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LICENCIATURA EM ENERGIAS RENOVÁVEIS

INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE


ENERGIA RENOVÁVEL E CLIMATIZAÇÃO

FÁBIO MIGUEL MENDES SANTOS Nº29818

LOCAL: energia.pt
ORIENTADOR: Eng.º Celso Miranda
SUPERVISOR: Eng.ª Adelina Fernanda Magalhães Rodrigues

ANO LETIVO 2017/ 2018


Sumário

O relatório descreve as atividades realizadas durante o período de estágio, ao longo de 300 horas, na Empresa
ENERGIA.PT. As tarefas realizadas em contexto de trabalho centraram-se na:

• Instalação e manutenção de sistemas solares térmicos


• Manutenção de sistemas de aquecimento a biomassa
• Instalação de sistemas de arrefecimento evaporativo
Introdução
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Ao longo da licenciatura, os conhecimentos adquiridos permitiram o enriquecimento do conhecimento relativo à


importância e à utilização dos vários sistemas envolvendo energias renováveis.

A implementação desses sistemas visa a otimização dos consumos energéticos e a redução da fatura energética.

O estágio efetuado contribuiu largamente para serem adquiridas competências ao nível da instalação e
manutenção de sistemas de aproveitamento de energia renovável que podem servir para produção de águas
quentes (AQS) ou como apoio ao aquecimento de uma residência.

E ainda, ao nível da montagem de sistemas de arrefecimento evaporativo, destinados à climatização de grandes


espaços industriais.
Objetivos
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O relatório tem como objetivos gerais:

 Consolidação dos conhecimentos teóricos e a sua devida aplicação em contexto real de trabalho;
 Criar condições que permitam uma maior adequação às necessidades do mercado de trabalho;
 O desenvolvimento de competências de investigação na área das energias renováveis.
Descrição e caracterização da Empresa
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A energia.pt localiza-se na Rua Terras de Santa Maria, Arrifana – Santa Maria da Feira e é uma empresa da área
das energias renováveis e climatização.

A empresa surge em 2004 com o objetivo de divulgar, comercializar e instalar diversos sistemas de equipamentos
na área das Energias Renováveis e Climatização.

Encontra soluções ao nível da eficiência energética, ao nível da sustentabilidade e ao nível de infraestruturas,


estando habilitada à execução de obras de engenharia e instalação de equipamentos.

É uma empresa bastante experiente e competente, formada por uma equipa dinâmica e multi-disciplinar.
Atividades realizadas pela Empresa
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A energia.pt concebe os seus serviços para a:

 Instalação e manutenção de sistemas solares térmicos com circulação forçada ou termossifão, destinados ao
aquecimento de águas ou como apoio ao aquecimento de uma casa.

 Instalação, manutenção e reparação de caldeiras a pellets.

 Instalação e manutenção de sistemas de Arrefecimento Evaporativo em grandes espaços industriais ou comerciais.


Sistema solar térmico com circulação forçada
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Esquema de instalação do sistema solar térmico com circulação forçada


Funcionamento de sistemas solares térmicos
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A superfície do painel solar transforma a luz solar em calor aproveitável. Este calor é absorvido pelo líquido solar
que se encontra dentro do painel e é transportado através de tubos devidamente isolados, até ao depósito de água
da rede.

Sistema solar térmico com termossifão Sistema solar térmico com circulação forçada
Manutenção e reparação de caldeiras a pellets
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 Uma vez que estes equipamentos são uma das melhores soluções de baixo impacto ambiental para aquecer
uma residência com uma redução considerável na fatura energética, é de extrema importância manter sempre
a caldeira no seu correto funcionamento e desempenho.

 Por vezes o equipamento apresenta falhas no seu funcionamento que são resultado da danificação ou
degradação de alguns dos seus componentes. Dessa forma, será necessária uma averiguação desses
problemas de modo a que a caldeira volte a funcionar devidamente.
Funcionamento de caldeiras a pellets
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Os equipamentos a pellets podem regula automaticamente o seu funcionamento através de uma placa central
eletrónica, que funciona com base na temperatura ambiental desejada. Esta placa regula a frequência de
carregamento dos pellets, a velocidade e quantidade de emissão de ar na câmara de combustão, a velocidade do
ventilador para expulsão dos gases da combustão e regula o programador.

Interior de uma caldeira a pellets


Climatização de espaços industriais
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A pedido de uma empresa, localizada em São João da Madeira, a energia.pt realizou a instalação de dois sistemas
de Arrefecimento Evaporativo - BIOCOOLER que serão responsáveis pelo arrefecimento, ventilação e extração de
ar viciado e focos de calor no seu interior.

Instalação de um BIOCOOLER na cobertura da fábrica


Funcionamento de um sistema de arrefecimento
evaporativo - BIOCOOLER
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O BIOCOOLER é formado basicamente por um ventilador, uma bomba de água, pelos canais de distribuição de
água, um reservatório e células de um papel especial que não absorve a água.

Principais constituintes de um sistema de arrefecimento evaporativo do ar


Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Componentes do sistema solar térmico com circulação forçada


Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Ligação no ponto de entrada da água da rede Massa VEDOX e linho


Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Válvula de passagem e válvula misturadora termostática Válvula de segurança aplicada no segundo T de latão
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Circuito secundário do sistema solar térmico com circulação forçada


Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Ligação em paralelo de canais Estrutura de fixação dos coletores solares planos


Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Ligação dos painéis através de uniões bicone ¾” 20mm Módulos de fixação entre os coletores solares
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Sentido do fluido solar


Circuito de retorno do fluido solar com o devido isolamento térmico
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Cruzeta de latão Circuito de saída do fluido com o isolamento térmico e sonda de temperatura
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Fixação do grupo hidráulico e controlador solar Tubos de cobre que fazem a ligação entre a casa das máquinas e o telhado
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

IN solar e OUT solar correspondentes ao depósito Vaso de expansão solar ligado ao grupo hidráulico
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Instalação dos circuitos na casa das máquinas


Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada


Após efetuar todas as ligações entre os diversos componentes do circuito primário, deverá proceder-se à sua
limpeza. Para essa operação, realizam-se as seguintes tarefas:

• Verificar se não ficaram acessórios por apertar;


• Verificar se não há válvulas fechadas que impeçam a circulação;
• Abrir os purgadores de ar;
• Encher lentamente o circuito;
• Fechar todos os purgadores quando começar a sair fluido;
• Deixar circular o fluido por uns minutos para arrastar a sujidade e proceder ao esvaziamento.
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Após a limpeza, procede-se ao enchimento final e purga do sistema.

Depois de misturar o anticongelante (Glicol) com água, obtém-se o nível de proteção contra o congelamento do
fluido térmico. O fluido térmico, constituído por Glicol e água será bombeado para o circuito primário.

Depois de confirmar que tudo está correto para o bom funcionamento do sistema, prepara-se o controlador solar
e o sistema ficará apto a produzir o aquecimento de água (AQS).
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de um sistema solar térmico com circulação forçada

Enchimento do circuito primário com o fluido térmico


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de sistemas solares térmicos


Todos os anos, deve-se :

• Verificar o pH e a concentração do fluido solar, um elemento que serve para evitar a congelação e cujas
propriedades se alteram com as altas temperaturas que se podem atingir em períodos de estagnação;

• Procurar fugas nos vasos de expansão e confirmar o estado da pressão em vazio, que deve ser ajustada
à pressão do circuito;

• Averiguar o funcionamento das válvulas de segurança, que limitam a pressão no circuito;


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de sistemas solares térmicos


• Conferir o funcionamento e valores medidos pelos relógios, sondas de temperatura e programadores;

• Examinar e regular a válvula da misturadora termostática, um elemento que regula a temperatura da água
que sai do acumulador, evitando queimaduras, e permite gerir melhor a energia acumulada;

• Verificar o circulador e a circulação do caudal – esta influencia o rendimento da instalação, pelo que deve
ser afinada, se necessário;

• Confirmar o estado do isolamento e substituir os troços danificados.


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets

As caldeiras requerem uma manutenção cuidada. O principal cuidado a ter, consiste na limpeza regular das
cinzas na zona de queima dos pellets. Esta pode ser feita de uma forma prática através do auxílio de um
simples aspirador de cinzas. Para a realização da manutenção de uma caldeira deve-se utilizar sempre luvas
apropriadas e ferramentas eficazes nas suas tarefas de limpeza.

A manutenção de uma caldeira requer as seguintes operações de manutenção:


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets


 Retirar o queimador do seu compartimento de encaixe e proceder à sua limpeza, eliminando os resíduos
presentes;

Limpeza do queimador
Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets


 Aspirar as cinzas do compartimento de encaixe do queimador e da câmara de combustão;

Limpeza do compartimento de encaixe do queimador e câmara de combustão


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets


 Limpar o depósito de cinzas (gaveta de cinzas);

Limpeza da gaveta de cinzas


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets


 Limpar turbuladores e tubos por onde circula o ar;

Limpeza dos canais de passagem de ar e turbuladores


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets


 Limpar o motor de extração de fumos;

Extrator de fumos
Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets


 Verificar se o mecanismo de transporte de pellets se encontra no seu correto funcionamento e verificar se
não existe obstruções no tubo de transporte para evitar futuros entupimentos;

Parafuso sem fim e respetivo motor redutor


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets


 Limpar o tubo de vacuómetro;

Limpeza do tubo de vacuómetro


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets


 Limpar e verificar fugas na conduta de fumos;

Chaminé de extração de gases


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets


 Inspecionar e limpar o motor de limpeza automática;

Motor de limpeza automática


Atividades realizadas pelo estudante
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Manutenção de caldeiras a pellets

 Verificar se as sondas de temperatura estão no seu correto funcionamento e verificar a parte elétrica;

 No final da limpeza do interior da caldeira e dos seus componentes, utilizar como combustível para o
arranque da caldeira, uma caixa de pellets de limpeza.

Pellets de limpeza
Atividades realizadas pelo estudante
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Reparação de caldeiras a pellets


Situação 1

Caldeira com sistema de alimentação automático Limpeza do interior do silo da caldeira


Atividades realizadas pelo estudante
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Reparação de caldeiras a pellets

Situação 2

Caldeira e respetivo silo de pellets Limpeza do interior do silo da caldeira


Atividades realizadas pelo estudante
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Reparação de caldeiras a pellets


Situação 2

Tubo flexível responsável pelo transporte dos pellets até à zona de combustão
Atividades realizadas pelo estudante
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Reparação de caldeiras a pellets


Situação 3

Caldeira SOLZAIMA e respetivo silo de pellets Parafuso sem fim que foi removido do equipamento
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de sistemas de arrefecimento evaporativo - BIOCOOLER

BIOCOOLER Condutas de suporte e de difusão


Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de sistemas de arrefecimento evaporativo - BIOCOOLER

Desenho do quadrado, corte do orifício e levantamento da borda da cobertura Conduta inserida no orifício e sua fixação na borda da cobertura
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de sistemas de arrefecimento evaporativo - BIOCOOLER

Chapa de alumínio para vedação Conduta inserida no orifício e sua fixação na borda da cobertura
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de sistemas de arrefecimento evaporativo - BIOCOOLER

BIOCOOLER fixado na conduta de suporte Fixação da conduta através de barras de suporte em alumínio
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de sistemas de arrefecimento evaporativo - BIOCOOLER

Condutas de suporte e de difusão


Canais de distribuição de água
Atividades realizadas pelo estudante
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Instalação de sistemas de arrefecimento evaporativo - BIOCOOLER

Cabos de aço aplicados em todos os cantos da conduta de suporte Trajeto dos cabos de alimentação desde o BIOCOOLER até ao quadro
elétrico
Reflexões finais
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Considera-se que o principal objetivo do estágio curricular, o de colocar em prática os conhecimentos adquiridos
durante o curso de Licenciatura em Energias Renováveis, foi alcançado.

Uma das aprendizagens consideradas mais relevantes relaciona-se com a necessidade constante de eficácia,
rapidez de montagem e perspicácia na previsão e resolução dos eventuais problemas a que uma instalação está
sujeita.

Em forma de conclusão pode-se afirmar que o estágio serviu efetivamente para uma maior consolidação de todos
os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos ao longo do curso, bem como para um crescimento pessoal
associado.

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