcada por
participações brasileiras em exposições internacionais, que buscavam vender
ao mundo os contornos de um país moderno –ainda assim, a natureza e o
apelo exótico eram os trunfos dos pavilhões tupiniquins.
Exemplo disso foi "Nas Selvas do Brasil" (1914), livro escrito pelo ex-
presidente norte-americano Theodore Roosevelt, que embarcou numa
expedição científica de quase dois meses pela floresta tropical,
acompanhando o coronel Cândido Rondon. Ele buscava justamente o
exotismo da selva inexplorada.
ALEX KIDD, 31, designer da Folha, escreve no blog 120 BPM, no site do jornal
recomendado
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O tema extraordinário, merece uma série ou caderno inteiro. Infelizmente o artigo passa à
margem de qualquer análise perdendo-se na superficialidade. Deixa, por exemplo, de listar ao
fim do artigo, as publicações principais dos viajantes europeus a que os estudos se referem. O
principal, talvez, Jean de Léry, em História da Viagem à Terra do Brasil (1.578), onde reforça a
ideia dos trópicos como o Paraíso na Terra, e o mito do bom selvagem de Rosseau. Para Léry, o
selvagem é superior ao europeu
O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
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Como esperar que os estrangeiros tenham uma perspectiva correta do nosso país se a maioria
dos Brasileiros desconhecem a própria história e por consequência o presente? Os que acham
que conhecem nunca conseguiram sair da versão pasteurizada moldada fortemente pela Igreja.
O exotismo com o qual nos vêm não é acidental, pois apesar de nos acharmos europeus, nosso
caráter social foi moldado em grande parte pela influência dos indígenas, como a aversão a
regras e o fascínio pela vaidade e as festas.
O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
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