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Índice

1 Introdução.......................................................................................................... 6

2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR......................... 9

3 Acionamentos Trifásicos com Conversores de Frequência....................... 58

4 Servoacionamentos ........................................................................................ 73

5 Redutores ........................................................................................................ 88

6 Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos................................................ 100

7 Exemplo de cálculo - acionamento de sistema de translação ................. 109

8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação.............. 135

9 Ex. de cálculo - transportador corrente com conversor de freq .............. 150

10 Ex. de cálculo - transportador de rolos com conversor de freq............... 155

11 Ex. de cálculo - acionamento mesa giratória com conversor de freq ..... 161

12 Exemplo de cálculo - correia transportadora............................................. 165

13 Exemplo de cálculo - acionamento de sistema biela-manivela................ 170

14 Exemplo de cálculo - acionamento de fuso ............................................... 174

15 Exemplo de cálculo - pórtico com servoacionamentos ............................ 179

16 Apêndice e legenda ...................................................................................... 192

17 Exemplo de Apresentação ........................................................................... 197

18 Teste seu Conhecimento.............................................................................. 202

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 3


Índice

1 Introdução.......................................................................................................... 6

2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR......................... 9


2.1 Dados técnicos para motores CA série DR ............................................ 10
2.2 Motores de alto rendimento .................................................................... 14
2.3 Proteção anticorrosiva e para superfície externa ................................... 14
2.4 Informação geral sobre o planejamento de projeto ................................ 15
2.5 Descrição dos Motores CA Série DR...................................................... 22
2.6 Característica opcional-Sensor de temperatura/sensível à temp. ......... 25
2.7 Informação de planejamento de projeto para motores CA série DR ...... 26
2.8 Motores com freio ................................................................................... 36
2.9 Informação do planejamento de projeto-Freios SEW-EURODRIVE ...... 41
2.10 Diagrama em bloco................................................................................. 53
2.11 Sistema de controle do freio BG ............................................................. 54
2.12 Sistema de controle do freio BGE........................................................... 55
2.13 Sistema de controle do freio BME .......................................................... 56
2.14 Sistema de controle do freio BMK .......................................................... 57
2.15 Sistema de controle do freio BMV .......................................................... 57

3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência ......................... 58


3.1 Conversores de frequência..................................................................... 59
3.2 Motoredutores e motores com freio Movimot® com conversor
de frequência integrado .......................................................................... 65
3.3 Operação de motor com conversor de frequência.................................. 68
3.4 Elaboração de projetos com conversores de frequência SEW............... 70

4 Servoacionamentos ........................................................................................ 73
4.1 Servomotores.......................................................................................... 74
4.2 Conversores para acionamentos MOVIDRIVE® B ................................. 76
4.3 Topologias de controle............................................................................ 78
4.4 Principais itens do pacote standard ........................................................ 79
4.5 Fluxograma para a elaboração de projetos ............................................ 80
4.6 MOVIGEAR® DBC-B - Direct Binary Communication............................. 85
4.7 MOVIGEAR® DAC-B - Direct AS-Interface Communication................... 86

5 Redutores ........................................................................................................ 88
5.1 Redutores padrão para motoredutores................................................... 88
5.2 Dimensionamento de redutores padrão com fator de serviço ................ 93
5.3 Indicações importantes do pedido .......................................................... 95
5.4 Forças radiais, forças axiais ................................................................... 97

6 Fórmulas da tecnologia de acionamentos ................................................. 100


6.1 Movimentos básicos ............................................................................. 100
6.2 Momento de inércia .............................................................................. 102
6.3 Potência estática ou dinâmica .............................................................. 104
6.4 Forças de resistência............................................................................ 105
6.5 Torques................................................................................................. 106
6.6 Potências .............................................................................................. 106
6.7 Rendimentos......................................................................................... 106
6.8 Cálculo de fusos ................................................................................... 107
6.9 Fórmulas especiais ............................................................................... 108

7 Exemplo de cálculo - acionamento de sistema de translação ................. 109


7.1 Cálculo do motor elétrico ...................................................................... 110
7.2 Dimensionamento do redutor................................................................ 117
7.3 Acionamento para sistema de translação com 2 velocidades .............. 119
7.4 Acionamento para sistema de translação com conversor frequência .. 125

4 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Índice

8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação.............. 135


8.1 Cálculo do motor elétrico ...................................................................... 136
8.2 Sistema de elevação com conversor de frequência ............................. 142

9 Ex. de cálculo - transportador corrente com conversor de frequência ... 150


9.1 Cálculo do motor elétrico ...................................................................... 151
9.2 Dimensionamento do redutor................................................................ 153

10 Ex. de cálculo - transportador de rolos com conversor de frequência ... 155


10.1 Cálculo do motor elétrico ...................................................................... 156

11 Ex. de cálculo - acionamento de mesa giratória com conversor freq. .... 161
11.1 Cálculo do motor elétrico ...................................................................... 162
11.2 Dimensionamento do redutor................................................................ 164

12 Exemplo de cálculo - correia transportadora............................................. 165


12.1 Cálculo do motor elétrico ...................................................................... 167
12.2 Dimensionamento do motoredutor........................................................ 169

13 Exemplo de cálculo - acionamento de sistema biela-manivela................ 170


13.1 Cálculo do motor elétrico ...................................................................... 172

14 Exemplo de cálculo - acionamento de fuso ............................................... 174


14.1 Cálculo .................................................................................................. 175
14.2 Verificação do cálculo ........................................................................... 176

15 Exemplo de cálculo - pórtico com servoacionamentos ............................ 179


15.1 Otimização dos diagramas velocidade/tempo ...................................... 180
15.2 Cálculo de potência .............................................................................. 182
15.3 Dimensionamento do redutor................................................................ 184
15.4 Escolha do motor .................................................................................. 187

16 Apêndice e legenda ...................................................................................... 192


16.1 Apêndice ............................................................................................... 192
16.2 Legenda ................................................................................................ 194

17 Exemplo de apresentação............................................................................ 197

18 Teste seu Conhecimento.............................................................................. 202

Lista de Endereços ....................................................................................... 221

Ref.: Seleção de acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos - Volume 1 - Manual


Edição 09/2007 (1052 3801/BP)

Motoredutores - Série DR - Catálogo


Edição 05/2010 (1169 0798/BP)

Freios à disco SEW - Seleção de Acionamentos


Edição 11/2007 (1135 4798/BP)

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 5


1 Introdução

1 Introdução

Introdução Fundada em 1931 na Alemanha, a SEW-EURODRIVE é uma empresa familiar e limi-


tada (Ltda.), que conquistou e mantém posição de liderança no mercado mundial a par-
tir de uma filosofia que tem como principais focos trabalho, inovação, tecnologia e apri-
moramento contínuo.
Soluções de acionamento inovadoras para todas as rotinas e para cada aplicação. Os
produtos e sistemas SEW-EURODRIVE são utilizados mundialmente em um grande
número de aplicações. Os produtos SEW-EURODRIVE são encontrados em várias in-
dústrias incluindo automotiva, materiais de construção, alimentícia, bebidas e siderúr-
gica. A decisão de utilizar a tecnologia de acionamento "feito pela SEW-EURODRIVE"
representa segurança na funcionalidade e investimento.
Não somente somos representados em todos os ramos importantes da indústria, hoje
somos conhecidos mundialmente com 15 fábricas, 75 montadoras em 45 países e, nos-
sa faixa total de serviços, que consideramos uma atividade integrada, que continua
nosso comprometimento com a qualidade especial.

A linha de • Motoredutores, redutores e motores elétricos


produtos –Redutores/motoredutores de engrenagens helicoidais
–Redutores/motoredutores de eixos paralelos
–Redutores/motoredutores de engrenagens cônicas
–Redutores/motoredutores de rosca sem fim
–Motoredutores angulares Spiroplan®
–Motoredutores Planetários
–Redutores Industriais
–Redutores/motoredutores com baixa folga angular
–Motores de alto rendimento
–Motores elétricos com freio
–Acionamentos para monovias eletrificadas (trolley)
–Motoredutores com motores giromagneto
–Motoredutores com motores de dupla polaridade
–Motoredutores assépticos

• Acionamentos controlados eletronicamente


–Conversores de frequência MOVITRAC®
–Conversores de frequência MOVIDRIVE®
–Opcionais tecnológicos e de comunicação para os conversores
–Motores assíncronos CA e motoredutores CA
–Servomotores assíncronos e síncronos e servomotoredutores
–Motores com freio e motoredutores
–Motores lineares assíncronos e síncronos

• Componentes para instalação descentralizada


–Motoredutores MOVIMOT® com conversor de frequência integrado
–Motoredutores MOVI-SWITCH® com dispositivo de comutação e proteção
integrados
–Distribuidores de campo, interfaces fieldbus
• Acionamentos à prova de explosão

6 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Introdução 1

• Serviços
–Consultoria Técnica
–Desenvolvimento de programas de aplicação
–Seminários e treinamentos técnicos
–Ampla documentação técnica
–Serviço ao cliente

Rotação fixa Se forem exigidas uma ou duas rotações, poderá ser aplicado um motoredutor trifásico
ou variável de velocidade constante ou de pólos comutáveis, ligado à rede. Para mais de dois está-
gios de rotação ou para variação contínua da rotação, são aplicados acionamentos con-
trolados eletronicamente com MOVITRAC® LT, MOVITRAC® B, MOVIDRIVE® ou MO-
VIMOT®.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 7


1 Introdução

Controle Os acionamentos podem ser conectados em circuito de controle eletrônico. As vanta-


gens desses acionamentos são por exemplo, alto torque de partida, um desempenho
especial de aceleração e desaceleração, proteção contra sobrecarga por limitação de
torque e de corrente, operação em um ou quatro quadrantes, etc. Além disso, os acio-
namentos controlados eletronicamente com MOVITRAC® ou MOVIDRIVE® podem fun-
cionar em operação sincronizada, posicionamento ou também serem incluídos através
da comunicação fieldbus e controle de fluxo integrado em sistemas de automação.

Condições Motores assíncronos trifásicos e servomotores com ou sem redutor, devido ao seu de-
de trabalho sign simples e robusto e ao seu alto grau de proteção, são acionamentos seguros, com
confiabilidade de serviço, mesmo sob as mais severas condições de operação. Em to-
dos os casos, o perfeito conhecimento e a observação das condições de serviço são
decisivos para o sucesso.

Manutenção Os motores assíncronos trifásicos e os servomotores podem trabalhar por anos em per-
feitas condições de funcionamento, sem necessidade de manutenção. A manutenção
dos redutores se limita a uma verificação regular do nível e da condição do óleo, assim
como às trocas do óleo, conforme especificação. Deve ser observado o tipo de óleo
aprovado pela SEW e o volume de abastecimento correto. Peças de desgaste e de re-
posição para acionamentos SEW estão disponíveis para pronta entrega, na maioria dos
países.

Elaboração Com a grande variedade de sequências de movimentos, aparentemente todos os casos


de projetos de acionamento são distintos. Entretanto, os casos de acionamento podem ser reduzi-
dos a três soluções padrão:
– movimento linear na horizontal
– movimento linear na vertical
– movimento rotativo
Primeiramente são anotados dados de carga como massas, momentos de inércia das
massas, velocidades, forças, número de partidas, períodos de trabalho, geometria das
rodas e dos eixos. Com esses dados é calculada a potência exigida sob consideração
dos rendimentos e é determinada a rotação de saída. Com esses resultados é determi-
nado o motoredutor do respectivo catálogo SEW, sob observação das condições indi-
viduais de operação. Para a escolha do tipo do motoredutor valem os critérios abaixo
relacionados. Uma vez que as características operacionais dos diversos motoredutores
divergem entre si, nos próximos capítulos essas características serão apresentadas
distintamente.
É feita a seguinte sub-divisão:
– Acionamentos trifásicos com uma ou mais rotações fixas
– Acionamentos trifásicos com conversor de frequência
– Servoacionamentos
– Acionamentos trifásicos com variadores mecânicos
– Tipos de redutores

8 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

DR..BE../FI.. DR../FI../ASB1

DR..BE../FF

60413AXX
Figura 1: Motores CA série DR

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 9


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.1 Dados Técnicos para Motores CA Série DR


3600 rpm - S1
η75% CP/CN BMG.. Z0
PN IN
CN
nN
380 V
cosϕ IP/IN m JMot BR.. BG1) MB m JMot_B
Tipo do motor η100% CH/CN BE.. BGE2)
[kW] [10-4 [10-4
[rpm] [A] [%]3) [kg]4) [1/h] [Nm]5) [kg]6)
[Nm] kgm2] kgm2]
0.37 - 2,2 2000
DRS71S2 3300 1.15 0,89 3,2 7,8 4,9 BE05 5 10,2 6,2
1.07 54.9 1,9 3300
0.55 76,3 3,1 1600
DRS71M2 3420 1.33 0,83 5,8 9,10 7,10 BE05 10 11,5 8,40
1.54 76.1 1,9 3600
0.75 81.0 3,5 1040
DRE80M2 3490 1.53 0,92 8,8 14,3 21,4 BE05 20 17,1 22,9
2.05 81.4 2,9 2400
1.1 83.8 3,4 880
DRE90M2 3470 2.2 0,91 8,4 18,4 35,4 BE1 20 21,3 37,0
3.03 83.7 3,1 2160
1.5 85.0 2,7 880
DRE90M2 3420 2.95 0,92 6,5 18,4 35,4 BE1 20 21,3 37,0
4.19 83.5 2,5 2160
2.2 86.8 3,0 720
DRE90L2 3420 4.3 0,92 6,7 21,4 43,7 BE2 55 26,0 48,4
6.14 85.0 2,6 1760
3 87.5 3,2 560
DRE100M2 3440 5.7 0,93 7,4 26,0 56,0 BE2 55 30,6 60,7
8.33 85.9 2,8 1440
3.7 88.5 2,8 -
DRE100LC2 3510 7,0 0,92 9,2 31,2 89,8 BE5 55 37,1 95,8
10.1 87.5 2,0 560
3.7 88.6 2,7 -
DRE112M2 3520 7,2 0,88 7,9 41,3 113 BE5 55 48,5 117,8
10 88.6 2,4 480
4 88.2 2,4 -
DRE112M2 3500 7,6 0,90 7,0 41,3 113 BE5 55 48,5 117,8
10,9 87.9 2,1 480
4,5 88.6 2,2 -
DRE112M2 3490 8,7 0,90 6,6 41,3 113 BE5 55 48,5 117,8
12,3 88.0 2,0 480
5.5 89.5 2,4 -
DRE132S2 3500 10.4 0,91 7,0 46,3 146 BE5 55 53,5 150,8
15.0 88.5 2,0 400
7.5 90.2 2,5 -
DRE132M2 3515 14,0 0,91 7,9 60,0 193 BE5 110 67,2 197,8
20.4 89.5 2,2 400
9.2 90.5 2,5 -
DRE132M2 3510 17.5 0,90 7,7 60,0 193 BE5 110 67,2 197,8
25.0 89.5 1,9 400

Motores da classe de alto rendimento

1) Operação com sistema de controle do freio BG


2) Operação com sistema de controle do freio BGE
3) Rendimento conforme norma ABNT NBR 17094-1
4) Aplica-se para motor sem freio, execução com pés (DR... /Fl..)
5) Torque de frenagem padrão para motor IEC com freio
6) Aplica-se para motor com freio, execução com pés (DR...BE.. /Fl..)

10 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

1800 rpm - S1
η75% CP/CN BMG.. Z0
PN IN
CN
nN
380 V
cosϕ IP/IN m JMot BR.. BG1) MB m JMot_B
Tipo do motor η100% CH/CN BE.. BGE2)
[kW] [10-4 [10-4
[rpm] [A] [%]3) [kg]4) [1/h] [Nm]5) [kg]6)
[Nm] kgm2] kgm2]
0.10 - 2.2 8000
DFT56M4* 1600 0.587) 0.69 3.0 8)
1.1 BMG02 0.8 8)
1.2
0.66 69.0 1.9 -
0.15 - 2.2 8000
DFT56L4* 1600 0.827) 0.70 2.8 8)
1.1 BMG02 1.2 8)
1.2
0.72 65.7 2.0 -
0.12 - 2.4 10000
DFR63S4* 1680 0.41 0.69 3.6 6.1 3.6 BR03 2.4 7.6 4.8
0.68 64.2 2.2 -
0.18 - 1.8 10000
DFR63M4* 1620 0.58 0.78 3.2 6.1 3.6 BR03 3.2 7.6 4.8
1.06 60.3 1.7 -
0.25 - 1.8 10000
DFR63L4* 1600 0.72 0.81 3.1 6.7 4.4 BR03 3.2 8.2 5.6
1.49 65.1 1.7 -
0.18 71,3 1,9 4800
1700 0.9 0.69 4,2 7,8 4,9 BE05 2.5 10,2 6,2
1.01 72,3 1,9 7600
0.25 71,3 1,9 4800
DRS71S4 1700 1,15 0,69 4,2 7,8 4,9 BE05 5 10,2 6,2
1.4 72,3 1,9 7600
0.37 71.3 1.9 4800
1700 1.11 0.69 4.2 7.8 4.9 BE05 5 10.2 6.2
2.10 72.3 1.9 7600
0.55 76 2.2 3300
DRS71M4 1690 1.51 0.71 4.3 9.1 7.1 BE1 10 11.7 8.4
3.10 75.4 2.1 8800
0.75 81.2 2.2 2800
DRE80S4 1710 1.81 0.8 5.2 11.5 14.9 BE1 10 14.5 16.4
4.20 80.5 1.8 7200
1.1 83.2 2.7 2800
DRE80M4 1730 2.55 0.79 6.4 14.3 21.5 BE2 20 18 26
6.1 82.8 1.9 7200
1.5 85.4 2.6 2300
DRE90M4 1710 3.40 0.8 5.9 18.4 35.5 BE2 20 23 40
8.4 84.3 2.4 6000
2.2 86.6 2.8 1800
DRE90L4 1710 4.90 0.81 6.1 21.5 43.5 BE5 55 27.5 49.5
12.3 85.3 2.4 4500
3 87.4 3.6 -
DRE100M4 1715 6.8 0.79 7 26 56 BE5 55 32 62
16.7 86.3 2.9 6800
3.7 88.7 3.6 -
DRE100L4 1715 8.1 0.81 6.7 29 68 BE5 55 35 74
20.5 87.5 3 3100
4.5 89.9 2.1 -
DRE112M4 1740 9.5 0.83 6.6 41.5 146 BE5 55 50 151
24.5 88.5 1.8 2500
5.5 90.5 2.2 -
DRE132S4 1750 11.2 0.84 7.3 46.5 190 BE5 55 55 195
30.0 89.6 1.9 2200
7.5 91.2 2.3 -
DRE132M4 1745 15.0 0.85 7.6 60 255 BE11 110 75 265
41.0 89.8 1.9 1600
9.2 90.8 2.2 -
DRE132MC4 1770 18.9 0.82 8.6 63 340 BE11 110 78 355
49.5 90.4 1.6 1200
9.2 91 2.5 -
DRE160S4 1760 19.0 0.82 7 80 370 BE11 110 98 390
50 90.2 1.8 1100
11 91.7 2.9 -
DRE160M4 1765 22.5 0.82 7.6 89 450 BE20 200 115 500
60 91 2.2 1000
15 91.9 2.6 -
DRE160MC4 1775 31.0 0.8 7.6 94 590 BE20 200 120 640
81 91.3 1.9 900
15 91.6 2.5 -
DRE180S4 1765 29.5 0.84 6.7 122 900 BE20 200 154 960
81 91.2 2 900
18.5 92.7 2.6 -
DRE180M4 1770 35.5 0.85 7.5 138 1110 BE20 200 170 1170
100 92.5 2 800
22 92.8 2.5 -
DRE180L4 1770 42.0 0.86 7.2 152 1300 BE30 300 192 1440
119 92.4 1.8 590
30 93.6 2 -
DRE180LC4 1775 58 0.84 6.4 161 1680 BE30 300 200 1820
161 93.1 1.6 520

Motores da classe de alto rendimento

Continuação da tabela na próxima página. Nota de rodapé na próxima página.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 11


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

η75% CP/CN BMG.. Z0


PN IN
CN
nN
380 V
cosϕ IP/IN m JMot BR.. BG1) MB m JMot_B
Tipo do motor η100% CH/CN BE.. BGE2)
[kW] [10-4 [10-4
[rpm] [A] [%]3) [kg]4) [1/h] [Nm]5) [kg]6)
[Nm] kgm2] kgm2]
30 93.3 2.6 -
DRE200L4 1780 60 0.82 7.4 260 2360 BE30 300 310 2500
161 93.1 2.1 550
37 93.6 2.7 -
DRE225S4 1775 72 0.84 7.2 295 2930 BE32 600 350 3160
199 93.4 2 320
45 94.2 2.8 -
DRE225M4 1780 86 0.85 7.3 315 3430 BE32 600 370 3660
240 93.8 1.9 270
55 94.0 2.7 - 600 528 6600
DVE250M4* 1775 107 0.83 6.2 448 6300 BMG61
296 93.7 2.0 160 12009) 5389) 67309)
75 94.7 3.2 - 600 600 9225
DVE280S4* 1780 145 0.83 7.5 520 8925 BMG61
402 94.5 2.2 120 12009) 6109) 93559)
90 - 3.3 - 600 9225
DVE280M4* 1780 179 0.81 7.1 690 8925 BMG61
483 94.5 2.2 270 12009) 93559)
110 95,1 2.5 -
DRE315K4 1787 205 0.85 8.0 850 18400 BE122 2000 975 19495
590 95.3 2.2 50
132 95,1 2,2 -
DRE315S4 1783 255 0,88 6,4 930 22500 BE122 2000 1055 23595
710 95,0 1,7 40
150 95,4 2,0 -
DRE315S4 1784 290 0,88 5,5 930 22500 BE122 2000 1055 23595
800 95,4 1,7 40
160 95,7 2,5 -
DRE315M4 1786 300 0,88 7,0 1085 27900 BE122 2000 1210 28995
860 95,0 1,9 35
185 95,7 2,1 -
DRE315M4 1781 350 0,89 6,1 1085 27900 BE122 2000 1210 28995
990 95,0 1,6 35
200 96,0 2,9 -
DRE315L4 1782 360 0,9 7,0 1165 31900 BE122 2000 1290 32995
1070 95,5 2,1 20
225 96,0 2,3 -
DRE315L4 1783 405 0,89 6,1 1165 31900 BE122 2000 1290 32995
1210 95,5 1,8 20
1) Operação com sistema de controle do freio BG
2) Operação com sistema de controle do freio BGE
3) Rendimento conforme norma ABNT NBR 17094-1
4) Aplica-se para motor sem freio, execução com pés (DR... /Fl..)
5) Torque de frenagem padrão para motor IEC com freio
6) Aplica-se para motor com freio, execução com pés (DR...BE.. /Fl..)
7) Para tensão trifásica de 230 V
8) Somente em combinação com os redutores R07, RF07, R07F ou Spiroplan® W/WF/WA/WAF10
9) Freio a disco duplo (BMG122)

12 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

1200 rpm - S1
η75% CP/CN BMG.. Z0
PN IN
CN
nN
380 V
cosϕ IP/IN m JMot BR.. BG1) MB m JMot_B
Tipo do motor η100% CH/CN BE.. BGE2)
[kW] [10-4 [10-4
[rpm] [A] [%]3) [kg]4) [1/h] [Nm]5) [kg]6)
[Nm] kgm2] kgm2]
0.25 68,2 1,7 5600
DRS71S6 1100 0,79 0,71 3,2 7,8 8,1 BE05 5 10,2 9,4
2.17 67.9 1,7 12800
0.37 71,3 1,9 5280
DRS71M6 1100 1,09 0,72 3,5 9,1 11,7 BE1 10 11,7 13,0
3.21 70.9 1,9 12000
0.55 73.9 1,8 4800
DRS80S6 1120 1,6 0,71 3,9 11,5 14,9 BE2 10 15,2 19,4
4.69 73.3 1,8 11200
0.75 82.5 2,4 2800
DRE90L6 1145 2.2 0,64 5,1 21,4 43,4 BE2 55 26,0 48,1
6.25 82.4 2,4 6400
1.1 81.9 2,1 2800
DRE90L6 1125 3,0 0,69 4,5 21,4 43,4 BE2 55 26,0 48,1
9.34 80.5 2,1 6400
1.5 84.2 2,9 -
DRE100L6 1140 4,0 0,68 5,1 29,0 67,8 BE5 55 34,9 73,8
12.6 83.5 2,6 4800
2,2 85.0 2,0 -
DRE100LC6 1150 5.4 0,73 5,4 31,2 89,8 BE5 55 37,1 95,8
18,3 83.9 1,9 4000
2,2 86.9 2,1 -
DRE112M6 1160 5,2 0,74 6,0 41,3 145 BE5 55 48,5 149,8
18.1 86.2 1,7 3200
3 86.4 2,0 -
DRE112M6 1150 7,1 0,75 5,4 41,3 145 BE5 55 48,5 149,8
24,9 85.0 1,6 3200
3,7 88.6 2,9 -
DRE132M6 1170 9,0 0,71 6,9 60,0 250 BE11 110 74,5 260,5
30,2 88.1 2,6 2640
4,5 88.4 2,6 -
DRE132M6 1160 10,6 0,73 6,3 60,0 250 BE11 110 74,5 260,5
37 87.6 2,3 2640
5.5 89.6 2,0 -
DRE132MC6 1170 12,4 0,75 6,5 63,0 337 BE11 110 77,5 347,5
44.9 89.0 1,7 2320
5.5 88.3 2,2 -
DRE160S6 1165 13,7 0,7 6,0 79,5 520 BE11 110 98,2 541,9
45.1 88.0 2,0 2160
7.5 89.4 2,1 -
DRE160M6 1160 17.3 0,74 5,6 88,5 633 BE11 200 107,2 654,9
61.7 88.6 1,8 2160

Motores da classe de alto rendimento

1) Operação com sistema de controle do freio BG


2) Operação com sistema de controle do freio BGE
3) Rendimento conforme norma ABNT NBR 17094-1
4) Aplica-se para motor sem freio, execução com pés (DR... /Fl..)
5) Torque de frenagem padrão para motor IEC com freio
6) Aplica-se para motor com freio, execução com pés (DR...BE.. /Fl..)

* Para informações adicionais ou acessórios, favor consultar os capítulos "Plane-


jamento de projeto para motores CA" e "Formas construtivas, dados técnicos e
dimensionais do motor CA" do Catálogo de Motoredutores (1054 1780/BP), ou
contactar a SEW.

Observações:
1 Dados técnicos sujeitos à alteração sem prévio aviso.
2 Potências acima de 225 kW, favor consultar a SEW.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 13


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.2 Motores de alto rendimento


O uso racional de energia elétrica é um tema que a cada dia se torna mais importante
e vem sendo uma tendência dentro do mundo industrial.
Com o intuito de conscientizar a população sobre a importância deste tema, a ELETRO-
BRAS criou o PROCEL que é o Programa Nacional de Conservação de energia Elétri-
ca, visando elevar os níveis de rendimento dos motores elétricos assíncronos trifásicos.
Os níveis de rendimento são determinados pela norma ABNT NBR 17094-1 e, a partir
de 08 de dezembro de 2009, entrará em vigor a Portaria Interministerial 533. De acordo
com essa portaria, só será permitido a comercialização no Brasil de motores que atual-
mente são classificados como Alto Rendimento.
A SEW-EURODRIVE, líder em acionamentos, desenvolveu a linha de motores DR que
atende plenamente os valores estabelecidos pela norma.

2.3 Proteção anticorrosiva e para superfície externa


Informação geral A SEW-EURODRIVE oferece vários métodos de proteção opcionais para operação dos
motores, sob condições ambientais especiais.
As medidas de proteção compreendem dois grupos:
• Proteção KS anticorrosiva
• Proteção OS para superfície externa
Para os motores, é oferecida proteção otimizada, através da combinação da proteção
KS anticorrosiva e da proteção OS para superfície externa.
Além disso, também são possíveis métodos de proteção especiais para os eixos de saí-
da.

Proteção KS anticorrosiva
A proteção KS anticorrosiva para motores, é feita conforme descrição abaixo:
• Todos os parafusos de retenção que são removidos na operação, são feitos de aço
inoxidável.
• As placas de identificação são feitas de aço inoxidável.
• Vários componentes do motor são fornecidos com pintura de proteção.
• As superfícies de contato do flange e as pontas de eixo são tratadas com um agente
para prevenção da oxidação.
• Medidas adicionais para motores com freio.
Uma etiqueta adesiva "PROTEÇÃO ANTICORROSIVA" na calota do ventilador, indica
que foi aplicado um tratamento especial.

Motores com ventilação forçada não podem ser fornecidos com proteção KS
anticorrosiva.

14 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2.4 Informação Geral sobre o Planejamento de Projeto


2.4.1 Padrões e normas
Conformidade Os motores e os motores com freio CA da SEW-EURODRIVE estão em conformidade
com as normas com a norma NBR 17094-1 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e de
acordo com a Lei 10.295 que estabelece a regulamentação específica e define os níveis
mínimos de eficiência energética de motores elétricos trifásicos de indução rotor gaiola
de esquilo, de fabricação nacional ou importados para comercialização ou uso no Bra-
sil.

INMETRO
Os motores e os motores com freio da SEW-EURODRIVE estão etiquetados e em con-
formidade com as exigências estabelecidas pelo INMETRO, com relação ao seu rendi-
mento e fator de potência.

Motores com
economia de SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA
energia A SEW-EURODRIVE, líder nacional e mundial em acionamentos, tradicional fabricante
de motores para acoplamento direto a redutores, é integrante do PROCEL - Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica, que tem por finalidade estimular a fabri-
cação e a comercialização de equipamentos mais eficientes no país.
Os motores e os motores com freio da SEW-EURODRIVE concorrem anualmente ao
Selo PROCEL de Economia de Energia. Você poderá comprovar a qualidade de nos-
sos motores observando este selo que os acompanha.

CERTIFICAÇÃO UL
Os motores e os motores com freio da SEW-EURODRIVE possuem a certificação UL,
que permite a comercialização de motores completos, acoplados ou não aos redutores
SEW-EURODRIVE para o mercado Norte Americano e Canadense.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 15


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Dados nominais Os dados específicos de um motor CA assíncrono (motor trifásico com rotor de gaiola)
são:
• Tamanho
• Potência nominal
• Fator de duração do ciclo
• Rotação nominal
• Corrente nominal
• Tensão nominal
• Fator de potência cosϕ
• Grau de proteção
• Classe de isolação
• Classe de rendimento
Estes dados são informados na placa de identificação do motor. De acordo com a nor-
ma IEC 60034 (EN 60034), os dados da placa de identificação aplicam-se à tempera-
tura máxima ambiente de 40 °C e altitude máxima de 1000 m acima do nível do mar.

03214AXX
Figura 2: Placa de identificação do motor

Tolerâncias Conforme norma ABNT NBR 17094-1 para motores elétricos de indução trifásicos, são
admissíveis as seguintes tolerâncias na tensão nominal (aplica-se também à faixa de
tensão nominal):
Tensão e frequência Tolerância A ou tolerância B
Rendimento η η ≥ 0,851 -0.2 • (1-η)
η < 0,851 -0.15 • (1-η)

1 - cosϕ sendo 0,02 o valor mínimo


Fator de potência cosϕ - e 0,07 o valor máximo a ser
6 utilizado
Escorregamento PN < 1 kW ±30%
PN ≥ 1 kW ±20%
Corrente de partida +20%
Torque de partida (com rotor bloqueado) -15%...+25%
Torque máximo -10%
Momento de inércia ±10%

16 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Tolerância A, As tolerâncias A e B descrevem a faixa admissível, a qual a frequência e a tensão po-


tolerância B dem desviar dos respectivos pontos nominais. O centro das coordenadas identificado
com "0" indica os pontos para frequência e tensão nominais, respectivamente.
ΔV [%]
+10

B
+5
A
+3
Δf [%]
-5 -2 0 +2 +3

-3

-5
-7

-10
59771AXX
Figura 3: Faixas de tolerância A e tolerância B

Na faixa de tolerância A, o motor deve ser capaz de fornecer o torque nominal em re-
gime contínuo (S1). Os outros valores característicos e o desenvolvimento de calor po-
dem desviar um pouco dos valores de tensão e frequência nominais.
Na faixa de tolerância B, o motor deve ser capaz de fornecer o torque nominal mas não
em regime contínuo. O aumento na temperatura e desvios dos dados nominais são
mais altos do que na faixa de tolerância A. Evitar operação frequente do motor nos limi-
tes de tolerância faixa B.

Subtensão Os valores de catálogo como potência, torque e rotação não podem ser alcançados, no
caso de subtensão ou subdimensionamento dos cabos de alimentação do motor. Isto
vale especialmente na operação de partida do motor, em que a corrente de partida
equivale a um múltiplo da corrente nominal.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 17


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.4.2 Chaves e dispositivos de proteção


Medidas EMC Os motores CA, motores com freio CA e MOVIMOT® da SEW-EURODRIVE são
componentes para instalação em máquinas e sistemas. O fabricante da máquina ou do
sistema é responsável pela conformidade com a EMC Directive 89/336/EEC. Para in-
formação detalhada sobre este tópico, consultar o manual "Drive Engineering - Practical
Implementation, Electromagnetic Compatibility (EMC) in Drive Engineering". Para infor-
mação específica sobre o MOVIMOT®, consultar o manual de sistema "Drive System
for Decentralized Installation".

Operação da rede Os motores (freio) CA da SEW-EURODRIVE instalados na rede, utilizados em aplica-


ções de regime contínuo, atendem as normas básicas EMC EN 50081 e EN 50082.

Operação de Favor tomar medidas adequadas para supressão de interferência no aparelho de dis-
chaveamento tribuição, se o motor for utilizado em operação de chaveamento.

Operação do Favor consultar as instruções de instalação e EMC fornecidas pelo fabricante do


conversor conversor, considerando a operação do conversor.
Favor observar também a informação na seção "Planejamento de projeto para motores
CA acionados por conversor" a partir da pág. 742 do catálogo de Motoredutores, assim
como as seguintes orientações de planejamento de projeto:

Motores com freio Instalar os cabos do freio dos motores com freio, separadamente dos outros cabos de
para instalação no potência, mantendo uma distância mínima de 200 mm. A instalação comum somente é
conversor admissível se o cabo do freio ou o cabo de potência for blindado.

Conexão do Favor observar as instruções a seguir, para conexão do tacômetro:


tacômetro para • Utilizar somente cabos blindados com condutores trançados aos pares.
instalação no
conversor • Conectar a blindagem ao PE em ambos os lados, com grande área de contato.
• Instalar os cabos de encoder separadamente dos cabos de potência ou cabos do
freio (distância mínima 200 mm).
Favor observar também a informação na seção "Informação sobre o planejamento de
projeto para motores CA com conversores" na pág. 742 do catálogo de Motoredutores.
Coeficiente de Instalar o cabo de conexão do coeficiente de temperatura positivo (PTC) termistor TF,
temperatura posi- separadamente dos outros cabos de potência, mantendo um espaço mínimo de 200
tivo (PTC) conexão mm. A instalação comum somente é admissível se o cabo TF ou o cabo de potência for
do termistor TF no blindado.
conversor

Proteção Selecionar o dispositivo de proteção correto é um fator significativo na determinação da


do motor segurança operacional do motor. A diferença é feita entre os dispositivos de proteção
que dependem da corrente e os que dependem da temperatura do motor. Os dispositi-
vos de proteção que dependem da corrente incluem fusíveis ou chaves de proteção do
motor.
Os dispositivos de proteção que dependem da temperatura são termistores PTC ou
chaves bimetálicas (termostatos) no enrolamento. Os termistores PTC ou as chaves bi-
metálicas são ativados quando a temperatura máxima admissível do enrolamento é al-
cançada. A vantagem é que as temperaturas são medidas onde elas aparecem.

18 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Chaves As chaves de proteção do motor são adequadas contra sobrecarga, em operação nor-
de proteção mal com baixo número de partidas, rápidas colocações em operação e correntes de
partida que não são excessivas. A chave de proteção do motor é ajustada à corrente
nominal do motor.
As chaves de proteção do motor não são adequadas como único dispositivo de pro-
teção indicado na operação de chaveamento com alto número de partidas (> 60 por h)
e alta inércia de partida. Nestes casos, recomendamos utilizar também um coeficiente
de temperatura positivo (PTC) termistor TF.

PTC termistor TF Três coeficientes de temperatura positivos termistores TF (PTC, curva característica
conforme DIN 44080) são conectados em série no motor e conectados da caixa de li-
gação à entrada TF/TH do conversor ou à um contato para liberação no painel elétrico.
A proteção do motor com coeficiente de temperatura positivo (PTC) termistor TF ofe-
rece proteção total contra sobrecarga térmica. Os motores protegidos desta maneira,
podem ser utilizados com alta inércia de partida, operação de comutação e frenagem,
assim como com sistemas flutuantes. Normalmente, uma chave de proteção para motor
também é utilizada além do TF. A SEW-EURODRIVE recomenda utilizar sempre mo-
tores montados com TF para operação do conversor.

Termostato TH As três chaves bimetálicas TH, conectadas em série no motor, são presas diretamente
no circuito de monitoração do motor na caixa de ligação.

Temperatura A proteção térmica do motor é realizada pelos sensores de temperatura TF ou pelas


de ativação chaves bimetálicas TH embutidos na ponta do enrolamento dos motores. A temperatura
de ativação é um pouco mais baixa do que o valor limite da classe de isolação para al-
cançar a proteção máxima do motor. O sensor de temperatura TF e a chave bimetálica
TH são disponíveis com as seguintes temperaturas de ativação:
Temperatura de ativação
Classe de isolação (Temperatura de resposta do TF)
(Temperatura de resposta do TH)
155 (F) 150 °C
180 (H) 170 °C

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 19


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Sensor de Os sensores de temperatura KTY são utilizados para determinar a temperatura no local
temperatura KTY de instalação e normalmente é medida na bobinagem.
Nos conversores modernos, altamente dinâmicos, a temperatura do modelo do motor
acoplado no conversor (procedimento semelhante ao CFC) é corrigida para alcançar
propriedades dinâmicas mais altas.

Fusíveis Os fusíveis não protegem o motor contra sobrecarga. Eles são utilizados exclusiva-
mente para proteção contra curto-circuito.

Vários dispositivos A tabela abaixo mostra a qualificação dos vários dispositivos de proteção para forneci-
de proteção mento com diferentes causas de ativação.
= Sem proteção térmica Sensor de
Chave bime- Chave de
= Proteção do motor limitada (requer verificação) temperatura
tálica (TH) proteção
= Proteção térmica total (TF)
Operação contínua no limite de carga, um pouco de
sobrecarga presente constantemente (máx. 200 % IN)
Partida pesada
Motor bloqueado
Operação de chaveamento (nº de ciclos muito alto)
Falta de fase
Oscilação de tensão e frequência
Falha na ventilação forçada

Comutação segura de indutâncias


Verificar as seguintes observações para comutação de indutâncias:

• Comutação dos motores com rotações baixas.


Durante a comutação de um motor com baixa rotação e com fiação desfavorável,
podem aparecer picos de tensão. Estes picos de tensão podem causar danos nos
enrolamentos e contatos. Por este motivo, recomendamos a instalação de varistores
nos circuitos de alimentação.

• Comutação das bobinas de freio.


Os varistores devem ser utilizados para evitar sobretensões causadas por opera-
ções de chaveamento no circuito CC dos freios a disco.
Os sistemas de controle do freio da SEW-EURODRIVE são fornecidos com varis-
tores. Para comutação das bobinas de freio, utilizar contatores na categoria de uti-
lização AC3 ou conforme EN 60947-4-1.

• Circuito de proteção nos dispositivos de comutação.


Conforme norma EN 60204 (Electrical Equipment of Machines), as bobinagens do
motor devem ter supressão de interferência para proteger os controladores lógicos
numéricos ou programáveis. Recomendamos a utilização de dispositivos de pro-
teção nos contatores, uma vez que o chaveamento é a principal fonte de interferên-
cias.

20 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2.4.3 Exemplos de denominação do tipo para motores (freio) CA série DR

DRS 90M 4 BE2 /FT /TF /IS

Conector IS opcional

Sensor de temperatura TF opcional

Característica adicional flange IEC motor com


roscas (/FT)

Freio BE2 opcional

Tamanho 90M e 4 pólos

Motor DRS padrão

DRE 90M 4 BE2 /FI /TF / ES7S

Encoder com eixo oco opcional, sinais sen/cos

Sensor de temperatura TF opcional

Característica adicional IEC, motor execução com


pés, dimensões métricas (/FI)

Freio BE2 opcional

Tamanho 90M e 4 pólos

Motor DRE de alto rendimento

DRS 71S 4 /FM /RS /Z /C

Chapéu de proteção C opcional

Massa de inércia adicional Z (ventilador pesado)

Contra recuo RS opcional

Característica adicional para acoplamento em


redutor linha 7, com pés IEC (/FM)

Tamanho 71S e 4 pólos

Motor DRS padrão

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 21


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.5 Descrição dos Motores CA Série DR


2.5.1 Motores / motores de alto rendimento
O motor série DR é disponível em três níveis de rendimento. São eles:
• DRS Standard (Padrão) em EFF2 (ou IE1)1
• DRE Motor Energy efficient em EFF1 ou alto rendimento (ou IE2)1)
• DRP Motor de alto rendimento em Premium (ou IE3)1)

Motores SEW de alto rendimento fazem uso de todos os opcionais


A SEW-EURODRIVE já está utilizando, há mais de cinco anos, rotores com gaiola de
cobre fundido para motores de alto rendimento.
As vantagens desta tecnologia inovadora de cobre utilizada na nova série de motores
DR são benéficas a todos os aspectos do motor.
A estrutura que é otimizada em tamanho e material leva em consideração pela primeira
vez a combinação dos motores padrão, motores de alto rendimento e motores premium
em uma série.
Isto quer dizer que diferentes tipos de motor são coisa do passado, assim como dife-
rentes características e opcionais adicionais.

Operação do O motor DR pode ser combinado sem restrições com os conversores de frequência
conversor MOVIDRIVE®, MOVITRAC®, MOVIFIT® e MOVIMOT®.

2.5.2 Tipos de saída dos motores


Motor execução com pés
Denominação /FI
do tipo Motor SEW com pés IEC e tampa lado A

Descrição O motor execução com pés /FI é projetado como um motor com ponta de eixo e pés
conforme norma IEC. As dimensões do eixo e dos pés para motores 4 pólos são pro-
jetadas por meio da potência do motor DRS.
São disponíveis diferentes dimensões de pés e eixo para motores com exigências de
rendimento (DRE, DRP).
De acordo com a norma EN50347, cada potência nominal é atribuída a altura corres-
pondente do eixo. Alguns motores DR levam em consideração a implementação de
uma potência nominal maior em um tamanho menor (por ex. DRS100LC4 com 4 kW).
Se uma aplicação necessita a altura do eixo em conformidade com a norma EN, o motor
pode ser equipado com outra altura do pé.
Se a potência atribuída ao motor difere da norma EN50347, a altura do eixo será
indicada na denominação do tipo. Por exemplo DRS100LC4/FI112M.

1. conforme IEC2/1464/CDV para IEC60034-30

22 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Motoredutor linha 7
Denominação /FG
do tipo Para os motores vendidos isoladamente com preparação para montagem a um redutor
é atribuída a denominação /FG. Esta denominação é eliminada se o motor estiver mon-
tado com o redutor (como motoredutor convencional).

Descrição O motor execução com flange /FG é a versão de montagem do redutor ao motor. As
dimensões do flange são implementadas de acordo com as normas de trabalho SEW
para montagem do redutor.
A ponta do eixo pinhão é dimensionada baseada na potência do motor DRS ou DRE.

Motor execução com flange IEC com furos de centração


Denominação /FF
do tipo Motor flange IEC com furos de centração

Descrição O tipo /FF é, por exemplo, comparável ao tipo B5 IEC. As dimensões do flange para
motores 4 pólos com nível de rendimento padrão (DRS) são projetadas de acordo com
a norma.
Os motores com nível de rendimento aumentado (DRE e DRP) têm os flanges da
versão DRS. No entanto, são possíveis dimensões diferentes da IEC (/FL).
Denominação opcional na confirmação do pedido conforme norma EN 50347 com cír-
culo de furo em vez de diâmetro externo.

Motor execução com flange IEC com roscas


Denominação /FT
do tipo Motor execução com flange IEC com roscas

Descrição Este tipo é, por exemplo, comparável ao tipo B14 IEC.


As dimensões do flange para dimensões do eixo de motores 4 pólos com nível de ren-
dimento padrão (DRS) são projetadas de acordo com a norma EN 50 347 2001.
Outras dimensões do eixo são disponíveis para motores de alto rendimento ou para mo-
tores de potência aumentada com rotor de cobre.

Motor execução com flange (diferente da IEC)


Denominação /FL
do tipo Motor execução com flange com dimensões diferentes da IEC

Descrição Este motor execução com flange é um tipo diferente da IEC.


O opcional /FL permite ao cliente escolher um flange IEC que não corresponde à potên-
cia atribuída ao motor (ver seleção do flange padrão IEC /FF).
O rebaixo não está localizado necessariamente no nível da superfície de contato do
parafuso do flange.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 23


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Motor execução com flange "C"


Denominação /FC
do tipo

Descrição O motor execução com flange "C" é um tipo de motor com furos roscados no flange
(tampa lado A), semelhante a um tipo FT (B14).
As dimensões do flange e do eixo para motores DRS 4 pólos com nível de rendimento
padrão são projetadas em conformidade com a norma NEMA (em polegadas).

Motoredutor linha 7 com pés


Denominação /FM
do tipo Motor para linha 7 com pés
Somente os motores vendidos isoladamente com preparação para montagem a um
redutor, é atribuída a denominação /FM. Esta denominação é eliminada se o motor es-
tiver montado com o redutor.
Descrição /FM é a versão de montagem do redutor ao motor com pés. É a combinação dos opcio-
nais /FG e /FI.
As dimensões do flange são implementadas de acordo com as normas de trabalho
SEW para montagem do redutor.
A ponta do eixo pinhão é dimensionada baseada na potência do motor DRS ou DRE.

Motor execução com pés / flange


Denominação /FE
do tipo Motor com flange e pés conforme IEC

Descrição O motor execução com pés e flange é um tipo IEC e é, por exemplo, comparável ao tipo
B35 IEC. As dimensões do flange e pés para motores 4 pólos com nível de rendimento
padrão (DRS) são projetadas de acordo com a norma.
Os motores com níveis de rendimento mais altos e os motores com potência aumenta-
da com rotor de cobre têm as mesmas dimensões dos pés e do eixo do DRS.

Motor IEC execução com flange com roscas e pés


Denominação /FY
do tipo Motor IEC execução com flange com roscas e pés

Descrição O tipo /FY é, por exemplo, comparável ao tipo B34 IEC. É uma combinação dos tipos /
FT e /FI.
As dimensões do flange e do eixo para motores de 4 pólos com nível de rendimento
padrão (DRS) são projetadas em conformidade com a norma EN50347 2001.

24 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2.6 Característica opcional - Sensor de temperatura / sensível à temperatura


Proteção térmica do motor com resistor PTC
Denominação /TF
do tipo
Descrição A proteção térmica impede o motor de sobreaquecer e consequentemente de ser dani-
ficado. O TF é um termistor triplo. Há um TF em cada fase do motor.
O TF tem classes de isolação 155 (F) e 180 (H).
Consiste de um resistor cuja resistência aumenta com a elevação da temperatura.

Proteção térmica do motor com contato bimetálico "Contato NF"


Denominação /TH
do tipo
Descrição A proteção térmica impede o motor de sobreaquecer e consequentemente de ser dani-
ficado. As duas classes de isolação maiores 155 (F) e 180 (H) são monitoradas. O TH
tem uma estrutura tripla, que significa que cada fase do motor contém um contato ter-
mostato NF, que é conectado em série.
O TH consiste de um contato bimetálico que ativa quando uma certa temperatura é al-
cançada e abre o contato. A conexão a um sistema controlador ou de realimentação
assegura que o motor será desligado. Quando o motor esfria, ele não volta imediata-
mente à temperatura de comutação nominal (NST) mas somente após aprox. 40 K
abaixo da temperatura de comutação nominal (reset temperatura RST).

Informação térmica do motor com KTY84 - 130


Denominação /KY
do tipo
Descrição Este tipo identifica a temperatura do motor continuamente utilizando um sensor semi-
condutor para processamento adicional no conversor / controlador.
A opção com um KY não substitui a proteção padrão do motor utilizando TF e TH.
O conversor + o opcional /KY somente podem assumir a função de proteção do motor
quando ele for utilizado em combinação com um conversor que contém o modelo tér-
mico do motor.

Informação térmica do motor com PT100


Denominação /PT
do tipo
Descrição Este tipo identifica a temperatura do motor continuamente utilizando um sensor de plati-
na linear para processamento adicional no conversor / controlador.
Ao contrário do sensor semicondutor KTY, o sensor de platina tem uma curva
característica quase linear e é mais preciso.
O tipo com /PT não substitui a proteção padrão do motor utilizando /TF ou /TH.
O conversor + o opcional /PT somente podem assumir a função de proteção do motor
quando ele for utilizado em combinação com um conversor que contém o modelo tér-
mico do motor. É instalado o seguinte:
• 1 sensor
• 3 sensores (um por fase)

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 25


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.7 Informação de Planejamento de Projeto para motores CA Série DR


2.7.1 Características elétricas
Adequado para operação com conversor
Os motores (freio) CA série DR podem ser operados nos conversores devido a alta
qualidade de bobinagem que eles são equipados.

Frequência Os motores CA da SEW-EURODRIVE são projetados para uma frequência da rede de


60 Hz ou 50 Hz, sob consulta. Como padrão, os dados técnicos neste catálogo referem-
se a frequência da rede de 60 Hz.
Caso queira operar motores com frequência da rede de 60 Hz e 50 Hz, consultar a
SEW-EURODRIVE.

Tensão do motor Os motores CA no projeto padrão e de alto rendimento são disponíveis para tensões
nominais de 220 - 720 V.
Os motores com potência nominal até 5.5 kW normalmente são disponíveis nos
seguintes projetos:
• Na faixa de tensão 220 - 240 V / 380 - 415 V, 50 Hz
• ou na tensão nominal 220 / 380 V, 60 Hz.
Os motores com potência nominal de 7.5 kW normalmente são disponíveis nos
seguintes projetos:
• Na faixa de tensão 380 - 415 V / 660 - 720 V, 50 Hz
• ou na tensão nominal 380 / 660 V, 60 Hz.
Se não especificado no pedido, os motores são projetados nas tensões mencionadas
acima.
As outras tensões opcionais do motor disponíveis, são indicadas na tabela abaixo.
Para rede de ali- As tensões padrão são:
mentação 50 Hz
Motores Tamanhos de motor até 5.5 kW Tamanhos de motor de 7.5 kW
Padrão DRS71...132S DRS132M...225MC DRS315K...315L
Alto rendimento DRE80...132M DRE132MC...225MC DRE315K...315L
Premium DRP90...160S DRP160MC...225MC DRP315K...315L
Motores 4 pólos,
Faixa de tensão 220 - 240 / 380 - 415 VCA Δ/댴 380 - 415 / 660 - 720 VCA Δ/댴
230 / 400 VCA Δ/댴 -
290 / 500 VCA Δ/댴 290 / 500 VCA Δ/댴
Tensão nominal
400 / 690 VCA Δ/댴 400 / 690 VCA Δ/댴
CA 500 / - Δ/댴 CA 500 / - Δ/댴
Ventilação forçada
1 × 230 - 277 VCA Δ (com capacitor) -
Faixa de tensão 3 × 200 - 290 VCA Δ 3 × 200 - 290 VCA Δ
3 × 346 - 500 VCA 댴 3 × 346 - 500 VCA 댴

Os motores e freios para 230 / 400 VCA e os motores para 690 VCA também podem ser
operados na rede de alimentação com tensão nominal de 220 / 380 VCA ou 660 VCA
respectivamente. Os dados dependentes da tensão, são um pouco diferentes.
Os dados técnicos do motor tamanho DR.315 referem-se somente a tensão nominal de
400 / 690 V. Para outras tensões, favor consultar a SEW-EURODRIVE.

26 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Conexões padrão
motores de 50 Hz Número
Rotação síncrona nsyn em 50 Hz [rpm] Conexão
de pólos
4 1500 댴;Δ/댴

Motor de 50 Hz na Os dados nominais dos motores projetados para rede de alimentação de 50 Hz são um
rede de alimenta- pouco diferentes, quando estes motores são operados em rede de 60 Hz.
ção de 60 Hz Dados nominais modificados
Tensão do motor U [V] em
Conexão do motor
em 50 Hz 60 Hz nN PN MN MA/MN
230 / 400 VCA Δ/댴 Δ 220 +20% 0% -17% -17%
230 / 400 VCA Δ/댴 댴
440 +20% +20% 0% 0%
400 / 690 VCA Δ/댴 Δ

Caso queira operar motores projetados para rede de alimentação de 50 Hz com rede
de alimentação de 60 Hz, favor consultar a SEW-EURODRIVE.

Para rede de ali- As tensões padrão são:


mentação 60 Hz
Motores Tamanhos de motor até 5.5 kW Tamanhos de motor de 7.5 kW
Padrão DRS71...132S DRS132M...225MC DRS315K...315L
Alto rendimento DRE80...132M DRE132MC...225MC DRE315K...315L
Premium DRP90...160S DRP160MC...225MC DRP315K...315L
Motores 4 pólos,
Faixa de tensão 220 - 240 / 380 - 415 VCA Δ/댴 380 - 415 / 660 - 720 VCA Δ/댴
220 / 380 VCA Δ/댴 -
Tensão nominal 380 / (660) VCA Δ/댴 380 / (660) VCA Δ/댴
440 VCA Δ/댴 440 VCA Δ/댴
Ventilação forçada
1 × 230 - 277 VCA Δ (com capacitor) -
Faixa de tensão 3 × 200 - 290 VCA Δ 3 × 200 - 290 VCA Δ
3 × 346 - 500 VCA 댴 3 × 346 - 500 VCA 댴

Conexões padrão
motores de 60 Hz Número
Rotação síncrona nsyn em 60 Hz [rpm] Conexão
de pólos
4 1800 Δ / 댴 ; 댴댴 / 댴

Motor de 60 Hz na Os dados nominais dos motores projetados para rede de alimentação de 60 Hz são um
rede de alimenta- pouco diferentes, quando estes motores são operados em rede de 50 Hz.
ção de 50 Hz Dados nominais modificados
Tensão do motor U [V] em
Conexão do motor
em 50 Hz 50 Hz nN PN MN MA/MN
220 / 440 VCA 댴댴 /댴 댴 400 -17% -17% 0% 0%

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 27


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.7.2 Características térmicas


Classificação térmica conforme norma IEC 60034-1 (EN 60034-1)
Os motores/motores com freio CA de uma polaridade possuem classe de isolação 155
(F) padrão. As classes de isolação 130 (B) ou 180 (H) são disponíveis sob consulta.
A tabela abaixo indica as sobretemperaturas conforme IEC62114 e IEC 60034-1 (EN
60034-1).
Classe de isolação
Limite máximo admissível de temperatura [K]
Antiga Nova
B 130 80 K
F 155 105 K
H 180 125 K

Redução da potência
A potência nominal PN de um motor depende da temperatura ambiente e da altitude. A
potência nominal indicada na placa de identificação aplica-se a uma temperatura am-
biente de 40 °C e uma altitude máxima de 1000 m acima do nível do mar. A potência
nominal deve ser reduzida, conforme fórmula a seguir, para temperaturas ambiente ou
altitudes maiores:
PNred = PN • fT • fH

Motores CA Consultar os diagramas abaixo para fatores fT e fH nos motores CA:


fT fH
1.0 1.0

0.9 0.9

0.8 0.8

0.7 0.7

30 40 50 60 ϑ [°C] 1000 2000 3000 4000 H [m]


00627BXX
Figura 4: Redução de potência dependendo da temperatura ambiente e da altitude

ϑ = Temperatura ambiente
H = Altitude acima do nível do mar

28 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Tipos de regime Os tipos de regime a seguir são definidos conforme IEC60034-1 (EN60034-1):
Tipo de
Explicação
regime
Regime contínuo: Funcionamento à carga constante; duração suficiente para que o
S1
motor atinja o equilíbrio térmico.
Operação rápida: Funcionamento à carga constante durante um tempo determinado,
S2 seguido por um tempo de repouso. O motor volta à temperatura ambiente durante o
período de repouso.
Operação intermitente: A corrente de partida não afeta significativamente o aumento da
temperatura. Caracterizada por uma sequência de ciclos de regime idênticos, cada um
S3
incluindo um tempo de operação em carga constante e um tempo em repouso. Descrito
pelo "fator de duração do ciclo (ED)" em %.
Operação intermitente: A corrente de partida afeta o aumento da temperatura. Carac-
terizada por uma sequência de ciclos idênticos, cada um incluindo um tempo de ope-
S4...S10
ração em carga constante e um tempo em repouso. Descrito pelo "fator de duração do
ciclo (ED)" em % e pelo número de ciclos por hora.

O regime contínuo S1 é adotado normalmente para operação com conversor. No caso


de um alto número de ciclos por hora, é necessário adotar a operação intermitente S9.

03135AXX
Figura 5: Tipos de regime S1, S2 e S3

Fator de duração O fator de duração do ciclo (ED) é a relação entre o tempo em carga e a duração do
do ciclo (ED) ciclo. A duração do ciclo é a soma de tempos de operação e tempos em repouso e de-
senergizado. A duração do ciclo tem um valor tipicamente definido de dez minutos.

SOMADOSTEMPOSEMCARGAT T T


%$  s;=
DURA¥ÎODOCICLO4

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 29


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Fator de aumento Caso seja especificado o contrário, a potência nominal do motor aplica-se ao regime
da potência K tipo S1 (100 % ED) conforme norma IEC60034 (EN60034). Se um motor projetado para
S1 e 100 % ED for operado no modo S2 "operação rápida" ou S3 "operação intermi-
tente", a potência nominal pode ser multiplicada pelo fator de aumento da potência K
especificado na placa de identificação.
Fator de aumento
Tipo de regime
da potência K
60 min 1.1
S2 Tempo de operação 30 min 1.2
10 min 1.4
60% 1.1
40% 1.15
S3 Fator de duração do ciclo (ED)
25% 1.3
15% 1.4
Para a determinação da potência nominal e do regime de serviço,
devem ser especificados: o número e o tipo de ciclos por hora, o tempo
S4...S10 de partida, o tempo em carga, o tipo de frenagem, o tempo de frena- Sob consulta
gem, o tempo parado, a duração do ciclo, o período em repouso e a
potência exigida.

Favor consultar a SEW-EURODRIVE, com informação exata sobre os dados técnicos,


no caso de torques resistentes elevados e altos momentos de inércia (alta inércia de
partida).

2.7.3 Número de partidas


Cada motor é dimensionado conforme a sua utilização térmica. Em muitas aplicações
o motor é ligado somente uma vez (S1 = regime contínuo = 100 % ED). A potência exi-
gida calculada com base no torque de carga da máquina acionada é igual à potência
nominal do motor.

Elevado número de partidas


Muitas aplicações necessitam elevado número de partidas com baixo torque resistente,
como nos sistemas de translação. Neste caso, a potência exigida não é fator decisivo
na determinação do tamanho do motor, mas o número de vezes que o motor parte. A
ligação frequente significa que a alta corrente de partida circula o tempo todo, levando
a um aquecimento desproporcional do motor. Os enrolamentos ficam sobreaquecidos
se o calor absorvido for maior do que o calor dissipado pelo sistema de refrigeração do
motor. A capacidade de carga térmica do motor pode ser aumentada, selecionando
uma classe de isolação adequada ou por meio de ventilação forçada (ver seção "Ca-
racterísticas térmicas" na página 737 do catálogo de Motoredutores).

Número de partidas em vazio Z0


A SEW-EURODRIVE especifica o número de partidas admissível de um motor como o
número de partidas em vazio Z0 em 50 % ED. Este valor indica quantas vezes por hora
o motor pode acelerar o momento de inércia do seu rotor, até a rotação sem torque re-
sistente em 50 % ED. O tempo de aceleração do motor aumentará se um momento de
inércia adicional for acelerado ou se houver um torque de carga adicional. A corrente
aumentada circula durante este tempo de aceleração. Isto significa que o motor está
sujeito à carga térmica aumentada e o número de partidas admissível é reduzido.

30 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Número de partidas admissível do motor


O número de partidas admissível Z de um motor em ciclos/hora [1h], pode ser calculado
utilizando a seguinte fórmula:
Z = Z0 × KJ × KM × KP
É possível determinar os fatores KJ, KM e KP utilizando os seguintes diagramas:
Em função do momento Em função do torque resistente Em função da potência estática e
de inércia adicional durante a aceleração do fator de duração do ciclo (ED)

00628BXX
Figura 6: Relação entre o número de partidas

Total de todos os momentos de inércia


JX = MH = Torque médio de partida
externos em relação ao eixo do motor
Potência exigida após a aceleração
JZ = Momento de inércia, ventilador pesado Pstat =
(potência estática)
JM = Momento de inércia do motor PN = Potência nominal do motor
ML = Torque resistente durante a aceleração % ED = Fator de duração do ciclo

Exemplo Motor com freio:DRS71M4 BE1


Número de partidas em vazio Z0 = 11000 c/h

1. (JX + JZ) / JM = 3,5 : KJ = 0,2


2. ML / MH = 0,6 : KM = 0,4
3. Pstat / PN = 0,6 e 60% ED : KP = 0,65

Z = Z0 × KJ × KM × KP = 11000 c/h × 0,2 × 0,4 × 0,65 = 572 c/h


A duração do ciclo é de 6,3 s, o tempo para ligar é de 3,8 s.

Número de partidas admissível do freio


Caso esteja utilizando um motor com freio, verificar se o freio está aprovado para uso
com o número de partidas desejado "Z". Favor consultar a SEW-EURODRIVE.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 31


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.7.4 Características mecânicas


Grau de proteção conforme norma EN 60034 (IEC 60034-5)
Os motores e motores com freio CA possuem grau de proteção IP54 de fornecimento
padrão. Os graus de proteção IP55, IP56, IP65 ou IP66 são disponíveis, sob consulta.
1º algarismo 2º algarismo
IP Proteção contra Proteção contra
Proteção contra água
contato acidental corpos estranhos
0 Não protegido Não protegido Não protegido
Protegido contra acesso a Protegido contra corpos
Protegido contra
1 partes perigosas com as estranhos sólidos
gotejamento de água
costas da mão ∅ 50 mm e maiores
Protegido contra corpos Protegido contra gotejamento
Protegido contra acesso a
2 estranhos sólidos de água se a carcaça estiver
partes perigosas com o dedo
∅ 12 mm e maiores inclinada até 15°
Protegido contra acesso a Protegido contra corpos
Protegido contra
3 partes perigosas com uma estranhos sólidos
pulverização de água
ferramenta ∅ 2.5 mm e maiores
Protegido contra corpos estra- Protegido contra
4
nhos sólidos ∅ 1 mm e maiores respingos de água
Protegido contra acesso a
5 Protegido contra acúmulo de pó Protegido contra jatos de água
partes perigosas com um fio
Protegido contra jatos
6 À prova de pó
de água fortes
Protegido contra imersão
7 - -
temporária na água
Protegido contra imersão
8 - -
permanente na água

Grau de vibração dos motores


Os rotores dos motores CA são balanceados dinamicamente com suas respectivas
chavetas. Os motores correspondem ao grau de vibração "A" conforme IEC 60034-
14:2003 ou grau de vibração "N" conforme DIN ISO 2373 (EN60034-14:1997). Para de-
mandas especiais de operação mecânica suave, motores de uma polaridade sem op-
cionais instalados (sem freio, ventilação forçada, encoder, etc.) são disponíveis com
baixa vibração, grau de vibração "B" conforme norma IEC 60034-14:2003 ou grau de
vibração severo "R" conforme norma DIN ISO 2373.

Para todos os Observe as informações a seguir, para todos os motoredutores da SEW-EURODRIVE.


motoredutores

Posição da caixa As posições possíveis da caixa de ligação do motor são 0°, 90°, 180° ou 270°, visto a
de ligação do partir da calota do ventilador = lado B (→ Figura 5). Uma mudança no produto padrão
motor e entrada EN 60034 especifica que as denominações a seguir, para as posições da caixa de liga-
dos cabos ção para motores com pé, deverão ser utilizadas no futuro:
• Como visto no eixo de saída = lado A
• Denominação R (right), B (bottom), L (left) e T (top)
Esta nova denominação aplica-se a motores com pés sem redutor, na forma construtiva
B3 (= M1). A denominação anterior é mantida para motoredutores. A Figura 7 mostra
ambas denominações. Onde a forma construtiva do motor muda, R, B, L e T são rota-
cionados adequadamente. Na forma construtiva B8 (= M3) do motor, T fica na parte in-
ferior.

32 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

A posição de entrada do cabo também pode ser selecionada. As posições são "X"
(= posição normal), "1", "2" ou "3" (→ Figura 7).

270°
X
T
2 2

3 1 0° R L 180° 1 3

X X
0° (L) X B X 0° (R)

90°

60500AXX
Figura 7: Posição da caixa de ligação e entrada do cabo

A menos que outra informação seja indicada, será fornecido a caixa de ligação tipo 0°
(R) com entrada dos cabos "X". Recomendamos selecionar a entrada do cabo "2" com
forma construtiva M3.

• Quando a caixa de ligação estiver na posição 90° (B), verificar se o motoredutor


precisa ser apoiado.

Software de apoio Nem toda posição da entrada do cabo [X, 1, 2, 3] e posição da caixa de ligação [ 0°(R),
90°(B), 180°(L), 270°(T)] pode ser escolhida. Algumas características adicionais para o
motor necessitam uma conexão dentro da caixa de ligação, que significa que esta caixa
de ligação é maior do que a caixa de ligação padrão devido aos espaçamentos de nor-
ma e distâncias de isolação entre os cabos. As folhas de dimensionais representam so-
mente a caixa de ligação padrão.
Para uma verificação minuciosa das posições possíveis do seu acionamento, pode-se
utilizar o software DRIVECAD no DriveGate na website da SEW-EURODRIVE.
• Caso já tenha um usuário do DriveGate registrado:
https://portal.drivegate.biz/drivecad
• Caso ainda não tenha um usuário do DriveGate registrado: www.sew-eurodrive.de
→ DriveGate login

Massa de inércia adicional


Denominação do /Z
tipo
Descrição O ventilador pesado é utilizado em vez do ventilador PVC ou alumínio. Ele aumenta o
momento de inércia do rotor para que o motor responda mais suave aos torques de
aceleração ou frenagem.
O motor pode ser equipado com massa de inércia adicional Z, ventilador pesado, para
alcançar comportamento suave de partida e frenagem dos motores operados em rede.
O ventilador dá ao motor um momento de inércia JZ adicional.
O ventilador pesado substitui o ventilador padrão, as dimensões externas do motor per-
manecem as mesmas. Ele pode ser instalado nos motores com e sem freio.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 33


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Observe os seguintes pontos:


• Verificar o número de partidas. Multiplicar o número de partidas em vazio Z0 permi-
tido, pelo fator 0,8 ou utilizar ventilação forçada.
• Utilizar o momento de inércia total Jtot = Jmot + JZ no lado do motor.
• Não são permitidas longas frenagens e movimentos contrários.
• Não disponível no grau de vibração B.

JZ JMot JMot + JZ Peso


Para motor
[10-4 kgm2] [10-4 kgm2] [10-4 kgm2] [kg]
DR.71S4 4.9 26.2
21.3 1.3
DR.71M4 7.1 28.4
DR.80S4 14.9 52.8
37.9 1.8
DR.80M4 21.4 59.3
DR.90M4 35.4 135.4
100 3.4
DR.90L4 43.7 143.7
DR.100M4 135 56.0 191.0 3.5
DR.100L4 68.3 218.3
150 3.8
DR.100LC4 89.8 239.8
DR.112M4 146 346
200 4.5
DR.132S4 190 390
DR.132M4 253 553
300 6.4
DR.132MC4 342 642
DR.160S4 361 861
DR.160M4 500 436 936 7.3
DR.160MC4 595 1095

Ventilador de alumínio
Denominação do /Al
tipo
Descrição O ventilador de alumínio é utilizado em vez do ventilador de PVC se a temperatura am-
biente esperada exceder +60 °C ou for inferior a –20 °C.
Ele será ajustado como padrão para motores ATEX categorias 2 e 3 (/2GD e /3GD), tão
logo for obtida a certificação ATEX para os motores DR.

Temperatura: -40 °C até +100 °C


O uso do ventilador de alumínio é obrigatório se o limite superior ou inferior da faixa de
temperatura permitida do ventilador de PVC de –20 °C até +60 °C for excedida.

Temperatura -40 -20 0 20 40 60 80 100


ambiente [°C]

Ventilador de PVC
Ventilador de alumínio

34 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Momentos de inércia do ventilador de alumínio:


Motor JAL mAL JMot JPA JMot + JAL Relação
10-4 kgm² kg 10-4 kgm² 10-4 kgm² 10-4 kgm² %
DR.71S 4,9 7,26 148
2,69 0,18 0,33
DR.71M 7,1 9,46 133
DR.80S 14,9 18,4 124
4,50 0,25 0,97
DR.80M 21,4 24,9 117
DR.90M 35,4 41 116
DR.90L 43,7 49,3 113
DR.100M 6,97 0,32 56 1,32 61,6 110
DR.100L 68,3 73,9 108
DR.100LC 89,8 95,4 106
DR.112M 146 161.5 110
DR.132S 190 205.5 108
15.5 0.48 5.55
DR.132M 255 270.5 106
DR.132MC 340 355.5 105
DR.160M 450 511.2 114
61.2 0.96 5.97
DR.160MC 590 651 110
DR.180M 1110 1227 111
117 1.5 16.27
DR.180HC 1790 1907 107
DR.200L 2360 2481 105
DR.225S 2930 3051 104
121 1.56 16.85
DR.225M 3430 3551 104
DR.225MC 4330 4451 103
DR.315K 18400 18770 102
DR.315S 22500 22870 102
370 3.48 86.47
DR.315M 27900 28270 101
DR.315L 31900 32270 101

A influência do ventilador de alumínio diminui com o aumento do tamanho do motor.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 35


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.8 Motores com freio


Informações detalhadas sobre características de frenagem em relação a diversos reti-
ficadores de freios e unidades de controle encontram-se nos catálogos SEW e no ma-
nual de freios.

00630BXX
Figura 8: Motor trifásico com freio e freio a disco

Aplicação e Para muitos casos de aplicação, nos quais é necessário um posicionamento relativa-
funcionamento mente preciso, o motor deve ter um freio mecânico. À parte dessas aplicações onde o
freio mecânico é utilizado como freio de serviço, motores com freio também são aplica-
dos onde se exige segurança. Por exemplo, em sistemas de elevação, nos quais o mo-
tor é parado eletricamente em uma determinada posição, atua o "Freio", para a fixação
segura da posição. Exigências de segurança semelhantes valem para a irregularidade
operacional "Interrupção da tensão de rede". Neste caso, os freios mecânicos nos mo-
tores garantem as paradas de emergência.
• com a ligação da tensão os freios aliviam eletromagneticamente
• com o desligamento da tensão eles atuam automaticamente por efeito de mola

Tempos de res- Os freios dos motores SEW, devido ao seu sistema com duas bobinas controlado
posta dos freios eletronicamente, são aliviados com tempo de resposta particularmente curto.
O tempo de atuação do freio é geralmente muito longo, porque o retificador de freio lo-
calizado na caixa de ligação do motor é alimentado diretamente a partir da placa de bor-
nes do motor. Quando o motor é desligado, enquanto está em rotação, ele gera uma
tensão (de remanência) regenerativa, que retarda a atuação do freio. Assim, o desliga-
mento da tensão do freio exclusivamente no lado CA tem como consequência retarda-
mentos consideráveis, devido à auto indução da bobina de freio. Neste caso, a única
possibilidade é o desligamento simultâneo dos lados CA e CC, no circuito da bobina de
freio.

36 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Torques de Os freios a disco SEW têm o seu torque ajustável por variação de molas. Para a solici-
frenagem tação do motor, o torque de frenagem deve ser selecionado a partir dos dados de
catálogo, conforme a necessidade. Para sistemas de elevação por exemplo, por razões
de segurança, o torque de frenagem deve ser dimensionado com o dobro do valor do
torque nominal do motor necessário. Se na solicitação não tiver indicação, o motor será
fornecido com o torque de frenagem máximo.

Carga limite No dimensionamento do freio, particularmente para frenagens de emergência, observar


que o trabalho máximo admissível do freio por frenagem não deve ser excedido. Os res-
pectivos diagramas que mostram esses valores em função do número de partidas e da
rotação do motor, se encontram nos catálogos SEW e no manual dos freios.

Distância de O tempo de desaceleração se compõe de dois tempos individuais:


frenagem e • Tempo de atuação do freio t2
precisão de
posicionamento • Tempo de frenagem mecânica tB
Durante o tempo de frenagem mecânica, a rotação do motor é reduzida. Durante o tem-
po de atuação do freio a rotação normalmente permanece constante. Em casos espe-
ciais por exemplo, em acionamentos de sistemas de elevação na operação de descida,
quando o motor já está desligado e o freio ainda não atuou, o tempo de frenagem po-
derá até aumentar.
A tolerância para a distância de frenagem sob condições secundárias inalteradas é de
± 12 %. Com tempos de desaceleração bem curtos, a influência do controle elétrico
(tempos de resposta de relés ou de contatores) poderá prolongar a distância até a pa-
rada. Com controles programáveis poderão apresentar-se retardamentos adicionais
por tempos de operação dos programas e por priorização de sinais de saída.

Alívio mecânico Adicionalmente o freio poderá ser aliviado mecanicamente. Para o alívio mecânico, o
do freio fornecimento inclui uma alavanca de alívio (com retorno automático) ou um parafuso de
alívio (sem retorno automático).

Aquecimento Para condições ambientais especiais como por exemplo operação ao ar livre com fortes
do freio variações da temperatura, ou na faixa de baixas temperaturas (frigorífico) é necessário
proteger o freio contra congelamento. Isso requer uma unidade de controle especial (in-
clusa no programa de fornecimento SEW).

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 37


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Contatores Em consequência à alta carga de impulsos de corrente e à tensão contínua a ser ligada
de freio em carga indutiva, os dispositivos de comando para a tensão do freio e para o desliga-
mento no lado CC devem ser ou contatores de CC especiais, ou contatores de CA
adaptados com contatos da categoria de utilização AC3 conforme a EN 60947-4-1.
A escolha do contator de freio para ligação a rede é bem simples:
Para as tensões padrão de 220 VCA e 380 VCA é escolhido um contator de potência com
uma potência nominal de 2,2 kW ou 4 kW para operação AC3.
Para 24 VCC o contator é dimensionado para operação DC3.

Frenagem por Frenagens por contracorrente ou operação reversível, ou seja, inversão das fases de
contracorrente alimentação do motor à rotação máxima, sujeitam o motor a uma alta carga mecânica
e por CC e térmica. Essa alta carga mecânica também é transmitida aos redutores e ele-
mentos de transmissão do sistema. Neste caso, consultar sempre o fabricante
dos acionamentos.
Com frenagem CC, motores sem freio podem ser freados mais, ou menos rapidamente,
em função da intensidade da CC. Uma vez que esse tipo de frenagem causa um aque-
cimento adicional do motor trifásico, aqui também deverá ser consultado o fabricante.

38 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2.8.1 Princípios do freio SEW


Estrutura básica
A SEW possui freio a disco eletromagnético com uma bobina CC que é liberada eletri-
camente e frenada utilizando a força das molas. O sistema atende todas as normas fun-
damentais de segurança: O freio é atuado automaticamente se a potência falhar.
As peças principais do sistema de freio são a própria bobina do freio [8] (bobina de ace-
leração + bobina parcial = bobina de retenção), que consiste do corpo da bobina do freio
[9] com uma bobinagem encapsulada e um cabo de conexão, o disco estacionário [6],
as molas de freio [7], o disco de freio [1] e o flange lado do freio [2].
Uma vantagem significativa dos freios SEW é que eles são de comprimento muito curto.
O projeto integrado do motor com freio SEW permite soluções especialmente compac-
tas e resistentes.

Função básica
Ao contrário dos outros freios a disco com bobina CC, os freios SEW operam com um
sistema de duas bobinas. O disco estacionário é forçado contra o disco de freio pelas
molas de freio, quando o eletroímã é desenergizado. O motor é desacelerado. O tipo e
o número de molas de freio determina o torque de frenagem. Quando a bobina de freio
é conectada à tensão CC adequada, a força da mola [4] é superada pela força magné-
tica [11], assim, trazendo o disco estacionário em contato com o corpo da bobina de
freio. O disco de freio é aliviado e o rotor pode girar.

[1] [6]

[2]
[8]

[3] [9]

[10]

[11]

[7]

[4] [5]

56912AXX

[1] Disco de freio [7] Mola de freio


[2] Flange lado do freio [8] Bobina do freio
[3] Bucha entalhada [9] Ímã
[4] Força da mola [10] Eixo do motor
[5] Entreferro [11] Força eletromagnética
[6] Disco estacionário

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 39


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Tempo de resposta especialmente rápido ao ligar


O sistema especial de controle do freio SEW-EURODRIVE garante que somente a bo-
bina de aceleração é ligada primeiro, após a bobina de retenção (bobina inteira). O efi-
caz impulso de magnetização (alta corrente de aceleração) da bobina de aceleração re-
sulta em um tempo de resposta muito curto, especialmente em freios grandes, sem al-
cançar o limite de saturação. O disco de freio é aliviado rapidamente e o motor parte
com quase nenhuma perda de frenagem.

[1] [2]

M TS
3 V CA
BS

IB

I
H
t
150 ms

[3] [4]

56574AXX

BS Bobina de aceleração
TS Bobina de retenção
[1] Freio
[2] Sistema de controle do freio
[3] Aceleração
[4] Retenção
IB Corrente de aceleração
IH Corrente de retenção
BS + TS = Bobina de retenção

40 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2.9 Informação do Planejamento de Projeto - Freios SEW-EURODRIVE


O tamanho do motor com freio e sua conexão elétrica devem ser selecionados cuida-
dosamente para garantir a vida útil mais longa possível.
Devem ser considerados os aspectos a seguir descritos detalhadamente:
1. Determinar a tensão do freio
2. Seleção do sistema de controle do freio e tipo de conexão.
3. Tamanho e instalação dos cabos.
4. Seleção do contator do freio.
5. Chave de proteção do motor, se necessário (para proteger a bobina de freio).
6. Condições de monitoração: monitoração do freio.

2.9.1 Seleção do freio / torque de frenagem de acordo com os dados do planejamento de projeto
Os componentes mecânicos, tipo de freio e torque de frenagem são determinados
quando o motor é selecionado. O tipo de motor ou as áreas de utilização e as normas
que devem ser levadas em consideração são utilizados para a escolha do freio.
Critério de seleção:
• Motor CA com uma polaridade / motor de dupla polaridade
• Motor CA controlado pela rotação com conversor de frequência
• Servomotor
• Número de operações de frenagem durante o serviço e número de operações de
frenagem de emergência
• Freio de trabalho ou freio de retenção
• Quantidade do torque de frenagem ("frenagem suave" / "frenagem severa")
• Sistemas de elevação
• Desaceleração mínima / máxima
Valores determi-
nados / calcula-
Especificação básica Comentários
dos durante a
seleção do freio: Tipo do motor Tipo do freio / sistema de controle do freio
Torque de frenagem1) Molas de freio
Tempo de atuação do freio Tipo de conexão do sistema de controle do freio (importante para o
projeto elétrico no esquema de ligação)
Tempo de frenagem
Distância de frenagem Os dados desejados somente podem ser observados se os parâmetros
Desaceleração de frenagem mencionados anteriormente atendem as exigências
Precisão de frenagem
Trabalho de frenagem
Intervalo de manutenção (importante para serviço)
Vida útil do freio
1) O torque de frenagem é determinado a partir das exigências da aplicação com relação a desaceleração
máxima e à distância ou tempo máximos permitidos.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 41


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Seleção do freio O freio adequado para a aplicação relevante é selecionado por meio dos seguintes prin-
cipais critérios:
• Torque de frenagem desejado
• Capacidade de trabalho desejada

Torque de O torque de frenagem normalmente é selecionado de acordo com a desaceleração


frenagem desejada.

Torque de O torque de frenagem selecionado deve ser maior em pelo menos o fator 2 do torque
frenagem em máximo da carga. Se o freio for utilizado apenas como freio de retenção sem qualquer
aplicações de trabalho de frenagem, então o fator mínimo 2,5 deve ser mantido porque as lonas não
elevação podem regenerar.

Capacidade A capacidade de trabalho do freio é determinada pelo trabalho feito permitido Wmax por
de trabalho operação de frenagem e o trabalho de frenagem total permitido Wtotal até a manutenção
do freio.

Número permitido de operações de frenagem até a manutenção do freio:

Wtotal
Z=
W1
60957AXX

Trabalho de frenagem por operação de frenagem:

Jtotalx n2 x MB
W1 =
182.4 x (MB +- ML)
60958AXX

Z = Número de operações de frenagem até a manutenção


Wtotal = Trabalho de frenagem total até a manutenção [J]
W1 = Trabalho de frenagem [J]
Jtot = Momento de inércia total (relacionado ao eixo do motor) em [kgm2]
n = Rotação do motor [rpm]
MB = Torque de frenagem [Nm]
ML = Torque de carga [Nm] (observe o sinal)
+ para movimento vertical para cima e horizontal
- para movimento vertical para baixo

42 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Características de PARADA DE EMERGÊNCIA


Nas aplicações de elevação, os limites do trabalho máximo feito permitido (para traba-
lho máximo feito) não devem ser excedidos mesmo no caso de uma PARADA DE
EMERGÊNCIA. Em outras aplicações, como nos acionamentos de translação com
torques de frenagem reduzidos, são permitidos valores significativamente mais altos
dependendo do caso específico. Favor consultar a SEW-EURODRIVE se necessitar
valores de trabalho de frenagem da PARADA DE EMERGÊNCIA aumentados.

Versão padrão
Como padrão, os motores com freio CA DR..BE são fornecidos com um sistema de con-
trole do freio BG/BGE instalado para conexão CA ou uma unidade de controle BS/BSG
instalada no painel elétrico para conexão 24 VCC. Os motores são fornecidos comple-
tamente prontos para instalação.
Tamanho do freio Conexão CA Conexão 24 VCC
BE05, BE1, BE2 BG BS
BE5, BE11, BE20 BGE BSG
BE30, BE32 BGE --
BE120, BE122 BMP3.1 --

2.9.2 Determinar a tensão do freio


A tensão do freio sempre deve ser selecionada com base na tensão de alimentação CA
ou tensão de operação do motor disponível. Isto significa que o usuário está sempre
garantindo a instalação mais econômica para as correntes de frenagem mais baixas.
No caso de diversos tipos de tensão, onde a tensão de alimentação não foi definida
quando o motor foi adquirido, a tensão mais baixa deve ser selecionada em cada caso,
a fim de alcançar condições de conexão viáveis quando o sistema de controle do freio
é instalado na caixa de ligação.
As tensões padrão do freio são indicadas na tabela abaixo:
Freios BE05...BE20 BE30...BE122
Tensão do freio
Faixa de tensão 220 - 240 / 380 - 415 VCA
24 VCC -
Tensão nominal 230 VCA 230 VCA
400 VCA 400 VCA

Para a tabela que indica as tensões do motor, ver página 735 do catálogo de Motoredu-
tores.

Tensões muito baixas são muitas vezes inevitáveis por razões de segurança. No entan-
to, elas exigem um investimento maior nos cabos, aparelhos de distribuição, transfor-
madores, assim como retificadores e proteção contra sobretensão (por ex. para ali-
mentação 24 VCC direta) do que para conexão à tensão de alimentação.
Com exceção do BG e BMS, o fluxo máximo de corrente quando o freio é liberado é 8.5
vezes a corrente de retenção. A tensão na bobina de freio não deve ser inferior a 90 %
da tensão nominal.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 43


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.9.3 Seleção do sistema de controle do freio e tipo de conexão


Vários sistemas de controle do freio estão disponíveis para controle dos freios a disco
com uma bobina CC, dependendo das necessidades e das condições de operação. To-
dos os sistemas de controle do freio possuem proteção padrão contra sobretensão, por
varistores.
Os sistemas de controle do freio são instalados diretamente na caixa de ligação do mo-
tor ou no painel elétrico. No caso de motores com classe de isolação 180 (H) e motores
à prova de explosão, o sistema de controle deve ser instalado no painel elétrico.

Sistema de controle do freio na caixa de ligação


A tensão da rede para freios com conexão CA é instalada separadamente ou tirada do
sistema da rede na caixa de ligação do motor. Somente motores com rotação fixa po-
dem ser fornecidos a partir da tensão da rede do motor. Com motores de dupla polari-
dade e na operação com conversor de frequência, a tensão da rede para o freio deve
ser instalada separadamente.
Além disso, é necessário lembrar que a reação do freio é demorada pela tensão resi-
dual do motor, se o freio for movido pela tensão da rede do motor. O tempo de reação
do freio t2I especificado nos dados técnicos para interrupção no circuito CA aplica-se
somente a uma rede separada.

Caixa de ligação do motor


A tabela abaixo indica os dados técnicos dos sistemas de controle do freio para insta-
lação na caixa de ligação do motor e as seleções com relação ao tamanho do motor e
a tecnologia de conexão. As carcaças diferentes possuem cores diferentes (= cor) para
distingui-las facilmente.
Motor tamanho
DR.71-DR.225
Corrente de
Tipo Função Tensão retenção Tipo Código Cor
IHmax [A]
230...575 VCA 1.4 BG 1.4 827 881 4 Preto
Retificador de
BG 150...500 VCA 1.5 BG 1.5 825 384 6 Preto
meia onda
24...500 VCA 3.0 BG 3 825 386 2 Marrom
230...575 VCA 1.4 BGE 1.4 827 882 2 Vermelho
Retificador de
BGE meia onda com 150...500 VCA 1.5 BGE 1.5 825 385 4 Vermelho
comutação eletrônica
42...150 VCA 3.0 BGE 3 825 387 0 Azul
825 385 4
1.0 BGE 1.5 + SR 11
826 761 8
825 385 4
150...500 VCA 1.0 BGE 1.5 + SR 15
826 762 6
Retificador de meia 825 385 4
onda + relé de 1.0 BGE 1.5 + SR 19
826 246 2
BSR corrente para
desligamento no 825 387 0
1.0 BGE 3 + SR11
circuito CC 826 761 8
825 387 0
42...150 VCA 1.0 BGE 3 + SR15
826 762 6
825 387 0
1.0 BGE 3 + SR19
826 246 2
Continuação da tabela na próxima página.

44 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Corrente de
Tipo Função Tensão retenção Tipo Código Cor
IHmax [A]

Retificador de meia 825 385 4


150...500 VCA 1.0 BGE 1.5 + UR 15
onda + relé de tensão 826 759 6
BUR
para desligamento no 825 387 0
circuito CC 42...150 VCA 1.0 BGE 3 + UR 11
826 758 8
Circuito de proteção
BS 24 VCC 5.0 BS24 826 763 4 Aqua
do varistor
Comutação
BSG 24 VCC 5.0 BSG 825 459 1 Branco
eletrônica

Conector industrial IV1)


Caixa de ligação
Tipo Versão Conector integrado IS (AC.., AS.., AM.., AB..,
padrão
AK.., AD..)
BG1.4
BG BG1.5 71 ... 100 / BE2 71 ... 100 / BE2 71 ... 100 / BE2
BG3
BG1.4
BGE BGE1.5 71 ... 225 / BE32 71 ... 132 / BE11 71 ... 225 / BE32
BGE3
BGE1.5 + SR11
BGE1.5 + SR15
BGE1.5 + SR19
BSR 71 ... 225 / BE32 71 ... 132 / BE11 71 ... 225 / BE32
BGE3 + SR11
BGE3 + SR15
BGE3 + SR19
BGE1.5 + UR15
BUR 71 ... 225 / BE32 71 ... 132 / BE11 71 ... 225 / BE32
BGE3 + UR11
BS BS24 71 ... 100 / BE2 71 ... 100 / BE2 71 ... 100 / BE2
BSG BSG 71 ... 180 / BE20 71 ... 132 / BE11 71 ... 180 / BE20
1) Observe a maior intensidade de corrente permitida nos pinos do conector

Motor tamanho
DR.315
Corrente de
Tipo Função Tensão retenção Tipo Código Cor
IHmax [A]
Retificador de meia onda
com comutação eletrôni-
BMP ca, relé de tensão inte- 230...575 VCA 2.8 BMP 3.1 829 507 7
grado para desligamento
no circuito CC.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 45


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Painel elétrico A tabela abaixo indica os dados técnicos dos sistemas de controle do freio para insta-
lação no painel elétrico e as seleções com relação ao tamanho do motor e a tecnologia
de conexão. As carcaças diferentes possuem cores diferentes (= cor) para distingui-las
facilmente.
Motor tamanho
DR.71-DR.225
Corrente de
Tipo Função Tensão retenção Tipo Código Cor
IHmax [A]
BMS Retificador de meia 230...575 VCA 1.4 BMS 1.4 829 830 0 Preto
onda como BG
150...500 VCA 1.5 BMS 1.5 825 802 3 Preto
42...150 VCA 3.0 BMS 3 825 803 1 Marrom
BME Retificador de meia 230...575 VCA 1.4 BME 1.4 829 831 9 Vermelho
onda com comutação
150...500 VCA 1.5 BME 1.5 825 722 1 Vermelho
eletrônica como BGE
42...150 VCA 3.0 BME 3 825 723 X Azul
BMH Retificador de meia 230...575 VCA 1.4 BMH 1.4 829 834 3 Verde
onda com comutação
150...500 VCA 1.5 BMH 1.5 825 818 X Verde
eletrônica e função de
aquecimento 42...150 VCA 3 BMH 3 825 819 8 Amarelo
BMP Retificador de meia 230...575 VCA 1.4 BMP 1.4 829 832 7 Branco
onda com comutação
eletrônica, relé de
150...500 VCA 1.5 BMP 1.5 825 685 3 Branco
tensão integrado
para desligamento
no circuito CC
42...150 VCA 3.0 BMP 3 826 566 6 Azul claro

BMK Retificador de meia 230...575 VCA 1.4 BMK 1.4 829 883 5 Aqua
onda com comutação
150...500 VCA 1.5 BMK 1.5 826 463 5 Aqua
eletrônica, entrada do
controle 24 VCC e sepa- Vermelho
ração no circuito CC 42...150 VCA 3.0 BMK 3 826 567 4
brilhante
Unidade de controle do
freio com comutação
BMV eletrônica, entrada 24 VCC 5.0 BMV 5 1 300 006 3 Branco
de controle 24 VCC e
desligamento rápido

Conector industrial IV1)


Tipo Versão Caixa de ligação padrão Conector integrado IS (AC.., AS.., AM.., AB..,
AK.., AD..)
BMS 1.4
BMS BMS 1.5 71 ... 100 / BE2 71 ... 100 / BE2 71 ... 100 / BE2
BMS 3
BME 1.4
BME BME 1.5 71 ... 225 / BE32 71 ... 132 / BE11 71 ... 225 / BE32
BME 3
BMP 1.4
BMP BMP 1.5 71 ... 225 / BE32 71 ... 132 / BE11 71 ... 225 / BE32
BMP 3
BMK 1.4
BMK BMK 1.5 71 ... 225 / BE32 71 ... 132 / BE11 71 ... 225 / BE32
BMK 3
BMH 1.4
BMH BMH 1.5 71 ... 225 / BE32 71 ... 132 / BE11 71 ... 225 / BE32
BMH 3
BMV BMV 5 71 ... 180 / BE20 71 ... 132 / BE11 71 ... 180 / BE20
1) Observe a maior intensidade de corrente permitida nos pinos do conector

46 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Motor tamanho
DR.315
Corrente de
Tipo Função Tensão retenção Tipo Código Cor
IHmax [A]
Retificador de meia onda
com comutação eletrôni-
BMP ca, relé de tensão 230...575 VCA 2.8 BMP 3.1 829 507 7
integrado para desliga-
mento no circuito CC.

Motores com freio para requisitos especiais


O conceito modular SEW para motores com freio permite ampla variedade de versões
utilizando opcionais eletrônicos e mecânicos. Os opcionais incluem tensões especiais,
alívio manual do freio mecânico, tipos especiais de proteção, conexões e sistemas es-
peciais de controle do freio.

Alto número de partidas


Os motores com freio exigem muitas vezes alto número de partidas e significativo mo-
mento de inércia externo.
Além da aptidão térmica básica do motor, o freio precisa ter um tempo de reação t1 cur-
to suficiente para garantir que ele já esteja aliviado quando o motor partir. Ao mesmo
tempo, a aceleração desejada para o momento de inércia também deve ser levada em
consideração. Sem a fase habitual de colocação em operação quando o freio ainda está
atuado, o equilíbrio de temperatura e desgaste do freio SEW permite alto número de
partidas.
Os freios a partir do BE5 são projetados para alto número de partidas como
padrão.

A tabela abaixo mostra que além do BGE (BME) e BSG, os sistemas de controle do
freio BSR, BUR, BMH, BMK e BMP também têm propriedades para encurtar o tempo
de reação além de suas outras funções.
Alto número de partidas

Freio Sistema de controle


Sistema de controle do freio para conexão CA do freio para conexão
24 VCC
BE01
BE1
BE2 BGE (BSR, BUR) na caixa de ligação / ou BME BSG na caixa de ligação
BE5 (BMH, BMP, BMK) no painel elétrico ou BMV e BSG no painel elétrico

BE11
BE20
BE30
BGE na caixa de ligação ou BME no painel elétrico -
BE32

1) A proteção contra sobretensão deve ser executada pelo cliente, por ex. utilizando varistores.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 47


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.9.4 Diferentes tamanhos de freio


Dependendo das exigências colocadas no freio, são disponíveis tamanhos diferentes
para montagem do freio ao respectivo motor.

Seleção do freio
A tabela abaixo mostra as seleções possíveis do motor e do freio e os possíveis torques
de frenagem:

Tipo Tipo Graduação do torque de frenagem em Nm


Wtot
do Projeto do

1000
1200
1600
2000
[106 J]

150
200
300
400
500
600
800
110
1.8
2.5
3.5
5.0
7.0
10
14
20
28
40
55
80
motor freio

Inte- BE05 120 x x x x


DR.71
grado BE1 120 x x x
BE05 120 x x x x
Inte-
DR.80 BE1 120 x x x
grado
BE2 165 x x x x
BE1 120 x x x
DR.90 Modular BE2 165 x x x x
BE5 260 x x x x
BE2 165 x x x x
DR.100 Modular
BE5 260 x x x x

DR.112 BE5 260 x x x x


Modular
DR.132 BE11 640 x x x x
BE11 640 x x x x
DR.160 Modular
BE20 1000 x x x x
BE20 1000 x x x x
DR.180 Modular BE30 1500 x x x
BE32 1500 x x x

DR.200 BE30 1500 x x x


Modular
DR.225 BE32 1500 x x x x x
BE120 2500 x x x x
DR.315 Modular
BE122 2500 x x x x

48 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2.9.5 Correntes de operação para freios


As tabelas a seguir indicam as correntes de operação dos freios em diferentes tensões.
São especificados os seguintes valores:
• Relação da corrente de partida IBIH; IB = corrente de aceleração, IH = corrente de
retenção
• Corrente de retenção IH
• Corrente direta IG para rede de tensão CC direta
• Tensão nominal VN (faixa de tensão nominal)
A corrente de aceleração IB (= corrente de partida) circula somente por um tempo curto
(aprox. 150 ms) quando o freio é liberado. Não há corrente de partida aumentada quan-
do é utilizado o sistema de controle do freio BG ou a rede de tensão CC direta (possível
somente para freio tamanho BE2), .
Os valores para as correntes de retenção IH são valores médios (eficazes). Utilizar ins-
trumentos de medida adequados para medir a corrente.

Freio BE05, BE1, BE2


Os valores de corrente IH (corrente de retenção) lindicados nas tabelas são valores mé-
dios (eficazes). Utilizar somente instrumentos de medida adequados para medir a cor-
rente. A corrente de partida (corrente de aceleração) IB circula somente por um tempo
curto (aprox. 160 ms) quando o freio é liberado. Não há corrente de partida aumentada
se o retificador de freio BG ou BMS for utilizado ou se houver rede de tensão CC direta,
possível somente com freios até o tamanho BE2.

BE05, BE1 BE2


Torque máx. de frenagem [Nm] 5/10 20
Potência de frenagem [W] 32 43
Relação da corrente de partida IB/IH 4 4

Tensão nominal VN BE05/1 BE2


IH IG IH IG
VCA VCC
[ACA] [ACC] [ACA] [ACC]
24 (23-26) 10 2.10 2.80 2.75 3.75
60 (57-63) 24 0.88 1.17 1.57 1.46
120 (111-123) 48 0.45 0.58 0.59 0.78
184 (174-193) 80 0.29 0.35 0.38 0.47
208 (194-217) 90 0.26 0.31 0.34 0.42
230 (218-243) 96 0.23 0.29 0.30 0.39
254 (244-273) 110 0.20 0.26 0.27 0.34
290 (274-306) 125 0.18 0.26 0.24 0.30
330 (307-343) 140 0.16 0.20 0.21 0.27
360 (344-379) 160 0.14 0.18 0.19 0.24
400 (380-431) 180 0.13 0.16 0.17 0.21
460 (432-484) 200 0.11 0.14 0.15 0.19
500 (485-542) 220 0.10 0.13 0.13 0.17
575 (543-600) 250 0.09 0.11 0.12 0.15

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 49


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Freio BE5, BE11, BE20


Os valores de corrente IH (corrente de retenção) indicados nas tabelas são valores mé-
dios (eficazes). Utilizar somente instrumentos de medida adequados para medir a cor-
rente. A corrente de partida (corrente de aceleração) IB circula somente por um tempo
curto (aprox. 160 ms) quando o freio é liberado. Não há corrente de partida aumentada
quando os retificadores de freio BG e BMS são utilizados. Não é necessário utilizar uma
rede de tensão direta.

BE5 BE11 BE20


Torque máx. de frenagem [Nm] 55 110 200
Potência de frenagem [W] 49 77 100
Relação da corrente de partida 5,7 6.6 7
IB/IH

Tensão nominal VN BE5 BE11 BE20


IH IH IH
VCA VCC
[ACA] [ACA] [ACA]
60 (57-63) 24 1.25 2.85 2.77
120 (111-123) - 0.64 1.45 1.39
184 (174-193) - 0.40 0.92 0.88
208 (194-217) - 0.36 0.82 0.78
230 (218-243) - 0.33 0.73 0.70
254 (244-273) - 0.29 0.65 0.62
290 (274-306) - 0.26 0.58 0.55
330 (307-343) - 0.23 0.52 0.49
360 (344-379) - 0.21 0.47 0.44
400 (380-431) - 0.18 0.42 0.39
460 (432-484) - 0.16 0.37 0.35
500 (485-542) - 0.15 0.33 0.31
575 (543-600) - 0.13 0.29 0.28

50 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

Freio BE30, BE32


Os valores de corrente IH (corrente de retenção) indicados nas tabelas são valores mé-
dios (eficazes). Utilizar somente instrumentos de medida adequados para medir a cor-
rente. A corrente de partida (corrente de aceleração) IB circula somente por um tempo
curto (aprox. 160 ms) quando o freio é liberado. Não é necessário utilizar uma rede de
tensão direta.

BE30, BE32
Torque máx. de frenagem [Nm] 300 / 600
Potência de frenagem [W] 120
Relação da corrente de partida IB/IH 8.5

Tensão nominal VN BE30/BE32


IH
VCA VCC
[ACA]
120 (111-123) - 1.60
184 (174-193) - 1.13
208 (194-217) - 1.00
230 (218-243) - 0.90
254 (244-273) - 0.80
290 (274-306) - 0.71
330 (307-343) - 0.63
360 (344-379) - 0.57
400 (380-431) - 0.50
460 (432-484) - 0.44
500 (485-542) - 0.40
575 (543-600) - 0.36

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 51


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

Freio BE120, BE122


Os valores de corrente IH (corrente de retenção) indicados nas tabelas são valores mé-
dios (eficazes). Utilizar somente instrumentos de medida adequados para medir a cor-
rente. A corrente de partida (corrente de aceleração) IB circula somente por um tempo
curto (aprox. 400 ms) quando o freio é liberado. Não é necessário utilizar uma rede de
tensão direta.

BE120 BE122
Torque máx. de frenagem [Nm] 1000 2000
Potência de frenagem [W] 250 250
Relação da corrente de partida 4.9 4.9
IB/IH

Tensão nominal VN BE120 BE122


IH IH
VCA VCC
[ACA] [ACA]
230 (218-243) - 1.80 1.80
254 (244-273) - 1.60 1.60
290 (274-306) - 1.43 1.43
360 (344-379) - 1.14 1.14
400 (380-431) - 1.02 1.02
460 (432-484) - 0.91 0.91
500 (485-542) - 0.81 0.81
575 (543-600) - 0.72 0.72

Legenda
IB Corrente de aceleração – corrente de partida rápida
IH Corrente de retenção valor eficaz no cabo de alimentação ao retificador de freio SEW
IG Corrente direta com rede de tensão CC direta
VN Tensão nominal (faixa de tensão nominal)

52 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2.10 Diagrama em Bloco


2.10.1 Legenda

Desligamento no circuito CA
AC (atuação normal do freio)

Desligamento no circuito CC
DC
(atuação rápida do freio)

DC Desligamento nos circuitos CC e CA


AC (atuação rápida do freio)

Freio
BS BS = Bobina de aceleração
TS = Bobina parcial
TS

1a
2a
3a Régua de bornes auxiliar na caixa de ligação
4a
5a

Motor com ligação em triângulo

Motor com ligação em estrela

Limite do painel elétrico

WH Branco
RD Vermelho
BU Azul
BN Marrom
BK Preto

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 53


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.11 Sistema de controle do freio BG

V CA

AC

BG
1
WH
2
RD
3
BS 4
M
5

TS
BU

50574AXX

V CA
DC

AC

BG
1
WH
2
RD
3
BS 4
M
5

TS
BU

50575AXX

54 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2.12 Sistema de controle do freio BGE

VCA

AC

BGE
1
WH
2
RD
3
BS 4
M
5

TS
BU

50648AXX

VCA
DC

AC

BGE
1
WH
2
RD
3
BS 4
M
5

TS
BU

50653BXX

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 55


2 Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR

2.13 Sistema de controle do freio BME

VCA

AC

WH BME
1
RD
1a 2
BS 3
2a
M
3a 4

TS 4a 13
BU
5a 14
15

50656AXX

VCA
DC

AC

WH BME
1
RD
1a 2
BS 3
2a
M
3a 4

TS 4a 13
BU
5a 14
15

50657AXX

56 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Dados Técnicos e Dimensionais dos Motores CA Série DR 2

2.14 Sistema de controle do freio BMK

24 VCC
DC - + V CA

AC

WH BMK
1
RD
1a 2
BS 3
2a
M
3a 4

TS 4a 13
BU
5a 14
15

50868AXX

2.15 Sistema de controle do freio BMV

V ENTRADA
DC 24 VCC 24 VCC
- + - +

WH
BMV
1
RD
1a 2
BS 3
2a
M 3a
4

TS 4a 13
BU
5a 14
15

57408AXX

VENTRADA = Sinal de controle

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 57


3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência

3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência

Informações detalhadas sobre acionamentos trifásicos com conversores de frequência,


são encontradas nos catálogos dos conversores de frequência MOVITRAC® LT, MO-
VITRAC® B e MOVIDRIVE®, no catálogo MOVIMOT®, no manual de sistemas "Siste-
mas de acionamentos para instalação descentralizada".

04077AXX
Figura 9: Conversores de frequência SEW MOVITRAC® LT, MOVITRAC® B e MOVIDRIVE®

Motores e motoredutores trifásicos são controlados eletronicamente por conversores


de frequência, com variação da rotação sem escalonamento. O conversor de frequên-
cia fornece uma frequência de saída ajustável, com a tensão de saída se alterando pro-
porcionalmente.

04791AXX
Figura 10: Motor MOVIMOT® com conversor de frequência integrado

Para aplicações com instalação descentralizada também são utilizados motores e mo-
tores com freio MOVIMOT® com conversor de frequência integrado.

58 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Acionamentos trifásicos com conversores de frequência 3

3.1 Conversores de frequência


O acionamento perfeito para o controle e comando eletrônico de motores elétricos
assíncronos trifásicos e servomotores. A SEW possui exatamente o que é necessário
para a aplicação, desde acionamentos para variação de velocidade até controles pre-
cisos e confiáveis em aplicações que exigem elevada dinâmica e precisão.

MOVITRAC® LT MOVITRAC® LTP B

3.1.1 Descrição do Sistema

O MOVITRAC® LTP B é a nova versão da família de conversores de frequência LTP,


disponível na faixa de potência de 0,37 à 160 kW, com tensão de alimentação 220...240
VCA para redes monofásicas ou trifásicas e com tensão de alimentação 380...480 VCA
para redes trifásicas. Os conversores da linha LTP B foram desenvolvidos para controle
de motores assíncronos e síncronos sem encoder e são indicados para aplicações de
controle de velocidade em transportadores, translação de pontes rolantes e etc. ou com
controle de torque em bobinadores e desbobinadores, elevação e também para venti-
ladores e bombas.
Estas unidades são equipadas com um controle manual integrado para simples coloca-
ção em funcionamento, podem ser combinadas com diversos outros opcionais e estão
disponíveis também na versão com grau de proteção IP55.

O MOVITRAC® LT utiliza controle de tensão e frequência ou vetorial em malha aberta


para regular a velocidade do motor. O controle digital é combinado com a tecnologia de
ponta do semicondutor de potência IGBT para fornecer solução compacta nas aplica-
ções em geral. O produto é projetado com a facilidade de utilização e de instalação, jun-
to com a programação e a colocação em operação simples, deste modo, minimizando
o custo total aplicado na solução de um acionamento.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 59


3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência

MC LT P B 0015 2 0 1 4 00
00 = padrão IP20
Tipo
10 = proteção IP55 / NEMA 12

Quadrantes 4 = 4Q (com chopper de frenagem)

1 = monofásica
Tipo de conexão
3 = trifásica
0 = classe 0
Filtro de entrada A = classe C2
B = classe C1
2 = 220 ... 240 V
Tensão da rede
5 = 380 ... 480 V

Potência do motor
0015 = 1,5 kW
recomendada

Versão B

Tipo do produto MC LT P

60 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Acionamentos trifásicos com conversores de frequência 3

MOVITRAC® B

3.1.2 Descrição do Sistema

O MOVITRAC® B é uma família de conversores de frequência vetorial com potências


de 0,25 à 2,2 kW para rede de alimentação monofásica e com potências de 0,25 à 30
kW para rede de alimentação trifásica, com tensão de alimentação de 220 VCA e com
potências de 0,25 à 75 kW, com tensão de alimentação de 380...500 VCA para rede de
alimentação trifásica. Estas unidades podem ser equipadas com um controle manual
opcional para simples colocação em funcionamento.
Com diversas funções integradas na unidade como padrão, tais como: flying start, ele-
vação, frenagem CC, entre outras, torna a tarefa de comissionamento muito mais sim-
ples, rápida e segura.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 61


3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência

MC 07 B 0022 2 B 1- 4- 00
00 = padrão
Tipo
S0 = parada segura

Quadrantes 4 = 4Q (com chopper de frenagem)

1 = monofásica
Tipo de conexão
3 = trifásica
Supressão de 0 = sem supressão de rádio
rádio-interferência interferência
A = supressão de rádio
interferência classe C2
B = supressão de rádio
interferência classe C1
2 = 220 ... 240 V
Tensão da rede
5 = 380 ... 480 V

Potência do motor
0022 = 2,2 kW
recomendada

Versão B

Tipo e geração

Tipo MOVITRAC®

62 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Acionamentos trifásicos com conversores de frequência 3

MOVIDRIVE® B

3.1.3 Descrição do Sistema

O conversor de frequência MOVIDRIVE® MDX60B/61B é um equipamento caracteri-


zado pelo seu projeto modular com diversas funções de tecnologia integrada e que
pode controlar tanto motores assíncronos, em malha aberta ou fechada, como servo-
motores CA em malha fechada, em todos os tipos de aplicação.
A linguagem de programação IPOSplus incorporada permite que o equipamento execu-
te tarefas de inteligência, tais como posicionamento, cálculos, controle de sensores e
atuadores por meio de rotinas livremente programáveis, que antes eram possíveis so-
mente com um controlador externo de nível superior, e agora podem ser feitas direta-
mente no equipamento, reduzindo a carga de programação do CLP.
Existe ainda a versão aplicação (-0T) que possibilita a utilização de módulos aplicativos
SEW totalmente parametrizáveis, com soluções específicas para diversos tipos de apli-
cações como bobinadores e desbobinadores, serras flutuantes, came eletrônico, sin-
cronismo angular, controle de guindaste, e inúmeras funções de posicionamento,
dispensando o desenvolvimento de software.
Esses conversores com controle vetorial são previstos para a instalação em painéis
elétricos. Eles podem ser instalados em série, são compactos e otimizados para ins-
talação em espaço reduzido.
O MOVIDRIVE® B está disponível na faixa de potência de 0,55 a 250 kW e conta com
diversos opcionais de encoder e resolver, expansão de entradas e saídas, redes de co-
municação e Motion Controllers. Todos os equipamentos possuem função de parada
segura integrada (STO - Safe Torque Off) em conformidade com as normas DIN EN
954-1 categoria 3 e EN ISO 13849-1 PL d.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 63


3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência

MDX60 B 0011- 5 A 3- 4 00
00 = padrão
0T = aplicação
Tipo
XX = especial
XX/L = placas resinadas
2 = 2Q
Quadrantes
4 = 4Q (com chopper de frenagem)

Tipo de conexão 3 = trifásica

Supressão de rádio 0 = sem supressão de rádio interferência


interferência no lado A = supressão de rádio interferência C2
da rede B = supressão de rádio interferência C1
2 = 220 ... 240 V
Tensão da rede
5 = 380 ... 480 V

Potência do motor
0011 = 1,1 kW
recomendada

Versão B

60 = não compatível com opcionais


Série
61 = compatível com opcionais

VFC As execuções com VFC (Controle de fluxo por tensão) com ou sem realimentação da
rotação, permitem uma alta precisão de controle de acionamentos assíncronos.

CFC MOVIDRIVE® com CFC (Controle de fluxo por corrente) atende às mais altas exigên-
cias de precisão e dinâmica. Acionamentos assíncronos com MOVIDRIVE® e CFC ad-
quirem características de "Servo".

64 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Acionamentos trifásicos com conversores de frequência 3

3.2 Motoredutores e motores com freio MOVIMOT® com conversor de frequência


integrado

3.2.1 Descrição do Sistema

O MOVIMOT® é a síntese de um motoredutor individual e um conversor de frequência


perfeitamente sintonizados. Compacto, com velocidades variáveis, exige somente um
pouco mais de espaço do que o motoredutor padrão. Todos os controles necessários,
proteção e funções de monitoração são integrados ao conversor de frequência. Dessa
maneira, economiza espaço no painel elétrico e facilita a instalação.
O MOVIMOT® libera o sistema com dois sentidos de rotação, modo de posicionamento
com duas rotações fixas, rampas de aceleração ajustáveis, ajuste do atraso e da rota-
ção contínua.
Para aplicações simples, não há necessidade de configurar o conversor de frequência,
pois é especificado para funcionar em conjunto com motor, realizando inclusive controle
do freio e monitoração do sensor de temperatura do motor, sem cabeamento adicional.

O MOVIMOT® representa o novo conceito de descentralização de sistemas, sendo um


conversor de frequência instalado dentro da caixa de ligação do motor. Pode ser forne-
cido na faixa de potência de 0,37 até 3,7 kW.
Tensão de alimentação: 3 x 380...500 VCA, 3 x 200...240 VCA, 50/60 Hz
Faixa de variação de rotação: 280...2900 rpm.

Suas principais características são:


• Pequeno volume da unidade
• Versatilidade na aplicação
• Integração de todas as conexões elétricas entre o conversor e o motor imune a
ruídos
• Projetado com dispositivos de proteção integrados
• Ventilação do conversor, independente da velocidade do motor
• Economia de espaço no painel elétrico e não necessita de cabos blindados no motor
• Ajustes padrão dos parâmetros otimizados para a maioria das aplicações comuns
• Alta capacidade de sobrecarga de 1,5 CN
• Compatibilidade com os padrões EMC EN 50081 (nível A) e EN 50082
• Fácil instalação, colocação em operação, manutenção, adaptação em aplicações já
existentes e troca

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 65


3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência

Propriedades do
equipamento • Motor com conversor de frequência com controle vetorial
• É possível parametrização específica da aplicação
• Módulo de memória conectável para backup de dados
• Funções de controle e proteção total
• Baixo ruído graças a frequência de chaveamento PWM 16 kHz
• LED de estado para diagnóstico rápido
• Interface de diagnósticos com conector como característica padrão
• Diagnósticos e operação manual através do MOVITOOLS® MotionStudio
• Operação 4Q padrão
• Controle do freio integrado:
- Para motores com freio mecânico, a bobina de freio é utilizada como resistor de
frenagem
- Para motores sem freio, o MOVIMOT® é fornecido com resistor de frenagem inter-
no, como padrão
• O controle ocorre através de sinais digitais, interface serial RS-485 ou opcional-
mente através da AS-interface ou todas as interfaces fieldbus comuns (PROFIBUS,
PROFIsafe, INTERBUS, DeviceNet).
• O MOVIMOT® pode ser fornecido com aprovação UL (indicação UL), sob consulta

O MOVIMOT® pode ser combinado com diversos opcionais diferentes.


/MO é utilizado na denominação do tipo, não importando se são utilizados um ou vários
opcionais a seguir:

Denominação Descrição
BEM Sistema de controle do freio
URM Relé de tensão
MLU13A Fonte 24 VCC interna (380-500 V)
MNF21A Filtro de rede opcional interno (MM03-MM15)
MLU11A Fonte 24 VCC (380-500 V)
MLU21A Fonte 24 VCC (200-240 V)
MLG11A Potenciômetro e fonte de tensão 24 VCC (380-500 V)
MLG21A Potenciômetro e fonte de tensão 24 VCC (200-240 V)
MFP... Interface Profibus
MFI... Interface Interbus
MFD... Interface DeviceNet

Os acionamentos MOVIMOT® estão disponíveis com AS-Interface integrada. Existem


as seguintes versões:
• MLK30A opcional (escravo em AS-Interface)
• MLK31A opcional (duplo escravo em AS-Interface)
para acionamentos com vários ajustes e rampas de velocidade
AS-Interface é localizada na placa de conexão na caixa de ligação.

Conectado à AS-Interface, o escravo MLK30A trabalha como um módulo com 4 entra-


das e 4 saídas.
Os bits de saída cíclicos controlam o conversor MOVIMOT®.
Os bits de entrada transmitem o estado do acionamento e 2 sensores adicionais sina-
lizam ao mestre AS-Interface.
Os bits de parâmetro acíclicos são utilizados para selecionar fatores de escala de rota-
ção.
O opcional MLK30A é compatível com MOVIMOT® MM..C com AS-Interface integrada.

66 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Acionamentos trifásicos com conversores de frequência 3

O opcional MLK31A trabalha como duplo escravo em AS-Interface, de acordo com a


especificação AS-Interface 3.0.
A transmissão de dados em AS-Interface serial (perfil analógico) possibilita que os va-
lores do display e de parâmetros MOVIMOT® sejam escritos e lidos.

O conversor MOVIMOT® é controlado através dos bits de saída cíclicos. A codificação


dos bits de dados é especificada em modos de função diferentes. O conversor MOVI-
MOT® interpreta estes bits como códigos de estado e controle diferentes. Com os bits
de parâmetro acíclicos, pode-se comutar entre os modos de função.
Os bits de entrada transmitem ao mestre AS-Interface o estado do acionamento e 2
sensores adicionais.

O MOVIMOT® está disponível em todas as execuções e formas construtivas padrão,


como motoredutor de engrenagens helicoidais, cônicas ou de rosca sem-fim, de eixos
paralelos, tipo Spiroplan®, ou planetário.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 67


3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência

3.3 Operação de motor com conversor de frequência


Curvas características de funcionamento
Torque Pela variação da frequência e da tensão, a curva característica de torque x rotação do
constante até motor assíncrono trifásico com rotor de gaiola, pode ser deslocada ao longo do eixo da
a frequência rotação (veja a Fig. 11). Na faixa da proporcionalidade entre U e f (Faixa A) o motor é
de rede operado com fluxo constante, podendo ser carregado com torque constante. Quando a
tensão atinge o valor máximo e a frequência continua sendo aumentada, ocorre a dimi-
nuição do fluxo e, consequentemente, do torque disponível (atenuação do campo, faixa
F). Até o ponto de arriamento o motor pode ser operado na faixa proporcional (A) com
torque constante e na faixa de atenuação do campo (F) com potência constante. O tor-
que máximo MK diminui quadraticamente. A partir de uma determinada frequência tor-
na-se MK < torque disponível,
por exemplo, com frequência de inflexão f1 = 60 Hz
– e MK = 2 x MN a partir de 100 Hz
– e MK = 2,5 x MN a partir de 125 Hz.

60

00640BXX
Figura 11: Curvas características de funcionamento com torque constante e potência
constante (Faixa de atenuação do campo)

f1 = Frequência de inflexão
A = Faixa proporcional
F = Faixa de atenuação do campo

68 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Acionamentos trifásicos com conversores de frequência 3

Torque nominal Uma outra alternativa é a operação com tensão e frequência acima dos valores nomi-
constante até √3 x nais, por exemplo:
frequência de rede Motor: 220 V / 60 Hz (Conexão Δ)
Conversor: UA = 380 V a fmáx = 380/220 x 60 Hz = 104 Hz

380

220

00642BXX
Figura 12: Curvas características de funcionamento com
torque nominal constante

Pelo aumento da frequência, o motor poderia fornecer 1,73 vezes o valor da potência.
Entretanto, devido à alta carga térmica do motor em serviço contínuo, a SEW recomen-
da a escolha do motor com potência nominal próxima maior do catálogo (com classe de
isolação F!)
por exemplo: Potência do motor de catálogo PN = 4 kW
potência útil com conexão em 쑶 e fmáx = 104 Hz: PN‘ = 5,5 kW
Com isso, este motor ainda tem uma potência 1,37 vezes acima da potência de catálo-
go. Devido a operação com campo não atenuado, neste modo de operação o torque
máximo é mantido no mesmo nível como na ligação a rede.
Deverá observar-se o desenvolvimento de ruídos mais acentuados do motor devido a
rotação mais alta do ventilador, bem como a transmissão de maior potência pelo redutor
(escolher o fator fB com valor adequado). O conversor deverá ser dimensionado para a
potência mais alta (neste exemplo 5,5 kW) porque a corrente de serviço do motor, de-
vido a conexão em Δ é mais alta do que na conexão em 댴.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 69


3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência

Dimensiona-
mento do Motor
Ventilação Para um torque constante é pressuposta uma refrigeração constante dos motores, tam-
bém na faixa de baixas rotações. Isso não é possível com motores autoventilados uma
vez que, com a rotação decrescente também se reduz a ventilação. Se não for aplicada
uma ventilação forçada, deverá ser reduzido o torque. Com torque constante, uma ven-
tilação forçada poderá ser dispensada somente se o motor for sobredimensionado. A
superfície do motor maior em relação à potência de saída, pode dissipar melhor o calor
também à baixas rotações. O momento de inércia da massa maior poderá eventual-
mente tornar-se problemático.
Consideração do Na escolha da frequência máxima também devem ser considerados os dados do mo-
sistema global toredutor. A alta velocidade periférica do estágio de entrada, com as suas consequên-
cias (perdas por agitação, rolamentos e retentores sofrendo influências, formação de
ruídos), limita a rotação máxima admissível do motor. O limite inferior da faixa de fre-
quência é determinado pelo sistema global.
Suavidade da A suavidade da rotação em baixas velocidades é influenciada pela qualidade da tensão
rotação / Precisão de saída senoidal gerada. A estabilidade da rotação sob carga é determinada pela qua-
do controle lidade da compensação do escorregamento e de IxR ou alternativamente por um con-
trole da rotação através de um encoder instalado no motor.

3.4 Elaboração de projetos com conversores de frequência SEW


As curvas características de funcionamento do motoredutor trifásico utilizadas pela
SEW, estão descritas no capítulo Operação de motor com conversor de frequência /
curvas características de funcionamento. Indicações detalhadas para a elaboração de
projetos se encontram nos catálogos MOVIDRIVE®, MOVITRAC® B e MOVITRAC® LT.

Diretivas SEW Para a operação com conversor os motores devem ser executados na classe de isola-
para dimensio- ção F. Além disso, devem ser previstos termistores TF ou termostatos TH.
namentos Os motores devem ser operados somente com a potência próxima de catálogo ou com
ventilação forçada.

70 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Acionamentos trifásicos com conversores de frequência 3

Devido a faixa de rotações, rendimento e cos ϕ dá-se preferência para a utilização de


motores com 4 pólos. As possibilidades a seguir estão disponíveis para escolha:

Tabela 1: Execução dos motores


Faixa de rotação a Execução recomendada do motor
fmáx = 60 Hz
Potência Ventilação1) Classe de Termistor TF /
isolação Termostato TH
1:5 PC Própria F sim
1 : 20 e maior PN Forçada F sim
1) No caso de motores com freio, assegurar uma ventilação adequada da bobina de freio (veja o manual
dos freios, anteriormente à publicação: Prática da Tecnologia de Acionamentos – Freios a disco SEW)

PN = potência do motor de catálogo (sem redução)


PC = potência reduzida = utilização com a potência de catálogo do motor anterior

Faixa de Faixa de rotação é a faixa na qual o motor é operado constantemente. Baixas rotações
velocidade por curtos períodos (por exemplo, na partida ou em posicionamento) não precisam ser
consideradas na determinação da faixa.
Torque máximo Na escolha da rotação máxima na faixa de atenuação do campo com base na frequên-
cia máxima, deverá ser observado que o torque nominal MN60Hz (referente a frequência
nominal) se reduz proporcionalmente de forma inversa, o torque máximo MK, entretan-
to, de forma quadrática inversa. Para se garantir uma operação segura contra arriamen-
to, a relação MK/MN deverá permanecer > 1 (nós recomendamos no mínimo 1.25, veja
a Fig. 13).

60

60 70 80 90 100 110 120 130

00643BXX
Figura 13: Torque máximo diminuindo quadraticamente

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 71


3 Acionamentos trifásicos com conversores de frequência

Operação em A operação em paralelo de vários motores com um único conversor não garante ope-
paralelo rações sincronizadas. Em função da carga de cada um dos motores, a rotação poderá
diminuir por escorregamento em até cerca de 100 rpm entre funcionamento em vazio e
carga nominal. O desvio da rotação é quase constante por toda a faixa de rotações e
também não pode ser corrigido pelo conversor por compensação do escorregamento e
de IxR. As medidas de ajuste no conversor abrangem forçosamente todos os motores,
portanto, também os sem carga no momento.
Proteção do cabo Na operação de vários motores em paralelo com um só conversor, cada cabo de ali-
de alimentação mentação de motor deve ser equipado individualmente com um relé térmico (ou inter-
do motor ruptor automático como proteção combinada do cabo), porque a ação de limitação da
corrente do conversor abrange todos os motores operados em paralelo.
Barramento de É possível ligar e desligar motores individualmente em barramentos de alimentação su-
alimentação pridos por um conversor SEW. Em um barramento, a soma das correntes nominais dos
motores poderá resultar no máximo na corrente nominal do conversor, ou 125 % da cor-
rente nominal do conversor à carga quadrática, bem como, à operação com torque
constante sem sobrecarga.

Opcionais Os conversores de frequência podem ser complementados com funções adicionais,


conforme a necessidade. Devido a grande variedade de opcionais possíveis, com os
conversores de frequência SEW pode ser solucionado um grande número de aplica-
ções.
Estão disponíveis por exemplo:
• Opcionais para aplicações
– Controle da rotação
– Funções de entrada/saída
– Controle de operação sincronizada
– Controle de posicionamento
– Cames eletrônicos
– Serra móvel
– Bobinador/desbobinador com a tensão de tração mantida constante
• Opcionais para comunicação
– Unidades de controle manual
– Interfaces seriais
– Interfaces Fieldbus

72 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Servoacionamentos 4

4 Servoacionamentos

Informações detalhadas sobre servoacionamentos encontram-se nos catálogos


"Servomotoredutores", no Manual de Sistema "Conversores para Acionamentos
MOVIDRIVE®" e no manual "Prática da Tecnologia de Acionamentos Servoacionamen-
tos".

Figura 14: Conversores para acionamentos MOVIDRIVE® B, servomotores síncronos e


assíncronos respectivamente

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 73


4 Servoacionamentos

Definição Na moderna tecnologia de acionamentos, para muitas aplicações são feitas altas exi-
gências a:
• Dinâmica
• Precisão de posicionamento
• Precisão da rotação
• Faixa de variação
• Torque constante
• Capacidade de sobrecarga
Dinâmica As exigências à dinâmica, ou seja, o desempenho de um motor no tempo, resultam de
operações cada vez mais rápidas, da elevação dos tempos de ciclo e da produtividade
correlativa de uma máquina.
Precisão A alta precisão determina frequentemente as possibilidades de aplicação de um siste-
ma de acionamento. Um sistema de acionamento dinâmico moderno deve atender a
essas exigências.
Faixa de variação Servoacionamentos são sistemas de acionamento que apresentam um desempenho
da rotação dinâmico, altamente preciso e com capacidade de sobrecarga em uma larga faixa de
variação da rotação.

4.1 Servomotores
Estrutura A SEW oferece servomotores assíncronos e síncronos. Os estatores desses dois mo-
tores em princípio são semelhantes, enquanto que os rotores são de execuções distin-
tas:
• o servomotor assíncrono tem rotor de gaiola e o campo magnético é gerado por in-
dução
• o servomotor síncrono tem ímãs permanentes colados no rotor, os quais geram um
campo magnético constante

74 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Servoacionamentos 4

Curvas Na curva característica torque x rotação do servomotor, tornam-se visíveis três limites
características que devem ser observados no projeto de um acionamento:
torque x rotação 1. O torque máximo de um motor é determinado pela execução mecânica deste. No
servomotor síncrono, é importante a capacidade de carga dos ímãs permanentes.
2. Apresentam-se limitações de torque na faixa superior das rotações devido a tensão
nos bornes. Isso acontece em função da tensão no circuito intermediário e da queda
de tensão nos condutores. Devido a fcem (força contra-eletromotriz) a corrente má-
xima não pode mais ser aplicada.
3. Um outro limite é a utilização térmica do motor. Na elaboração do projeto é calculado
o torque efetivo. Esse deve situar-se abaixo da curva característica S1 para serviço
contínuo. Exceder o limite térmico poderá causar uma danificação da isolação da
bobinagem.

rpm rpm
rpm
rpm

rpm

00226BXX
Figura 15: Exemplo de curvas características torque x rotação de um servomotor síncrono e outro
assíncrono

VY = Ventilação forçada para motores síncronos


VR = Ventilação forçada para motores assíncronos

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 75


4 Servoacionamentos

4.2 Conversores para acionamentos MOVIDRIVE® B


Características O MOVIDRIVE® MDX60B/61B é a nova geração dos conversores de frequência da
SEW-EURODRIVE. A nova série B dos conversores de frequência MOVIDRIVE® apre-
senta uma estrutura modular, fornece funções melhores na faixa de potência mais bai-
xa, mais funções básicas e maior capacidade de sobrecarga.
Os acionamentos CA com a mais moderna tecnologia de conversor digital podem ser
utilizados sem restrições na faixa de potência de 0,55 até 250 kW. Os níveis de desem-
penho dinâmico e controle de qualidade podem ser obtidos com o MOVIDRIVE® para
motores assíncronos CA, onde anteriormente eram possíveis somente utilizando ser-
voacionamentos ou motores CC. As funções de controle integradas e a possibilidade
de melhorar o sistema com opcionais de tecnologia e comunicação, resultam em siste-
mas destinados a níveis de rendimento particularmente altos nas condições de sua am-
pla faixa de aplicações, planejamento de projeto, colocação em operação e funciona-
mento.

Emissão baixa Os conversores de frequência MOVIDRIVE® MDX60B/61B são produzidos conforme


normas de emissão particularmente baixa, mas com o habitual alto nível de qualidade.
Uma característica especial é o uso coerente de materiais de solda livres de chumbo,
na produção de eletrônicos. Estes processos livre de chumbo estão de acordo com a
Diretiva RoHS EU e a lei planejada no equipamento eletrônico.

Linha de Há três séries da linha de produtos MOVIDRIVE®:


produtos • MOVIDRIVE® MDX60B: conversor de frequência para motores assíncronos CA sem
realimentação por encoder. As unidades não possuem opcionais.
• MOVIDRIVE® MDX61B: conversor de frequência para motores assíncronos CA com
ou sem realimentação por encoder, ou para servomotores síncronos e assíncronos.
As unidades possuem opcionais.
• MOVIDRIVE® MDR60A: conversores de frequência MOVIDRIVE® (380/500 V) ope-
rando em modo regenerativo com realimentação de energia na rede de comunica-
ção.

Versões Os conversores de frequência MOVIDRIVE® MDX60B/61B são disponíveis em duas


versões cada, isto é, versão padrão e versão aplicação

Versão padrão As unidades são equipadas com sistema de controle de posicionamento integrado
IPOSPLUS®, como padrão. O MOVIDRIVE® MDX61B pode ser aumentado com os op-
cionais disponíveis. A versão padrão é indicada pelos dígitos "00" no final da denomi-
nação dos tipos.

Versão aplicação Além das características da versão padrão, estas unidades incluem as funções tecno-
lógicas "came eletrônico" e "operação em sincronismo angular interna". Pode-se tam-
bém utilizar todos os módulos aplicativos disponíveis no pacote MOVITOOLSplus® com
as versões aplicação. A versão aplicação é indicada pelos dígitos "0T" no final da de-
nominação dos tipos.

Systembus Com o Systembus (SBus) existente por padronização, várias unidades MOVIDRIVE®
podem ser interligadas. Com isso, pode ser realizada uma rápida transmissão de dados
entre as unidades.

76 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Servoacionamentos 4

Opcionais – Interfaces Fieldbus PROFIBUS, INTERBUS, CAN, DeviceNet e Ethernet


– Operação sincronizada
– Controle de posicionamento
– Placa de entrada/saída
– Avaliação de encoders absolutos e incrementais
– Unidade de controle com texto por extenso, removível, com memória
de parâmetros
– Unidade de potência regenerativa à rede
– Resistores de frenagem
– Filtros de rede, bobinas de rede, bobinas de saída, filtros de saída, etc.
– Módulos para aplicações

Pacote Smart Servo MOVITRAC® LTX

4.2.1 Descrição do Sistema

O pacote “Smart Servo” é dedicado ao controle de servomotores na faixa de torque de


0,8 a 13,1 Nm para redes monofásicas e trifásicas 220 V ou 380 V, em aplicações de
controle de velocidade, posicionamento, controle de torque, sincronismo angular e etc.
O pacote Standard é composto pelo novo conversor de frequência MOVITRAC® LTP-
B em conjunto com o módulo de leitura de encoder Hiperface LTX-H1A, servomotor e
cabos. Adicionalmente pode ser integrado ao Motion Controller MOVI-PLC para realiza-
ção de aplicações mais complexas.
Tem a finalidade de facilitar a especificação dos componentes e reduzir a quantidade
de variações.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 77


4 Servoacionamentos

4.3 Topologias de controle

Solução Completa Solução com controlador


SEW-EURODRIVE não SEW-EURODRIVE

Ethernet
PLC

Fieldbus
Módulo para
controle de
posicionamento
MOVI-PLC ® CCU Gateway

Interface:
Programação Pacote de software
- Step & Direction
MultiMotion / CCU / Application - +/- 10V analógico
MultiMotion light Configurator - Encoder TTL

Conforme

 
Aplicações Comunicação
especificação
com controle com 3 PDs
de velocidade do CLP do cliente

- Referenciamento - Referenciamento
- Posicionamento - Posicionamento
a) via Touch Probe Conforme
Aplicações com
b) via 6 PDs especificação
posicionamento
individual - Aplicativo Universal do CLP do cliente
de eixos incl. Sincronismo*

- Referenciamento
- Sincronismo
Aplicações angular
de múltiplos - Came eletrônico
eixos**

* em preparação - Máx. de 16 eixos via SBus - Máx. de 8 eixos


** não disponível para versão light - Backup de parâmetros no cartão SD via SBus

78 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Servoacionamentos 4

4.4 Principais itens do pacote standard

MOVITRAC® LTX

Módulo de servo LTX

Cabos pré fabricados

CMP® 40/50/71

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 79


4 Servoacionamentos

4.5 Fluxograma para a elaboração de projetos


No fluxograma a seguir é mostrado esquematicamente o procedimento na elaboração
do projeto de um acionamento para posicionamentos.
Informações necessárias para a máquina a ser acionada
• Dados técnicos e condições ambientais
• Precisão de posicionamento / Faixa de variação
• Cálculo do ciclo operacional
Cálculo dos dados de aplicação relevantes
• Potência estática, dinâmica, regenerativa
• Rotações
• Torques
• Diagrama operacional (carga efetiva)
Escolha do redutor
• Determinação do tamanho do redutor, redução do redutor e execução do redutor
• Verificação da precisão de posicionamento
• Verificação da carga do redutor (Ma máx ≥ Ma (t) )
Escolha do sistema em função de
• Precisão de posicionamento
• Faixa de variação
• Controle (Posição / Rotação / Torque)
Tipo de acionamento assíncrono ou síncrono
• Aceleração
• Torque máximo
• Rotação mínima de serviço do motor
Escolha do motor
• Torque máximo < 300 % MN
• Torque efetivo < MN à rotação média
• Relação dos momentos de inércia das massas JL / JM
• Rotação máxima
• Carga térmica (faixa de variação / fator de duração cíclica)
• Equipamento do motor
• Atribuição redutor-motor
Escolha do conversor
• Atribuição motor-conversor
• Potência contínua e potência máxima
• Escolha do resistor de frenagem ou do módulo regenerativo
• Escolha dos opcionais (controle / comunicação / funções de tecnologia)
Verificar se todas as outras exigências foram atendidas.

80 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Servoacionamentos 4

MOVIGEAR®

4.5.1 Descrição do Sistema

O MOVIGEAR® é um sistema mecatrônico descentralizado compacto, que compreen-


de redutor, motor de ímãs permanentes e conversor de frequência integrados em uma
estrutura única, fornecendo altíssimo nível de rendimento ao sistema, contribuindo para
a redução do consumo total de energia elétrica. Possui baixa emissão de ruído e está
disponível em dois tamanhos nas classes de torque de 20 Nm à 400 Nm com até 2,1kW
de potência contínua.
A unidade possui resistor de frenagem e encoder* incorporados, sem necessidade de
cabeamento externo adicional, grau de proteção IP65 ou IP66, diversos diâmetros de
eixo de saída e alta capacidade de sobrecarga de até 400%.
O conversor de frequência integrado ao MOVIGEAR® está disponível nas versões DBC
- Controle via entradas digitais, DAC - Controle via rede AS-Interface, DSC - Controle
via rede SBus e SNI - Controle via rede SNI com mestre MOVIFIT® FDC, onde a potên-
cia e a comunicação ocorrem em um único cabo, gerando grande economia na instala-
ção.

* opcional

Propriedades do
equipamento • Faixa de tensão 3 x 380 - 500 VCA
• Capacidade de sobrecarga de 200% por 5 minutos, 350% por 5 segundos e 400%
de pico*
• Operação em 4Q devido ao chopper de frenagem integrado e ao resistor de
frenagem instalado internamente como padrão
• Duas faixas de controle de rotação 200...2000 rpm na versão sem encoder e
1...2000 rpm na versão com encoder
• Função DynaStop, uma alternativa aos freios convencionais com alta eficiência
energética
• Filtro de rede integrado como padrão.
• LEDs para indicação de estados de operação e irregularidades
• Características para proteção completa do conversor de frequência e do motor (cur-
to circuito, sobrecarga, sobretensão/subtensão, sobretemperatura no conversor de
frequência, sobretemperatura no acionamento)

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 81


4 Servoacionamentos

• Certificação FDA e ECOLAB


• Certificado pela TÜV-SÜD como acionamento eficiente
• Função de segurança integrada
- STO (safe torque off conforme IEC 61800-5-2) pelo desligamento da entrada STO
- SS1(c) (parada segura 1, variante da função c conforme IEC 61800-5-2), por meio
de controle externo adequado (por ex. relé de segurança com desligamento atrasa-
do)
- Nível de desempenho e, conforme EN ISO 13849-1
- SIL 3 conforme IEC 61800-5-2

* dependendo da redução

M G F A S 2 - D S M - S N I - B / DSP
Opcional do MOVIGEAR®
DSP = Função de desaceleração eletrodinâmica DynaStop®
ECR = Faixa de controle ampliada
XT = Torque ampliado
IV = Conector

Versão do MOVIGEAR®

Tecnologia de instalação MOVIGEAR®


DBC = Direct Binary Communication
DAC = Direct AS-Interface Communication
DSC = Direct SBus Communication
SNI = Single Line Network Installation

Tipo do motor

Tamanho
2= Classe de torque 200 Nm
4= Classe de torque 400 Nm
Montagem da carcaça
T= Acionamento com braço de torção
S= Carcaça com roscas para montar um braço de torção
Variante do eixo
A= Redutor montado com eixo (eixo oco com chaveta)
T= Sistema de montagem TorqLOC® com eixo oco
Tipo do redutor
F= Redutor de eixo paralelo
Série do produto
MG = MOVIGEAR®

82 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Servoacionamentos 4

Proteção da
superfície A SEW-EURODRIVE oferece a seguinte medida de proteção opcional para operação
do MOVIGEAR® sob condições especiais do ambiente.

• Proteção OS da superfície
• Tratamento de alta proteção da superfície HP200 (somente em conjunto com o pa-
cote opcional para aplicações em áreas úmidas)

Além disso, também estão disponíveis medidas de proteção opcionais especiais para
os eixos de saída.

Em vez da proteção padrão da superfície, o MOVIGEAR® está disponível com proteção


da superfície OS1 até OS3, como opcional. O procedimento especial Z também pode
ser realizado e significa que os vãos da superfície são preenchidos com borracha antes
da pintura.

Proteção da superfície Condições do ambiente Exemplos de aplicações


Padrão Adequado para máquinas e sistemas em • Máquinas e sistemas na indústria
construções e ambientes fechados com automobilística
atmosferas neutras. • Sistemas de transportador em
Semelhante a categoria de corrosividade1): áreas logísticas
• C1 (insignificante) • Sistemas de transportador em
aeroportos

OS1 Adequado para ambientes propensos a con- • Sistemas em serrarias


densação e atmosferas com baixa umidade • Portões de galpão
ou contaminação, como aplicações em locais • Agitadores e misturadores
externos cobertos ou com proteção.
Semelhante a categoria de corrosividade1):
• C2 (baixa)

OS2 Adequado para ambientes com alta umidade • Funiculares e teleféricos


ou média contaminação atmosférica, como • Aplicações em pedreiras
aplicações em locais externos sujeitos a
desbotamento direto.
Semelhante a categoria de corrosividade1):
• C3 (moderada)

OS3 Adequado para ambientes com alta umidade • Sistemas de tratamento


e, de vez em quando, intensa contaminação • Pórticos
atmosférica e química. Às vezes, limpeza
• Aplicações em mineração
úmida ácida ou cáustica. Também para apli-
cações em áreas costeiras com carga de sal
moderada.
Semelhante a categoria de corrosividade1):
• C4 (alta)
Tratamento da superfície Para áreas higiênicas na indústria alimentícia • Transportadores higiênicos e
de alta proteção HP200 2) e de bebidas com limpeza úmida regular áci- assépticos na indústria de bebidas
da e cáustica. Propriedades antiaderentes • Sistemas em queijarias e açougues
sustentam o processo de limpeza mesmo em • “Zonas de respingo” na indústria
áreas inacessíveis. alimentícia

1) Conforme DIN EN ISO 12 944-2


2) Somente em conjunto com o pacote opcional para aplicações em áreas úmidas

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 83


4 Servoacionamentos

4.5.2 Formas construtivas

O MOVIGEAR® com pacote opcional para áreas úmidas é fornecido com compensação
de pressão e válvula de respiro instalada de acordo com a posição de montagem, isto
é porque o pacote opcional para áreas úmidas somente deve ser utilizado na posição
de montagem especificada no pedido.
As formas construtivas abaixo são válidas para o MOVIGEAR® com pacote opcional
para áreas úmidas e para o equipamento padrão:
• Forma construtiva
- M1
- M2
- M3 (somente após consultar a SEW-EURODRIVE)
- M4
- M5
- M6
• Entradas de cabos
- Posição 3 (não possível em conjunto com M4)
- Posição 2 (não possível em conjunto com M5)
- Posição X (não possível em conjunto com M6)

A figura a seguir mostra a posição do MOVIGEAR® nas formas construtivas M1 a M6.

* Forma construtiva M3 somente após consultar a SEW-EURODRIVE

84 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Servoacionamentos 4

4.6 MOVIGEAR® DBC-B - Direct Binary Communication

A versão para comunicação por entradas digitais do acionamento mecatrônico MOVI-


GEAR® DBC-B foi desenvolvida especificamente para aplicações stand-alone e com
funcionalidades simples. Por meio de chaves DIP e potenciômetros é possível realizar
a colocação em operação de maneira simples e rápida - sem a necessidade de um PC.
A unidade pode ser controlada através das entradas digitais, por um PLC central ou no
modo manual/local.

Características
• Colocação em operação simples sem PC através das chaves DIP e do
potenciômetro
• Rotações fixas e rampas parametrizáveis
• Controle de entrada digital e avaliação do relé de sinal através do PLC
• Modo local através das entradas digitais
• Interface para diagnósticos e parametrização

Exemplos de
aplicação • Transportadores simples
• Mesas giratórias
• Acionamentos com poucas variações de velocidade
• Aplicações stand-alone simples
• Nas aplicações que necessitam de um comportamento de partida e parada suaves
• Aplicações com 2 rotações fixas
• Nas aplicações com altos torques de partida

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 85


4 Servoacionamentos

Topologia de
instalação A figura abaixo mostra a topologia de instalação do MOVIGEAR® DBC-B:

[1] Dispositivo de comutação de segurança/controlador de segurança

4.7 MOVIGEAR® DAC-B - Direct AS-Interface Communication

MOVIGEAR® DAC-B para conexão fieldbus simples através de rede AS-Interface. O


acionamento mecatrônico MOVIGEAR® DAC-B é utilizado em aplicações de trans-
portadores horizontais com rede de comunicação AS-Interface. Rotações fixas e ram-
pas parametrizáveis, função de segurança integrada e opcionais de conexão para
sensores externos asseguram implementação rápida e muito eficiente dos sistemas de
manipulação de material. A unidade também pode ser controlada no modo manual/local
em caso de intervenções.

Características
• Rotações fixas e rampas parametrizáveis
• Controle através de rede AS-Interface
• Conexão de sensores externos no atuador
• Alimentação para sensores
• Modo local através das entradas digitais
• Interface para diagnósticos e parametrização

86 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Servoacionamentos 4

Exemplos de
aplicação • Transportadores de rolos
• Transportadores de bagagem
• Transportadores de paletes
• Mesas giratórias

Opcionais
AS-Interface O opcional AS-Interface está localizado na placa na caixa de ligação do MOVIGEAR®.
O MOVIGEAR® DAC-B está disponível com as seguintes versões AS-Interface:
• Escravo digital GLK30A
• Escravo duplo GLK31A para acionamento com vários ajustes de velocidade e ram-
pas

A figura abaixo mostra a topologia e os diagramas de percurso do MOVIGEAR® DAC-


B com os escravos da interface AS GLK30A [A] e GLK31A [B]:

[A] MOVIGEAR® DAC-B com escravo digital GLK30A


[B] MOVIGEAR® DAC-B com escravo duplo GLK31A
Acionamento com vários ajustes de velocidade e rampas
[1] Dispositivo de comutação de segurança/controlador de segurança
[2] Sensores

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 87


5 Redutores

5 Redutores

5.1 Redutores padrão para motoredutores


Informações detalhadas sobre redutores SEW encontram-se nos catálogos "Redu-
tores", "Motoredutores" e "Motoredutores planetários".

Motoredutores

Linha R

Motoredutor de engrenagens helicoidais

Linha F

Motoredutor de engrenagens helicoidais e


de eixos paralelos

Linha K

Motoredutor de engrenagens cônicas

Linha S

Motoredutor de rosca sem fim

88 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Redutores 5

Motoredutores

Linha W

Motoredutor de engrenagens Spiroplan®

Redutores Industriais

Linha X

Redutor de engrenagens helicoidais

Linha ML

Redutor de engrenagens helicoidais

Linha XP

Redutor Planetário de engrenagens de dentes retos

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 89


5 Redutores

Características O motoredutor SEW consiste de um dos motores elétricos (supra mencionados) com
um redutor, formando uma unidade construtiva única, compacta e com elevado rendi-
mento. Os critérios para a escolha do tipo de redutor adequado são, entre outros, es-
paço disponível, possibilidades de fixação e conexão com a máquina a ser acionada.
Estão disponíveis redutores de engrenagens helicoidais, redutores de eixos paralelos,
redutores de engrenagens cônicas em execução normal e em execução com folga re-
duzida, bem como, redutores de rosca sem-fim, redutores Spiroplan®, redutores pla-
netários com baixa folga.

Redutor de Uma unidade peculiar é o redutor de engrenagens helicoidais com mancal extendido.
engrenagens Ele é designado de RM e é utilizado principalmente para a aplicação em sistemas de
helicoidais com agitação. Os redutores RM estão dimensionados para forças radiais/axiais e momentos
mancal extendido de flexão, particularmente altos. Os demais dados correspondem aos redutores de en-
grenagens helicoidais padrão.

Redutores duplex Os redutores duplex são utilizados em aplicações, cujas rotações de saída são particu-
larmente baixas. Esses redutores são formados por um redutor de engrenagens helicoi-
dais na entrada do sistema modular, em combinação com um redutor de engrenagens
cônicas (K), ou de eixos paralelos (F), ou de rosca sem-fim (S), ou planetário (P) ou até
mesmo outro redutor de engrenagens helicoidais (R) no estágio de saída.

Rotação de saída, O tamanho do redutor depende do torque de saída. Esse torque de saída Ma é calcu-
Torque de saída lado a partir da potência nominal do motor PN e da rotação de saída do redutor na.

PN = Potência nominal do motor [kW]


na = Rotação de saída do redutor [rpm]
η = Rendimento do redutor

Determinação do Os motoredutores SEW oferecidos no catálogo são descritos ou pela potência forneci-
motoredutor da ou pelo torque fornecido a uma dada rotação de saída. Neste caso, outro parâmetro
adicional é o fator de serviço.

90 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Redutores 5

Rendimento de
redutor
Perdas Perdas típicas em redutores são perdas por atrito no engrenamento dos dentes, nos ro-
lamentos e nos retentores, bem como, perdas por agitação no óleo. Elevadas perdas
ocorrem em redutores de rosca sem-fim e em redutores Spiroplan®.
Quanto mais alta a rotação de entrada do redutor, maiores são as perdas.

Rendimento do Nos redutores de engrenagens helicoidais, de eixos paralelos, de engrenagens cônicas


engrenamento e planetários, respectivamente, o rendimento do engrenamento dos dentes, por estágio
dos dentes do redutor, situa-se em torno de 97 % a 98 %. Nos redutores de rosca sem-fim e nos
redutores Spiroplan® o rendimento do engrenamento dos dentes, dependendo da exe-
cução, situa-se entre 30 % e 90 %. Durante o período inicial de funcionamento nos re-
dutores de rosca sem-fim e nos redutores Spiroplan®, o rendimento ainda poderá ser
até 15 % menor. Com o rendimento estando abaixo de 50 %, o redutor estará estatica-
mente autotravante. Acionamentos dessa natureza poderão ser aplicados somente se
não apresentarem torques reversos, ou se esses forem tão fracos que o redutor não
possa ser danificado.

Perdas por Em determinadas formas construtivas, o primeiro estágio do redutor está totalmente
agitação imerso no óleo lubrificante, de modo que em grandes redutores com alta velocidade pe-
riférica no lado de entrada, apresentam perdas por agitação não desprezíveis.

Manter baixas Para redutores de engrenagens cônicas, redutores de eixos paralelos, redutores de en-
as perdas por grenagens helicoidais e redutores de rosca sem-fim, se possível, utilize a forma cons-
agitação trutiva básica M1, para manter baixas as perdas por agitação.

Potência Para redutores com forma construtiva crítica e com alta rotação de entrada é necessário
mecânica que se verifique a potência mecânica admissível em função das condições de instala-
incrementável, ção (local da instalação, temperatura ambiente, etc.). Nesses casos, favor consultar a
admissível SEW.

Número de Para motores ligados à rede, ocorre um aquecimento no momento da partida devido à
partidas alta corrente. Quanto maior o número de partidas, maior o aquecimento do motor. Por
essa razão, para a prevenção de possível queima, devemos conhecer o número máxi-
mo de partidas admissível que o motor poderá fornecer.

Obs.: Movimento vertical para baixo, considerar: ML.η e JX.η

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 91


5 Redutores

Para determinação do Kp, utilizar o gráfico abaixo

ED =
∑t e . 10 0
[% ];
Pes t
tS PM

ZP = Número de partidas por hora admissível [1/h]


Zo = Número de partidas por hora do motor em vazio [1/h]
ML = Momento de carga [Nm]
CH = Torque médio de aceleração [Nm]
η = Rendimento global (rendimento do redutor x rend. do sistema)
JM = Momento de inércia do motor [kg.m2]
JZ = Momento de inércia adicional do motor (ventil. pesado) [kg.m2]
JX = Momento da carga reduzida ao motor [kg.m2]
KP = Fator em função da pot. estática e do fator de duração ciclo ED
ED = Fator de duração do ciclo [%]
te = Soma dos tempos em carga [s]
ts = Duração do ciclo [s] (A duração máxima do ciclo é de 10 min.)

92 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Redutores 5

5.2 Dimensionamento de redutores padrão com fator de serviço


Esses redutores estão dimensionados para carga uniforme e poucas ligações. Em caso
de desvios dessas condições é necessário multiplicar o torque de saída teórico calcu-
lado ou a potência de saída, por um fator de serviço. Esse fator de serviço é determi-
nado essencialmente pelo número de partidas, pelo fator de aceleração da massa e
pelo período de trabalho diário. Em primeira aproximação podem ser aproveitados os
seguintes diagramas.
Em casos de particularidades específicas das aplicações, fatores de serviço mais altos
são baseados em respectivos valores empíricos. Com o torque de saída assim calcu-
lado, poderá ser determinado o redutor. O torque de saída admissível do redutor deverá
ser superior ou igual ao calculado.

t B [h/d]
24 16 8
III
1.8 1.7 1.6
1.5
1.7 1.6 II
1.5 1.4
1.6
1.3
fB 1.4
1.5
1.3
1.2 I
1.1
1.4
1.2 1.0
1.3 1.1 0.9
1.2 1.0 0.8
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
c/h

00656CXX
Fig. 16: Fator de serviço fB necessário para redutores R, F, K, W, S

tB = Período de operação em horas/dia [h/d]


c/h = Ciclos por hora
Dos ciclos fazem parte todas as operações de partida e frenagem, bem como, comutações de baixas para
altas rotações e vice-versa.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 93


5 Redutores

Classificação I uniforme, fator de aceleração de massa admissível ≤ 0,2


de carga II irregular, fator de aceleração de massa admissível ≤ 3
III altamente irregular, fator de aceleração de massa admissível ≤ 10

fa = Fator de aceleração de massa


JX = Todos os momentos de inércia de massa externos
JM = Momento de inércia de massa no lado do motor

Exemplo Para o cálculo de fator de serviço, devemos ter os seguintes dados:


Fator de
aceleração

Valores somente
6,03 10-3 Motor elétrico de referência:
de exemplo
195 10-4 DRE132S4 BE5

fa = 0,31 ≤ Curva II
Considerando tempo de trabalho = 16 h/d e 350 c/h.

Fator de serviço
fB > 1,8 Em algumas aplicações, entretanto, também poderão apresentar-se fatores de serviço
> 1,8. Esses são causados por exemplo, por fatores de aceleração de massa > 10, por
grande folga nos elementos de transmissão da máquina operatriz ou por altas forças
radiais. Nesses casos, favor consultar a SEW.
Determinação da As classificações de carga I a III são escolhidas com base nos valores mais críticos dos
classificação de momentos de inércia de massa, tanto externamente como também no lado do motor. É
carga possível interpolar entre as curvas I a III.
Fator de serviço No catálogo SEW, para cada motoredutor está indicado o fator de serviço. O fator de
SEW serviço representa a relação entre a potência nominal do redutor e a potência nominal
do motor. A determinação de fatores de serviço não é normalizada. Por essa razão, as
indicações sobre fatores de serviço dependem do fabricante e não podem ser compa-
radas.

94 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Redutores 5

Fatores de ser- Para a determinação de redutores de rosca sem-fim deverá ser considerada adicional-
viço adicionais mente a influência da temperatura ambiente e do fator de duração do ciclo. Na Fig. 17
para redutores de são mostrados os fatores de serviço adicionais para redutores de rosca sem-fim.
rosca sem-fim
fB1 I
1.8
II
1.6
III fB2

1.4 1.0

1.2 0.8

1.0 0.6
-20 -10 0 10 20 30 40 °C 0 20 40 60 80 100 % ED

00657DXX
Fig. 17: Fatores de serviço adicionais fB1 e fB2 para redutores de rosca sem-fim

ED = Fator de duração do ciclo


tB = Período de carga em min/h

Para temperaturas < – 20 °C favor consultar a SEW.

Fator de serviço Cálculo do fator de serviço total fBT para redutores de rosca sem-fim:
total para redu-
tores de rosca
sem-fim

fB = Fator de serviço do gráfico "Fator de serviço fB necessário"


fB1 = Fator de serviço conforme temperatura ambiente
fB2 = Fator de serviço para serviço temporário

5.3 Indicações importantes do pedido


É necessário a seguinte informação, além da forma construtiva dos redutores R, F, K e
S e motoredutores, para uma definição exata da configuração do acionamento.
Esta informação também é necessária para pedido dos motoredutores Spiroplan® (W)
que não dependem de uma forma construtiva especial.

Para todos os Observe as informações a seguir, para todos os redutores e motoredutores da SEW-
redutores e EURODRIVE.
motoredutores

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 95


5 Redutores

Sentido de rota- Se o acionamento tiver um contra recuo RS, é necessário indicar o sentido de rotação
ção da saída com do acionamento. Utilizar a definição a seguir:
contra recuo
Sentido Horário (CW)= Rotação horária
Verificação do eixo de saída:
Sentido Anti-horário (CCW)= Rotação anti-horária

CW
CCW A
CW CCW
60511AXX
Figura 18: Sentido de rotação da saída
Nos redutores angulares, também é necessário indicar se o sentido de rotação é dado,
olhando no eixo lado A ou B.

Posição do eixo Nos redutores angulares, também é necessário indicar a posição do eixo de saída e do
de saída e do flange de saída:
flange de saída • A ou B ou AB

60513AXX
Figura 19: Posição do eixo de saída e do flange de saída

Redutores para Servoacionamentos

Sempre consultar a SEW-EURODRIVE.

96 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Redutores 5

5.4 Forças radiais, forças axiais


Critérios adicionais para a escolha do tamanho de redutor são forças radiais e forças
axiais previstas. Para as forças radiais admissíveis são determinantes a resistência dos
eixos e a capacidade de carga dos rolamentos. Os valores máximos admissíveis indi-
cados no catálogo se referem sempre ao ponto de aplicação da força no centro da pon-
ta de eixo, com o sentido (da aplicação de força) desfavorável.
Ponto de aplica- Com o ponto de aplicação da força fora do centro, apresentam-se forças radiais ad-
ção da força missíveis maiores ou menores. Quanto mais perto do colar do eixo a força for aplicada,
mais altas poderão ser postas as forças radiais admissíveis e vice-versa. As fórmulas
para a aplicação da força fora do centro podem ser encontradas no catálogo "Motore-
dutores", capítulo "Projetos de redutores". O valor da força axial admissível pode ser
determinado com exatidão, somente conhecendo a carga da força radial.
A força radial na ponta de eixo, com transmissão do torque por meio de roda dentada
ou de engrenagem, resulta do torque de saída e do raio do elemento de transmissão
(roda dentada ou engrenagem).

F = Força radial [N]


M = Torque de saída [Nm]
r = Raio [m]

Determinação da Na determinação da força radial deve-se calcular com fatores de acréscimo fZ. Esses
força radial estão em função dos meios de transmissão aplicados: engrenagens, correntes, cor-
reias em V, correias planas ou correias dentadas. Para polias se adiciona a influência
da tensão prévia da correia. As forças radiais calculadas com o fator de acréscimo não
devem ser superiores à força radial admissível para o redutor.

Elemento de transmissão Fator de acréscimo fZ Observações


Acionamento direto 1,0 –
Engrenagens 1,0 ≥ 17 dentes
Engrenagens 1,15 < 17 dentes
Rodas dentadas para correntes 1,0 ≥ 20 dentes
Rodas dentadas para correntes 1,25 < 20 dentes
Correias em V 1,75 Influência da tensão prévia
Correias planas 2,50 Influência da tensão prévia
Correias dentadas 1,50 Influência da tensão prévia
Cremalheira 1,15 < 17 dentes (pinhão)

FR = Força radial [N]


Md = Torque de saída [Nm]
d0 = Diâmetro médio [mm]
fZ = Fator de acréscimo

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 97


5 Redutores

Definição da apli- A aplicação de uma força é definida conforme a Fig. 20:


cação de força
x

α α
FX

0° FA

- +

02355CXX
Fig. 20: Definição da aplicação de uma força

FX = força radial admissível no ponto X [N]


FA = força axial admissível [N]

Denominação das
formas construti-
vas

Exemplo de como especificar a quantidade de lubrificante em um motoredutor SEW-


EURODRIVE.
Para motoredutores na forma construtiva M4 teremos as válvulas dispostas conforme
imagem.

98 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Redutores 5

KA77DRE90L4

Tipo de lubrificação: Lubrificação por banho

Teremos a seguinte quantidade de lubrificante:

KA.., KH.., KV.., KAF.., KHF.., KVF.., KAZ.., KHZ.., KVZ.., KT..
Tipo do Quantidade de preenchimento em litros
redutor M1 M2 M3 M4 M5 M6
K..37 0.50 1.00 1.00 1.40 1.00 1.00
K..47 0.80 1.30 1.60 2.15 1.60 1.60
K..57 1.20 2.20 2.40 3.15 2.70 2.40
K..67 1.10 2.40 2.70 3.70 2.60 2.60
K..77 2.10 4.10 4.60 5.9 4.40 4.40
K..87 3.70 8.2 8.8 11.1 8.0 8.0
K..97 7.0 14.7 15.7 20.0 15.7 15.7
K..107 10.0 20.5 24.0 32.4 24.0 24.0
K..127 21.0 41.5 43.0 52.0 40.0 40.0
K..157 31.0 66.0 67.0 87.0 62.0 62.0

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 99


6 Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos

6 Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos

6.1 Movimentos básicos


Todas as aplicações podem ser subdivididas em dois movimentos básicos:

Movimento linear (acionamento de sistemas de Movimento circular (mesa rotativa)


translação, elevação)
Percurso s [m] Percurso angular ϕ [rad] ou [°]
rad é o grau ciclométrico
no círculo de raio e é sem
unidade [rad] = 1
360 ° Ⳏ 6,28 rad
Velocidade v [m/s] Velocidade angular ω [rad/s] ou [1/s]
Rotação n [rpm]
ω=2·π·n
Aceleração a [m/s2] Aceleração angular α [rad/s2] ou [1/s2]
Força F [N] Torque M [Nm]
Massa m [kg] Momento de inércia J [kgm2]
de massa
Raio r [m] Diâmetro D [m]

Relações Para movimento retilíneo ou linear, vale:


cinemáticas

v = constante a = constante
Percurso

Velocidade

Aceleração

Tempo

100 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos 6

Para movimentos circulares, vale:

ω = constante α = constante
Percurso

Velocidade

Aceleração

Tempo

Conversão movi- Uma vez que um motoredutor, independentemente da aplicação, sempre tem um mo-
mento linear / vimento circular como base, o movimento linear deve ser convertido em um movimento
circular circular e vice-versa.

Ângulo

Velocidade
rpm

Aceleração

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 101


6 Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos

6.2 Momento de inércia


Redução dos Para que possa ser calculado o desempenho de um acionamento na partida e na
momentos de frenagem, todos os momentos de inércia de massa a serem acelerados devem ser re-
inércia de massa feridos ao eixo do motor e somados. Aqui, segundo a norma da conservação de ener-
externos gia, todas as relações de transmissão entram em quadrado.

Momento de
inércia de
massa externo
JL = Momento de inércia de massa da carga
JX = Momento de inércia de massa externo reduzido para o eixo do motor
iT = Redução total

Disso resulta um movimento circular como aplicação:

Movimento
circular
N

n= Rotação conforme redução total (transmissão intermediária e redutor)


nM = Rotação do motor

Da mesma forma, também uma massa m movimentada linearmente pode ser reduzida
para o eixo do motor:

Movimento
linear ,
N rpm

102 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos 6

Corpos rotativos Momentos de inércia de massa de corpos rotativos característicos


Corpo Posição do eixo Símbolo Momento de inércia de massa J
de rotação
Perpendicular à
Anel circular, parede fina
superfície plana
Cilindro oco, parede fina
do anel

Cilindro maciço Eixo longitudinal

Cilindro oco,
Eixo longitudinal
parede grossa

Perpendicular à
Disco superfície plana
do disco
Eixo de simetria na
Disco superfície plana do
disco

Esfera Passando pelo centro

Esfera oca, de parede fina Passando pelo centro

Barra fina, com compri- Perpendicular no


mento l meio da barra

A
S
a

Teorema de
Steiner
JS = Momento de inércia de massa de um corpo, referido a um eixo de rotação passando pelo
centro de gravidade S
JA = Momento de inércia de massa do mesmo corpo, referido a um eixo de rotação passando por A
a = Distância entre os dois eixos paralelos entre si
m = Massa do corpo

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 103


6 Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos

6.3 Potência estática ou dinâmica


A potência total de cada aplicação se subdivide em potência estática e dinâmica, res-
pectivamente. A potência estática é a potência à velocidade constante, principalmente
as forças de atrito e forças gravitacionais. A potência dinâmica é a potência necessária
para acelerações e desacelerações. Em aplicações diferentes, ambas as parcelas de
potência, têm efeitos diferentes.

Horizontal / A explicação dessa relação, com base em movimentos verticais e horizontais, respec-
Vertical tivamente:

m m

Para poder comparar melhor as aplicações, partimos da mesma massa, da mesma ve-
locidade e da mesma aceleração.
Força Movimento vertical Movimento horizontal
Força gravitacional grande zero
Força de aceleração mesma intensidade
Força de atrito desprezado no exemplo atual

Esse exemplo mostra que um sistema de elevação necessita de uma potência superior
à de um sistema de translação. Além disso, no sistema de elevação, o tamanho do mo-
tor é determinado até 90 % pela força gravitacional, portanto, potência estática.
Contrariamente a isso, no sistema de translação, o tamanho do motor é determinado
até 90 % pela força de aceleração, portanto, potência dinâmica.
Sistema de Outro caso de aplicação é um sistema de elevação com contra-peso. Com 100 % de
elevação com compensação de peso, a força gravitacional se torna zero, entretanto, a potência de
contra-peso aceleração dobra porque a massa a ser acelerada dobrou. A potência total, entretanto,
é inferior a de um sistema de elevação sem contra-peso.

104 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos 6

6.4 Forças de resistência


Forças de resistência são forças que agem em sentido contrário do movimento.

Forças de resis- Atrito estático e atrito de deslizamento


tência estáticas

Força de atrito

FR = Força de atrito [N]


μ = Coeficiente de atrito
FN = Força peso perpendicular em relação à superfície [N]

Força peso

m = Massa [kg]
g = Aceleração devido à gravidade [m/s2]
α = Ângulo de inclinação [°]

Resistência à
translação

FF = Resistência à translação [N]


D = Diâmetro da roda livre [mm]
μL = Coeficiente de atrito do mancal
d = Diâmetro do mancal [mm]
f = Braço de alavanca do atrito rolante [mm]
c = Coeficiente de atrito lateral (flange da roda)

A resistência à translação se compõe de:

Atrito rolante

Atrito do mancal

Atrito do flange
da roda

Forças gravitacionais

Sistema de ele-
vação vertical
Força negativa sen

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 105


6 Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos

Forças de resis- Força de aceleração


tência dinâmicas

Movimento linear

Movimento
circular

6.5 Torques
Movimento linear

Movimento rpm
circular
,

6.6 Potências
Movimento linear

Movimento rpm
circular

6.7 Rendimentos
O rendimento total da instalação se compõe pela multiplicação de todos os rendimentos
unitários no acionamento. Geralmente são os seguintes:
• Rendimento do redutor ηG
• Rendimento da carga ηL
Rendimento total ηT = ηG · ηL
Esse rendimento total deve ser considerado distintamente para potência estática e
dinâmica, respectivamente.

106 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos 6

6.8 Cálculo de fusos


Rotação do fuso

rpm

n = Rotação do fuso
v = Velocidade da carga
P = Passo do fuso

Percurso angular

ϕ = Percurso angular do fuso


s = Percurso da carga
P = Passo do fuso

Aceleração
angular

α = Aceleração angular do fuso


a = Aceleração da carga
P = Passo do fuso

Torque estático

F = Força de resistência da carga, por ex. por atrito


P = Passo do fuso
M = Torque estático
η = Rendimento do fuso (veja o apêndice)

Torques dinâmicos são calculados segundo as fórmulas do movimento linear.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 107


6 Fórmulas da Tecnologia de Acionamentos

6.9 Fórmulas especiais


Esclarecimentos sobre os símbolos, veja a legenda.

Tipo Movimento horizontal e movimento ro- Movimento vertical para baixo (cálculo
tativo, movimento vertical para cima simplificado com rotação síncrona)
Tempo de
aceleração [s] N

, C
, C

Tempo de
comutação [s] , ,

Tempo de
frenagem [s] , ,

Percurso na
partida [mm] N

Percurso na
comutação [mm]

Percurso no posi-
cionamento [mm]

Precisão de , ,
posicionamento

Aceleração na
partida [m/s2] N

Desaceler. na co- N N
mutação [m/s2]
N N N

Desaceler. na
frenagem [m/s2]

Número de
partidas [c/h] C C

Energia de
N N
frenagem [J] , ,

Vida útil do freio


(até reajuste) [h]

108 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Especificação Dimensionar com base nos dados a seguir, um motor trifásico com freio e redutor de
engrenagens helicoidais:

Massa do carro de translação: m0 = 1500 kg


Massa da carga: mL = 1500 kg
Velocidade: v = 0,5 m/s
Diâmetro da roda: D = 250 mm
Diâmetro do mancal: d = 60 mm
Superfícies de contato: Aço/Aço
Braço de alavanca do atrito rolante: Aço sobre aço f = 0,5 mm
Coeficiente de atrito lateral para mancal c = 0,003
(flange da roda):
Coeficiente de atrito do mancal: para mancal μL = 0,005
Transmissão intermediária: Transmissão intermediária por corrente,
iV = 27/17 = 1,588
Diâmetro da roda dentada para corrente d0 = 215 mm
(acionado):
Rendimento da carga: ηL = 0,90
Fator de duração do ciclo: 40 % ED
Número de partidas: 50 ciclos/hora com carga e 50 ciclos/hora
sem carga, 8 horas/dia

São acionadas 2 rodas. As rodas não devem patinar na partida.

00777AXX
Fig. 21: Acionamento de sistema de translação

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 109


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

7.1 Cálculo do motor elétrico

Resistência à
translação

com carga , , , ,

sem carga , , , , ,

Para o cálculo da resistência à translação é insignificante o número de rodas livres em


aplicação.

Potência estática A potência estática PS considera todas as forças que se apresentam no estado de não
acelerado. Essas forças são, entre outras:
– Atrito rolante
– Forças de atrito
– Força de elevação na subida
– Força devido à pressão do vento

Rendimento ηT é o rendimento total da instalação, consistindo do rendimento do redutor ηG e do ren-


dimento de elementos de transmissão externos ηL. Os rendimentos dos elementos de
transmissão podem ser obtidos no apêndice com tabelas.
Engrenagens heli- O rendimento do redutor de engrenagens helicoidais e cônicas respectivamente, pode
coidais e cônicas, ser estimado com ηG = 0,98 por estágio de engrenamento (por exemplo, redutor de 3
respectivamente estágios: ηG = 0,94). Os rendimentos de redutores de rosca sem-fim podem ser obtidos
no catálogo de motoredutores SEW, sob consideração da redução do redutor.
Uma vez que até esse momento o redutor ainda não está determinado, calcula-se com
o valor médio de redutores de 2 e de 3 estágios ηG = 0,95.
Rendimento O rendimento da carga está em função dos elementos de transmissão depois do redu-
da carga tor (por ex. correntes, correias, cabos, peças dentadas ...).
Do apêndice: Rendimento de correntes ηL = 0,90 ... 0,96.
Não estando disponíveis valores exatos, calcula-se com o menor valor (ηL = 0,90).

Rendimento total , , ,

110 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

Rendimento Rendimentos reversos podem ser calculados, conforme fórmula a seguir:


reverso

Disso se depreende que a um rendimento de 50 % (0,5) ou menor, o rendimento rever-


so se torna 0 (autotravamento estático!).

Potência estática

,
com carga ,
,

, ,
sem carga ,
,

A potência estática calculada se refere ao eixo do motor.


Essa potência é somente uma parte da potência exigida pelo motor, uma vez que nos
acionamentos horizontais a potência de aceleração (= potência dinâmica) é determi-
nante.

Potência A potência dinâmica é a potência que acelera o sistema todo (carga, elementos de
dinâmica transmissão, redutor e motor). Nos acionamentos não controlados eletronicamente o
motor disponibiliza um torque de aceleração, com o qual esse sistema é acelerado.
Quanto maior o torque de aceleração, maior é a aceleração.
Em geral, os momentos de inércia de massa de elementos de transmissão e de redu-
tores podem ser desprezados. O momento de inércia do motor ainda não é conhecido,
uma vez que o motor ainda deve ser determinado. Por essa razão, deve agora ser cal-
culado um motor por aproximação, exclusivamente via potência dinâmica para a acele-
ração da carga. Entretanto, uma vez que nos acionamentos de sistemas de translação
a relação entre momento de carga e momento de inércia de massa do motor geral-
mente é bem alta, aqui o motor já pode ser determinado com bastante precisão. Mesmo
assim é necessária uma verificação posterior.

Potência total

PT = Potência total
PDL = Potência dinâmica da carga
PDM = Potência dinâmica do motor
PS = Potência estática
η = Rendimento total

O valor faltante da aceleração de partida admissível aP ainda deve ser calculado. Aqui
o critério é que as rodas não devem patinar.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 111


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Aceleração de par- As rodas patinam quando a força periférica FU se torna superior à força de atrito FR.
tida admissível

Caso
Força periférica
extremo:
m’ = massa sobre as rodas motrizes, com 2 rodas acionadas é m’ = m/2
μ0 = 0,15 (coeficiente de atrito estático aço/aço, veja o apêndice)

Aceleração , , ,
admissível

Com a aceleração sendo inferior à aceleração admissível aP, as rodas não patinam.

Potência total (sem potência dinâmica do Motor)

, , ,
com carga 1,45 kW
, ,

, , , ,
sem carga 0,724 kW
, ,

Aceleração suave A patinagem das rodas por alta aceleração deve ser impedida. Por essa razão é esco-
lhido um motor de 4 pólos. Devido à baixa relação entre o momento de inércia de massa
externo e o momento de inércia de massa do motor é necessária mais energia para
acelerar o motor até a alta rotação. A operação de aceleração é mais suave.

Torque de Nos motores de 4 pólos dessa classe de potência, o torque de aceleração CH é até 3x
aceleração maior do que o torque nominal. Uma vez que a aceleração introduzida representa a
aceleração máxima admissível, escolhemos primeiro um motor cuja potência nominal
é inferior à potência total Ptotal calculada para o estado de vazio.

Motor escolhido DRS71S4 /BE05 Dados do catálogo "Motoredutores"


PN = 0,37 kW
nN = 1700 rpm
CH/CN = 1,9
JM = 6,2 · 10–4 kgm2

112 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

Verificação Até aqui o cálculo foi feito sem dados do motor. Por isso, é necessário um recálculo com
dados do motor.
Desempenho Momento de inércia de massa externo reduzido para o eixo do motor, no estado de va-
na partida zio:

Momento de inércia ,
-
de massa externo , , 1,18 10
sem carga N 1700 rpm

Momento de inércia -
de massa externo 2,37 10
com carga

Torques

0,37
Torque nominal a 2,08
N 1700 rpm

Conjugado médio C C 2,1 1,9


C CN (tabela de motores)
de aceleração CN C 3,99

ML é um falor de cálculo
, , , puro sem o rendimento.
Momento de carga ,
sem carga 0,34
N 1700 rpm

Momento de carga , , ,
com carga 0,67
N 1700 rpm

Tempo de partida sem carga

0,0118
0,00062 1700 rpm
N ,
0,53
, 3,99 0,34
, C ,

Aceleração na partida, sem carga

,
0,94
0,53

A aceleração na partida, sem carga, está inadmissivelmente alta. Com um aumento do


momento de inércia de massa do motor, por ex. por montagem de um ventilador pesa-
do, a aceleração poderá ser reduzida. Isso, entretanto, reduz o número de partidas ad-
missível. Também a escolha de um motor menor poderá reduzir a aceleração.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 113


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Ventilador pesado Novo recálculo sem carga e com ventilador pesado (JZ = 21,3 x 10-4 kgm2):

, C
Tempo de Partida
1,18 10-
0,00062 0,0043 1700 rpm
,
0,82
0,34
, 3,99
,

Aceleração na ,
partida 0,61
0,82

A aceleração na partida, sem carga, se encontra na faixa admissível.


Com isso foi encontrado um motor adequado.

Tempo de partida e aceleração na partida com carga.

, C
Tempo de partida
-
2,37 10
0,00062 0,00213 1700 rpm
,
1,7
0,67
, 3,99
,

Aceleração na ,
partida 0,29
1,7

Percurso na partida 1,7 , 425

114 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

Número de parti-
das admissível

C
Com carga

Número de partidas do motor em vazio conforme catálogo, com retificador


7600 de freio BGE.

0,142
0,38 ,
0,37

0,67
3,99 ,
7600 - , 86
2,37 10
0,00062 0,00213
,
0,00062

0,071
Sem carga 0,19 0,85
0,37

0,34
3,99 ,
7600 , 216
1,18 10-
0,00062 0,00213
,
0,00062

Com a seguinte fórmula pode ser determinado o número de partidas admissível para a
combinação de um número igual de ciclos com e sem carga, por ciclo:

Com carga e 86 . 216


61
sem carga 86 + 216
ZC = número de partidas por ciclo
ZPL = número de partidas admissível, com carga
ZPE = número de partidas admissível, sem carga

A exigência de 50 ciclos por hora pode ser atendida.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 115


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Desempenho de
frenagem
Torque de Os valores da aceleração e da desaceleração devem ser semelhantes. Além disso
frenagem deve observar-se que a resistência à translação e, portanto, o momento de carga daí
resultante apóia o torque de frenagem.

Torque de frenagem C 3,99 0,67 , 2,25

0,00062 0,00213 0,0237 , 1700 rpm


Tempo de frenagem N 1,54
, L , , 0,87 ,

,
Desaceleração na
frenagem 0,32
1,54

Percurso de , , 1,54 387


posicionamento

t2 = t2II = 0,005 s para controle do freio nos lados CC e CA (veja o catálogo "Motoredutores", capítulo
Motores trifásicos com freio).

Precisão de , , 387 46,5


frenagem

116 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

Trabalho do freio O trabalho do freio é transformado em calor e, esse trabalho é uma medida para o des-
gaste das lonas de freio.

Com carga N
,
, 0,00062 0,00213 0,0237 , 1700 rpm
294
, 0,67 , ,

, 0,00062 0,00213 0,0118 , 1700 rpm


180
Sem carga , 0,34 , ,

O carro translada alternadamente no estado com carga ou sem carga, de modo que
para o cálculo da vida útil do freio até a regulagem, deve ser posto o valor médio da
energia de frenagem WB

294 180
Trabalho do freio 237

WN = trabalho nominal do freio por frenagem


Vida útil do freio 5887 (veja o apêndice)
até a regulagem 237 86

Após 5.887 horas de funcionamento (a 8 horas/dia = aproximadamente 1 ano) o mais


tardar, deveria ser reajustado o freio e verificado o disco de freio.

7.2 Dimensionamento do redutor

,
Rotação de saída
, , , rpm

N 1700 rpm
Redução do redutor 28
, rpm

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 117


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Fator de serviço Para serviço de 8 horas/dia e 86 ciclos/hora, ou seja, 172 operações de partida e de
frenagem por hora, com base na fig. "Fator de serviço fB" no capítulo "Redutores", é cal-
culado o seguinte fator de serviço:

0,0237
fa 8,62
0,00062 0,00213 ⇒ Classificação de carga 3

Com um fator de aceleração de massa > 10, o que não é raro nos acionamentos de sis-
temas de translação, deve observar-se que a instalação apresenta a menor precisão de
posicionamento. Caso contrário, com ligação à rede poderiam ser causados danos do
redutor.

Potência de A potência de referência para o cálculo do redutor, por princípio é a potência nominal
referência do motor.

0,37
Torque de saída 58
, rpm

58
Força radial Ra , 1072

Número de dentes < 20, portanto fZ = 1,25 (veja o cap. 6.4 "Forças radiais, forças
axiais")
Para acionamentos por correia deve adicionalmente observar-se a força da tensão
prévia: FRa_zul = 3530 Nm.

Redutor escolhido R17DRS71S4 /BE05 /TF Dados do catálogo "Motoredutores"


na = 60 rpm
Ma = 59 Nm
i = 28,32

118 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

7.3 Acionamento para sistema de translação com 2 velocidades


O acionamento mencionado no exemplo anterior deverá desenvolver o percurso com
1/4 da velocidade, na operação de preparação, com motor com polaridade 8/2. Adicio-
nalmente, a precisão de posicionamento deverá ser reduzida para ± 5 mm. As con-
dições estáticas permanecem inalteradas.
Especificação: Massa do carro: m0 = 1500 kg
Massa da carga: mL = 1500 kg
Velocidade: v = 0,5 m/s
Diâmetro da roda : D = 250 mm
Transferido do exemplo anterior:
Resistência à translação : FF = 241 N
Potência estática: PS = 0,14 kW
Rendimento Total: ηT = 0,85

Desaceleração O procedimento é o mesmo como no exemplo anterior, entretanto, o ponto crítico nos
na comutação motores com pólos comutáveis não é a aceleração na partida, mas sim, a desacelera-
ção na comutação da alta, para a baixa rotação. Motores com pólos comutáveis propor-
cionam como torque de comutação aproximadamente 2,5 vezes o valor do torque de
aceleração da "bobinagem lenta".
O torque de aceleração da "bobinagem lenta" nos motores da faixa de potência espe-
rada é aproximadamente 1,7 x o torque nominal. Com isso o torque de comutação es-
perado fica, aproximadamente:

Torque de , , ,
comutação
MN8P= torque nominal da bobinagem com 8 pólos

Escolha do motor Por essa razão é escolhido primeiro um motor cuja potência nominal de 8 pólos seja
menor, no mínimo pelo fator 4,25 do que à potência dinâmica calculada a partir da carga
a uma aceleração admissível.
0,74 = aceleração admissível (aP)
, ,
Potência dinâmica
,

Potência Total

ou 0,34 kW
,

Motor escolhido DRS71S8/2 /BE05 Dados do catálogo "Motoredutores"


PN = 0,06 / 0,25 kW
nN = 850 / 3470 rpm
CH/CN = 1,8/1,6
JM = 4,9 · 10–4 kgm2
Z0 = 1600 / 7200 h-1
CN = 0,674 / 0,688 Nm

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 119


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Torque nominal do motor, para a rotação com 2 pólos

,
Torque nominal C 0,69
3470 rpm

Conjugado de C 1,6 0,69 1,1


aceleração
ML é uma mera grandeza de
, , , cálculo, sem rendimento
Momento de carga 0,33
3470 rpm

,
Momento de inércia , , 0,00568
da massa externa 3470 rpm

0,00568
0,00049 3470 rpm
N ,
Tempo de partida 3,66
0,33
, C , 1,1
,

Aceleração na ,
partida 0,14
3,66

Desaceleração na Nos motores com pólos comutáveis, entretanto, é decisiva a desaceleração na comu-
comutação tação

Tempo de comutação
, C
Torque de 1,8 0,674 1,2 , 1,2 3
comutação

0,00049 0,00568 , 3470 850 rpm


Tempo de comutação 0,51
, 3 0,33 ,

850 rpm
Aceleração na
N ,
comutação N 3470 rpm
0,74
0,51

120 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

Na comutação sem carga o valor se situa em torno de 1,5 m/s2. Conforme já foi calcu-
lado no exemplo anterior, a aceleração máxima admissível, entretanto, é de aproxima-
damente aP = 0,74 m/s2. O desempenho na comutação agora pode ser melhorado pe-
las duas possibilidades abaixo descritas.

Ventilador pesado Com o ventilador pesado, devido à sua alta massa centrífuga, prolonga-se o tempo de
comutação. O número de partidas admissível, entretanto, fica reduzido consideravel-
mente.

Unidade de Com a unidade WPU se aproveita a redução do torque de comutação (em aproxima-
comutação suave damente 50 %) na comutação em duas fases. A terceira fase é ligada automaticamente.
(WPU) Nós escolhemos a solução com WPU, porque não queremos aceitar perdas no número
de partidas. Em casos extremos também é possível aplicar os dois meios juntos.
Com isso, para o caso da operação sem carga, fica:

0,00049 0,00284 , 3470 850 rpm


Tempo de comutação 0,55
, 1,5 0,165 ,

850 rpm
Aceleração na ,
3470 rpm
comutação 0,68
0,55

Obs.: 40% ED e 50 ciclos a 8 horas

Número de partidas C
admissível,
com carga

0,33
1,1 ,
7200 0,4 127
0,00568
0,00049
,
0,00049

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 121


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Aquecimento Além disso, devido ao aquecimento adicional na comutação, deve ser incluído no cál-
adicional na culo um fator de 0,7. Com isso o acionamento tem condições de deslocar o carro com
comutação carga completa, com um número de partida ZPL = 127 · 0,7 = 89 vezes.
O número de partidas admissível aumenta se o motor estiver equipado com classe de
isolação H, ou com ventilação forçada.
Uma outra possibilidade de se aumentar o número de partidas admissível, é a partida
na velocidade lenta (na bobinagem de polaridade superior).
Com partida na baixa rotação e subsequente comutação para a alta rotação, o número
de partidas calculado diminui cerca de 25 %.
Aqui, entretanto, se apresenta um golpe de carga adicional, indesejável para algumas
aplicações. Além disso, aumenta o tempo de ciclo.

Número de O carro se desloca carregado em um sentido e volta sem carga. O número de partidas
partidas de admissível com carga, conforme calculamos acima, é de 89 c/h. Com as fórmulas an-
vários ciclos teriores e sem carga, agora pode ser calculado o número de partidas sem carga.

Resistência à
translação

, , , ,

ML é uma mera grandeza de


, , 9,55 cálculo, sem rendimento
Torque estático 0,16
N 3470 rpm
0,16
1,1 ,
7200 0,4 163
Número de partidas 0,00568
admissível 0,00049
,
0,00049

O motor atinge a capacidade térmica máxima após 89 c/h com carga, ou 163 c/h sem
carga.

122 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

Para expressar isso em ciclos deve ser calculado um valor médio segundo a seguinte
fórmula:

163 89
Número de partidas 57
admissível 163 89

Mais de 2 espé- Com mais de 2 espécies de carga diferentes as partidas individuais devem ser conver-
cies de carga tidas em respectivas ligações em vazio.
Suposição O sistema de translação se desloca ao longo de um plano inclinado.
O ciclo é o seguinte:
1. percurso: com carga, para cima
2. percurso: com carga, para baixo
3. percurso: com carga, para cima
4. percurso: sem carga, para baixo
Depois disso o ciclo se reinicia.

Valores para Os valores são escolhidos arbitrariamente.


o número de
Número de partidas Com carga, Com carga, Sem carga, Sem carga,
partidas subida descida subida descida
Número de partidas 49 402 289 181
[c/h]

Número de parti- O número de partidas do motor em vazio, conforme catálogo, é de 1600 c/h.
das em vazio Primeiro se calcula quantas ligações em vazio correspondem a uma ligação com carga
no respectivo percurso.

1600/49 = 32,6 com carga para cima (32,6 ligações em vazio correspondem
a uma partida com carga)
+ 1600/402 = 4,0 com carga para baixo
+ 1600/49 = 32,6 com carga para cima
+ 1600/181 = 8,8 sem carga para baixo
78
Em palavras Das 1200 c/h que o motor pode operar em vazio, para cima, durante um ciclo são "con-
sumidas" 78 ligações em vazio.
Com isso podem ser operados 1600/78 = 20,5 ciclos por hora.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 123


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Cálculo da pre- Os cálculos se referem ao percurso com carga, uma vez que o percurso de frenagem
cisão de posicio- é mais longo e, por conseguinte, aqui a precisão de posicionamento é menor do que no
namento percurso sem carga.

Torque de O torque de frenagem escolhido é de 2,5 Nm, como no exemplo anterior.


frenagem

N
Tempo de frenagem
,

0,00049 0,00568 , 850 rpm


0,16
, , 0,33 ,

,
Desaceleração na
frenagem 0,81
0,16

Percurso de
frenagem

t2 = t2II = 0,005 s para ligação do freio nos lados CC e CA.

, , 0,16 11,05

Precisão de
posicionamento
0,12 0,12 11,05 1,33

124 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

7.4 Acionamento para sistema de translação com conversor de frequência


Especificação Um carro com um peso sem carga m0 = 500 kg deverá transportar uma massa de carga
de mL = 5 t em um percurso de sT = 10 m em tT = 15 s. Na volta o carro translada sem
carga devendo portanto, desenvolver o dobro da velocidade.
Para a aceleração é fixado a = 0,5 m/s2. Adicionalmente devem ser planejados 0,5 s de
deslocamento para posicionamento, depois da rampa de desaceleração para uma me-
lhor precisão de posicionamento.

00780AXX
Fig. 22: Diagrama velocidade/tempo

Diâmetro da roda: D = 315 mm


Diâmetro do mancal: d = 60 mm
Superfícies de contato: aço/aço
Braço de alavanca do atrito rolante: aço sobre aço f = 0,5 mm
Coeficiente de atrito lateral para mancal c = 0,003
(flange da roda):
Coeficiente de atrito do mancal: para mancal μL = 0,005
Transmissão intermediária: Transmissão intermediária por
corrente, iV = 27/17 = 1,588
Diâmetro da roda dentada para corrente d0 = 215 mm
(acionado):
Rendimento da carga: ηL = 0,90
Rendimento do redutor: ηG = 0,95
Fator de duração do ciclo: 60 % ED
Fator de acréscimo para força radial: fZ = 1,25
Faixa de variação: 1 : 10
Número de partidas: 50 ciclos/hora

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 125


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Otimização do
diagrama veloci-
dade/tempo
Otimização para aceleração mínima.

00781AXX
Fig. 23: Otimização para aceleração

Otimização para velociade. A aceleração está especificada.

00782AXX
Fig. 24: Otimização para velocidade

126 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

Tempo de Embora o tempo de posicionamento seja desprezado, o resultado é bastante preciso.


posicionamento

, , , , ,
Velocidade
,

,
,
Tempo de aceleração
,

Percurso na , , ,
aceleração

, ,
Tempo de comutação
,
,

, ,
Percurso na , , ,
comutação

Percurso no , , ,
posicionamento

Percurso da ,
translação

,
,
Tempo da translação
,

Tempo Total ,

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 127


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Cálculo da
potência

Resistência à
translação

, , , ,

,
Potência estática ,
,

ML é uma mera grandeza


, , , de cálculo, sem rendimento
Momento de carga 1,67
1700 rpm

Potência dinâmica sem momento de inércia de massa do motor, para a avaliação da


potência do motor.

, ,
Potência dinâmica ,
,

Potência total sem potência de aceleração da massa do motor, a qual ainda não está
fixada.

Potência Total , , ,

Uma vez que, para a aceleração pelo conversor de frequência, podem ser disponibili-
zados 150 % da corrente nominal, escolhemos um motor de 2,2 kW.

Motor escolhido DRE90L4 /BE5 Dados do catálogo "Motoredutores"


PN = 2,2 kW
nN = 1710 rpm
JM = 49,5 · 10–4 kgm2 (incl. freio)

128 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

Potência de
aceleração

Torque de N
aceleração
,

,
Momento de inércia
da massa externa , , 0,101
N 1710 rpm

Torque de 0,00495 0,101 1710 rpm


aceleração , 1,67
M 15,8
, , ,
,
M 12,28
Torque nominal 1710 rpm

M 15,8
M H / MN 129
M 12,28

Uma vez que na faixa de rotação baixa (< 25 % da rotação nominal) o torque disponível
no motor não é proporcional à corrente do motor, com 150 % de corrente do motor (con-
versor adaptado) conta-se com um torque do motor de 129 % MN.

No nosso exemplo de cálculo são requeridos 129 % MN , portanto, ainda admissível.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 129


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Faixa de ajuste
Faixa de atenua- Se o motor for operado acima da frequência de inflexão f1 (na denominada faixa de ate-
ção de campo nuação de campo), deverá observar-se que tanto o torque nominal que decresce pro-
porcionalmente, como também, o torque máximo que decresce quadraticamente, se-
jam superiores ao momento de carga requerido.

[1] = Faixa de atenuação de campo


f1 = Frequência de inflexão

00783BXX
Fig. 25: Faixa de atenuação de campo

Rotação reduzida Na operação com rotação reduzida os motores com autorefrigeração não podem dissi-
na faixa de torque par plenamente o calor produzido devido à redução da rotação do ventilador. Neste ca-
constante so, para o dimensionamento correto, é decisivo o conhecimento exato do fator de du-
ração máxima do ciclo, bem como, do torque aplicado. Muitas vezes é necessária a
aplicação de uma ventilação forçada, ou de um motor maior, que devido à superfície
maior, pode dissipar mais calor.

Diretivas para o • no mínimo classe de isolação F


dimensionamento • prever termistor (TF), ou termostato (TH) no motor
na faixa de ajuste
• devido à faixa de rotações, ao rendimento η, e ao cos ϕ, utilizar motores de 4 pólos.
Respectivas indicações detalhadas para a elaboração de projetos são encontradas na
publicação "Prática da tecnologia de acionamentos - Conversores de frequência".

Faixa de atenua- Uma vez que a carga no retorno rápido é bem reduzida, o motor é operado na faixa de
ção de campo atenuação de campo, com 120Hz. Isso torna necessária uma verificação do torque.
Torque nominal do motor à frequência de inflexão: MN = 12,3 Nm
Torque máximo à frequência de inflexão: MK = 36,5 Nm

130 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

Na operação a
120 Hz

60
M 120 12,28 6,14
Torque nominal 120

60
Torque máximo 120 24,6 6,15
120

O momento de carga a m0 = 500 kg (operação sem carga) inclusive a parcela de ace-


leração e rendimento, é de 0,18 Nm + 1,82 Nm = 2 Nm. Portanto, a operação na faixa
de atenuação de campo é admissível.

Curva caracterís- Com a utilização da curva característica a 104 Hz, para o exemplo precedente pode ser
tica a 104 Hz escolhido um motor de tamanho próximo menor.

Motor escolhido DRE 90 M4 BE2 Dados do catalógo "Motoredutores"


PN = 2,2 kW a nN = 3000 rpm
JM = 40 · 10–4 kgm2 (incl. freio)

Esse motor, na utilização da cuva característica a 104 Hz, ligado com um conversor
para 2,2 kW, pode fornecer uma potência de 2,2 kW em serviço contínuo.

Do momento de carga, referido à nova rotação nominal nN = 3000 rpm, é de


ML = 0,94 Nm.
O novo torque nominal do motor, referido a nN = 3000 rpm e PN = 2,2 kW, é de
MN = 7 Nm.

1,54
Momento de inércia , , 0,033
da massa externa 3000 rpm
N

Torque de N
aceleração 10,95
,
10,95
M H / MN 156
7,0

A curva característica a 104 Hz é admissível.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 131


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

Controle de As características do motor trifásico operando com conversor de frequência são melho-
rotação radas pela opção "Controle de rotação".
• São necessários os seguintes componentes adicionais:
– encoder montado no motor
– controlador de rotação integrado no conversor
• Com um controle de rotação são obtidas as seguintes características técnicas de
acionamento:
– Faixa de variação da rotação até 1:100 a fmáx = 60 Hz
– Rotação em função da carga < 0,3 % referido a nN e variação brusca da carga
ΔM = 80 %
– O tempo de transiente no caso de variação da carga é diminuído para aprox. 0,3
... 0,6 s .
Com a seleção adequada de um conversor o motor poderá gerar torques temporários
superiores ao seu torque máximo com ligação à rede. Valores de aceleração máxima
são alcançados com o acionamento projetado para fmáx < 48 Hz e com frequência de
inflexão ajustada para 60 Hz.

Operação Com a função "Operação sincronizada" pode ser operado um grupo de motores assín-
sincronizada cronos em sincronismo angular entre eles, ou com uma relação proporcional ajustável.
• São necessários os seguintes componentes adicionais:
– encoder montado no motor
– controlador de operação em sincronismo/rotação integrados ao conversor
• As seguintes tarefas podem ser solucionadas:
– operação de 2 a 10 acionamentos em sincronismo angular ("onda elétrica")
– operação proporcional (relação de transmissão sincronizada ajustável, "redutor
eletrônico)
– operação temporariamente sincronizada com determinação interna da diferença
angular durante a roda livre ("serra móvel")
– operação sincronizada com deslocamento sem novo ponto de referência (bancos
de ensaio de torção, geração de desequilíbrio em vibradores)
– operação sincronizada com deslocamento e com novo ponto de referência (estei-
ras de transferência).

132 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação 7

"Serra móvel" Um filete de material sintético, avançando continuamente, deverá ser serrado em dis-
tâncias precisas de um metro.
Especificação Velocidade de avanço: 0,2 m/s
Percurso de deslocamento máx. da serra: 1m
Massa da serra: 50 kg
Duração da operação de corte: 1 s / 0,4 m

50306AXX
Fig. 26: "Serra móvel"

Para simplificar, as rodas dentadas para corrente tem o mesmo diâmetro (215 mm). O
acionamento está determinado com R37 DRS71S4 (i = 44,81), calculado para uma fre-
quência de conversor de 30 Hz. O mesmo redutor, se possível, deverá ser utilizado para
o avanço da serra.

Esclarecimento Os 30Hz do acionamento da cinta foram escolhidos para que a serra, à mesma redução
do redutor, possa recuperar (alcançar) rapidamente a fita. Isso não é forçosamente ne-
cessário. Na escolha de reduções (i) diferentes pode ser programada uma adaptação
na eletrônica para operação sincronizada.

Ciclo Após o corte em sincronismo dos acionamentos ocorre uma roda livre do acionamento
da serra, com tempo limitado. Adicionalmente poderá ser programado um denominado
"contador escravo". Esse calcula via número de pulsos programados um novo ponto de
referência deslocado precisamente pela distância da serra.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 133


7 Exemplo de cálculo, acionamento de sistema de translação

O eixo da serra aproveita a roda livre para retornar. Uma barreira de luz aí instalada fi-
naliza a roda livre com um sinal digital para o regulador do sincronismo da operação. O
eixo da serra alcança o novo ponto de referência. Através de um relé de saída pro-
gramável no conversor (slave in position) é disparada a operação de corte.

00785BXX
Fig. 27: Diagrama percurso-tempo da "serra móvel""

[1] = retorno
[2] = operação sincronizada

O percurso da volta (800 mm, 200mm de reserva) deverá estar percorrido após 2
segundos.

Frequência do Com as conhecidas "fórmulas da tecnologia de acionamento" calcula-se que a uma


conversor aceleração de 1 m/s2 a velocidade de translação é de 0,55 m/s, o que corresponde à
seguinte frequência de conversor:

Diagrama Isso significa que pode ser utilizado o mesmo acionamento como na esteira transporta-
percurso-tempo dora, com a curva para 104 Hz. Uma determinação da potência deve ser efetuada como
nos exemplos anteriores. A recuperação deve ocorrer em aproximadamente 1 segundo
e ela é proporcionada pelo conversor com fmáx. A aceleração é determinada pelo fator
de regulação KP ajustado. Depois disso ainda sobram 2 segundos para o corte, o que
ainda deixa algumas reservas.
Como pode ser visto no diagrama percurso-tempo para a aceleração de projetos, é im-
portante que a volta deva estar concluída imediatamente antes de se iniciar o corte,
para poupar longos percursos de recuperação, desnecessários.

134 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação 8

8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação

Especificação Sistema de elevação para uma linha automobilística (considerar um acionamento).

Massa do elevador: me = 700 kg


Contra peso: mc = 500 kg
Velocidade de elevação: v = 0,45 m/s
Diâmetro do tambor: D = 320 mm
Rendimento total: η = 85%
Fator de duração do ciclo: 75 % ED
Tempo de trabalho: 24 h/dia

Dados do motoredutor:
Motoredutor com freio eletromecânico (BGE), alívio manual com retorno automático,
termistor, fator de serviço > 1,5, ventilação de metal, redutor com engrenagens helicoi-
dais, eixo maciço.

Calcular:
Potência do motor (kW), inércia da carga (kgm2), tempo de aceleração (s), número de
partidas (c/h), torque de frenagem (Nm), fator de serviço, rotação de saída (rpm), torque
de saída do redutor (Nm), relação de transmissão e força radial (supor fz para engrena-
gens e diâmetro externo de 220 mm), quantidade de lubrificante, posição das válvulas
em M1 e escolha do lubrificante para uma temperatura ambiente de 22 ºC.

00786AXX
Fig. 28: Sistema de elevação

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 135


8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação

8.1 Cálculo do motor elétrico


A potência de motor escolhida deveria ser superior à potência estática calculada.

F
Potência estática

(850 + 700) - 500 kg 9,81 0,45


5,45 kW
1000 0,85

O motor é escolhido com base na potência requerida à velocidade máxima.


DRE 132S4 BE11 HR TF AL

Ventilador metálico

Termistor

Alívio manual com retorno automático

Freio eletromecânico

Tamanho de carcaça 132


4 pólos

Motor de alto rendimento

Dados do motor elétrico PN = 5,5 kW


nN = 1750 rpm
CH = CN · CH/CN → 30 · 1,9 → CH = 57 Nm
JM = 195 · 10–4 kgm2
Z0 = 2200 c/h
m = 75 kg

0,45
Momento de inércia
da massa externa , , 1050 6,3 10-3
N 1750 rpm

1050 9,81 0,45 9,55


Torque estático ,
do motor 25,3
N 1750 rpm

136 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação 8

Movimento
para cima

0,0063
N 195 10-4 1750 rpm
,
Tempo de partida 0,18
25,3
, C , 57
,

0,45
Aceleração
na partida 2,5
0,18

Percurso na partida 0,18 0,45 40,5

5,45
Cálculo do fator KP 0,99 70 0,3
5,5

25,3
C 57 0,85
Número de partidas 2200 0,3 = 228,50 c/h
-3
ZP 195 10 -4 6,3 10
0,85
195 10 -4

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 137


8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação

Torque de frenagem 2 CN 2 30 60

Freio selecionado BE11 com 80 Nm

Seleção do freio
A tabela abaixo mostra as seleções possíveis do motor e do freio e os possíveis torques
de frenagem:

Tipo Tipo Graduação do torque de frenagem em Nm


Wtot
do Projeto do

1000
1200
1600
2000
[106 J]

150
200
300
400
500
600
800
110
1.8
2.5
3.5
5.0
7.0
10
14
20
28
40
55
80
motor freio

Inte- BE05 120 x x x x


DR.71
grado BE1 120 x x x
BE05 120 x x x x
Inte-
DR.80 BE1 120 x x x
grado
BE2 165 x x x x
BE1 120 x x x
DR.90 Modular BE2 165 x x x x
BE5 260 x x x x
BE2 165 x x x x
DR.100 Modular
BE5 260 x x x x

DR.112 BE5 260 x x x x


Modular
DR.132 BE11 640 x x x x
BE11 640 x x x x
DR.160 Modular
BE20 1000 x x x x
BE20 1000 x x x x
DR.180 Modular BE30 1500 x x x
BE32 1500 x x x

DR.200 BE30 1500 x x x


Modular
DR.225 BE32 1500 x x x x x
BE120 2500 x x x x
DR.315 Modular
BE122 2500 x x x x

todos os momentos de massa externos


Fator de serviço fator de aceleração da massa
momento de inércia do motor

6,3 10 -3
fa 0,32
195 10 -4

138 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação 8

fB 24* 16* 8*
(III)
1.8 1.7 1.6

1.6 1.5
1.7 (II)
1.5 1.4
1.6
1.3
1.4
1.5 1.2 (I)
1.3
1.1
1.4
1.2 1.0
1.3 1.1 0.9
1.2 1.0 0.8
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 Z [1/h] **
00656BXX
Figura 29: Fator de serviço fB

* Tempo de operação diário em horas/dia


** Frequência de partida Z: Os ciclos incluem todos os procedimentos de partida e frenagem, assim
como as mudanças de rotação, da baixa para alta e vice versa.

Classificação Existem três classificações de carga:


da carga (I) Uniforme, fator de aceleração da massa permitido ≤ 0.2
(II) Carga de choque moderado, fator de aceleração da massa permitido ≤ 3
(III) Carga de choque severo, fator de aceleração da massa permitido ≤ 10

fa = 0,32 → curva (II) carga de choque moderado, fator de aceleração da massa permi-
tido ≤ 3.
Fator de serviço - fB = 1,6.

Rotação de saída 60.000 0,45


60.000
do redutor R 26,8 rpm
320
1750 rpm
Relação de N 65,3
transmissão R 26,8 rpm

P [kW]
Torque de saída Nm 1942
nN [rpm]

Motoredutor escolhido R97 DRE 132 S4 BE11 HR TF AL Dados do catalógo "Motoredutores"


nN = 27 rpm
Ma = 1950 Nm
I = 65,21
FRa = 23.600 N
fB = 1,55
Forma construtiva M1

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 139


8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação

Forma construtiva selecionada para o motoredutor - M1

Quantidade de lubrificante selecionada para o motoredutor R97DRE132S4


R.., R..F
Tipo do Quantidade de preenchimento em litros
redutor M11) M21 M3 M4 M5 M6
R07 0.12 0.20 0.20 0.20 0.20 0.20
R17 0.25 0.55 0.35 0.55 0.35 0.40
R27 0.25/0.40 0.70 0.50 0.70 0.50 0.50
R37 0.30/0.95 0.85 0.95 1.05 0.75 0.95
R47 0.70/1.50 1.60 1.50 1.65 1.50 1.50
R57 0.80/1.70 1.90 1.70 2.10 1.70 1.70
R67 1.10/2.30 2.40/3.20 2.80 2.90 1.80 2.00
R77 1.20/3.00 3.30/4.20 3.60 3.80 2.50 3.40
R87 2.30/6.0 6.4/8.1 7.2 7.2 6.3 6.5
R97 4.60/9.8 11.7/14.0 11.7 13.4 11.3 11.7
R107 6.0/13.7 16.3 16.9 19.2 13.2 15.9
R137 10.0/25.0 28.0 29.5 31.5 25.0 25.0
R147 15.4/40.0 46.5 48.0 52.0 39.5 41.0
R167 27.0/70.0 82.0 78.0 88.0 66.0 69.0
1) O redutor maior de múltiplos estágios (duplex) deve ser preenchido com a quantidade de óleo maior.

140 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação 8

Posição das válvulas (dreno, respiro e nível) - Forma construtiva M1

Símbolo Significado

Válvula de respiro

Bujão de nível de óleo1)

Bujão de drenagem de óleo

1) Não aplica-se para o primeiro redutor (redutor maior) dos


redutores de múltiplos estágios.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 141


8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação

8.2 Sistema de elevação com conversor de frequência


Especificação O acionamento para elevação será equipado com um conversor de frequência.

Massa do elevador: m0 = 200 kg


Massa da carga: mL = 300 kg
Velocidade de elevação: v = 0,3 m/s
Diâmetro da engrenagem para corrente: D = 250 mm
Frequência de inflexão: f1 = 60 Hz
Frequência máxima: fmáx = 84 Hz
Aceleração/precontrole: a = 0,3 m/s2
Faixa de variação: 1 : 10
Rendimento da carga: ηL = 0,90
Rendimento do redutor: ηG = 0,92
Rendimento total: η = ηL · ηG ≈ 0,83
Fator de duração do ciclo: 50 % ED
Redutor: Redutor de engrenagens cônicas
e flange
Motor: Motor com termostato, freio eletrome-
cânico e caixa de ligação em 270 ºC

00786AXX
Fig. 30: Sistema de elevação

142 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação 8

Potência estática A potência de motor escolhida deveria ser superior à potência estática (quase estacio-
nária).

, ,
,
,

Sistemas de elevação com conversor de frequência, por princípio, deveriam ser


dimensionados para uma frequência máxima de 84 Hz. Se o acionamento atingir a
velocidade máxima a 84Hz ao invés de 60 Hz, a redução do redutor e, portanto, tam-
bém a transmissão de torque se tornará maior pelo fator 1,4 (84/60). Ajustando-se ago-
ra a frequência de inflexão para 60 Hz, com essa medida o torque de saída aumentará
pelo fator 1,4 até a frequência de inflexão para depois cair até 84 Hz para o fator 1,0.
Com esse ajuste se projeta uma reserva de torque de 40% até a frequência de inflexão.
Isso permite um torque de partida elevado e maior segurança para sistemas de eleva-
ção.

Determinação do Admitindo que a potência dinâmica em sistemas de elevação sem contra-peso seja re-
motor lativamente baixa (< 20 % de potência estática), o motor poderá ser escolhido pela de-
terminação de PS.
Potência estática PS = 1,77 kW
Motor escolhido PN = 2,2 kW
Conversor PN = 2,2 kW
Nomenclatura
MC 07 B 0022 2 B 1- 4- 00
Tipo 00 = padrão
S0 = parada segura

Quadrantes 4 = 4Q (com chopper de frenagem)

Tipo de conexão 1 = monofásica


3 = trifásica

Supressão de 0 = sem supressão de rádio


rádio-interferência interferência
A = supressão de rádio
interferência classe C2
B = supressão de rádio
interferência classe C1
Tensão da rede 2 = 220 ... 240 V
5 = 380 ... 480 V

Potência do motor 0022 = 2,2 kW


recomendada

Versão B

Tipo e geração

Tipo MOVITRAC®

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 143


8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação

Consideração Por razões térmicas e também devido à melhor magnetização, para sistemas de eleva-
térmica ção recomenda-se escolher o motor 1 tamanho maior. Esse é o caso, especialmente
quando a potência estática beira a potência nominal do motor. No presente exemplo a
distância é suficientemente grande, de modo que não é necessário um sobredimensio-
namento do motor.

Escolha do motor Disso resulta o motor:

DRE 90 L4 BE5 TH Dados do catálogo "Motoredutores"


PN = 2,2 kW
nM = 1710 rpm a 60 Hz / 2394 rpm a 84 Hz
JM = 49,5 · 10–4 kgm2
MB = 55 Nm

Posição da caixa de ligação do motor elétrico

144 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação 8

,
Momento de inércia , , 7,16 10 -4
da massa externa N 2394 rpm

, , ,
,
Momento de carga 5,9
N 2394 rpm

Torque de N
aceleração
,

Com uma aceleração suposta de 0,3 m/s2 o tempo de partida é tA = 1 s.

, 7
49,5 10 -4 2394 rpm
, 5,9
8,56
, ,

Nota-se que em sistemas de elevação o torque de aceleração representa somente uma


pequena parcela em relação ao momento de carga estático.
Conforme já mencionamos, o torque de aceleração deverá ser inferior a 130 % do tor-
que nominal disponibilizado pelo conversor, convertido da potência nominal.

,
Torque nominal 8,77
N 2394 rpm

8,56
M H / MN 97
8,77

Potência na C 8,56 2394 rpm


N 2,14
aceleração

Cálculo do freio 2 12,3 24,6 BE5 com 28

60.000 0,3
Rotação do redutor 60.000
R 22,9 rpm
250

Torque de saída P [kW] 2,2


do redutor
Nm 917 Nm
nN [rpm] 22,9

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 145


8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação

Seleção do
Motoredutor
KF77 DRE 90L4 BE5 TH

Termostato

Freio eletromecânico

Tamanho de carcaça 90
4 pólos

Motor de alto rendimento

Redutor de engrenagens cônicas


Execução com flange B5 e tamanho de carcaça 77

Dados do motoredutor nN = 22 rpm


Ma = 950 Nm
i = 78,07
FRa = 18.500 N
fB = 1,60

Potência nos esta- Da mesma maneira são agora calculadas as potências em todos os estados operacio-
dos operacionais nais. Aqui deve-se observar o sentido de atuação do rendimento e o sentido de percur-
so (subir/descer).
Tipo de potência Sem carga, Com carga, Sem carga, Com carga,
subida subida descida descida
Potência estática 0,68 kW 1,77 kW – 0,48 kW – 1,30 kW
Potência de partida estática e 1,1 kW 2,21 kW – 0,25 kW – 0,95 kW
dinâmica
Potência de frenagem estática 0,51 kW 1,52 kW – 0,71 kW – 1,45 kW
e dinâmica

146 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação 8

Resistores de Para que se possa definir a potência nominal necessária do resistor de frenagem, é ne-
frenagem cessário analisar o trajeto completo.
Trajeto completo suposto (duas vezes por minuto = 4 fases de frenagem por 120 s):

00795BXX
Fig. 31: Trajeto completo com A = com carga, subida / B = sem carga, descida / C = sem carga,
subida / D = com carga, descida.

Potência de As superfícies sombreadas correspondem ao trabalho regenerativo do freio por


frenagem média frenagem. O período de ligação de um resistor de frenagem se refere a uma dura-
ção de ciclo de 120 s. No presente caso o resistor de frenagem está operando 7 s por
ciclo, ou seja, 28 s por tempo de referência. Com isso, o período de ligação é de 23 %.
A potência de frenagem média é calculada das potências individuais:

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 147


8 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação

O cálculo intermediário corresponde ao cálculo da superfície indicada na Fig. 31.

,
,

0,51 0,51

, ,
, , ,

, , ,

,
,

1,3 1,3

, ,
, , ,

, , ,

A potência de frenagem média é:

3,54
,
,

148 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema de elevação 8

Potência de A potência de frenagem máxima Pmáx = 1,5 kW. Esse valor não deve exceder o valor
frenagem máxima de tabela do resistor de frenagem escolhido a 6 % ED.
Para um conversor de frequência MOVITRAC® B 0022 para a operação de um motor
com 2,2 kW, a tabela para a escolha de resistores de frenagem é a seguinte:

Extraído da tabela "Resistores de frenagem BW... para MOVITRAC® B"


Resistor de frenagem, tipo BW BW100-006 BW168 BW268 BW147 BW247 BW347
Código 821 701 7 820 604 X 820 715 1 820 713 5 820 714 3 820 798 4
Resistor de frenagem, tipo BW..-T BW100-006-T BW168-T BW268-T BW147-T BW247-T BW347-T
Código 1820 419 8 1820 133 4 1820 417 1 1820 134 2 1820 084 2 1820 135 0
Capacidade de carga a 100% ED1) 0,6 kW 0,8 kW 1,2 kW 1,2 kW 2,0 kW 4,0 kW
50% ED 1,1 kW 1,4 kW 2,2 kW 2,2 kW 3,8 kW 7,6 kW
25% ED 1,9 kW 2,6 kW 3,8 kW 3,8 kW 6,4 kW 12,8 kW
12% ED 3,6 kW 4,8 kW 6,7 kW 7,2 kW 12 kW 20 kW1)
6% ED 5,7 kW 7,6 kW 10 kW1) 11 kW 19 kW 20 kW1)
Valor da resistência 100 Ω ± 10 % 68 Ω ± 10 % 47 Ω ± 10 %
Corrente de disparo 2,4 ACA 3,4 ACA 4,2 ACA 5 ACA 6,5 ACA 9,2 ACA
Conexões elétricas Bornes cerâmicos 2,5 mm2 (AWG12) Bornes
cerâmicos
10 mm2
(AWG8)
Torque de aperto 0,5 Nm 1,6 Nm
Tipo Resistor de fio
Utilização para MOVITRAC® B 0015 ... 0040 0055 ... 0075
1) Período de ligação do resistor de frenagem referido a uma duração do ciclo TD ≤ 120 s.
2) Limite de potência física devido a tensão do circuito intermediário e ao valor de resistência.

Na tabela acima, na linha 25 % ED, encontra-se com 1,9 kW de potência efetiva o re-
sistor de frenagem adequado para o exemplo dado: ou BW100-006.
Outros dados técnicos e indicações para a escolha de resistores de frenagem podem
ser encontrados no catálogo "Conversores de Frequência MOVITRAC® B".
O cálculo do redutor é feito como no exemplo anterior.

Vantagens do Na comparação do acionamento controlado por variação da frequência com o motor


conversor de com pólos comutáveis, podemos mencionar as seguintes vantagens da operação com
frequência conversor de frequência:
• Elevado número de partidas
• A precisão de posicionamento melhora em conformidade com a velocidade de posi-
cionamento mais baixa
• O desempenho operacional (aceleração e desaceleração) além de melhorado con-
sideravelmente, também é ajustável.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 149


9 Exemplo de cálculo para transportador de corrente com conversor de
frequência

9 Exemplo de cálculo para transportador de corrente com conversor


de frequência

Dados de entrada Um transportador de corrente deverá transportar caixas de madeira na velocidade de


0,5 m/s, em um aclive de α = 5° . No transportador se encontram no máximo 4 caixas,
cada com 500 kg. O peso próprio da corrente é de 300 kg. O coeficiente de atrito entre
a corrente e a base está especificado com μ = 0,2. No fim do transportador de corrente
está instalado um fim-de-curso mecânico cuja função é também alinhar as caixas antes
da transferência para um segundo transportador. Nesta operação a caixa desliza na
corrente um coeficiente de atrito de μ = 0,7.
Deverá ser aplicado um redutor de rosca sem-fim, controlado por variação da frequên-
cia de até aprox. 60 Hz.

Velocidade v = 0,5 m/s


Aclive α = 5°
Massa da carga mL = 2000 kg
Massa da corrente mD = 300 kg
Coeficiente de atrito entre corrente e base μ1 = 0,2
Coeficiente de atrito entre caixa e corrente μ2 = 0,7
Aceleração desejada a = 0,25 m/s2
Diâmetro da engrenagem para corrente D = 250 mm
Número de partidas 10 ligações/hora e 16 horas/dia
Motor com termistor e freio eletromecânico

ta = 2s

00796AXX
Fig. 32: Transportador de corrente

150 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para transportador de corrente com conversor de 9
frequência

9.1 Cálculo do motor elétrico


Forças de resistência
Descrição Aclive com atrito; sentido da força, para cima. A força peso compreende o peso das 4
caixas e a metade do peso da corrente.

sen
1 tg arctg ,

sen ,
1 ,
,

Alinhamento Atrito de deslizamento (caixa-corrente) no plano inclinado; sentido da força, para baixo.

sen sen
2 arctg ,

Rendimento, Em função da redução, o rendimento de um redutor de rosca sem-fim é bem diverso.


redutor de rosca Por essa razão recomenda-se calcular nesse ponto, onde o torque necessário e a re-
sem-fim dução ainda não estão calculados, com um rendimento provisoriamente estimado de
70 %. Isso exige um recálculo posterior.
O rendimento da corrente deve ser calculado com 0.9, conforme a tabela.

,
Potência estática s1 + s2 ,
,63

Uma vez que o transportador de corrente operará em serviço contínuo, escolhe-se um


motor de potência nominal superior à potência estática máxima. Aqui, no serviço tem-
porário muitas vezes poderá ser aplicado um motor menor. Isso, entretanto, requer um
recálculo térmico preciso, pela SEW.

Escolha do motor Disso resulta o motor:

DRE 132M4 BE11 TF


PN = 7,5 kW
nN = 1745 rpm
JM = 265 · 10–4 kgm2
MB = 110 Nm

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 151


9 Exemplo de cálculo para transportador de corrente com conversor de
frequência

,
Momento de inércia , , 0,017
da massa externa N 1745 rpm

, ,
Momento de carga 24,7
N 1745 rpm

Torque de N
aceleração
,

Com uma aceleração suposta de 0,25 m/s2 o tempo de partida é de tA = 2 s.

0,017
265 10-4 1745 rpm
, 24,7
44,1
, 0,63

Aqui, o torque de aceleração está referido ao "pior caso", ou seja, quando 4 caixas se
encontram sobre a corrente e uma delas no fim-de-curso.

Torque nominal Conforme já foi mencionado, o torque de aceleração deve ser inferior a 130 % do torque
nominal disponibilizado pelo conversor, convertido da potência nominal.

,
a 41,0
N 1745 rpm

44,1
M H / MN 107
41,0

Especificação do conversor de frequência

PN = 7,5 kW
Tensão = 380/500 V
MDX61B 0075 -5A3 -4 -0

152 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para transportador de corrente com conversor de 9
frequência

9.2 Dimensionamento do redutor

,
Rotação de saída , , , rpm

1745 rpm
Redução do redutor
N 45,7
, rpm

Fator de serviço A 16 horas de serviço/dia e 10 ligações/hora é calculado o seguinte fator de serviço


(Capítulo "Redutor", fator de serviço necessário fB):

0,017
a 0,64
265 10 -4

fB 24* 16* 8*
(III)
1.8 1.7 1.6

1.6 1.5
1.7 (II)
1.5 1.4
1.6
1.3
1.4
1.5 1.2 (I)
1.3
1.1
1.4
1.2 1.0
1.3 1.1 0.9
1.2 1.0 0.8
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 Z [1/h] **
00656BXX
Figura 33: Fator de serviço fB

* Tempo de operação diário em horas/dia


** Frequência de partida Z: Os ciclos incluem todos os procedimentos de partida e frenagem, assim
como as mudanças de rotação, da baixa para alta e vice versa.

Classificação Existem três classificações de carga:


da carga (I) Uniforme, fator de aceleração da massa permitido ≤ 0.2
(II) Carga de choque moderado, fator de aceleração da massa permitido ≤ 3
(III) Carga de choque severo, fator de aceleração da massa permitido ≤ 10

Com um fator de aceleração da massa fa = 0,64 resulta o grau de choques moderados


II e o fator de serviço fB é 1,2.

Escolha do redutor Neste caso, poderá ser escolhido um redutor S97 com na = 39 rpm, Mamáx = 3300 Nm a
fB = 1,95.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 153


9 Exemplo de cálculo para transportador de corrente com conversor de
frequência

Verificação do No catálogo de motoredutores, é indicado um rendimento de 89 % para esse redutor.


rendimento Uma vez, que no começo foi adotado um rendimento de 70 %, agora é possível verificar
se um acionamento menor é suficiente.

,
Potência estática 5,64
0,89 ,

O motor próximo menor, com potência nominal de 5,5 kW, é insuficiente.

Acionamento Com isso está fixado o acionamento:


escolhido

S97 DRE132M4 BE11 TF


PN = 7,5 kW
nN = 39 rpm
Ma = 1670 Nm
i = 44,89
FRa = 36.400 N
fB = 1,95

154 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para transportador de rolos com conversor de fre- 10
quência

10 Exemplo de cálculo para transportador de rolos com conversor de


frequência

Dados de entrada As chapas de aço devem ser transportadas utilizando transportadores de rolos. As me-
didas de uma chapa de aço são de 3000 x 1000 x 100 mm. São dispostos 8 rolos de
aço com diâmetro de 89 mm e com 1500 mm de comprimento, para cada transportador.
A cada conversor de frequência, são conectados 3 transportadores. As engrenagens
para corrente possuem 13 dentes e um módulo de 5. O diâmetro do mancal dos rolos
é d = 20 mm. O transporte por correia, somente pode transportar uma chapa por vez.
Velocidade máxima 0,5 m/s, aceleração máxima admissível 0,5 m/s2.

Velocidade v = 0,5 m/s


Aceleração desejada a = 0,5 m/s2
Diâmetro externo dos rolos D2 = 89 mm
Diâmetro interno dos rolos D1 = 40 mm
Diâmetro da engrenagem para corrente DK = 65 mm
Massa da chapa de aço m = 2370 kg
Motoredutor Execução com eixo oco, termistor

00797AXX
Fig. 34: Transportador de rolos com acionamento por vários motores

00798BXX
Fig. 35: Disposição das correntes

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 155


10 Exemplo de cálculo para transportador de rolos com conversor de fre-
quência

10.1 Cálculo do motor elétrico


Resistência à A massa da chapa é m = 2370 kg a uma massa específica de 7,9 kg/dm3 (aço) e volume
translação de 300 dm3. A resistência à translação é calculada como no acionamento para sistema
de translação. Os valores para c e f poderão ser tomados do apêndice.

, , ,

Potência estática Agora o rendimento é de importância.


Conforme tabela, o rendimento das correntes é η1 = 0,9 por volta completa. No nosso
caso, a seleção das correntes consiste de 7 voltas completas.
O rendimento total da corrente η2 é calculado com x = número de voltas = 7, portanto:
Rendimento da
corrente (0,9)
7
,

Com isso, a potência estática do motor requerida a um rendimento de redutor de


ηG = 0,95 é:

,
Potência estática ,
, ,

156 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para transportador de rolos com conversor de fre- 10
quência

Momento de O momento de inércia da massa externa, no presente caso é dividido entre o momento
inércia da de inércia da massa da chapa e o momento de inércia da massa dos rolos. O momento
massa externa e de inércia da massa das correntes, nessas condições, pode ser desprezado.
torques do motor

,
Momento de inércia , , 0,0187
da massa da chapa N 1700 rpm

Volume do rolo

Massa do rolo , , ,

Momento de inércia
da massa do rolo

, , , ,

Para se ter um ponto de referência comum de momento de inércia da massa do motor


e momento de inércia da massa externa, o momento de inércia da masa externa deve
ser "reduzido" pela redução do redutor.

Momento de inércia
da massa externa N

A rotação de saída é calculada da velocidade das chapas e do diâmetro dos rolos.

,
Rotação de saída , rpm

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 157


10 Exemplo de cálculo para transportador de rolos com conversor de fre-
quência

Com isso, o momento de inércia da massa de um rolo, reduzido para o eixo do motor é:

, rpm
Momento de inércia , 0,00028
da massa reduzida 1700 rpm

Assim, o momento de inércia da massa externa total é:


Momento de inércia 0,0187 0,00028 0,02066
da massa externa

Torque de aceleração dinâmico, necessário para acelerar a carga (sem motor) no lado
de entrada do redutor, para estimar a potência do motor.

0,02066
N 1700 rpm
Torque dinâmico , , 8,1
, ,

8,1 1700 rpm


Potência dinâmica
N
,

A potência total exigida (sem potência de aceleração da massa do motor, que ainda não
foi determinada) é:

Potência total , , ,

Escolha do motor É escolhido um motor de 2,2 kW.

DRE 90L4 /BE5


PN = 2,2 kW
nN = 1710 rpm
JM = 49,5 · 10–4 kgm2

158 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para transportador de rolos com conversor de fre- 10
quência

0,02066
Torque de 49,5 10 -4 1710 rpm
aceleração , ,
1,77 10,7
,

,
Torque nominal 12,3
1710 rpm

10,7
M H / MN 86
12,4

Acionamentos Para acionamentos por vários motores deverá ser observado o seguinte:
por vários • Para a compensação das capacidades dos cabos para acionamentos por grupos,
motores recomenda-se um filtro de saída.
• O conversor de frequência é escolhido pela soma das correntes dos motores.

Escolha do Conforme o catálogo, a corrente nominal do motor escolhido é de 5,3 A. Portanto, é ne-
conversor de cessário um conversor de frequência com uma corrente nominal de saída de 3 x 5,3 A
frequência = 15,9 A, ou mais.
MC 07 B 0055 2 A 3- 4- 00
Tipo 00 = padrão
S0 = parada segura

Quadrantes 4 = 4Q (com chopper de frenagem)

Tipo de conexão 1 = monofásica


3 = trifásica

Supressão de 0 = sem supressão de rádio


rádio-interferência interferência
A = supressão de rádio
interferência classe C2
B = supressão de rádio
interferência classe C1
Tensão da rede 2 = 220 ... 240 V
5 = 380 ... 480 V

Potência do motor 0055 = 5,5 kW


recomendada

Versão B

Tipo e geração

Tipo MOVITRAC®

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 159


10 Exemplo de cálculo para transportador de rolos com conversor de fre-
quência

,
Rotação de saída , , 46 rpm
6

Torque de saída a 144

e 1710 rpm
Relação de 11,7
transmissão 146 rpm

A escolha do motoredutor é feita como no exemplo anterior, resultando no seguinte


acionamento:

KA47DRE90L4 BE5 TF
nN = 145 rpm
MA = 145 Nm
i = 11,77
fB = 1,95
m = 38 kg

160 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de mesa giratória com conver- 11
sor de frequência

11 Exemplo de cálculo para acionamento de mesa giratória com


conversor de frequência

Dados de entrada 4 peças deverão ser giradas a 90°, a cada 30 segundos. A rotação deverá ser concluída
em 5 segundos e a aceleração máxima não deverá exceder 0,5 m/s2. A tolerância ad-
missível para o posicionamento é de ± 2 mm, referido ao diâmetro externo da mesa.

Diâmetro da mesa: 2000 mm


Massa da mesa: 400 kg
Massa da peça a executar: 70 kg (distância do centro de gravi-
dade em relação ao eixo de rotação:
lS = 850 mm)
Redução externa por engrenagens: iV = 4,4
Diâmetro do apoio aço/aço: 900 mm
Fator de atrito rolante μL: 0,01
Posicionamento com velocidade rápida/lenta: R 10:1

00800AXX
Fig. 36: Acionamento de mesa giratória

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 161


11 Exemplo de cálculo para acionamento de mesa giratória com conver-
sor de frequência

11.1 Cálculo do motor elétrico


Momento
de inércia

Mesa

Peça a executar

JS = inércia da peça a executar em relação ao seu centro de gravidade


IS = distância entre o centro de gravidade da peça a executar e o centro de rotação

Cálculo Uma vez que as peças a executar estão distribuídas simetricamente em torno do ponto
simplificado de rotação, pode-se calcular de forma simplificada, com a seguinte fórmula:

Peça a executar , ,

Neste caso, o momento de inércia da massa da engrenagem da transmissão externa,


deverá ser desprezado. Com isso o momento de inércia da massa externa total, é:
Momento de inércia , ,
da massa total

Rotação e tempo Especificação da aceleração a = 0,5 m/s2


de partida

Velocidade

,
Percurso , r Perímetro

Velocidade
, , , , ,
,

,55
Rotação 5, 25 rpm
,

,55
Tempo de partida
1,1
,

162 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de mesa giratória com conver- 11
sor de frequência

Potência Como o momento de inércia externo total da mesa giratória normalmente é superior ao
momento de inércia do motor, a potência de partida já pode ser calculada com precisão,
com a potência de partida para o momento de inércia externo.

Pôtencia total

, 5 , 5 rpm
Potência dinâmica ,
, ,

, , , rpm
Potência estática
,
,
Potência total , 2 , 8 , 4

Motor escolhido DRS71S4 BE05 TH


PN = 0,18 kW
nN = 1700 rpm
JM = 6,2 · 10–4 kgm2

Momento de inércia 5,25 rpm


da massa externa , 0,0038
N 1700 rpm

0,018 0,9
Torque estático 0,09
N 1700

Torque de N
aceleração
,
0,0038
6,2 10-4 1700 rpm
, 0,09
0,88
, 1 ,1 0,9

0,18
Torque nominal 1,01
1700 rpm

Com isso fica garantida uma aceleração segura.

0,88
M H / MN 87
1,01

Conversor de MC07B 0003 -5A3 -4 -00


frequência Tensão = 380/500 V
escolhido

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 163


11 Exemplo de cálculo para acionamento de mesa giratória com conver-
sor de frequência

Verificação da O motor deve ser desacelerado mecanicamente de uma rotação correspondendo a 6Hz
precisão de posi- (R = 1:10). A frenagem da velocidade mínima v = 0,043 m/s ⇒ nN = 168 rpm.
cionamento

N
Tempo de frenagem
,

6,2 10-4 0,0038 , 168 rpm


0,013
, 5,0 0,09 ,

Desaceleração de ,
frenagem 3,3
0,013

Percurso de
posicionamento
, 0,005 0,013 0,49

Precisão de , , 0,49 0,05


posicionamento

Esse valor inclui o tempo de atuação do freio, entretanto, não inclui influências externas
sobre o retardamento no tempo (p. ex., tempo de cálculo CLP).

11.2 Dimensionamento do redutor

N 1700 rpm
Redução 73,59
5,25 rpm ,

Torque de saída Serviço com 16 h/dia e Z = 120 c/h (com isso se apresentam 360 alterações da carga
por hora devido a: partida, comutação para velocidade lenta e frenagem).

0,0038
Relação de inércia 6,1
6,2 10-4

Com isso temos choques fortes III e um fator de serviço requirido de fB = 1,6.

0,18
Torque de saída , 119
5,25 rpm ,

Acionamento R37DRS71S4 BE05 TH


escolhido i = 73,96

Folga no redutor Nesse redutor a folga no lado de saída é de 0,21°. Convertido para o perímetro da mesa
giratória isso corresponde a um percurso de 0,85 mm.
Isso sgnifica que a parcela substancialmente maior da folga da instalação provém da
redução externa.

164 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para correia transportadora 12

12 Exemplo de cálculo para correia transportadora

05234AXX
Fig. 37: Correia transportadora

Cálculo conforme DIN 22101 "Correia transportadora com rolos de apoio"

Forças de Para determinar as forças de resistência ao movimento e as potências daí resultantes,


resistência as forças que se apresentam na correia transportadora são classificadas em:
• forças de resistência principais FH
• forças de resistência secundárias FN
• forças de resistência ao aclive FSt
• forças de resistência especiais FS

A força de resistência principal FH do lado superior e do lado inferior da correia é deter-


minada em comum para os lados superior e inferior, respectivamente. Suposição: Cor-
relação linear entre força de resistência e carga movimentada.

L = comprimento da correia transportadora em m


f = coeficiente de atrito (veja o apêndice); Suposição: f = 0,02
g = 9,81 m/s2
mR = massa total dos rolos em kg
mL’ = carga máxima transportada em kg/m
mG ’ = massa da correia em kg/m
α = aclive médio do percurso de transporte

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 165


12 Exemplo de cálculo para correia transportadora

Forças de resistên- • Forças de resistência a inércia e ao atrito respectivamente, entre o material


cia secundárias transportado e a correia, em um ponto de carregamento.
• Forças de resistência ao atrito entre o material transportado e guias laterais.
• Forças de resistência por limador/raspador na correia.
• Forças de resistência à flexão da correia.

A soma das forças de resistência secundárias FN é considerada pelo coeficiente de


atrito C:

Se a parte das resistências secundárias da resistência total for pequena, o coeficiente


de atrito C pode ser tirado da tabela a seguir:

Tabela 2: Coeficiente de atrito C para forças de resistência secundárias em função do


comprimento da correia transportadora
L [m] < 20 20 40 60 80 100 150 200 300
C 3 2,5 2,28 2,1 1,92 1,78 1,58 1,45 1,31
L [m] 400 500 600 700 800 900 1000 2000 > 2000
C 1,25 1,2 1,17 1,14 1,12 1,1 1,09 1,06 1,05

A força de resistência ao aclive da carga transportadora é calculada com a seguinte fór-


mula:

sen

L = comprimento da correia transportadora [m]


g = 9,81 m/s2
mL’ = carga máxima transportada [kg/m]
α = aclive médio do percurso de transporte

Forças de resistên- Forças de resistência especiais são todas as forças de resistências adicionais, até
cia especiais então não relacionadas.

Dados de entrada Uma correia transportadora transporta 650 t de areia (seca) por hora. A velocidade má-
xima da correia é de 0,6 m/s. A velociade deverá estar ajustável mecanicamente pelo
fator 3, para até 0,2 m/s. O percurso de transporte tem 30 m de comprimento. A correia
com 500 mm de largura tem uma massa de 20 kg/m. A massa dos rolos é de aproxima-
damente 500 kg. O diâmetro do tambor é D = 315 mm.

166 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para correia transportadora 12

12.1 Cálculo do motor elétrico


Resistências A resistência principal FH do lado superior e do lado inferior da correia é determinada
principais em comum para os lados superior e inferior, respectivamente.
Suposição Correlação linear entre resistência e carga movimentada.

Torque de
aceleração

, ,

Resistência
secundária
,

Resistências ao Não se apresentam.


aclive e especiais

Potência estática

Sem rendimento de redutor e de variador, resulta:

,
,

DRE 100L4 TF

Termistor

Carcaça tamanho 100


4 pólos

Motor elétrico de alto rendimento DR

Motor escolhido DRE 100L4 TF


PN = 3,7 kW
nN = 1715 rpm
CH/CN = 3,0
JM = 68·10–4 kgm2

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 167


12 Exemplo de cálculo para correia transportadora

Momento de Momento de inércia da massa dos componentes movimentados em linha reta (material
inércia da transportado e correia)
massa externa

,
N
Material trans-
portado/ correia ,
, 0,114
1715 rpm

Rolos (cilindros ocos : mR = 500 kg, rA = 108 mm, rl = 50 mm)

Rolos
, , ,

Para se ter um ponto de referência comum do momento de inércia da massa do motor


e momento de inércia da massa externa, respectivamente, o momento de inércia da
massa externa deverá ser "reduzido" pela redução do redutor.

Momento de inércia
,
da massa reduzida rpm

rpm
, 0,013
1715 rpm

Momento de inércia 0,114 0,013 0,127


da massa total

Torque nominal/ tor- 3,7 ~


20,6 C
que de aceleração 1715 rpm

C
Conjugado médio C CN 20,6 3,0 61,8
de aceleração CN

168 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para correia transportadora 12

CN
, C
Tempo de partida
0,127
68 10-4 1715 rpm
,9
0,68
20,6
, 61,8
,

Aceleração na
,
partida 0,88
0,68

12.2 Dimensionamento do motoredutor

,
Rotação de saída , rpm Redução: i 7,

3,7
Torque do redutor 970
36,4 rpm

Motoredutor KH77DRE100L4 TF
escolhido nN = 34 rpm
Ma = 1050 Nm
i = 51,18
fB = 1,45

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 169


13 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema biela-manivela

13 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema biela-manivela

Com acionamentos tipo biela-manivela (particularmente curvas combinadas), podem


ser realizadas mecanicamente sequências de movimentos complicados, com máxima
dinâmica e repetibilidade de precisão.

Mecanismo Uma vez que esses "mecanismos articulados" requerem um grande número de cálcu-
articulado los, os quais podem ser realizados quase que exclusivamente só com respectivos pro-
gramas de cálculo, neste capítulo tratamos particulamente do cálculo de um sistema de
acionamento por biela-manivela.
Rotação / O acionamento de sistema biela-manivela serve para a conversão de um movimento
translação rotátorio, em um movimento linear. A diferença em relação aos acionamentos já descri-
tos é, que o acionamento de sistema biela-manivela altera os seus valores dinâmicos
em cada ponto. Teoricamente isso é comparável com uma transmissão que altera con-
tinuamente a sua redução.

Fórmulas de As fórmulas de aproximação utilizadas para este cálculo, na velocidade angular cons-
aproximação tante, são as seguintes:

sen

sen

ω = velocidade angular = π · na/30 [rpm]


na = rotação de saída [rpm]
λ = relação da biela = raio da manivela/comprimento da biela
ϕ = ângulo da manivela [graus]
r = raio da manivela [m]
s = percurso de deslocamento momentâneo da carga [m]
v = velocidade momentânea da carga [m/s]
a = aceleração momentânea da carga [m/s2]

Potência estática /
potência dinâmica

PS = potência estática momentânea [kW]


PD = potência dinâmica momentânea [kW]

Cálculo do ciclo Para calcular uma característica exata de potência, o ciclo terá que ser verificado cal-
culando cada grau angular. Para isso, foi desenvolvido um programa de computador e
o programa de planejamento de projeto da SEW, calcula utilizando este programa.

170 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema biela-manivela 13

Velocidade de Uma dificuldade adicional ocorre, se a velocidade de rotação não for constante, quando
rotação ≠ const. na partida do acionamento. Se as posições na partida sempre forem os pontos mortos
do mecanismo biela-manivela, essas poderão normalmente ser desprezadas no cálculo
da potência. Entretanto, se as posições na partida forem divergentes, as partidas de-
verão ser verificadas separadamente devido à sobreposição da dinâmica da manivela
com a dinâmica do motor.
O exemplo a seguir, demonstra de maneira simples uma estimativa da potência. Para
aplicações mais complicadas, fazer referência a programas de cálculo especiais.

Dados de entrada Um transferidor de pallets empurra pallets pesando 500 kg, de um transportador de ro-
los para outro. Isso deverá acontecer com uma frequência de ciclo de 30 pallets/min.
Com intervalo, partida e parada se apresenta uma rotação de saída de 42 rpm.

00810AXX
Fig. 38: Acionamento de sistema biela-manivela

Braço de alavanca do atrito rolante madeira sobre aço: f = 1,2


Raio de manivela: r = 0,5 m
Comprimento da biela: l=2m

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 171


13 Exemplo de cálculo para acionamento de sistema biela-manivela

13.1 Cálculo do motor elétrico


Para não precisar calcular muitos pontos individuais, buscam-se dois valores de refe-
rência.
• o ângulo da potência estática máxima
(velocidade máx., uma vez que P ≈ m · g · μ · v)
• o ângulo da potência dinâmica máxima (P ≈ m · a · v)
O maior dos dois valores determina a seleção do acionamento. No caso de acionamen-
tos em sistemas de elevação, esta será normalmente a parte estática; no caso de acio-
namentos em sistemas de translação, esta será a parte dinâmica.

Potência estática A potência estática máxima, ocorre normalmente onde a rotação é máxima. Esse é o
máxima caso, onde a manivela e a biela formam um ângulo reto.

00811BXX
Fig. 39: Ponto da velocidade máxima

Nesse ponto a velocidade é importante.


Velocidade aproximada:

sen
, , rps

Velocidade arctg

Resistência à
translação
, , , ,

172 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de sistema biela-manivela 13

Potência estática
,
,
,

Potência dinâ- A potência dinâmica máxima se apresenta onde o produto de aceleração e velocidade
mica máxima atinge o máximo. Por derivação pelo ângulo e ajustando a função para zero, esse valor
é obtido com:

Ângulo ,
,

Com isso, Pmáx (para simplificar, sem momento de inércia dos rolos) a ϕ = 37°:

sen ,

Potência dinâmica ,

, ,
,
, ,

Aqui se evidencia que a parte estática, neste exemplo, não tem grande importância.

Escolha do motor O motor escolhido é um DRE132M4 BE11 com 7,5 kW uma vez que, conforme já foi
mencionado, esse método de cálculo pode valer só como estimativa. Para a otimiza-
ção, fazemos mais uma vez referência ao programa para a elaboração de projetos,
Workbench.

Dimensiona- O dimensionamento do redutor é feito em conformidade com os exemplos anteriores.


mento do redutor Aqui, vale:
• redução requerida, aprox. 40
• rotação de saída requerida, aprox. 43 rpm

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 173


14 Exemplo de cálculo para acionamento de fuso

14 Exemplo de cálculo para acionamento de fuso

Rendimentos de fusos, veja o apêndice

05276AXX
Fig. 40: Acionamento de fuso

Dados de entrada Para cortar barras de plástico no comprimento, o avanço da serra deverá ser realizado
com um acionamento de fuso. A velocidade e o passo do fuso foram escolhidos de tal
forma, que poderá ser utilizado um motor com pólos comutáveis (polaridade 8/2), sem
redutor.
O corte deverá ocorrer na baixa rotação e o retorno, na velocidade rápida. Além disso,
o motor deverá ser equipado com freio.

Massa do material em barra: m1 = 40 kg


Massa da unidade de avanço: m2 = 150 kg
Força de corte: F1 = 450 N
Força de atrito pela guia: F2 = 70 N
Velocidade de avanço: v1 = 10 m/min
Velocidade de retorno: v2 = 40 m/min
Percurso: s = 500 mm

Dados do fuso Deverão ser alcançadas 420 operações de corte por hora.

Passo do fuso: P = 15 mm
Comprimento do fuso: l = 1000 mm
Diâmetro do fuso: d = 40 mm
Massa específica do aço: ρ = 7850 kg/m3
Rendimento: η = 35 %

174 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de fuso 14

14.1 Cálculo

,
rpm

Rotação do fuso
,
rpm

Poderá ser utilizado um motor com polaridade 8/2, sem redutor

Potência estática
Potência estática para corte na baixa rotação (só força de corte)

,
Corte
,

Potência estática para corte na baixa rotação (só força de atrito):

,
Força de atrito,
8 pólos ,

Potência estática para corte na alta rotação (só força de atrito)

,
Força de atrito,
2 pólos ,

Uma vez que a potência dinâmica está em função do tamanho do motor, neste momen-
to é escolhido um motor cuja potência nominal é superior à potência estática. A potência
dinâmica é recalculada pelo número de partidas admissível.

Motor escolhido DRS80M 8/2 BE1


PN = 0,22 / 0,9 kW
nN = 840 / 3360 rpm
CH/CN = 1,8 / 2,5
CN = 2,5 / 2,56 Nm
JM = 0,002140 kgm2
Z0 = 11200/3200 c/h

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 175


14 Exemplo de cálculo para acionamento de fuso

14.2 Verificação do cálculo


Fator de duração O motor está bobinado, como padrão, para o regime S3.
do ciclo

,
Tempo, curso de
corte ,

,
,
Tempo, retorno
,

Duração do ciclo 420 cortes por hora resulta em um tempo total de tT = 8,5 s por ciclo.

Tempo de duração do
ciclo, total

Número de parti- Para a determinação do número de partidas ainda deverão ser calculados:
das admissível ZP • momento de carga ML
• torque de aceleração MH
• fator de cálculo kP
• momento de inércia da massa externa JX

Momento de Cálculo do momento de carga sem consideração do rendimento:


carga ML • Pela força de corte F1
Uma vez que o momento de carga por força de corte é aplicado somente após a
operação de partida, ele não aparece no cálculo do número de partidas.
• Pela força de atrito F2

176 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para acionamento de fuso 14

Torque de
aceleração MH

,22
Baixa rotação 1,7 4,25
840 rpm

0,9
Alta rotação 3,0 7,67
3360 rpm

Fator de cálculo kP

,
Baixa rotação , 5 ,
,22

,
Alta rotação , ,
,

Momento de
inércia da massa
externa

Da unidade de , , 6,8
avanço/ Carga

Momento de inércia da massa externa JX2 do fuso. O fuso é calculado simplificado


como cilindro maciço girando pelo eixo longitudinal.

Do fuso

Raio do fuso ,

Massa do fuso , ,

Momento de inércia , ,
da massa, fuso

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 177


14 Exemplo de cálculo para acionamento de fuso

Número de parti-
das admissível

Número de partidas admissível à baixa rotação

,
4,25 ,
Baixa rotação
, 1904
6,8
,
,
,

Número de partidas admissível à alta rotação.

,
7,67 ,
, 582
Alta rotação 6,8
,
,
,

Número de partidas admissível do ciclo total.

1904 582
Ciclo total 446
1904 582

Determinação do Com isso está determinado o acionamento:


acionamento
DRS80M 8/2 BE1
PN = 0,22 / 0,9 kW
nN = 840 / 3360 rpm

O desempenho na partida, na comutação e na frenagem são equivalentes no "Exemplo


de cálculo para sistema de translação".

178 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos 15

15 Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos

00818AXX
Fig. 41: Pórtico com servoacionamentos

Dados de entrada Um pórtico de dois eixos, deverá ser equipado com servoacionamento.

Eixo X Eixo de translação, transmissão de força por correia dentada

mL = 100 kg (Soma das massas movimentadas)


D = 175 mm (Diâmetro da polia)
μ = 0,1 (Coeficiente de atrito do eixo, conforme o fabricante)
s = 3 m (Percurso de deslocamento)
amáx = 10 m/s2 (Aceleração máxima)
tz = 4 s (Tempo de ciclo)
t = 2 s (Tempo de deslocamento)
ηL = 0,9 (Rendimento de carga)
Eixo Y Eixo de elevação, transmissão de força por cremalheira

mL = 40 kg (Massa da carga)
D = 50 mm (Diâmetro do pinhão)
s = 1 m (Percurso do deslocamento)
amáx = 10 m/s2 (Aceleração máxima)
tz = 2 s (Tempo de ciclo)
t = 0,75 s (Tempo de elevação)
ηL = 0,9 (Rendimento de carga)

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 179


15 Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos

15.1 Otimização dos diagramas velocidade/tempo


Diagrama
velocidade/tempo
do eixo de trans-
lação

Velocidade

,
Tempo de aceleração
,

Percurso de , ,
aceleração

Percurso de ,
translação

,
,
Tempo de translação
,

180 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos 15

Diagrama veloci-
dade/tempo do
eixo de elevação

Velocidade
, ,
,

,
Tempo de aceleração
,

Percurso de , ,
aceleração

Tempo de translação ,

,
Percurso de ,
translação ,

Diagramas
velocidade/ H1 = eixo de elevação, subida
tempo, eixo de
translação e eixo H2 = eixo de elevação, descida
de elevação F = eixo de translação

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 181


15 Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos

15.2 Cálculo de potência


Eixo de
translação

Resistência a , , ,
translação

,
Torque estático , ,
,

Aceleração

Força de aceleração

Torque de ,
,
aceleração ,

Torque total , , ,

Desaceleração

Torque de ,
desaleração
, ,

Torque total , , ,

Eixo de eleva-
ção, subida

Força de elevação ,
estática

Torque de elevação ,
,
estático ,

182 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos 15

Aceleração

Força de aceleração

Torque de ,
,
aceleração ,

Torque total , ,

Desaceleração

Torque de ,
desaceleração
,

Torque Total , ,

Eixo de eleva-
ção, descida

Força estática, ,
para baixo

Torque estático, ,
para baixo
, ,

Aceleração

Força de aceleração

Torque de ,
,
aceleração ,

Torque total , , ,

Desaceleração

Torque de ,
desaceleração
,

Torque Total , ,

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 183


15 Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos

Com isso apresenta-se o seguinte desenvolvimento do torque de saída dos dois eixos:

00820BXX
Fig. 42: Desenvolvimento do torque com A = eixo de elevação e
B = eixo de translação

15.3 Dimensionamento do redutor


No caso de redutores planetários, o torque máximo admissível, define o tamanho do re-
dutor (veja fatores fB para redutores SEW).
Com isso, neste ponto os tamanhos dos redutores planetários já estão determinados.
Eixo de translação:
Mmáx = 106,7 Nm, resulta PSF 32x com torque admissível MP = > 153 Nm
Eixo de elevação: Mmáx = 22 Nm, resulta PSF22x com torque admissível MP = 41 Nm

Os dados de catálogo, dos torques máximos em redutores planetários com baixa folga,
são valores de pico máximos admissíveis enquanto que, para redutores SEW pa-
drão estão indicados torques contínuos admissíveis. Por essa razão, esses tipos de re-
dutores não são comparáveis pelo cálculo.

Podendo ser aplicado um redutor SEW padrão, a escolha do redutor deverá ser feita
como no caso de acionamentos com rotação variável por variação da frequência (fa-
tores fB).

...................
184 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1
...................
Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos 15

Rotação do motor Para que possamos determinar as reduções do redutor, primeiro deverá ser escolhida
a rotação do motor.
Deverá ser escolhida uma alta rotação do motor, para um acionamento com o menor
tamanho possível, que atende uma ampla faixa de ajuste e uma alta precisão de posi-
cionamento. A vantagem está na redução do redutor. Quanto maior a rotação do motor,
maior a redução do redutor e, consequentemente, o torque de saída. Além disso, a re-
solução da posição se torna melhor, devido a redução maior.
A desvantagem da alta rotação do motor é a vida útil mais curta dos rolamentos e, pos-
sivelmente, serão requeridos torques de partida mais altos, uma vez que o motor de-
verá ser acelerado para uma rotação nominal mais alta, no mesmo tempo.

Rotações A SEW fornece servomotores com 3000, 4500 e 6000 rpm.


disponíveis Avaliadas as vantagens e desvantagens acima mencionadas, escolhemos o motor com
3000 rpm.

Reserva para Para se ter reservas para regulação, a redução é escolhida de tal forma que a rotação
regulação máxima seja alcançada, se possível 90% da rotação nominal do motor (neste caso,
2700 rpm).

Eixo de
translação

,
Rotação rpm
,

rpm
Redução
N ,
rpm

Redutor PSF 322


escolhido i = 16
Mamáx = 110 Nm
α < 10 minutos angulares (na execução normal)
η = 0,94

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 185


15 Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos

Eixo de elevação

,
Rotação , rpm
,

rpm
,
Redução , rpm

Redutor PSF 221


escolhido i=4
Mamáx = 55 Nm
α < 6 minutos angulares (na execução normal)
η = 0,97

Precisão de Com esse valores, neste ponto já pode ser calculada a precisão de posicionamento
posicionamento estática. A resolução para encoder padrão é 1024x4.

Eixo de translação

Folga adicional da instalação deverá ser adicionada.

Para o eixo de elevação pode-se partir do princípio que os dentes sempre têm um con-
tato definido, no mesmo flanco. Por essa razão não precisa ser considerada a parte de-
pendente da folga do redutor.

Eixo de elevação ,

Folga adicional da instalação deverá ser adicionada.

186 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos 15

15.4 Escolha do motor


O motor a ser aplicado deverá atender a 3 pontos:
1. O torque máximo não deve ser superior ao triplo do torque estático M0 .
2. O torque efetivo calculado no serviço sem ventilação forçada, não deve exceder M0 .
3. A relação entre o momento de inércia da massa externo e o momento de inércia da
massa do motor (parte ativa sem freio), não deve exceder o fator 10.
Os valores exatos podem ser determinados somente quando o motor estiver definido,
mas os dados são suficientes para uma seleção aproximada.

Eixo de 1. Torque máximo de carga calculado (sem aceleração do momento de inércia da


translação massa do motor).
MA = 106,7 Nm
Relacionado ao motor, o torque máximo de partida prévio é:

Torque de ,
aceleração ,
(dinâmico)

Pelo critério Nr. 1, o torque estático m0 não deve ser inferior a 6,67 Nm/3 = 2,22 Nm

2. O torque efetivo é calculado pela fórmula:

Torque estático

Pelo diagrama de torque (veja a fig. 41) e incluídos no cálculo a redução do redutor de
16 e o tempo de intervalo de 2 segundos, temos: Fig. 41:

, , , , , , ,

Pelo critério Nr. 2, o torque estático M0 não deve ser inferior a 1,6 Nm.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 187


15 Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos

Curva característica máxima dinâmica e térmica para CMP50M nN = 4500 rpm

Fig. 43:Curva característica máxima dinâmica e térmica para CMP50M nN = 4500 rpm
[1] Mdinâmica (n) 500 V
[2] Mdinâmica (n) 460 V
[3] Mdinâmica (n) 400 V
[4] Mdinâmica (n) 360 V
[5] M S1térmica

3. O momento de inércia da massa externa é:

,
Momento de inércia ,
da massa externa
, ,
N 7 rpm

188 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos 15

Escolha do motor Uma vez que, JX/JM exceder 10 de acordo com a exigência 3, deverá ser escolhido um
motor com um momento de inércia da massa JM > 0,0003 kgm2. Portanto, o motor não
deve ser menor do que um CMP 50M (JM = 0,73·10–4 kgm2).

Motor escolhido CMP50M /BP /RH1M /SB


nN = 4500 rpm
M0 = 2,4 Nm
JM = 0,73·10–4 kgm2
I0 = 1,68 A

Servoacionamento PSF322 CMP50M /BP /RH1M /SB


selecionado

Acionamento
do sistema de
translação

Torque de ,
aceleração
, -4
, rpm
,
, ,
, ,
O motor CMP50M pode ser sobrecarregado dinamicamente até 3 vezes o torque estáti-
co (M0 = 2,4 Nm). Com isso, o motor é dimensionado corretamente.

Observação:
• Sempre observar a relação JX/JM, que não deverá exceder 10.
• Verificar o motor escolhido, com base no torque de aceleração (MH), M0·4 > MH.
Caso contrário, aumentar a potência do motor e recalcular o MH.

Eixo de elevação 1. Torque máximo da carga calculado (sem aceleração do momento de inércia da
massa do motor).
MA = 22 Nm
Referido ao motor, isso dá um torque de aceleração máximo, provisório, de:

Torque de ,
aceleração

Pelo critério Nr. 1, o torque estático M0 não deve ser inferior a 5,5 Nm/3 = 1,83 Nm.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 189


15 Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos

2. O torque efetivo para subida e descida, é:

, , , , , , , , , , , ,
Torque efetivo
,
Pelo critério Nr. 2 , o torque estático M0 não deve ser inferior a 1,85 Nm.

3. O momento de inércia da massa externa é:

Momento de inércia ,
da massa externa , , ,
N ,8 rpm

Motor escolhido CMP50M /BP /RH1M /SB


nN = 4500 rpm
M0 = 2,4 Nm
JM = 0,73·10–4 kgm2
I0 = 1,63 A

Servoacionamento PSF221 CMP50M /BP /RH1M /SB


selecionado

190 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de cálculo para pórtico com servoacionamentos 15

Conversor de frequência selecionado para translação:


MDX60B0014-5A3-4 00

Conversor de frequência selecionado para elevação:


MDX60B0011-5A3-4 00

MOVIDRIVE® MDX61B...-5_3 (380 V) no modo de operação SERVO (P700)

nN 005 008 011 014 0015 022 030 040 055 075 110 150 220
Motor
[rpm]
4,0 4,8 6,2 8,0 6,0 8,25 10,5 14,3 18,8 24,0 36,0 48,0 69,0
[A] [A] [A] [A] [A] [A] [A] [A] [A] [A] [A] [A] [A]
CMP40S 1,5 1,7 1,9 1,9 1,9
CMP40M 3 3,3 3,8 3,8
CMP50S 3,5 4,1 4,8 5,2 4,7 5,2
CMP50M 4,1 4,8 6 7,4 5,9 7,6 9 10,3
4500
CMP50L 4,2 5 6,3 7,9 6,1 8,2 10 12,7 15,1 15,4
CMP63S 3,8 4,5 5,6 6,8 5,4 7 8,2 9,9 11,1
CMP63M 6,2 7,8 6 8 9,9 12,7 15,6 18,3 21,4
CMP63L 8,3 6,4 8,6 10,7 14,1 17,8 21,6 28,2 30,4

Resistor de frenagem selecionado:


BW07-005

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 191


16 Apêndice e legenda

16 Apêndice e legenda

16.1 Apêndice
Rendimentos para elementos de transmissão
Elementos de trans- Condições Rendimento
missão
Cabo de aço Por volta completa da polia para cabos (mancal com bucha, ou de rolamento) 0,91 – 0,95
Correia em V Por volta completa da polia (tensão da correia, normal) 0,88 – 0,93
Correia de material Por volta completa/rolos com mancal de rolamento (tensão da correia, normal) 0,81 – 0,85
sintético
Correia de borracha Por volta completa/rolos com mancal de rolamento (tensão da correia, normal) 0,81 – 0,85
Correia dentada Por volta completa/rolos com mancal de rolamento (tensão da correia, normal) 0,90 – 0,96
Correntes Por volta completa/engrenagens com mancal de rolamento (em função do tamanho da 0,90 – 0,96
corrente)
Redutores Lubrificação a óleo, 3 estágios (engrenagens helicoidais), em função da qualidade do 0,94 – 0,97
redutor; para redutores de rosca sem-fim e redutores de engrenagens combinadas côni-
cas/helicoidais: conforme indicação dos fabricantes

Coeficientes
de atrito para
mancais
Mancal Coeficiente de atrito
rolamento μL = 0,005
bucha μL = 0,08 – 0,1

Coeficientes de atrito para atrito no flange da roda / lateral


Atrito no flange da roda / lateral Coeficiente de atrito
Rodas com mancal de rolamento c = 0,003
Rodas com bucha c = 0,005
Rolos-guias laterais c = 0,002

Coeficientes de atrito para superfícies de contato de diversos materiais


Superfícies de contato Tipo de atrito Coeficiente de atrito
Aço contra aço atrito estático (seco) μ0 = 0,12 – 0,60
atrito de deslizamento (seco) μ = 0,08 – 0,50
atrito estático (engraxado) μ0 = 0,12 – 0,35
atrito de deslizamento (engraxado) μ = 0,04 – 0,25
Madeira contra aço atrito estático (seco) μ0 = 0,45 – 0,75
atrito de deslizamento (seco) μ = 0,30 – 0,60
Madeira contra madeira atrito estático (seco) μ0 = 0,40 – 0,75
atrito de deslizamento (seco) μ = 0,30 – 0,50
Correia sintética contra aço atrito estático (seco) μ0 = 0,25 – 0,45
atrito de deslizamento (seco) μ = 0,25
Aço contra material sintético atrito de deslizamento (seco) μ0 = 0,20 – 0,45
atrito de deslizamento (engraxado) μ = 0,18 – 0,35

192 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Apêndice e legenda 16

Atrito rolante (braço de alavanca do atrito rolante)


Superfícies de contato Braço de alavanca
Aço contra aço f ≈ 0,5 mm
Madeira contra aço (transportador f ≈ 1,2 mm
de rolos)
Material sintético contra aço f ≈ 2 mm
Borracha dura contra aço f ≈ 7 mm
Material sintético contra concreto f ≈ 5 mm
Borracha dura contra concreto f ≈ 10 – 20 mm
Borracha semi-dura contra concreto f ≈ 15 – 35 mm
∅ 100 mm f ≈ 0,75 mm
®
Vulkollan sobre ∅ 125 mm f ≈ 0,9 mm Atenção: O atrito do braço de alavanca é em função direta do
aço ∅ 200 mm f ≈ 1,5 mm fabricante, da geometria e da temperatura.

∅ 415 mm f ≈ 3,1 mm

Rendimentos dos fusos


Fuso Rendimento
Rosca trapezoidal em função do passo e da lubrificação η = 0,3 ... 0,5
Fuso de esferas η = 0,8 ... 0,9

Literatura complementar
DIN/VDE 0113 Disposições para o equipamento elétrico de máquinas para usinagem e processamento
com tensão nominal de até 1000 V.
EN 60034 Disposições para máquinas elétricas rotativas.
Dubbel Manual para a construção mecânica, Vol. I e II.
SEW Manual da tecnologia de acionamentos.
SEW Dados internos.
NBR 7094 / ABNT Máquinas elétricas girantes - Motores de Indução - Especificação.
NBR 5383 / ABNT Máquinas elétricas girantes - Motores de Indução - Ensaios.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 193


16 Apêndice e legenda

16.2 Legenda

Legenda da coleção de fórmulas e dos exemplos de cálculos.

a aceleração m/s2
aA aceleração na partida m/s2
aB desaceleração na frenagem m/s2
aU desaceleração de comutação m/s2
α aceleração angular 1/s2
α ângulo de inclinação/ de hélice °
c acréscimo para atrito lateral e coeficiente de atrito lateral –
d diâmetro do mancal da roda mm
d0 diâmetro do pinhão, ou da engrenagem para corrente, para eixo mm
de saída do redutor
D diâmetro da roda livre, do tambor, ou da engrenagem para mm
corrente
η rendimento –
η' rendimento reverso –
ηG rendimento do redutor –
ηT rendimento total –
ηL rendimento da carga, ou da máquina acionada –
f braço de alavanca do atrito rolante mm
f frequência Hz
fB fator de serviço –
fZ fator de acréscimo para o cálculo da força radial –
F força N
FF resistência à translação N
FG força peso N
FN força normal, perpendicular à base N
FQ força radial N
FR força de atrito N
FS força de resistência (influencia a potência estática) N
g aceleração devido à gravidade: 9,81 (constante) m/s2
i relação de redução do redutor –
iV relação de redução intermediária –
J momento de inércia da massa kgm2
JL momento de inércia da massa da carga kgm2
JM momento de inércia da massa do motor kgm2
JX momento de inércia da massa reduzida ao eixo do motor kgm2
JZ momento de inércia da massa adicional (ventilador pesado) kgm2
KJ/KM/KP fatores de cálculo para a determinação do número de partidas Z –
LB vida útil do freio (até o reajustamento) h
m massa kg
m0 massa própria = massa sem carga útil adicional kg

194 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Apêndice e legenda 16

mL massa da carga kg
M torque Nm
Ma torque de saída Nm
MB torque de frenagem Nm
MH torque de aceleração Nm
MK torque máximo Nm
ML momento de carga estática (sem η) Nm
MN torque nominal Nm
MS torque estático (com η) Nm
MU torque de comutação de alta para baixa rotação em motores Nm
com pólos comutáveis
μ coeficiente de atrito, atrito de deslizamento –
μ0 coeficiente de atrito, atrito estático –
μL coeficiente de atrito para mancais –
n rotação rpm
na rotação de saída do redutor rpm
nN rotação nominal rpm
nS rotação síncrona rpm
ω velocidade angular rad/s
P potência W
PB potência de frenagem kW
PDM potência dinâmica do motor (sem carga) kW
PDL potência dinâmica do motor para a aceleração da carga kW
PT potência total do motor kW
PN potência nominal kW
PS potência estática do motor requerida kW
ϕ percurso angular ° ou rad
r raio mm
R faixa de variação (da rotação) –
ρ densidade kg/dm3
s percurso mm
sA pecurso de partida mm
sB percurso de frenagem mm
sF percurso de translação m
sT percurso total m
sP percurso de posicionamento m
sU percurso na comutação de alta para baixa rotação mm
t tempo de translação, ou de elevação s
t1 tempo de resposta do freio s
t2 tempo de atuação do freio s
tA tempo de partida s
tB tempo de frenagem s
tF tempo de translação s

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 195


16 Apêndice e legenda

tT tempo total (diagrama velocidade/tempo) s


tU tempo de comutação de alta para baixa rotação s
tZ tempo de ciclo s
v velocidade m/s
V volume dm3
vP velocidade de posicionamento m/s
WB trabalho do freio por frenagem J
WN trabalho de freio até o reajustamento J
XB precisão de parada (tolerância para o percurso de frenagem) mm
Z0 número de partidas em vazio admissível c/h
ZP número de partidas calculado, admissível c/h

Atenção!
A carga auxilia o motor na descida e age contra ele na subida. Portanto, nos seguintes
cálculos devem ser aplicados, em parte, fórmulas distintas para movimentos de subida
e descida, respectivamente (capítulo "Fórmulas da tecnologia de acionamento").

196 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de Apresentação 17

17 Exemplo de Apresentação

O que a SEW EURODRIVE produz … Redutores industriais de Alto Torque


Cálculo de Acionamentos

Alllll ssection
Al se
sec
sections
ectio
e cctions
ttions
tio
tion
io
ion
onns
s tto
oaappear
app
ap
appea
ppear
p
pppea
p e
ea
ear
arr h
a here
he
her
ere
e e

Montagem de Painéis Elétricos Motores Elétricos Servomotores


Um campodo
Fabricação magnético é criadoAssíncrono
Motor Elétrico (gerado) ao redor de todo condutor
conduzindo corrente elétrica.
Estator e Rotor Motor Assíncrono

Servomotor assíncrono DRL.. Classe de isolação Motores - Qual Será a temperatura ideal?

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 197


17 Exemplo de Apresentação

Proteção térmica (TF ou TH) Especificação do motor elétrico Sistema de freio SEW
Alta Temperatura
ra

Número de partidas por hora


Tempo de aceleração
Refrigeração adequada
TF - TERMISTOR (PTC)

TH - TERMOSTATO

Sistema de freio SEW Retificadores para freio Freio com alívio manual (HR ou HF)
1 6
1 - Disco de Freio
2 - Tampa lado do freio
2 8
3 - Bucha entalhada
3
4 - Ação de mola
9
5 - Entreferro
6 - Disco estacionário
7 - Mola de freio
8 - Bobina de freio
10
9 - Corpo de bobina
10 - Eixo do motor
4 11 - Força eletromagnética
11
5

Motor elétrico Motoredutores Conceito modular SEW EURODRIVE

DRE100L 4 BE2 HR TF

Proteção termistor
Alívio manual
Freio
Número de pólos
Tipo e tamanho da carcaça

198 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de Apresentação 17

Princípio de funcionamento do Redutor Linha R Linha F Denominação dos Tipos

Qual
Qualserá a relação
o Torque de
de transmissão
Saída?
I=?

Linha K
Linha S
Rotação de Saída Rotação de Entrada
170 rpm 1700 rpm Linha W
I = 10

Torque de Saída Torque de Entrada


160 Nm
16 Nm

Acessórios para motoredutores da linha F TorqLoc (FT.., KT.., ST..) Contra recuo (RS)

Braço de Torque Ventilações (VR, VS, V) e (Z) Chapéu de proteção (C)

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 199


17 Exemplo de Apresentação

Monitoramento Lubrificação Lubrificação

Nível
possível

Nível de óleo Nível


mínimo Nível de óleo

Bomba

Nível de óleo

Forma Construtiva Forma Construtiva M1 Seleção do Lubrificante

Válvula de respiro
Tipo do Temperatura Viscosidade Tipo do
redutor lubrificante
Ambiente Óleo
R, F, K, S Partida ISO VG– Óleo Graxa
ou W Operação NLGI - Graxa Mineral
Sintético

Nível de óleo

Dreno de óleo
Lubrificante

Intervalo de troca do lubrificante Tipos de esforços Fator de Serviço (FS)

Fr Força Radial Fa Força Axial

FATOR
Fr DE
SERVIÇO
Redutor

Fr
Fa
F
a

NÚMERO DE PARTIDAS POR HORA

200 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Exemplo de Apresentação 17

Fator de Serviço (FS) Fórmulas


Qual curva devo considerar? Numero de partidas (Zp)
ML I
1 Torque de saída
< 0,2 Uniforme (I)
J CH . Pest .9550
fa  X < 3 Moderado (II) Z adm  Z 0 . .K P ML 
J
JM JM
X nM
< 10 Forte (III)
JM
Para movimentos lineares Para movimentos rotacionais
2 2
 v  J Para movimentos lineares  v 
J X  91,2.m.  JX  J X  91,2.m. 
 nM  i2  nM 

Jm – Dado de catálogo Ciclo – Informado pelo cliente


Para movimentos J
rotacionais JX 
Z [1/h] – Informado pelo cliente
i2

Fórmulas Fórmulas
Velocidade de saída Rotação de Saída
Movimento horizontal e vertical para cima Movimento vertical para baixo Potência Estática
 J   . D.n v. 60000 FR .v
 J M
X .nm I  J 
 J M
X .nm
v na  P
1000.

tA   
  60000  .( D )
 M  tA 
9,55. CH L  9,55. CH M L .
  Tempo de desaceleração
Identificação de forças resistentes

tA < 5s J M
J X . .n 2   
tB  d
Aceleração (a): 9,55.( M B
M L . ) FR  m.g  .  L .
f 
c 
D  2  
v
Translação: MB= CH-2.ML. aA  ne
tA Rotação do redutor: i
nS
 nred  nS .i 
Elevação: MB= 2CN

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 201


18 Teste seu Conhecimento

18 Teste seu Conhecimento

1. Determinar a linha do motoredutor, o tipo de engrenagem e a faixa de torque


máximo de saída.

Motoredutores

a)

b)

c)

d)

e)

202 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Teste seu Conhecimento 18

2. Nos conjuntos pinhão/engrenagem abaixo, calcular a rotação de saída na (rpm) e a


velocidade V (m/min).
Dados: Considerar diâmetro na saída - ∅ = 0,18 m

3. Para os motores abaixo, informar a posição da caixa de ligação.

a) ............................. b) ............................. c) .............................

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 203


18 Teste seu Conhecimento

4. Determinar o lado de saída do eixo (A ou B) dos motoredutores abaixo.

................... ...................

................... ...................

5. Em uma aplicação foi especificado o equipamento da linha F com potência de 3 kW,


rotação de saída de 25 rpm. Os valores de rotação encontrados no catálogo são 21 rpm
e 28 rpm. Qual rotação deveremos escolher? Por que? Lembramos que o valor de tor-
que de saída com rotação de 25 rpm deverá ser respeitado.

6. Qual a especificação do motoredutor de eixos paralelos, eixo oco, com flange, disco
de contração, potência mecânica de 1,5 kW, rotação de 26 rpm e fator de serviço maior
do que 1,5? E, qual a quantidade de óleo, se o mesmo trabalha na forma construtiva
M4?

204 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Teste seu Conhecimento 18

7. Fazer o fechamento dos freios eletromecânicos para os retificadores BGE/BMK


(caixa de ligação/painel) em um motor DRE80M4.

AC

DC

AC

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 205


18 Teste seu Conhecimento

8. Determinar forma construtiva, quantidade de lubrificante, tipo de lubrificação (salpi-


co ou banho) e posição das válvulas (dreno, nível e respiro) dos motoredutores abaixo.

Exemplo:

Forma construtiva: M4
...................
Qtde de lubrificante: 10,9 litros
...................
Válvula
de respiro
Válvula
Tipo de lubrificação: Banho
...................
de nível

K87DRE100L4

Válvula de dreno

206 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Teste seu Conhecimento 18

F127DRE100M4
Forma construtiva: .............................

Qtde de lubrificante: .............................

Tipo de lubrificação: .............................

F127DRE100L4
Forma construtiva: .............................

Qtde de lubrificante: .............................

Tipo de lubrificação: .............................

K127...
Forma construtiva: .............................

Qtde de lubrificante: .............................

Tipo de lubrificação: .............................

W37...
Forma construtiva: .............................

Qtde de lubrificante: .............................

Tipo de lubrificação: .............................

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 207


18 Teste seu Conhecimento

9. Determinar a nomenclatura dos motoredutores abaixo, conforme exemplo

K 107 R 77 DRE 100LC4 /TF

Sensor de temperatura opcional do motor

Tamanho do motor 100, 4 pólos,


comprimento L do rotor de cobre

Série do motor de alto rendimento

Redutor tamanho 77
2º redutor
Redutor série R

Redutor tamanho 107


1º redutor
Redutor tipo K

K107 R77 DRE100LC4/TF

208 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Teste seu Conhecimento 18

KVZ77/RDRE100M4BE5HF/TF/V/Z/C

FHF77DRE132M6BE5/TH

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 209


18 Teste seu Conhecimento

10.Teoria de Motoredutores

a) Descrever o princípio de funcionamento de um motor elétrico assíncrono trifásico,


gaiola de esquilo.

b) Descrever o princípio de funcionamento de um redutor de velocidade.

c) Ao desmontar o conjunto de freio BE11, foi verificado que o conjunto de molas era
formado por 4 molas azuis. Informar o torque de frenagem do conjunto.

Disco
Entreferro Ajustes dos torques de frenagem
de freio
Trabalho reali-
Tipo do Tipo e quanti-
zado até a Torque de Códigos das molas do
freio [mm] [mm] dade de molas
manutenção frenagem freio
do freio
min.1) máx. mín. [Nm] padrão azul padrão azul
5,0 2 4
3,5 2 2
BE05 120 0,25 0,6 9,0 0135 017 X 1374 137 3
2,5 - 6
1,8 - 3
10 6 -
BE1 120 0,25 0,6 9,0 7,0 4 2 0135 017 X 1374 137 3
5,0 2 4
20 6 -
14 2 4
BE2 165 0,25 0,6 9,0 1374 024 5 1374 052 0
10 2 2
7,0 - 4
55 6 -
40 2 4
BE5 260 0,25 0,9 9,0 28 2 2 1374 070 9 1374 071 7
20 - 4
14 - 3
110 6 -
80 2 4
BE11 640 0,3 1,2 10,0 1374 183 7 1374 184 5
55 2 2
40 - 4

( ) 110 Nm
( ) 80 Nm
( ) 55 Nm
( ) 40 Nm
( ) 65 Nm

210 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Teste seu Conhecimento 18

d) Completar o plano de manutenção abaixo:

Frequência O que fazer?


• A cada 3000 horas de funcionamento,
pelo menos a cada 6 meses
• Dependendo das condições de operação,
pelo menos a cada 3 anos
• De acordo com a temperatura do óleo
• Dependendo das condições de operação,
pelo menos a cada 5 anos
• De acordo com a temperatura do óleo
• Variável (dependendo das influências • Retocar ou refazer pintura de proteção
externas) anticorrosiva / das superfícies

11.Aplicações

a) Determinar o motoredutor para elevação, considerando os seguintes itens:

Peso da carga 870 kg

Peso do carro 820 kg

Velocidade 28 m/min

Diâmetro do tambor 320 mm

Ciclo de trabalho 75 % ED

Horas de trabalho 24 h/dia

Rendimento global 86 %

Dados do motoredutor:
Motoredutor com freio eletromecânico (BGE), alívio manual com retorno automático,
termistor, fator de serviço > 1,4, ventilação de metal, redutor com engrenagens helicoi-
dais, eixo maciço, quantidade de lubrificante, posição das válvulas em M1 e escolha do
lubrificante para uma temperatura ambiente de 46 ºC.

Calcular:
Potência do motor (kW), inércia da carga (kgm2), tempo de aceleração (s), número de
partidas (c/h), torque de frenagem (Nm), fator de serviço, rotação de saída (rpm), torque
de saída do redutor (Nm), relação de transmissão.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 211


18 Teste seu Conhecimento

212 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Teste seu Conhecimento 18

b) Determinar o motoredutor para translação, considerando os seguintes itens:

Peso da carga 1500 kg

Peso do carro 1500 kg

Velocidade 30 m/min

Diâmetro da roda 250 mm

Ciclo de trabalho 69 % ED

Horas de trabalho 16 h/dia

Rendimento global 84 %

Redução externa 2

Superfície de contato aço/aço

Dados do motoredutor:
Motoredutor com freio eletromecânico (BGE), termistor, fator de serviço > 1,4, redutor
com engrenagens helicoidais, eixo maciço e fixação por pés, quantidade de lubrificante,
posição das válvulas em M1 e escolha do lubrificante para uma temperatura ambiente
de 19 ºC.

Calcular:
Força resistente, potência do motor (kW), inércia da carga (kgm2), tempo de aceleração
(s), número de partidas (c/h), torque de frenagem (Nm), fator de serviço, força radial
(considerando ∅ pinhão 125 mm), rotação de saída (rpm), torque de saída do redutor
(Nm), relação de transmissão.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 213


18 Teste seu Conhecimento

214 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Teste seu Conhecimento 18

c) Determinar o motoredutor para transportador de corrente com conversor, consi-


derando os seguintes itens:
Um transportador de corrente deverá transportar caixas de madeira na velocidade de
25 m/min em um aclive de a= 12º. Temos no máximo 5 caixas, com 480 kg cada uma.
O peso da corrente é de 350 kg. O coeficiente de atrito entre a corrente e a base está
especificado com = 0,2. No fim do transportador de corrente está instalado um fim de
curso mecânico, cuja função é também alinhar as caixas antes da transferência para
um segundo transportador. Nesta operação, a caixa desliza na corrente um coeficiente
de atrito de = 0,73. Deverá ser aplicado um redutor de engrenagens cônicas controlado
por variação da frequência (conversor) de até aprox. 60 Hz.
Dados:
Aceleração desejada: a= 0,20 m/s2
Rendimento para todos os cálculos n= 0,80
Engrenagem = 260 mm
100 p/h 16 h/d.

ta = 2s

Dados do motoredutor:
Motoredutor com freio eletromecânico (BGE), termostato, redutor com engrenagens cô-
nicas, eixo oco e flange, quantidade de lubrificante, posição das válvulas em M1 e es-
colha do lubrificante para uma temperatura ambiente de 45 ºC.

Calcular:
Forças resistentes, potência do motor (kW), inércia da carga (kgm2), torque de acele-
ração (c/h), torque de frenagem (Nm), fator de serviço, rotação de saída (rpm), torque
de saída do redutor (Nm), relação de transmissão.

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 215


18 Teste seu Conhecimento

216 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Teste seu Conhecimento 18

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 217


18 Teste seu Conhecimento

11.Exemplo para cálculo

218 Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1


Teste seu Conhecimento 18

Seleção de Acionamentos - Métodos de Cálculo e Exemplos, Volume 1 219


18 Teste seu Conhecimento

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Guarulhos - Cep.: 07251-250 SEW SERVICE - Horário Comercial
Tel. +55 (0) 11 24 89 90 30
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Indaiatuba - Cep.: 13347-510
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Rio Claro Rodovia Washington Luiz, Km 172 Fax +55 (0) 19 35 24 66 53
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Santa Catarina SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 47 30 27 68 86
Joinville Rua Dona Francisca, 12346 Fax +55 (0) 47 30 27 68 88
Pirabeiraba - 89239 270 filial.sc@sew.com.br
Amazonas SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 92 36 63 50 30
Manaus Rua Nicolau da Silva, 159 Fax +55 (0) 92 36 63 50 27
São Francisco - 69079-240 filial.am@sew.com.br
Bahia SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 71 32 89 35 11
Lauro de Freitas Loteamento Varandas Tropicais, QD 04- Lt 14 Fax +55 (0) 71 33 79 43 44
Pitangueiras - 42700-000 filial.ba@sew.com.br
Ceará SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 85 34 82 93 73
Fortaleza Rua Marechal Bitencourt, 805 Fax +55 (0) 85 34 82 97 94
Dias Macedo - 60860-540 filial.ce@sew.com.br
Espírito Santo SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 27 33 18 09 21
Serra Rua Tancredo Neves, 145 Fax +55 (0) 27 33 18 09 25
São Diogo I - 29163-267 filial.es@sew.com.br
Goiás SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 62 32 99 54 44
Goiânia Rua CM 14, 79 - QD 03B - Lt 06 Fax +55 (0) 62 35 97 24 99
Setor Cândida de Morais - 74463-280 filial.go@sew.com.br
Mato Grosso/ SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 65 36 21 21 15
Cuiabá Avenida Miguel Sutil, 5573 Fax +55 (0) 65 36 21 64 31
Santa Helena - 78045-670 filial.mt@sew.com.br
Minas Gerais SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 31 21 02 29 05
Belo Horizonte Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 1275 Fax +55 (0) 31 21 02 29 00
Glória - 30870-100 filial.mg@sew.com.br
Minas Gerais SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 34 32 11 33 00
Uberlândia Rua Rio Grande do Norte, 10 Fax +55 (0) 34 32 11 33 10
Nossa Senhora das Graças - 38402-016 filial.ub@sew.com.br

09/2013
Lista de Endereços

Brasil
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Regionais Ananindeua Avenida Leopoldo Teixeira, 15 B - Saída Km 7 Fax +55 (0) 91 32 82 45 88
de Vendas Levilândia - 67030-025 filial.pa@sew.com.br
Paraná SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 41 32 13 58 12
Curitiba Rua Desembargador Westphalen, 3779 Fax +55 (0) 41 32 13 58 00
Parolin - 80220-031 filial.pr@sew.com.br
Pernambuco SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 81 34 69 22 11
Candeias Avenida Presidente Castelo Branco, 5268 Fax +55 (0) 81 34 69 04 82
Jaboatão dos Guararapes - 54440-050 filial.pe@sew.com.br
Rio de Janeiro SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 21 24 45 41 55
Estrada dos Bandeirantes, 4039 Fax +55 (0) 21 24 45 35 76
Jacarepaguá - 22775-113 filial.rj@sew.com.br
Rio Grande do SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 51 30 25 18 25
Sul Avenida Madrid, 168 Fax +55 (0) 51 30 25 18 35
Porto Alegre Navegantes - 90240-560 filial.rs@sew.com.br
Santa Catarina SEW-EURODRIVE Brasil Ltda. Tel. +55 (0) 49 33 29 68 80
Chapecó Avenida Nereu Ramos, 3135 E Fax +55 (0) 49 33 29 68 88
Bairro Líder - 89805 103 filial.ch@sew.com.br
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09/2013

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