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Junho de 2008
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Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 2006
1. Dez minutos após uma mulher de 85 anos sofrer um colapso, os paramédicos chegam e
iniciam a RCP pela primeira vez. O monitor revela a presença de FV fina (baixa amplitude).
Qual das seguintes ações deve ser feita a seguir?
2. Um paciente em parada cardíaca chega ao PS com AESP com 30 batimentos por minuto. A
RCP continua a ser feita, o posicionamento correto do tubo é confirmado e o acesso IV é
estabelecido. Qual das seguintes medicações é a mais adequada para ser administrada a
seguir?
3. Qual das seguintes ações ajuda a aplicar uma corrente máxima durante a desfibrilação?
4. Qual das seguintes ações NÃO é realizada quando você “se afasta” de um paciente
imediatamente antes da descarga do desfibrilador?
a. Checar a pessoa que está manejando a via aérea: o corpo não está em contato com a bolsa-
valva-máscara ou com o tubo endotraqueal, o oxigênio não está fluindo sobre o tórax
b. Checar a si próprio: as mãos posicionadas corretamente sobre as pás do desfibrilador, o corpo
não está em contato com o paciente ou com a maca
c. Checar as derivações do monitor: derivações desconectadas para evitar que o choque danifique
o monitor
d. Checar os outros: ninguém está em contato com o paciente, com a maca ou com o
equipamento conectado ao paciente
a. Intubação do esôfago
b. Intubação do brônquio fonte esquerdo
c. Intubação do brônquio fonte direito
d. Pneumotórax hipertensivo bilateral
11. Qual das seguintes causas de AESP é a mais provável de responder ao tratamento imediato?
a. Epinefrina 3 mg IV
b. Atropina 3 mg IV
c. Epinefrina 1 mg IV
d. Atropina 0,5 mg IV
13. Um paciente com freqüência cardíaca de 40 bpm se queixa de dor torácica e está confuso.
Após a administração de oxigênio, qual é o primeiro medicamento que você deve lhe
administrar enquanto espera trazerem um marca-passo para a sala?
a. Atropina 0,5 mg
b. Epinefrina 1 mg IV contínua
c. Infusão de isoproterenol 2 a 10 μg/min
d. Adenosina 6 mg em infusão contínua e rápida IV
14. Qual das seguintes afirmações descreve corretamente as ventilações que devem ser
aplicadas após a inserção do tubo endotraqueal, insuflação do balão e verificação do
posicionamento do tubo?
a. Atropina 0,5 a 1 mg IV
b. Furosemida 20 a 40 mg IV
c. Lidocaína 1 a 1,5 mg/kg
d. Sulfato de morfina 2 a 4 mg IV
16. Qual dos seguintes agentes é utilizado freqüentemente no tratamento precoce da isquemia
cardíaca aguda?
17. Um homem de 50 anos, que está muito sudoréico e hipertenso, queixa-se de dor torácica
subesternal, com sensação de aperto no tórax e respiração curta grave. Ele tem uma história
de hipertensão. Ele mastigou 2 comprimidos de aspirina infantil em casa e agora está
recebendo oxigênio. Qual das seguintes sequências terapêuticas é a mais adequada neste
momento?
18. Um homem de 50 anos tem uma elevação de 3 mm do segmento ST nas derivações V2 a V4. A
dor torácica intensa continua, apesar da administração de oxigênio, ácido acetilsalicílico,
nitroglicerina SL 3 e morfina 4 mg IV. A PA é 170/110 mmHg; a FC é 120 bpm. Qual das
seguintes combinações terapêuticas é a mais adequada para esse paciente nesse momento
(considere que não há contra-indicações para qualquer medicação)?
19. Uma mulher de 70 anos queixa-se de cefaléia moderada e dificuldade para caminhar. Ela tem
um desvio da rima bucal, fala pastosa e dificuldade para levantar o braço direito. Ela toma
“várias medicações” para pressão arterial alta. Qual das seguintes ações é a mais adequada
nesse momento?
a. Acionar o sistema de atendimento de emergência; dizer ao médico regulador que você precisa
de ajuda para uma mulher que está apresentando sinais e sintomas de hemorragia
subaracnóidea aguda
b. Acionar o sistema de atendimento de emergência; dizer ao médico regulador que você precisa
de ajuda para uma mulher que está apresentando sinais e sintomas de um AVC
c. Acionar o sistema de atendimento de emergência; fazer com que a mulher tome 325 mg de
ácido acetilsalicílico e depois fazê-la deitar enquanto vocês dois aguardam a chegada da
equipe de emergência
d. Levar a mulher em seu carro para o PS mais próximo
a. História, exames físico e neurológico, TC de crânio sem contraste, com interpretação por
radiologista
b. História, exames físico e neurológico, TC de crânio sem contraste, iniciar o tratamento
fibrinolítico se a TC revelar AVC
c. História, exames físico e neurológico, punção lombar (PL), TC da cabeça com contraste caso a
PL seja negativa para a presença de sangue
d. História, exames físico e neurológico, TC de crânio com contraste, iniciar o tratamento
fibrinolítico quando houver melhora nos sinais neurológicos
21. Qual dos seguintes ritmos é uma indicação adequada para marca-passo cardíaco
transcutâneo?
22. Qual das seguintes causas de assistolia ocorrida em paciente fora do hospital é mais
provável de responder ao tratamento?
23. Uma mulher de 34 anos com uma história de prolapso da válvula mitral se apresenta ao PS
queixando-se de palpitações. Seus sinais vitais são os seguintes: FC = 165 bpm, resp = 14
por minuto, PA - 118/92 mmHg, e saturação de O2 = 98%. Seus pulmões parecem livres e ela
relata não ter dificuldade para respirar ou dispnéia aos esforços. O ECG e o monitor revelam
uma taquicardia regular de complexo estreito. Qual dos seguintes termos melhor descreve
sua condição?
a. Taquicardia estável
b. Taquicardia instável
c. Freqüência cardíaca adequada para as condições clínicas
d. Taquicardia secundária a função cardiovascular inadequada
26. A vasopressina pode ser recomendada para qual dos seguintes ritmos de parada?
a. FV
b. Assistolia
c. AESP
d. Todos os ritmos acima
a. Administrar atropina 1 mg IV
b. Iniciar o acionamento do marca-passo transcutâneo à uma freqüência de 60 bpm
c. Iniciar a infusão de dopamina IV a 15 a 20 g/kg por minuto
d. Administrar epinefrina (1 ml de solução 1:10.000) em bolus IV
28. Os seguintes pacientes foram diagnosticados com AVC isquêmico agudo. Qual deles NÃO
apresentou contra-indicação para a terapia fibrinolítica por via IV?
a. Uma mulher de 65 anos, que vive sozinha e foi encontrada não responsiva por seu vizinho
b. Um homem de 65 anos que se apresentou aproximadamente 4 horas após o início dos
sintomas
c. Uma mulher de 65 anos que se apresentou 1 hora após o início dos sintomas
d. Um homem de 65 anos, diagnosticado com úlcera sangrante 1 semana antes do início dos
sintomas
29. Uma mulher de 25 anos se apresenta ao PS e afirma que está tendo outro episódio de TSVP.
Sua história médica inclui um exame com estimulação eletrofisiológica (EPS), que confirmou
uma taquicardia com reentrada, sem síndrome de Wolff-Parkinson-White e sem pré-excitação.
Sua FC é 180 bpm. A paciente relata palpitações e uma leve falta de ar. As manobras vagais
com massagem do seio carotídeo não surtiram efeito sobre a FC e o ritmo. Qual das
seguintes é a próxima intervenção mais adequada?
a. Cardioversão DC
b. Diltiazem IV
c. Propranolol IV
d. Adenosina IV
33.
35.
37.
39.
1. A alternativa correta é d.
Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, páginas 38 e 43
2. A alternativa correta é b.
Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 53
3. A alternativa correta é c.
Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 45
4. A alternativa correta é c.
Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 37
5. A alternativa correta é a.
Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 101
6. A alternativa correta é c.
Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 41
7. A alternativa correta é a.
Consulte o CD do Aluno - SAVC, páginas 22-23.
8. A alternativa correta é b.
Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 47
9. A alternativa correta é a.
Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 46
1. a b c d 16. a b c d
2. a b c d 17. a b c d
3. a b c d 18. a b c d
4. a b c d 19. a b c d
5. a b c d 20. a b c d
6. a b c d 21. a b c d
7. a b c d 22. a b c d
8. a b c d 23. a b c d
9. a b c d 24. a b c d
10. a b c d 25. a b c d
11. a b c d 26. a b c d
12. a b c d 27. a b c d
13. a b c d 28. a b c d
14. a b c d 29. a b c d
15. a b c d 30. a b c d
© 2006Edição
© 2006 Edição original
original em inglês:
em inglês: AmericanAmerican Heart Association
Heart Association
©
© 2008 Edição em português: American Heart Association Association
2008 Edição em português: American Heart 1
© 2006 Edição original em inglês: American Heart Association
© 2008 Edição em português: American Heart Association 2
Índice
Figura 1. Uma cânula nasal usada para fornecimento de oxigênio suplementar em pacientes
com respiração espontânea.
Máscara Uma máscara facial simples fornece um fluxo baixo de oxigênio para a boca
Facial e o nariz do paciente. Uma máscara com reinalação parcial consiste de uma
máscara facial com uma bolsa reservatória acoplada (Figura 2.)
Uso com Os dispositivos de via aérea avançada, como a máscara laríngea (ML) e o
Via Aérea combitubo esofagotraqueal, estão atualmente dentro da área de atuação dos
Avançada profissionais de saúde do serviço de emergência em várias regiões (com a
autorização específica de um grupo médico de controle). Esses dispositivos
podem fornecer alternativas aceitáveis aos dispositivos bolsa-valva-máscara,
quando usados por profissionais de saúde bem treinados e com experiência
suficiente em seu uso. Ainda não está bem definido se esses dispositivos são
mais ou menos complicados de utilizar que a máscara de bolso. É preciso ter
treinamento para utilizar o dispositivo bolsa-valva-máscara e cada uma das
vias aéreas avançadas de modo seguro e eficaz.
Dicas para • Insira uma cânula orofaríngea o quanto antes, se o paciente não tiver reflexo
Realizar de tosse ou de vômito, para ajudar a manter a via aérea.
Ventilação • Não existe um volume corrente específico recomendado para adultos.
com Bolsa- Ao invés disso, o volume corrente deve ser suficiente para produzir uma
Valva-Máscara elevação visível do tórax.
• Muitos profissionais de saúde não podem criar uma vedação hermética
entre a máscara e a face usando apenas uma mão. A mão que segura a
máscara deve realizar as 2 tarefas simultaneamente: realizar a inclinação
da cabeça e pressionar a máscara contra a face, enquanto eleva o queixo.
Realize e mantenha a inclinação da cabeça e depois use os dedos polegar
e indicador para formar um “C”, pressionando os bordos da máscara contra
a face da vítima. Depois, use os demais dedos para elevar o ângulo da
mandíbula e abrir a via aérea (Figura 4A).
B
Figura 4. A, Técnica do clamp E–C boca-a-máscara para a manutenção da máscara, enquanto
eleva a mandíbula. Posicione-se próximo da cabeça do paciente. Circule o polegar e o dedo in-
dicador ao redor da parte superior da máscara (formando uma letra “C”) enquanto usa o terceiro,
quarto e quinto dedos (formando a letra “E”) para elevar o queixo. B, Uso de bolsa-valva-máscara
por 2 profissionais de saúde. Aquele que estiver próximo da cabeça da vitima inclina a cabeça do
paciente e veda a máscara contra a face, com o polegar e o indicador de cada mão criando uma
letra “C”, para fornecer uma vedação hermética ao redor dos bordos da máscara. Os 3 dedos
restantes (formando a letra “E”) levantam a mandíbula da vítima (isso mantém a via aérea aberta).
O segundo profissional de saúde comprime a bolsa lentamente (por 1 segundo), até que haja
elevação do tórax. Ambos devem observar a elevação do tórax.
Resumo O combitubo (Figura 5) é uma via aérea avançada que é uma alternativa
aceitável ao uso de um tubo endotraqueal. O combitubo é um dispositivo
de via aérea invasivo, com 2 cuffs de balão infláveis. É inserido sem a
visualização das cordas vocais. O tubo tem maior probabilidade de penetrar
no esôfago que na traquéia. Quando o tubo realmente penetra no esôfago,
ocorre a ventilação através das aberturas laterais adjacentes às cordas
vocais e a traquéia. Se o tubo penetra na traquéia, a ventilação ainda pode
ocorrer por uma abertura na extremidade do tubo.
Detectores de Diversos dispositivos comerciais podem reagir ao CO2 expirado dos pulmões,
CO2 Expirado geralmente com uma mudança da cor. Esse sistema simples pode ser usado
(Qualitativos) como um método inicial para confirmar o posicionamento correto do tubo,
mesmo em pacientes em parada cardíaca (Figura 10). O dispositivo de
detecção qualitativo que demonstra a presença do CO2 expirado indica o
posicionamento adequado do tubo endotraqueal. A ausência de resposta ao
CO2 pelo detector (isto é, os resultados são negativos para o CO2) geralmente
significa que o tubo está no esôfago, principalmente em pacientes com
circulação espontânea.
B
Figura 10. Confirmação do posicionamento do tubo endotraqueal. A, Indicador colorimétrico
da presença de dióxido de carbono expirado: a cor púrpura indica falta de dióxido de carbono
– provavelmente o tubo está colocado no esôfago. B, Indicador colorimétrico de dióxido de
carbono expirado: a cor amarela indica a presença de dióxido de carbono e tubo localizado
na via aérea. Note que a detecção do dióxido de carbono não pode assegurar a profundidade
adequada da inserção do tubo. O tubo deve ser mantido em posição e depois fixado, após a
verificação de seu posicionamento correto.
CO2 não detectado, mas o tubo está na traquéia: O tubo está realmente na
traquéia, mas uma leitura negativa para CO2 leva à remoção desnecessária
do tubo. Essas leituras negativas mais comumente ocorrem porque a pro-
dução de CO2 expirado é mínima em casos de parada cardíaca. As com-
pressões torácicas durante a RCP produzem um fluxo sangüíneo para os
pulmões estimado em 20% a 33% do normal; portanto, há pouca ou quase
nenhuma expiração de CO2. As leituras negativas também ocorrem em pa-
cientes com uma grande quantidade de espaço morto (ou seja, uma embolia
pulmonar significativa).
Os resultados sugerem que o tubo não está no esôfago, quando ele efeti-
vamente está no esôfago. Existem várias maneiras pelas quais o detector
esofágico pode sugerir que o tubo esté na traquéia (aspiração não mantida
no bulbo), quando o tubo realmente está no esôfago. O detector esofágico
indica que o tubo está na traquéia por rápida reexpansão do bulbo de aspi-
ração. Mas as ventilações ou a RCP prévias com bolsa-valva-máscara, po-
dem preencher o estômago ou o esôfago com ar, fazendo com que o bulbo
se expanda novamente ou o êmbolo seja puxado. O profissional de saúde
desavisado, pensando que o tubo está na traquéia, pode deixá-lo no esôfa-
go, cometendo um erro potencialmente fatal.
Consulte a Tabela 2 para uma comparação do desempenho qualitativo de
detector esofágico e do dispositivo de CO2 expirado, em termos de respostas
corretas e das causas mais comuns dos resultados enganosos.
Conseqüências: A intubação
esofágica não reconhecida
pode levar à morte.
Feixe de Bachmann
Nó sinusal
Vias
internodais Ramo
esquerdo
Nó AV
Divisão posterior
Feixe de His
Divisão anterior
Fibras de Purkinje
Ramo direito
Período
refratário
relativo
Período
A refratário
absoluto
NAV
Repolarização
ventricular
Intervalo QT
Despolarização
ventricular
Figura 12. Anatomia do sistema de condução cardíaca: relação com o ciclo cardíaco ao ECG. A, Coração: anatomia
do sistema de condução. B, Relação do ciclo cardíaco com anatomia do sistema de condução.
Manifestações • O pulso desaparece com o início da FV (o pulso pode desaparecer antes do início da FV
Clínicas se um precursor comum para FV, TV rápida, desenvolver-se antes para FV)
• Colapso, falta de resposta
• Respiração agônica
• Início da morte irreversível
B
Figura 13. A, Fibrilação ventricular grave. Note os formatos de onda de alta amplitude, que
variam em tamanho, formato e ritmo, representando uma atividade elétrica ventricular caótica.
Os critérios ao ECG para FV são os seguintes:
(1) Complexos QRS: complexos QRS de aparência normal não são reconhecíveis; um padrão
regular “negativo – positivo – negativo” (Q-R-S) não pode ser observado.
(2) Freqüência: incontável; as deflexões elétricas são muito rápidas e muito desorganizadas
para serem contadas.
(3) Ritmo: nenhum padrão regular de ritmo pode ser discernido; os formatos de onda elétrica
variam em tamanho e formato; o padrão é completamente desorganizado.
B, Fibrilação ventricular fina. Em comparação com a Figura 13A, a amplitude da atividade elé-
trica é muito reduzida. Note a ausência completa de complexos QRS. Em termos de eletrofisio-
logia, prognóstico e da resposta clínica provável para uma tentativa de desfibrilação, agentes
adrenérgicos ou antiarrítmicos e esse padrão de ritmo pode ser difícil de distinguir da assistolia.
AESP
Fisiopatologia • Os impulsos de condução cardíaca ocorrem em um padrão organizado, mas não pro-
duzem contração miocárdica (esta condição era anteriormente denominada dissociação
eletromecânica); ou enchimento ventricular suficiente durante a diástole; ou contrações
não eficazes
Critérios de • O ritmo apresenta atividade elétrica organizada (não FV/TV sem pulso)
Definição pelo • Geralmente não tão organizada quanto o ritmo sinusal normal
ECG • Pode ser estreito (QRS < 0,10 mseg) ou largo (QRS > 0,12 mseg); rápido (> 100 por minu-
to) ou lento (< 60 por minuto)
• Pode ser estreito (etiologia não cardíaca) ou largo (freqüentemente etiologia cardíaca) e
pode ser lento (etiologia cardíaca) ou rápido (freqüentemente de etiologia não cardíaca)
Manifestações • Colapso, paciente não responsivo
Clínicas • Respiração agônica ou apnéia
• Ausência de pulso detectável à palpação (pressão arterial sistólica muito baixa pode ainda
estar presente nesses casos, denominados pseudo-AESP)
Figura 14. O “ritmo” da assistolia ventricular. O paciente está sem pulso e não responsivo.
Observe os complexos similares a 2 QRS no início desta análise do ritmo. Esses complexos
representam uma atividade elétrica mínima, provavelmente batimentos com escape ventricular.
Este padrão representa atividade elétrica sem pulso? Note a secção longa em que a atividade
elétrica está completamente ausente. Este paciente está em assistolia neste momento.
Características
do Flutter Atrial:
As ondas de flutter
no padrão clássi-
co de “dentes de
serra”
Manifestações • Os sinais e os sintomas são uma função da freqüência da resposta ventricular nas ondas
Clínicas de fibrilação atrial; “a fibrilação atrial com resposta ventricular rápida” pode ser caracteri-
zada por dispnéia aos esforços (DAE), respiração curta (RC) e, algumas vezes, por edema
pulmonar agudo
• Perda do “kick atrial” pode reduzir o débito cardíaco e a perfusão coronária
• O ritmo irregular freqüentemente é percebido como “palpitações”
• Pode ser assintomático
Figura 18. Ritmo sinusal com uma taquicardia supraventricular com reentrada (TSV).
– TV > 30 segun-
dos de duração
é TV sustentada
Manifestações • Tipicamente, os sintomas de redução do débito cardíaco (posição ortostática, hipotensão,
Clínicas síncope, limitação das atividades físicas, etc.) se desenvolvem
• A TV monomórfica pode ser assintomática, apesar da crença difundida de que a TV sus-
tentada sempre produz sintomas
• A TV não tratada e sustentada deteriorará para uma TV instável, freqüentemente com FV
Etiologias • Um evento isquêmico agudo (ver Fisiopatologia) com áreas de “irritabilidade ventricular”
Comuns levando a CVP
• CVP que ocorre durante um período refratário relativo do ciclo cardíaco (“fenômeno R-
sobre-T”)
• Intervalo QT prolongado, induzido por drogas (antidepressivos tricíclicos, procainamida,
digoxina, alguns anti-histamínicos de ação prolongada)
Figura 19. TV Monomórfica na freqüência de 150 por minuto: complexos QRS largos (seta A),
com ondas T de polaridade oposta (seta B).
Etiologias Mais comumente ocorrem em pacientes com intervalo QT prolongado, devido a muitas
Comuns causas:
• Induzido por drogas: antidepressivos tricíclicos, procainamida, sotalol, amiodarona,
ibutilida, dofetilida, alguns antipsicóticos, digoxina, alguns anti-histamínicos de duração
prolongada
• Eletrólitos e alterações metabólicas (hipomagnesemia é o protótipo)
• Formas hereditárias da síndrome QT longa
• Eventos isquêmicos agudos (ver Fisiopatologia)
Etiologias • Pode ser normal, para pessoas com bom condicionamento físico
Comuns • Eventos vasovagais, como vômitos, manobra de Valsalva, estímulos retais, pressão inad-
vertida sobre o seio carotídeo (“síncope do barbeador”)
• Síndromes coronarianas agudas que afetam a circulação para o nó SA (artéria coronária
direita); mais freqüentemente IAM inferior
• Efeitos farmacológicos adversos, por exemplo, β-bloqueadores ou bloqueadores dos
canais de cálcio, digoxina, quinidina
Figura 24. Bloqueio AV de segundo grau tipo I. Note o alongamento progressivo do intervalo
PR, até que uma onda P (seta) não seja mais seguida de um complexo QRS.
Figura 25. A, Tipo II (bloqueio alto): intervalos PR – QRS regulares até a ocorrência
da falha de 2 batimentos; complexos QRS normais limítrofes indicam bloqueio nodal
alto ou bloqueio nodal. B, Tipo II (bloqueio baixo): intervalos PR – QRS irregulares até
a falha dos batimentos; complexos QRS largos indicam bloqueio infranodal.
Critérios de Defi- • Freqüência Atrial: geralmente 60 a 100 por minuto; os impulsos são completamente inde-
nição pelo ECG pendentes (“dissociados”) de uma taxa ventricular mais lenta
• Freqüência ventricular: depende da taxa de batimentos de escape ventricular que surgir:
Característi-
— Freqüência de escape ventricular mais lenta que a freqüência atrial = bloqueio AV de
cas: Bloqueio
terceiro grau (freqüência = 20 a 40 por minuto)
de terceiro grau
— Freqüência de escape ventricular mais rápida que a freqüência atrial = dissociação AV
(ver Fisiopatolo-
(freqüência = 40 a 55 por minuto)
gia) causa uma
• Ritmo: tanto o ritmo atrial quanto o ritmo ventricular são regulares, mas independentes
despolarização
(“dissociados”)
independente dos
• Intervalo PR: por definição, não existe uma relação entre a onda P e a onda R
ventrículos e dos
• Ondas P: típicas quanto ao tamanho e formato
átrios, sem uma re-
• Complexo QRS: estreito (≤ 0,10 segundos) implica na presença de um bloqueio alto relati-
lação entre os dois
vo ao nó AV; largo (> 0,12 segundos) implica na presença de um bloqueio baixo relativo ao
(dissociação AV)
nó AV
Manifestações Devido à bradicardia:
Clínicas -
• Sintomas: dor torácica, falta de ar, redução do nível de consciência
Relacionadas à
• Sinais: hipotensão, choque, congestão pulmonar, ICC, IAM
Freqüência
Etiologias • Síndrome coronariana aguda, que envolve ramos da artéria coronária esquerda.
Comuns
Em particular, envolve a artéria descendente anterior esquerda (DAE) e os ramos para o septo
interventricular (ramos de irrigação do feixe)
Desfibrilação Manual
Fixação das 3 A maioria dos monitores utiliza 3 derivações: branca, vermelha e preta.
Derivações do
Monitor “BRANCO à DIREITA”
“VERMELHO para as COSTELAS”
“E a DERIVAÇÃO QUE SOBROU para o OMBRO ESQUERDO”
A tabela abaixo explica essas orientações em mais detalhes.
Nota Final Os DEAs mais modernos e os desfibriladores manuais usam ondas bifásicas.
Sobre os Separe um tempo para aprender a operar o desfibrilador usado em seu am-
Desfibriladores biente de trabalho e conhecer as regulagens de energia. Lembre-se, a pronta
desfibrilação aumenta a chance de sobrevivência do paciente. Esse princípio é
verdadeiro, independentemente do tipo de desfibrilador ou de onda utilizado.
Uso de Veias Os sítios mais comuns para o acesso IV são as mãos e os braços. Os sítios
Periféricas preferidos são o dorso das mãos, os punhos e a fossa antecubital. De ma-
para Acesso IV neira ideal, somente as veias antecubitais devem ser usadas para a adminis-
tração de medicamentos durante a RCP.
Anatomia: Extremidades Superiores (Figura 27)
Iniciando na face radial do punho, uma veia calibrosa, a veia radial superficial,
corre lateralmente em direção à fossa antecubital e une-se à veia cefálica
mediana para formar a veia cefálica. As veias superficiais na face ulnar do
antebraço correm em direção ao cotovelo e unem-se à veia basílica media-
na para formar a veia basílica. A veia cefálica do antebraço se bifurca em Y
na fossa antecubital, tornando-se a veia cefálica mediana (lateralmente) e a
basílica mediana (medialmente).
Kits especiais permitem o acesso venoso central mais simples, razão pela
qual os profissionais de saúde atualmente quase nunca usam veias periféri-
cas do membro inferior para acesso vascular.
Cefálica
Axilar Mediana
Cefálica
Basílica
Mediana
Introdução Quando o acesso venoso não pode ser alcançado rapidamente, o acesso
intra-ósseo (IO) pode servir como uma via rápida, segura e confiável para a
administração de medicamentos cristalóides, colóides e sangue. A canulação
IO fornece acesso para um plexo venoso não colapsável na medula óssea e
pode freqüentemente ser alcançado em 30 a 60 segundos. Esta técnica de
acesso vascular é adequada para pessoas de todas as faixas etárias, desde
neonatos pré-termo até adultos.
Agulhas A técnica utiliza uma agulha rígida, de preferência uma agulha para medula
óssea do tipo Jamshidi ou uma agulha IO, desenhada especificamente para
esse fim. Uma agulha IO com estilete é preferível a uma agulha sem estilete,
pois o estilete pode evitar a obstrução da agulha com osso cortical durante a
inserção. Os kits com agulhas desenhadas especialmente para esse fim estão
disponíveis comercialmente.
No passado, a maior densidade óssea nas crianças mais velhas e nos adultos di-
ficultava a penetração de agulhas IO menos calibrosas no osso sem que curvas-
sem. Com o desenvolvimento de sistemas de cânula IO para adultos, o acesso
IO é agora mais simples de se obter em crianças mais velhas e em adultos.
Sítios Muitos sítios são adequados para a infusão IO. Para crianças pequenas, a
porção proximal da tíbia, imediatamente abaixo da placa de crescimento, a
diáfise, é o sítio mais comumente utilizado. Em crianças mais velhas e adul-
tos, os sítios de inserção IO bem sucedidos incluem o osso esterno, a porção
distal da tíbia imediatamente acima do maléolo medial, os maléolos lateral e
medial, a porção distal do rádio e a distal da ulna, a porção distal do fêmur e
a espinha ilíaca anterior superior.
Passo Ação
1 • Sempre use as precauções universais, ao tentar um acesso vascular. Desinfete a pele suprajacente e
as áreas circundantes com um agente desinfetante adequado.
• Identifique a tuberosidade da tíbia imediatamente abaixo da articulação do joelho. O sítio de inserção
é a parte plana da tíbia, 1 ou 2 dedos de largura abaixo e medialmente à essa proeminência óssea. A
figura 28 mostra os sítios para o acesso IO.
2 • O estilete deve permanecer em posição durante a inserção para impedir que a agulha fique obstruída
com osso ou tecido.
• Estabilize a perna, para facilitar a inserção da agulha. Não coloque sua mão atrás da perna.
3 • Insira a agulha de forma que ela fique perpendicular à tíbia (quando colocar uma agulha IO em outras
localizações, introduza-a ligeiramente afastada do espaço articular mais próximo para reduzir o risco
de lesão das epífises ou da articulação, mas mantenha a agulha o mais perpendicular ao osso possível
para evitar que curve.)
GIRE – NÃO PRESSIONE – A AGULHA.
• Faça um movimento giratório, com pressão suave, mas firme. Algumas agulhas IO têm rosca. Estas
roscas devem ser giradas em sentido horário e parafusadas no osso.
Fêmur
B C
Crista ilíaca
Espinha
ilíaca anterior Face distal da
Espinha ilíaca superior tíbia
posterior
superior
Figura 28. A, Localização para a inserção IO na porção distal da tíbia e no fêmur. B, Localização para
inserção IO na crista ilíaca. C, Localização para inserção IO na porção distal da tíbia.
SIM NÃO
Diferença da PA sistólica no braço direito x esquerdo maior que 15 mmHg SIM NÃO
Trauma maior recente (nas últimas 6 semanas), cirurgia (inclusive cirurgia ocular com laser), sangramento GI/GU SIM NÃO
Doença sistêmica grave (p. ex., câncer em estágio avançado/terminal, doença hepática ou renal grave) SIM NÃO
Freqüência cardíaca maior ou igual a 100 bpm E PA sistólica menor que 100 mmHg SIM NÃO
Tabela 3. Lista de Checagem de Fibrinolíticos para Pacientes com AVC Isquêmico Agudo
Todos os quadros devem ser preenchidos antes do tPA poder ser administrado.
Nota: A lista de checagem abaixo inclui as indicações e contra-indicações aprovadas pela FDA para administração de tPA para AVC
isquêmico agudo. Um médico com experiência em cuidados para o AVC agudo pode modificar esta lista.
Critérios de Inclusão (todos os quadros marcados Sim nesta seção devem estar marcados):
Sim
Idade igual ou superior a 18 anos?
Diagnóstico clínico de AVC isquêmico com um deficit neurológico mensurável?
Tempo de início dos sintomas (a última vez em que o paciente foi visto normal) bem estabelecido como sendo < 180 minutos (3 horas) antes do início
do tratamento?
Critérios de Exclusão (todos os quadros Não na seção “Contra-Indicações” devem estar marcados):
Contra-indicações:
Não
Evidências de hemorragia intracraniana na TC cerebral não contrastada, pré-tratamento?
Apresentação clínica sugestiva de hemorragia subaracnóidea, mesmo com TC normal?
A TC demonstra infarto multilobar (hipodensidade maior que um terço do hemisfério cerebral)?
História de hemorragia intracraniana?
Hipertensão não controlada: No momento em que o tratamento deveria iniciar, a pressão sistólica permanece > 185 mmHg ou a pressão diastólica
permanece > 110 mmHg, apesar de repetidas mensurações?
Aneurisma, neoplasia ou malformação arteriovenosa conhecida?
Convulsão testemunhada no início do AVC?
Sangramento interno ativo ou trauma agudo (fratura)?
Diátese hemorrágica aguda incluindo, mas não se limitando a
– Contagem de plaquetas < 100.000/mm3?
– Heparina nas últimas 48 horas, resultando em um tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) maior que o limite superior da normalidade para
o exame laboratorial?
– Uso atual de anticoagulantes (p. ex., varfarina sódica) que tenha produzido uma elevação do índice de normalização internacional (INR) > 1,7 ou um
tempo de protrombina (TP) > 15 segundos?*
Foi submetido a cirurgia intracraniana ou intramedular, sofreu traumatismo craniano grave ou AVC nos últimos 3 meses?
Punção arterial em local não compressível, nos últimos 7 dias?
Contra-indicações Relativas/Precauções:
Experiências recentes sugerem que, sob algumas circunstâncias – com a consideração cuidadosa e a ponderação da relação risco-benefício – os
pacientes podem receber terapia fibrinolítica, apesar de uma ou mais contra-indicações relativas. Considere cuidadosamente os prós e os contras da
administração de tPA, se houver quaisquer dessas contra-indicações relativas:
Estudos A maioria dos estudos publicados “antes e depois” das equipes de emer-
Publicados gência médica ou dos sistemas de resposta rápida demonstra uma queda de
17% a 65% na freqüência cardíaca após a intervenção. Os outros benefícios
documentados para esse sistema são: redução nas transferências de emer-
gências não planejadas para a unidade de terapia intensiva (UTI), redução do
tempo de permanência na UTI e do índice de hospitalização total, reduções
nos índices de morbidade e mortalidade pós-operatória e melhora nos índi-
ces de sobrevivência a uma parada cardíaca.
Implementação Implementar qualquer tipo de sistema de resposta rápida exige uma modifi-
de Um Sistema cação cultural significativa na maioria dos hospitais. Aqueles que planejam
de Resposta e gerenciam o sistema devem prestar atenção especial aos aspectos que
Rápida poderiam impedir que o sistema fosse usado de maneira eficaz. Exemplos
desses aspectos preocupantes são: recursos insuficientes, orientação inade-
quada, medo de acionar a equipe, medo de perder o controle do tratamento
do paciente e resistência pelos membros da equipe.
A implementação de um sistema de resposta rápida ou de uma uma equipe
de emergência médica requer uma orientação contínua, com coleta criteriosa
dos dados, revisão e reavaliação. O desenvolvimento e a manutenção des-
ses programas requerem um comprometimento financeiro e cultural a longo
prazo por parte da administração do hospital, que deve entender que os
benefícios potenciais do sistema (redução do uso de recursos e melhora dos
índices de sobrevivência) podem ter desdobramentos financeiros positivos
independentes. Os administradores hospitalares e os profissionais de saúde
precisam reorientar sua abordagem para os eventos médicos de emergência
e devem desenvolver uma cultura de segurança do paciente, com o objetivo
primário de reduzir a morbidade e a mortalidade.
Técnicas de Os psicólogos nos ensinam que uma das maneiras mais bem sucedidas de
Redução do reduzir o estresse após um esforço de resgate é simples: falar sobre o as-
Estresse em sunto. Sente-se com outras pessoas que testemunharam o evento e falem
Profissionais sobre ele. A equipe do serviço de emergência que responde às chamadas de
de Saúde e
emergência em locais com desfibrilação feita por socorrista leigo é encora-
Testemunhas
jada a oferecer apoio emocional aos socorristas leigos e aos circunstantes.
Discussões mais formais, chamadas “reavaliação dos eventos críticos”, de-
vem incluir não somente socorristas leigos, mas também os profissionais que
responderam à situação de emergência.
Nessas discussões, você será encorajado a descrever o que aconteceu. Não
tenha medo de “reviver” o evento. É natural e saudável falar sobre ele. Des-
creva o que aconteceu, o que passou por sua mente durante os esforços de
resgate, como você se sentiu naquele momento e como se sente agora. Te-
nha paciência consigo mesmo. Compreenda que muitas reações diminuirão
em alguns dias. Compartilhar seus pensamentos e sentimentos com outros
companheiros de trabalho, profissionais de saúde, colegas, membros da
equipe do serviço de emergência ou amigos o ajudará a reduzir as reações
de estresse e a recuperar-se delas.
Outras fontes de apoio psicológico e emocional são os religiosos, o cape-
lão da polícia, o capelão do corpo de bombeiros e as assistentes sociais do
pronto socorro e do hospital. O instrutor de seu curso pode ser capaz de lhe
dizer quais planos foram estabelecidos para a reavaliação dos eventos críti-
cos em seu ambiente profissional.
A Coisa Certa A AHA vem apoiando o treinamento em RCP na comunidade há mais de três
a Fazer décadas. Cidadãos que respondem a uma emergência e realizam a RCP têm
salvado milhares de vidas. A AHA acredita que o treinamento na realização
de RCP e no uso do DEA aumentará substancialmente o número de sobrevi-
ventes de parada cardíaca.
Qualquer pessoa pode realizar a RCP de emergência, sem medo de sofrer
ações legais.
As compressões torácicas e a ventilação de resgate exigem um contato físico
direto entre o profissional de saúde e o paciente. É mais provável que essas
duas pessoas não se conheçam. Muito freqüentemente, o paciente em pa-
rada cardíaca pode morrer. Nos Estados Unidos, as pessoas podem acionar
legalmente alguém quando acreditam que essa pessoa prejudicou a outra,
mesmo não intencionalmente. Apesar desse aspecto legal, a RCP ainda é
amplamente utilizada e têm sido acentuadamente livre de ações legais e
penais. Apesar de alguns advogados terem entrado com ações legais contra
profissionais de saúde que realizam RCP, nenhum “bom samaritano” jamais
foi considerado culpado de prejudicar alguém enquanto estava realizando a
RCP.
Todos os 50 estados dos EUA têm leis do Bom Samaritano, que conferem
imunidade a qualquer voluntário ou socorrista leigo que tente realizar a RCP
em um esforço honesto e de “boa fé” para salvar uma vida. Uma pessoa é
considerada bom samaritano se:
• Estiver genuinamente tentando ajudar
• A ajuda for razoável (você não pode realizar condutas inadequadas e gros-
seiras, isto é, ações que uma pessoa sensata, com o mesmo treinamento
que você, jamais faria).
• O esforço de resgate for voluntário e não fizer parte dos deveres profissio-
nais do indivíduo
A maioria das leis do Bom Samaritano protege pessoas leigas que realizam
RCP, mesmo se elas não tiveram um treinamento formal. O objetivo dessa
proteção é encorajar a formação de uma consciência ampla sobre as técni-
cas de ressuscitação e remover uma barreira, para envolver mais pessoas. A
menos que se espere que você realize RCP como parte de suas responsabi-
lidades profissionais, você não tem obrigação legal de tentar a RCP em um
paciente com parada cardíaca. A não realização de RCP quando não existe
perigo para um profissional de saúde com a habilidade necessária não é con-
siderada uma violação legal, mas alguns podem considerá-la uma violação
ética.
Quando Não Poucos critérios podem predizer com precisão a inutilidade da RCP. À luz
Iniciar a RCP dessa incerteza, todos os pacientes com parada cardíaca devem receber
esforços de ressuscitação a menos que:
• Tenham uma ordem NTR (Não Tentar a Ressuscitação) válida
• Tenham sinais de morte irreversível (p. ex., rigidez cadavérica, decapitação,
decomposição ou lividez constante)
• Não se possa esperar qualquer benefício fisiológico, pois as funções vitais
estão deterioradas, apesar da terapia máxima (p. ex., choque cardiogênico
ou séptico progressivo)
A cessação da RCP para recém-nascidos na sala de parto pode ser adequa-
da sob circunstâncias como:
• Gestação confirmada <23 semanas
• Peso ao nascer <400 g
• Anencefalia confirmada
• Trissomia do 13 confirmada
• Outras anomalias congênitas que são incompatíveis com a vida
Ordens Muitos pacientes para os quais o 192 é acionado devido a parada cardía-
de Não- ca são pessoas com doenças crônicas, têm uma doença terminal, ou têm
Ressuscitação uma diretiva avançada por escrito (ordem NTR). Estados e outras jurisdições
Fora do têm leis diferentes para as ordens NTR em ambiente fora do hospital e para
Hospital
diretivas avançadas. Mesmo se um paciente tiver uma ordem NTR, pode ser
difícil determinar a importância de iniciar a ressuscitação. Essa determinação
é especialmente difícil se os familiares tiverem opiniões diferentes. Você deve
iniciar a RCP e os cuidados de SAVC se tiver razões para acreditar que:
• Existe dúvida razoável sobre a validade de uma ordem NTR ou de uma
diretiva avançada
• O paciente pode ter mudado de idéia
• Os melhores interesses do paciente estão em jogo
Programas Diversos estados (EUA) têm adotado programas “sem RCP”. Esses progra-
do Serviço de mas permitem ao paciente e seus familiares acionarem o 192 para cuidados
Emergência de emergência, apoio e tratamento para os problemas de estágio terminal da
Que Não vida (isto é, falta de ar, sangramento ou dor incontrolável). Os pacientes não
Utilizam RCP
devem temer a realização de esforços indesejados de ressuscitação.
Em um programa de não–RCP, o paciente que geralmente tem uma doença
terminal assina um documento requisitando que não sejam feitas “medidas
heróicas” se houver perda do pulso ou cessação da respiração. Em alguns
estados, o paciente deve portar um bracelete com identificação de não-RCP.
Em uma situação de emergência, o bracelete ou outra documentação sinaliza
aos profissionais de saúde que os esforços de RCP, incluindo o uso do DEA,
não devem ser tentados.
Intra-óssea: Os medicamentos usados em SAVC que podem ser administrados por via IV também podem
ser administrados por via intra-óssea (IO).
Endotraqueal: Os medicamentos que podem ser administrados por via endotraqueal são indicados para
estes casos. As doses endotraqueais mais adequadas ainda não foram estabelecidas. A
administração IV/IO é preferível, pois pode proporcionar uma distribuição mais confiável
do medicamento e um melhor efeito farmacológico. A medicação administrada via tubo
endotraqueal deve ser diluída em água ou em SSN até 10 ml. Aplique várias ventilações com
pressão positiva após administrar a medicação.
Medicamento/
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
Terapia
Ramipril Ramipril
• Inicie com a dose única de 2,5 mg, por
via oral. Titule até 5 mg VO 2 vezes ao
dia, quando tolerado.
Anrinona
(Ver Inanrinona)
Precauções
• Relativamente contra-indicada em pacientes
com úlcera ativa ou asma.
• Contra-indicado em pacientes com hipersensi-
bilidade conhecida ao ácido acetilsalicílico.
-Bloqueadores Indicações
Tartarato de • Administre a todos os pacientes com suspeita Tartarato de metoprolol (esquema
Metoprolol de infarto do miocárdio e angina instável, se não para IAM)
houver contra-indicação. Esses medicamentos • Dose inicial IV: 5 mg via IV lenta, com
são agentes antianginosos eficazes e podem intervalos de 5 minutos, até um total de
reduzir a incidência de FV. 15 mg.
• Útil como um agente adjuvante à terapia com • Esquema por via oral, após a dose IV: 50
agentes fibrinolíticos. Pode reduzir a incidência mg, 2 vezes ao dia, por 24 horas, depois,
de reinfarto não fatal e de isquemia recorrente. aumente para 100 mg, 2 vezes ao dia.
Atenolol • Para reverter ao ritmo sinusal normal ou para Atenolol (esquema para IAM)
lentificar a resposta ventricular (ou ambos), • 5 mg IV lento (por 5 minutos).
em casos de taquiarritmias supraventriculares • Aguarde 10 minutos, depois administre
(TSVP, fibrilação atrial ou flutter atrial). uma segunda dose de 5 mg IV lento (por
Os ß-bloqueadores são agentes de segunda 5 minutos).
linha (com os bloqueadores dos canais de • Em 10 minutos, se bem tolerado, pode
cálcio), após a adenosina. iniciar 50 mg VO; depois, administre 50
• Para reduzir a isquemia miocárdica e a lesão mg VO 12h/12h × 2 e, depois, 100 mg
em pacientes com IAM com freqüência cardíaca diariamente.
elevada ou pressão arterial alta, ou ambas.
Propranolol • Para a terapia anti-hipertensiva de emergência Propranolol
para o AVC isquêmico agudo e o AVC hemorrá- • Dose total 0,1 mg/kg por via IV lenta,
gico. contínua, dividida em 3 doses iguais, em
Precauções/Contra-indicações intervalos de 2 a 3 minutos. Não exceda
• Administração via IV concomitante a agentes 1 mg/min.
bloqueadores dos canais de cálcio, como o • Se necessário, repita em 2 minutos após
verapamil ou o diltiazem, pode causar a dose total ter sido administrada.
hipotensão grave.
Esmolol • Evite em casos de doenças broncoespásticas, Esmolol
insuficiência cardíaca ou anormalidades graves • 0,5 mg/kg durante 1 minuto, seguido de
na condução cardíaca. uma infusão de 50 μg/kg (0,05 mg/kg)
• Monitorize as condições cardíacas e pulmonares por minuto, durante 4 minutos; dose
durante a administração. máxima: 0,3 mg/kg por minuto, para um
• Pode causar depressão miocárdica. total de 200 μg/kg.
• Contra-indicado na presença de bradicardia • Se a resposta inicial for insuficiente, apli-
grave, PAS < 100 mmHg, insuficiência grave do que um segundo bolus de 0,5 mg/kg por
VE, hipoperfusão ou bloqueio AV de segundo ou um minuto, depois, aumente a dose da
terceiro grau. infusão para 100 μg/kg por minuto; taxa
• O propranolol está contra-indicado para a sín- de infusão máxima 300 μg/kg (0,3 mg/kg)
drome coronariana aguda induzida por cocaína. por minuto.
• O esmolol tem uma meia-vida curta (2 a
9 minutos).
Labetalol Labetalol
• 10 mg de labetalol IV contínua por 1 a 2
minutos.
• Pode repetir ou dobrar a dose de
labetalol a cada 10 minutos, até uma
dose máxima de 150 mg, ou dar a dose
inicial em bolus e depois iniciar a infusão
de labetalol à taxa de 2 a 8 mg/min
Cloreto de Indicações Dose Típica
Cálcio • Hiperpotassemia conhecida ou suspeita (p. ex., • 500 mg a 1.000 mg (5 a 10 ml de uma
insuficiência renal). solução a 10%) IV para hiperpotassemia
Solução a 10% • Redução dos níveis de cálcio iônico no sangue e overdose de bloqueadores de canais
é 100 mg/ml em (p. ex., após transfusões sangüíneas múltiplas) de cálcio. Pode ser repetido, conforme a
10 ml • Como um antídoto para efeitos tóxicos (hipo- necessidade.
tensão e arritmias) decorrentes de overdose de
bloqueadores dos canais de cálcio ou overdose
de β-bloqueadores.
Precauções
• Não use rotineiramente em casos de parada
cardíaca.
• Não misture com bicarbonato de sódio.
Precauções
• Não administre para pacientes com sangramen-
to patológico ativo (p. ex., úlcera péptica).
Use com cautela em pacientes com risco de
sangramento.
• Use com cautela na presença de comprometi-
mento hepático.
• Não administre em casos de síndrome coro-
nariana aguda, se a realização de CABG esti-
ver planejada para os próximos 5 a 7 dias.
Precauções
• Corrija a hipovolemia através da reposição de
volume, antes de iniciar a administração de
dopamina.
• Use com cautela em casos de choque
cardiogênico acompanhados de ICC.
• Pode causar taquiarritmias, vasoconstrição
excessiva.
• Não misture com bicarbonato de sódio.
Fibrinolíticos Indicações
Para Parada Cardíaca: Não existem evidências
suficientes para recomendar o uso rotineiro.
Alteplase, Para IAM em Adultos: Alteplase, recombinante (tPA)
recombinante • Elevação do segmento ST (>1 mm em ≥ 2 A dose total recomendada é baseada
(Activase); derivações contíguas) ou BCRE novo ou no peso corporal do paciente. Para IAM,
ativador do presumivelmente novo. a dose total não deve exceder 100 mg;
plasminogênio • Na presença de sinais e sintomas de IAM. para AVC isquêmico agudo, a dose total
tecidual (tPA) • Tempo desde o início dos sintomas ≤ 12 horas não deve exceder 90 mg. Observe que
Para AVC Isquêmico Agudo: existe um esquema posológico para
Frascos de 50 e (A alteplase é o único fibrinolítico aprovado para pacientes com IAMEST e um esquema
100 mg recons- AVC isquêmico agudo). diferente para casos de AVC isquêmico
tituídos com • Início súbito de déficits neurológicos focais ou agudo.
água estéril, na de alterações no nível de consciência (p. ex.,
proporção de 1 desvio da rima bucal, queda do braço, fala Para IAM:
mg/ml. anormal). • Infusão acelerada (1,5 horas)
• Ausência de hemorragia intracerebral ou sub- — Administre 15 mg IV em bolus
Para todos os 4 aracnóidea ou efeito de massa à tomografia. — Depois, 0,75 mg/kg durante os
agentes, • Ausência de déficits neurológicos de intensida- próximos 30 minutos (não exceder
use 2 cateteres de variável ou melhorando rapidamente. 50 mg).
IV periféricos, • A alteplase pode ser iniciada em < 3 horas do — Depois, administre 0,5 mg/kg duran-
um exclusivo início dos sintomas. te 60 minutos (não exceder 35 mg).
para a admi-
nistração dos Precauções e Critérios de Exclusão Para AVC Isquêmico Agudo:
fibrinolíticos • Sangramento interno ativo (exceto menstrua- • Administre 0,9 mg/kg (máximo 90 mg)
ções) nos últimos 21 dias. infundidos durante 60 minutos.
• História de eventos vasculares cerebrais, • Administre 10% da dose total como um
intracranianos ou intramedulares nos últimos bolus IV inicial, durante 1 minuto.
3 meses (AVC, malformação arteriovenosa, • Administre os 90% remanescentes
neoplasia, aneurisma, trauma recente, cirurgia durante os próximos 60 minutos.
recente).
Reteplase, • Nos primeiros 14 dias após uma cirurgia maior Reteplase, recombinante
recombinante ou um trauma grave • Administre primeiramente 10 U IV em
(Retavase) • Dissecção da aorta. bolus, durante 2 minutos.
Frascos de 10 • Hipertensão não controlada, grave. • 30 minutos depois, administre um
U reconstituídos • Transtornos conhecidos de sangramento. segundo bolus de 10 U IV durante 2
com água estéril • RCP prolongada com evidências de trauma minutos. (Administre SSN contínua
até 1 U/ml torácico. antes e depois de cada bolus).
• Punção lombar no prazo nos últimos 7 dias. • Administre heparina e ácido acetilsalicí-
• Punção arterial recente em sítio não compres- lico conjuntamente.
sível.
Estreptoquinase • Durante as primeiras 24 horas de terapia fibri- Estreptoquinase
(Streptase) nolítica para AVC isquêmico, não administre 1,5 milhões de U em uma infusão por 1
Reconstitua até 1 ácido acetilsalicílico ou heparina. hora
mg/ml
Tenecteplase Tenecteplase
(TNKase) Bolus: 30 a 50 mg, dose ajustada pelo
peso
Precauções/Contra-indicações
Sangramento interno ativo ou distúrbio de coagu-
lação nos últimos 30 dias, história de hemorragia
intracraniana ou outros sangramentos, procedi-
mento cirúrgico ou trauma no último mês, conta-
gem de plaquetas < 150.000/mm3, hipersensibili-
dade e uso concomitante de um outro inibidor da
GP IIb/IIIa (consulte também “Síndrome Coronar-
iana Aguda: Tratamento para AI/IAMSEST”).
Precauções
• Não use para o tratamento da parada cardíaca.
• Aumenta a necessidade de oxigênio miocárdi-
co, que pode intensificar a isquemia miocárdica.
• Não administre com epinefrina; pode causar
FV/TV.
• Não administre a pacientes com choque
induzido por intoxicação/medicamento (exceto
por intoxicação por ß-bloqueador).
• Pode-se usar doses mais altas para intoxicação
por ß-bloqueadores
Precauções
• Administre lentamente e titule até obter o efeito
desejado.
• Pode causar depressão respiratória.
• Causa hipotensão em pacientes com depleção
de volume.
• Use com cautela em casos de infarto ventricular
direito.
• Pode reverter com naloxona (0,4 a 2 mg IV).
Precauções
• A RCP e a ventilação adequadas, e não o bicar-
bonato, são os principais “agentes tampão” na
parada cardíaca.
• Não é recomendado para uso rotineiro em paci-
entes com parada cardíaca.
Agentes
Trombolíticos
(ver Agentes
Fibrinolíticos)
Precauções
• Contra-indicado em casos de hipotermia grave
ou parada cardíaca bradiassistólica prolongada.
• Pacientes conscientes podem necessitar de
analgesia para o tratamento do desconforto.
• Evite utilizar o pulso carotídeo para confirmar a
captura mecânica. A estimulação elétrica causa
um espasmo muscular que pode mimetizar o
pulso carotídeo.