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3.1. Introdução
Neste capitulo apenas uma breve resumo de do calculo da SVM será apresentado,
uma vez que isto não é o foco principal do trabalho. Para maiores detalhes, pode-se
verificar, passo a passo, essa modulação no anexo A.
u& = u d (t ) + ju q (t ) (3.1)
2 ⎡ u (t ) u (t ) ⎤
u d (t ) = ⋅ ⎢ u a (t ) − b − c ⎥ (3.2)
3 ⎣ 2 2 ⎦
u q (t ) = [u b (t ) − u c (t )]/ 3 (3.3)
u o (t ) = [u a (t ) + u b (t ) + u c (t )]/3 (3.4)
Considere o VSC descrito anteriormente (Figura 2.1). Cada fase deste conversor
pode assumir um valor igual a + Vcc 2 (polaridade positiva, P) ou − Vcc 2 (polaridade
negativa, N), dependendo das posições (ou estados) dos interruptores que compõe o
conversor.
3
τ1 = τ ⋅ ⋅ Vcc ⋅ (kk1 ⋅ u d (t ) + kk 2 ⋅ u q (t )) (3.5)
2
3
τ 2 = τ ⋅ ⋅ Vcc ⋅ (kk 3 ⋅ u d (t ) + kk 4 ⋅ u q (t )) (3.6)
2
r
⎛ 2 ⋅ u(t) ⎞
τ N = ⎜⎜1 − ⋅ cos(α − β b ) ⎟⎟ ⋅ τ (3.7)
⎝ Vcc ⎠
r
⎛ 2 ⋅ u(t) ⎞
τ P = ⎜⎜1 − ⋅ cos(β e − α) ⎟⎟ ⋅ τ (3.8)
⎝ Vcc ⎠
sendo,
τ1: período de tempo em que o vetor de referência está próximo do vetor de estado
do inicio do setor;
τ2: período de tempo em que o vetor de referência está próximo do vetor de estado
do final do setor;
τN: período nulo (vetor de estado NNN);
τP: período nulo (vetor de estado PPP);
τ: período de chaveamento;
Vcc: tensão do lado cc do VSC;
ud: projeção do vetor de referência no eixo direto;
uq: projeção do vetor de referência no eixo de quadratura;
kkx (x=1,2,3 e 4): constantes, diferentes dependendo do setor aonde está o vetor de
referência;
α: posição angular do vetor de referência;
βb: ângulo inicial de um determinado setor; e
βe: ângulo final de um determinado setor.
Neste anexo será apresentada o calculo da SVM passo a passo, para tanto considere
a Figura 3.3 (Capítulo 3). A tensão máxima instantânea da fase a é tomada como referência
e corresponde ao ângulo zero (no tempo t0). As tensões instantâneas das fases b e c cruzam
nesta posição. É então considerado o inicio do setor I.
r
O inicio do setor I, é representado pelo vetor de estado U1 , o qual corresponde à
seguinte combinação de chaveamento igual à PNN, ou seja, na saída do conversor as
polaridades das tensões nas fases a, b e c são, respectivamente, positiva, negativa e
negativa. O final do setor I está localizado no cruzamento das tensões das fases a e b (no
tempo t1).
O final do setor I é o começo do setor II, o qual é representado pelo vetor de estado
r
U 2 e corresponde ao chaveamento PPN. Analogamente, os demais pontos de cruzamento
são associados aos demais setores até se completar um ciclo completo, conforme
observado na figura 6.
r r
Os vetores de estado U1 até U 6 são os vetores ativos, e correspondem às seguintes
combinações de chaveamento:
r r r
U1 ⇒ PNN U 2 ⇒ PPN U 3 ⇒ NPN
r r r
U 4 ⇒ NPP U 5 ⇒ NNP U 6 ⇒ PNP
r r
Os vetores U P ⇒ PPP e U N ⇒ NNN são os vetores de estado nulos e ocorrem
quando as saídas do conversor em todos com o mesmo potencial, todas positivas ou todas
negativas.
r
Os componentes do vetor de estado U1 quando projetados nos eixos ortogonais são
dados por:
2 ⎡ v (t ) v (t ) ⎤
u1d (t 0 ) = ⋅ ⎢ v a (t 0 ) − b 0 − c 0 ⎥ (eq. 1)
3 ⎣ 2 2 ⎦
u1q (t 0 ) = [v b (t 0 ) − v c (t 0 )] 3 (eq. 2)
⎡ − Vcc Vcc ⎤
u1q = ⎢ + 3=0 (eq. 4)
⎣ 2 2 ⎥⎦
→
2 2 2
U1 = u1d + u1q = ⋅ Vcc (eq. 5)
3
r
Analogamente, para o vetor U 2 , tem-se:
⎛V V ⎞
u 2q = ⎜ cc + cc ⎟ 3 (eq. 7)
⎝ 2 2 ⎠
→
2 2 2
U 2 = u1d + u1q = ⋅ Vcc (eq. 8)
3
Pode ser verificado que todos os vetores de estado que representam os inícios e os
finais de cada setor possuem magnitude igual a (2 3) Vcc . Ambos os vetores de estado
nulos possuem magnitude igual a zero e são comumente representados na origem dos
vetores de estado ativos.
r
Como ilustrado na figura A.1, um vetor u(t) instantaneamente colocado a um dado
ângulo αa (com relação ao eixo direto) pode ser decomposto em dois vetores conforme a
seguinte equação matricial:
sendo,
X = 1,...6 ⇒ setores.
U X , U X +1 ⇒ magnitude dos vetores de estado dos setores.
r
k 1 , k 2 ⇒ variáveis proporcionais para uma dada posição α de u(t) .
r r
u(t) ⇒ magnitude do vetor u(t) .
r
β b , β e ⇒ ângulos dos vetores de estado adjacentes ao vetor u(t) .
Como a magnitude dos vetores de estado ativos são todas iguais a (2 3) ⋅ Vcc , tem-
se:
r 2 1
u(t) ⋅ cos(α a ) = ⋅ Vcc ⋅ k1 + ⋅ Vcc ⋅ k 2 (eq. 11)
3 3
r 1
u(t) ⋅ sen(α a ) = ⋅ Vcc ⋅ k 2 (eq. 12)
3
r r
3 u(t a ) 3 u(t a )
k1 = ⋅ ⋅ cos(α a ) − ⋅ ⋅ sen(α a ) (eq. 13)
2 Vcc 2 Vcc
r
u(t a )
k2 = 3 ⋅ ⋅ sen(α a ) (eq. 14)
Vcc
r
v A (t a ) = u(t a ) ⋅ cos(α a ) (eq. 15)
r
v B (t a ) = u(t a ) ⋅ cos(α a − 120 o ) (eq. 16)
r
v C (t a ) = u(t a ) ⋅ cos(α a + 120 o ) (eq. 17)
Desta forma,
D1 = v A (t a ) − v B (t a ) (eq. 18)
D 2 = v B (t a ) − v C (t a ) (eq. 19)
Substituindo as equações (eq. 15), (eq. 16) e (eq. 17) em (eq. 18) e (eq. 19), tem-se:
r r
D1 = u(t a ) ⋅ cos(α a ) − u(t a ) ⋅ cos(α a − 120 o ) (eq. 20)
r r
D 2 = u(t a ) ⋅ cos(α a − 120 o ) − u(t a ) ⋅ cos(α a + 120 o ) (eq. 21)
3 r 3 r
D1 = ⋅ u(t a ) ⋅ cos(α a ) − ⋅ u(t a ) ⋅ sen(α a ) (eq. 22)
2 2
r
D 2 = 3 ⋅ u(t a ) ⋅ sen(α a ) (eq. 23)
Comparando as equações (eq. 13) e (eq. 14) com (eq. 22) e (eq. 23), tem-se:
t+τ t+τ
AA = ∫D
t
1 ⋅ dt + ∫D
t
2 ⋅ dt (eq. 26)
Na equação (eq. 29), tem-se que τ é o período total de chaveamento dividido por
dois. τ1 é o período em que a tensão de saída do conversor permanece no estado relativo ao
r
começo do setor onde o vetor u(t) é instantaneamente colocado. Analogamente, τ2 é o
período em que a tensão de saída do conversor permanece no estado relativo ao final do
r
setor onde o vetor u(t) é instantaneamente colocado.
r r
3 u(t a ) 3 u(t a )
τ1 = τ ⋅ ⋅ ⋅ cos(α a ) − τ ⋅ ⋅ ⋅ sen(α a ) (eq. 30)
2 Vcc 2 Vcc
r
u(t a )
τ2 = τ ⋅ 3 ⋅ ⋅ sen(α a ) (eq. 31)
Vcc
r
Observa-se que o modulo do vetor u(t) é igual a Vcc 2 . De acordo com a teoria
r V r
N = cc − u(t) ⋅ cos(α − β b ) (eq. 39)
2
r r
Analogamente, o vetor P é paralelo à U 2 e sua magnitude é dada por:
r V r
P = cc − u(t) ⋅ cos(β e − α) (eq. 40)
2
r r
Analisando as equações (eq. 39) e (eq. 40) pode-se relacionar os vetores N e P a
Vcc da seguinte maneira:
r V
N = cc ⋅ k N (eq. 41)
2
r V
P = cc ⋅ k P (eq. 42)
2
Substituindo as equações (eq. 41) e (eq. 42) em (eq. 39) e (eq. 40) e em seguida
multiplicar todos os termos por τ, tem-se:
Vcc ⎛V r ⎞
⋅ k N ⋅ τ = ⎜ cc − u(t) ⋅ cos(α − β b ) ⎟ ⋅ τ (eq. 43)
2 ⎝ 2 ⎠
Vcc ⎛V r ⎞
⋅ k P ⋅ τ = ⎜ cc − u(t) ⋅ cos(β e − α) ⎟ ⋅ τ (eq. 44)
2 ⎝ 2 ⎠
r
⎛ 2 ⋅ u(t) ⎞
τ N = ⎜⎜1 − ⋅ cos(α − β b ) ⎟⎟ ⋅ τ (eq. 45)
⎝ Vcc ⎠
r
⎛ 2 ⋅ u(t) ⎞
τ P = ⎜⎜1 − ⋅ cos(β e − α) ⎟⎟ ⋅ τ (eq. 46)
⎝ Vcc ⎠
Após a determinação dos períodos ativos e nulos, pode-se então montar a chamada
representação em estrela. Tal representação está ilustrada na figura A.6.
Ainda de posse dos valores calculados para os períodos ativos e nulos para um
período de chaveamento é possível criar simultaneamente um pulso de tensão cc para cada
uma das fases da tensão trifásica na saída do conversor. Para o setor I tem-se o pulso de
modulação ilustrado na figura A.7.
Figura A.7 – Pulso de tensão cc produzido pelo SVM, para o setor I.
A técnica SVM deve calcular um pulso a frente, o que resulta em certo atraso na
resposta da modulação. Em outras palavras, esta técnica de modulação prevê o padrão da
tensão de saída que conversor terá no próximo período de chaveamento. O
microprocessador deve ser apto a calcular os períodos τ1, τ2, τN e τP antes que o próximo
período comece.
Os subperíodos τ1, τ2, τN e τP podem ser usados para criar tanto uma modulação
simétrica quanto uma assimétrica. Na modulação simétrica os subperíodos calculados são
utilizados nos dois próximos períodos. Isto diminui o esforço matemático, porém é menos
eficaz na redução de harmônicas. Já a modulação assimétrica exige um maior esforço
matemático, uma vez que os subperíodos são sempre calculados, porém se mostra mais
eficaz na mitigação de harmônicas.
A Teoria da Potência Instantânea
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4.1. Introdução
A Teoria p-q primeiro transforma tensões e correntes das coordenadas abc para as
coordenadas αβ0 e então define potências instantâneas nessas coordenadas. Deste modo, a
Teoria p-q considera o sistema trifásico com unidade e não como superposição ou soma de
três sistemas monofásicos como na teoria de potência convencional.
⎡ 1 1 1 ⎤
⎢ 2 ⎥⎥ ⎡ v a ⎤
⎡v 0 ⎤ ⎢ 2 2
⎢ ⎥ 2 ⎢ 1 1
⎢v α ⎥ = ⋅ 1 − − ⎥ ⋅ ⎢⎢ v b ⎥⎥ (4.1)
3 ⎢ 2 2 ⎥
⎢vβ ⎥
⎣ ⎦ ⎢ 3 3 ⎥ ⎢⎣ v c ⎥⎦
⎢ 0 − ⎥
⎣ 2 2 ⎦
⎡ 1 ⎤
⎢ 1 0 ⎥
⎡v a ⎤ ⎢ 2 ⎥ ⎡v 0 ⎤
⎢v ⎥ = 2 ⎢ 1 1 3 ⎥ ⎢ ⎥
⋅ − ⋅ vα (4.2)
⎢ b⎥ 3 ⎢ 2 2 2 ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ v c ⎥⎦ ⎢ ⎥ ⎢v ⎥
⎢ 1 1 3⎥ ⎣ β⎦
− −
⎢⎣ 2 2 2 ⎥⎦
⎡ 1 1 1 ⎤
⎢ 2 ⎥⎥ ⎡i a ⎤
⎡i 0 ⎤ ⎢ 2 2
⎢ ⎥ 2 ⎢ 1 1
⎢i α ⎥ = ⋅ 1 − − ⎥ ⋅ ⎢⎢i b ⎥⎥ (4.3)
3 ⎢ 2 2 ⎥
⎢i β ⎥
⎣ ⎦ ⎢ 3 3 ⎥ ⎢⎣i c ⎥⎦
⎢ 0 − ⎥
⎣ 2 2 ⎦
⎡ 1 ⎤
⎢ 1 0 ⎥
⎡i a ⎤ ⎢ 2 ⎥ ⎡i 0 ⎤
⎢i ⎥ = 2 ⎢ 1 1 3 ⎥ ⎢ ⎥
⋅ − ⋅ iα (4.4)
⎢ b⎥ 3 ⎢ 2 2 2 ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣i c ⎥⎦ ⎢ ⎥ ⎢i ⎥
⎢ 1 1 3⎥ ⎣ β⎦
− −
⎢⎣ 2 2 2 ⎥⎦
⎡ 1 1 ⎤ ⎡v ⎤
⎢ 1 − −
2 ⎥ ⋅ ⎢v ⎥
a
⎡v α ⎤ 2 2
⎢v ⎥ = ⋅⎢
3
⎥
3⎥ ⎢ b⎥
(4.5)
⎣ β⎦ 3 ⎢
0 − ⎢v ⎥
⎢⎣ 2 2 ⎥⎦ ⎣ c ⎦
⎡ ⎤
⎢ 1 0 ⎥
⎡v a ⎤ ⎢ ⎥
⎢v ⎥ = 2 ⎢ 1 3 ⎥ ⎡v α ⎤
⎢ b⎥ ⋅ − ⋅⎢ ⎥ (4.6)
3 ⎢ 2 2 ⎥ ⎣vβ ⎦
⎢⎣ v c ⎥⎦ ⎢ 1 3⎥
⎢− − ⎥
⎢⎣ 2 2 ⎥⎦
⎡ 1 1 ⎤ ⎡i ⎤
⎢ 1 − −
2 ⎥ ⋅ ⎢i ⎥
a
⎡i α ⎤ 2 2
⎢i ⎥ = ⋅⎢
3
⎥
3⎥ ⎢ b⎥
(4.7)
⎣ β⎦ 3 ⎢
0 − ⎢i ⎥
⎣⎢ 2 2 ⎦⎥ ⎣ c ⎦
⎡ ⎤
⎢ 1 0 ⎥
⎡i a ⎤ ⎢ ⎥
⎢i ⎥ = 2 ⎢ 1 3 ⎥ ⎡i α ⎤
⎢ b⎥ ⋅ − ⋅⎢ ⎥ (4.8)
3 ⎢ 2 2 ⎥ ⎣i β ⎦
⎢⎣i c ⎥⎦ ⎢ 1 3⎥
⎢− − ⎥
⎢⎣ 2 2 ⎦⎥
Os diagramas ilustrados na Figura 4.1 são eixos e não devem ser confundidos com
o conceito de fasores de tensão e corrente. Os eixos a, b e c são defasados de 2π/3 rad entre
eles, enquanto que os eixos α e β são ortogonais. Os eixos a e α são paralelos. A direção do
eixo β é escolhida de modo que se os vetores de tensão ou corrente nas coordenadas abc
giram na seqüência abc, então eles devem girar na seqüência αβ nas coordenadas αβ.
Por definição, temos que: em um sistema trifásico, com ou sem o condutor neutro,
no regime permanente ou transitório, a potência ativa instantânea trifásica p 3φ (t) descreve
⎡p 0 ⎤ ⎡ v 0 0 0 ⎤ ⎡i 0 ⎤
⎢p⎥=⎢0 vα
⎥ ⎢ ⎥
v β ⎥ ⋅ ⎢i α ⎥ (4.11)
⎢ ⎥ ⎢
⎢⎣ q ⎥⎦ ⎢⎣ 0 vβ − v α ⎥⎦ ⎢⎣ iβ ⎥⎦
⎡p⎤ ⎡ v α v β ⎤ ⎡i α ⎤
⎢q ⎥ = ⎢ v ⋅
− v α ⎥⎦ ⎢⎣i β ⎥⎦
(4.12)
⎣ ⎦ ⎣ β
4.5. A Teoria p-q em Sistemas Trifásicos de Três Fios
Uma outra maneira de explicar a Teoria p-q para sistemas trifásicos de três fios é
utilizando os valores instantâneos dos vetores de tensão e correntes definidos como:
e = v α + jv β (4.13)
i = i α + ji β (4.14)
s = e ⋅ i * = (v α + jv β ) ⋅ (i α − ji β ) = (v α i α + v β i β ) + j(v β i α − v α i β ) (4.15)
142 4 43 4 142 4 43 4
p q