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Avaliação Geotécnica Lavra
Avaliação Geotécnica Lavra
A VA L I A Ç Ã O G E O T É C N I C A D E L A V R A
SUBTERRÂNEA DO CORPO SERROTINHO DA
M I N A C U I A B Á A T R A VÉ S D E M O D E L A G E M
NUMÉRICA TRIDIMENSIO NAL
ORIENTADORES:
CDU: 622.274:624.131.537
Catalogação: sisbin@sisbin.ufop.br
EPÍGRAFE
iii
DEDICATÓRIA
iv
AGRADECIMENTOS
Este trabalho muito deve a apoios diversos recebidos ao longo de sua realização. Alguns
deles merecem menção especial.
Meus orientadores, Prof. Dr. Fernando Vieira e Prof. Dr. Rodrigo Figueiredo, pessoas
de elevado conhecimento na área de geotecnia relacionada à mecânica das rochas, por
sua dedicação, incentivo, clareza na exposição de idéias e contribuição técnica.
A família em geral, por todo o encorajamento, principalmente minha mãe, que sempre
me incentivou a novas conquistas, confiou no potencial dos filhos, mostrando-nos a
importância do estudo e do conhecimento para a obtenção do sucesso.
A equipe de geotecnia da Mina Cuiabá, pelo auxílio prestado nas atividades de campo,
disposição dos dados de mecânica de rochas e pronto atendimento no esclarecimento de
dúvidas.
v
RESUMO
Nesta dissertação, vários desenhos de layout de lavra, aplicáveis aos ambientes de
mineração subterrânea de ouro na Mina Cuiabá, Brasil, são avaliados por meio de
modelagem numérica tridimensional, a partir do emprego do Método de Elementos de
Contorno, implementado em MAP3D. Para isso, expõem-se cenários técnicos,
conceitos, argumentos, justificativas e metodologias que substanciam a avaliação do
risco geotécnico das múltiplas variantes do método sublevel-stoping propostas. Assim,
pretende-se testar as condicionantes de desenho dos layouts, segundo princípios e
critérios geotécnicos estabelecidos. Determinam-se as condições de instabilidade nos
pilares e no hangingwall dos realces. As análises numéricas consideram as
características mecânicas do maciço rochoso nas áreas de interesse, incluindo a natureza
tridimensional do corpo de minério. As diferenças nas propriedades de resistência do
hangingwall e footwall (material relativamente mais brando) com relação ao corpo de
minério (material mais duro) são levadas em consideração; bem como o estado das
tensões pré-lavra e o aumento dessas tensões face ao aprofundamento da lavra. Os
modelos numéricos aplicados são calibrados com base em medições e observações de
campo que incluem: dados geotécnicos de classificação do maciço que expressam a sua
qualidade e integridade mecânica; resultados de medições da tensão in situ (orientação e
magnitude); observações visuais no campo das respostas do maciço face ao avanço da
lavra; resultados de laboratório; e a contribuição dos profissionais da área de geotecnia
da mina. Produzem-se análises e demonstra-se a aplicabilidade de critérios que inferem
o risco de instabilidade por representação probabilística de fatores de risco geotécnico,
espacialmente distribuídos nos domínios de análise. Identificam-se os limites de
confiabilidade dos modelos simulados. Analisam-se os resultados para todas as
variantes estudadas do método sublevel-stoping, considerando-se: os impactos da
profundidade de lavra na estabilidade dos pilares rib e sill; as consequências de induzir
maior rigidez no sistema de pilares; os impactos de aumentar os vãos de lavra; e ainda
os impactos de lavrar em ambientes geotécnicos distintos, relativamente mais
complexos. Em última análise, apresenta-se esta dissertação como uma contribuição que
apóia a proposição de integrar de forma mais abrangente as metodologias de
modelagem numérica nas atividades de planejamento e desenho de mina.
vi
ABSTRACT
Various layout designs applicable to the underground gold mining environments at the
Cuiaba Mine, Brazil, are evaluated by means of a tridimensional numerical modeling
approach, using a Boundary Element Method implemented within MAP3D. This
dissertation presents the arguments, technical scenarios, justifications, concepts and
methodologies that support an evaluation of geotechnical risk of multiple sublevel
stoping models proposed for such mine. The intention is to test the constraints of the
sublevel layout against pre-established geotechnical criteria and guidelines. The
instability conditions across pillars and stope hangingwall strata are determined. The
numerical analyses took into consideration the rock mass characteristics in the areas of
interest, including the tridimensional nature of the orebody. The different strength
properties of hangingwall and footwall rock materials, relatively weaker, with respect to
the strength of the ore material (more hard), were taken into consideration; as well as
the pre-mining stress environment and the variation of field stress with respect to depth.
Numerical models are calibrated using data from field measurements and the
information collected from field observations, which include: rock mass classification
data that express the quality and integrity of the rock mass; in situ stress measurement
results (prevalent orientation and magnitude); results from laboratory rock testing; field
observations of rock mass responses to mining; and lastly from the knowledge provided
by the geotechnical practitioners operating daily at the mine concerned. Data analyses
are produced while demonstrating the applicability of methodologies and criteria that
infer risk of instability through probabilistic representations of risk factors spatially
distributed within the domains of interest. The limits of accuracy of simulated models
are referred. The modelling results for all layout options of the sublevel stoping method
are analyzed, including: the impact of the depth of mining to the stability of rib and sill
pillars; the consequences of augmenting the stiffness of the pillar system; the impacts of
increasing the mining spans; as well as the impacts of stoping in geotechnical more
complex hangingwall strata. Lastly, this dissertation is presented as a contribution
supporting a proposition that there is need to integrate more widely the numerical
modeling methodologies into the activities of mine planning and mine design.
vii
LISTA DE FIGURAS
Página
viii
Figura 4.1 Descontinuidades causadoras de diluição na lavra a) laminas; b)
placas .......................................................................................................... 89
Figura 4.2 Estimativa de sobrequebra em realces abertos sem suporte (Clarke e
Pakalnis, 1997) ........................................................................................... 90
Figura 4.3 Estágios de quebra no entorno de uma escavação circular sobre
tensão (Read, 2004) .................................................................................... 92
Figura 4.4 a)Representação esquemática da quebra; b)Zona de quebra no raise
de ventilação do nível N14; c)Resultado da tensão principal máxima
no modelo; d) Resultado da deformação total ............................................ 94
Figura 4.5 Modelo-teste de calibração da lavra do corpo SER, nível N7 .................... 96
Figura 4.6 Resultados do modelo-teste de calibração a) deformação total; b)
fator de segurança ....................................................................................... 98
Figura 5.1 Modelo global tridimensional típico em MAP3D (vista frontal) ............. 101
Figura 5.2 Designação e termos referentes aos modelos simulados .......................... 102
Figura 5.3 Representação litológica da rocha encaixante a) tipo 1; b) tipo 2 ............ 104
Figura 5.4 Tensão vertical versus deformação axial para o teste de compressão
unidimensional ......................................................................................... 108
Figura 5.5 FS segundo o critério de Mohr-Coulomb ................................................. 115
Figura 5.6 Excesso de tensão no critério de Mohr-Coulomb ..................................... 115
Figura 5.7 Risco e distribuição de probabilidade FS ................................................. 118
Figura 6.1 Impacto da profundidade no modelo-teste colocado na profundidade
representativa do nível N18 a) fator de segurança; b) deformação
total ........................................................................................................... 123
Figura 6.2 Exemplo de distribuição de probabilidade e frequência do FS,
medida ao longo da potência nos rib pillars do modelo A1 ..................... 125
Figura 6.3 Distribuição transversal de FS nos rib pillars do modelo A1 para os
níveis N17 e N18 ...................................................................................... 127
Figura 6.4 Relações do risco de instabilidade nos rib pillars para dois modelos
sublevel , A1 e G1, em função dos vãos e da profundidade de lavra ....... 129
Figura 6.5 Distribuição transversal de FS nos sill pillars do modelo C1 com
vãos de 40 m e potência de 15 m; a) nível N14, z=-921 m; b) nível
N17, z=-1118 m ........................................................................................ 131
Figura 6.6 Distribuição transversal de FS nos sill pillars do modelo E1 com
vãos 40 m e potência de 15 m; a) nível N14, z=-921 m; b) nível N17,
z=-1118 m................................................................................................. 132
Figura 6.7 Relações do risco de instabilidade nos sill pillars para dois modelos
sublevel , C1 e E1, em função da largura dos rib pillars e da
profundidade de lavra, considerando vãos de lavra de 40 m .................... 134
Figura 6.8 Distribuição transversal de FS nos sill pillars para os modelos, níveis
e profundidades correspondentes; a) G1, N14, 921 m ; b) G1, N17,
1118 m; c)K1, N14, 921 m; d) K1, N17, 1118 m ..................................... 136
ix
Figura 6.9 Relações do risco de instabilidade nos sill pillars para dois modelos
sublevel , G1 e K1, em função da largura dos rib pillars e da
profundidade de lavra, considerando vãos de lavra de 70m ..................... 137
Figura 6.10 Relações do risco de instabilidade nos sill pillars para dois modelos
sublevel, C1 e G1, em função do vão de lavra, para a mesma
profundidade ............................................................................................. 138
Figura 6.11 Distribuição das deformações totais, dt , no hangingwall da lavra
entre os níveis N15 e N16; a) modelo A1, 25m de vão; b) modelo
G1, 70 m de vão ....................................................................................... 140
Figura 6.12 Probabilidade de ocorrência de deformação no hangingwall dos
modelos A1 de 25 m de vão, e G1 de 70 m de vão, mesma
profundidade ............................................................................................. 141
Figura 6.13 Probabilidade de ocorrência de deformação no hangingwall dos
modelos sublevel,G1 e G2, em função das litologias encaixantes, tipo
1 e tipo 2 ................................................................................................... 143
x
LISTA DE TABELAS
Página
xi
LISTA DE SÍMBOLOS
xii
NOMENCLATURA
Azimute ........................................................................................................... Az
Corpo de lavra Balancão (Mina Cuiabá) ......................................................... BAL
Método de elementos de contorno (Boundary Element Method) ................... BEM
Banded Iron Formation (formação ferrífera bandada) .................................... BIF
Deslocamento de descontinuidade ................................................................. DD
Método de elementos distintos (Discrete Element Method) ........................... DEM
Equivalente linear de sobrequebra/desplacamento (Equivalent Linear
ELOS
Overbreak/Slough) ..........................................................................................
Método de diferenças finitas (Finite Difference Method) ............................... FDM
Método de elementos finitos (Finite Element Method) .................................. FEM
Forças fictícias ............................................................................................... FF
Filito grafitoso ................................................................................................. FG
Corpo de lavra Fonte Grande Sul (Mina Cuiabá) ........................................... FGS
Footwall (lapa de uma escavação) .................................................................. FW
Corpo de lavra Galinheiro (Mina Cuiabá) ...................................................... GAL
Geological Strength Index (sistema de classificação de Hoek) ...................... GSI
Hangingwall (capa de uma escavação) ........................................................... HW
Metandesitos ................................................................................................... MAN
Metabasaltos.................................................................................................... MBA
Mining Rock Mass Rating (sistema de classificação de Laubscher) .............. MRMR
Onça troy, unidade de medida utilizada do ouro, 1 oz = 31,1035 g ................ oz
Índice Q (sistema de classificação de Barton) ................................................ Q
Risco geotécnico ............................................................................................. R
Raio Hidráulico ............................................................................................... RH
Rock Mass Rating (sistema de classificação de Bieniawski) .......................... RMR
Corpo de lavra Serrotinho (Mina Cuiabá) ....................................................... SER
Índices de tensões atuantes no maciço ............................................................ SRF
Resistência à compressão simples ................................................................... UCS
Dólar americano .............................................................................................. US$
Clorita-sericita-plagioclásio-carbonato-quartzo xisto ..................................... XS
Clorita-carbonato-quartzo-sericita filito com matéria carbonosa .................... X1
Quartzo-carbonato-sericita-xisto ..................................................................... X2
Modelo numérico bidimensional..................................................................... 2D
Modelo numérico tridimensional .................................................................... 3D
xiii
ABREVIAÇÕES
CAD – Computer Aided Design, desenho assistido por computador, nome genérico de sistemas
computacionais utilizados para facilitar o projeto e desenho técnicos.
EMB - Economia Mineral do Brasil, relatório anual publicado pelo DNPM para analisar as
relações de oferta e demanda do mercado dos bens minerais no Brasil.
ROM – Run-Of-Mine, minério bruto obtido diretamente da mina sem sofrer nenhum tipo de
beneficiamento.
SCALER - Equipamento mecânico, móvel, com braço hidráulico extensível, capaz de exercer
esforços mecânicos na ponta, usado para saneamento de blocos soltos numa escavação de mina
subterrânea.
FLAC - Fast Lagrangian Analysis of Continua, programa de modelagem numérica que utiliza o
método de diferenças finitas na análise geotécnica; possibilita o comportamento não-linear dos
materiais (plastificação), bem como do maciço (grandes deslocamentos etc.).
MPBX - Multi Point Borehole Extensometer, extensômetro de hastes múltiplas utilizado com
15 m de comprimento na Mina Cuiabá.
xiv
SUMÁRIO
EPÍGRAFE ....................................................................................................................... III
DEDICATÓRIA .....................................................................................................................IV
AGRADECIMENTOS ..............................................................................................................V
RESUMO .......................................................................................................................VI
ABSTRACT ..................................................................................................................... VII
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................... VIII
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................XI
LISTA DE SÍMBOLOS ......................................................................................................... XII
NOMENCLATURA ............................................................................................................. XIII
ABREVIAÇÕES ................................................................................................................. XIV
CAPÍTULO 1 : INTRODUÇÃO
1.1 O VALOR DO MINÉRIO E A SOFISTICAÇÃO DAS METODOLOGIAS EXTRATIVAS ......... 1
1.2 ENQUADRAMENTO DA MODELAGEM NUMÉRICA TRIDIMENSIONAL ......................... 5
xv
2.5 CONSIDERAÇÃO SOBRE CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES EM ESCAVAÇÕES ............... 39
xvi
CAPÍTULO 5 : ATRIBUTOS E CRITÉRIOS PROPOSTOS PARA AS SIMULAÇÕES NUMÉRICAS
5.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 99
BIBLIOGRAFIA
ANEXO I : SELEÇÃO EMPÍRICA DE STEWART
ANEXO II : ÍNDICES DE MATHEWS E POTVIN
ANEXO III : DETALHES DOS MODELOS DE CALIBRAÇÃO
ANEXO IV : RESULTADOS ADICIONAIS DOS MODELOS SIMULADOS
xvii
1 Capítulo 1 : Introdu ção
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
1
posicionar-se acima dos US$ 300/oz. Uma sequência de altas possibilitou que, no final
de 2007, o metal já estivesse cotado a US$ 840/oz, desencadeando-se uma redefinição
global dos recursos minerais disponíveis. Com isso, deu-se uma maior concentração de
reservas e, um maior valor econômico, o que provocou uma corrida para o aumento das
capacidades produtivas instaladas e uma tentativa de elevação dos volumes de
produção. Nesse período, os principais grupos internacionais consolidavam mais de 1/3
da oferta aurífera primária mundial. Especificamente, os três grandes grupos
multinacionais sul-africanos, AngloGold Ashanti, Gold Fields e Harmony Gold Mining,
acumulavam 14,7% da produção global de ouro. Contudo, esse aumento significativo de
valor no mercado não correspondeu ao aumento da produção total de ouro, quer dizer, o
aumento da oferta do metal no mercado mundial manteve-se praticamente estável no
período entre 1995 e 2007, apresentando uma taxa média de crescimento anual ínfimo,
da ordem de 0,88% ao ano.
2
Tradicionalmente, o Brasil posiciona-se no mercado internacional como um centro
produtor e exportador de ouro. Assim, o país sempre apresentou saldos superavitários
na balança comercial do minério. Com relação à distribuição do fluxo monetário, as
exportações do ouro apresentaram, sistematicamente, participação superior a 99,8% dos
valores totais negociados na balança comercial brasileira. Em 2007, o consumo mundial
de ouro apresentou um acréscimo de 3,3% em termos de quantidade (3.519 toneladas),
movimentando um volume financeiro recorde de US$ 78,6 bilhões, com elevação de
18,7% relativamente ao ano de 2006. Ainda em 2007, a demanda por ouro superou a
oferta em 59%. Essa demanda por consumo de ouro envolve diversos setores, que
abrangem desde segmentos industriais, de saúde e eletrônicos até setores de joalheria e
financeiro, este com finalidades especulativas.
O valor relativamente alto da cotação do ouro no mercado atual torna possíveis projetos
que, no passado, eram vistos como economicamente inviáveis. Com isso, a abertura de
novas minas subterrâneas torna-se exequível. Dada a extensão aumentada das reservas
em profundidade, promove-se cada vez mais o aprofundamento da lavra em minas
3
existentes, com tendência de uma extração mais acelerada do recurso mineral para que
as empresas se beneficiem do período de alta.
4
1.2 ENQUADRAMENTO DA MODELAGEM NUMÉRICA TRIDIMENSIONAL
5
relativamente incipiente. Em parte, a baixa disseminação do uso de ferramentas
numéricas em mineração deve-se ao fato de que a maior parte da mineração brasileira
resulta de lavras a céu-aberto. Nestas, aparentemente, há requisição de menor esforço e
complexidade das análises de instabilidade. Um fator que contribui para esse cenário de
maior facilidade interpretativa no céu-aberto é o fato de poder o geotécnico de campo
inferir visualmente as condições do maciço. A acessibilidade aos volumes expostos do
maciço lavrado e a facilidade de gerar modelos conceituais com base em representações
bidimensionais, simétricas, induzem a aplicação de métodos analíticos de equilíbrio
limite para dimensionar as condicionantes de estabilidade das bancadas e taludes.
6
Comparativamente, a Mina Cuiabá, objeto desta dissertação, conduz sua lavra a
profundidades médias de 900 m, com pretensões de prosseguir a extração a maiores
profundidades. É provável, então, antever um aumento no estado das tensões no entorno
das superfícies expostas dos realces. Consequentemente, faz-se relevante avaliar as
condicionantes futuras e, portanto, analisar métodos alternativos para a lavra. Na Mina,
o teor da mineralização varia espacialmente em função da profundidade, o que exige
ajustes na geometria dos layouts de lavra. A seção útil do realce e o método de lavra
nele aplicado podem mudar, portanto, em dependência das condições geológicas e do
valor econômico da mineralização apresentada. O método de lavra empregado em
Cuiabá tem sido o cut-and-fill. As operações de lavra são completamente mecanizadas
com equipamentos de grande porte. Entretanto, em algumas regiões, os corpos
apresentam camadas mineralizadas com potência muito acima da dimensão
convencional. Nesses casos, embora os realces lavrados sejam preenchimentos com
material de enchimento (backfill) mecânico e hidráulico, existe a necessidade de se
deixar pilares verticais. Gera-se, dessa forma, um método de lavra híbrido, que
compreende particularidades do método room-and-pillar e cut-and-fill,
simultaneamente.
7
teores elevados e de distribuição aproximadamente uniforme, sugerem que o método de
lavra sublevel-stoping seja mais adequado do que o método atualmente usado (cut-and-
fill). A alteração no método de lavra pode contribuir para a melhoria da segurança
operacional, tanto do ponto de vista dos controles geotécnicos da lavra quanto da
redução da exposição do trabalhador.
Até o momento, está por se definir a aplicabilidade do novo método de lavra (sublevel-
stoping) para o ambiente geotécnico do SER, gradativamente mais profundo, onde vem-
se aplicando o método de lavra cut-and-fill. As condições geotécnicas são tais que se
deve analisar, por meio de ferramentas de modelagem numérica tridimensional, a
estabilidade das escavações de lavra propostas, o que até aqui não ocorreu. A conclusão
de um estudo que defina as condições de operabilidade e desenho do novo método para
o corpo SER é, portanto, uma necessidade para tornar mais segura a lavra de uma
reserva de grande valor econômico.
8
A tendência moderna na gestão dos riscos geotécnicos em mineração é a de apropriar as
equipes de mecânica de rochas com metodologias e ferramentas de análise capazes de
facilitar o dimensionamento dos layouts de mina e suas escavações respectivas. O
processo de desenho e a subsequente otimização do modelo de layout, as escavações
específicas ou infra-estrutura em geral para os vários ambientes geotécnicos requer
determinadas fases. Nomeadamente, tem-se: a fase de coleta e compilação de
informação, em que se definem os modelos necessários (geológico, geotécnico,
estrutural, hidrogeológico e outros); a fase em que se definem e caracterizam os
domínios geotécnicos específicos, identificam-se e adotam-se mecanismos de quebra,
critérios de resistência, etc.; a fase em que se conceituam os desenhos das escavações
propriamente ditas, levando-se em conta as especificações do ambiente de operabilidade
imposto; a fase de realização das análises de estabilidade e integridade perante os
critérios de quebra; e, por último, a fase de implementação que considera a identificação
de risco e respectivas análises, monitoramento, etc., tendo-se definido, previamente, o
desenho final do layout de lavra otimizado. A Figura 1.1 mostra, esquematicamente,
esse processo de desenho e otimização do layout, com vista a minimizar o risco
geotécnico.
9
os modelos numéricos integrem essa informação e possibilitem inferências, numa
primeira análise, tais como a ordem de grandeza das deformações causadas nas
superfícies escavadas e os níveis de variação ou desequilíbrios das tensões induzidas
nas escavações adjacentes.
10
A análise criteriosa dos resultados de simulações numéricas possibilita a definição de
medidas mitigadoras dos riscos de desarticulação previstos, que podem envolver a
redefinição do desenho do layout de lavra, mudanças nas geometrias das escavações,
alteração das especificações das estruturas de suporte (pilares), redimensionamento dos
sistemas de contenção, etc. Os resultados provenientes de modelos numéricos requerem
apreciação do grau de confiabilidade. É necessário retro-analisar os resultados dos
modelos com base nas respostas observadas in situ, provenientes de dados de
monitoramento e instrumentação existentes. O processo de retroanálise aplicado nesta
dissertação, Figura 1.2 permite validar as premissas consideradas nos modelos, como,
por exemplo, confirmar que o valor dos parâmetros situa-se dentro de intervalos
aceitáveis, correlacionados com as respostas realmente verificáveis no ambiente real.
11
critérios de estabilidade impostos ao projeto (como, por exemplo, execução de pilares e
escavações com as dimensões estipuladas) cuja execução deverá ser controlada de
acordo com níveis de tolerância aceitáveis. Diferentes metodologias de lavra exigem
critérios diferentes de estabilidade.
12
1.5 OBJETIVOS DA DISSERTAÇÃO
13
variam de 10 a 15 m, e onde o dip apresenta-se aproximadamente com 65º e plunge com
20º.
14
1.6 METODOLOGIA ADOTADA
15
laboratoriais), determinação das condicionantes operacionais da lavra (geometria
de lavra, sequenciamento, etc.), isto é, interatividade com áreas de planejamento
de mina, manutenção, produção, etc.;
16
Capítulo 1 – Introdução. Contextualiza a produção do mineral ouro na perspectiva
econômica das últimas décadas; faz as considerações iniciais do tema abordado;
enfatiza a problemática relacionada à lavra subterrânea; relaciona a geotecnia e o
modelamento numérico na avaliação do risco; explora os objetivos dos trabalhos de
modelagem numérica a serem desenvolvidos; sistematiza a metodologia seguida no
desenvolvimento das atividades e, por fim, apresenta o conteúdo geral dos capítulos que
compõem esta dissertação.
17
Capítulo 5 – Atributos e critérios propostos para as simulações numéricas. Este
capítulo apresenta uma descrição dos modelos numéricos simulados, a representação
dos layouts, as condições geológicas assumidas, as propriedades geotécnicas dos dados
de entrada estimados, as tensões aplicadas, a sequência de lavra estabelecida e as
limitações da análise numérica. Adicionalmente, são apresentados os critérios de análise
utilizados para caracterizar e mensurar as condições instáveis dos modelos rodados,
indicando-se as técnicas utilizadas para caracterizar risco de instabilidade, no contexto
desta dissertação.
18
2 Capítulo 2: r evisão: mod elo s num ér ico s em m ecânica d as ro chas
Capítulo 2
2.1 INTRODUÇÃO
Neste capítulo, pretende-se sintetizar e discutir trabalhos relevantes que tratam dos
modelos usados na análise de problemas de mecânica de rochas, criados para
racionalizar e antecipar as condições das prováveis instabilidades num maciço em face
de determinadas condicionantes e características operacionais do meio. Seu emprego
possibilita previsões das condições que podem vir a ocorrer perante alterações futuras
causadas pela influência da lavra. Ao antecipar ocorrências de instabilidade indesejadas,
esses modelos permitem levantar riscos respectivos e planejar ações mitigadoras
correspondentes.
19
Métodos físico-analíticos simples
20
Métodos computacionais de análise de tensões
Existem diversos métodos computacionais com base em análise numérica que podem
ser usados para representar o comportamento de um maciço rochoso. Neste capítulo, são
apresentados os mais comuns e disponíveis comercialmente, com suas principais
características, a que se segue o código numérico MAP3D, a ferramenta utilizada nas
simulações numéricas que são o foco desta dissertação. Os conceitos relevantes e
inerentes a este trabalho são também aqui tratados, acrescentando-se ainda uma revisão
bibliográfica sucinta sobre aspectos relacionados à modelagem numérica em ambientes
de mineração, cuja abordagem é semelhante ao problema aqui analisado.
21
um todo, é subdividido (discretizado) em elementos numéricos simples, sendo
que cada um dos elementos pode assumir propriedades mecânicas distintas. Os
elementos numéricos simples interagem entre si e o comportamento do conjunto
desses elementos permite analisar o comportamento global do modelo. Neste
grupo enquadram-se os métodos FEM, DEM e FDM. Nos métodos diferenciais,
o procedimento para uma solução envolve aproximações numéricas das
equações governantes, as equações diferenciais de equilíbrio, relações de
deformação-deslocamento e das soluções do método clássico de elementos
finitos.
22
considerada na modelagem numérica ocorre com a divisão do problema em diversos
elementos. Visto que este método não é adequado para modelar contornos infinitos, é
necessário discretizar uma área maior que aquela de interesse e aplicar as condições de
contorno apropriadas às laterais mais externas dos elementos ou, ainda, criar elementos
com laterais que se estendem até o infinito. A malha de elementos finitos pode ser
melhorada com o uso de programas de pré-processamento, enquanto que as
descontinuidades requerem a aplicação de relações constitutivas explícitas.
23
que transmitem um resíduo de carga aos elementos vizinhos, que equilibram seu estado
e redistribuem a carga. O processo de distribuição de forças estende-se por toda a malha
discretizada, ocorrendo um número de interações suficientes, até que a carga de
desequilíbrio seja desprezível.
24
A principal vantagem deste método é possibilitar a representação de grandes
deslocamentos nos contatos representados pela superposição de blocos adjacentes. Sua
desvantagem decorre de sua complexidade, que exige maior habilidade e experiência na
modelagem, bem como na obtenção dos parâmetros das descontinuidades e do maciço
rochoso.
Com efeito, meios com descontinuidades significativas não podem ser caracterizados
por este método. Entretanto, ao se tratar de geometrias complexas, tridimensionais, em
meios homogêneos e elásticos, as análises numéricas realizadas com métodos de
elementos de contorno são bem sucedidas.
25
partir dos quais se pretende obter uma ordem de grandeza dos parâmetros impactantes,
bem como identificar fatores de risco de instabilidade em função da variação das
tensões. Foram estas as razões pelas quais se optou pelo uso dos métodos de elementos
de contorno (BEM) nas análises desta dissertação. A ferramenta BEM usada foi o
MAP3D.
26
escorregamentos por falhas; retroanálise de tensão in situ; estabilidade de taludes;
avaliação de fraturamento hidráulico; ruptura de taludes, etc. Wiles (2007) aventa que
existem esforços de pesquisa e desenvolvimento para estender a aplicabilidade do
MAP3D ao modelamento tridimensional de rochas plásticas e incluir capacidade para
simulação de unidades de suporte, capacidade de detecção do potencial de rock
bursting, etc.
27
modelo ou na interpretação dos resultados depende da complexidade exigida, suficiente
para conduzir a simulação. Nos métodos BEM do MAP3D, o material rochoso situado
espacialmente fora dos contornos estipulados é considerado como material sólido,
constituinte da rocha encaixante pré-estipulada.
28
∂σxx / ∂x + ∂τxy / ∂y + ∂τxz / ∂z + X = 0
∂τxy / ∂x + ∂σyy / ∂y + ∂τyz / ∂z + Y = 0 (2.1)
∂τxz / ∂x + ∂τyz / ∂y + ∂σzz / ∂z + Z = 0
σxx, σyy e σzz correspondem às tensões normais agindo numa porção da superfície/
corpo, sendo que o primeiro índice indica o eixo da normal ao plano da seção e o
segundo índice, o eixo na direção em que a componente atua, por exemplo, σxx
caracteriza-se pela tensão normal agindo no plano x e na direção x. Enquanto que, τxy ,
τxz, τyz correspondem às tensões cisalhantes agindo numa porção da superfície/corpo.
Notar que os termos X, Y e Z representam as forças do corpo que podem ser utilizadas
para aplicar qualquer tipo de carregamento externo (por exemplo, como resultado de
efeitos de temperatura, pressão de fluidos, efeitos de carga não-linear, etc.).
As condições definidas pelas equações diferenciais, Equações (2.2), dos gradientes das
tensões e deformações são aplicadas. As Equações (2.2) de continuidade do maciço
rochoso determinam que a massa de material deve ser mantida, isto é, garantem a
aplicabilidade do princípio de conservação de massa.
onde εxx, εyy, εzz e εxy, εyz, εzx representam as deformações normais e cisalhantes
relativamente aos planos aplicados e às direções coordenadas respectivas.
Nos volumes de rocha onde as tensões não excedem a resistência, o material rochoso
deforma de maneira linear-elástica, tal que as tensões variam diretamente proporcionais
às deformações. Esta condição e as respostas são representadas pelo próximo sistema de
equações, Equação (2.3).
29
σxx = σ0xx + [(1 – υ) εxx + υ (εyy + εzz)] E / [(1 + υ) (1 - 2υ)]
σyy = σ0yy + [(1 – υ) εyy + υ (εzz + εxx] E / [(1 + υ) (1 - 2υ)]
σzz = σ0zz + [(1 – υ) εzz + υ (εxx + εyy] E / [(1 + υ) (1 - 2υ)]
(2.3)
τxy = τ0xy + εxy E / (1 + υ)
τyz = τ0yz + εyz E / (1 + υ)
τzx = τ0zx + εzx E / (1 + υ)
De modo que aplica-se uma aproximação numérica que resulta num conjunto de
equações que descrevem como as diversas partes do maciço rochoso interagem umas
com as outras. O BEM usado no MAP3D considera o seguinte esquema de cálculo das
tensões resultantes, Equação (2.4):
30
Considerando que as cargas num elemento de contorno são computadas em função das
tensões no campo afastado, σcampo afastado; em função do número de condições
representado pelo conjunto de equações diferenciais, M, computadas simultaneamente;
e em função das cargas, ou deformações, P, que necessitam ser aplicadas para promover
equilíbrio e reduzir a zero as tensões superficiais na face das escavações.
Um modelo mecânico elástico pode ser representado por uma mola com uma constante
elástica. As tensões nele aplicadas geram deformações que são completamente
reversíveis durante a etapa de descarregamento, de modo que a mola deformada retoma
seu comprimento original após cessarem as forças nela aplicadas. Existe, portanto, uma
relação linear entre tensão e deformação, definida como Lei de Hooke. A formulação da
lei de Hooke é trivial; daí que aqui se pretende ressaltar apenas as implicações dos
modelos elásticos em modelagem.
31
especificação de poucos parâmetros;
requerem apenas especificações do estado de tensão pré-lavra, módulo de
elasticidade e coeficiente de Poisson;
procede-se a calibração de modo mais fácil/ simples.
O módulo de deformação para um dado material (E) é definido como a razão entre as
tensões normais e as deformações normais, quando o aumento das deformações é
causado pelo correspondente aumento das tensões. Para cargas elásticas, o termo
“módulo de elasticidade” é usado para determinar essa propriedade. Em geral, o módulo
de deformação pode ser obtido pela aproximação linear da curva tensão (σ) versus
deformação (ε), no nível de tensão correspondente à metade da resistência registrada
num ensaio à compressão uniaxial.
32
Outra maneira de obter o módulo de deformação é através da reta secante que se origina
no ponto de tensão igual a zero e estende-se até uma porcentagem qualquer do valor
máximo de resistência à compressão simples, mas geralmente é fixada num ponto
também em 50% do valor de resistência à compressão simples da amostra ensaiada.
33
ranqueamento e classificações (por exemplo, índices Q, RMR, GSI, etc.), o parâmetro
pode ser determinado pelo ensaio laboratorial de compressão uniaxial ou, ainda,
estimado a partir de Hoek et al. (1995), pela Equação (2.5).
(a) (b)
Figura 2.3 a) Conceitual de um ensaio de cisalhamento; b) Curva típica tensão
cisalhante-deslocamento
34
A tensão cisalhante tende a aumentar rapidamente até que o pico de resistência seja
atingido. Tal comportamento corresponde à soma da resistência do material unido por
um plano de acamamento e a resistência à fricção das superfícies combinadas. Para
pequenos deslocamentos, a amostra se comporta de modo elástico e a tensão cisalhante
é linear. À medida que as forças resistentes ao movimento são superadas pela tensão
cisalhante, a curva torna-se não-linear e a tensão cisalhante alcança um ponto máximo
(de pico) designado de τp. Após atingir esse valor de pico, a tensão cisalhante necessária
para causar um deslocamento, u, decresce rapidamente até um valor que se torna
constante, o que é chamado tensão cisalhante residual, τr.
(a) (b)
Figura 2.4 Envoltórias de ruptura Mohr-Coulomb (pico e residual)
35
A tensão cisalhante de pico, τp, e residual, τr; e a tensão normal, σn, no plano de ruptura,
estão correlacionadas pelas relações de Mohr-Coulomb dadas pela Equação(2.6):
τp = c + σn tg p
(2.6)
τr = σn tg r
Wiles (2007) discute como quantificar a confiabilidade das previsões dos modelos
numéricos e as maneiras de melhorar sua representatividade. A confiabilidade das
previsões pode ser melhorada com o refinamento dos modelos. Para tal, é necessário:
aperfeiçoar a representação da geometria; incluir estimativas do estado de tensão pré-
lavra; obter de forma mais representativa as propriedades dos materiais rochosos
modelados; e implementar relações constitutivas adequadas. Fundamentalmente, é
necessário conduzir acertos de calibração nos modelos. Modelos mais complexos
implicam aumento do esforço computacional e dificuldade interpretativa de modo que,
por vezes, modelos mais simplificados podem ser justificáveis.
36
com as tensões e/ou deformações observadas no campo, determinando-se, desta forma,
o grau de confiabilidade.
37
implica, consequentemente, tempos relativamente curtos de rodagem (esforço
computacional reduzido). A incerteza desses parâmetros pode ser rapidamente
quantificada e minimizada por meio de correlações com observações de campo. Como
desvantagem nos modelos elásticos, as tensões não são redistribuídas quando a
resistência é superada.
Em geral, para todos os modelos, a precisão numérica dos cálculos depende diretamente
do refinamento da discretização. O erro numérico pode ser prontamente quantificável e
basicamente se resume à razão da distância da superfície mais próxima da escavação,
dividida pela largura dos elementos, ou seja, a dimensão dos elementos utilizados para
aproximar as equações. Na obtenção de resultados precisos, próximos das superfícies
das escavações, é necessário assegurar que o tamanho dos elementos seja
comparativamente pequeno (manipulando os fatores de discretização). Cada modelo
numérico tem características próprias de erro, os quais dependem dos tipos de
elementos usados e dos procedimentos de solução aplicados. Visto que o esforço
computacional de análise aumenta consideravelmente com o número de elementos, o
uso de poucos elementos com dimensões maiores pode ser viável. Tal procedimento é
aceitável desde que não comprometa a precisão do cálculo. Rotineiramente, a precisão
numérica é comprometida pela redução no tempo de computação.
Wiles (2007) enfatiza que a confiabilidade dos modelos numéricos pode ser
prontamente quantificada em termos de probabilidade e por comparações diretas com
observações do comportamento do maciço no campo. A retroanálise pode ser usada
para reduzir dispersão nos resultados. Medidas de otimização do modelo numérico
incluem: refinamento da geometria e representação geológica; melhor caracterização do
38
estado de tensão pré-lavra; maior rigor nas propriedades dos materiais; diminuição dos
erros numéricos; e correlação com observações de campo.
A estabilidade das escavações subterrâneas em rochas duras pode ser afetada por tensão
induzida elevada, que causa fatiamento, e pelo relaxamento do maciço rochoso, o qual
promove a queda de blocos por gravidade (Kaiser et al.,2000). Em ambientes em que
ocorre o fenômeno de sobretensão, tais como minas ultraprofundas, ou rasas, mas onde
o fator k é elevado; sendo esse fator a razão entre as componentes de tensão horizontal e
tensão vertical, a queda de blocos pode ser agravada por níveis altos de tensão induzida.
Nestes ambientes as escavações adjacentes são normalmente separadas por uma
distância maior que a zona de influência das escavações individuais, promovendo-se um
arqueamento do campo de tensões, que, de alguma forma, minimizam a compressão na
rocha e, consequentemente, melhoram as condições de estabilidade.
39
(a) (b)
Figura 2.5 Representação de mecanismos empíricos sobre concentração de tensões
e quebras associadas
40
A definição dos fatores A, B e C, usados na estimativa de estabilidade dos realces, é
apresentada na sequência.
No método de Mathews et al. (1981), a dimensão da face do realce e sua geometria são
definidas pelo raio hidráulico, RH, e o Número de Estabilidade ou índice N. O RH é
igual à área da face do realce dividida pela face do perímetro da área escavada. O índice
N é a combinação dos parâmetros de qualidade do maciço, definido pela Equação (2.7):
RQD Jr
N Q' A B C A B C (2.7)
Jn Ja
41
onde RQD, Jn, Jr e Ja foram definidos por Barton et al. (1974); e os fatores A, B e C
por Trueman et al. (1999) – este aplicou o método de Mathews et al. (1981) num
trabalho de retroanálise para avaliar a estabilidade em 180 casos de realces abertos na
mina de Mt. Charlotte, na Austrália. A Figura 2.6 mostra os fatores A, B e C utilizados
no cálculo do Número de Estabilidade ou índice N.
RQD Jr
N ' Q' A B C A B C (2.8)
Jn Ja
42
onde RQD, Jn, Jr e Ja são definidos por Barton et al. (1974); e os novos fatores A, B e
C por Potvin (1988), conforme apresentado na Figura 2.7.
43
Figura 2.8 Ábaco de estabilidade, Potvin (1988) e Nickson (1992), para realces
sem suporte
Ressalte-se, todavia, que Kaiser et al. (1997) identificaram uma deficiência fundamental
nesta técnica empírica para a definição de vãos livres estáveis, que é a sensibilidade às
mudanças das tensões e perante a perda de confinamento tangencial nas paredes dos
realces. Tais situações acontecem frequentemente em casos de realces com geometria
complexa, com múltiplos corpos ou lentes de lavra e em situações com diferentes
litologias no hangingwall ou footwall.
44
Na realidade, estas se manifestam através de descontinuidades normais, abertas nas
regiões de entorno da escavação, em fenômeno análogo ao deslocamento aparente das
paredes laterais de um realce abutment, para onde são transferidas as cargas
gravitacionais e as cargas induzidas. Tais movimentos nas laterais são frequentemente
induzidos, sobretudo, durante o processo de lavra ascendente de um realce (Kaiser et
al., 2000; Kaiser e Maloney, 1992), podendo levar a uma redução (relaxamento)
substancial das tensões nas paredes dos realces, em particular tratando-se de escavações
realizadas em maciços de rocha dura. A Figura 2.9 revela o relaxamento estimado para
os valores N` e RH de um dado realce sem suporte, quando ocorre transferência de
cargas gravitacionais e induzidas nas paredes laterais do realce (abutment).
45
et al., 2000 relatam que a influência do relaxamento é particularmente acentuada
quando estruturas principais nas rochas (falhas, descontinuidades) interceptam os
realces.
46
O efeito de instabilidade por tração pode ser descrito mediante utilização de um ajuste
do fator A, do gráfico de Estabilidade Modificado (Diederichs,1999), que é aplicável
apenas para esforço de tensão (σT) nas condições de contorno da escavação, Equação
(2.9), onde σr é a resistência à compressão uniaxial da rocha intacta e σc é a tensão
máxima de compressão induzida.
11r
A 0,9 e c (para T < 0) (2.9)
47
3 Capítulo 3 : min a Cu iab á
Capítulo 3
MINA CUIABÁ
3.1 INTRODUÇÃO
48
No final do século XIX, abriram-se oportunidades para que empresas estrangeiras
ingressassem no país com o propósito de obtenção de concessões de direito minerário.
Estas importaram e implantaram processos científicos de exploração, tecnologias
modernas de ventilação, iluminação, bombeamento e drenagem da água, técnicas
inovadoras de desmonte dos maciços rochosos, estruturas de escoramento, britagem e
beneficiamento do minério, e outros avanços. Adicionalmente, os empreendimentos
passaram a receber gerenciamento administrativo organizado.
Em 1877, a St. John Del Rey Mining Company, empresa de origem inglesa, adquiriu a
Mina Cuiabá, onde realizou operações de lavra intermitentes até 1910. A partir desta
data e até 1940, ocorreram períodos esporádicos de produção. Por ocasião da Segunda
Guerra Mundial, a lavra foi paralisada em decorrência da dificuldade de escoamento do
metal para a Europa e suposto esgotamento do corpo de minério explorado. Ao longo
das décadas seguintes, houve diversas incorporações, acabando a Mina Cuiabá
incorporada na empresa de mineração Morro Velho.
49
AngloGold, subsequentemente independente e reincorporada como AngloGold Ashanti
Brasil Mineração Ltda.(AGABM). Em 2010, a AGABM reincorpora mais uma vez o
projeto aurífero de Córrego do Sítio em Santa Barbara, que passa a se designar
AngloGold Ashanti Córrego do Sítio Mineração Ltda.
50
veios de quartzo e de foliação milonítica bem desenvolvida, estão presentes em toda a
mina, principalmente no lado norte.
A mina pode ser classificada como de profundidade relativamente mediana, que atinge
aproximadamente 1000 m, correspondente ao nível N15. A atividade de extração dos
corpos de minério tipo veio ocorre em realces estruturados em vários níveis. Entre os
níveis superficiais até o nível N9, os painéis são de 66 m de altura vertical; entre os
níveis N9 e N11, medem 44 m de altura; abaixo do nível N11 até o nível N14, os
painéis, ainda em fase de desenvolvimento e exposição dos corpos, têm 33 m de altura.
51
A região compõe-se por três grandes unidades lito-estratigráficas. A primeira é formada
pelo Complexo Metamórfico que contém o embasamento cristalino. A seguir, há
sequências vulcano-sedimentares do tipo Greenstone Belt, representadas pelo
Supergrupo Rio das Velhas. Por último, sobreposta discordante às outras duas, vem a
unidade que constitui as sequências plataformais do proterozóico inferior, que
correspondem ao Supergrupo Minas, Grupo Sabará e Grupo Itacolomi, sobrepostas por
coberturas sedimentares mais recentes, que constituem as Bacias do Gandarela e
Fonseca (Zenóbio, 2000).
52
3.4.2 Geologia estrutural
Em nível local, a estrutura geológica da Mina Cuiabá é uma dobra tubular, tipo bainha,
porém mais fechada, estando esta zona de fechamento já erodida e abrindo-se em
profundidade, conforme a classificação de dobras cônicas de Skijernaa (1989). Sua
evolução estrutural é explicada como decorrência dos efeitos de dobramento impostos a
uma dobra não cilíndrica deformada por um cisalhamento posterior, sendo o eixo maior
da dobra subparalelo à direção do cisalhamento (Vieira, 1991b e Toledo, 1997). A
direção de estiramento é, portanto, coincidente com o eixo de dobramento, tendo
125/36º em superfície e tendendo a se tornar horizontal em profundidade. A foliação é
subparalela ao acamamento; ao longo dela, desenvolveram-se cisalhamentos, que se
tornaram condutos para a ascensão dos fluidos hidrotermais. A estrutura tubular amplia-
se em profundidade, os corpos de minério tendem a aumentar suas áreas de lavra em
direção aos níveis mais profundos, com diminuição dos teores auríferos (Figura 3.2).
Figura 3.2 Dobra tubular com representação isométrica dos pacotes de BIF
De acordo com Vial (1988), Toledo (1997) e Xavier et al. (2000), foram caracterizados
três possíveis eventos de deformação sucessivos, gerados por esforços compressivos no
maciço que compreende a região da mina.
53
aparece invertida. Nesse evento, a foliação desenvolvida é difícil de ser observada.
Nota-se que houve intensa transposição, observando-se, localmente, zonas de
cisalhamento discretas, paralelas ao acamamento. Provavelmente, tais zonas
representam escorregamentos inter e intraestratais, desenvolvidos nos estágios iniciais
de deformação.
54
de sericitização com sulfeto disseminado. De maneira geral, o ouro está incluso nas
bordas dos grãos de pirita na forma de inclusões e ao longo de fraturas e contatos dos
grãos, sendo que sua precipitação está intimamente relacionada às reações de interação
fluido-rocha.
Figura 3.3 Seção do nível N11 mostrando a geologia, litologia e a posição dos
principais corpos de minério na dobra (Vial, 1980; Vieira, 1988)
55
São quatro os corpos principais de minério: Serrotinho (SER), Fonte Grande Sul (FGS),
Galinheiro (GAL) e Balancão (BAL). Os corpos de minério SER e FGS são os mais
importantes para a empresa, pois deles recuperam-se cerca de 70% de toda a produção.
A Figura 3.4 apresenta uma vista isométrica com destaque para os domínios de lavra
dos corpos FGS e SER.
Figura 3.4 Vista isométrica dos domínios de lavra dos corpos FGS e SER, entre os
níveis N9 e N16, profundidade de 650 e 1200 m, respectivamente
3.4.4 Petrografia
56
Metabasaltos/metandesitos (MAN) ocorrem estratigraficamente abaixo da camada de
BIF, no centro da dobra tubular. Têm-se derrames de basaltos maciços ou em pillows
com variolitos, constituídos por subcamadas de plagioclásio albitizado, substituídos por
clinozoisita numa matriz de actinolita/ tremolita e clorita.
A textura da rocha filito grafitoso (FG) é dada por uma foliação pronunciada,
geralmente milonítica. Ocorre em camadas estreitas intercaladas no basalto (MBA). O
termo grafita tem sido usado de modo genérico para caracterizar material carbonoso.
Segundo Fortes et al. (1994) e Ribeiro-Rodrigues (1998), os isótopos de carbono
indicam a origem sedimentar dessa rocha.
57
3.4.5 Hidrotermalismo
58
respectivamente), ou seja, incremento da hidratação e carbonatação em direção ao
centro das zonas.
59
3.4.7 Hidrogeologia
Ocorrem duas estações bem definidas: uma seca e fria, de maio a agosto (inverno), e
outra chuvosa e quente, de setembro a março (verão). O trimestre mais chuvoso,
correspondente aos meses de novembro, dezembro e janeiro, contribui, em média, com
56,5 % do total anual de precipitação. A umidade relativa, apesar de permanecer mais
ou menos constante em boa parte do ano (janeiro a junho), decai rapidamente de julho
até o final do período mais seco. A partir de outubro, passa a recuperar seus valores até
novamente atingir um patamar mais estável em janeiro.
O córrego Cuiabá, localizado a leste das atuais instalações da Mina Cuiabá, é afluente
esquerdo do ribeirão Sabará, que faz parte da sub-bacia do rio das Velhas, pertencente à
bacia do rio São Francisco. O córrego Cuiabá possui declividade de 4,8 % e apresenta
baixa suscetibilidade a enchentes. A vazão medida no período de chuvoso é de 48 l/s ou
173m³/h.
A princípio, a mina não está localizada sobre aquíferos e possui baixa vulnerabilidade à
contaminação, em decorrência das baixas condutibilidades hidráulicas dos maciços
rochosos que compõem o substrato local. Por estar a mina produzindo, atualmente, nos
níveis mais profundos, não ocorre interferência de nível freático.
60
• grandeza e orientação dos campos de tensão pré-lavra e induzidos pela lavra;
• mecanismos potenciais de ruptura da rocha;
• danos por detonação causados no maciço rochoso;
• prováveis desplacamentos e natureza da movimentação do maciço;
• possíveis efeitos sobre áreas de trabalho e instalações adjacentes a realces;
• experiências do passado e dados históricos relevantes;
• lençol freático e exposição à atmosfera;
• efeitos dinâmicos esporádicos (strain-burst).
61
grau de intemperismo e/ou alteração;
resistência à compressão uniaxial da rocha intacta;
comportamento mecânico e/ou módulo de deformação do maciço rochoso;
campo de tensão da rocha (in situ e induzidas);
permeabilidade/ presença de água no maciço rochoso.
RQD Jr Jw
Q (3.1)
Jn Ja SRF
62
Jr = Índice de rugosidade das juntas;
Ja = Índice de alteração das juntas;
Jw = Índice de presença/afluência de água no maciço;
SRF = Índice de tensões atuantes no maciço.
A definição de distintas classes para a Mina Cuiabá, baseadas nos tipos litológicos e
grau de fraturamento, é mostrada na Tabela 3.1.
RQD Jr
Q' (3.2)
Jn Ja
Atribui-se ao parâmetro SRF (índice de tensões atuantes no maciço) o valor 1,0, que é
equivalente a um maciço rochoso moderadamente ajustado, mas não excessivamente
solicitado. O parâmetro Jw também assume um valor definido como 1,0, visto que, na
maioria dos ambientes geotécnicos de mineração subterrânea, em rocha competente, as
escavações apresentam-se relativamente secas.
63
Nesta dissertação, os índices Q e Q' foram utilizados para determinar o Número de
Estabilidade ou Índice N (Mathews et al., 1981), bem como o Índice N’ (Potvin, 1988;
Bawden, 1993 e Hoek et al., 1995), referente ao método gráfico do Número de
Estabilidade Modificado, aqui aplicado no dimensionamento inicial do vão de lavra
estável entre rib pillars.
RMR A1 A2 A3 A4 A5 B (3.3)
64
Para o caso especifico da Mina Cuiabá, a classificação RMR representativa, referente a
cada uma das litologias típicas, apresenta-se na Tabela 3.2.
65
O valor de GSI pode ser inferido através da relação RMR89 definida por Bieniawski
(1989), onde é considerada a condição de água do terreno com peso igual a 15 e o ajuste
para a orientação da principal família de juntas (fator B na obtenção do RMR) com a
direção da escavação igual a zero. Na classificação RMR89 realizada para a Mina
Cuiabá, considerou-se o valor de ajuste para orientação das juntas igual a –5; portanto, o
valor RMR89 resulta igual RMR89 + 5.
66
3.5.3 Generalidades sobre o sistema de contenção aplicado
Classe I: Um maciço classificado como Classe I, por norma, não requer instalação
sistemática de unidades de contenção. Ocasionalmente, faz-se necessário aplicar tirantes
ou cabos de forma pontual, com resina ou argamassa, com diâmetros entre 5/8 a 7/8” e
comprimento de 1,5 m para conter um ou outro bloco discreto intercalado por fraturas
ou descontinuidades infrequentes. Esporadicamente, pode aplicar-se tela conjuntamente
com o atirantamento onde ocorrer, de forma não-sistemática, algum estouro de rocha ou
intenso fraturamento.
67
pouco competente. Determinadas áreas de um realce podem requerer reforço especial do
sistema de contenção em setores onde ocorram incidentes de descompressão ou em
trecho onde as condições geológicas se apresentam mais perturbadas.
A célula CSIR triaxial foi planejada para determinar o estado da tensão total num único
furo de sondagem, perfurado em qualquer direção e em qualquer campo de tensão. A
técnica consiste em introduzir um cilindro perfurado no centro, em cujo corpo se
acoplam três pistões, expansíveis pneumaticamente, distribuídos entre si a 120° em
torno do círculo do cilindro. Uma roseta com quatro medidores de deformação (strain
gages) está fixada em cada pistão. Um dispositivo para compensação da temperatura
também é instalado no final da célula onde o testemunho está acondicionado. A
68
interpretação do resultado é baseada nas leis de elasticidade e requer, entre outros
parâmetros, o conhecimento do módulo de elasticidade e o coeficiente de Poisson da
rocha intacta. Os quatro medidores de deformação (strain gages) da roseta fornecem
mais dados do que aqueles necessários para determinar as seis componentes do tensor
característico, requerendo-se um tratamento semiestatístico dos resultados, podendo,
após múltiplas análises, conferir uma precisão relativa. Os resultados podem ser
interpretados mediante uso de programas computacionais apropriados.
Múltiplos fatores podem influenciar o campo das tensões in situ, o que inclui: as
condições e características topográficas; erosão; eventos tectônicos; intrusões ígneas;
eventos metamórficos; eventos orogênicos causadores de descontinuidades, etc. Quase
todos estes fatores, de uma forma ou outra, condicionaram o estado das tensões in situ
na Mina Cuiabá.
69
Geralmente, o estado pré-lavra ou das tensões in situ é apresentado em termos das
magnitudes das tensões principais σ1, σ2 e σ3 e suas orientações associadas, direção
(trend) e inclinação (dip). A Tabela 3.3 mostra o sumário dos resultados dos ensaios de
tensões in situ realizados para a Mina Cuiabá e as propriedades elásticas dos pacotes
litológicos respectivos. Os resultados refletem a tendência para a tensão principal
apresentar-se inclinada relativamente aos eixos vertical e horizontal. A maior
aproximação da tensão principal com o eixo horizontal sugere uma forte relação com
tensões tectônicas associadas com os episódios orogênicos regionais e locais.
BIF 90 0,25 80,7 311,5 3,5 38,15 41,5 8,5 25,8 198,5 81,5
70
foram planejados para alturas diferenciadas de 33 m para blocos de cut-and-fill e 66 m
para blocos onde será viável a aplicação do sublevel-stoping.
Figura 3.6 Seção longitudinal esquemática da mina com o layout dos acessos
principais
Existem duas opções de acesso à mina a partir da superfície: por meio de um único poço
vertical (shaft) aberto até o nível N11; e por rampas por onde circulam todos os
equipamentos e veículos automotores. A rampa principal é feita na encosta de um vale,
na altura correspondente ao nível N3.
O acesso às regiões expostas mais inferiores da mina, do nível N11 ao N15, é feito por
meio de um sistema de três rampas por onde trafegam veículos leves e pesados. O
entendimento logístico e estrutural atual é que a rampa atenda até os níveis de lavra
71
mais profundos, ou seja, que se estenda até o nível N21 ou, eventualmente, o N24, a
depender da confirmação das reservas. O escoamento da produção ocorre através do
shaft, que é também utilizado para transportar pessoas e materiais. A Mina dispõe de
um sistema de britagem primária situado no nível N11, aproximadamente a 767 m de
profundidade. A câmara de britagem é uma escavação de grande porte, tendo sido
aplicados múltiplos sistemas de contenção na sua fase de abertura.
72
Figura 3.7 Realce típico lavrado com o método cut-and-fill na Mina Cuiabá
73
3.6.3 Aspectos do ciclo operacional
74
A marcação das frentes para detonação nos realces em operação é realizada com malha
retangular pré-determinada por meio de furação ascendente e paralela ao plunge do
corpo de minério, na tentativa de se evitar dano na região do hangingwall. A geometria
do plano de fogo, o paralelismo entre furos realizados em malha adequada e a
profundidade destes, os tempos de espera satisfatórios e o tipo de explosivo apropriado
são fatores que controlam a fragmentação e o avanço das escavações em rocha, dos
quais dependem o volume e a extensão da zona de dano. O controle adequado destes
fatores contribui, muito significativamente, para minimizar o surgimento de blocos
instáveis nas regiões de contorno das escavações.
O saneamento dos realces é exigido sempre que se tenha de retomar uma escavação que
foi submetida à detonação. Pretende-se remover os blocos e fragmentos de rocha que
75
apresentem potencial para se desprender do teto ou da lateral da escavação. A presença
de descontinuidades e cunhas (interseção de três ou mais juntas ou fraturas) associadas à
variação das tensões locais (aumento ou relaxamento desfavorável das tensões) é uma
condição de risco geotécnico comum, que se pretende minimizar. A dimensão, forma e
orientação das aberturas relativamente à estrutura do maciço são fatores determinantes
para a exposição de blocos com potencialidades instáveis. Blocos desconfinados ou
soltos podem provocar sérios riscos de segurança para os profissionais que frequentam
os locais de lavra.
O enchimento dos vazios lavrados, com estéril de mina (enchimento mecânico) ou com
material de rejeito do processo de tratamento (enchimento hidráulico) é uma medida de
estabilização local e regional implementada em Cuiabá. O enchimento dos vazios
permite, após alguma convergência inevitável, regenerar tensões reativas nas superfícies
escavadas, o que confere suporte local para o hangingwall e o footwall. O enchimento
deve ser executado segundo procedimentos adequados e conduzido de maneira
sistemática para assegurar sua boa performance, pois tem um papel preponderante na
prevenção de colapsos num realce. Obviamente, o processo de enchimento implica num
aumento do ciclo operacional. Por um lado, exige a coleta de material de enchimento de
uma fonte específica (por exemplo, escavação de desenvolvimento de estéril); por outro,
a disposição deste material nos realces vazios. No caso da Mina Cuiabá, o estéril gerado
no desenvolvimento é, preferencialmente, depositado como enchimento nos realces,
evitando-se que seja transportado para a superfície. Tal operação resulta num ganho
financeiro decorrente da redução no transporte de material até a superfície. Porém, o
material de enchimento estéril é mais compressível, oferecendo menor capacidade de
suporte regional. O enchimento hidráulico permite estabilizar os realces de lavra de
maneira mais eficiente, pois é mais denso e menos compressível, em comparação com o
enchimento mecânico. A eficiência da drenagem do backfill hidráulico, porém, depende
da composição do material hidráulico, que inclui a porcentagem de sólido,
granulométrica do material, elementos de ligação, etc. O enchimento mecânico, todavia,
permite uma reentrada mais imediata sobre o material disposto, sem exigir sistemas de
drenagem sofisticados.
76
3.6.4 Monitoramento e instrumentação das reações do maciço
77
Para estimar o grau de cisalhamento que ocorre no interior do hangingwall do maciço, e
outros fenômenos associados, usa-se uma câmera de filmagem de furos (borehole
câmera), cujos resultados qualitativos são comparados com os resultados dos
extensômetros, instalados próximos uns dos outros.
78
específicas, geram entendimentos conclusivos sobre o nível de risco geotécnico do local
em questão.
(a)
(b)
(c)
Figura 3.9 Exemplos de deformação relativa, medida por MPBX; a) alta de taxa;
b) baixa taxa de deformação; c) pontos de quebra identificados por filmagens
no interior do hangingwall
79
Consequentemente, este entendimento norteia a seleção das medidas mitigadoras
cabíveis. Como ações possíveis para minimizar o risco geotécnico, a Mina considera:
aplicação de contenção com característica e capacidade apropriadas; reforço da
contenção previamente instalado; aplicação de backfill mais rígido; redução dos
volumes de lavra (quando possível); redesenho da área e redefinição da sequência de
lavra, deixando contornos de pilares verticais; mudança no método de lavra. O trabalho
realizado nesta dissertação avalia esta última hipótese mitigadora, de reduzir o risco
geotécnico pela alteração do método de lavra atualmente aplicado no corpo SER, que
passará para o sublevel-stoping.
80
4 Capítulo 4 : mod elo s num ér ico s tr idimen sion ais do co rpo serrotinho
Capítulo 4
DO CORPO SERROTINHO
4.1 INTRODUÇÃO
81
Por fim, são mostrados os modelos utilizados na calibração do corpo SER com o
objetivo de demonstrar que refletem comportamentos próximos da realidade, conforme
observado na Mina Cuiabá. Os resultados da calibração foram considerados
suficientemente representativos por retratarem com relativa similaridade as reações
observadas pelos profissionais geotécnicos que percorrem diariamente a mina; ou,
ainda, por tais resultados numéricos apresentarem concordância com registros
fotográficos de condições reais.
Para isso, importa captar com rigor as geometrias dos volumes a serem modelados que,
para corpos com relativa simetria, contínuos e predominantemente tabulares, são
geometricamente simples. Essa operação resume-se ao levantamento espacial dos
parâmetros diretores, tais como: o mergulho (plunge); a inclinação (dip); a potência; a
extensão longitudinal (strike); etc. Implica caracterizar, também, com a maior precisão
possível, as propriedades mecânicas dos integrantes do modelo. Com esse objetivo,
abaixo, descrevem-se as características gerais do corpo de minério Serrotinho (SER),
foco desta dissertação.
82
A extensão ao longo do strike do corpo SER varia aproximadamente entre 300 e 350 m
de comprimento; ao longo do plunge, estende-se até o nível N21, a cerca de 1400 m de
profundidade, onde, até a presente data, foram estimadas as reservas. A partir do nível
N21 até o N24, prevê-se haver continuidade do corpo de minério, porém, para efeitos de
planejamento, as reservas consideradas são inferidas. A potência do corpo SER varia
entre 10 e 15 m de espessura, na sua maioria, medido transversalmente ao dip.
O corpo de minério SER está situado no flanco sul da estrutura anticlinal da Mina
Cuiabá, com sequência normal, o que significa que a formação ferrífera bandada (BIF)
deste corpo apresenta basaltos sericitizados (X2) no footwall; no hangingwall, ocorre
uma camada pouco espessa de filito grafitoso (FG); a seguir, vêm metapelitos (X1) e
novamente basaltos sericitizados (X2). As características geomecânicas do minério,
BIF, representam um corpo pouco fraturado, com fraturas preenchidas e rugosas e
resistência à compressão simples relativamente elevada, acima de 180 MPa. Em
contrapartida, as rochas encaixantes apresentam uma foliação generalizada, acentuada e
marcante, com valores de resistência à compressão simples relativamente baixos e
dispersos, podendo variar entre 20 e 120 MPa, apresentando, ainda, elevada anisotropia
e alta deformabilidade.
Nos níveis de lavra mais profundos atualmente abertos (nível N14), nota-se que o corpo
de minério SER, se estende por cerca de 230 m ao longo do strike, com trechos bastante
verticalizados e dip que varia, aproximadamente, entre 60 e 70º. As informações de
mapeamento geológico, disponíveis à data deste estudo, apontam a possibilidade do
corpo SER persistir verticalizado em níveis mais profundos. Realces mais verticalizados
tendem a concentrar tensões no maciço mineralizado e desencadear fenômenos de face-
burst. É precisamente essa conjectura que faz com que o método de lavra cut-and-fill,
aplicado nos dias de hoje, deixe de ser ideal com o aprofundamento da lavra.
Diferentemente do cut-and-fill, o método sublevel-stoping minimiza a necessidade de
sistemas de contenção pesados e onerosos, requeridos nas operações realizadas em
profundidades. Ele favorece a possibilidade de se reduzir a exposição ao risco, visto que
dispensa a presença de pessoas trabalhando dentro de realces abertos. Tal característica
83
também constitui uma razão fundamental pela qual se pretende estudar a estabilidade na
aplicação do método sublevel-stoping no SER.
Stewart (1981) apresenta uma metodologia empírica que pode ser utilizada para
promover a escolha de um método de lavra. A metodologia, desenvolvida com base na
ponderação de parâmetros para o corpo de minério, hangingwall e footwall, prevê que o
método do sublevel-stoping se aplica à lavra do corpo SER. Essa proposição foi
assumida, e este estudo visa precisamente avaliar sua efetividade, mediante o uso de
métodos numéricos. O Anexo I apresenta as tabelas de Stewart utilizadas, bem como os
resultados da avaliação correspondente obtida para o corpo SER. Conforme
determinado, foram consideradas: a geometria e malha de distribuição do depósito; a
variação da geometria e malha de distribuição para os diferentes métodos de lavra; as
características geomecânicas das rochas encaixantes e do minério; e a ponderação da
resistência geomecânica das rochas para diferentes métodos de lavra.
84
manutenção das condições aceitáveis à integridade do meio, no domínio de lavra
próximo. Neste estudo, assume-se, com efeito, que a lavra com o método do sublevel-
stoping não modifica as condições prevalecentes no ambiente externo, visto que o
campo de deformação induzido nas rochas pode ser controlado. Este método de lavra
requer, além do mais, a implementação de estratégias operacionais para acomodar os
fatores que podem influenciar no ambiente interno da mina.
A Mina Cuiabá tem realizado coleta, análise e interpretação dos dados de mecânica de
rochas de forma sistemática, com o propósito de desenvolver uma compreensão macro e
micro das condições e reações do maciço, com o intuito, dentre outros, de refinar o
processo de planejamento e concepção de projetos de lavra. Nesta fase, os dados
geológicos e geotécnicos que importam compilar, incluem, por exemplo:
85
descontinuidades pré-existentes mais características e, qualidade do material
rochoso, resistência, alteração, etc.; disposição espacial;
Dados gerados previamente pela mina durante a etapa de concepção do projeto foram
utilizados na tentativa de dimensionar o vão livre máximo (strike span) de estabilidade
das escavações de lavra para o método sublevel-stoping aplicável ao corpo SER. Neste
método, o vão livre máximo de lavra compreende a extensão que dista entre dois rib
pillars, consecutivos; medido de nível a nível, ao longo do dip. O cálculo de
estabilidade aplicado para garantir a integridade da área mencionada, considera as
características do maciço rochoso e o tamanho dos vãos lavrados. Consequentemente,
vãos de maiores dimensões são possíveis em maciços rochosos relativamente mais
resistentes, para que permaneçam estáveis.
86
A geometria do painel de lavra (comprimento e altura), previamente conjecturada, é
usada para calcular seu raio hidráulico. O raio hidráulico de qualquer escavação é obtido
calculando-se a área da superfície exposta dividida pelo perímetro da abertura
correspondente. As características geométricas do método sublevel aplicado ao corpo
SER consideram um painel com ângulo de inclinação médio de 66º e altura vertical de
20 m entre subníveis, o que resulta na altura real de 21,9 m. Inicialmente, este estudo
propõe-se a avaliar a estabilidade dos vãos livres com comprimentos ao longo do strike
de 25, 40 e 70 m, respectivamente, geradores, por sua vez, de dimensões de raio
hidráulico de 5,8; 7,1 e 8,3, respectivamente.
Conforme mencionado no tópico 2.6, há diversas técnicas empíricas que são utilizadas
para estimar a estabilidade e a diluição no hangingwall do realce. É comum a utilização
da versão modificada do índice de qualidade da rocha, Q, de Barton, derivado do
sistema de classificação que considera o intercepto das tensões induzidas, a orientação
das descontinuidades, a orientação da superfície e a geometria do hangingwall. Embora
a técnica empírica para determinar o número de estabilidade possa parecer simples, ela
dificilmente permite identificar, com rigor, quais fatores são mais importantes e quais
influenciam categoricamente a estabilidade nas superfícies dos realces.
Os dados assim coletados foram retomados e utilizados numa tentativa inicial para
definir o comprimento do vão livre de lavra ao longo do strike no método de lavra
sublevel-stoping. O Anexo II apresenta os gráficos de estabilidade plotados com os
valores dos índices N e N’ em função do raio hidráulico. Com efeito, a maior parcela
87
dos pontos plotados com o índice N’ (Número de Estabilidade Modificado) das rochas
encaixantes incide numa zona de instabilidade. O significado gráfico mostra ser
indesejável a utilização de vãos livres com comprimentos de 40 e 70 m ao longo do
strike, em se tratando das rochas classificadas. Contudo, a análise gráfica indica que
vãos livres de 25 m (strike span) são passíveis de se situar na zona de transição, ou seja,
no limite entre estabilidade e instabilidade das escavações.
Wang et al. (2007) afirmam que a estabilidade das paredes do hangingwall envolve
grandes superfícies de rochas e vários metros quadrados de extensão. Todavia, nos
métodos empíricos de estabilidade do vão livre máximo, nem a resistência da rocha,
nem as tensões induzidas influenciam na avaliação do relaxamento, condição de pouca
tensão (low-stress) do hangingwall, ou seja, nenhuma sensibilidade para as tensões
induzidas ou resistência da rocha é considerada.
88
provocar a diluição do minério. A profundidade e a razão de proporção da lavra
(comprimento do vão livre ao longo do strike versus a altura real do vão exposto)
podem ser consideradas fatores de controle das respostas do hangingwall. Aí, assume-se
que a diluição do minério será tanto menor quanto menores forem as profundidades da
lavra e a altura vertical dos realces; ou mesmo que a altura vertical seja elevada, que o
comprimento do vão livre ao longo do strike seja relativamente curto (volume
desmontado pequeno).
Fatores que não podem ser alterados por serem inerentes ao corpo de minério, tal como
o ângulo de inclinação (dip) e a orientação da tensão principal máxima com relação ao
hangingwall, não foram considerados como passíveis de modificação. Entretanto, é
sabido que a sobrequebra aumenta severamente quando o ângulo de inclinação do
hangingwall é menor. Em contrapartida, ocorrências de sobrequebra tendem a ser mais
impactantes em setores onde a tensão principal máxima atua perpendicularmente à linha
de vão livre. Nos realces onde a extensão da lavra ao longo do strike é considerável,
sobrequebras de grandes dimensões tendem a ocorrer. As descontinuidades naturais da
rocha, como, por exemplo, planos de xistosidade, contribuem consideravelmente para
desarticulações e sobrequebras. A Figura 4.1 mostra condições de deflecção e curvatura
dos planos de foliação, que desencadeiam zonas de sobrequebra. Os desplacamentos
assim causados contribuem, naturalmente, para um aumento da diluição no minério pelo
hangingwall .
(a) (b)
Figura 4.1 Descontinuidades causadoras de diluição na lavra a) laminas; b) placas
89
Empiricamente, a porcentagem de diluição expressa em termos do equivalente linear de
sobrequebra ou desplacamento (Equivalent Linear Overbreak/ Slough - ELOS) é
estimada mediante utilização do Número de Estabilidade Modificado, índice N`, e do
raio hidráulico, RH. O Anexo II apresenta os resultados obtidos a partir dos
levantamentos de classificação do maciço rochoso nos realces, conforme mencionado
anteriormente. A diluição é calculada como o fator ELOS dividido pela espessura
(potência) do corpo de minério. Por exemplo, se ELOS = 0,5 m e o corpo de minério
apresenta 10 m de espessura, a diluição esperada seria de 0,5/10 = 0,05 ou 5%. A Figura
4.2 mostra o gráfico apresentado por Clarke e Pakalnis (1997), com os limites de ELOS.
90
modelo calibrado deverá reportar, para tais setores, a mesma ordem de magnitude das
reações que realmente ocorrem no corpo. Pode haver, portanto, a necessidade de se
ajustarem os dados de entrada suficientemente para que tal concordância ocorra.
Read (2004) explica os quatro estágios que compõem o processo da zona de quebra por
tensão, típico de uma escavação circular, muito similar à escavação do modelo-teste do
raise de ventilação, utilizado na calibração.
91
formação de trinca começa na região de contorno da escavação;
Estágio de dilatação: Ocorrem cisalhamento e fragmentação excessiva do
material numa zona estreita, onde ocorre expansão considerável do material
cisalhado;
Estágio de fatiamento e quebra: Continua o desenvolvimento do processo de
propagação de fraturas na zona de quebra, o que conduz à formação de
fatiamentos. Estes decorrem do cisalhamento, abertura de trincas e flambagem.
A espessura do fatiamento é variável. As fatias mais espessas formam-se quando
o entalhe da quebra atinge a dimensão máxima. Próximo à extremidade do
entalhe da quebra, o fatiamento apresenta um formato curvo.
Estágio de estabilização: O desenvolvimento do entalhe da quebra termina
quando a geometria da quebra promove confinamento suficiente para estabilizar
o processo na zona de extremidade do entalhe.
Figura 4.3 Estágios de quebra no entorno de uma escavação circular sobre tensão
(Read, 2004)
92
4.5.1 Modelo-teste de calibração do raise N14
As regiões de quebra por tensão nos modelos MAP3D são interpretadas segundo os
critérios de fator de segurança e deslocamento total, registrados no entorno das
escavações. A Figura 4.4c representa a incidência da tensão principal máxima no
modelo-teste calibrado, cuja direção preferencial é coincidente com a do mecanismo
identificado na Figura 4.4a e Figura 4.4b, respectivamente. O modelo do raise de
ventilação foi considerado calibrado quando as paredes da escavação apresentaram uma
profundidade da quebra, modelada, de cerca de 20 cm ao longo de toda a extensão
longitudinal – notar que a profundidade de quebra real foi aproximadamente de 20 cm.
A calibração confirmou-se, ainda, quando a região de quebra modelada coincidiu com a
posição real observada, ou seja, segundo a orientação NE/SW, conforme a Figura 4.4d.
Com efeito, no modelo do raise, registrou-se que a deformação total ao longo da
direção NE/SW é efetivamente maior que na direção NW/SE, condição coincidente com
o observado no campo nas regiões de quebra no raise. O modelo calibrado indicou que,
para obter-se uma profundidade de quebra da ordem de 20 cm na direção NE/SW, a
93
superfície imediata da escavação teria que deformar 2 mm. O modelo-teste do raise
considerou inexistência de lavra nas regiões adjacentes.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 4.4 a)Representação esquemática da quebra; b)Zona de quebra no raise de
ventilação do nível N14; c)Resultado da tensão principal máxima no modelo;
d) Resultado da deformação total
94
primeira e única vez na Mina Cuiabá, o método sublevel-stoping onde até então tinha
sido aplicado o método cut-and-fill. Porém, após esta experimentação, o método cut-
and-fill continuou a ser aplicado, permanecendo até os dias de hoje.
Atualmente, o nível N7 do corpo SER não pode ser acessado por questões de segurança
e por se tratar de uma região exaurida, mas a informação que se tem com relação às
condições de estabilidade do hangingwall é que não houve, durante o período em que a
lavra decorreu, diluição ou mesmo contaminação por desplacamentos significativos. Os
rib pillars do método sublevel do nível N7 permanecem nas posições originais, embora
não exista confirmação de que se apresentem intactos. Os sill pillars, porém,
encontram-se estáveis, exercendo adequadamente sua função de suporte regional.
A geometria do corpo SER, no nível N7, foi representada o mais próximo do layout
fornecido quanto possível, para retratar o formato irregular do corpo com dobras
relativamente significativas ao longo do strike e com o propósito de capturar o
comportamento dos pilares rib e sill. Convém mencionar que o valor da resistência à
95
compressão uniaxial simples (UCS) do minério e a geometria do sill pillar têm grande
influência no resultado final da calibração.
96
respectivo painel. Para os operadores de mina, a quantidade de diluição de lavra, no uso
do método sublevel, está associada à integridade das paredes da escavação e,
consequentemente, à sua estabilidade. Quanto maior o número e extensão das quebras
geomecânicas mais o minério fica diluído. Então, face aos relatos de ocorrência de
baixos níveis de diluição durante a exaustão do corpo SER, no nível N7, pode-se
deduzir que as deformações neste realce foram relativamente baixas e,
consequentemente, os fatores de segurança indicariam estabilidade.
Com relação à deformação total (Figura 4.6a), infere-se que a diluição ocorrida seria
mínima. Conforme mencionado no tópico 3.6.4 desta dissertação, a estimativa da
magnitude de deformação apresentada pelo MPBX, no hangingwall do corpo de minério
FGS, nível N10.2, seria da ordem de 80 mm para caracterizar efetivamente um
mecanismo de quebra, enquanto as deformações apresentadas por este modelo-teste não
chegam a ultrapassar este valor. Ressalte-se que os realces mencionados apresentam
dimensões similares, o que permite estabelecer a mesma magnitude de deformação
(80mm).
97
Na Figura 4.6b, notar que o sill pillar entre os níveis N7 e N8, na extremidade direita
desta figura, mostra-se ligeiramente solicitado, possivelmente em decorrência da
extensa dimensão do vão livre de lavra (aproximadamente 120m) neste setor, embora
não caracterize instabilidade.
(a)
(b)
98
5 Capítulo 5 : atributo s e crit ério s propo stos par a as simu laçõ es Num éricas
Capítulo 5
AS SIMULAÇÕES NUMÉRICAS
5.1 INTRODUÇÃO
Em face dessa variabilidade, pode-se afirmar que os modelos numéricos somente podem
representar a realidade do universo geotécnico por meio de simplificações.
Consequentemente, a variabilidade das propriedades das rochas e dos parâmetros
correlacionados à mineração, bem como as simplificações nos domínios do maciço
rochoso, implicam em incertezas na solução dos modelos numéricos. Adicionalmente, a
geometria do layout e a sequência de lavra são aspectos de desenho de mina que
necessitam ser considerados para otimizar os layouts finais. Durante este processo, é
necessário atender às especificações apontadas pelo planejamento da mina, bem como
às condicionantes geotécnicas prevalecentes.
Este capítulo tem como objetivo descrever os modelos numéricos simulados nesta
dissertação e apresentar as condicionantes e simplificações adotadas, a começar pelo
99
layout da lavra, assim como as condições geológicas adotadas, as propriedades
geotécnicas dos materiais constituintes, os dados de entrada estimados, as tensões
aplicadas e as demais condicionantes e limitações assumidas na análise numérica. Os
modelos numéricos aqui estudados foram simulados mediante uso do código numérico
MAP3D, que permite inferir e analisar as respostas mecânicas possíveis do maciço,
induzidas pela lavra. Tais respostas incluem: as grandes deformações no hangingwall
do realce; a extensão da área de sobrequebra (como fator de diluição); a condição de
estabilidade dos sill pillars agindo como suporte regional da mina. O uso de MAP3D
permite ainda dimensionar os rib pillars para o método sublevel-stoping, aplicados no
corpo Serrotinho (SER).
A geometria global assumida para os modelos que representam a lavra no corpo SER é
idêntica à indicada para o painel do nível N15. A geometria de lavra adotada no nível
N15 possui dip de aproximadamente 65º e plunge de cerca de 20º. Esta mesma
característica é extrapolada para os demais níveis estudados. A geometria completa de
cada modelo simulado é composta por um total de quatro níveis de lavra idênticos. Os
resultados da modelagem são produzidos para os níveis N15 ao N18, entre as
profundidades de 985 e 1184 m, respectivamente, cujas espessuras aparentes (potências)
100
variam de 10 a 15 m. Os modelos consideram separadamente resultados para os níveis
intermediários de lavra, com simulações que contemplam os níveis N15 e N16 e outras,
para os níveis N17 e N18.
Inicialmente, a Mina Cuiabá deseja que a lavra com sublevel-stoping ocorra entre níveis
que compreendem painéis com altura vertical máxima de 60 m. Esses painéis são
subdivididos em três subníveis de 20 m de altura vertical cada, que incluem drifts com
5,0 m de altura; apresentam rib pillars distribuídos ao longo do strike, que separam os
vãos livres de lavra; e sill pillars com 6 m de altura vertical. O comprimento total do
painel ao longo do strike adotado para o corpo SER é de 230 m. Essas dimensões
geométricas foram fixadas para todos os modelos computados.
A dimensão dos sill pillars utilizados como suporte regional e que limitam as alturas
verticais de cada nível foi estabelecida num trabalho recente de modelagem numérica
(Lorig et al., 2009). Os resultados finais de dimensionamento dos pilares sill do corpo
SER, produzidos no estudo de Lorig, foram sumariados e incorporados num documento
interno da mina, após serem interpretados e adaptados para atender às necessidades
operacionais em questão.
101
No total, foram construídos e simulados vinte e quatro modelos numéricos. Pretendeu-
se com este conjunto de modelos testar a sensibilidade de várias condicionantes
operacionais, de caráter geométrico e de qualidade do maciço. Em nível das variantes
geométricas para o desenho do layout, somente foram consideradas variações nas
seguintes dimensões:
largura dos rib pillars dispostos ao longo do strike da lavra com 5; 7,5; e 10 m;
comprimento do vão livre de lavra ao longo do strike variando entre 25; 40; e
70m.
102
Tabela 5.1 Geometrias dos modelos simulados
Altura
Largura Espessura Altura Comprimento
vertical Comprimento
Nível Profundidade do rib aparente vertical do total ao longo
Modelo do sill no strike do vão
representado representativa pillar (potência) subnível do strike
pillar de lavra (m)
(m) (m) (m) (m)
(m)
N15 - N16 987 - 1053
A1 6 5 25 15 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
B1 6 5 42.5 10 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
C1 6 5 42.5 15 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
D1 6 7,5 40 10 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
E1 6 7,5 40 15 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
F1 6 5 70 10 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
G1 6 5 70 15 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
H1 6 7,5 70 10 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
I1 6 7,5 70 15 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
J1 6 10 70 10 20 230
N17 - N18 1118- 1184
N15 - N16 987 - 1053
K1 6 10 70 15 20 230
N17 - N18 1118- 1184
103
No intuito de tornar os resultados simulados desta dissertação mais condizentes com a
realidade da mina, os modelos com 70 m de comprimento ao longo do strike (vão livre
da lavra), situados nos níveis N15 e N16, foram assumidos com propriedades distintas
para a rocha encaixante do hangingwall, footwall e para os setores mais distantes.
(a) (b)
Figura 5.3 Representação litológica da rocha encaixante a) tipo 1; b) tipo 2
104
A modelagem das condições geológicas tipo 2 para rochas encaixantes na simulação
numérica do sublevel-stoping implica avaliar um ambiente geológico complexo, de
litologias distintas, o que exige maior esforço computacional. Esta análise objetiva
comparar modelos com mesmas variantes de layout, porém, computados para cenários
com diferentes condições geológicas das rochas encaixantes (tipo 1 e tipo 2).
105
maciço.
106
Consideraram-se, nos modelos em MAP3D, elementos do tipo FF (de forças fictícias ou
fictitious force) na construção das geometrias selecionadas, que impuseram alguns
ajustes. Por exemplo, o parâmetro dilatância é uma medida do aumento de volume do
material ocorrido quando este sofre cisalhamento. No modelo Mohr-Coulomb, esse
parâmetro representa um ângulo que geralmente varia entre zero e o ângulo de atrito, ,
sendo 0,333. para rochas brandas e cerca de 0,666. para rochas duras.
Adicionalmente, o parâmetro coesão, c, do material pode ser representado como zero,
pois não influencia no cálculo matricial, uma vez que é deduzido da Equação (5.1), em
função da resistência à compressão simples (UCS) e do ângulo de atrito ( ).
UCS 2 c tan 45 (5.1)
2
O preenchimento dos realces lavrados com estéril da mina (backfill mecânico) ou com
material classificado (backfill hidráulico) auxilia no confinamento do hangingwall e do
footwall, agindo como fator limitador das deformações nas superfícies do realce e,
consequentemente, como componente do sistema regional de suporte da mina.
Efetivamente, o material de enchimento, backfill, é um componente importante para
alguns métodos de lavra, tal como o cut-and-fill e o sublevel-stoping. O comportamento
mecânico do material backfill usado no preenchimento dos vazios de lavra depende das
características específicas de sua composição, que podem ser representadas por uma
relação da tensão e do nível de deformação correspondente, em ensaios laboratoriais.
107
3000 m) podem promover fechamento/deformação no backfill, da ordem de um metro
ou mais. Os realces tabulares com altura de lavra reduzida (entre 0,80 e 1,50 m no
domínio Carbon Leader Reef, por exemplo) podem facilmente proporcionar uma
deformação no backfill que excede 50%. Nestes casos, apenas se pode esperar alguma
reação positiva do backfill.
Figura 5.4 Tensão vertical versus deformação axial para o teste de compressão
unidimensional
Lorig et al. (2009) realizaram para a Mina Cuiabá trabalhos de modelagem numérica,
considerando um comportamento para o backfill modelado semelhante ao mostrado na
Figura 5.4, representado pela curva mais espessa, ou seja, com 0,44 de porosidade.
108
Após aplicarem outro material de enchimento com comportamento dez vezes mais
rígido que a curva mostrada, Lorig et al. concluíram que o uso do backfill não seria
efetivo para impedir o desplacamento ou mesmo colapso do hangingwall em realces
factíveis de apresentar problemas de instabilidade.
109
orientação do campo de tensão da rocha pré-escavada determinadas. Estimar os campos
de tensão induzidos, causados pela abertura na rocha, e sua interação com outras áreas
pré-escavadas é igualmente importante. O estado da tensões pré-lavra, in situ, pode ser
derivado de outras grandezas (tal como, deformação) ou simplesmente estimado. Já o
estado das tensões induzidas por ações de desenvolvimento e lavra, por exemplo, é
normalmente obtido por meio de modelagem numérica.
110
transversalmente entre 1,5 e 1,2, segundo orientações ortogonais do sistema de
referência, refletindo, portanto, o grau anisotrópico transversal, no plano horizontal.
A componente vertical da tensão in situ, σV, num ponto à profundidade h, pode ser
calculada segundo σV = ρgh, isto é, dependente da carga gravitacional devida ao peso do
material rochoso encaixante cuja densidade é ρ (igual a 2800 kg/m3), exposto à
aceleração decorrente da gravidade, g. Consequentemente, infere-se que o valor da
tensão vertical aumentaria linearmente com a profundidade, variando aproximadamente
de 0,028 MPa por metro, sendo esta variação vertical representada pelo símbolo Δσc na
nomenclatura do ambiente MAP3D. Δσc tem como referência o sistema de coordenadas
locais, cuja orientação é a mais próxima da orientação do eixo Z do sistema de
coordenadas globais do modelo.
A Tabela 5.4 sumaria a caracterização das tensões in situ e sua variabilidade usadas nos
modelos para efeitos de cálculo das tensões induzidas, obedecendo às convenções do
software utilizado. Nessa tabela, indicam-se ainda as orientações correspondentes à
orientação (T - trend) e mergulho (P - plunge) das componentes das tensões segundo o
eixo coordenado local. Estes são representados por Ta e Pa, referentes à componente σa;
e Tc para a componente σc. Obviamente, em decorrência da ortogonalidade dos eixos
coordenados, as magnitudes das orientações e mergulhos das demais componentes
ficam dependentemente definidos, pelo que não é necessário fornecê-los.
111
Tabela 5.4 Caracterização do estado das tensões in situ, pré-lavra
Elevação 0m
σa plunge (mergulho) 4º
A sequência de lavra adotada na Mina Cuiabá considera que sejam lavrados dois painéis
consecutivos, simultaneamente. O objetivo desta imposição é o interesse de testar a
interferência entre painéis para a sequência estabelecida.
112
pelo avanço da lavra final. Obteve-se, desta forma, uma redução no esforço
computacional, o que implicou tempos de simulação e pós-processamento menores.
Nas simulações conduzidas para esta dissertação, mediante uso do MAP3D, foram
utilizados os parâmetros de condicionamento dos modelos, o que inclui discretização e
lumping, que asseguram um erro menor que 5% nos resultados produzidos. A Tabela
5.5 mostra os parâmetros de condicionamento considerados nos modelos. Notar que,
neste método de elemento de contorno, BEM, tais parâmetros são facilmente alterados
nos dados de entrada.
113
5.9 CRITÉRIOS APLICADOS PARA MENSURAR INSTABILIDADE
A determinação do FS para regiões de pilares sill e rib tem como objetivo estimar
indiretamente uma ordem de grandeza do dano induzido pelas sobretensões (over-
stressing) nos pilares. Nas superfícies do hangingwall em realces lavrados, importa
identificar o potencial de desarticulação e quebra nestas camadas, determinando-se,
assim, o potencial de risco de instabilidade geotécnica, além do risco do aumento da
diluição. Conhecer antecipadamente as distribuições FS no hangingwall permite
114
considerar medidas para mitigar os riscos de quebra, por exemplo. Consequentemente,
para as regiões dos pilares e do hangingwall dos layouts assumidos, calculou-se FS (ou
segundo a nomenclatura do MAP3D, FS-A) pelas Equações (5.2).
FS ( c q 3 ) / 1
(5.2)
q tan 2 (45 )
2
Convém lembrar que, numa análise elástica, os valores residuais são ignorados. Assim,
ao especificar o parâmetro como puramente elástico, tem-se uma resposta elástica
apenas, em que os parâmetros de resistência não são utilizados diretamente no cálculo
matricial. Na análise elástica, é esperado que ocorra maior excesso de tensão, do que
geralmente poderia ser correlacionada com o aumento na quantidade de deformação
plástica de uma análise não-linear, conforme mostra a Figura 5.6.
115
5.9.2 Instabilidade segundo o critério das deformações totais
116
de risco, definido pelo conceito clássico de probabilidade de ocorrência de um evento
indesejado, com consequências igualmente indesejáveis. Abaixo, explica-se o conceito
de risco proposto por Vieira (2004), igualmente aplicado aos resultados das análises
geotécnicas nesta dissertação, reportados no Capítulo 6.
R PFS i FS r (5.5)
117
Figura 5.7 Risco e distribuição de probabilidade FS
118
5.11 LIMITES DE APLICABILIDADE DOS MODELOS SIMULADOS
119
Também foi desconsiderada a presença de descontinuidades, tais como zonas de
fraqueza, planos de falhas e estruturas geológicas, embora existam dados de
mapeamento geotécnico realizado pela equipe de mecânica de rochas da mina que
refletem a presença dessas descontinuidades. Contatos de fraqueza entre os sill pillars e
o hangingwall ou footwall poderiam reduzir a capacidade dos pilares à presença de
cisalhamento e consequente redução do confinamento nas extremidades dos sill pillars.
Deve ser levado em conta que existem diferenças nas propriedades mecânicas entre as
rochas encaixantes e o corpo de minério. Assim, algumas das propriedades mecânicas
foram derivadas de relações empíricas ou de trabalhos de modelagem realizados no
passado, que apresentaram resultados satisfatórios para o ambiente da mina. Além
disso, foi realizado um exercício de calibração a fim de mostrar o comportamento da
tensão in situ e a estabilidade da lavra com sublevel-stoping do nível N7 ocorrida no
passado. As forças atuantes no maciço rochoso são responsáveis pelas deformações
deste ao redor da escavação, podendo ser inferidas por meio de uma simulação
computacional. Entretanto, na modelagem, podem ser considerados como incerteza os
resultados da extensão da sobrequebra apresentados no hangingwall da lavra.
120
6 Capítulo 6: R esu ltado s e avaliação d a est abilid ade das v ariantes sublevel
Capítulo 6
RESULTADOS E AVALIAÇ ÃO DA
6.1 INTRODUÇÃO
121
algum desentendimento quanto ao seu significado preciso. Por isso, às vezes, vê-se
como conveniente reportar as ocorrências probabilísticas por meio de outro termo,
chance, palavra que parece mais familiar ao meio. Na verdade, chance e probabilidade,
contextualmente, são termos sinônimos; entre eles, varia apenas a escala de
representação. Enquanto probabilidade refere-se a uma escala de zero até uma unidade
(0 - 1), chance reporta-se a uma escala de zero a cem por cento (0 - 100%). Com efeito,
ambos os termos produzem entendimento concordante com o acima descrito.
A Figura 6.1 mostra que, quando uma geometria estável num dado nível se transfere
para um nível relativamente mais profundo, ocorrem situações de instabilidade no
hangingwall e pilares respectivos. Com efeito, o modelo-teste colocado a profundidade
maior confirma uma diminuição significativa do fator de segurança no domínio do
hangingwall (Figura 6.1a) e aumento consequente das magnitudes e extensão das
122
deformações totais nos domínios mencionados (Figura 6.1b). Isto é, a extensão da
sobrequebra num volume do maciço aumenta proporcionalmente quando a lavra ocorre
a profundidades relativamente maiores.
(a)
(b)
123
6.3 PROCEDIMENTOS PARA O PROCESSAMENTO E REPORTAGEM DOS RESULTADOS
Nos modelos numéricos, para os volumes de interesse nos domínios referentes aos rib
pillars, foram estipulados planos-solução (grids), colocados transversalmente à potência
do corpo e longitudinalmente ao longo do comprimento no strike, cortando-se todos os
rib pillars instalados no modelo. Tais planos-solução foram colocados no ponto mais
central de cada rib pillar, para os quais foram computados os valores FSi, induzidos
após a lavra. Para os sill pillars, foram utilizados apenas os planos-solução transversais,
espaçados aproximadamente a 30 m uns dos outros e dispostos ao longo destes pilares.
Para captar as influências de quebra no hangingwall da lavra, os planos-solução foram
posicionados longitudinalmente a partir do contato do minério com o hangingwall.
Estes planos registraram impactos da lavra no interior do hangingwall para os três
primeiros metros, novamente para outros três metros, a seguir os próximos quatro
metros e por fim mais dez metros, ou seja, às profundidades de 0 a 3 m; 3 a 6 m; 6 a
10m; e de 10 a 20 m.
124
aplicado no modelo A1, indicado na Tabela 5.1. Este modelo considera sill pillars de
6 m de espessura e rib pillar de 5 m, vão de lavra de 25 m de comprimento ao longo do
strike e 15 m de potência, representando as condições de lavra nos níveis N17 e N18.
5000 1.00
4500 0.90
4000 0.80
Probabilidade
3500 0.70
3000 0.60
Frequência
2500 0.50
2000 0.40
0.339
1500 0.30
1000 0.20
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3
1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
(a)
20000 1.00
18000 0.90
16000 0.80
14000 0.70
Probabilidade
12000 0.60
Frequência
10000 0.50
8000 0.40
0.339
6000 0.30
4000 0.20
2000 0.10
0.104
0 0.00
11 1.1 1.2 1.3
1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2 More
FS-A (Mohr Coulomb)
(b)
Figura 6.2 Exemplo de distribuição de probabilidade e frequência do FS, medida
ao longo da potência nos rib pillars do modelo A1
Nos gráficos da Figura 6.2, assim como nos gráficos subsequentes onde se representam
curvas probabilísticas dos FS, os valores no eixo abscissa representam o intervalo que
conta o número de pontos FSi entre o número binário atual e o binário adjacente mais
125
alto. Conta-se um número em um binário específico se este for igual ou menor que o
número binário anterior ao último. Por exemplo, o valor FS=1,1 no eixo abscissa
representa os pontos FSi no intervalo {1,05 e 1,15}.
A Figura 6.2 mostra duas distribuições referentes ao fator de segurança, FS. A primeira
é a distribuição das frequências estatísticas da ocorrência dos valores FS num dado
domínio de análise; a segunda, resultante da primeira, refere-se à distribuição
cumulativa da probabilidade das ocorrências FS no mesmo domínio.
Pela Figura 6.2, pode-se deduzir que, por exemplo, a probabilidade de ocorrência no
domínio dos rib pillars de fatores de segurança FS ≤ 1,3 seria 0,339; enquanto a
probabilidade de ocorrência de FS ≤ 1,0, para o mesmo domínio, seria 0,104. Então,
segundo o critério estipulado no tópico 5.10, onde pela Equação (5.5) se tem que, no
contexto deste trabalho, risco de instabilidade num layout, R, se define como
R=P{FSi ≤ FRr}, pode-se deduzir que o risco de instabilidade no layout caracterizado
pelas distribuições da Figura 6.2, considerando-se o valor referência FRr=1,3, seria
R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,339 (isto é, 33,9% de chance de ocorrência de valores FS abaixo de
1,3); e, considerando-se um valor referência FRr=1,0, o risco do layout seria
R=P{FSi ≤ 1,0} = 0,104 (ou seja, 10,4% de chance de ocorrência de valores FS abaixo
de 1,0). Neste caso, em suma, se concluiria que o layout em referência apresenta um
valor relativamente baixo de risco para as ocorrências de instabilidade, quando medidas
pelo fator de segurança.
Para todas as variantes do layout sublevel aqui estudadas, foram calculados os valores
de risco, tal qual acima demonstrado. Os resultados subsequentes, portanto, podem ser
interpretados segundo o mesmo mecanismo aqui exposto. Para completar a
demonstração da interpretação de resultados, acresce mencionar que os gráficos das
distribuições apresentados nos capítulos e anexos deste trabalho (por exemplo, o gráfico
na Figura 6.2a) escondem os valores de frequência e probabilidades para pontos FS>2,0.
Trata-se de artifício necessário por uma questão de manipulação da escala do gráfico,
para permitir ampliar a característica das distribuições para valores de FS baixos, os
quais são o foco de interesse nas análises de risco. Isto é, para o estudo em referência,
pretende-se evidenciar os valores baixos de FS, que representariam ocorrência potencial
126
de instabilidade (ou risco extremo, segundo o tópico 5.10), do que valores FS altos, que
significariam sobredimensionamento, segundo a Equação (5.6).
Ruptura nos
rib pillars
(FS≤1,0)
127
Embora a variante sublevel A1 contenha pilares rib que apresentam localmente
condições de ruptura, ao se considerar o domínio integral do layout, isto é, quando se
considera a população total de valores FS de todos os pilares no modelo em análise, o
risco de instabilidade e quebra dos rib pillars é relativamente baixo. Com efeito, para o
modelo A1, o risco de quebra nos pilares rib resulta em R=P{FSi ≤ 1,0} = 0,104, ou
seja, existe para a variante A1 uma chance de 10,4% dos rib pillars, nele instalados,
apresentarem valores FS inferiores a 1,0. Comparativamente, para este mesmo layout,
tem-se que R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,339, ou seja, 33,9% de chance de os rib pillars
instalados apresentarem valores FS inferiores a 1,3.
Pela Figura 6.4, verifica-se, por exemplo, que o risco de instabilidade nos rib pillars da
variante A1, medido pela distribuição de FS num domínio transversal ao pilar rib,
lavrado com um vão de 25 m, à profundidade de 987 e 1053 m (níveis N15 - N16), seria
R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,227 (ou 22,7% de chance dos rib pillars instalados apresentarem
valores FS inferiores a 1,3); esse mesmo layout, colocado numa profundidade maior,
128
por exemplo, no nível N17 - N18 (1118 e 1184 m), aumentaria o risco para
R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,339 (ou seja 33,9% de chance dos rib pillars instalados
apresentarem valores FS inferiores a 1,3). Comparando-se o aumento na profundidade
de lavra (níveis N15 - N16 para N17 - N18) com um mesmo vão de lavra de 25 m
(modelo A1) corresponde a um aumento percentual de instabilidade, ou risco, em 11,2%
(de 22,7% para 33,9%), relativamente significativo.
0.9
0.8
0.7
Probabilidade
0.6
0.558
0.5
0.512
0.4
0.339
0.3
A1_N15-N16, z=-987m, vão de 25 m
0.227
0.2 A1_N17-N18, z=-1053m vão de 25 m
G1_N15-N16, z=-987m, vão de 70 m
0.1
G1_N17-N18, z=-1053m, vão de 70 m
0
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
Figura 6.4 Relações do risco de instabilidade nos rib pillars para dois modelos
sublevel , A1 e G1, em função dos vãos e da profundidade de lavra
Pela Figura 6.4, verifica-se, ainda, por exemplo, que o risco de instabilidade nos rib
pillars da variante G1, medido pela distribuição de FS num domínio transversal ao pilar,
lavrado com um vão maior, de 70 m, à profundidade de 987 e 1053 m (níveis N15 -
N16), seria R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,512 (ou 51,2% de chance dos rib pillars instalados
apresentarem valores FS inferiores a 1,3). Comparando-se com a mesma profundidade
de lavra (níveis N15 - N16), a variante A1, com vão de lavra menor, de 25 m, apresenta
um risco menor de instabilidade nos rib pillars, ou seja, R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,227 (ou
129
22,7% de chance dos rib pillars instalados apresentarem valores FS inferiores a 1,3).
Deduz-se, então, para os casos representados, que um aumento no vão de lavra (de 25 m
para 70 m), na mesma profundidade, corresponde a um aumento percentual de
instabilidade, ou risco, em 28,5% (de 22,7% para 51,2%), relativamente significativo.
A Figura 6.5 representa resultados das distribuições do fator de segurança nos domínios
dos sill pillars do modelo C1 para duas profundidades, N14 a 921 m e N17 a 1118 m,
produzidos em MAP3D. A geometria de lavra envolve vãos de 40 m, potência de 15 m
e rib pillars intercalados de 5 m de largura.
130
(a)
(b)
Figura 6.5 Distribuição transversal de FS nos sill pillars do modelo C1 com vãos
de 40 m e potência de 15 m; a) nível N14, z=-921 m; b) nível N17, z=-1118 m
A Figura 6.6 representa resultados das distribuições do fator de segurança nos domínios
dos sill pillars do modelo E1, também para as profundidades de lavra no nível N14 a
921 m e N17 a 1118 m, produzidos em MAP3D. Tal como no modelo anterior, a
geometria de lavra envolve vãos de 40 m e potência de 15 m, mas, agora, E1 inclui rib
pillars intercalados de 7,5 m de largura, portanto, 2,5 m mais largos que os rib pillars
da variante C1, da Figura 6.5.
Pela legenda de fator de segurança anexa na Figura 6.6, tem-se que, para a variante E1,
em ambos os horizontes de lavra N14 e N17, os sill pillars mantêm sua integridade, não
apresentando condições de ruptura (em que ruptura se interpreta, no contexto deste
trabalho, como valores de FS≤1,0 cortarem o núcleo dos pilares). No nível superior
N14, os valores FS nos sill pillars do layout E1 são relativamente altos, o que implica
estabilidade relativamente alta. A diminuição dos valores FS, quando E1 é lavrado num
131
horizonte 197 m mais profundo, no nível N17, é menor que a ocorrida no modelo C1.
Isto é, o avanço das quebras potenciais nos sill pillars da variante E1 é menor que na
variante C1, quando ambos os layouts são colocados na mesma profundidade. A razão
para esta diferenciação de comportamento reside nas diferenças geométricas dos layouts
de lavra em questão, em que, para a variante C1, intercalam-se rib pillars com 5 m de
largura e, para a variante E1, a largura dos rib pillars intercalados é de 7,5 m.
Naturalmente, o sistema integrado de pilares (sill e rib) da variante E1 resulta numa
condição mais rígida (stiff) do sistema, quando comparado à variante C1.
(a)
(b)
Figura 6.6 Distribuição transversal de FS nos sill pillars do modelo E1 com vãos
40 m e potência de 15 m; a) nível N14, z=-921 m; b) nível N17, z=-1118 m
132
6.5.1 Impacto da rigidez do sistema e da profundidade no risco dos sill pillars
De novo, é possível derivar, a partir dos resultados compilados no Anexo IV, múltiplas
interpretações relativas à estabilidade dos sill pillars para as variantes do sublevel
estudadas. De toda a informação produzida, importa sintetizar em termos gerais, por
exemplo, o impacto da rigidez do sistema de pilares e da profundidade de lavra no risco
de instabilidade dos sill pillars do método sublevel-stoping. A Figura 6.7 evidencia a
interdependência dos parâmetros mencionados, apresentando as distribuições de
probabilidade referentes às variantes C1 e E1 dos modelos sublevel, descritas
anteriormente. Foram considerados: dois horizontes de lavra, o nível N14 e N17, a
921 m e 1118 m de profundidade, respectivamente; e cenários de geometria que
consideram, no layout de lavra, a intercalação de rib pillars de diferentes dimensões,
com 5 e 7,5 m de largura, respectivamente. Para as duas variantes consideradas, C1 e
E1, os vãos livres de lavra ao longo do strike (portanto, a distância que separa rib
pillars) mantêm-se iguais com 40 m.
Pela Figura 6.7, verifica-se, por exemplo, que o risco de instabilidade nos sill pillars da
variante C1, medido pela distribuição de FS num domínio transversal ao pilar, lavrado
com vão de 40 m, à profundidade de 921 m (nível N14), seria R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,160
(ou 16,0% de chance dos sill pillars instalados apresentarem valores FS inferiores a
1,3); esse mesmo layout, colocado numa profundidade maior, por exemplo, no nível
N17 a 1118 m abaixo da superfície, aumentaria o risco de instabilidade para
R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,250 (ou seja, 25,0% de chance dos sill pillars instalados
apresentarem valores FS inferiores a 1,3). O aumento da profundidade de lavra, para a
mesma geometria e rigidez do sistema de pilares (pois não se alterou a dimensão
destes), por si só, contribui para um acréscimo no risco de instabilidade nos sill pillars,
da variante C1, da ordem de 9% (ou seja, de 16% para 25%).
133
R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,251 (ou 25,1% de chance dos sill pillars instalados apresentarem
valores FS inferiores a 1,3) na profundidade do nível N17 a 1118 m. Virtualmente,
ocorreria, portanto, o mesmo incremento de 9% da variante C1.
A Figura 6.7 demonstra ainda que, para a mesma profundidade de lavra e para o mesmo
vão de lavra de 40 m, o risco de instabilidade nos sill pillars nas variantes C1 e E1 são
insensíveis ao aumento da rigidez do sistema (isto é, as variantes C1 e E1 são
indiferentes ao aumento da largura dos rib pillars para a mesma profundidade). Esta
dedução é importante, obviamente, do ponto de vista operacional e econômico, pois
implica recomendar a execução de layouts de lavra onde se podem intercalar rib pillars
de menor dimensão, sem contudo comprometer a estabilidade e aumentar
significativamente o risco geotécnico. Entretanto, o fato dos resultados compilados
derivarem de análises numéricas puramente elásticas não permite conclusivamente
confirmar as deduções acima.
P{FS ≤ FRr} variando largura do rib pillar e profundidade para vãos de lavra 40 m
0.6
0.5
Z = - 1118 m
0.4
Probabilidade
Z = - 921 m
0.3
0.250
0.2
0.160 C1_N14 (5m)
C1_N17 (5m)
0.1
E1_N14 (7,5m)
E1_N17 (7,5m)
0
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS nos sill pillars de 6m de altura vertical, potência de 15m
Figura 6.7 Relações do risco de instabilidade nos sill pillars para dois modelos
sublevel , C1 e E1, em função da largura dos rib pillars e da profundidade de
lavra, considerando vãos de lavra de 40 m
134
6.5.2 Impacto do vão de lavra no risco de instabilidade de sill pillars
Pela análise conjunta dos resultados, Figura 6.8a e Figura 6.8b, referentes ao modelo
G1, com rib pillars de 5 m, verifica-se haver condições de ruptura e instabilidade em
algumas seções do sill pillar deste layout. Ocorre que, na profundidade do nível N17, a
1118 m abaixo da superfície (Figura 6.8b), determinados trechos do pilar sill reportam
valores FS inferiores a uma unidade (FS≤1,0), onde a região de ruptura se propaga
transversalmente, cortando o núcleo do pilar. Por sua vez, uma análise conjunta, similar,
aplicada aos resultados da Figura 6.8c e Figura 6.8d, referentes ao modelo K1, com rib
pillars de 10 m (o dobro da largura dos rib pillars no modelo G1), verifica-se a não
ocorrência de ruptura no sill pillar do layout K1, para a mesma profundidade
operacional no nível N17.
135
rib pillar = 5 m rib pillar = 10 m
(a) (c)
rib pillar = 5 m rib pillar = 10 m
(b) (d)
Figura 6.8 Distribuição transversal de FS nos sill pillars para os modelos, níveis e
profundidades correspondentes; a) G1, N14, 921 m ; b) G1, N17, 1118 m;
c)K1, N14, 921 m; d) K1, N17, 1118 m
As relações de risco de instabilidade nos sill pillars dos modelos sublevel G1 e K1, em
função da largura dos rib pillars neles intercalados e da profundidade de lavra para vãos
mais largos, com 70 m ao longo do strike, demonstram-se na Figura 6.9. Verifica-se
que o risco de instabilidade nos sill pillars da variante G1, por exemplo, com rib pillars
de 5 m e à profundidade de 921 m (nível N14), seria R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,250 (ou 25,0%
de chance dos sill pillars instalados apresentarem valores FS inferiores a 1,3); o mesmo
layout G1, colocado numa profundidade maior, no nível N17, a 1118 m, por exemplo,
aumentaria o risco de instabilidade para R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,360 (ou seja, 36,0% de
chance dos sill pillars instalados apresentarem valores FS inferiores a 1,3). Já para a
136
variante K1, lavrada com rib pillars de 10 m (o dobro da medida dos pilares rib
anteriores), com o mesmo vão de 70 m e à profundidade de 921 m (nível N14), o risco
de instabilidade seria relativamente menor, R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,172 (ou 17,2% de
chance dos sill pillars instalados apresentarem valores FS inferiores a 1,3); este layout
K1, colocado a uma profundidade maior, no nível N17, a 1118 m, por exemplo,
aumentaria o risco de instabilidade para R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,260 (ou seja 26,0% de
chance dos sill pillars instalados apresentarem valores FS inferiores a 1,3).
P{FS ≤ FRr} variando largura do rib pillar e profundidade para vãos de lavra 70 m
0.6
0.5
0.4
Probabilidade
0.360
0.3
0.260
0.250
0.2
0.172 G1_N14 (5m) Z = - 921 m
G1_N17 (5m) Z = - 1118 m
0.1 K1_N14 (10m) Z = - 921 m
K1_N17 (10m) Z = - 1118 m
0
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS nos sill pillars de 6 m de altura vertical, potência de 15m
Figura 6.9 Relações do risco de instabilidade nos sill pillars para dois modelos
sublevel , G1 e K1, em função da largura dos rib pillars e da profundidade de
lavra, considerando vãos de lavra de 70m
137
no layout sublevel deve ser aumentada proporcionalmente. No caso aqui demonstrado, o
aumento deveria ser para o dobro, por exemplo.
Agora, a Figura 6.10 refere-se às tendências do risco de instabilidade nos sill pillars
para dois modelos sublevel, C1 e G1, colocados na mesma profundidade, nível N14 a
921 m, mas variando o vão de lavra de 40 para 70 m, respectivamente. Mantém-se a
rigidez do sistema para ambos os casos, isto é, as dimensões dos rib pillars intercalados
em ambos os modelos são precisamente iguais, com 5 m de largura. Verifica-se, então,
que o risco de instabilidade nos sill pillars da variante C1 com vãos de 40 m seria
R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,250 (ou 25,0% de chance dos sill pillars instalados apresentarem
valores FS inferiores a 1,3); enquanto o risco de instabilidade da variante G1 com vãos
de 70 m seria R=P{FSi ≤ 1,3} = 0,360 (ou seja, 36,0% de chance dos sill pillars
instalados apresentarem valores FS inferiores a 1,3). Consequentemente, para um
aumento de vão de lavra da ordem de 75%, de 40 para 70 m, o risco de instabilidade
cresce, aproximadamente, 11% (de 0,250 para 0,360).
O corolário a reter para a análise acima, evidentemente, é que o nível de risco aumenta
proporcionalmente com o aumento dos vãos de lavra.
P{FS ≤ FRr} variando vãos de lavra, mesma profundidade N14, Z=- 921 m
0.6
0.5
0.4
Probabilidade
0.360
0.3
0.250
0.2
0
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS nos sill pillars de 6 m de altura vertical, potência de 15m
Figura 6.10 Relações do risco de instabilidade nos sill pillars para dois modelos
sublevel, C1 e G1, em função do vão de lavra, para a mesma profundidade
138
6.6 INSTABILIDADE NO HANGINGWALL NAS VARIANTES SUBLEVEL-STOPING
A Figura 6.11 revela a extensão e magnitudes das deformações totais, dt, espacialmente
distribuídas no hangingwall da lavra, modeladas para a variante A1 que opera com vãos
de lavra de 25 m; e para a variante G1 com vãos de 70 m ao longo do strike. Ambos os
layouts consideram 15 m de potência e rib pillars com 5 m de largura, sendo que a lavra
ocorre entre o nível N15 à profundidade de 987 m e o nível N16 com 1053 m de
profundidade. A Figura 6.11 ilustra o impacto do aumento no vão de lavra nas
deformações totais induzidas. A cor vermelho-intermediária representa a população de
valores dt ≥ 80 mm onde, segundo o critério acima, haveria potencial de ocorrer
desplacamentos no hangingwall. A Figura 6.11a, representando a variante sublevel A1
com vãos de lavra de 25 m, denota domínios dt ≥ 80 mm no hangingwall de menor
139
extensão que na Figura 6.11b, onde se representa a variante G1, com vãos de lavra de
70 m. Claramente, a variante G1, com vãos maiores, apresenta condições
consideravelmente piores de instabilidade no hangingwall.
(a)
(b)
Figura 6.11 Distribuição das deformações totais, dt , no hangingwall da lavra entre
os níveis N15 e N16; a) modelo A1, 25m de vão; b) modelo G1, 70 m de vão
140
descrito no tópico 5.3, Figura 5.3, que considera a sequência litológica X1/FG no
hangingwall, seguido da zona de minério BIF e, por fim, a litologia X1/FG, no footwall.
Notar que a determinação do nível de risco pelas curvas de probabilidade da Figura 6.12
se dá pelo valor recíproco, ou seja, o risco de instabilidade no hangingwall definido por
R=P{dt ≥ 80 mm}, determina-se lendo diretamente no gráfico o valor P{dt ≤ 80 mm} e
calculando-se em seguida o recíproco. Assim, o risco, R, de instabilidade por
deformação total no intervalo entre 0 e 3 m no interior do hangingwall, por exemplo
(Figura 6.12a), seria R=P{dt ≥ 80 mm} = 1- P{dt ≤80 mm} = 1-0,915=0,085 (ou 8,5%
de chance do hangingwall apresentar valores dt superiores a 80 mm no intervalo de
análise). Os demais valores de risco de instabilidade no hangingwall, determinados da
mesma forma aqui demonstrada, e a partir das curvas de probabilidade da Figura 6.12,
para diferentes profundidades no interior do hangingwall, encontram-se sumariadas na
Tabela 6.1.
P{d > 80 mm} variando vão ao longo do strike P{dt > 80 mm} variando condição geológica da encaixante
P{dt ≥t 80 mm variando o vão ao longo do strike P{dt ≥ 80 mm variando o vão ao longo do strike
1 1
0,915 0,948
0.9 0.9
0.8 0.8
0.7 0.7
Probabilidade
Probabilidade
0.6 0.6
0.5 0.5
0.4 0.4
0,368
0,338
0.3 0.3
G1_HW 0-3m, vão=70m G1_HW 3-6m, vão=70m
0.2 0.2
A1_HW 0-3m, vão=25m A1_HW 3-6m, vão=25m
0.1 0.1
0 0
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
(a) 0 – 3 m (b) 3 – 6 m
P{dt > 80 mm} variando condição geológica da encaixante
P{dt ≥ 80 mm variando o vão ao longo do strike P{dt >P{d t ≥ 80variando
80 mm} mm variando o vão
condição ao longo
geológica dado strike
encaixante
0,998 1
1,01
0.9
0.9
0.8
0.8
0,759
0.7
0.7
Probabilidade
0.6
Probabilidade
0.6
0,525
0.5
0.5
0.4
0.4
0.3
0.3
G1_HW 6-10m, vão=70m G1_HW 10-20m, vão=70m
0.2
0.2
A1_HW 6-10m, vão=25m A1_HW 10-20m, vão=25m
0.1
0.1
0
0
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
Deform ação total no hangingwall (m )
Deform ação total no hangingwall (m )
141
Pela Tabela 6.1, confirma-se que o risco de instabilidade no hangingwall amplia-se com
o aumento do vão de lavra. No intervalo de 0 a 3 m no interior do hangingwall, por
exemplo, verifica-se que o risco de instabilidade seria de 0,085 (ou seja, 8,5% de chance
do hangingwall apresentar valores dt superiores a 80 mm) em layouts de 25 m de vão; e
aumenta para 0,662 (ou seja, 66,2% de chance do hangingwall apresentar valores dt
superiores a 80 mm) em layouts com vão igual a 70 m.
Ilustra-se, ainda com dados da Tabela 6.1, que, quando comparado o intervalo de 10 a
20 m no interior do hangingwall, tem-se, no sublevel lavrado com vãos de 25 m, que a
probabilidade de ocorrência de deformações totais acima do valor referência dt ≥ 80mm
seria nula. Porém, se o mesmo sublevel implementar vãos de 70 m, o risco aumenta para
24,1%. Confirma-se claramente, em suma, que o aumento do vão de lavra acima de
determinadas dimensões gera impactos extremamente negativos para o hangingwall do
layout. Cabe, então, à engenharia de rochas determinar as dimensões dos vãos mínimos
de lavra estáveis.
A Figura 6.13 compara, por sua vez, as distribuições cumulativas de probabilidade das
deformações totais para as variantes sublevel G1 e G2, com desenhos de layout
precisamente iguais, ou seja, sill pillars de 6 m, rib pillars de 5 m, vãos livres ao longo
do strike de 70 m, potência de 15 m, operando entre os níveis N15 e N16, porém
referentes a ambientes geológicos e geotécnicos distintos, do tipo 1 e tipo 2. Por outras
palavras, as distribuições das deformações totais na Figura 6.13 comparam os impactos
das encaixantes tipo 1 e tipo 2, descritas no tópico 5.3, Figura 5.3. O pacote litológico
142
tipo 2 envolve uma sequência de rocha intacta, seguida da litologia X2, e ainda por
X1/FG, a zona de minério BIF, de novo X2 e, por fim, uma rocha intacta de melhor
propriedade mecânica, considerada a sequência lida do hangingwall para o footwall.
P{dt > 80 mm} variando condição geológica da encaixante P{dt > 80 mm} variando condição geológica da encaixante
1 1
0.9 0.9
0,861
0.8 0.8
0.7
0,690 0.7
Probabilidade
Probabilidade
0.6 0.6
0.5 0.5
0.4 0.4
0,368
0,338
0.3 0.3
(a) 0 – 3 m (b) 3 – 6 m
P{dt > 80 mm} variando condição geológica da encaixante P{dt > 80 mm} variando condição geológica da encaixante
0,999 1 1,01
0.9 0.9
0.8 0.8
0,759
0.7 0.7
Probabilidade
Probabilidade
0.6 0.6
0,525
0.5 0.5
0.4 0.4
0.3 0.3
0 0
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
Deform ação total no hangingwall (m ) Deform ação total no hangingwall (m )
143
O modelo tipo 1, do ponto de vista geotécnico, é o pacote de menor resistência
mecânica, que integra as litologias X1/FG no hangingwall, seguido da zona de minério
BIF e da litologia X1/FG no footwall; em contrapartida, o pacote litológico tipo 2 é
relativamente mais consistente e rígido. As propriedades mecânicas das litologias X2 e
da rocha intacta, integrantes deste pacote, conferem mais resistência e rigidez ao
maciço, do que no caso do pacote litológico tipo 1, mais fraco mecanicamente.
Consequentemente, é previsível que o risco de instabilidade no pacote tipo 1 seja
superior ao risco do pacote tipo 2, tal como demonstram os resultados na Tabela 6.2.
Importa reter, então, que o layout sublevel apresenta riscos maiores de instabilidade
quando implementado em ambientes geotécnicos de menor integridade.
144
7 Capítulo 7 : Conclu sões g er ais e sugestõ es para pesquisas futuras
Capítulo 7
PESQUISAS FUTURAS
7.1 INTRODUÇÃO
145
de risco. Foi demonstrado, em última análise, que é possível e essencial integrar
modelagem numérica geotécnica e desenho de layouts de mina (planejamento).
7.2 CONCLUSÕES
Ainda que os domínios descontínuos não possam ser caracterizados pelos métodos de
elementos de contorno, BEM, ao se tratar de geometrias complexas, tridimensionais, em
meios relativamente homogêneos e elásticos, as análises numéricas realizadas com
MAP3D foram bem sucedidas nesta dissertação.
146
Os resultados provenientes de modelos numéricos requerem apreciação do grau de
confiabilidade. É necessário retroanalisar os resultados dos modelos com base nas
respostas observadas in situ, provenientes de dados de monitoramento e instrumentação
existentes. A retroanálise pode ser usada para reduzir dispersão nos resultados. Medidas
de otimização do modelo numérico incluem: refinamento da geometria e representação
geológica; melhor caracterização do estado de tensão pré-lavra; maior rigor nas
propriedades dos materiais; diminuição dos erros numéricos; e correlação com
observações de campo. O monitoramento e a retroanálise das respostas do maciço
rochoso são essenciais para a otimização das análises numéricas.
147
Sobre os modelos tridimensionais desenvolvidos
Utiliza-se o fator de segurança (FS) e a deformação total (dt) induzida para caracterizar
as condições de instabilidade nos pilares e no hangingwall da lavra, respectivamente.
Esta é uma maneira simples e conveniente de quantificar a extensão com que as
condições mecânicas do maciço podem se exceder em determinados pontos.
A determinação do fator de segurança para regiões dos pilares sill e rib permite estimar,
indiretamente, uma ordem de grandeza do dano induzido pelas sobretensões nos pilares,
por exemplo. Globalmente, as análises dos pilares consideram que resultados de fator de
segurança FS≤1,0 ultrapassando transversalmente ou longitudinalmente os pilares
caracterizam a condição de falha ou ruptura destes.
148
estabilidade de um layout como um todo, não especificamente as condições instáveis
referentes a um único ponto no layout, um pilar, etc., requer uma representação
estatística de distribuição de probabilidade das variáveis de risco correspondentes, nos
domínios pretendidos.
149
Impacto sobre a profundidade de lavra
Quando a geometria de lavra, estável num dado nível superior, é aplicada num ambiente
mais profundo, o realce pode tornar-se instável, dependentemente da geometria do
layout e de outros fatores geotécnicos.
Em termos gerais, pilares rib com larguras menores são menos capazes de propiciar
estabilidade global de um dado painel de lavra, pois existe maior probabilidade de
ocorrer colapso do núcleo devido às concentrações de tensões induzidas pela lavra,
causando perda da capacidade de carga.
O risco de instabilidade dos rib pillars no método sublevel amplia-se com o aumento da
profundidade e com o aumento do vão de lavra, em proporções que dependem da
geometria e do horizonte de lavra onde tais layouts são executados.
150
Entretanto, resultados compilados de análises numéricas puramente elásticas não podem
confirmar de forma conclusiva e inequívoca tais deduções.
Geometrias com vãos maiores (por exemplo de 70 m) ao longo do strike podem não
comportar sill pillars com as dimensões simuladas (6 m de altura vertical) para a
posição do pilar situada nos níveis mais profundos (por exemplo a partir do nível N17),
a não ser que apresente rib pillars de dimensão relativamente maior. Todas as demais
geometrias tornam-se estáveis com sill pillars de 6 m de altura vertical para níveis de
lavra de menor profundidade (N14 ao N16).
A incerteza nas propriedades do maciço rochoso afeta a seleção ótima dos layouts. Os
modelos que consideram litologias distintas compondo o maciço rochoso, hangingwall,
footwall e, ainda, uma rocha de propriedade intacta num campo de influência distante
das escavações, são assumidos como mais representativos da deformação esperada no
hangingwall. Pacotes litológicos de menor resistência mecânica agravam negativamente
o risco de instabilidade no hangingwall. O layout sublevel apresenta riscos de
instabilidade maiores quando executado em ambientes com características geotécnicas
de menor integridade.
151
escavações contêm zonas de sobresolicitação e de relaxação. A tensão máxima pode
causar ruptura e a tensão mínima permite a dilatação das juntas e o desprendimento dos
blocos por gravidade. Em termos gerais, o risco de instabilidade no hangingwall
amplia-se quando aumenta o vão de lavra. A engenharia de rochas deve determinar as
dimensões dos vãos mínimos de lavra estáveis.
Mitigar incertezas
a resistência do maciço rochoso não é bem conhecida, além de ser difícil de ser
quantificada em grandes volumes de rochas, visto que ensaios realizados em
larga escala são difíceis de ser conduzidos e relativamente caros;
o dano causado ao maciço pelo desmonte é um fator que geralmente pode ser
bem quantificado, mas comumente não é quantificado e/ou considerado.
A redução do grau das incertezas mencionadas não é um processo trivial. Como tema
de pesquisa futuro, portanto, propõe-se o desenvolvimento de metodologias que
caracterizem numericamente a variabilidade das características, propriedades e impactos
do maciço, espacialmente distribuídas. O desenvolvimento de processos estocásticos em
152
geotecnia e mecânica de rochas seria cabível, bem como uma abordagem geo-estatística
com o uso de variogramas.
Sugere-se além do mais, que o conhecimento adquirido nesta dissertação com base em
análises numéricas tridimensionais do método sublevel-stoping para o corpo SER seja
complementado com a continuidade de análises e trabalhos, envolvendo:
153
8 Bibliogr afia
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geochemistry of carbonates. In: Revista Brasileira de Geociências 30(2), p. 337-341.
158
9 An exo I : Seleção Emp írica d e St ewart
Anexo I
159
Variação de geometria/ malha de distribuição para diferentes métodos de lavra
Forma geral Espessura do minério Plunge do minério Malha de distribuição
Método de Lavra
E T I N I E ME F I E U G E
Open pit 3 2 3 2 3 4 4 3 3 4 3 3 3
Blocking caving 4 2 0 -49 0 2 4 3 2 4 4 2 0
Sublevel stoping 2 2 1 1 2 4 3 2 1 4 3 3 1
Sublevel caving 3 4 1 -49 0 4 4 1 1 4 4 2 0
Longwall -49 4 -49 4 0 -49 -49 4 0 -49 4 2 0
Room-and-pillar 0 4 2 4 2 -49 -49 4 1 0 3 3 3
Shrinkage stoping 2 2 1 1 2 4 3 2 1 4 3 2 1
Cut-and-fill 0 4 2 4 4 0 0 0 3 4 3 3 3
Top slicing 3 3 0 -49 0 3 4 4 1 2 4 2 0
Square set 0 2 4 4 4 1 1 2 3 3 3 3 3
Características geomecânicas
Características mecânicas da rocha Minério HW FW
1) Resistência da Fraco (W) < 8 MPa
rocha (UCS / pressão Moderado (M) 8 - 15 MPa X X
de confinamento) Forte (F) > 15 MPa X
2) Espaçamento das Muito perto (MP) > 16 e RQD = 0 - 20
fraturas Perto (P) 10 - 16 e RQD = 20 - 40
Fraturas/m e Longe (L) 3 - 10 e RQD = 40 - 70
% RQD Muito Longe (ML) < 3 e RQD = 70 - 100 X X X
Fraco (W) Descontinuidade aberta com superfície
lisa ou preenchida com material de X
3) Resistência da resistência inferior
fratura ao Moderado (M) Descontinuidade aberta com superfície X X
cisalhamento rugosa
Forte (F) Descontinuidade preenchida com
material de igual ou superior resistência
160
Variação para características geomecânicas de diferentes métodos de lavra
Resistência da fratura ao
Resistência da rocha Espaçamento das fraturas
Método de Lavra cisalhamento
W M F MP P L ML W M F
Open pit 3 4 4 2 3 4 4 2 3 4
Blocking caving 4 1 1 4 4 3 0 4 3 0
Sublevel stoping -49 3 4 0 0 1 4 0 2 4
Sublevel caving 0 3 3 0 2 4 4 0 2 2
Longwall 4 1 0 4 4 0 0 4 3 0
Room-and-pillar 0 3 4 0 1 2 4 0 2 4
Shrinkage stoping 1 3 4 0 1 3 4 0 2 4
Cut-and-fill 3 2 2 3 3 2 2 3 3 2
Top slicing 2 3 3 1 1 2 4 1 2 4
Square set 4 1 1 4 4 2 1 4 3 2
Resultado final
Definição de
Características geomecânicas
Método de Lavra geometria Total
Minério Minério HW FW
Open pit 12 11 10 11 44
Blocking caving 10 4 5 4 23
Sublevel stoping 8 10 7 9 34
Sublevel caving 8 9 7 9 33
Longwall -45 3 5 4 -33
Room-and-pillar 6 10 7 9 32
Shrinkage stoping 8 10 7 9 34
Cut-and-fill 10 7 7 7 31
Top slicing 8 9 8 9 34
Square set 10 5 6 5 26
161
10 An exo II : Índ ices d e Math ews e Potvin
Anexo II
162
Altura Raio Número de
Orebody Altura Comprimento Número de Critério de Diluição Chance de
vertical Hidraulico Estabilidade
Dip realce (m) entre pilares (m) Estabilidade (N') Mathews estabilidade
realce (m) (m) (N) ELOS (m)
66 20 21.9 25 5.8 10.6 9.7 Estável <0.5 >80%
66 20 21.9 25 5.8 20.9 19.1 Estável <0.5 >90%
7 Mpa 66 20 21.9 25 5.8 22.1 20.2 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 35.5 32.5 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 49.1 45 Estável <0.5 100%
66 20 21.9 25 5.8 3.2 3 Transição 1.0 - 2.0 30%
66 20 21.9 25 5.8 6.2 5.6 Transição 0.5 - 1.0 >60%
18 Mpa 66 20 21.9 25 5.8 6.8 6.2 Transição 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 25 5.8 10.4 9.6 Transição <0.5 80%
66 20 21.9 25 5.8 15.0 13.8 Estável <0.5 90%
1000 1000
Zona Estável
100 100
ELOS = 1, 0 - 2 , 0 m
ELOS > 2 , 0 m
10 10
Zona Instável
1 1
Dano severo /
Possibilidade de colapso das paredes
0.1 0.1
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
Raio Hidráulico (m ) Raio Hidráulico (m)
1000.0
100%
90%
80%
70% 60%
50%40%
30%
100.0 20%
Número de Estabilidade (N)
10%
Zona Estável
0%
10.0
M ina Cuiabá_FGS
Índice N'
1.0 Sigma máx = 7 a18 M Pa
Zona Instável
0.1
1 10 100
Raio Hidráulico (m)
163
Altura Comprimento Raio Número de
Orebody Altura Número de Critério de Diluição Chance de
vertical entre pilares Hidraulico Estabilidade
Dip realce (m) Estabilidade (N') Mathews estabilidade
realce (m) (m) (m) (N) ELOS (m)
66 20 21.9 25 5.8 6.8 6.2 Estável 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 25 5.8 7.5 6.9 Estável 0.5 - 1.0 >70%
66 20 21.9 25 5.8 8.5 7.7 Estável 0.5 - 1.0 >70%
66 20 21.9 25 5.8 9.7 8.9 Estável <0.5 80%
66 20 21.9 25 5.8 14.4 13.2 Estável <0.5 90%
66 20 21.9 25 5.8 16.9 15.5 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 18.6 17 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 19.4 17.8 Estável <0.5 >90%
7 Mpa 66 20 21.9 25 5.8 22.8 20.9 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 29.1 26.6 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 32.1 29.4 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 35.5 32.5 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 36.3 34 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 37.2 48.8 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 53.3 55.4 Estável <0.5 100%
66 20 21.9 25 5.8 61.2 186.8 Estável <0.5 100%
66 20 21.9 25 5.8 135.3 206.4 Estável <0.5 100%
66 20 21.9 25 5.8 2 1.8 Instável >2.0 >10%
66 20 21.9 25 5.8 2.2 2 Instável >2.0 20%
66 20 21.9 25 5.8 2.5 2.3 Instável 1.0 - 2.0 >20%
66 20 21.9 25 5.8 2.9 2.6 Instável 1.0 - 2.0 >20%
66 20 21.9 25 5.8 4.2 3.9 Transição 1.0 - 2.0 >40%
66 20 21.9 25 5.8 5 4.6 Transição 1.0 - 2.0 >50%
66 20 21.9 25 5.8 5.5 5 Transição 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 25 5.8 5.7 5.2 Transição 0.5 - 1.0 >60%
18 Mpa 66 20 21.9 25 5.8 6.7 6.2 Transição 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 25 5.8 8.6 7.8 Transição 0.5 - 1.0 >70%
66 20 21.9 25 5.8 9.5 8.7 Transição 0.5 - 1.0 >70%
66 20 21.9 25 5.8 10.4 9.6 Estável <0.5 >80%
66 20 21.9 25 5.8 10.7 10 Estável <0.5 >80%
66 20 21.9 25 5.8 10.9 14.4 Estável <0.5 >80%
66 20 21.9 25 5.8 15.7 16.3 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 18 55 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 25 5.8 39.8 60.7 Estável <0.5 >90%
1000 1000
Zona Estável
S omente dano por detonação
Zona de
Número de Estabilidade (N')
100 100
Número de Estabilidade (N')
ELOS = 1, 0 - 2 , 0 m
ELOS > 2 , 0 m
10 10
Zona Instável
1 1
Dano severo /
Possibilidade de colapso das paredes
0.1 0.1
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
Raio Hidráulico (m ) Raio Hidráulico (m)
1000
100%
90%
80%
70% 60%
50%40%
30%
100 20%
Número de Estabilidade (N)
10%
Zona Estável
0%
10
M ina Cuiabá_FGS
Índice N'
1 Sigma máx = 7 a18 M Pa
Zona Instável
0.1
1 10 100
Raio Hidráulico (m)
164
Altura Raio Número de
Orebody Altura Comprimento Número de Critério de Diluição Chance de
vertical Hidraulico Estabilidade
Dip realce (m) entre pilares (m) Estabilidade (N') Mathews estabilidade
realce (m) (m) (N) ELOS (m)
66 20 21.9 40 7.1 10.6 9.7 Transição 0.5 - 1.0 >70%
66 20 21.9 40 7.1 20.9 19.1 Estável <0.5 >80%
7 Mpa 66 20 21.9 40 7.1 22.1 20.2 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 35.5 32.5 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 49.1 45 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 3.2 3 Instável 1.0 - 2.0 >20%
66 20 21.9 40 7.1 6.2 5.6 Instável 1.0 - 2.0 >40%
18 Mpa 66 20 21.9 40 7.1 6.8 6.2 Transição 0.5 - 1.0 50%
66 20 21.9 40 7.1 10.4 9.6 Transição 0.5 - 1.0 70%
66 20 21.9 40 7.1 15.0 13.8 Transição <0.5 >80%
1000 1000
Zona Estável
100 100
ELOS = 1, 0 - 2 , 0 m
ELOS > 2 , 0 m
10 10
Zona Instável
1 1
Dano severo /
Possibilidade de colapso das paredes
0.1 0.1
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
Raio Hidráulico (m ) Raio Hidráulico (m)
1000.0
100%
90%
80%
70% 60%
50%40%
30%
100.0 20%
Número de Estabilidade (N)
10%
Zona Estável
0%
10.0
M ina Cuiabá_FGS
Índice N'
1.0 Sigma máx = 7 a18 M Pa
Zona Instável
0.1
1 10 100
Raio Hidráulico (m)
165
Altura Comprimento Raio Número de
Orebody Altura Número de Critério de Diluição Chance de
vertical entre pilares Hidraulico Estabilidade
Dip realce (m) Estabilidade (N') Mathews estabilidade
realce (m) (m) (m) (N) ELOS (m)
66 20 21.9 40 7.1 6.8 6.2 Transição 1.0 - 2.0 >40%
66 20 21.9 40 7.1 7.5 6.9 Transição 0.5 - 1.0 >50%
66 20 21.9 40 7.1 8.5 7.7 Transição 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 40 7.1 9.7 8.9 Transição 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 40 7.1 14.4 13.2 Transição <0.5 >80%
66 20 21.9 40 7.1 16.9 15.5 Transição <0.5 >80%
66 20 21.9 40 7.1 18.6 17 Transição <0.5 >80%
66 20 21.9 40 7.1 19.4 17.8 Transição <0.5 >80%
7 Mpa 66 20 21.9 40 7.1 22.8 20.9 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 29.1 26.6 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 32.1 29.4 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 35.5 32.5 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 36.3 34 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 37.2 48.8 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 53.3 55.4 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 61.2 186.8 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 40 7.1 135.3 206.4 Estável <0.5 100%
66 20 21.9 40 7.1 2 1.8 Instável >2.0 >10%
66 20 21.9 40 7.1 2.2 2 Instável >2.0 >10%
66 20 21.9 40 7.1 2.5 2.3 Instável >2.0 >10%
66 20 21.9 40 7.1 2.9 2.6 Instável >2.0 >10%
66 20 21.9 40 7.1 4.2 3.9 Instável 1.0 - 2.0 >20%
66 20 21.9 40 7.1 5 4.6 Instável 1.0 - 2.0 >30%
66 20 21.9 40 7.1 5.5 5 Instável 1.0 - 2.0 40%
66 20 21.9 40 7.1 5.7 5.2 Instável 1.0 - 2.0 >40%
18 Mpa 66 20 21.9 40 7.1 6.7 6.2 Transição 1.0 - 2.0 50%
66 20 21.9 40 7.1 8.6 7.8 Transição 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 40 7.1 9.5 8.7 Transição 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 40 7.1 10.4 9.6 Transição 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 40 7.1 10.7 10 Transição 0.5 - 1.0 >70%
66 20 21.9 40 7.1 10.9 14.4 Transição <0.5 >70%
66 20 21.9 40 7.1 15.7 16.3 Estável <0.5 >80%
66 20 21.9 40 7.1 18 55 Estável <0.5 >80%
66 20 21.9 40 7.1 39.8 60.7 Estável <0.5 >90%
1000 1000
Zona Estável
100 100
Número de Estabilidade (N')
ELOS = 1, 0 - 2 , 0 m
ELOS > 2 , 0 m
10 10
Zona Instável
1 1
Dano severo /
Possibilidade de colapso das paredes
0.1 0.1
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
1000
100%
90%
80%
70% 60%
50%40%
30%
100 20%
Número de Estabilidade (N)
10%
Zona Estável
0%
10
M ina Cuiabá_FGS
Índice N'
1 Sigma máx = 7 a18 M Pa
Zona Instável
0.1
1 10 100
Raio Hidráulico (m)
166
Altura Raio Número de
Orebody Altura Comprimento Número de Critério de Diluição Chance de
vertical Hidraulico Estabilidade
Dip realce (m) entre pilares (m) Estabilidade (N') Mathews estabilidade
realce (m) (m) (N) ELOS (m)
66 20 21.9 70 8.3 10.6 9.7 Transição 0.5 - 1.0 >60%
66 20 21.9 70 8.3 20.9 19.1 Transição <0.5 >80%
7 Mpa 66 20 21.9 70 8.3 22.1 20.2 Transição <0.5 >80%
66 20 21.9 70 8.3 35.5 32.5 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 70 8.3 49.1 45 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 70 8.3 3.2 3 Instável >2.0 >10%
66 20 21.9 70 8.3 6.2 5.6 Instável 1.0 - 2.0 >20%
18 Mpa 66 20 21.9 70 8.3 6.8 6.2 Instável 1.0 - 2.0 >20%
66 20 21.9 70 8.3 10.4 9.6 Transição 0.5 - 1.0 >50%
66 20 21.9 70 8.3 15.0 13.8 Transição 0.5 - 1.0 >70%
1000 1000
Zona Estável
Somente dano por detonação
Zona de
Número de Estabilidade (N')
100
ELOS = 1, 0 - 2 , 0 m
ELOS > 2 , 0 m
10 10
Zona Instável
1 1
Dano severo /
Possibilidade de colapso das paredes
0.1 0.1
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
Raio Hidráulico (m ) Raio Hidráulico (m)
1000.0
100%
90%
80%
70% 60%
50%40%
30%
100.0 20%
Número de Estabilidade (N)
10%
Zona Estável
0%
10.0
M ina Cuiabá_FGS
Índice N'
Sigma máx = 7 a18 M Pa
1.0
Zona Instável
0.1
1 10 100
Raio Hidráulico (m)
167
Altura Comprimento Raio Número de
Orebody Altura Número de Critério de Diluição Chance de
vertical entre pilares Hidraulico Estabilidade
Dip realce (m) Estabilidade (N') Mathews estabilidade
realce (m) (m) (m) (N) ELOS (m)
66 20 21.9 70 8.3 6.8 6.2 Transição 1.0 - 2.0 >30%
66 20 21.9 70 8.3 7.5 6.9 Transição 1.0 - 2.0 >40%
66 20 21.9 70 8.3 8.5 7.7 Transição 1.0 - 2.0 >40%
66 20 21.9 70 8.3 9.7 8.9 Transição 1.0 - 2.0 >50%
66 20 21.9 70 8.3 14.4 13.2 Transição 0.5 - 1.0 >70%
66 20 21.9 70 8.3 16.9 15.5 Transição 0.5 - 1.0 >70%
66 20 21.9 70 8.3 18.6 17 Transição 0.5 - 1.0 >70%
66 20 21.9 70 8.3 19.4 17.8 Transição <0.5 >80%
7 Mpa 66 20 21.9 70 8.3 22.8 20.9 Transição <0.5 >80%
66 20 21.9 70 8.3 29.1 26.6 Estável <0.5 >80%
66 20 21.9 70 8.3 32.1 29.4 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 70 8.3 35.5 32.5 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 70 8.3 36.3 34 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 70 8.3 37.2 48.8 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 70 8.3 53.3 55.4 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 70 8.3 61.2 186.8 Estável <0.5 >90%
66 20 21.9 70 8.3 135.3 206.4 Estável <0.5 100%
66 20 21.9 70 8.3 2 1.8 Instável >2.0 10%
66 20 21.9 70 8.3 2.2 2 Instável >2.0 >10%
66 20 21.9 70 8.3 2.5 2.3 Instável >2.0 >10%
66 20 21.9 70 8.3 2.9 2.6 Instável >2.0 >10%
66 20 21.9 70 8.3 4.2 3.9 Instável >2.0 20%
66 20 21.9 70 8.3 5 4.6 Instável 1.0 - 2.0 >20%
66 20 21.9 70 8.3 5.5 5 Instável 1.0 - 2.0 >20%
66 20 21.9 70 8.3 5.7 5.2 Instável 1.0 - 2.0 >20%
18 Mpa 66 20 21.9 70 8.3 6.7 6.2 Instável 1.0 - 2.0 >30%
66 20 21.9 70 8.3 8.6 7.8 Instável 1.0 - 2.0 >40%
66 20 21.9 70 8.3 9.5 8.7 Instável 1.0 - 2.0 >50%
66 20 21.9 70 8.3 10.4 9.6 Transição 1.0 - 2.0 >50%
66 20 21.9 70 8.3 10.7 10 Transição 0.5 - 1.0 >50%
66 20 21.9 70 8.3 10.9 14.4 Transição 0.5 - 1.0 60%
66 20 21.9 70 8.3 15.7 16.3 Transição <0.5 >70%
66 20 21.9 70 8.3 18 55 Estável <0.5 >70%
66 20 21.9 70 8.3 39.8 60.7 Estável <0.5 >90%
1000 1000
Zona Estável
Somente dano por detonação
Zona de
Número de Estabilidade (N')
100 100
Número de Estabilidade (N')
ELOS = 1, 0 - 2 , 0 m
ELOS > 2 , 0 m
10 10
Zona Instável
1 1
Dano severo /
Possibilidade de colapso das paredes
0.1 0.1
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
Raio Hidráulico (m ) Raio Hidráulico (m)
1000
100%
90%
80%
70% 60%
50%40%
30%
100 20%
Número de Estabilidade (N)
10%
Zona Estável
0%
10
M ina Cuiabá_FGS
Índice N'
1 Sigma máx = 7 a18 M Pa
Zona Instável
0.1
1 10 100
Raio Hidráulico (m)
168
11 An exo III : D etalhes do s mod elo s d e calibr ação
Anexo III
As figuras a seguir mostram o modelo construído e suas grids de análise, bem como os
principais resultados obtidos, tensão principal máxima e mínima, deformação total e
fator de segurança.
169
Geometria modelada e grids de análise Detalhe da discretização da grid
170
Modelo-teste de calibração do sublevel-stoping N7
A construção do modelo em MAP3D é composta pelo painel de lavra do nível N7, bem
como a representação dos níveis N6 e N8, em que a litologia da rocha encaixante é
composta pelo FG e X1 (filito grafitoso e metapelitos) e o minério, por BIF (formação
ferrífera bandada). Foram reproduzidos os resultados para o sill pillar com 4 m de altura
vertical, os rib pillars remanescentes com cerca de 6 m de comprimento, bem como o
potencial de diluição do hangingwall.
171
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
70 0.90
0.80
60
0.70
Probabilidade
50
Frequência
0.60
40 0.50
30 0.40
0.30
20
0.20
10 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Probabilidade
Frequência
0.60
150 0.50
0.40
100
0.30
0.20
50
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N7
800 0.90
700 0.80
0.70
600
Probabilidade
Frequência
0.60
500
0.50
400
0.40
300
0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
600 0.60
500 0.50
400 0.40
300 0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
172
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
4000 0.90
3500 0.80
0.70
3000
Probabilidade
Frequência
0.60
2500
0.50
2000
0.40
1500
0.30
1000 0.20
500 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Probabilidade
Frequência
0.60
6000 0.50
0.40
4000
0.30
0.20
2000
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N17
0.60
6000 0.50
0.40
4000
0.30
0.20
2000
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
0.60
3000 0.50
0.40
2000
0.30
0.20
1000
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
173
12 An exo IV : R esu ltado s adicion ais d os mod elo s sim ulados
Anexo IV
SIMULADOS
Neste anexo, são apresentados os resultados para os 24 modelos de lavra das variantes
do layout sublevel-stoping, computados nesta dissertação de mestrado. Os resultados de
modelagem foram compilados e processados de forma a poderem ser apresentados por
distribuições de frequência e cumulativas de probabilidade, caracterizando-se os riscos
de instabilidade (segundo os critérios estabelecidos no Capítulo 5) para os domínios no
entorno dos pilares rib e sill, e hangingwall. Também se incluem, neste anexo, figuras
produzidas em MAP3D que caracterizam as condições modeladas, segundo
representações das tensões, das deformações e dos fatores de segurança espacialmente
distribuídos nos domínios de análise. Finalmente, incluem-se também as tabelas que
sumariam os resultados dos níveis de risco das várias variantes do método sublevel, para
todas as condicionantes modeladas.
174
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N15 e N16
4000 1.00
3500 0.90
0.80
3000
0.70
Probabilidade
2500
Frequência
0.60
2000 0.50
1500 0.40
0.30
1000
0.20
500 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N15 e N16
4500 1.00
4000 0.90
3500 0.80
0.70
3000
Probabilidade
Frequência
0.60
2500
0.50
2000
0.40
1500
0.30
1000 0.20
500 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N15 e N16
450 1.00
400 0.90
350 0.80
0.70
300
Probabilidade
Frequência
0.60
250
0.50
200
0.40
150
0.30
100 0.20
50 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N15 e N16
600 1.00
0.90
500
0.80
0.70
400
Probabilidade
Frequência
0.60
300 0.50
0.40
200
0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
175
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N17 e N18
5000 1.00
4500 0.90
4000 0.80
3500 0.70
Probabilidade
Frequência
3000 0.60
2500 0.50
2000 0.40
1500 0.30
1000 0.20
500 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N17 e N18
6000 1.00
0.90
5000
0.80
0.70
4000
Probabilidade
Frequência
0.60
3000 0.50
0.40
2000
0.30
0.20
1000
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N17 e N18
700 1.00
0.90
600
0.80
500 0.70
Probabilidade
Frequência
0.60
400
0.50
300
0.40
200 0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N17 e N18
800 1.00
700 0.90
0.80
600
0.70
Probabilidade
500
Frequência
0.60
400 0.50
300 0.40
0.30
200
0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 25m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
176
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N15 e N16
2000 1.00
1800 0.90
1600 0.80
1400 0.70
Probabilidade
Frequência
1200 0.60
1000 0.50
800 0.40
600 0.30
400 0.20
200 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N15 e N16
3000 1.00
0.90
2500
0.80
0.70
2000
Probabilidade
Frequência
0.60
1500 0.50
0.40
1000
0.30
0.20
500
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N15 e N16
200 1.00
180 0.90
160 0.80
140 0.70
Probabilidade
Frequência
120 0.60
100 0.50
80 0.40
60 0.30
40 0.20
20 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N15 e N16
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
177
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N17 e N18
2500 1.00
0.90
2000 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
1500 0.60
0.50
1000 0.40
0.30
500 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N17 e N18
6000 1.00
0.90
5000
0.80
0.70
4000
Probabilidade
Frequência
0.60
3000 0.50
0.40
2000
0.30
0.20
1000
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N17 e N18
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N17 e N18
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 10m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
178
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N15 e N16
2500 1.00
0.90
2000 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
1500 0.60
0.50
1000 0.40
0.30
500 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N15 e N16
3000 1.00
0.90
2500
0.80
0.70
2000
Probabilidade
Frequência
0.60
1500 0.50
0.40
1000
0.30
0.20
500
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N15 e N16
450 1.00
400 0.90
350 0.80
0.70
300
Probabilidade
Frequência
0.60
250
0.50
200
0.40
150
0.30
100 0.20
50 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N15 e N16
600 1.00
0.90
500
0.80
0.70
400
Probabilidade
Frequência
0.60
300 0.50
0.40
200
0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
179
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N17 e N18
5000 1.00
4500 0.90
4000 0.80
3500 0.70
Probabilidade
Frequência
3000 0.60
2500 0.50
2000 0.40
1500 0.30
1000 0.20
500 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N17 e N18
5000 1.00
4500 0.90
4000 0.80
3500 0.70
Probabilidade
Frequência
3000 0.60
2500 0.50
2000 0.40
1500 0.30
1000 0.20
500 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N17 e N18
600 1.00
0.90
500
0.80
0.70
400
Probabilidade
Frequência
0.60
300 0.50
0.40
200
0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N17 e N18
800 1.00
700 0.90
0.80
600
0.70
Probabilidade
500
Frequência
0.60
400 0.50
300 0.40
0.30
200
0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 42.5m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
180
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N15 e N16
800 1.00
700 0.90
0.80
600
0.70
Probabilidade
500
Frequência
0.60
400 0.50
300 0.40
0.30
200
0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N15 e N16
2000 1.00
1800 0.90
1600 0.80
1400 0.70
Probabilidade
Frequência
1200 0.60
1000 0.50
800 0.40
600 0.30
400 0.20
200 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N15 e N16
140 1.00
0.90
120
0.80
100 0.70
Probabilidade
Frequência
0.60
80
0.50
60
0.40
40 0.30
0.20
20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N15 e N16
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
D1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7,5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m
Níveis N15 e N16
181
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N17 e N18
1000 1.00
900 0.90
800 0.80
700 0.70
Probabilidade
Frequência
600 0.60
500 0.50
400 0.40
300 0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N17 e N18
2500 1.00
0.90
2000 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
1500 0.60
0.50
1000 0.40
0.30
500 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N17 e N18
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N17 e N18
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
D1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7,5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 10m
Níveis N17 e N18
182
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1800 1.00
1600 0.90
1400 0.80
0.70
1200
Probabilidade
Frequência
0.60
1000
0.50
800
0.40
600
0.30
400 0.20
200 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N15 e N16
3000 1.00
0.90
2500
0.80
0.70
2000
Probabilidade
Frequência
0.60
1500 0.50
0.40
1000
0.30
0.20
500
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N15 e N16
500 1.00
450 0.90
400 0.80
350 0.70
Probabilidade
Frequência
300 0.60
250 0.50
200 0.40
150 0.30
100 0.20
50 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N15 e N16
700 1.00
0.90
600
0.80
500 0.70
Probabilidade
Frequência
0.60
400
0.50
300
0.40
200 0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
E1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7,5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m
Níveis N15 e N16
183
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1800 1.00
1600 0.90
1400 0.80
0.70
1200
Probabilidade
Frequência
0.60
1000
0.50
800
0.40
600
0.30
400 0.20
200 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N17 e N18
3000 1.00
0.90
2500
0.80
0.70
2000
Probabilidade
Frequência
0.60
1500 0.50
0.40
1000
0.30
0.20
500
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N17 e N18
700 1.00
0.90
600
0.80
500 0.70
Probabilidade
Frequência
0.60
400
0.50
300
0.40
200 0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N17 e N18
900 1.00
800 0.90
700 0.80
0.70
600
Probabilidade
Frequência
0.60
500
0.50
400
0.40
300
0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
E1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7,5m _vão ao longo do strike 40m_Potência 15m
Níveis N17 e N18
184
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
1200 1.00
0.90
1000
0.80
0.70
800
Probabilidade
Frequência
0.60
600 0.50
0.40
400
0.30
0.20
200
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
3000 1.00
0.90
2500
0.80
0.70
2000
Probabilidade
Frequência
0.60
1500 0.50
0.40
1000
0.30
0.20
500
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
200 1.00
180 0.90
160 0.80
140 0.70
Probabilidade
Frequência
120 0.60
100 0.50
80 0.40
60 0.30
40 0.20
20 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
200 1.00
180 0.90
160 0.80
140 0.70
Probabilidade
Frequência
120 0.60
100 0.50
80 0.40
60 0.30
40 0.20
20 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
185
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
2500 1.00
0.90
2000 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
1500 0.60
0.50
1000 0.40
0.30
500 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
5000 1.00
4500
4000 0.95
3500
Probabilidade
Frequência
3000 0.90
2500
2000 0.85
1500
1000 0.80
500
0 0.75
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
200 1.00
180 0.90
160 0.80
140 0.70
Probabilidade
Frequência
120 0.60
100 0.50
80 0.40
60 0.30
40 0.20
20 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
186
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
2500 1.00
0.90
2000 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
1500 0.60
0.50
1000 0.40
0.30
500 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
3000 1.00
0.90
2500
0.80
0.70
2000
Probabilidade
Frequência
0.60
1500 0.50
0.40
1000
0.30
0.20
500
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
600 1.00
0.90
500
0.80
0.70
400
Probabilidade
Frequência
0.60
300 0.50
0.40
200
0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
800 1.00
700 0.90
0.80
600
0.70
Probabilidade
500
Frequência
0.60
400 0.50
300 0.40
0.30
200
0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
187
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
4000 1.00
3500 0.90
0.80
3000
0.70
Probabilidade
2500
Frequência
0.60
2000 0.50
1500 0.40
0.30
1000
0.20
500 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
4500 1.00
4000
3500 0.95
3000
Probabilidade
Frequência
0.90
2500
2000
0.85
1500
1000 0.80
500
0 0.75
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
900 1.00
800 0.90
700 0.80
0.70
600
Probabilidade
Frequência
0.60
500
0.50
400
0.40
300
0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1000 1.00
900 0.90
800 0.80
700 0.70
Probabilidade
Frequência
600 0.60
500 0.50
400 0.40
300 0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
188
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
600 1.00
0.90
500
0.80
0.70
400
Probabilidade
Frequência
0.60
300 0.50
0.40
200
0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
900 1.00
800 0.90
700 0.80
0.70
600
Probabilidade
Frequência
0.60
500
0.50
400
0.40
300
0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
200 1.00
180 0.90
160 0.80
140 0.70
Probabilidade
Frequência
120 0.60
100 0.50
80 0.40
60 0.30
40 0.20
20 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
H1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7,5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m
Níveis N15 e N16
189
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
600 1.00
0.90
500
0.80
0.70
400
Probabilidade
Frequência
0.60
300 0.50
0.40
200
0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
1000 1.00
900 0.90
800 0.80
700 0.70
Probabilidade
Frequência
600 0.60
500 0.50
400 0.40
300 0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
300 1.00
0.90
250
0.80
0.70
200
Probabilidade
Frequência
0.60
150 0.50
0.40
100
0.30
0.20
50
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
H1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7,5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m
Níveis N17 e N18
190
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1000 1.00
900 0.90
800 0.80
700 0.70
Probabilidade
Frequência
600 0.60
500 0.50
400 0.40
300 0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1600 1.00
1400 0.90
0.80
1200
0.70
Probabilidade
1000
Frequência
0.60
800 0.50
600 0.40
0.30
400
0.20
200 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
600 1.00
0.90
500
0.80
0.70
400
Probabilidade
Frequência
0.60
300 0.50
0.40
200
0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
800 1.00
700 0.90
0.80
600
0.70
Probabilidade
500
Frequência
0.60
400 0.50
300 0.40
0.30
200
0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
I1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7,5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m
Níveis N15 e N16
191
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1000 1.00
900 0.90
800 0.80
700 0.70
Probabilidade
Frequência
600 0.60
500 0.50
400 0.40
300 0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1600 1.00
1400 0.90
0.80
1200
0.70
Probabilidade
1000
Frequência
0.60
800 0.50
600 0.40
0.30
400
0.20
200 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
900 1.00
800 0.90
700 0.80
0.70
600
Probabilidade
Frequência
0.60
500
0.50
400
0.40
300
0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1000 1.00
900 0.90
800 0.80
700 0.70
Probabilidade
Frequência
600 0.60
500 0.50
400 0.40
300 0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7.5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
I1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 7,5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m
Níveis N17 e N18
192
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
400 1.00
350 0.90
0.80
300
0.70
Probabilidade
250
Frequência
0.60
200 0.50
150 0.40
0.30
100
0.20
50 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
1200 1.00
0.90
1000
0.80
0.70
800
Probabilidade
Frequência
0.60
600 0.50
0.40
400
0.30
0.20
200
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
200 1.00
180 0.90
160 0.80
140 0.70
Probabilidade
Frequência
120 0.60
100 0.50
80 0.40
60 0.30
40 0.20
20 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
200 1.00
180 0.90
160 0.80
140 0.70
Probabilidade
Frequência
120 0.60
100 0.50
80 0.40
60 0.30
40 0.20
20 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
J1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m
Níveis N15 e N16
193
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
450 1.00
400 0.90
350 0.80
0.70
300
Probabilidade
Frequência
0.60
250
0.50
200
0.40
150
0.30
100 0.20
50 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
1400 1.00
0.90
1200
0.80
1000 0.70
Probabilidade
Frequência
0.60
800
0.50
600
0.40
400 0.30
0.20
200
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
250 1.00
0.90
200 0.80
0.70
Probabilidade
Frequência
150 0.60
0.50
100 0.40
0.30
50 0.20
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
300 1.00
0.90
250
0.80
0.70
200
Probabilidade
Frequência
0.60
150 0.50
0.40
100
0.30
0.20
50
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
J1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m
Níveis N17 e N18
194
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
700 1.00
0.90
600
0.80
500 0.70
Probabilidade
Frequência
0.60
400
0.50
300
0.40
200 0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
2000 1.00
1800 0.90
1600 0.80
1400 0.70
Probabilidade
Frequência
1200 0.60
1000 0.50
800 0.40
600 0.30
400 0.20
200 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
500 1.00
450 0.90
400 0.80
350 0.70
Probabilidade
Frequência
300 0.60
250 0.50
200 0.40
150 0.30
100 0.20
50 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
700 1.00
0.90
600
0.80
500 0.70
Probabilidade
Frequência
0.60
400
0.50
300
0.40
200 0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
K1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m
Níveis N15 e N16
195
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
800 1.00
700 0.90
0.80
600
0.70
Probabilidade
500
Frequência
0.60
400 0.50
300 0.40
0.30
200
0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
2000 1.00
1800 0.90
1600 0.80
1400 0.70
Probabilidade
Frequência
1200 0.60
1000 0.50
800 0.40
600 0.30
400 0.20
200 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N16
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
700 1.00
0.90
600
0.80
500 0.70
Probabilidade
Frequência
0.60
400
0.50
300
0.40
200 0.30
0.20
100
0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
900 1.00
800 0.90
700 0.80
0.70
600
Probabilidade
Frequência
0.60
500
0.50
400
0.40
300
0.30
200 0.20
100 0.10
0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N17 e N18
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
K1_Sill Pillar 6m_Rib Pillar 10m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m
Níveis N17 e N18
196
Rib pillars
Rib Pillar ao longo da potência do corpo _ HW e FW distintos Rib Pillar ao longo do strike do corpo _ HW e FW distintos
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16 Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
Probabilidade
Probabilidade
Frequência
Frequência
0.60 0.60
150 0.50 300 0.50
0.40 0.40
100 200
0.30 0.30
0.20 0.20
50 100
0.10 0.10
0 0.00 0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb) FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14 _ HW e FW distintos Sill Pillar do nível N15 _ HW e FW distintos
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16 Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
70 1.00 60 1.00
0.90 0.90
60 50
0.80 0.80
50 0.70 0.70
40
Probabilidade
Probabilidade
Frequência
Frequência
0.60 0.60
40
0.50 30 0.50
30
0.40 0.40
20
20 0.30 0.30
0.20 0.20
10 10
0.10 0.10
0 0.00 0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb) FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW _ Propriedades de HW e FW distintas
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 10m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
197
Rib pillars
Rib Pillar ao longo do strike do corpo _ HW e FW distintos Rib Pillar ao longo da potência do corpo _ HW e FW distintos
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16 Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
250 1.00 450 1.00
0.90 400 0.90
200 0.80 350 0.80
0.70 0.70
300
Probabilidade
Probabilidade
Frequência
Frequência
150 0.60 0.60
250
0.50 0.50
200
100 0.40 0.40
150
0.30 0.30
50 0.20 100 0.20
0.10 50 0.10
0 0.00 0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb) FS-A (Mohr Coulomb)
Sill Pillars
Sill Pillar do nível N14 _ HW e FW distintos Sill Pillar do nível N15 _ HW e FW distintos
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16 Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
140 1.00 120 1.00
0.90 0.90
120 100
0.80 0.80
100 0.70 0.70
80
Probabilidade
Probabilidade
Frequência
Frequência
0.60 0.60
80
0.50 60 0.50
60
0.40 0.40
40
40 0.30 0.30
0.20 0.20
20 20
0.10 0.10
0 0.00 0 0.00
1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2
FS-A (Mohr Coulomb) FS-A (Mohr Coulomb)
Hangingwall
Resultado Final no HW _ Propriedades de HW e FW distintas
Sill Pillar 6m_Rib Pillar 5m _vão ao longo do strike 70m_Potência 15m_níveis N15 e N16
1.00
0.90
0.80
0.70
Probabilidade
0.60 0-3m
3-6m
0.50
6-10m
0.40 10-20m
0.30
0.20
0.10
0.00
0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1
198
As tabelas abaixo sumariam, para as variantes do método sublevel estudadas, as
probabilidades de os rib pillars nelas inseridos apresentarem FS inferiores ao valor de
referência, FSr, igual a 1,0 e 1,3, respectivamente.
199
As tabelas abaixo sumariam, para as variantes do método sublevel estudadas, as
probabilidades de os sill pillars nelas inseridos apresentarem FS inferiores ao valor de
referência, FSr, igual a 1,0, e 1,3, respectivamente, para os níveis de lavra N14 ao N17.
Risco de sill pillars nos níveis N14, N15,N16 e N17 apresentarem FS ≤ 1,0
Altura Largura Probabilidade de FSr ≤ 1,0
Comprimento Espessura
vertical do rib nos Sill Pillars
no strike do aparente
Modelo do sill pillar vão de lavra (potência)
pillar N14 N15 N16 N17
(m) (m) (m)
(m)
A1 6 5 25 15 0,086 0,111 0,127 0,154
B1 6 5 42,5 10 0,006 0,014 0,023 0,038
C1 6 5 42,5 15 0,082 0,100 0,118 0,151
D1 6 7,5 40 10 0,004 0,006 0,004 0,007
E1 6 7,5 40 15 0,094 0,122 0,134 0,164
F1 6 5 70 10 0,004 0,006 0,009 0,026
G1 6 5 70 15 0,153 0,188 0,211 0,235
H1 6 7,5 70 10 0,029 0,038 0,051 0,065
I1 6 7,5 70 15 0,151 0,176 0,167 0,19
J1 6 10 70 10 0,024 0,032 0,039 0,051
K1 6 10 70 15 0,099 0,120 0,139 0,171
Risco de sill pillars nos níveis N14, N15, N16 e N17 apresentarem FS ≤1 ,3
Altura Largura Probabilidade de FS ≤ 1,3
Comprimento Espessura
vertical do rib nos Sill Pillars
no strike do aparente
Modelo do sill pillar vão de lavra (potência)
pillar N14 N15 N16 N17
(m) (m) (m)
(m)
A1 6 5 25 15 0,152 0,19 0,212 0,248
B1 6 5 42,5 10 0,046 0,074 0,09 0,115
C1 6 5 42,5 15 0,165 0,203 0,223 0,254
D1 6 7,5 40 10 0,016 0,032 0,039 0,064
E1 6 7,5 40 15 0,166 0,211 0,227 0,261
F1 6 5 70 10 0,052 0,097 0,105 0,149
G1 6 5 70 15 0,253 0,296 0,32 0,359
H1 6 7,5 70 10 0,093 0,113 0,135 0,152
I1 6 7,5 70 15 0,251 0,273 0,266 0,285
J1 6 10 70 10 0,056 0,073 0,095 0,117
K1 6 10 70 15 0,172 0,216 0,237 0,267
200
A Tabela abaixo expressa a condição de estabilidade e o risco de sobrequebra no
hangingwall. Considerou-se o potencial para sobrequebra nos intervalos seguintes:
201