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Revista do Harmonia

A música no período Clássico


Série: Períodos da música

Harmonia
Essencial
Abril 2019

Editora
A música no período Clássico
Série: Períodos da música
Seguindo nossa linha do tempo, nessa matéria iremos abordar o período da
música chamado "clássico".

PERÍODO RENASCENTISTA - BARROCO - CLÁSSICO - ROMÂNTICO

A palavra “clássico” deriva do latim classicus: cidadão (ou escritor) da mais alta
classe. Está associada a algo de alta classe, de primeira ordem, de extremo valor.
O classicismo significa um estilo que atribui suma importância à graça e à
simplicidade, à beleza de linhas e formas, ao equilíbrio e à proporção, à ordem e
ao controle.
Clássico também pode ser um termo Em relação ao estilo da arte
usado para designar a música desse período, o que marcou foi a
composta entre 1750 e 1830, delicadeza, a ornamentação, as
período dominado pela música feita na linhas curvas, o preciosismo, o
Áustria e na Alemanha (Manheim, refinamento, e a galanteria.
berlim, Salzburgo, Viena). A Música Clássica mostra-se
refinada e elegante e tende a ser
''Música clássica'', é também usado mais leve, menos complicada que
para nominar de modo global um a barroca. (Ver edição da revista
gênero de música oposto à música anterior sobre o período Barroco).
ligeira ou popular.

Os compositores mais conhecidos do período são Joseph Haydn (1732-


1809), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e Ludwig van Beethoven(1770-
1827). Beethoven é mais "problemático" porque a sua música abrange os
períodos clássico e romântico, ou seja, a transição entre ambos os períodos. As
suas primeiras obras (até cerca de 1802) inserem-se no estilo do período em
questão. As últimas obras, cheias de drama, tensão, exploração harmônica e
estrutural são melhor discutidas dentro do contexto do século XIX. Beethoven e
Mozart são ambos de Viena, Áustria.
No início, a composição musical passou de um estilo ornado do período Barroco
(veja nossa revista sobre o período barroco) para um estilo popular de extrema
simplicidade. Os compositores deste período criaram obras que transpareciam
claridade e acessibilidade acima de tudo; na verdade, reagiam contra o denso
estilo polifônico do último período barroco.
Estes traços de claridade e
simplicidade, juntamente com uma
elaboração sistemática de ideias,
uma aproximação universal à
expressão musical e uma
preocupação com o equilíbrio entre
estrutura e expressão, formam a
base do estilo clássico.

As melodias passam a articular frases simples e claras, com início, meio e fim,
originando uma estrutura periódica. A base instrumental moderna, ou a
orquestração, surge no período clássico, e com isso, aparece a preocupação
com as intensidades, denominada dinâmica. Ou seja, as dinâmicas que temos
hoje surgiram a partir daí, com os ''crescendos'' e ''diminuendos'', pois, até
então, a única diferença de intensidade utilizada era o ''piano'' e o ''forte'' (bem
contrastante).
O resultado de todas estas características é uma sonoridade notoriamente
tonal.

- A orquestração no período clássico


O cravo cai em desuso, dando lugar ao piano, que o substituirá em definitivo.

É a música instrumental que se destaca neste período, com o desenvolvimento


de estruturas maiores: forma sonata, sinfonia, concerto e quarteto de cordas.

As bases da orquestração moderna foram estabelecidas durante o classicismo.


Além da dinâmica e timbre dos instrumentos, essa base de orquestração se
concentra no desenvolvimento de um modelo de agrupamento instrumental.
Neste sentido, estabeleceu-se a divisão entre cordas, sopros de madeira, sopros
de metal e percussão.
A figura do maestro surge pela primeira vez neste
período.
Quem exercia essa função era o spalla (primeira
cadeira dos primeiros violinos) que fazia gestos
indicando o início da obra e outra vez no término da
peça instrumental. Com o desenvolvimento da
orquestra, os compositores começaram a explorar a
mudança de andamentos em suas obras, com isso se
tornou mais do que necessário a presença de uma
pessoa para estar à frente da orquestra.

Algumas considerações sobre a orquestração


Sonata: É uma obra com vários
movimentos para um ou mais
instrumentos.
Sinfonia: é, na realidade, uma sonata
para orquestra. Haydn, Mozart e
Beethoven foram os maiores
compositores de sinfonias do
Classicismo.
Concerto: consiste numa composição para um instrumento solista contra a
massa orquestral.
O Quarteto de Cordas: Joseph Haydn inventou o quarteto de cordas (dois
violinos, viola e violoncelo), uma combinação soberba de música de câmara

Conclusão e Síntese
O período clássico foi um novo estilo musical com os conceitos de clareza,
contentação, simplicidade e equilíbrio, diferentemente do estilo barroco. Neste
período, os compositores procuraram que uma simples melodia fosse
acompanhada de progressões de harmonia.

Principais Compositores de Música Clássica


Haydn – Mozart – Beethoven – Gluck – Schumann – Wagner

Sendo que, Ludwing Van Beethoven representa bem a transição do período


Clássico para o Romântico, tema de nossa próxima edição.
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A música no período Clássico
Alguns grandes nomes

Domenico Scarlatti (1685-1757) foi um dos primeiros grandes nomes deste


período, escrevendo muitas sonatas através de relações tonais, em estrutura
binária.

W. Gluck (1714-1787) é responsável pela reformulação da ópera clássica,


privando a ópera da época dos seus maneirismos e exageros.

Joseph Haydn (1732-1809), considerado o primeiro grandes mestre do


classicismo, criou praticamente todos os gêneros de música de concerto
utilizados hoje em dia. Com Haydn, a sinfonia tornou-se o momento principal
de qualquer programa musical e o quarteto de cordas tornou-se sinônimo do
melhor que se poderia encontrar em música de câmara.

Wolfganf Amadeus Mozart (1756-1791) é o segundo mestre deste período.


Influenciado por Gluck, foi também um grande compositor de óperas,
baseadas em acontecimentos da época. Ao contrário de Gluck, as suas
óperas foram mais executadas no século XVIII, muito também devido ao seu
talento.

Ludwig Van Beethoven (1770-1827) marcou o período clássico


especialmente pela composição das suas sinfonias e das suas músicas para
piano e conjuntos de câmara. No entanto, ao contrário dos anteriores,
Beethoven é também considerado um compositor romântico porque contribuiu
para a transição entre o classicismo e o romantismo.

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