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CABISTA DE SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

C 2012 - SENAI / DR-MA – CABISTA DE SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO MARANHÃO


SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI
DEPARTAMENTO REGIONAL DO MARANHÃO
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – COEPRO
NÚCLEO DE MATERIAL DIDÁTICO – NUMAD

ELABORAÇÃO
ANTÔNIO CARLOS DA CONCEIÇÃO
Instrutor da área de Telecomunicações
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONALE TECNOLOGIA-CEPT

COEPRO/NUMAD

Rosângela Mota Haidar


Coordenação /Revisão Ortográfica e gramatical

Jacqueline Constance Silveira Furtado


Revisão Pedagógica/ Editoração final

Werlon Menezes Carneiro


Programação Visual/ Editoração

SENAI
Departamento Regional do Maranhão
Av. Jerônimo de Albuquerque, s/nº - 2º Andar
Edifício Casa da Indústria - Bequimão
CEP: 65060-645 –
Fones: (98) 2109-1871/1856 Fax: (98) 2109-1832
Site: www.ma.senai.br - E-mail: senai@ma.senai.br
São Luís - Maranhão.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 5
HISTÓRICO 6
1 PRINCÍPIO DAS COMUNICAÇÕES 8
2 SEGURANÇA DO TRABALHO 10
3 NOÇÕES DE ELETRICIDADE 16
4 SISTEMA TELEFÔNICO 18
5 SIMBOLOGIAS DA REDE TELEFÔNICA 43
6 EMENDA EM CABOS NA REDE AÉREA 45
7 EMENDA DE PARES E CABO SUBTERRÂNEO 60
8 PRINCÍPIOS DA FIBRA ÓPTICA 100
9 PRINCÍPIOS DE PRESSURIZAÇÃO 116
10 PRINCÍPIOS DE TESTES ELÉTRICOS 123
11 DEFEITOS EM REDE TELEFÔNICA 127
12 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS 131
CAPACIDADE PARA VENCER DESAFIOS 133
CONCLUSÃO 134

REFERÊNCIAS 135

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APRESENTAÇÃO

Através do conteúdo desta apostila, orientaremos como realizar as tarefas e procedimentos


necessários à execução das atividades do Cabista do Sistema de Telecomunicações,
abordaremos assuntos relevantes quanto aos princípios das comunicações, segurança no
trabalho, noções básicas de eletricidade, simbologia da rede telefônica, cabos subterrâneos,
etc.
Após a assimilação dos conteúdos teóricos e práticos o aluno estará apto a desenvolver ações
nesta área.
O SENAI vem qualificando profissionais na área de telecomunicações para atender as
demandas do mercado, que a cada dia evolui mediante as novas tecnologias e precisa de
pessoas capacitadas e preparadas para novos desafios.

Bom estudo!

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HISTÓRICO

A comunicação entre os homens ocorre desde os tempos pré-históricos através da utilização


da voz e da sinalização à distância por meios acústicos (tambores) e visuais (fumaça, fogo,
semáforos, luz, etc.).
A telefonia, propriamente dita, iniciou-se em 1875, quando Alexandre Graham Bell, em seu
pequeno laboratório de Boston, Massachussetts, chamou o seu auxiliar Thomas Watson
através do telefone primitivo por ele inventado.
Dois meses depois da descoberta, Bell levou a invenção à Exposição Centenário da Filadélfia,
onde seria analisada juntamente com outras invenções como a luz elétrica e o telégrafo
impressor, que tiveram a atenção despertada pelos juízes, ficando o telefone em segundo
plano.
Mas aí surge o acaso: D. Pedro II, Imperador do Brasil, em visita à exposição, fica
impressionado quando Bell o coloca para falar ao telefone.
Um ano depois deste evento, já estava organizada em Boston, a primeira empresa telefônica
do mundo, a Bell Telephone Company, com 800 terminais telefônicos.
No Brasil, o primeiro telefone apareceu poucos meses após o evento de Filadélfia, construído
nos Estados Unidos, sendo instalado no Palácio Imperial de São Cristóvão. A primeira
concessão de serviços telefônicos foi dada em 1889, sendo na mesma época instaladas linhas
telefônicas para aviso de incêndio no Rio, ligadas à Central de Bombeiros.
Em 1883 já existiam no Rio cinco centrais com 1.000 assinantes cada uma e no mesmo ano foi
concluída a primeira linha interurbana, ligando Rio à Petrópolis. Em 1922 o Rio já contava com
30.000 telefones para uma população de 1.000.000 de habitantes e, em 1923, foi constituída a
Companhia Telefônica Brasileira (CTB).
Em 1945 já havia no Brasil 1.000.000 de terminais telefônicos operados por 800 empresas
particulares, sendo que a CTB abrangia 75% deste total nos Estados do Rio, São Paulo, Minas
Gerais e Espírito Santo.
O período após a 2ª Guerra Mundial, de 1945 a 1962, assistiu a uma estagnação de serviço
telefônico no Brasil, com crescente demanda e oferta praticamente nula, o que ocasionou
sérios congestionamentos, neste serviço, em todo o país.
Em 1962 o Governo Federal aprovou o Código Brasileiro de Telecomunicações e criou o
Conselho Brasileiro de Telecomunicações (CONTEL), órgão diretamente subordinado à
Presidência da República, com o propósito de coordenar, supervisionar e regulamentar as
telecomunicações.
A partir de agosto de 1995, com quebra do monopólio da operação dos sistemas de telefonia

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no Brasil, muda completamente a oferta de serviços e a competitividade entre as empresas.


Inicia-se os serviços de telefonia móvel no Brasil.
Em 1997, no dia 5 de novembro, foi instalada a ANATEL, com a função de regulamentar o
setor de telecomunicações.
No dia 29 de julho de 1998 foi privatizada a Telebrás. O sistema telefônico local e de longa
distância foi dividido entre diversas operadoras. Dentre elas a Tele Norte – Leste Participações
Ltda., a OI, que passa a operar em 16 unidades da federação, incluindo: Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte,
Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Roraima, Amapá e Amazonas. Além das ligações dentro dos
estados passa a oferecer, também, ligação entre as unidades da federação citadas acima.
Surge o 31.
No início de 1999, a OI estabelece um marco. Pela primeira vez no Brasil uma operadora
passa a oferecer serviço de dados ao cliente residencial. É o DVI, tecnologia da rede digital de
serviços integrados, possibilitando acesso de dados, com dois números telefônicos em uma só
linha de par metálico, além de vídeo conferência e acesso à Internet, o DVI é apenas uma das
muitas tecnologias introduzidas. O conceito de levar a central mais perto do cliente, como os
armários conectados via fibra óptica, estabelecem novos e mais elevados padrões de
desempenho e maiores velocidades de transmissão.
Anéis ópticos de alta velocidade, novos serviços, centrais digitais de alto desempenho,
transmissão de sinais de voz, dados e imagem são alguns dos serviços atualmente fornecidos.
Do futuro, não sabemos, mas tudo indica que será de grande competitividade, e nós podemos
vencer.

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1. PRINCÍPIO DAS COMUNICAÇÕES

O homem organizou-se inicialmente em pequenas tribos e comunicava-se apenas pelos


gestos. Posteriormente, com o desenvolvimento do cérebro, dominou a arte de emitir sons
articulados e de falar.
Como a sociedade era pequena, a palavra em si, era um meio eficaz de comunicação. Mas, a
sociedade cresceu e a palavra sussurrada, falada ou gritada já não era suficiente para atender
às necessidades de comunicação.
Ninguém sabe, ao certo, qual foi o primeiro instrumento que o homem usou para transmitir a
sua mensagem. Provavelmente foram os instrumentos de ampliação: trompas de caça,
conchas, chifres, tambores, etc. A transmissão por imagem é também bastante antiga, como é
o caso de sinais de fumaça.
O avanço tecnológico possibilitou ao homem que ele comandasse a variação dos fenômenos
físicos, formando símbolos e criando códigos. O domínio do fenômeno elétrico, ou mais
precisamente eletromagnético, possibilitou a comunicação a longas distâncias.
Nasceu o Telefone, “ou meio de transmissão da voz humana” que, no tempo, junto com a
Comunicação Via Satélite, as centrais de comutação digitais e os cabos em fibras ópticas,
comprimiu a humanidade às dimensões primitivas. O tempo e o espaço, em termos de
comunicações, praticamente deixaram de existir.
Mcluhan definiu o telefone como uma extensão do ouvido humano, uma prótese que permite
conversações entre pessoas separadas por grandes distâncias. Evidentemente, o telefone não
nasceu adulto no laboratório de Graham Bell, mas disforme, na mesma proporção do avião de
Santos Dumont para os modernos jatos.
Os sistemas e equipamentos de Telecomunicações vêm sendo constantemente aperfeiçoados
visando comunicações rápidas, fáceis, de boa qualidade e a baixo custo.
O progresso de um País está intimamente ligado ao desenvolvimento de seus meios de
comunicações. Os primeiros sistemas de telecomunicações tiveram aplicação em telegrafia,
para o auxilio do tráfego ferroviário.
As telecomunicações se iniciaram verdadeiramente em 1844, Samuel Morse transmitiu a
primeira mensagem em linha metálica entre Washington e Baltimore. Estava inventado o
Telégrafo, desde o primeiro sinal de telégrafo até o uso atual dos satélites de comunicação e
as fibras ópticas, desenrolou-se uma fantástica sucessão de inventos e aprimoramentos,
somente após 32 (trinta e dois) anos do inicio da Telegrafia surgiu a Telefonia. Da para se
perceber o avanço, uma vez que o sinal agora transmitido é o próprio sinal de voz.

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Um novo e definitivo capitulo surge na noite de 02 de junho de 1875, que iria revolucionar a
comunicação. Alexander Graham Bell – naturalizado americano professor de surdos, envolvido
com seus experimentos eletrônicos, transmite a memorável frase chamando seu auxiliar que
estava em outro compartimento. Foi a primeira mensagem telefônica entre o térreo e o sótão
da oficina de Graham Bell.
A humanidade deve muito às pessoas que viveram a sua época e nela realizaram grandes
trabalhos, como foi o caso do Marechal Rondon que percorreu 5.666 quilômetros no trabalho
conjunto de construção de linhas telegráficas. A humanidade deve muito, muito mesmo, às
pessoas que viveram adiantadas em relação ao tempo.
Qualquer ficcionista, por mais ousado que seja, corre o perigo de falar da realidade e pensar
que é fantasia, em termos de telecomunicações.
Entendemos como Sistema de Telecomunicações o conjunto de Equipamentos como: centrais
de telefonia, antenas, torres, satélites, infraestrutura, rádios, cabos, redes, linhas, fios, etc. Que
permitem a transferência de informações de um determinado local para outro.
Para que um dos assinantes possa iniciar a ligação, isto é, gerar tráfego, seu aparelho
necessita de energia elétrica. Essa energia elétrica é proveniente da Central de Comutação
Telefônica à qual está conectado o aparelho, através de fios, que compõem a Rede Telefônica
Externa.
No contexto moderno, podemos destacar vários equipamentos eletrônicos digitais que
proporcionam meios, qualidade e velocidade ao sistema de telecomunicação, entre estes
temos os cabos em Fibra Óptica e seus acessórios, que proporcionam uma rentabilidade e
ganho de qualidade na operação de todo sistema. É por tudo isto que hoje temos as
telecomunicações em destaque não só no Brasil, mas em todo mundo.
O setor das telecomunicações no Brasil, seguindo a tendência mundial, está em franca
expansão. Novos serviços associados a evolução tecnológica da informática e da eletrônica
digital corroboram para este quadro. Em particular, a telefonia móvel e a Internet, nas suas
diversas aplicações, se destacam como serviços que vem impulsionando o desenvolvimento de
infraestrutura de suporte.
As novas políticas para as telecomunicações no país, através de um processo de privatização
e abertura para o investimento internacional, foram rapidamente conduzidas e proporcionaram
novas perspectivas e tendências para o mercado nacional.
Ratificamos que um acontecimento há mais de um século, em Boston, Estados Unidos, mudou
o curso da história do mundo quando inesperadamente, a voz do homem pôde ser transmitida
através de uma corrente elétrica.

Telecomunicações = Tele (grego) =distância + communicatio (latim) = comum.

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As formas primárias de comunicação à distância:


 Sonora – tambores, apitos, gritos.
 Visual – fumaça, sinais luminosos.

Antes da invenção do meio pelo qual se poderia transmitir voz (telefone); a distância alcançada
pela voz humana estava limitada pela potência (intensidade) da voz do locutor e pela
sensibilidade (percepção) auditiva do ouvinte.
A pesar dos grandes avanços na tecnologia das telecomunicações os princípios de
transmissão a longas distâncias, continuam sendo o mesmo. Converte-se o sinal de voz em
sinal elétrico.
A pequena potência de voz do locutor é transformada em energia elétrica no ponto inicial de
transmissão. Esta energia pode ser amplificada, digitalizada, sendo transmitida até o ponto final
por diversos meios: remoto (espaço livre – wireless, rádio frequência), linha de transmissão
(cabo coaxial, fibra óptica etc.), no ponto final é novamente transformada em energia sonora.

2 - SEGURANÇA DO TRABALHO

2.1 APRESENTAÇÃO
Os equipamentos de proteção Individual e Coletivo (EPI e EPC) são fundamentais para garantir
a segurança pessoal do trabalhador e do grupo como um todo no exercício das atividades
laborais, prevenindo possíveis acidentes.

2.2 A PORTARIA 3214/78 DO MTE, DETERMINA:


Ao empregador:
 Adquirir o tipo de equipamento adequado à atividade do empregado;
 Treinar o empregado de como usá-lo;
 Tornar obrigatório o uso do equipamento;
 Substituí-lo imediatamente quando danificado ou extraviado.
Ao empregado:
 Uso obrigatório;
 Usar o equipamento apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se pela sua guarda e conservação;

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 Comunicar ao empregador caso haja qualquer alteração no equipamento que o torne


impróprio para o uso.
2.3 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
É todo equipamento de uso pessoal destinado a preservar e proteger a integridade física do
trabalhador contra eventuais acidentes.

2.3.1 – Capa impermeável com capuz contra chuva:


 Proteger o corpo do trabalhador contra chuva e locais úmidos.
 Para uso em trabalho externo.
 Após o uso pendurar em cabide para secar na sombra.

2.3.2 - Calçado de segurança sem componente metálico:


 Finalidade: proteger os pés e tornozelos do trabalhador para evitar e/ou reduzir o grau
das lesões provocadas por pequenos impactos, prevenir quedas em superfícies
escorregadias e eventuais torções, propiciar resistência
de isolamento em casos de choque elétrico.
 Área de uso: instalação e reparo de linhas em rede de
acessos.
 Conservação: limpar e engraxar periodicamente.

2.3.3 - Capacete de segurança:


 Finalidade: proteger da cabeça do trabalhador, contra
impactos;
 Projeção de objetos, choque elétrico (baixa tensão) e intempéries (raios solares);
 Área de uso: instalação e reparo de linhas em rede de acesso;
 Utilização: a jugular do capacete deve ser utilizada em todas as situações;
 Conservação: limpe periodicamente com água e sabão neutro.

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2.3.4 - Cinturão leve com talabarte.


 Finalidade: proteção do trabalhador a fim de evitar ou
minimizar os efeitos de quedas nas realizações de
serviços em planos elevados.
 Área de uso: toda a rede externa.
 Conservação: evitar umidade e intempéries e
guardá-lo em local seco e isento de substância
corrosiva.

2.3.5 - Cinturão tipo alpinista/ paraquedista.


 Finalidade: proteção do trabalhador a fim de evitar ou
minimizar os efeitos de quedas acidentais, em escadas,
plataformas e outros.
 Área de uso: toda a rede externa.
 Conservação: evitar umidade e intempéries guardá-lo em
lugar seco e isento de substâncias corrosivas.

2.3.6 - Luva de vaqueta fina com reforço.


 Finalidade: proteger das mãos contra riscos leves de pequenos ferimentos como
arranhões, contusões, cortes e etc.
 Área de uso: nos trabalhos em rede externa e é aplicável em tarefas que exijam tato
mais apurado.
 Conservação: evitar que as luvas sejam molhadas ou entrem em contato com produtos
químicos.

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2.3.7 - Óculos de proteção.


 Finalidade: proteger dos olhos contra impactos de pequenos objetos projetados,
partículas mecânicas volantes, poeira e borrifos químicos.
 Área de uso: instalação e reparo em redes de
acesso.
 Conservação: não danificar sua armação ou riscar
suas lentes, que devem estar sempre limpas.

2.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)


É todo equipamento ou dispositivo de uso comum, destinado a proteger todo o grupo contra
possíveis acidentes de trabalho.

2.4.1 - Bandeira de sinalização.


 Finalidade: serve para sinalizar o local de trabalho,
realizado em vias públicas onde haja fluxo de
veículos e transeuntes.
 Área de uso: toda rede externa.

2.4.2 - Cone de sinalização.


 Finalidade: proteger, através da sinalização, os trabalhos realizados em vias públicas
onde haja fluxo de veículos e transeuntes.
 Área de uso: toda rede externa (mínimo três –3).

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2.4.3 – Gradil.
 Finalidade: proteger, sinalizar e isolar os trabalhos realizados em CSs e locais abertos
de grande fluxo de veículos e transeuntes.
 Área de uso: caixas subterrâneas e locais de grande fluxo.

2.4.4 - Caneta de teste de tensão elétrica.


 Finalidade: Identificar de energia acidental na rede telefônica.
 Área de uso: rede externa. Pode ser estendida a outras atividades.

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2.5 - UTILIZANDO ESCADAS


Durante as etapas onde utiliza-se a escada deve-se tomar alguns cuidados:
 Sempre estar com o equipamento de segurança individual e coletivo quando manusear
a escada;

2.5.1 – Transportando a escada:


Ao transportar a escada deve-se ter cuidado com os pedestres e obstáculos na via, evitando
acidentes.

2.5.2 – Sinalizando a escada:


Após posicionar a escada, o operador deverá sinalizá-la com cones ou outros materiais
adequados, como será mostrado em aula prática.
2.5.3 – Subindo na escada:
O operador deverá estar equipado com seus EPI’s (cinto e talabarte, capacete, luvas e óculos)
e seguir os seguintes procedimentos:
1º - Na posição de trabalho (poste, mensageiro, etc.) colocar a escada de maneira
firme.
2º - Subir na escada segurando-se pelas suas laterais (montante) da escada e nunca
pelos degraus.

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De acordo com o local de trabalho, proceder da seguinte maneira:

Poste:
1º – Amarrar a escada ao poste (quando for o caso).
2º - Colocar o talabarte em volta do poste e acima do mensageiro.

Caixa Terminal em poste:


Quando a caixa terminal estiver muito abaixo do mensageiro, o talabarte deverá ter uma
extremidade presa ao mensageiro e a outra presa em uma das argolas “D” do cinto de
segurança, e esta deverá ser virada para trás na direção da coluna do operador.
OSB.: Só nesta condição será permitida a utilização de argola “D”.

2.5.4 – Descendo da escada:


1º - Desamarrar a escada (quando for o caso);
2º - Retirar o talabarte;
3º - Descer da escada, segurando pelas laterais.

03 - NOÇÕES BÁSICAS DE ELETRICIDADE

O objetivo deste estudo é repassar um conhecimento sucinto sobre o conceito de eletricidade


inerente ao nosso sistema, baseado na lei de Ohm.

I = E; R = E; E = I.R
R I

Onde:
I – Corrente elétrica, tendo como unidade “ampère” e símbolo “A”.
E – Potencial Elétrico (tensão) tendo como unidade volt e símbolo “V”.
R – Resistência elétrica, tendo como unidade Ohm e símbolo “Ω” (Ômega – letra grega).

3.1 CIRCUITO ELÉTRICO


Um circuito elétrico completo consiste numa fonte de força eletromotriz (F.E.M.). Pode ser um
jogo de baterias, um condutor (pode ser o cabo telefônico, fio FE e fio FDG) e uma carga (que
é a resistência que o fio oferece a passagem da corrente elétrica e o aparelho telefônico).
Diz-se que o circuito está “fechado”, quando a corrente elétrica pode fazer um percurso de ida
e volta, a través do fio, à fonte de F. E.M.

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3.1.1 - F.E.M. – é a capacidade de se deslocar um elétron através de um condutor para se


realizar um trabalho, cuja unidade é o volt (V) e o símbolo usado é o “V”, que é chamado de
tensão.

3.1.2 - Corrente Elétrica – é o movimento ou fluxo de elétrons através do fio pelo efeito da
F.E.M. A corrente elétrica é representada pela letra I. A unidade que se mede a corrente é o
ampère, símbolo “A”.

3.1.3 - Resistência elétrica – é a oposição ao fluxo da corrente elétrica. É medida em Ohms e


seu símbolo é “Ω”, representada pela letra “R”.

3.1.4 - Lei de Ohm – a intensidade da corrente elétrica num condutor é diretamente


proporcional à força eletromotriz e inversamente proporcional à sua resistência elétrica.

I = E/R (A) E = I.R (V) R = E/I (Ohm)

3.2 PREFIXOS MÉTRICOS


No estudo da eletricidade algumas unidades elétricas são pequenas ou grandes demais para
serem expressas convenientemente. No caso da resistência elétrica, frequentemente utilizamos
valores em milhões ou milhares de Ohms “Ω”. O prefixo kilo (designado pela letra K, mostrou-
se uma forma conveniente de se representar mil (1.000). Assim, em vez de dizer que R
=10.000 Ω, referimo-nos a ele como um resistor de 10 Kilohms (10 K Ω).
No caso da corrente elétrica, frequentemente utilizamos valores de milésimos ou milionésimos
de ampéres. Utilizamos então expressões como miliampères e microampères. O prefixo mili é
uma forma abreviada de se escrever milésimo e micro é uma abreviação de milionésimo.

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Assim, 0,012 A, torna-se 12 miliampéres (12mA) e 0,000005A torna-se 5 microampéres (5 μA)


Obs.: O equipamento para medir estas grandezas é o multímetro.
Veja a tabela:

PREFIXO SIMBOLO VALOR


Mega M 1.000000
Kilo K 1 000
Mili m 0,001
Micro μ 0,000001
Nano n 0,000000001
Pico P 0,000000000001

Exemplos:
Kilovolts = 1.000 Volts = 1KV
Milivolts = 1 Volt= 0,001V= 1mV
1000
Microvolt = 1___ Volt= 0,000001V= 1μV
1000000
Miliampére = 1 amp= 0,001 A= 1mA
1000
Microampére = 1 amp=0,000001A = 1μA
1000
Megohm= 1 000000 Ohms= 1M Ω
Kilohms= 10 00 Ohms = 1K Ω

04 - SISTEMA TELEFÔNICO

O Sistema Telefônico é complexo e composto por vários equipamentos internos e externos,


distintos e distribuídos em vários setores da Estação Telefônica, tais como: central de
comutação, sistema de transmissão, sistema de energia, rede telefônica interna e rede
telefônica externa, uras, infraestrutura, equipamentos e acessórios, para juntos possibilitarem a
interligação entre as Centrais distintas, locais, nacionais e internacionais e seus respectivos
assinantes (telefones).

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4.1 – CENTRAL E COMUTAÇÃO TELEFÔNICA.

4.1.1 – As Centrais de Comutação Telefônica (C.C.T); são conjuntos de equipamentos


eletrônicos capazes de proporcionar as conversações de assinantes, locais ou à distância,
assim como serviços suplementares. Está localizada e instalada em ambiente do prédio da
Estação Telefônica.

4.1.2 – A Central de Comutação Telefônica tem como finalidade efetuar a comutação, que é
um conjunto de operações de sistemas digitais, envolvidas na interligação de circuitos para o
estabelecimento de uma comunicação entre dois ou mais equipamentos de assinantes.

4.1.3 – Para explicar como o sistema opera de um ponto a outro, suponhamos que os
assinantes pertençam as Centrais de Comutação diferentes, então ambas as Centrais
necessitam que seus órgãos inteligentes, troquem informações entre si. As interligações serão
efetuadas por meio físico ou por equipamentos específicos de transmissão ou ainda por
ambos.
4.1.4 – As informações contidas nos tráfegos irão ocupar os circuitos digitais envolvidos na
ligação, e a partir dessas ocupações, podem ser obtidos os dados de tráfego para a supervisão
do desempenho do sistema.

4.1.5 – Atualmente em operação existem dois sistemas de comutação telefônica. As Centrais


de Comutação analógicas e as centrais de comutação digitais.

4.1.6 – Centrais Telefônica de Comutação Analógica.


São as mais antigas, sua comutação é realizada através de encadeamento de relés, capazes
de identificar e interligar dois assinantes (A para B), seus órgãos são de dimensões e pesos
muito elevados e ocupam muito espaço físico, já estão em processo de substituição pelos
sistemas modernos digitais, que são incomparavelmente mais ágeis e mais modernos e de um
tráfego que oferece muito mais serviços.
Serviços oferecidos: bloqueador de Interurbanos e identificador de Chamadas (bina).

4.1.7 – Central
Centrais Telefônica de Comutação Digital.
As Centrais CPA’S são as mais modernas, a operacionalização dos serviços é comandado por
sistema avançado de computação, suas unidades básicas estão contidas em placas de circuito
impresso, e seus órgãos inteligentes são de pequeno porte, o que reduz muito o espaço

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ocupado, além de ser mais rápida que a analógica. As CPA’S disponibilizam velocidade,
qualidade e agilidade no tráfego telefônico.

4.2 – UNIDADE REMOTA DE ACESSOS (URA ).


As URAS são equipamentos eletrônicos digitais, que contêm no seu conjunto operacional os
sistemas de Comutação, Transmissão, Energia e Rede. E são instaladas em local externo,
proporcionando o atendimento aos assinantes, com seus próprios números, comutados na
própria URA, pois possuem um plano de numeração próprio. É parte integrante de uma
Central Telefônica denominada mãe, por estar dentro da área geográfica do centro de fios da

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Estação Telefônica, a interligação entre a URA e a Estação Telefônica é realizado com Cabo
Tronco Óptico, por onde é escoado o tráfego dos assinantes da URA. Podemos denominar a
URA como uma mimi central telefônica.
Existem algumas características para funcionamento da rede de URA. Pode funcionar com
rede distribuidora aérea própria. Sendo como uma rede alimentadora para armários de
distribuição, e com rede distribuidora aérea, mas dentro da área da rede distribuidora do
armário de distribuição. São classificadas em: rede normal, rede mista, rede sobreposta.

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4.2.1 – REDE NORMAL


É quando a URA possui rede distribuidora aérea própria e utiliza para instalação de seus
terminais, sua própria rede, não existindo na área rede distribuidora de armário.

EST. TELEFÔNICA URA


cabo ótico

4.2.2 – REDE MISTA


É quando a URA, cede parte de seus circuitos, para serem instalados na rede distribuidora
aérea/ interna de um armário de distribuição já em funcionamento, para este tráfego é instalado
cabo telefônico metálico (alimentador), entre a URA e o armário de distribuição.

EST. TELEFÔNICA URA ARM

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4.2.3 – REDE SOBREPOSTA


É quando a URA, utiliza para a instalação dos seus circuitos, sua própria rede distribuidora
aérea/interna, podendo ocorrer a invasão de parte da área já atendida por um armário de
distribuição, neste caso, na mesma área geográfica vai existir prefixo/número, da Central Mãe e
da URA.

EST. TELEFÔNICA URA ARM.

4.3 – CENTRO DE FIOS


Centro de Fios é uma determinada área geográfica atendida por uma Estação Telefônica cujo
atendimento está restrito a uma ou mais Centrais de Comutação Telefônica.
O Centro de fios ou área da Estação Telefônica é dividido em seções de Serviços, onde está
contido o armário de distribuição, e são identificados pelas rotas dos Cabos Alimentadores. A
rota de um cabo Alimentador é identificada e numerada no Distribuidor Geral (DG), da Estação
Telefônica, para definir com clareza qual será a distribuição ao longo da rede de cabos, os
cabos alimentadores recebem no DG, um número a partir do primeiro e assim sucessivamente,
sempre em ordem crescente, estes números são substituídos por letras do alfabeto também
em ordem crescente.
Os Armários de Distribuição são identificados na planta, a partir da distribuição das contagens
do cabo telefônico; sempre a primeira contagem distribuída receberá a letra A, e assim
sucessivamente, o que formará a identificação do armário com duas letras uma do cabo e outra
da distribuição da contagem.

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Vejamos abaixo como se obtém a identificação exata dos cabos e armários:

4.3.1 – CABOS ALIMENTADORES.


(Cabo 01 letra A), (Cabo 02 letra B), (Cabo 03 letra C), (Cabo 04 letra D) etc.

4.3.2 – DISTRIBUIÇÃO DAS CONTAGENS.


(1 – 300p letra A), (301 – 700 p letra B), (701 – 1.100 p letra C)
Identificação de um armário que pertence ao cabo 01/A, na Contagem de 1 – 300 p, SERÁ,
SS – AA.
Identificação de um armário que pertence ao cabo 02/B, na Contagem de 501 – 900 p, SERÁ,
SS – BB.
Identificação de um armário que pertence ao cabo 05/E, na Contagem de 1.201 – 1.700 p,
SERÁ, SS – ED.

4.4 – DISTRIBUIDOR GERAL.


O Distribuidor Geral da Estação Telefônica é um equipamento metálico construído para
suportar a instalação de Blocos de Rede ou de Assinantes, está localizado em
sala/compartimento do prédio da Estação Telefônica.
O Distribuidor Geral se divide em:

4.4.1 – D G, LADO HORIZONTAL.


Onde podem ser instalados os blocos de pinos sem corte, provenientes da central de
comutação, nestes blocos estão inseridos os terminais de assinantes da central de comutação.

4.4.2 – DG, LADO VERTICAL.


Onde podem ser instalados os Blocos de pinos do tipo COOK, para uso com módulos de
proteção, provenientes da Rede Externa de Cabos de Pares, nestes Blocos são montados os
pares de Cabos Telefônicos que vem da rede alimentadora.

4.4.3 – TIPOS DE DISTRIBUIDOR GERAL.


Os DG’S são disponibilizados no mercado com duas características; DG de Parede e DG de
Centro, o uso dos tipos depende do Cliente, que obtém pela quantidade de pares da Estação
Telefônica a ser implantada.

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DG de parede

DG de centro

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No sub-solo da sala de D.G. fica localizado o túnel de cabos ou galeria, onde é feita a emenda
da cabeação do D.G., com cabos da Rede Externa. Esse tipo de emenda é chamada de
MUFLA.

4.5 – CABOS TELEFÔNICOS MULTIPARES.


Os cabos telefônicos são materiais de fundamental importância para formação da rede, que
podem ser: internas, externas, aéreas, subterrâneas e enterradas, possuindo quantidades de
pares diversas, assim como de cores, diâmetro de condutores e tipos construtivos e tem por
função conduzir sinais na faixa de frequência de voz, dados e óptico.

4.5.1 – A transmissão por pares simétricos nos cabos e largamente utilizado nas redes
urbanas, interligando os assinantes com as Centrais Telefônicas. Comumente cada par de fios
de um cabo esta destinado a prover um único circuito de Voz ou Dados, sendo possível nos
cabos a transmissão de Sistemas Multiplex FDM, porém, com equipamentos que disponibilizam
transmissão para poucos assinantes.

4.5.2 – Os cabos para redes de assinantes são confeccionados com condutores metálicos
(cobre ou alumínio), assim como os cabos ópticos, com condutores em fibra de vidro, é

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necessário ser lembrado que os cabos metálicos, não possuem o mesmo desempenho de
transmissão dos cabos fibra óptica, que já constituem bom percentual da rede, quer seja
urbana ou interurbana.

4.5.3 – Os condutores dos cabos telefônicos possuem diâmetro de condutores que são
construídos mundialmente como mostrado a baixo:

0,40 mm 0,50 mm 0,65 mm 0,90 mm

4.5.4 – Para os cabos com revestimento dos condutores em plástico (polietileno, polipropileno),
foi desenvolvido cores para melhor identificação individual dos pares, com isto houve a
necessidade de ser estabelecido a Planilha Padrão de Código de Cores.

4.5.5 – O par do cabo telefônico é formado de duas linhas, uma identificada como linha A e
outra como linha B, com cores diferenciadas para melhor entendimento, as linhas (A, B), vêm
torcidas entre si (uma sobre a outra) para diminuir o efeito capacitivo entre os condutores.

CABO TELEFÔNICO MULTIPARES

Túnel de cabos ou galeria

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4.5.6 – Abaixo, mostraremos planilhas de cabos telefônicos com tipos construtivos,


capacidades de pares, capa de PVC, isolamento dos condutores, características físicas e locais
de aplicação, para rede aérea e subterrânea.

CABOS USADOS NA REDE ÁREA

TIPO CAPACIDADE CAPA ISOLAMENTO CARACTERISTICAS LOCAL DE


CONSTRUTIVO DE PARES DO CABO DO CONDUTOR FISICAS APLICACAO
20, 30, 50, 100 APL Polietileno Excelente
CTP-APL Instalações
200, 300, 400 Alumínio ou Isolamento dos
Aéreas
600 PARES Politenado Polipropileno condutores
APL Polietileno Cordoalha de
20, 30, 50, 100 Instalações
CTP-APL AS Alumínio ou Aço incorporada
PARES Aéreas
Politenado Polipropileno Ao cabo
APL Polietileno
2 A 50 Fibras sintéticas no Instalações
CCE-APL ASF Alumínio ou
PARES Interior do cabo Aéreas
Politenado Polipropileno
APL Polietileno Não utiliza
Instalações
CCE - APL 2 A 6 PARES Alumínio ou Cordoalha
aéreas
Politenado Polipropileno De aço

Obs.: O cabo CTP-APL no projeto de rede é denominado de CA, quando o diâmetro dos
condutores são 0,40 mm. Exemplo: CTP-APL, 0,40mm x 100 p = CA-100 p.

CABOS USADOS NA REDE SUBTERRANEA

TIPO CAPACIDADE CAPA ISOLAMENTO CARACTERISTICAS LOCAL DE


CONSTRUTIVO DE PARES DO CABO DO FISICAS APLICACAO
CONDUTOR
200, 300, 400, APL Condutores
CT-APL Papel não Instalações
600, 900, 1.200 Alumínio Enfaixados em
Higroscópico Subterrâneas
1.800, 2.400 P Politenado Papel
Entrada de
Condutores DG
20, 30, 50, 100 APL Polietileno
cobreados Coto de
CTP-APL SN 200, 300, 400 Alumínio ou
Revestidos com Armários
600, 900, PAR Politenado Polipropileno
estanho Caixas
Terminais
300, 400, 600 APL Polietileno Excelente
Instalações
CTS- APL 900, 1.200 Alumínio ou Isolamento dos
Subterrâneas
1.800, 2.400 P. Politenado Polipropileno Condutores
300, 400, 600 APL Polietileno Contém Geléia
Instalações
CTS – APL G 900, 1.200 Alumínio ou de Petróleo
Subterrâneas
1.800, 2.400 P Politenado Polipropileno Entre os Pares

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4.5.7 – CAPA A P L (Alumínio Politenado)


Chama-se capa APL o conjunto composto por uma fita lisa de alumínio, politenada em ambas
as faces, aplicadas longitudinalmente sobre o núcleo do cabo e uma camada externa de
polietileno extrusada sobre a fita, de maneira que fiquem perfeitamente ligadas, resultando uma
verdadeira blindagem contra a penetração de umidade para o interior do cabo.

Características construtivas dos cabos telefônicos:


 Número de pares.
 Diâmetro externo nominal (mm).
 Peso nominal (kg/km).
 Embalagem em bobina (m).
 Diâmetro dos condutores (mm).

As características elétricas dos cabos telefônicos


• Resistência elétrica máxima dos condutores em CC a 20ºc (OHMS/KM).
• Desequilíbrio resistivo dos condutores em CC a 20ºc (OHMS/KM).
• Capacitância mútua nominal a 800Hz (NF/KM).
• Resistência de isolamento mínimo a 20º (MOHMS/KM).
• Atenuação máxima a 800Hz e a 20ºc (DB/KM).
• Resíduo de telediafonia a 150Khz - R.M.S. - (DB/KM).

4.6 – CÓDIGO DE CORES DOS CONDUTORES DO CABO.


É utilizado para identificar os pares no cabo, direcionar a mão-de-obra quanto ao uso e
manuseio dos pares, na distribuição em emendas e locais de conexão, dentro de uma
sequência lógica e ordenada dos pares do cabo telefônico, os cabos que utilizam o código de
cor são CTP-APL, CTS-APL, CCE-APL, CI e CCI.

As cores que formam o código de cores são 10 (dez). São constituídas de 05 (cinco)
PRINCIPAIS, que identificam as Linhas A (BRANCO, VERMELHO, PRETO, AMARELO e
LILÁS) e 05 (cinco) SECUNDÁRIAS, que identificam as linhas B (AZUL, LARANJA, VERDE,
MARROM e CINZA), a junção das linhas A e B formam o par telefônico, e estes obedecerão ao
código de cor da Tabela Padrão, conforme mostrado abaixo:

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TABELA PADRÃO DE CÓDIGO DE CORES


CÓDIGO DE CORES DOS PARES TELEFÔNICOS
NÙMERO CONDUTOR CONDUTOR SÍMBOLOS
DO PAR LINHA A LINHA B DAS CORES
01 26 51 76 BRANCO AZUL BC-AZ
02 27 52 77 BRANCO LARANJA BC-LJ
03 28 53 78 BRANCO VERDE BC-VD
04 29 54 79 BRANCO MARROM BC-MR
05 30 55 80 BRANCO CINZA BC-CZ
06 31 56 81 VERMELHO AZUL VM-AZ
07 32 57 82 VERMELHO LARANJA VM-LJ
08 33 58 83 VERMELHO VERDE VM-VD
09 34 59 84 VERMELHO MARROM VM-MR
10 35 60 85 VERMELHO CINZA VM-CZ
11 36 61 86 PRETO AZUL PT-AZ
12 37 62 87 PRETO LARANJA PT-LJ
13 38 63 88 PRETO VERDE PT-VD
14 39 64 89 PRETO MARROM PT-MR
15 40 65 90 PRETO CINZA PT-CZ
16 41 66 91 AMARELO AZUL AM-AZ
17 42 67 92 AMARELO LARANJA AM-LJ
18 43 68 93 AMARELO VERDE AM-VD
19 44 69 94 AMARELO MARROM AM-MR
20 45 70 95 AMARELO CINZA AM-CZ
21 46 71 96 LILAS AZUL LL-AZ
22 47 72 97 LILAS LARANJA LL-LJ
23 48 73 98 LILAS VERDE LL-VD
24 49 74 99 LILAS MARROM LL-MR
25 50 75 100 LILAS CINZA LL-CZ

OBS 1: A Tabela Padrão norteia a contagem dos pares em relação ao código de cores, ela é
repetida quantas vezes forem necessárias em função da quantidade de pares no cabo, isto é,
para os cabos do tipo CTP/CTS- APL.

OBS 2: A tabela abaixo faz uma demonstração de como são divididas as caixas terminais em
um cabo CTP-APL de 200 pares, demonstrando inclusive a distribuição das cores dos pares
nas caixas terminais e as contagens dos pares.

EXEMPLO de distribuição de pares em caixas, e seus respectivos códigos de cores e


contagens de pares, nas tabelas a seguir:

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CORES P CX CORES P CX CORES P CX CORES P CX


Bc – az 01 Bc – az 26 Bc – az 51 Bc – az 76
Bc – lj 02 C Bc – lj 27 CX Bc – lj 52 C Bc – lj 77 CXA
Bc – vd 03 A Bc – vd 28 A Bc – vd 53 A Bc – vd 78
Bc – mr 04 I Bc – mr 29 Bc – mr 54 I Bc – mr 79 08
Bc – cz 05 X Bc – cz 30 03 Bc – cz 55 X Bc – cz 80
Vm – az 06 A Vm – az 31 Vm – az 56 A Vm – az 81
Vm – lj 07 Vm – lj 32 C Vm – lj 57 Vm – lj 82 C
Vm– vd 08 01 Vm– vd 33 A Vm– vd 58 06 Vm– vd 83 A
Vm– mr 09 Vm– mr 34 I Vm– mr 59 Vm– mr 84 I
Vm – cz 10 Vm – cz 35 X Vm – cz 60 Vm – cz 85 X
Pt – az 11 Pt – az 36 A Pt – az 61 Pt – az 86 A
Pt – lj 12 C Pt – lj 37 Pt – lj 62 C Pt – lj 87
Pt – vd 13 A Pt – vd 38 04 Pt – vd 63 A Pt – vd 88 09
Pt – mr 14 I Pt – mr 39 Pt – mr 64 I Pt – mr 89
Pt – cz 15 X Pt – cz 40 Pt – cz 65 X Pt – cz 90
Am – az 16 A Am – az 41 Am – az 66 A Am – az 91
Am – lj 17 Am – lj 42 C Am – lj 67 Am – lj 92 C
Am– vd 18 02 Am– vd 43 A Am- vd 68 07 Am- vd 93 A
Am– mr 19 Am– mr 44 I Am- mr 69 Am– mr 94 I
Am – cz 20 Am – cz 45 X Am – cz 70 Am – cz 95 X
Ll – az 21 CX Ll – az 46 A Ll – az 71 Ll – az 96 A
Ll – lj 22 A Ll – lj 47 Ll – lj 72 CXA Ll – lj 97
Ll – vd 23 Ll – vd 48 05 Ll – vd 73 Ll – vd 98 10
Ll - mr 24 Ll - mr 49 Ll - mr 74 08 Ll - mr 99
Ll - cz 25 03 Ll - cz 50 Ll - cz 75 Ll - cz 100

CORES P CX CORES P CX CORES P CX CORES P CX


Bc – az 101 Bc – az 126 Bc – az 151 Bc – az 176
Bc – lj 102 C Bc – lj 127 CX Bc – lj 152 C Bc – lj 177 CX
Bc – vd 103 A Bc – vd 128 Bc – vd 153 A Bc – vd 178
Bc – mr 104 I Bc – mr 129 13 Bc – mr 154 I Bc – mr 179 18
Bc – cz 105 X Bc – cz 130 Bc – cz 155 X Bc – cz 180
Vm – az 106 A Vm – az 131 Vm – az 156 A Vm – az 181
Vm – lj 107 Vm – lj 132 C Vm – lj 157 Vm – lj 182 C
Vm– vd 108 11 Vm– vd 133 A Vm– vd 158 16 Vm– vd 183 A
Vm– mr 109 Vm– mr 134 I Vm– mr 159 Vm– mr 184 I
Vm – cz 110 Vm – cz 135 X Vm – cz 160 Vm – cz 185 X
Pt – az 111 Pt – az 136 A Pt – az 161 Pt – az 186 A
Pt – lj 112 C Pt – lj 137 Pt – lj 162 C Pt – lj 187
Pt – vd 113 A Pt – vd 138 14 Pt – vd 163 A Pt – vd 188 19
Pt – mr 114 I Pt – mr 139 Pt – mr 164 I Pt – mr 189
Pt – cz 115 X Pt – cz 140 Pt – cz 165 X Pt – cz 190
Am – az 116 A Am – az 141 Am – az 166 A Am – az 191
Am – lj 117 Am – lj 142 C Am – lj 167 Am – lj 192 C
Am– vd 118 12 Am– vd 143 A Am- vd 168 17 Am- vd 193 A
Am– mr 119 Am– mr 144 I Am- mr 169 Am– mr 194 I
Am – cz 120 Am – cz 145 X Am – cz 170 Am – cz 195 X
Ll – az 121 CX Ll – az 146 A Ll – az 171 Ll – az 196 A
Ll – lj 122 Ll – lj 147 Ll – lj 172 CX Ll – lj 197
Ll – vd 123 Ll – vd 148 15 Ll – vd 173 Ll – vd 198 20
Ll - mr 124 13 Ll - mr 149 Ll - mr 174 18 Ll - mr 199
Ll – cz 125 Ll - cz 150 Ll - cz 175 Ll - cz 200

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4.7 – GRUPOS DE PARES EM CABOS TELEFÔNICOS.


É o ajuntamento ordenado de quantidades determinada de pares na fabricação dos cabos, Os
grupos de pares em cabos do tipo CTP-APL, contêm 25 (vinte e cinco) pares cada, havendo
uma contagem crescente do primeiro ao último grupo do cabo, os grupos são separados entre
si, por cordões que os envolvem obedecendo a ordem do código de cores padrão.

4.7.1 - Na regra de formação dos grupos de pares, existe uma exceção que é o cabo CTP-APL
50 pares, sua formação é com 02 sub grupos de 12 pares e 02 sub grupos de 13 pares.
1 sub grupo – 13p, 01 a 13.
2 sub grupo – 12p, 14 a 25.
3 sub grupo – 13p, 26 a 38.
4 sub grupo – 12p, 39 a 50.

4.7.2 - Os cabos telefônicos possuem quantidades de pares denominados EXTRA, na


quantidade de 1% (1 por centro), dos pares do cabo, para serem utilizados em alguma
eventualidade (geralmente na manutenção). Estes pares não possuem numeração definida e
são formados com a junção de duas linhas A (cor principal).

4.7.3 – A identificação dos grupos de pares dos cabos do tipo CTP-APL, é feita através de
cordões que envolvem os grupos, com as cores da tabela padrão, conforme tabela abaixo:

Exemplo: CABOS DE 202, 303, 404 e 606 PARES


NÚMERO COR DOS CORDÕES QUE ABREVEATURA CONTAGEM DOS
DO GRUPO ENVOLVEM O GRUPO DAS CORES PARES DO CABO
01 BRANCO - AZUL BC – AZ 001 – 025
02 BRANCO – LARANJA BC – LJ 026 – 050
03 BRANCO – VERDE BC – VD 051 – 075
04 BRANCO – MARRON BC – MR 076 – 100
05 BRANCO - CINZA BC – CZ 101 – 125
06 VERMELHO – AZIL VM – AZ 126 – 150
07 VERMELHO – LARANJA VM – LJ 151 – 175
08 VERMELHO – VERDE VM - VD 176 - 200
Existem 02 pares extras
09 VERMELHO – MARRON VM – MR 201 – 225
10 VERMELHO – CINZA VM – CZ 226 – 250
11 PRETO – AZUL PT – AZ 251 – 275
12 PRETO – LARANJA PT – LJ 276 – 300
Existem 03 pares extras
13 PRETO – VERDE PT – VD 301 – 325
14 PRETO – MARRON PT – MR 326 – 350
15 PRETO – CINZA PT – CZ 351 – 375
16 AMARELO – AZUL AM – AZ 376 – 400

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Existem 04 pares extras


17 AMARELO – LARANJA AM – LJ 401 – 425
18 AMARELO – VERDE AM – VD 426 – 450
19 AMARELO – MARRON AM – MR 451 – 475
20 AMARELO – CINZA AM – CZ 476 – 500
21 LILAS – AZUL LL – AZ 501 – 525
22 LILAS – LARANJA LL – LJ 526 – 550
23 LILAS – VERDE LL – VD 551 – 575
24 LILAS – MARRON LL – MR 576 – 600
Existem 06 pares extras

4.8 – FORMAÇÃO DOS CABOS CTP – APL.


Os cabos com capacidade de 50 pares em diante, apresentam formações múltiplas (ou de
grupos) de acordo com a figura abaixo:

Os cabos a partir de 100 pares são de formações múltiplas, ou seja, em grupos completos de
25 pares.
Cabos CTP-APL de 300, 400, 600 pares são considerados de capacidades especiais, podendo
serem utilizados tanto no aéreo como no subterrâneo.

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4.9 – CABO TELEFÔNICO CTS – APL.


Os novos desafios, expansões e necessidades da Rede Telefônica Externa, imprimiu a
necessidade de serem desenvolvidos novos cabos em condutores metálicos para redes
subterrâneas alimentadoras e com características que facilitassem o uso em redes
subterrâneas que são expostas a muitos riscos e degradações. Com esta perspectiva foi
desenvolvido e colocado no mercado o cabo telefônico CTS – APL e CTS – APL G, mantendo
as mesmas características elétricas e em geral dos cabos CTP – APL, assim como se fosse
norteado seus pares e grupos pelo código de cores padrão. O cabo CTS – APL é formado por
grupos de 100 (cem) pares, agrupando 04 (quatro) subgrupos de 25 pares, sem alterar
nenhuma formação anterior dos grupos de 25 pares.
Os grupos de 25 pares (agora designados subgrupos) que formam o grupo de 100 pares são
sempre os 04 (quatro) primeiros grupos de 25 pares (do cabo CTP – APL), ou seja, primeiro
grupo fio de separação branco azul, segundo grupo fio de separação branco laranja,
terceiro grupo fio de separação branco verde, quarto grupo fio de separação branco e
marrom. O cabo CTS – APL somente usa estes quatro grupos em todo o cabo.

4.10 – CABO TELEFÔNICO CT – APL.


O cabo CT – APL foi desenvolvido para redes no subterrâneo como cabo para rede
alimentadora e rede tronco, com o surgimento dos cabos em fibras ópticos, ficou quase que
exclusivamente para rede alimentadora, tem características especiais e fragilidade elétrica, pois
seus condutores metálicos são isolados em papel, assim como também a cobertura do núcleo.
O cabo CT-APL foi utilizado largamente por muitos anos na rede telefônica alimentadora
subterrânea, ultimamente está sendo substituído pelo cabo CTS – APL, apresentando melhor
resistência contra a umidade, assim como melhor resistência elétrica, sendo os condutores
isolados em plástico.

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4.10.1 – Formação de Grupos em Cabo CT-APL. A formação dos grupos do cabo CT – APL
são de 100 pares dispostos em coroas de pares, com quantidades designadas em cada coroa.
As cores são: condutor A é o principal e todos são da cor BRANCA. Os condutores B que são
secundários, as cores são VERMELHO, VERDE e AZUL.

ABREVEATURA COR DO CONDUTOR


BC – VM BRANCO e VERMELHO
BC – VD BRANCO e VERDE
BC – AZ BRANCO e AZUL

4.10.2 – Cores dos Fios de Separação de Grupos.


Os fios têxtil que fazem a separação dos grupos são de 02 (duas) cores;
A – Grupos Marca ou Piloto – cor VERDE.
B – Grupos Comuns – cor BRANCA.

4.10.3 – Divisão dos Grupos em Coroas de Pares.


Os grupos de 100 pares são divididos em coroas de grupos e cada coroa tem quantidade
definida de pares que são:
GRUPOS DE 100 PARES
Número de Coroas Quantidade de Pares Cores dos pares
1 primeira 02 pares Branco e Vermelho
2 segunda 08 pares Branco e Verde
3 terceira 14 pares Branco e Azul
4 quarta 20 pares Branco e Vermelho
5 quinta 26 pares Branco e Verde
6 sexta 30 pares Branco e Azul

4.10.4 – Pares Extras em Cabo CT-APL.


Os Pares Extras no Cabo CT-APL, são como em outros cabos, 1% (um por centro) dos pares
do cabo e estão localizados na 6ª Coroa de pares, são Branco e Vermelho.

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4.10.5 – Resistência de Isolamento dos Cabos Telefônicos.


A resistência de isolamento em cabos se caracteriza pela condição de proteção ao vazamento
de corrente elétrica que trafega em um condutor, a um determinado comprimento da linha ou
do par, acima da normalidade para o qual foi construído. Abaixo, mostraremos os valores de
resistência para cabos novos e usados, com isolamento em papel e plástico.

CABOS TELEFÔNICOS NOVOS


CT – APL 5.000 M OHMS
CTS – APL 15.000 M OHMS
CTP – APL 15.000 M OHMS

CABOS TELEFÔNICOS USADOS


CT – APL 2.500 M OHMS
CTS – APL 7.500 M OHMS
CTP – APL 7.500 M OHMS

4.10.6 – distribuição por Grupo de Cabo de 2.400 pares.


NÚMERO TIPO CONTAGEM
DOS GRUPOS CARACTERÍSTICO DOS PARES
01 GRUPO PILOTO – VERDE 001 a 100
02 GRUPO COMUM – BRANCO 101 a 200
03 GRUPO COMUM – BRANCO 201 a 300
04 GRUPO COMUM – BRANCO 301 a 400
05 GRUPO PILOTO – VERDE 401 a 500
06 GRUPO COMUM – BRANCO 501 a 600
07 GRUPO COMUM – BRANCO 601 a 700
08 GRUPO COMUM – BRANCO 701 a 800
09 GRUPO COMUM – BRANCO 801 a 900
10 GRUPO COMUM – BRANCO 901 a 1.000
11 GRUPO COMUM – BRANCO 1.001 a 1.100
12 GRUPO COMUM – BRANCO 1.101 a 1.200
13 GRUPO PILOTO – VERDE 1.201 a 1.300
14 GRUPO COMUM – BRANCO 1.301 a 1.400
15 GRUPO COMUM – BRANCO 1.401 a 1.500
16 GRUPO COMUM – BRANCO 1.501 a 1.600
17 GRUPO COMUM – BRANCO 1.601 a 1.700
18 GRUPO COMUM – BRANCO 1.701 a 1.800
19 GRUPO COMUM – BRANCO 1.801 a 1.900
20 GRUPO COMUM – BRANCO 1.901 a 2.000
21 GRUPO COMUM – BRANCO 2.001 a 2.100
22 GRUPO COMUM – BRANCO 2.101 a 2.200
23 GRUPO COMUM – BRANCO 2.201 a 2.300
24 GRUPO COMUM – BRANCO 2.301 a 2.400

OBS.: Na tabela acima é mostrado como os grupos de pares são distribuídos no cabo
telefônico, levando-se em consideração a cor do fio de separação de cada grupo, assim como
a contagem de pares de cada grupo.

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4.11 – REDES TELEFÔNICAS.


Denomina-se de Rede Telefônica: o conjunto de equipamentos, acessórios, fios, ferragens,
postes, caixas, telefones, blocos, cabos, (aéreo, subterrâneo e enterrado), internos, metálicos,
ópticos e outros objetos que proporcionem o atendimento de uma determinada área geográfica
pré-determinada para uma estação telefônica denominada centro de fios ou uma seção de
serviço, destinada a interligar a Central de Comutação aos assinantes (telefones).
Com o aumento constante do número de telefones, surgiu a necessidade de construir redes de
tamanhos maiores, com isso, também surgiu a necessidade de serem construídos cabos com
capacidades maiores de pares foi neste estudo que se desenvolveu a fabricação dos Cabos
Telefônicos Multipares Metálicos, a partir daí, surgiram vários tipos característicos de Redes,
entre outras vamos nos reportar a duas, por serem as mais utilizadas, que são: REDES DE
CABOS RIGIDOS e REDES DE CABOS FLEXÍVEIS.

Quanto a suas estruturas as redes são classificadas em:


 Rede Interna.
 Rede Externa.

4.11.1 – REDE INTERNA


Denomina-se de Rede Telefônica Interna, aos conjuntos de equipamentos que juntos
proporcionarão a interligação com a rede externa. Como cabos telefônicos, blocos, caixas, fios,
conectores e outros acessórios. Localizam-se em edificações como: edifícios, prédios, casas,
condomínios e outros. As redes internas merecem tratamento semelhante às redes externas,
pois fazem parte do todo.

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4.11.2 – REDE EXTERNA


Denomina-se de Rede Telefônica Externa ao conjunto de cabos telefônicos, ferragens, postes,
isoladores, armários, blocos, conectores, caixa de emendas (aérea e subterrânea), fios,
equipamentos e outros materiais e acessórios, externos as Estações Telefônicas, destinadas a
proporcionar conversação entre os assinantes de uma Central Local ou Distante.

As Redes Múltiplas e Redes Mistas são pouco usadas no sistema telefônico atual, por esse
motivo não estaremos falando sobre as mesmas.

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4.11.3 – REDE RIGIDA


É aquela onde os Cabos Alimentadores, que saem do Distribuidor Geral da Estação Telefônica,
vão distribuir suas contagens direto nas Caixas Terminais ou Caixas de Distribuição (ponto
terminal de rede), em rede aérea, rede subterrânea e rede interna, dentro da área da Estação
Telefônica, não sendo necessária a utilização do armário de distribuição.
A rede rígida é usada geralmente em redes de pequeno porte, como por exemplo, em
localidades com poucos assinantes, Estações Telefônicas com até 300 assinantes ou em
subidas de laterais geralmente próximas à estação telefônica, ou quando for conveniente.

4.11.4 – REDE FLEXÍVEL


Ê aquela em que os cabos alimentadores que saem do Distribuidor Geral da Estação
Telefônica, vão distribuir suas contagens nos Armários de Distribuição ou Distribuidores Gerais
do Prédio, dentro da área de abrangência da Estação Telefônica, obedecendo sempre uma
ordem pré-determinada de distribuição de contagens de pares do cabo, e a rede normalmente
usada em todas as prestadoras de serviços de Telefonia Fixa Nacional.

C. TELEFÔNICA C. TELEFÔNICA

VERTICAL

BLOCOS
VERTICAIS

DG DG

REDE TRONCO (LIGAÇÃO ENTRE CENTRAIS)

F io F E
REDE DE TRONCO

C a ix a d e
D is t r ib u iç ã o

R ede
A é re a C a ix a d e R ede
Em enda A é re a
C . T E L E F Ô N IC A
V1V2

C a ix a d e C a ix a d e
Em enda D is t r ib u iç ã o
DG A r m á r io d e ARD
D is t r ib u iç ã o
S u b id a
C o n ju n t o
L a te ra l
M a n ta e
S e m i- lu v a

Em enda Em enda
M u f la
D ir e t a C abo D ir iv a ç ã o
H o r iz o n t a l
A lim e n t a d o r

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4.11.5 – CARACTERÍSTICAS DE REDES DE CABOS.


A rede telefônica levando-se em consideração os cabos é classificada em três tipos: rede de
cabos tronco, rede de cabos Alimentadores, rede de cabos distribuidores.

4.11.5.1 – Rede de Cabos Tronco.


E aquela que os cabos fazem a interligação entre as Estações Telefônicas em uma mesma
localidade atendida por um sistema de Telecomunicações, isto é, entre uma e outra estação,
ou entre uma estação e uma URA. Os cabos que atendem podem ser metálicos ou ópticos.
Ex: cabos CT-APL, CTS-APL CFOA. Conforme mostrado na figura abaixo.

Est. Telefônica A Est. Telefônica B

Cabo tronco óptico


Est. Telefônica URA

Cabo tronco óptico local

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4.11.5.2 – Redes de Cabos Alimentadores.


É a rede que contém os cabos telefônicos metálicos com maior capacidade de pares, instalada
em canalização subterrânea, e faz a interligação entre o Distribuidor Geral da Estação
Telefônica e os armários de distribuição externos. Ex: CT-APL, CTS-APL.

ARMÁRIO ARMÁRIO ARMÁRIO ARMÁRIO ARMÁRIO


SS – AE SS - AD SS – AC SS – AB SS – AA

Cabo cabo cabo cabo cabo

Caixa subt. 1.401 – 1.800 1.101 – 1.400 801 – 1.100 401 - 800 1 – 400

4.11.5.3 – Redes de Cabos Distribuidores.


A rede de cabos distribuidores é aquela que interliga o Armário de Distribuição as caixas
terminais aéreas, subterrâneas ou em distribuidores gerais de prédio (caixas de distribuição),
em uma área atendida por rede de um armário, os cabos, desta redes, são cabos de pequena
capacidade de pares do tipo CTP-APL.

EST. TELEFÔNICA

ARMÁRIO
SS – AA

cabo cabo cabo cabo cabo

Caixa subt.1 Caixa2 Caixa3 1 – 400 Caixa 4 Caixa 5

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4.11.5.4 – Rede de Fios de Assinantes.


A rede de fios de assinantes é aquela que é constituída dos fios FE (fio externo), que se iniciam
nas caixas terminais e vão ate a tomada do assinante, sendo a parte final da rede.

cx. term. FIO FE

05 - SIMBOLIGIAS DA REDE TELEFÔNICA

5.1 – REPRESENTAÇÃO DE CABOS TELEFÔNICOS EM DESENHOS


SIMBOLOGIA DE DESENHO DESCRIÇÃO
Projetado

Existente

x x x x A retirar

A redispor

Prolongamento futuro

Representação de parcela de rede aérea


na planta da rede subterrânea e vice
versa (projetado).

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5.2 – ARMÁRIOS DE DISTRIBUIÇÃO

UNIDADE SÍMBOLO

ARMÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO
INSTALAÇÃO AÉREA

ARMÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO
INSTALAÇÃO EM PEDESTAL

5.3 – CABOS E EMENDAS EM CABOS TELEFÔNICOS

UNIDADE SÍMBOLO

CABO TELEFÔNICO CA . 50 - 100


AA, 1 - 100

CABO ENTERRADO EN CB 40 – 300 EN


TR 03, 101 - 400

COTO

SUBIDA DE CABO EM LATERAL

DESCIDA DE CABO EM LATERAL

RESERVA DE PARES

EMENDAS DE CABOS IGUAIS

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06 - EMENDA EM CABOS NA REDE AÉREA.


As emendas de condutores na rede aérea é o método normal para junção de condutores
utilizando conectores mecânicos, seguindo o código de cores dos pares (condutores) e a
ordem dos grupos e código de cores dos cabos telefônicos.
Faz-se necessário levarmos em consideração que em se falando de emendas aéreas
precisamos esclarecer que existem duas situações, que são:

A – Emenda de Condutores de Cabos no Aéreo.


É a maneira como os pares (condutores) são emendados um ao outro, podendo ser uma
conecção direta ou uma conecção derivada.

B - Caixa de Emenda em uso no aéreo.


A caixa de emenda serve para proteger os pares emendados contra as intempéries em campo
aberto, como: o sol, chuva e outros.

6.1 – Tipos de Conecção de Pares.


Tipos de conecção (emendas) de condutores utilizados em emenda aérea quanto à
visualização de entrada ou saída dos condutores no conector metálico.

6.1.1 – EMENDAS DE CONDUTORES DIRETAS


São aquelas em que os condutores emendam-se em conectores Mecânicos, Isto é, em uma
face do conector entra um condutor ou um par e na outra face do conector sai somente um
condutor ou um par.

Cabo A Cabo B

Emenda com Condutor (conecção)

6.1.2 – EMENDAS DE CONDUTORES DERIVADAS


São aquelas em que os condutores se emendam com conectores mecânicos, onde de um lado
do conector emenda-se só um condutor e do outro lado do conector emenda-se mais de um
condutor, isto mostra que os dois condutores quer se emendaram juntos estão em paralelo,
com a mesma contagem.

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CABO PRINCIPAL CABO DERIVADO A

CABO DERIVADO B

6.2 – TIPOS DE EMENDAS DE CABOS NO AÉREO.


Levando-se em consideração a quantidade de cabos que estão entrando ou saindo do conjunto
de fechamento para emendas no aéreo.

6.2.1 – Emendas de Cabos Diretos.


São aquelas que na caixa de emenda aérea, entra somente um cabo e da caixa de emenda
sai somente um cabo, que foi emendado.

Cabo Pares Emendados Cabo

6.2.2 – Emendas de Cabos Derivados.


São aquelas que na caixa de emenda aérea está entrando um ou mais cabos e saindo da
caixa, depois de emendado, dois ou mais cabos, isto caracteriza o conjunto caixa emenda é
derivado de cabos.

Cabo principal Cabo Derivado A

Cabo Derivado B

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6.2.3 – Emenda (Sangria)


Este tipo de local de emenda é especial, dado a maneira como ela está colocada na rede, é
um tipo de derivação de cabos, parecido com o item 5.2.2, o que difere e que só parte dos
pares são desviados para o outro cabo, o restante continua passando direto, isto é, sem
emendar o condutor.

Cabo Condutores Cabo A

Cabo B

6.3 – MATERIAIS UTILIZADOS NA REDE AÉREA.


Apresentamos alguns dos principais materiais usados na rede aérea, principalmente os
voltados para os serviços de emenda em condutores (pares) dos cabos telefônicos.

6.3.1 – Cabos telefônicos.


Tem a função de conduzir sinais na faixa de frequência de voz, de transmissão de dados e
sinais de óptica quando o cabo for cabo óptico.
São os cabos que formam as redes telefônicas, aéreas e subterrâneas.

Abaixo, mostraremos algumas capacidades de cabos aéreos.

20 pares 30 pares 51 pares 101 pares 202 pares 303 pares 404 pares 606 pares.

6.3.2 – Fitas de Telecomunicações.


Utilizadas para isolar as partes metálicas expostas e cobertura em peças, quando necessário.

6.3.3 – Fita Isolante


Utilizada para isolar as partes metálicas expostas e cobertura em peças, quando necessário.

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6.3.4 – Tubo Isolante de Mensageiro TIM.


É usado para isolar/cobrir o mensageiro/cordoalha, na área onde ficará instalado a caixa de
emenda aérea, para proporcionar proteção ao conjunto de emenda, assim, como o operador de
rede.

6.3.5 – Fio de Espinar Isolado FEI.


Usado para fazer amarrações de sustentação entre cabos e a cordoalha de aço, e amarrações
de cabo ao poste e outros.

6.3.6 – Blocos terminais de Rede.


Os blocos terminais são extremidades da rede, ou ponto onde terminam os pares da rede
aérea ou subterrânea, e facilitam as conexões entre as partes distintas da rede.

6.3.6.1 – Tipos de blocos Terminais.


 Para armários: BLA-50 p, M10B.
 Para Distribuidor Geral: COOK-100 P, Bloco de Assinante.
 Para DG Interno: BLI-10 p, M10B.
 Para Caixa Terminal: BCE-10 p, BCE-20 p.

Bloco Vertical
Bloco Vertical de
com módulos
100

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BLOCO TERMINAL BLA–50

BLOCO TERMINAL M–10B

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Terminal Subterrâneo (TSU) BLOCO BCE–10

Bloco de assinante de DG

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6.3.7 – Conector mecânico para emenda de pares.


Os conectores são equipamentos mecânicos utilizados para emendar pares ou condutores nas
emendas dos pares, os conectores para emendas aéreas são do tipo geleado (geléia de
petróleo), para promover a isolação da parte metálica do conector e do condutor, tornando a
parte interna do conector totalmente isolado contra corrosão.
Os conectores podem emendar o par completo, do tipo LINEAR, ou os que emendam somente
uma linha/condutor, do tipo topo.

6.3.8 – Conectores de Blindagem de capa de cabos.


Os conectores de continuidade veem em dois modelos:

6.3.8.1 – Conector de Blindagem e Continuidade CBCT.


É um cabo elétrico com dois terminais e prensas nas pontas, para serem presas na capa de
PVC/Alumínio do cabo, para realizar a passagem de qualquer corrente pela blindagem
(alumínio) do cabo. O CBCT, e utilizado nas interligações entre os cabos dos lados opostos
nas caixas de emenda, tanto no aéreo quanto no subterrâneo.

6.3.8.2 – Conector de Blindagem e Vinculação CBVT.


É um cabo elétrico com dois terminais e prensas nas pontas, para serem presas na capa de
PVC/Alumínio do cabo, para realizar a passagem de qualquer corrente pela blindagem
(alumínio) do cabo. O CBVT é utilizado nas interligações entre os cabos do mesmo lado nas
caixas de emendas, tanto no aéreo quanto no subterrâneo.

6.3.9 – Caixas de Emenda Aérea.


São equipamentos utilizados para proteger/guardar a emenda dos pares do cabo telefônico. As
Caixas de Emenda são conjuntos de acessórios para serem montados dentro das normas do
fabricante, são instaladas em locais determinados pelo projeto de rede, e com medidas pré-
determinadas. As caixas de emenda podem ser dos tipos, ventilada ou selada.

Caixa de emenda aérea

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Terminal de
Terminal de Postes e Fachadas
Postes e Fachadas
(TPF)
(TPF)

6.4.0 – Caixa de Emenda Ventilada.


As Caixas de Emenda Ventiladas, permitem a guarda da emenda, dos condutores, protege a
emenda de condutores somente dos raios ultra-violeta e da chuva, porém não isola dos
intempéries externos como o ar úmido salgado e agressivo, principalmente nas grandes
cidades. As caixas ventiladas são fáceis de instalar e retirar, mas poderá sofrer a degradação
com mais frequência que os conjuntos selados.

A – tipos de Caixas de Emendas Ventiladas.

CEV – 30, CEV – 55


CEA – 45, CEA - 60
CEMA – Simples, CEMA – Ampliada
CEANS - 1, 2.

6.4.1 – Caixa de Emenda Selada.


As Caixas de Emendas Seladas, permitem a guarda da emenda dos condutores e isolam
perfeitamente todo o conjunto contra os intempéries do ar, tornando o conjunto totalmente
estanque. Isto propicia à rede telefônica uma vida bem mais longa, assim como menor
incidência de manutenção e uma menor degradação.
A instalação e reentrada da caixa selada é um pouco mais difícil que a
ventilada, porém mais confiável.

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A – Caixas de Emendas Seladas

MHS – 1, MHS – 2, MHS – 3


TTRC – 1, TTRC – 2, TTRC – 3, TTRC – 3e
T2C – 1, T2C – 2, T2C – 3
CLP – 3, CLP – 3p, CLP – 3e, CLP – 3pe
CLP – 3a, CLP – 3pa
CLP – 3b, CLP – 3pb

6.4.2 – Caixa Terminal de Rede (caixa de distribuição)


A caixa terminal de rede, também é conhecida como terminal de postes ou fachada (TPF),
como o nome já está dizendo, é a caixa onde estão os blocos terminais de rede ou pares
terminais. Pode ser instalada em fachadas ou nos postes, onde determinar o projeto de rede
aérea, vem equipada com blocos de 10 ou 20 pares, em modelos diferenciados, com coto
(cabo) de 3.0 metros ou sem coto.
A caixa terminal de rede, veio melhorar a vida útil da rede, pois parte da mão-de-obra, deixou
de ter acesso às emendas dos pares que estão na caixa, pois as caixa do tipo TPA, dava
acesso a toda mão-de-obra. Os blocos terminais ficavam instalados na parte interior da caixa
de emenda aérea.

A – Tipos de Caixas de Postes e Fachadas.

CD – 10 p, CD – 20 p, outras

OBS.: Há casos em que a rede de distribuição não é aérea. Nos centros das grandes cidades,
existe a perspectiva de que a rede de distribuição seja toda canalizada, para evitar uma
quantidade excessiva de fios e melhorar a estética da rede distribuidora. Existe ainda o fator
segurança, pois a caixa terminal fica no subterrâneo, assim sendo, não existem fios aparentes.

6.5-INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE CAIXA DE EMENDA E CAIXA TERMINAL EM


POSTES E FACHADAS.
As caixas de emendas aéreas são instaladas com a finalidade de guardar a emenda dos
condutores dos cabos telefônicos e possibilitar a preservação física dos condutores e
conectores. Tornando assim ,mais longa a vida útil da rede.

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6.5 – PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE EMENDA EM PARES NO AÉREO.


As emendas de pares devem ser realizadas obedecendo os procedimentos para essas tarefas,
ou seja, o grupo com o outro grupo correspondente; 1 com 1, 2 com 2 e assim sucessivamente,
observado também o código de cores dos pares e a cor dos fios de separação dos grupos e a
ordenação das contagens dos pares.
As emendas com derivações devem obedecer a distribuição de contagens de acordo com o
projeto de rede.
Se o projeto não detalhar as contagens e os grupos a serem emendados, a emenda devera ser
executada de modo convencional, obedecendo a sequência original do cabo principal de
acordo com as contagens especificadas em projeto. Deste modo, sempre que houver um cabo
secundário deverá ser emendado a partir de seu primeiro par, mesmo que não haja
combinação de cores, pois quem determina é o cabo principal.
A rede telefônica é formada por 3 três tipos de pares na emenda:

Par Convencional é aquele que está numerado e ligado em blocos terminais, quer seja entre
DG/Caixa terminal rede rígida, DG/Armário rede flexível, Armário/Caixa terminal, Armário/Caixa
terminal interna.

Par Reserva é aquele que mesmo não estando sendo usado, tem contagem definida e pode
ser usado a qualquer momento, está ligado no alimentador no bloco do DG, no distribuidor no
bloco do armário. Nas emendas aéreas deve estar esteirado para diferenciar dos mortos.

Par Morto, são aqueles que não tem contagem definida e não estão sendo usados, é uma
sobra de pares por algum motivo. Podem ate serem usados no futuro, é necessário que estes
tenham comprimento adequado para serviço futuro.
Em emendas seladas o par morto do cabo, deve ser emendado para possibilitar a continuidade
elétrica deste par, assim, como evitar a abertura de conjuntos de fechamento de emendas,
quando houver uma necessidade de uso.
Os pares mortos em um cabo, devem ser sempre os últimos pares do cabo.

Exemplo: cabo 100 p, contagem 1 a 80 + 20 xm, mortos de 81 a 100.


cabo 900 p, contagem 1 a 840 + 60 xm, mortos de 841 a 900.

CA . 100 p
1 – 80 + 20 m

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6.5.1 – Procedimentos para execução de emenda aérea e suas Etapas.

A – A primeira providência é usar os equipamentos de proteção individual e coletivo, em


seguida verificar se a cordoalha (cabo de aço) está ou não energizada.

B – Providenciar a instalação do tubo TIM (tubo isolante de mensageiro) com um comprimento


de 2 (dois) metros, que fará o revestimento da cordoalha de aço, partindo do poste para o
lance. A finalidade do TIM é dar proteção ao operador como também aos materiais ali
instalados como caixa e cabo.

C – Determinar as medidas para localização da emenda, sempre a partir do poste. Com a


escala ou fita métrica mede-se 80 cm do pino do isolador até a face da caixa de emenda.

D – Na sequência é efetuada as amarrações provisórias ou definitivas dos cabos nos devidos


lugares e nas distâncias exatas, nos cabos que estão nos dois lados da caixa de emenda .

E – Após a medida de localização da emenda é realizada as medidas e as marcações para a


abertura dos cabos. Dos cabos deve ser retirada a capa (pvc) com no mínimo 50 (cinquenta)
cm, isto é, para cada cabo na emenda aérea.

F – Inicia-se a retirada das capas (pvc) dos cabos, tendo sempre o cuidado de não ferir o
isolamento dos condutores e não deixar que a binagem (torção) dos pares se desfaçam.

G – Após a retirada da capa o primeiro cuidado é amarrar a ponta dos condutores para que os
pares não se desfaçam, após isto, identificar os grupos e amarrá-los com o próprio cordão que
os envolve.

H – Abrir a capa do cabo com dois cortes longitudinais em uma extensão de 4 cm, como se
fosse uma lapela para ser instalado o conector de blindagem e continuidade, CBCT/CBVT.

I – Para a realização de emendas em cabos com condutores de isolamento plástico (CTP-APL)


são recomendados Conectores do tipo Linear Impregnado (geleado). Estes conectores
possuem a vantagem de realizar o contato elétrico dos condutores sem a retirada dos
isolantes, possuem ainda impregnação como selante o que assegura uma maior proteção
contra umidade e corrosão.

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J – A distância entre os cabos em locais de emenda de condutores no aéreo, deverá ser


buscada no manual da caixa fornecido pelo fabricante ou medindo a área interna da caixa e
descontando mais ou menos 04 (quatro) centímetros de cada lado da área medida. Isto porque
existe variação de tamanho de caixas de emenda.

K – Na área da emenda de condutores, o primeiro e o último conector será instalado a uma


distancia de 05 (cinco) centímetros da abertura do cabo. Entre os conectores deverá ter uma
distância de 01 (um) centímetro. Instalada a primeira carreira completa de conectores, os
demais serão instalados sempre pelo alinhamento do anterior.

L – Realizada a emenda de condutores, coloca-se os fios CBCT ou CBVT, nos terminais que
darão continuidade elétrica à capa do cabo. Os conectores deverão ser isolados com fitas de
telecomunicação.

M – Com todas as etapas concluídas faz-se a instalação e montagem do conjunto de


fechamento da emenda aérea, podendo ser ventilada ou selada, fazendo o fechamento final da
emenda. O tamanho do conjunto da emenda depende da capacidade do cabo, sendo que já
vem definido em projeto.

N – Os cabos telefônicos emendados nos pontos escolhidos, deverão ser amarrados


definitivamente e em distâncias determinadas para sua sustentação e segurança, obedecendo
o padrão Protel, com fio espinar isolado.

O – No teste de pares em local da emenda, deverá ser usando obrigatoriamente o testador de


conectores. O uso da tesoura é expressamente proibido, pois provoca a degradação do
isolamento dos condutores ocasionando oxidação.

P – Instalação de Caixas Terminais de Poste ou Fachadas.


As caixas terminais de poste ou fachadas, podem vir com ou sem coto, e servem para a
distribuição dos pares da rede. É instalada em poste ou em fachada de edificações, ligada ao
cabo principal através de seu coto. Podendo ser de 10 pares ou 20 pares .
A fixação da TPF ao poste dar-se através de fita de aço inoxidável, conhecida como fita
eriband, com 1 (uma) ou 2 (duas) sustentações. A TPF permite a ligação do fio FE do assinante
com a rede distribuidora.

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6.5.2 – Conjuntos de emenda aérea.

Caixa de emenda aérea tipo cev-30

6.7 – INSTALAÇAO DE BLOCOS NO QUADRO INTERNO DO PRÉDIO.

A – Os blocos são extremidades da rede telefônica, que facilitam as conexões entre as partes
distintas do sistema.

B – Os blocos terminais da rede distribuidora internos, ficam localizados nos quadros internos
dos prédios (distribuidores gerais), Os blocos podem ser secos ou geleados, assim como sem
e com proteção elétrica. Os blocos com proteção só funcionam corretamente se o aterramento
estiver dentro do padrão exigido pelo Protel.

C – Os blocos BLI e M10B são instalados em canaletas apropriadas para cada tipo de bloco,
fixadas no fundo de madeira do quadro interno.

D – A ocupação dos blocos internos no espaço do fundo de madeira, na caixa de distribuição


interna deverá ser de cima para baixo, sempre obedecendo a linha divisória da caixa e
instalando blocos em fileiras verticais em quantidades determinadas.

E – Na OI MA o quadro interno do prédio DG, os blocos são posicionados no fundo da caixa da


seguinte maneira, divide-se a área interna da caixa na horizontal em duas metades, uma
superior e outra inferior.

- Na metade superior, ficará instalado os blocos de rede distribuidora da OI.


- Na metade inferior, ficará instalado os blocos de rede interno de prédio.

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F – É importante considerar a capacidade final do cabo para determinar a altura de fixação dos
blocos, a partir do centro da caixa para cima.

G – O bloqueio de umidade deve ser executado, no mínimo 10 cm, antes da descida do cabo
para os blocos, qualquer que seja o tipo do bloco.

H – Antes da execução do bloqueio deve ser instalado o conector CBVT.

I – A entrada dos cabos na caixa DG, deverá ser vedada com estopa e parafina, com a
finalidade de impedir a penetração de água e umidade.

Exemplo da divisão de um quadro interno de prédio DG.

6.8 – PINTURAS E IDENTIFICAÇÃO DE CAIXAS TERMINAIS.


As caixas terminais aéreas, subterrâneas, quadros internos de prédios, armários de
distribuições. Deverão ser identificados conforme o padrão da localidade, existe modos
diferentes de identificação quando observamos a rede em cada Estado da Federação.

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07 - EMENDA DE PARES CABO SUBTERRÂNEO

As emendas de condutores na rede subterrânea é o método normal para junção de condutores


utilizando conectores mecânicos, seguindo o código de cores dos pares (condutores), e a
ordem dos grupos e código de cores dos cabos telefônicos.
Se faz necessário levarmos em consideração que, em se falando de emendas subterrâneas,
precisamos esclarecer que existem duas situações que são:

7.1 – Emenda de Condutores de Cabo no Subterrâneo.


É a maneira como os pares (condutores) são emendados um ao outro, podendo ser uma
conexão direta ou uma conexão derivada.

7.1.2 - Caixa de Emenda para guarda dos condutores emendados.


É o receptáculo onde são guardados os pares dos cabos após serem emendados.

7.1.3 – Tipos de Conexão de Pares.


Tipos de conexões (emendas) de condutores utilizados em emenda subterrânea quanto à
visualização de entrada ou saída dos condutores no conector metálico.

7.2 – EMENDAS DE CONDUTORES DIRETAS


São aquelas em que os condutores emendam-se em conectores mecânicos, Isto é, por uma
face do conector entra um condutor ou um par e na outra face do conector sai somente um
condutor ou um par.

Cabo conexão de par Cabo

7.2.1 – EMENDAS DE CONDUTORES DERIVADAS


São aquelas em que os condutores se emendam com conectores mecânicos, onde de um lado
do conector emenda-se só um condutor e do outro lado do conector emenda-se mais de um
condutor, isto mostra que os dois condutores que se emendaram, juntos estão em paralelo,
com a mesma contagem.

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Emenda (conector)
Cabo Principal Cabo Derivado A

Cabo Derivado B

7.3 – TIPOS DE EMENDAS DE CABOS NO SUBTERRÂNEO.


As emendas de cabos na rede subterrânea, como na aérea são de dois tipos, as emendas
diretas e as emendas derivadas de cabos, isto porque leva-se em consideração a quantidade
de cabos que estão entrando ou saindo do conjunto caixa emenda do subterrâneo.

7.3.1 – Emendas de Cabos Diretos.


São aquelas emendas em que os cabos são emendados uns nos outro somente (cabo principal
com cabo secundário).

Cabo Pares Emendados Cabo

7.3.2 – Emenda de Cabos Derivada.


São aquelas em que um cabo principal distribui sua contagem, após emendado para mais de
um cabo que está saindo no outro lado da caixa de emenda, desta maneira fica claro que o
conjunto emenda é derivado de cabos.

Cabo Principal Cabos Derivados

Emenda de pares

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7.3.3 – Emenda (Sangria)


Este tipo de emenda em cabos é especial, dado a maneira como ela está colocada na rede, é
um tipo de derivação de cabos, parecido com o item 5.2.2, o que difere é que só parte dos
pares são desviados para o outro cabo, o restante continua passando direto, isto é, sem
emenda.

Cabo Condutores Cabo

Pares Emendados Pares mortos

7.4 – MATERIAIS USADOS EM EMENDAS NO SUBTERRÄNEO.

7.4.1 – Cabos Telefônicos.


Tem a função de conduzir sinais na faixa de frequência de voz, frequência de transmissão de
dados e sinais de óptica quando o cabo for cabo óptico. São os cabos que formam as redes
telefônicas subterrâneas.

Exemplo de algumas capacidades de cabos subterrâneos:

CT-APL, 202, 303, 404, 606, 909, 1.212, 1.818, 2.424 p.

CTS-APL, 303, 404, 606, 909, 1.212, 1.818, 2.424 p.

CFO – MM, 02 f, 04 f, 06 f, 12 f, 18 f, 24 f, 36 f, 48 f.

7.4.2 – Fitas de Telecomunicações.


Utilizadas para isolar as partes metálicas expostas e cobertura em peças quando necessário.

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7.4.3 – Fita Isolante


Utilizada para isolação de partes metálicas expostas e cobertura em peças quando necessário.

7.4.4 – Fio de Espinar Isolado FEI.


Usado para fazer as amarrações de sustentação dos cabos com os degraus no interior das
caixas subterrâneas e em túneis de cabos.

7.4.5 – Conector mecânico para emenda de pares.


Os conectores são equipamentos mecânicos utilizados para emendar pares (condutores). Nas
emendas dos pares, os conectores para emendas são do tipo Seco para Pares com isolamento
em Papel (CT-APL) e Seco ou Geleado para pares com isolamento em plástico (CTS-APL),
ficando para definição da operadora.
Os conectores podem emendar o par completo, que é do tipo LINEAR, ou os que emendam
somente uma linha/condutor, do tipo topo.

7.4.5.1- Tipos de conectores para subterrâneo.

 Picabond Seco.
 Picabond Geleado.
 Linear Seco.
 Luva Isolante de Papel.

7.4.6 – Conectores de Blindagem de capa de cabos.

7.4.6.1 – Conector de Blindagem e Continuidade CBCT.


É um cabo elétrico com dois terminais e prensas nas pontas, para serem presas na capa de
PVC/Alumínio do cabo, para realizar a passagem de qualquer corrente pela blindagem
(alumínio) do cabo. O CBCT é utilizado nas interligações entre os cabos dos lados opostos nas
caixas de emenda, tanto no aéreo quanto no subterrâneo.

7.4.6.2 – Conector de Blindagem e Vinculação CBVT.


É um cabo elétrico com dois terminais e prensas nas pontas, para serem presas na capa de
PVC/Alumínio do cabo, para realizar a passagem de qualquer corrente pela blindagem
(alumínio) do cabo. O CBVT é utilizado nas interligações entre os cabos do mesmo lado nas
caixas de emenda, tanto no aéreo quanto no subterrâneo.

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7.4.7 – Tira Têxtil (cadarço).


É utilizada em emenda de cabo CT-APL, para proteger os condutores da carcaça do conjunto
de fechamento de emenda, faz-se um enfaixamento de todo o conjunto de pares emendados,
tornando o volume um pouco menor.

7.4.8 – Conjunto Bloqueio.


Utilizado em locais onde é confeccionado bloqueio em cabos subterrâneos, para dar proteção
aos condutores e também ao cabo.

7.4.9 – Resina (geléia).


Utilizado como bloqueio em cabos no subterrâneo, para impedir e limitar a passagem do AR no
cabo.

7.4.10 – Armário de distribuição.


É um equipamento instalado na rede externa para receber os pares do cabo alimentador e os
pares do cabo distribuidor e dar continuidade aos mesmos, pois estes estão localizados em
blocos terminais independentes e em locais determinados dentro do armário. Os blocos
terminais podem ser de 10 pares ou 50 pares.

7.4.11 – Módulo (fusível).


Os módulos são componentes da rede, são instalados nos Blocos Terminais de 100 pares,
para proporcionar continuidade elétrica ao par, assim como, proteger o cabo/pares contra
descargas atmosféricas ou outro tipo de energia indesejável para o fio terra, evitando danificar
os componentes da Central de Comutação, para cada tipo de serviço existe um módulo
específico.

MP .6X400 MC 2497 MP - E G 4097 MP .4 150mA MA. C

Módulos de Proteção

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7.4.12 – Blocos Terminais de Rede


São usados em vários locais de terminação de rede, como: armários de distribuição, quadro
interno de prédio, distribuidor geral de estação telefônica, caixas terminais de redes (TPF). Os
blocos terminais podem ser com geleia ou sem geleia, dependendo do local a ser utilizado. Os
blocos são extremidades da rede, que facilitam as conexões entre as partes distintas da rede
telefônica. Existem blocos de 10 p, 50 p, 100 p.
No Distribuidor Geral (DG) da Estação Telefônica, são instalados dois tipos de blocos terminais
os dos assinantes que estão em uma face do DG e são instalados na horizontal, que contém a
numeração dos telefones daquela Central de Comutação. Os blocos de assinantes têm uma
quantidade de pinos determinada, porém, a distribuição dos assinantes nos pares de pinos do
bloco, depende da configuração da Central de Comutação para estes blocos.

7.5 – Métodos de Execução de Emenda Subterrânea.


As emendas subterrâneas obedecem modos e métodos de execução, tanto no que diz respeito
ao conjunto de emenda, como na execução de emenda dos condutores, em qualquer que seja
o tipo de conexão, junta torcida, piruleta, conector mecânico, ou outro tipo.

A – A emenda de condutores direta deve ser emendado grupo a grupo, ou seja, grupo 01 com
grupo 01, grupo 02 com grupo 02 e assim sucessivamente, sempre obedecendo ao código de
cores dos grupos e dos pares.

B – A emenda com derivação de pares ou cabos, deve obedecer a distribuição das contagens
de acordo com o projeto de rede.

C – O projeto de rede deve detalhar a distribuição das contagens e pares a serem emendados.
Ocorrendo uma não indicação, será executado sempre a partir do primeiro grupo e par até o
último grupo e par do cabo, levando-se em consideração o código de cores.

D – A rede telefônica é formada de três tipos de pares nas emendas:

- Par Convencional: são os pares que estão numerados e conectados/emendados


em definitivo entre blocos de; DG e Armário, DG e Caixa Terminal, Armário e
Caixa Terminal.

- Par Reserva: são aqueles que possuem contagem definida, estão ligados em uma
extremidade, podendo ser em bloco no DG ou no Armário, e a outra extremidade

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estará livre à espera de utilização. Em emenda selada no subterrâneo, os pares


devem ser emendados em coto que ficarão fora do conjunto selado. Em emendas
no aéreo selado ou não, os pares devem ser esteirados na ordem do código de
suas cores.

- Par Morto: São os pares que não foram utilizados nas emendas dos condutores,
por ser o cabo de uma capacidade maior que os pares necessariamente
emendados. Estes pares não possuem contagem definida, podem, em uma
necessidade, serem utilizados no futuro. É importante que estes pares possuam
comprimento suficiente para as emendas quando necessário. Os pares mortos de
um cabo devem ser sempre os últimos pares ou grupos.

E – As emendas de condutores poderão, por necessidade, ficarem abertas por um período


mais longo, mais para isto é necessário dar proteção total a toda área, esta proteção é feita
utilizando-se borracha LÁTEX, que proporcionará isolamento contra umidade, quando a
emenda for em cabo derivado, a borracha será passada entre os cabos em forma de “8” e para
maior segurança, usar massa de calafetar entre os cabos.

F – Quando os cabos forem do tipo CT –APL (isolamento em papel), deverá ser aplicado calor
para aquecimento e retirada de umidade dos condutores, isto se fará com maçarico a gás
butano, com chama branda. Quando os cabos forem com isolamento dos condutores em
plástico, não é necessário o aquecimento.

7.5.1 – Emenda Subterrânea de Cabo do tipo CT/CTS – APL

1º O serviço de emenda de condutores de cabos requer uma análise do projeto, seguindo-


se a sequência do serviço a ser executado e o tipo de conexão a ser efetuada (direta,
derivada ou de topo).

2º – A sinalização de segurança em toda área de trabalho é necessário e deve estar


adequado às normas de segurança.

3º – É necessário realizar limpeza no interior da caixa subterrânea, pode esta conter


detrito, lama, água ou outros, também colocação de estrado de madeira no piso, forrado
com lona.

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CAIXA SUBTERRÂNEA
SUPORTE DEGRAU

4º – Colocar aro de proteção para a boca de caixa, vedar as laterais do aro com estopa e a
mistura do gesso líquido, armar barraca e instalar ramal de energia elétrica para
iluminação e utilização de outros equipamentos.

5º – Instalar ventilação artificial para o interior da caixa subterrânea, utilizando exaustor


direcional.

6º – Os cabos a serem emendados serão arrumados de forma que estes não atrapalhem
os novos cabos que vierem a ser instalados, assim como, não fiquem transados com os
existentes em sua passagem pela caixa.

7º – Os cabos que serão emendados devem ser amarrados nos degraus para sustentarem
a emenda, com relação aos dutos devem ser colocados na altura devida e uma ordem
crescente.

8º – A emenda será centralizada entre os suportes degraus, sendo assim, divide-se a


distância por dois e acha-se o centro, que será o centro da emenda dos cabos.

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Indicação do centro entre os suportes

Suporte Degrau Centro Suporte Degrau


da Emenda

Dutos Cabo Telefônico Dutos

Localização da emenda entre os suportes degraus.

Suporte Degrau Centro Suporte Degrau

Dutos Conj. Emenda Dutos


Cabos Telefônicos

9º – A abertura (distância entre um cabo e outro) para emenda é feita observando a tabela
(pré-determinada pelo fabricante do conjunto), que determina a abertura conforme a
capacidade do cabo. Pois para cada conjunto de emendas existem medidas diferentes.

10º – O comprimento da ponta do cabo, a partir do cento da emenda, não poderá ser
inferior a 85 (oitenta e cinco) cm.

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11º - Depois de realizadas as tarefas anteriores e verificado o local exato da emenda,


proceder a retirada da capa de PVC do cabo em ambas as extremidades, com corte
longitudinal ou circular, tendo o cuidado para não danificar os condutores do cabo
durante a operação, se for constatado algum defeito, identificar o par ou os pares, fazer
as anotações devidas e fechar as extremidades do cabo. Comunicar o fato ao
encarregado ou supervisor.

12º – Os métodos de execução de emendas derivadas de cabos, obedecerão os mesmos


princípios de uma emenda normal ou direta.

13º – Conforme a necessário, deve ser instalado em cada extremidade dos cabos o
conector do tipo CBCT ou CBVT, para garantir a continuidade elétrica da rede. O
conector CBCT é usado entre os cabos, em lados opostos na emenda, o conector
CBVT é usado de um cabo a outro, no mesmo lado na emenda.

CABO CBCT CABO

CABO
CABO CBCT

CBVT

14º – Para ser instalado o conector CBCT ou CBVT, é necessário que seja realizado dois
pequenos cortes longitudinais de aproximadamente 3(três)cm de comprimento, em
todas as capas de PVC dos cabos e utilizando o vazador para capa de cabo, abrir o furo
onde será instalado o prensa.

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15º – É necessário que a parte metálica do CBCT/CBVT fique isolada, junto ao kit existe
uma lâmina plástica que deverá ser instalada entre os condutores e a base do conector,
e coberto o prensa instalado com fita de telecomunicações.

16º – Na retirada do papel ou plástico que protege o núcleo do cabo, ou seja, os


condutores, deve-se deixar 02 (dois) cm deste papel ou plástico, próximo ao PVC,
servindo de proteção aos condutores.

17º – É necessário a separação e identificação dos grupos, com uma etiqueta provisória,
pois esta numeração é que dará sentido as emendas dos condutores dos grupos.

18º – O cabo do tipo CT-APL necessita, como no item 17, de numeração dos grupos de
pares, esta numeração precisa de um sentido, chamado de Sentido de Rotação, que
nada mais é que determinar qual o sentido de rotação para o lado da Estação
Telefônica ou Armário de Distribuição, assim sendo, se o cabo que vem da Estação
Telefônica for sentido horário, o cabo oposto será sentido anti horário, ou vice versa. A
partir daí, numerar todos os grupos do cabo levando-se em consideração as coroas de
grupos.

19º – É necessário que hajaNos cabos CT-APL, a separação das coroas de pares, que
formam os grupos, pois estas, pela sua ordem dão sentido a contagem dos pares nos
grupos, assim como, os pares tem as mesmas cores. Nos cabos CTS-APL, não é
necessário porque o mesmo é estruturado em código de cores nos pares, daí só a
separação dos pares.

20º – O inicio da emenda dos condutores é sempre por um dos lados, quase sempre da
direita para a esquerda. Deixando-se aproximadamente 10 (dez) cm da capa, instala-se
o primeiro conector, com a máquina mecânica do tipo MA-10. A instalação do segundo
conector é sucessiva e será determinada por marcações que estão contidas na barra de
sustentação do cabeçote. O Alicate MR1, que acompanha o conjunto, será para realizar
emendas em poucos pares.

21º – O inicio da emenda de condutores será no grupo que estiver mais atrás em relação
aos outros e em baixo, e como referido no item 18. no caso do cabo CT-APL, a conexão
será da coroa central para a externa.

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22º – Após o término da conexão de cada grupo, coloca-se a etiqueta correspondente


aquele grupo, contendo o número e a contagem dos pares, amarrando-se o grupo.

23º – Quando do término da conexão dos pares, iniciar o processo de retirada de umidade
do isolante dos pares, coloca-se junto a tira têxtil para ser aquecida também, para
fornecimento de calor utiliza-se maçarico a gás butano, com chama branda para que a
secagem seja lenta e eficiente, nesta secagem é necessário o acompanhamento do
ORA.

24º – As emendas com condutores em Plástico CTP/CTS-APL, não necessitam da


aplicação de calor para secagem, assim como, não é necessário a tira têxtil.

25º – A sequência seguinte será as amarrações e identificações dos grupos e a cobertura


dos condutores/emendas com a tira têxtil (pano).

26º – A emenda subterrânea poderá ser fechada com alguns tipos de conjuntos: luva de
chumbo puro, conjunto manta termo contrátil e conjunto emenda mecânica.

A – Se o fechamento for luva de chumbo, será utilizado solda e maçarico a Gás Butano.

B – Se o fechamento for em conjunto termo contrátil, utilizará maçarico a Gás Butano ou


outra fonte de calor dirigida.

C – Se o fechamento for emenda mecânica, utilizará somente ferramentas.

27º – Concluído a etapa anterior, deverá ser realizado o teste de ar para confirmar a
estanqueidade do conjunto, onde injeta-se ar seco no interior da emenda/cabo,
nitrogênio ou oxigênio com pressão de 1.5 Bar, durante 5 minutos, e realiza-se a
inspeção no conjunto utilizando espuma de sabão.

28º – Encerrado todas a etapas e estando a emenda selada, deverá ser realizado a limpeza
da Caixa Subterrânea, com retirada de todas as sobras e outros materiais e o estrado
de madeira do fundo da caixa.

29º – MUFLA é um tipo de emenda de pares especiais que fica instalada no túnel de cabos
da Estação Telefônica, fazendo a transição entre a rede externa e o Distribuidor Geral,

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podendo ser confeccionada na horizontal ou vertical. Em sua parte superior fica o


bloqueio dos cabos CI que vem dos blocos verticais do DG.

30º – O fechamento desse tipo de emenda se caracteriza pelo fato dos cabos que veem do
DG, serem do tipo CI, sua capa é de plástico com blindagem em alumínio, muito
flexível, o fechamento superior é feito por um bloqueio utilizando-se resina.

7.5.2 - Tabela para abertura de cabos CT-APL, CTS-APL.

Número de Pares Juntas Torcidas Conector Linear Seco Conector Picabond


dos Cabos Distância Distância Distância
200 p 36 cm 37 cm 37 cm
300 p 41 cm 42 cm 42 cm
400 p 41 cm 42 cm 42 cm
600 p 41 cm 42 cm 42 cm
900 p 46 cm 47 cm 47 cm
1.200 p 46 cm 47 cm 47 cm
1.800 p 51 cm 50 cm 50 cm
2.400 p 51 cm 50 cm 50 cm

7.5.4 – Conjuntos fechamento de emenda subterrânea


A finalidade da caixa é proteger a emenda. A caixa “selada” é usada na rede subterrânea e
para dar maior segurança à emenda, deve ser resistente ao ataque de agentes químicos,
como: soluções alcalinas, gases, vapores, óleos, graxas, combustível, água doce, água
marinha e à corrosão eletrolítica. Além disso, devem ser atóxicos. O produto, depois de
instalado, deve permitir flexões e torções dos cabos envolvidos na emenda sem haver trincas,
fissuras ou danos que comprometam a integridade e estanqueidade da emenda.

7.5.4.1 – Sistema termocontrátil Ariel


Procedimento de instalação de conjuntos de emendas termocontráteis reforçadas para cabos
pressurizados de telecomunicações.

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Conteúdo do Kit do Conjunto:

Item Qtde.
• Manta termocontrátil reforçada ................................................................. 1
• Canal flexível ............................................................................................ 2
• Clip duplo para retenção dos canais......................................................... 1
• Corpo metálico de alumínio em duas metades com válvula de
pressurização ........................................................................................... 2
• Tira de alumínio ........................................................................................ 1
• Tira de alumínio auto-adesiva .................................................................. 2
• Procedimento de instalação ..................................................................... 1
• Lenço de limpeza ..................................................................................... 2
• Tira de lixa ................................................................................................ 2
• Elemento de vinculação (CBCT / CBVT) .................................................. 1
• Acessórios da válvula ............................................................................... 1

Acessórios para derivação (sob pedido):

• Clip de derivação.
• Elemento de vinculação (CBCT / CBVT).
• Fita autoadesiva de alumínio.
• Tira de lixa.
• Lenço de limpeza.
• Elemento de amarração.

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Regras de segurança recomendadas:

• Verifique o bueiro quanto a gases e vapores explosivos.


• Use óculos e luvas de segurança quando trabalhando com chama aberta.

 máx. Sobre o corpo


TIPO  min. Do cabo d(mm)
metálico D (mm)
Ariel 1 (62/15 – 350) 62 15
Ariel 2 (92/30 – 500) 62 30
Ariel 3 (122/38 – 500) 122 38
Ariel 4 (160/44 – 500) 160 55
Ariel 5 (200/65 – 500) 200 65

Exemplo:

Tipo - Ariel
Faixa de aplicação - 92/30
Abertura de capa a capa - 500

Use um maçarico Borrmann Ls 20 ou equivalente.

Comprimento de chama: 25 a 30 cm.

7.5.4.2 – CMTT-1000

Conjunto Termocontrátil Reforçado para Fechamento de Emendas de cabos Telefônicos


Pressurizados
CMTT-1000 foi desenvolvido pela RAYCHEM, como uma extensão de sua linha de produtos
utilizados em redes telefônicas pressurizadas conhecidas mundialmente como XAGA 1000.
Fabricado com um novo e revolucionário material denominado RAYFORT, um laminado
múltiplo de tecido termo contrátil em uma matriz de material polimérico.

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O sistema oferece uma excelente proteção mecânico-ambiental. Seu desenho está projetado
para suportar as exigências típicas da rede pressurizada. Sua face interna é revestida com um
adesivo termoplástico especialmente formulado para garantir uma perfeita vedação, e uma
carcaça de alumínio destinada a proteção a emenda e proporcionar rigidez mecânica. Permite
instalação em cabos com capa de polietileno ou chumbo, e saída de até três cabos em cada
extremidade. São instaladas sem exigir utilização de ferramentas especiais, tornando sua
instalação extremamente simples, maior resistência ao calor do que as mantas convencionais
não propagam rasgos e não são danificadas quando tocadas acidentalmente durante a
instalação pelo próprio maçarico ou qualquer outro objeto, mesmo que ainda quente. Substitui
integralmente o sistema luva e semi-luva de chumbo e manta termo contrátil única.

• Redução do tempo de instalação.


• Menor número de estoque.

Válvula de pressurização e inspeção incorporada com apenas cinco tamanhos abrange cabos
de 50 a 3.600 pares.

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Obs. 1 - O conjunto CMTT-1000 contém todo o material necessário para o fechamento de uma
emenda direta.
Obs. 2 - Em emenda com derivação será necessário o uso do conjunto CDG, que é fornecido
separadamente.

7.5.4.3 – CMTC-G-500
Conjunto Termocontrátil Reforçado para Fechamento de Emendas de Cabos Telefônicos não
Pressurizados.
Um sistema simples e rápido de vedar emendas de cabos telefônicos não pressurizados. Este
sistema de manta termocontrátil reforçada foi projetado para obter uma perfeita vedação nas
emendas diretas ou com derivação em cabos com capa de polietileno ou chumbo. Sua
aplicação abrange as instalações aéreas, em dutos ou diretamente enterradas. CMTC-G-500,
um conjunto destinado a proporcionar uma emenda confiável e à prova d’água para construção
ou manutenção da rede telefônica.
Sua construção é feita partindo-se de materiais especialmente formulados para resistir à
poluição ambiental e ao ataque dos raios ultra-violeta, com uma característica adicional de uma
camada de alumínio inclusa em sua estrutura laminada, que funciona como barreira contra a
umidade.
Uma carcaça de alumínio protege a emenda conferindo-lhe rigidez mecânica, resultando o
produto final em uma emenda leve, resistente e fácil de ser instalada, não necessitando de
ferramentas especiais.

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7.6 – CONJUNTO EMENDA MECÂNICA PARA SUBTERRÂNEO.


São vários os modelos e fabricantes de conjuntos para emendas mecânicas. Todos realizam
bom fechamento com estanquedade e facilidade de reentrada. Estaremos apresentando um
dos modelos do fabricante PLP.

Manual de Instalação e Montagem da CEMP

KIT DO CONJUNTO EMENDA MECÂNICA

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7.6.1 - Modelos de CEMP com emendas diretas e derivadas

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7.6.2 - Sequência para fechamento do conjunto emenda no subterrâneo

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Ferramentas incluídas na maleta

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7.7 - Esquemático interno de Armários de Distribuição


7.7.1 – Armários de Distribuição Externo
Tipo AL – 14.
Com bloco BLA – 50p

ARD AL-14
CAPACIDADE DE ALIMENTADOR: 600 PARES
CAPACIDADE DE DISTRIBUIDOR: 800 PARES
CAPACIDADE FINAL: 1400 PARES

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7.7.2 – Armários de Distribuição Externo


Tipo AL – 14.
Com bloco M,10 b.

ARD AL-14
CAPACIDADE DE ALIMENTADOR: 600 PARES
CAPACIDADE DE DISTRIBUIDOR: 800 PARES
CAPACIDADE FINAL: 1400 PARES

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7.7.3 – Armários de Distribuição Externo


Tipo AL – 21.
Com bloco BLA – 50p.

ARMARIO AL – 21
CAPACIDADE DE ALIMENTADOR: 900 PARES
CAPACIDADE DE DISTRIBUIDOR: 1.200 PARES
CAPACIDADE FINAL: 2.100 PARES

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7.7.4 – Armários de Distribuição Externo


Tipo AL – 21.
Com bloco M 10B.

ARMARIO AL – 21
CAPACIDADE DE ALIMENTADOR: 900 PARES
CAPACIDADE DE DISTRIBUIDOR: 1.200 PARES
CAPACIDADE FINAL: 2.100 PARES

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7.7.5 – Armários de Distribuição Externo


Tipo AL – 33.
Com bloco BLA – 50 p.

ARMARIO AL - 33
CAPACIDADE DE ALIMENTADOR: 1.500 PARES
CAPACIDADE DE DISTRIBUIDOR: 1.800 PARES
CAPACIDADE FINAL: 3.300 PARES

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7.7.6 – Armários de Distribuição Externo


Tipo AL – 33.
Com bloco M 10B.

ARMARIO AL - 33
CAPACIDADE DE ALIMENTADOR: 1.500 PARES
CAPACIDADE DE DISTRIBUIDOR: 1.800 PARES
CAPACIDADE FINAL: 3.300 PARES

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7.7.2 - Método de Montagem de Blocos do Tipo BLA-50 pares.


Jumpeação é a interligação através de par de fios com cores diferentes, do par de um
alimentador para um par distribuidor em um armário de distribuição. Ou de um par de pinos
EQN para um par alimentador no DG da Estação Telefônica. Ou ainda de um par de pinos do
distribuidor para um par de pinos em DG de rede interna.

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7.7.3 - Padrão de Jumpeação em Blocos de Armário de distribuição.

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08 – PRINCIPIOS DA FIBRA ÓPTICA.

8.1. INTRODUÇÃO
Comumente associamos fibra óptica à uma tecnologia bem remota, mais a verdade é que ela já
se faz presente no cotidiano de quase todos, pois quando usamos o telefone, utilizamos a
internet ou até mesmo assistimos à TV a cabo fazemos uso desta inovação.
Na comunicação óptica o processo se dá pelo envio de um sinal de luz codificado que percorre
dentro de um filamento de vidro transparente com um alto grau de pureza que nada mais é, se
não fibra óptica. É comparado a um fio de cabelo, por onde trafega milhares de informações
digitais a grandes distâncias, e comparado ao sistema ainda predominante temos como
principais vantagens: isolação elétrica, perda de transmissão muito baixa, segurança da
informação e do sistema além de pequeno tamanho e peso.
O uso de fibras ópticas, na pratica tem as seguintes implicações que podem ser consideradas
como desvantagens em relação ao sistema de transmissão convencional: fragilidade das fibras
ópticas sem encapsulamento, dificuldade de conexão das fibras ópticas com acopladores tipo T
com perdas muito altas etc.
Como qualquer inovação a fibra óptica também tem sua origem, seus primeiros experimentos
ocorreram no ano de 1930 na Alemanha. Hoje temos a fibra óptica operando com taxas de
transmissão que chegam até 620 Mbps, esta taxa é aproximadamente 10.000 vezes a taxa dos
moldens habitualmente utilizados pela maioria dos usuários da internet.
Estamos desejosos que no decorrer deste trabalho seja possível conhecer um pouco mais ou
mesmo tomar conhecimento dessa tecnologia, que pouco a pouco vem substituindo a
utilização dos cabos metálicos nas telecomunicações.

8.2. ESTRUTURA

8.2.1. Da fibra óptica


Por serem constituídas basicamente de materiais dielétricos (isolantes) as fibras são imunes a
interferências eletromagnéticas. É constituída por uma região periférica denominada casca que
envolve uma região cilíndrica central, núcleo por onde passa a luz, ambos de vidros sólidos
com altos índices de pureza, porém com índices de refração diferentes.
Para que se possa explicar a propagação da luz na fibra óptica, é necessário que se entenda o
conceito de refração e reflexão dos raios luminosos. O primeiro é a passagem da luz de um
meio para o outro, o segundo é o retorno de um feixe luminoso para o meio do qual é
proveniente ao atingir uma superfície. O índice de refração do núcleo ( n1 ) é sempre maior que
o índice de refração da casca ( n2 ). Se o ângulo de incidência da luz em uma das

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extremidades da fibra for menor que um dado ângulo, chamado de ângulo crítico ocorrerá a
reflexão total da luz no interior da fibra.
A estrutura da fibra óptica é basicamente composta por:
 Núcleo: constituído de vidro ou plástico, o núcleo é um fino filamento que é medido em
micro (1 nm = 0,000001m ) e a sua capacidade de condução está ligada diretamente
com o seu diâmetro.
 Casca: material para revestimento do núcleo possui índice de refração menor que o
núcleo impedindo assim que a luz seja refratada e permitindo que a luz chegue a seu
destino, ou seja, ao dispositivo receptor.
 Capa: formado de material plástico que reveste o núcleo e a casca da fibra dando
proteção contra choques mecânicos e excesso de curvatura.
 Fibra de resistência mecânica: são fibras que proporcionam proteção do núcleo contra
grandes impactos e tensões. Geralmente são feitas de um material chamado Kevlar, o
mesmo utilizado em coletes à prova de balas.
 Revestimento externo: é uma capa que reveste o cabo de fibra óptica.

8.2.2. Do cabo óptico


A estrutura do cabo óptico varia de acordo com cada aplicação que o cabo terá, seja ele
instalado em dutos, instalado em postes, instalado em redes elétricas (cabo pára-raios ) ou até
enterrado diretamente.
Existem propriedades mecânicas muito importantes que um cabo deve ter como a máxima
carga axial permitida num cabo, o alongamento das fibras durante a fabricação e instalação do
cabo é limitado em 0,1 a 0,2%. As outras propriedades mecânicas são: a máxima força lateral

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dinâmica e estática onde, com isso determina-se a configuração de proteção que o cabo
fornecerá às fibras (empacotamento) e o limite da tolerância de microcurvaturas da fibra;
adequada flexibilidade, a qual requer que as fibras sejam colocadas em posição helicoidal, ou
seja, uma posição que garanta a tensão uniforme das fibras e os tipos de materiais utilizados.

As propriedades mecânicas da fibra óptica são resumidas basicamente em três: resistência,


fadiga estática e fadiga dinâmica. São essas propriedades que determinam a confecção do
projeto do cabo óptico. Existem quatro fatores importantes no projeto dos vários tipos de cabos
ópticos, que são:
 Passo de encordoamento da fibra óptica com camada secundária.
 Seleção do elemento tensor e configuração.
 Estrutura de capa do cabo.
 Método de encordoar fios de cobre para alimentação, supervisão.

Duas estruturas tem se tornado básicas para todas os outras (tipo “Groove”, “Ribbon”, “Fis-
Òptic-DG”, “Fis- Òptic-AS”, “Fiber Lan Endoor – Outdoor” ) : uma baseada na máxima
integração desses fenômenos, através de materiais absorventes de impactos, denominando as
estruturas “Tight” (apertado, justo). Outra baseada no princípio de eliminação da tensão, como
sendo a causa potencial de microcurvaturas, denominando as estruturas “Loose” (solto,
frouxo).

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A estrutura “Tight” é um tipo de cabo feito pelo reforço e proteção à fibra, por extrusão de uma
cobertura plástica, formando unidades básicas. Como resultado, a cobertura primária utiliza
silicone modificado, uretano e epóxi. A cobertura secundária usa nylon 12, polietileno e
polipropileno. Essa estrutura de fibra de dupla cobertura deve protegê-la de rupturas e
degradação das propriedades de transmissão, por causa de forças externas e variação de
temperatura, para se otimizar a estrutura de fibras com coberturas plásticas.
A estrutura “Loose” é um tipo de cabo feito com revestimento primário de poucas dezenas de
mícrons de espessura e apitado frouxamente dentro de um tubo plástico extrudado. A melhor
maneira de desacoplar as fibras ópticas da deformação do cabo, quando sob tensão, é colocá-
las individualmente em tubos, tendo um diâmetro interno grande o suficiente para que elas se
movam livremente. O tubo, uma vez helicoidalmente encordoado em torno do elemento tensor
central, fornece à fibra uma “janela” de operação, onde os efeitos do alongamento relativo e
contração não são sentidos.

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8.3. TIPOS DE FIBRA

Existem vários tipos de fibra óptica, podendo variar de acordo com os materiais, dimensões e o
processo de fabricação. São divididos em dois grupos: monomodo (Single Mode) e multimodo
(Multe Mode).

8.3.1. Fibras Multimodo (MMF Multimode Fiber)


São fibras que possuem vários modos de propagação, o que faz com que os raios de luz
percorram por diversos caminhos o interior da fibra. Esse tipo de fibra foi a primeira a ser
comercializada, pois possuem o diâmetro do núcleo maior do que as fibras monomodais, de
modo que a luz tenha vários modos de propagação, como já foi dito antes.
Uma vantagem das fibras Multimodo é que o núcleo sendo de grande diâmetro torna-se mais
fácil o alinhamento, que é o caso de emendas, conectores, etc.. Entretanto, quando comparada
com as fibras ópticas Monomodo, possui distâncias menores e limitadas, e suas taxas de
transmissão são mais baixas.
Essas fibras se classificam de duas formas:

Multimodo de Índice Degrau:


Possuem um núcleo composto por um material homogêneo de índice de refração constante e
sempre superior ao da casca. As fibras de índice degrau possuem mais simplicidade em sua
fabricação e, por isto, possuem características inferiores aos outros tipos de fibras, sendo que
uma das deficiências que podemos enumerar é a banda passante que é muito estreita, o que
restringe a capacidade de transmissão da fibra. A atenuação é bastante alta quando
comparada com as fibras monomodo, o que restringe as aplicações com fibras multimodo com
relação a distância e à capacidade de transmissão.

Multimodo de Índice Gradual:


Possuem um núcleo composto de um índice de refração variável. Esta variação permite a
redução do alargamento do impulso luminoso. São fibras mais utilizadas que as de índice
degrau. Sua fabricação é mais complexa porque somente conseguimos o índice de refração
gradual dopando com doses diferentes o núcleo da fibra, o que faz com que o índice de
refração diminua gradualmente do centro do núcleo até a casca.

8.3.2 Fibras Monomodo (SMF – Single Mode Fiber)


As fibras monomodo possuem um único modelo de propagação, ou seja, os raios de luz
percorrem o interior da fibra por um só caminho. Também se diferenciam pela variação do

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índice de refração do núcleo em relação à casca, e se classificam em índice degrau (standard,


dispersão deslocada (dispersion shifted) ou non-zero dispersion).
Por possuírem suas dimensões mais reduzidas que as fibras multimodos, as fibras
monomodais têm a fabricação mais complexa. Contudo, as características destas fibras são
muito superiores às multimodos, principalmente no que diz respeito à banda passante, mais
larga, o que aumenta a capacidade de transmissão. Apresentam atenuação mais baixa,
aumentando com isto, a distância entre as transmissões sem o uso de repetidores. Os enlaces
com fibras monomodo, geralmente, ultrapassam 50 km entre os repetidores, dependendo da
qualidade da fibra óptica.

8.4. FABRICAÇÃO DA FIBRA ÓPTICA

Existem vários processos para a fabricação das fibras. De acordo com as suas características
mecânicas, geométricas, a fabricação permite uma produção em grandes quantidades rápida e
rentável. Atualmente são premissas fundamentais para as telecomunicações. Os materiais
básicos usados na fabricação de fibras ópticas são sílicas pura ou dopada, vidro composto e
plástico.
Todos os processos de fabricação são complexos e caros com exceção às fibras fabricadas de
vidro composto e plástico, essas são empregadas em sistemas de telecomunicações de baixa
capacidade e pequenas distâncias e sistema de iluminação.

8.4.1 - Como são feitas as fibras ópticas?


Agora que sabemos como funcionam os sistemas de fibra óptica e por que eles são úteis, é
hora de perguntar: como eles são feitos? As fibras ópticas são feitas de vidro óptico
extremamente puro. Costumamos achar que uma janela de vidro é transparente. Entretanto,
quanto mais espesso for o vidro, menos transparente ele será em razão das impurezas nele
contidas. O vidro de uma fibra óptica, porém, possui menos impurezas do que o vidro usado

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em janelas. Segue a descrição da qualidade do vidro feito por uma companhia: se você
estivesse sobre um oceano feito de quilômetros de núcleo sólido de fibra de vidro, poderia ver
claramente o fundo.

Fazer fibras ópticas requer as seguintes etapas:

1º Elaborar um cilindro de vidro pré-formado.


2º Estirar as fibras a partir da pré-forma.
3º Testar as fibras.

8.4.2 - Fazendo o bastão de preforma


O vidro para a pré-forma é feito por um processo chamado deposição de vapor químico
modificado (em inglês, MCVD).

Imagem cortesia de Fibercore Ltd.


Processo MCVD para a fabricação do bastão de preforma

No processo MCVD, o oxigênio borbulha através de soluções de cloreto de silício (SiCl4),


cloreto de germânio (GeCl4) e/ou outros produtos químicos. A mistura exata governa as
diversas propriedades físicas e ópticas (índice de refração, coeficiente de expansão, ponto de

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fusão, etc.). Os vapores gasosos são então conduzidos para o interior de uma sílica sintética
ou tubo de quartzo (interface) em um torno especial. À medida que o torno gira, um maçarico
é movido para cima e para baixo no lado externo do tubo. O calor extremo proveniente do
maçarico faz que duas coisas aconteçam:

 O silício e o germânio reagem com o oxigênio, de germânio (GeO2).


 O dióxido de silício e o dióxido de germânio se depositam no interior do tubo e se
fundem para formar o vidro.

Foto cedida pela Fibercore Ltd.


Torno usado na preparação
do bastão de preforma

O torno gira continuamente para fazer um bastão consistente e de revestimento uniforme. A


pureza do vidro é mantida pelo uso de plástico resistente à corrosão no sistema de
fornecimento de gás (blocos de válvulas, tubos, vedações) e pelo controle preciso do fluxo e
composição da mistura. O processo de fazer o bastão de pré-forma é altamente automatizado
e leva várias horas. Depois que o bastão de pré-forma se resfria, é testado para controle de
qualidade (índice de refração).

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8.4.3 - Estirando as fibras a partir do bastão de preforma


Assim que o bastão de pré-forma é testado, é carregado em uma torre de estiramento de
fibra.

Diagrama de uma torre de estiramento de fibra usada para estirar as


fibras de vidro óptico a partir de um bastão de pré-forma

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O bastão é rebaixado a um forno de grafite (1.900 a 2.200°C) e a ponta se funde até que um
glóbulo derretido caia pela ação da gravidade. À medida que ele cai, se resfria e forma um
filamento.
O operador passa o filamento através de uma série de copos de
revestimento (capas protetoras) e estufas de secagem com luz ultravioleta para um carretel de
tração controlada. O mecanismo de tração puxa lentamente a fibra a partir do bastão de
preforma aquecido e é controlado precisamente por meio de um micrômetro a laser, que
mede o diâmetro da fibra e alimenta a informação de volta para o mecanismo de tração. As
fibras são tracionadas a partir do bastão a uma taxa de 10 a 20 m/s e o produto acabado é
enrolado no carretel. Os carretéis comportam frequentemente mais de 2,2 km de fibra óptica.

8.4.4 – PROCESSOS DE ACORDO COM A COMPOSIÇÃO.


8.4.4.1 - Fabricação de fibras de sílica pura
Existem quatro tipos de processos de fabricação deste tipo de fibra e a diferença entre eles
esta na etapa de fabricação da preforma (bastão que contém todas as características da fibra
óptica, mas possui dimensões macroscópicas). A segunda etapa de fabricação da fibra, o
puxamento, é comum a todos os processos.

8.4.4.2. Processo MCVD (Modificated Chemical Vapour Deposition)

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É muito utilizado em todo o mundo, foi desenvolvido pelos laboratórios “Bell” nos Estados
Unidos. Parte-se de um tubo de sílica de alta pureza.
Este processo consiste na deposição de camadas de materiais (vidros especiais) no interior de
um tubo de sílica pura (SiO2). O tubo de sílica é o que fará o papel de casca da fibra óptica,
enquanto que os materiais que são depositados farão o papel de núcleo da fibra. O tubo de
sílica é colocado na posição horizontal numa maquina chamada torno óptico que o mantém
girando em torno de seu eixo. No interior do tubo são injetados gases (cloretos do tipo SiCl4,
GeCl4, etc.).
Para obter um bastão totalmente sólido e com total transparência, faz-se o colapsamento do
material com o emprego de alta temperatura e uma bomba de vácuo, esse bastão colapsado é
conhecido como pré-forma.
8.4.4.3 - Processo PCVD (Plasma Activated Chemical Vapour Deposition)
A diferença básica deste método em relação ao MCVD é que ao invés de usar um maçarico de
oxigênio e hidrogênio, usa-se um plasma não isotérmico formado por uma cavidade ressonante
de microondas para estimulação dos gases no interior do tubo de sílica. Neste processo, não é
necessária a rotação do tubo em torno de seu eixo, pois a deposição uniforme é obtida devido
a simetria circular da cavidade ressoante. A temperatura para deposição é em torno de
1.100°C. As propriedades das fibras fabricadas por este método são idênticas ao MCVD.

8.4.4.4 - Processo OVD (Outside Vapour Deposition)


Baseia-se no crescimento da preforma a partir de uma semente, que é feita de cerâmica ou
grafite, também chamada de mandril. Este mandril é colocado num torno e permanece girando
durante o processo de deposição que corre sobre ele. Os resgentes são lançados pelo próprio
maçarico e os cristais de vidro são depositados no mandril através de camadas sucessivas.
Neste processo ocorre a deposição do núcleo e também da casca e obtem-se pré-formas de
diâmetro relativamente grande, o que proporcionam fibras de grande comprimento (40Km ou
mais).

8.4.4.5 - Processo VAD (Vapor-phase Axial Deposition)


Semelhante ao OVD por ocorrer deposição externa, porém o crescimento da pré-forma é feito
de forma axial e não longitudinal, permitindo um processo continuo de fabricação. O processo
VAD é atualmente considerado o processo mais avançado de deposição de preforma para
fibras ópticas, e especialmente para fibras monomodo, que operam no comprimento de onda
= 1.35 e 1.55 m.

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8.5 EMENDAS ÓPTICAS.

Dá-se através da interligação de duas ou mais fibras, sendo este permanente ou temporário.
Emendas que servem para dar continuidade, manutenção e uma nova conexão de um
equipamento ativo. As emendas apresentam características básicas, como:

 Baixa atenuação: típica de 0,2 à 0,02 dB por emenda.


 Alta estabilidade mecânica: cerca de 4 Kgf de tração.
 Aplicação em campo: requer poucos equipamentos para sua feitura.

8.5.1. Tipos de emendas ópticas


Existem atualmente três tipos de emendas ópticas, a que é feita por fusão onde as fibras são
fundidas entre si, a mecânica onde as fibras são unidas por meios mecânicos, por
conectorização onde são aplicados conectores ópticos nas fibras envolvidas na emenda. Vale
ressaltar que as emendas ópticas sejam por fusão ou mecânicas, apresentam uma atenuação
bem menor que um conector óptico.

8.5.2. Processos de emendas ópticas


Quando efetuamos um dos 3 tipos de emendas mencionados, devemos obedecer etapas
distintas do processo de emenda, estas etapas são necessárias para que possamos ter o
desempenho desejado.

8.5.2.1 - Limpeza:
Os passos envolvidos são:
1. Remoção da capa do cabo.
2. Remoção do tubo loose.
3. Remoção do gel com o uso de álcool isopropilico.

Ultilizando-se algodão, lenços de papel ou gaze.

8.5.2.2 - Decapagem:
1. Remoção do revestimento externo de acrílico da fibra.
2. Limpeza da fibra com álcool isopropilico.
3. Repetir o processo até que todo o revestimento externo da fibra seja removido.

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8.5.2.3 - Clivagem
A clivagem de uma fibra óptica consiste no corte das extremidades das fibras em um ângulo de
90º. É nesta etapa que devemos ter o máximo de cuidado com o manuseio da fibra. É desta
etapa que sairá a fibra pronta para a emenda.

8.6. ATENUÇÃO.

Também chamada de perda de transmissão, pode ser definida como a diminuição da


intensidade do sinal ao propagar-se através de um meio de transmissão.
Nas fibras a atenuação varia de acordo com o comprimento de onda de luz utilizada. Essa
atenuação é a soma de várias perdas ligadas ao material que é empregado na fabricação das
fibras e à estrutura do guia de onda.
Os mecanismos que provocam a atenuação estão classificados em: absorção, espalhamento
e deformação mecânica.

8.6.1. Perda por Absorção:


A perda por absorção divide-se em dois tipos básicos, absorção material e absorção do íon
OH-.
A absorção material é o mecanismo de atenuação que exprime a dissipação de parte da
energia transmitida numa fibra óptica em forma de calor. Neste tipo de absorção temos fatores
extrínsecos e intrínsecos.

8.6.2. Perda por Espalhamento:


É o mecanismo de atenuação que exprime o desvio de parte da energia luminosa guiada pelos
vários modos de propagação em várias direções.
Esse espalhamento está sempre presente na fibra óptica e determina o limite mínimo de
atenuação nas fibras de sílica na região de baixa atenuação.

8.6.3. Deformações Mecânicas:


As deformações são chamadas de microcurvatura e macrocurvatura, as quais ocorrem ao
longo da fibra devido à aplicação de esforços sobre a mesma durante a confecção e instalação
do cabo.

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8.7. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE FIBRAS ÓPTICAS

As fibras ópticas exibem um numero alto de vantagens em relação aos suportes físicos de
transmissões convencionais, tendo com exemplos os pares metálicos, cabos coaxiais e
algumas condições bastante vantajosas sobre um suporte de radio – frequência em
microondas. As poucas desvantagens no uso de fibras ópticas podem, em geral, ser
consideradas transitórias, pois resultam principalmente da relativa imaturidade da tecnologia
associada.

8.7.1. Suas principais vantagens são:

 Banda passante potencialmente enorme: com o sistema de cabos de fibra óptica,


mais dados podem ser enviados sobre distâncias mais longas, desse modo se
diminuem o número de fibras e se reduz o número de repetidores necessários nessa
extensão. A transmissão em fibras ópticas é realizada em frequências ópticas 1014 e
1015 Hz. Isto significa uma capacidade de transmissão potencial, no mínimo, 10.000
vezes superior, à capacidade dos atuais sistemas das microondas que operam com
uma banda passante útil de 700 Mz. Além de suportar um aumento significativo de um
número de canais de voz e/ou vídeo no mesmo circuito telefônico, essa enorme banda
passante permite novas aplicações.

 Pequeno tamanho e peso: a enorme redução do tamanho dos cabos, provida pelas
fibras ópticas, permite avaliar o problema de espaço e de congestionamento de dutos
nos subsolos das grandes cidades e em grandes edifícios comerciais. O efeito
combinado de tamanho e peso reduzido faz das fibras ópticas o meio de transmissão
ideal em aviões, navios, satélites, etc.

 Perda de transmissão muito baixa: as fibras apresentam atualmente perdas de


transmissão extremamente baixas, desde atenuações na ordem de 3 a 5dB/km na
região em torno de 0,85µm até perdas inferiores a 0,2dB/km para operação na região
de 1,5µm. Pesquisas com novos materiais, em comprimentos de ondas superiores,
prometem fibras ópticas com atenuações ainda menores, da ordem de centésimos e,
até milésimos de dB/Km. Desse modo, com fibras ópticas é possível implantar sistemas
de transmissão de longa distância com um espaçamento muito grande entre
repetidores.

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 Isolação elétrica: O material dielétrico vidro ou plástico que compõem a fibra óptica
oferece uma excelente isolação elétrica entre os transceptores ou estações interligadas.
Ao contrário dos suportes metálicos, as fibras não tem problemas com aterramento e
interfaces dos receptores. Esta qualidade das fibras ópticas é interessante para
sistemas de comunicação em áreas com gases voláteis (usinas petroquímicas, minas
de carvão e etc.), onde o risco de fogo ou explosão é muito grande. A possibilidade de
choques elétricos em cabos com fibra óptica permite a sua operação no campo, mesmo
com equipamentos de extremidade ligados.

 Segurança da informação e do sistema: as fibras não irradiam significativamente a


luz propagada, implicando um alto grau de segurança para a informação assim
transportada. Qualquer tentativa de captação de mensagens ao longo de uma fibra
óptica é facilmente detectada, pois exige desvio de uma porção considerável de
potência luminosa transmitida. Esta qualidade é importante em sistemas de
comunicações exigentes quanto à privacidade, como nas aplicações militares,
bancarias e etc.

 Custo potencialmente baixo: o vidro com que as fibras ópticas são fabricadas é feito
principalmente a partir do quartzo, um material que, ao contrário do cobre é abundante
na natureza. Embora a obtenção de vidro ultra puro envolva um processo sofisticado,
ainda relativamente caro, a produção de fibras ópticas em larga escala tende
gradualmente a superar esse inconveniente.

 Alta resistência a agentes químicos e variações de temperatura: as fibras ópticas,


por serem composta basicamente de vidro ou plástico, têm uma boa tolerância a
temperaturas, favorecendo sua utilização em diversas aplicações. Além disso, as fibras
ópticas são menos vulneráveis à ação de líquidos e gases corrosivos, contribuindo
assim para uma maior confiabilidade e vida útil dos sistemas.

8.7.2 Suas desvantagens:

 Fragilidade das fibras ópticas sem encapsulamento: o manuseio de uma fibra


óptica “nua” é bem mais delicado que no caso dos suportes metálicos. Para o
manuseio da fibra óptica será preciso muito cuidado, pois elas quebram com
facilidade.

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Dificuldade de conexão das fibras ópticas: as pequenas dimensões exigem


procedimentos e dispositivo de alta precisão na realização das conexões e junções.

 Acopladores tipo T com perdas muito altas: é muito difícil se obter acopladores
de derivação tipo T para fibras ópticas com baixo nível de perdas. Isso repercute
desfavoravelmente, por exemplo, na utilização de fibras ópticas em sistema
multiponto.

 Impossibilidade de alimentação remota de repetidores: os sistemas com fibras


ópticas requerem alimentação elétrica independente para cada repetidor, não sendo
possível a alimentação remota através do próprio meio de transmissão.

 Falta de padronização dos componentes ópticos: A relativa imaturidade e o


contínuo avanço tecnológico não têm facilitado o estabelecimento de padrões para
os componentes de sistema de transmissão por fibras ópticas.

8.8 - A fibra óptica acabada é testada quanto a:


 Resistência à tração - deve suportar 7.033 kgf/cm2 ou
mais.
 Perfil do índice de refração - determina a abertura
numérica, assim como a tela para os defeitos ópticos.
 Geometria da fibra - o diâmetro do núcleo, as
dimensões da interface e o diâmetro da capa devem ser
uniformes.
 Atenuação - determina o quanto os sinais luminosos de
diversos comprimentos de onda se degradam com a Foto cedida pela Corning
distância. Carretel de fibra óptica
 Capacidade de transmissão de informação (largura acabada
de banda) - número de sinais que podem ser transmitidos um de cada vez (fibras
multimodo).
 Dispersão cromática - dispersão de diversos comprimentos de onda da luz através
do núcleo (importante para a largura de banda).
 Faixa operacional de temperatura/umidade.
 Dependência de temperatura da atenuação.
 Capacidade de condução de luz sob a água - importante para cabos submarinos.

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9 - PRINCÍPIOS DE PRESSURIZAÇÃO

Pressurização é a operação de injetar gás ou ar seco e mantê-lo permanentemente no interior


dos cabos telefônico a uma pressão determinada.
A pressurização tem por finalidade evitar a entrada de umidade no interior do cabo telefônico. É
usada na rede subterrânea, onde estão localizados os cabos de grande capacidades.
O funcionamento da pressurização é composto por um conjunto de equipamentos localizados
na estação telefônica e que injeta AR SECO no interior do cabo, gerando uma pressão interna,
que é supervisionada na rede por um equipamento chamado PRESSOSTATO ou
TRANSDUTOR. É necessário a realização de bloqueios de umidade ou pressão nos cabos
para limitar a passagem do ar e existir uma pressão de AR interna nos cabos. Os locais para
confecção destes bloqueios são designados em projeto.

8.9.1 – PRESSOSTATO.
O sistema de funcionamento do equipamento utiliza 01 ou 02 pares do cabo telefônico, sendo
um para alarme e um para comunicação, e são interligados ao Pressostato, que é instalado na
parte externa ou seja na parede da caixa subterrânea, a ligação da emenda ao pressostato é
feito com duto metálico por onde passam os fios (pares), existe no interior do pressostato um
diafragma que caindo a pressão no interior do cabo, este se fecha e por intermédio do par de
alarme, aciona o sinal sonoro no distribuidor geral.

9.2 – TRANSDUTOR DE PRESSÃO INDEREÇÁVEL.


O sistema de funcionamento do equipamento utiliza 01 par do cabo telefônico para alarme,
este par é ligado ao Transdutor que fica localizado no interior da emenda, havendo queda de
pressão interna do cabo, é enviado informação ao sistema (supervisão) que está ligado ao
computador.
Para medir a pressão interna dos cabos ao longo da rede subterrânea, nas emendas com
conjuntos termocontráteis ou conjuntos mecânicos, os conjuntos veem equipados com
válvulas, para realizar as medidas é necessário o uso do monômetro de pressão.

9.3 – EXECUÇÃO BLOQUEIO DE UMIDADE EM CABOS.


A presença de umidade em cabos telefônico é um fator gerador de graves prejuízos para a
rede, sendo responsável pela alteração das características elétricas dos cabos, principalmente
a resistência de isolamento entre condutores.

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Para evitar a penetração de umidade nos cabos, são realizados bloqueios nos seguintes locais:

9.3.1 – Distribuidores Gerais de Estação Telefônica.


São realizados com o objetivo de impedir a penetração de água e umidade para o interior dos
cabos, proveniente da galeria ou da sala do DG. É ainda recomendável vedar a saída do cabo
da galeria com estopa e parafina. Antes de ser colocado resina instala-se conector CBVT.

9.3.2 – Armários de Distribuição de rede.


São realizados para impedir a penetração de água e umidade para o interior dos cabos,
proveniente de caixas subterrâneas ou do próprio armário, este bloqueio é realizado na
extremidade da capa do cabo, envolvendo parte da capa do cabo e os condutores, em copos
moldados (aproximadamente
10cm)ou diretamente na redução
por onde sobem os cabos no
armário. Antes de ser depositado
resina, deverá ser instalado
conector CBVT.

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9.3.3 – Quadro de Distribuição Interno de Prédio.


É feito para impedir a penetração de água e umidade para o interior dos cabos, provenientes
da tubulação ou do próprio quadro interno, o bloqueio devera ser realizado dentro do quadro,
do tipo copo. A parte inferior do quadro por onde sobem os cabos deve ser vedado com
estopa e parafina. É necessário instalar o conector CBVT e ligá-lo ao barramento do quadro.

9.3.4 – Caixa de Emenda Aérea.

Caixas Aéreas Ventiladas:


Quando o cabo for descer para o subterrâneo deverá ser realizado bloqueio na extremidade da
capa do cabo, ser instalado o conector CBCT, o bloqueio ficará dentro da caixa de emenda. Se
o cabo que vai para quadro de distribuição interno for superior a 30 metros, deverá ser
bloqueado.

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9.3.5 – Caixas Terminais de Rede.


Estes bloqueios são executados no interior do adaptador, na parte interna da caixa, local
apropriado para sua realização, para impedir a penetração de água ou umidade no coto da
caixa.

CBVT

9.4 – BLOQUEIO EM EXTREMIDADE DE CABOS.


São realizados utilizando um receptáculo apropriado (copo) para receber a resina, são
instalados na extremidade da capa do cabo. Os copos são dimensionados para acomodar
quantidade suficiente de resina, de modo a garantir uma proteção eficiente aos cabos,
impedindo a penetração de água e umidade. Podem ser confeccionados com chumbo ou pré-
fabricados de material plástico ou similar.
As dimensões dos copos são determinadas em função das capacidades dos cabos, conforme
tabela.

NUMERO DE PARES DIÂMETRO (MM) COMPRIMENTO (MM)


20 40 70
30 40 70
50 40 70
100 40 70
200 50 80
300 50 80
400 75 120
600 75 120

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9.5 – PROCEDIMENTO PARA EXECUÇÃO DE BLOQUEIO EM COPO

Sequência de atividades para execução de um bloqueio:


A – Marcação do local e retirada da capa do cabo, utilizando canivete, retirada de fita, fios e
plásticos que envolvem os condutores.
B – Corte na capa do cabo de aproximadamente 3cm em forma de lapela e instalação do
conector CBVT .
C – Posicionar o copo, o conector CBVT ficará no interior do copo, isto é, o copo ficará sobre a
capa do cabo.
D – Vedar a extremidade inferior do copo com fita de telecomunicações ou isolante, para não
haver vazamento de resina.
E – Afofar (separar) os condutores, para permitir melhor a penetração da resina.
F – Amarrar folgadamente os condutores 8cm acima da borda do copo, posicionar os
condutores na vertical.
G – Colocar o copo na posição vertical e sustentá-lo, para receber a resina na quantidade
necessária.
H – Preparar a resina adequada para este tipo de bloqueio, aplicar a resina até o limite do
copo.

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9.4 – EXECUÇÃO DE BLOQUEIO DE PRESSÃO EM CABOS.


Os bloqueios de pressão são executados nos cabos subterrâneos no interior das caixas
subterrâneas ou túnel de cabos para obstruir (impedir) a passagem do AR em cabos onde não
é necessário estar pressurizado. Esses locais não pressurizados geralmente são cabos
derivados de cabos de maior capacidade, indo para o armário, para atendimento interno ou
laterais de rede aérea.

9.4.1 – Distância do bloqueio para emenda.


O bloqueio deverá ficar afastado aproximadamente 1 (um) metro da emenda de cabos, para a
resina não vir até a emenda dos condutores.

9.4.2 – Os conjuntos mais utilizados são os seguintes:

A – G 117 (ciba).
B – CMTB, tipo 1, 2, 3, 4 (raychem).
D – CPB, tipo 1, 2, 3 (proquinor).
OBS: existem outros tipos.

9.4.3 – Procedimento para realização do bloqueio.


Na realização dos serviços de bloqueio de pressão em cabos os métodos são praticamente
iguais, o que diferencia são apenas o tamanho da abertura no cabo, que varia com o tamanho
do conjunto a ser usado.
Veja abaixo como proceder:

 Escolha do local para realização do bloqueio.


 Marcação da abertura para retirada da capa do cabo.
 Retirada da capa do cabo deixando 1/3 de capa para continuidade elétrica.
 Amarração provisória nos lados da abertura, para proteger os condutores.
 Retirada do papel ou plástico que envolve os condutores.

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 Retirada de todos os fios que separam os grupos e camadas.


 Aplicação de tira adesiva na capa do cabo nos dois lados, até o suficiente.
 Afofar os condutores para melhor penetração da resina.
 Instalação do conjunto bloqueio sobre o local, utilizando o procedimento do fabricante,
assim como as etapas e acessórios.
 Colocação da resina até o total preenchimento, o método de colocação da resina depende
do tipo do conjunto a ser utilizado, assim como, outros pormenores.
 Após todas as etapas concluídas, aplicar fita isolante em toda sua extensão, isto se o
conjunto não for do tipo termocontrátil.

OBS:A quantidade de resina e o tamanho do conjunto, deverá ser consultado o manual do


fabricante que acompanha o conjunto, em função de ser vários os tipos.

9.4.4 – planilha para uso do conjunto G 117.

UTILIZAÇÃO DO CONJUNTO DE BLOQUEIO G 117


CAPACIDADE CABOS FITA ISOLANTE (M) RESINA RESITEL 200G
20 10 1
30 10 1
50 15 1
100 20 1
200 20 1
300 20 1
400 25 2
600 30 2

Colocar o adaptador para permitir perfeita conexão da flange com a pistola de injeção de
resina.
Quando a resina usada for do tipo RP-6007 não é necessário o uso do adaptador.
A resina deverá ser bem misturada as duas partes, e aplicada imediatamente após o preparo
(inicio de aquecimento), de forma lenta e gradativa.
Quando for necessário o uso de pistola de injeção, deverá se ter em mãos duas pistolas, para
diminuir o intervalo e o tempo de aplicação.

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9.4.5 – Conjunto bloqueio CMTB.


Estes conjuntos são do tipo termo-contrátil, sendo necessário o uso de maçarico a gás para
contração do conjunto, sendo de fácil instalação, obedecendo os métodos já mencionados
acima.
TIPO CONJUNTO DIÂMETRO DO CABO CAPACIDADE DO TIPO E QUANTIDADE
NÚMERO (MM) CABO (pares) RESITEL 3M-4401
CMTB 1-250 10 a 14 10 a 50 01 1A
CMTB 2-250 15 a 23 100 a 200 02 1C
200 02 1C
CMTB 3-250 24 a 41 300 02 3C
400 03 3C + 1B
600 a 900 04 4C
CMTB 4-250 42 a 77 1.200 06 5C
1.800 06 7C
2.400 08 7C

Sobre o conjunto a ser escolhido e a quantidade de resina a ser aplicada e outras informações
sobre a instalação do conjunto, consulta-se a tabela acima e o manual do fabricante que
acompanha o conjunto.

10 PRINCÍPIOS DE TESTES ELÉTRICOS

A realização dos Testes Elétricos são de suma importância no trato da rede telefônica, realiza-
se para verificação ou confirmação de problemas que possam estar ocorrendo na rede
telefônica, os defeitos a serem pesquisados poderão está localizados em rede aérea, em rede
subterrânea ou em rede enterrada.
Os testes elétricos, também são realizados em rede nova, quando ainda não está em
operação, para verificação e confirmação dos serviços realizados. Não sendo direcionado para
a pesquisa de defeitos, mas para a verificação dos parâmetros elétricos da rede recém
construída.
Os testes podem ser realizados em:
 Cabos individuais.
 Rede Aérea emendada.
 Rede Subterrânea emendada.
 Rede enterrada.

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Os tipos de defeitos geralmente encontrados na rede telefônica são:


Em linhas ou pares:
 Aberto.
 Aterrado.
 Curto Circuito.
 Invertido.
 Perna pulada.
 Trocado.
 Diafonia, (causado por invertido, linha A emendado na B, perna pulada, linha de um
par com linha de outro, Trocado, um par emendado com outro par).
 Baixo Isolamento.

10.1 – INSTRUMENTOS PARA REALIZAÇÃO DE TESTES ELÉTRICOS


Apresentamos alguns instrumentos para realização de testes em rede telefônica,
envolvendo quase todos os testes.

a- Multímetro.
b- Megômetro.
c- Terrômetro.
d- Ponte de watstone.
e- Localizador de falhas.
f- Medidor psofômétrico.
g- Monofone.

10.2 – EXECUÇÃO DO TESTE ABERTO


Liga-se um fio da bateria em um condutor do cabo, o outro no monofone, o fio que sobrou do
monofone é ligado na tesoura. O teste consiste em tocar com a tesoura, um a um, dos
condutores, que por estarem em massa na outra extremidade do cabo retorna a corrente
configurando assim a continuidade do condutor. Quando o monofone não emite o sinal da
corrente este par está Aberto.
Preparação do cabo e ligação do equipamento para teste de aberto (figura abaixo).

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10.3 – REALIZAÇÃO DE TESTES PARA TERRA.


Coloca-se um dos fios da bateria ligado à capa do cabo e o outro fio ao monofone; o fio
disponível do monofone será ligado à tesoura, que deverá ser tocada nos condutores da
massa. Caso haja um retorno da corrente, será identificado o defeito. Coloca-se uma etiqueta
no condutor defeituoso.

10.4 – EXECUÇÃO DO TESTE PARA CURTO-CIRCUITO E CRUZADO.


Liga-se um fio da bateria na massa, o outro no monofone e o fio que sobrou do monofone é
ligado na tesoura. O teste consiste em retirar cada condutor da massa e verificar se não há
retorno da corrente, caso seja constatada a emissão da corrente, se configurará o defeito.
Coloca-se uma etiqueta no condutor defeituoso.
Preparação do cabo e preparação do equipamento para os testes de curto-circuito e cruzado
(figura abaixo).

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10.5 – EXECUÇÃO DOS TESTES DE LINHA INVERTIDA, LINHA TROCADA E PAR


TROCADO.
Os defeitos: linha invertida, linha trocada e par trocado, só poderão ser testados quando o cabo
já estiver emendado e numerado ou quando da ligação dos blocos nos DG’s, ARD’s, CX’s e
BLI’s.
Coloca-se a garra do gerador de sinal do analisador de linha ou psofometro no par 01 do bloco
do DG (Distribuidor Geral) e a garra (medidor de sinal) no par seguinte do mesmo bloco. Injeta-
se uma frequência de 1.6 KHz no primeiro par com atenuação de 0,0 dB e executa-se a leitura,
conforme parâmetro descrito no formulário específico. Caso algum defeito seja evidenciado, o
mesmo será registrado em formulário existente.

10.6 – EXECUÇÃO DE TESTE DE BAIXO ISOLAMENTO


Teste: injeta-se uma tensão de 500 V (cc) na linha “A” do par a ser medido e o R do
Megohmetro coloca-se na linha “B” desse mesmo para no DG, jampeando-se esta linha (Linha
B) para a capa do cabo (APL – Aluminium Politenado) e vice-versa.
O teste é iniciado com o primeiro par até o término da contagem. Caso se confirme algum
defeito, deverá ser informado através de relatório em formulário específico.

10.7 – EXECUÇÃO DE TESTE DE DIAFÔNIA


Coloca-se a garra do gerador de sinal do analisador de linha ou psofometro no par 01 do bloco
do DG (Distribuidor Geral) e a garra (medidor de sinal) no par seguinte do mesmo bloco. Injeta-
se uma frequência de 1.6 KHz no primeiro par com atenuação de 0,0 dB e executa-se a leitura,
conforme parâmetro descrito no formulário específico. Caso algum defeito seja evidenciado, o
mesmo será registrado em formulário existente.

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10.8 – Existem outros testes.


- Ruído pra terra.
- Ruído metálico.
- Desiquilibrio resistivo.
- Telediafonia.
- Paradiafonia.

11 - DEFEITOS EM REDE TELEFÔNICA

Defeitos em redes de cabos telefônicos são originados por agentes internos ou agentes
externos, que levam à ocorrência de falhas que tanto prejudicam a funcionabilidade do sistema
e prejuízo aos clientes e as operadoras.

11.1 – Agentes Internos.


São causados pela degradação do cabo telefônico, e estes agredidos por correntes
indesejáveis que adentram o cabo e tornam o condutor vulnerável pela intensidade da corrente
elétrica, pela degradação natural da vida útil do material que foi construído.

11.2 – Agentes externos.


São causados por agentes externos como: umidade, fuligem, poeira, água, maresia,
abalroamento de veiculo em poste ou na própria rede, descarga atmosférica, queda de rede
elétrica, escavações de solo, assim como também pelo próprio operador da rede no que
envolve torção dos pares e uso de tesoura ferindo o isolamento dos condutores.

11.2.1 - Os tipos de defeitos encontrados na rede telefônica são:

 Condutor, Linha ou Par Aberto.


 Condutor, Linha ou Par aterrado.
 Condutor, Par em Curto Circuito.
 Condutor, Linha Cruzada.
 Condutor, Linha Invertida.
 Condutor, Linha ou Perna Pulada.
 Condutor, Par Trocado.
 Condutor, Linha ou Par com Baixo Isolamento.

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11.3 – Linha ou Par Aberto.


É quando ocorre a interrupção na continuidade elétrica de uma linha (A/B) ou de um par
telefônico, ou seja a perda da continuidade elétrica do circuito telefônico.

PAR

11.4 – Linha ou Par Aterrado.


É causado pelo contato de um ou mais condutores com a blindagem (capa de alumínio) do
cabo, ou qualquer outro elemento metálico, causando ruído (sinal indesejado), no tráfego
telefônico, assim como fuga de corrente, atenuando o sinal telefônico.

PAR

Blindagem em alumínio

11.5 – Par em Curto Circuito.


É causado quando dois condutores de um mesmo par, ou com um de outro par, ou vários
pares entram em contato, causando retorno em parte da corrente que trafega no circuito,
atenuando ou não permitindo uma conversação telefônica.

A
PAR
B

11.6 – Linha Cruzada.


É quando se dá o contato elétrico entre dois condutores de pares diferentes, existindo
interferência elétrica de uma linha na outra, ocorrendo uma perturbação no tráfego telefônico.

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PAR

PAR

11.7 – Linha Invertida.


Ocorre quando em um local de emenda de condutores, estes são emendados invertidos ou
seja a linha A na linha B, podendo ocorrer perturbação no tráfego telefônico.

PAR

11.8 – Linha ou Perna Pulada.


Ocorre em local de emenda de condutores, estes são emendados linha de um par em linha de
outro par, podendo ocorrer perturbação no tráfego telefônico.

PAR

PAR

11.9 – Par Trocado.


Ocorre em local de emenda de condutores, estes são emendados um par no outro par,
exemplo (par 01 no par 04), podendo ocorrer perturbação na conversação telefônica.

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PAR

PAR

11.10 – Par com Baixo Isolamento.


É causado quando o cabo telefônico é atingido por umidade ou água, proveniente de falha no
fechamento de caixa de emenda ou por algum furo, como também pela não execução dos
procedimentos usuais da execução de tarefas de emenda.

11.11 – Diafônia.
A diafônia não se caracteriza como defeito propriamente dito, é uma consequência de falhas
nos cabos telefônicos, ocasionados pelo operador de rede, na execução de trabalhos
(conecção de pares) de forma errada, como relatado nos itens de números (10.4 e 10.5).
Diafônia é o nome dado ao teste elétrico realizado em cabos telefônicos multípares que
identificam defeitos proveniente da mão de obra, na execução de emendas.

CÓDIGO DE DEFEITOS

CÓDIGO TIPO DEFEITO


T ATERRADO
A ABERTO
C CURTO CIRCUITO
P PERNA PULADA
I INVERTIDO
TR TROCADO
X1, XX2, X3 CRUZADO

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12 - FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

As ferramentas e equipamentos são indispensáveis para o bom desempenho das tarefas


realizadas pela mão-de-obra, assim como sendo estas especificas e de boa qualidade, para
que as tarefas a serem executas produzam os resultados esperados.
Listaremos abaixo algumas ferramentas de uso do Cabista de Sistemas de
Telecomunicações.

12.1 – Ferramentas.

 Abridor de capa de cabo APL.


 Alicate de bico de 6”.
 Alicate de corte de 6”.
 Alicate universal de 8”.
 Arco de serra e lamina .
 Bolsa de lona.
 Chave canhão 7mm.
 Chave canhão 8mm.
 Chave canhão 10mm.
 Chave de fenda ¼ x 6”.
 Chave de fenda 1/8 x 4.
 Chave inglesa (regulagem) 6”ou 8”.
 Chave de engate rápido/inserção.
 Cutelo para ORA.
 Decapador para fio.
 Enrolador e desenrolador para fio.
 Escala de madeira 1 metro.
 Escova de aço.
 Fita métrica 2 metros.
 Facão.
 Faca/canivete para ORA .
 Lima chata de 8”.
 Lona de 3 x 2 metros.
 Maceta de madeira.
 Martelo tipo bola 300g.

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 Pistola manual.
 Pistola par injeção de resina.
 Tesoura para ORA.
 Teste para conector.
 Vasador para capa APL.

12.2 – Equipamentos.

 Algarismo vasado de 20 mm.


 Alfabeto vasado de 20 mm.
 Aro para boca de caixa circular.
 Banco.
 Bomba submersa.
 Balde de plástico.
 Badisco.
 Botijão para gás butano.
 Bateria 9 volts.
 Barraca de lona.
 Cilindro para nitrogênio.
 Cadeado n.30.
 Chave para abrir caixa.
 Chave para abrir armário.
 Corrente de ferro de ¼.
 Escada dupla extensível.
 Extensão para energia elétrica.
 Exaustor com suporte.
 Garrafa térmica.
 Megohmetro.
 Maçarico para gás com mangueira.
 Máquina fusimec ou eriband.
 Monofone de cabeça.
 Rotulador de etiqueta.

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CAPACIDADE PARA VENCER OS DESAFIOS

O progresso e o bem-estar de um país dependem da organização e da disposição da


sociedade para enfrentar e vencer desafios. O primeiro e mais importante passo é cada um
acreditar na própria capacidade. Todos nós somos capazes de atingir objetivos muito mais
ambiciosos que pensamos ser possível. Os desafios são muitos, melhorar as condições de vida
e habitação, colocar as novas tecnologias ao alcance de todos e educar as novas gerações,
ensinando-as que tudo o que vale a pena ser feito, vale a pena ser bem feito. A paixão e o
empenho em cada tarefa executada, seja qual for o trabalho, determinarão as novas
conquistas não só na área pessoal, mas também na profissional. Sucesso e garra contaminam.
As dificuldades são muitas, mas podem ser vencidas com espírito de coletividade e a certeza
de que ninguém está sozinho. Existem muitas outras pessoas com as quais podemos contar.
Nossos vizinhos, os colegas de trabalho... Seja qual for a causa digna da luta, atingir uma
meta na profissão, mudar o trânsito do bairro, melhorar a qualidade da educação das crianças
ou proteger um pedaço da natureza, a união de todos traz mais do que a força: traz a certeza
de que nenhum problema é tão grande e nenhum obstáculo é impossível de ser vencido
individual ou pela ação de todos.

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CONCLUSÃO

O Curso de CABISTA DE SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES ministrado no SENAI/DR-MA,


procurou em todo seu desenvolvimento, repassar conteúdos teóricos e práticos de suma
importância na formação de um profissional, qualificando-o no que há de mais moderno no
mercado e oportunizando a sua inserção no mercado de trabalho.

O SENAI/DR-MA, através dos serviços prestados em qualificação de mão-de-obra para


indústria, cumpre a sua missão, tornando as empresas maranhenses mais competitivas,
oportunizando ao seu alunado geração de renda e consequentemente melhoria de qualidade
de vida.

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REFERÊNCIAS

Apostila de Operador de Redes de Acessos/Telemar.

Apostila Fibra Óptica e Transmissão

Apostila Sistema de Telecomunicações

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