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CEPM – COLÉGIO ESTADUAL PEDRO MACEDO

CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

APOSTILA DE DESENHO ARQUITETÔNICO APLICADO A SEGURANÇA DO


TRABALHO

CURITIBA
2018
SUMARIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4

2 NORMATIZAÇÃO .................................................................................................... 5

2.1 A PADRONIZAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO ................................................. 5

2.2 NORMAS DA ABNT PARA DESENHO TÉCNICO ............................................ 5

2.3 O INSTRUMENTAL DE DESENHO TÉCNICO: EQUIPAMENTOS E


MATERIAIS ............................................................................................................. 6

2.3.1 Lápis ou lapiseiras .................................................................................... 6

2.3.2 Borracha .................................................................................................... 8

2.3.3 Esquadros .................................................................................................. 8

2.3.4 Escalímetro .............................................................................................. 10

2.3.5 Compasso ................................................................................................ 10

2.3.6 Tipos de Papel e formatos do papel ...................................................... 11

2.3.7 Margens ................................................................................................... 12

2.3.8 Configurações da folha .......................................................................... 13

2.3.9 Caligrafia técnica..................................................................................... 15

2.3.10 Tipos de linhas ...................................................................................... 16

2.3.11 Cotagem ................................................................................................. 17

3 DESENHO ARQUITETÔNICO ............................................................................... 21

3.1 TIPOS DE PLANTA ......................................................................................... 21

3.1.1 Planta de Situação .................................................................................. 21

3.1.2 Planta de Localização ............................................................................. 22

3.1.3 Planta Baixa ............................................................................................. 23

3.2 REPRESENTAÇÃO DE CORTE ..................................................................... 25

3.3 PROJETO ARQUITETÔNICO ......................................................................... 26

3.3.1 Aplicação de linhas ................................................................................. 26

3.4 SÍMBOLOS GRÁFICOS .................................................................................. 27


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3.4.1 Parede ...................................................................................................... 27

3.4.2 Portas ....................................................................................................... 28

3.4.3 Janelas ..................................................................................................... 29

3.4.5 Pisos......................................................................................................... 30

3.4.5 Notações .................................................................................................. 30

3.5 APLICAÇÃO DE COTAS EM PLANTA BAIXA ................................................ 31

3.5.1 Representações de cotas em aberturas ................................................ 31

3.5.1.1 Janela .................................................................................................... 31

3.5.1.2 Porta ...................................................................................................... 32

4 MAPA DE RISCOS ................................................................................................ 32

4.1 DESENVOLVIMENTO DO MAPA DE RISCOS ............................................... 32

4.1.1 Legislação brasileira ............................................................................... 32

4.1.2 Objetivos do Mapa de Riscos ................................................................ 32

4.2 ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCOS .......................................................... 33

4.2.1 Etapas de elaboração: ............................................................................ 33

4.2.2 Apresentação do trabalho ...................................................................... 34

4.2.3 Implantação e acompanhamento ........................................................... 34

4.3 PARÂMETROS PARA CONFECÇÃO DO MAPA DE RISCOS ....................... 35

4.3.1 Classificação dos riscos ambientais ..................................................... 35

4.3.2 Gradação do risco ................................................................................... 36

5 ROTA DE FUGA .................................................................................................... 40

6 SOFTWARES PARA CONFECÇÃO DE MAPA DE RISCOS E ROTA DE ........... 44

FUGA. ....................................................................................................................... 44

6.1 PROGRAMA DE COMPUTAÇÃO WORD PARA WINDOWS, EM QUALQUER


VERSÃO ................................................................................................................ 44

6.2 SOFTWARE AUTO CAD ................................................................................. 44


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1 INTRODUÇÃO

Desenho técnico é uma linguagem de caráter universal. Através de símbolos,


convenções e normas disseminados e adotados em todo mundo, que torna um
desenho técnico, feito dentro das regras, de fácil compreensão por qualquer pessoa
em qualquer lugar do mundo. A utilidade do desenho técnico para o Técnico em
Segurança no Trabalho se prende na interpretação e análise de projetos sob o ponto
de visão da segurança de quem vai utilizar o fruto desse projeto.
Portanto ao Técnico em Segurança no Trabalho cabe apenas interpretar e,
posteriormente, identificar os riscos pertinentes da área. É desejável que o
profissional de segurança tenha, no mínimo, o domínio dos itens de uma planta
baixa, como:
 Ler corretamente os elementos da planta e suas respectivas dimensões;
 Identificar parede de meio tijolo e de um tijolo;
 Diferença entre porta de abrir e porta de correr
 Janela de abrir, de correr e Basculantes;
 Vãos livres;
 Ler medidas de comprimento e largura interna e externa;
 Leitura e interpretação de simbologia, das medidas e da escala usada na
planta baixa e leitura e interpretação de simbologia usada nos projetos.
Cabe ao técnico também a elaboração de mapas de risco, rotas de fuga,
layout de postos de trabalho e para que o resultado tanto de adequação quanto da
confecção seja perfeito, as técnicas do desenho técnico são de enorme valia.
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2 NORMATIZAÇÃO

2.1 A PADRONIZAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO

Para transformar o Desenho Técnico em uma linguagem gráfica foi


necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica. Essa
padronização é feita por meio de normas técnicas seguidas e respeitadas
internacionalmente.
Para favorecer o desenvolvimento da padronização internacional e facilitar o
intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela
normalização em cada país, reuniram-se em Londres em 1947 e criaram a
Organização Internacional de Normalização, International Organization for
Standardization – ISO).
Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada
por todos os países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como
norma internacional.
As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados
em estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e
consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. Cada país elabora suas normas
técnicas e estas são acatadas em todo o seu território por todos os que estão
ligados, direta ou indiretamente, a este setor.
No Brasil, as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT, fundada em 1940.
As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela
ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial) como normas brasileiras – NBR e estão em consonância com
as normas internacionais aprovadas pela ISO.

2.2 NORMAS DA ABNT PARA DESENHO TÉCNICO

A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada pela ABNT. Os


procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais
que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de
6

representação gráfica, bem como em normas específicas que tratam os assuntos


separadamente, conforme os exemplos seguintes:
 NBR 6492:1994 - Representação de projetos de arquitetura;
 NBR 8402:1994 - Execução de caracter para escrita em desenho técnico;
 NBR 8403:1984 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas -
Larguras das linhas;
 NBR 10067:1995 - Princípios gerais de representação em desenho técnico;
NBR 10068:1987 - Folha de desenho - Leiaute e dimensões – Padronização;
 NBR 10582:1988 - Apresentação da folha para desenho técnico;
 NBR 10126:1987 - Versão Corrigida: 1998: Cotagem em desenho técnico;
 NBR ISO 3864-1: 2013 - Símbolos gráficos — Cores e sinais de segurança
Parte 1: Princípios de design para sinais e marcações de segurança.
As normas procuram unificar os diversos elementos do desenho técnico de
modo a facilitar a execução (uso), a consulta (leitura) e a classificação.

2.3 O INSTRUMENTAL DE DESENHO TÉCNICO: EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

2.3.1 Lápis ou lapiseiras

Lapiseira Mecânica - Utiliza uma mina de grafite, que não necessita ser
apontada. Ela é utilizada para o traçado de linhas nítidas e finas se girada
suficientemente durante o traçado. Para linhas relativamente espessas e fortes,
recomenda-se utilizar uma série de linhas, ou uma lapiseira com minas de grafite
mais espessas. Estão disponíveis lapiseiras que utilizam minas de 0,3 mm, 0,5mm,
0,7mm e 0,9mm, principalmente.
Figura 1 - Lapiseiras
7

O ideal é que a lapiseira tenha uma pontaleta de aço, com a função de


proteger o grafite da quebra quando pressionado ao esquadro no momento da
graficação.

Lápis - O lápis comum de madeira e grafite também pode ser usado para
desenho. O lápis dever ser apontado, afiado com uma lixa pequena e, em seguida,
ser limpo com algodão, pano ou papel. De maneira geral, costuma se classificar o
lápis através de letras, números, ou ambos, de acordo com o grau de dureza do
grafite (também chamado de “mina”).
A dureza de um grafite para desenho depende dos seguintes fatores:
 O grau do grafite, que varia de 9H (extremamente duro) a 6B (extremamente
macio), ou Nº 1 (macio) a Nº 3 (duro), conforme classificação;
 Tipo e acabamento do papel (grau de aspereza): quanto mais áspero um
papel, mais duro deve ser o grafite;
 A superfície de desenho: quanto mais dura à superfície, mais macio parece o
grafite;
 Umidade: condições de alta umidade tendem a aumentar a dureza aparente
do grafite.

Classificação por números:


Nº 1 – macio, geralmente usado para esboçar e para destacar traços que devem
sobressair;
Nº 2 – médio, é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral;
Nº 3 – duro, usado em desenho geométrico e técnico.

Classificação por letras:


A classificação mais comum é H para o lápis duro e B para lápis macio.
Esta classificação precedida de números dará a gradação que vai de 6B (muito
macio) às 9H (muito duro), sendo HB a gradação intermediária.

Outras classificações:
4H – duro e denso: indicado para layouts precisos; não indicado para desenhos
finais; não use com a mão pesada – produz sulcos no papel de desenho e fica difícil
de apagar; não copia bem.
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2H – médio duro: grau de dureza mais alto, utilizado para desenhos finais; não
apaga facilmente se usado com muita pressão.
FH – médio: excelente peso de mina para uso geral; para layouts, artes finais e
letras.
HB – macio: para traçado de linhas densas, fortes e de letras; requer controle para
um traçado de linhas finas; facilmente apagável; copia bem; tende a borrar com
muito manuseio.
* Atualmente é mais prático o uso de lapiseira. Recomenda-se a de 0,5mm e
a de 0,9mm, com grafite HB.
**Todos os dois tipos de instrumentos são capazes de produzir desenhos de
qualidade. Sua preferência pessoal é uma questão de OPÇÃO e de HABILIDADE
PESSOAL.

2.3.2 Borracha

Sempre se deve utilizar borracha macia, compatível com o trabalho para


evitar danificar a superfície do desenho. Evitar o uso de borrachas para tinta, que
geralmente são mais abrasivas para a superfície de desenho.

2.3.3 Esquadros

É o conjunto de duas peças de formato triangular-retangular, uma com


ângulos de 45º e outra com ângulos de 30º e 60º (obviamente, além do outro ângulo
reto – 90º). São denominados Jogo de Esquadros quando são de dimensões
compatíveis, ou seja, o cateto maior do esquadro de 30/60 tem a mesma dimensão
da hipotenusa do esquadro de 45. Utilizados para o traçado de linhas verticais,
horizontais e inclinadas, sendo muito utilizado em combinação com a régua paralela.
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Figura 2 - Jogo de Esquadro 45º e 30º/60º

Os esquadros devem ser de acrílico e sem marcação de sua gradação. Ainda


com a combinação destes esquadros torna-se possível traçar linhas com outros
ângulos conhecidos.
Figura 3 - Composição de Ângulos com Esquadros

OBSERVAÇÕES:
Aspectos de qualidade dos esquadros:
 Materiais de desenho de acrílico não amarelam rapidamente com o tempo;
 Maior resistência a arranhões;
 Facilidade de manuseio;
 Retenção da linearidade da borda.
Cuidados:
 Não usar o esquadro como guia para corte;
 Não usar o esquadro com marcadores coloridos;
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 Manter os esquadros limpos com uma solução diluída de sabão neutro e água
(não utilizar álcool na limpeza, que deixa o esquadro esbranquiçado).

2.3.4 Escalímetro

Instrumento destinado à marcação de medidas, na escala do desenho. Pode


ser encontrado com duas gradações de escalas, mas a mais utilizada e
recomendável é a que marca as escalas de 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125.
Não deve ser utilizado para o traçado de linhas.

Figura 4 - Escalímetro Nº 1

2.3.5 Compasso

É o instrumento que serve para traçar circunferências de quaisquer raios ou


arcos de circunferência. Deve oferecer um ajuste perfeito, não permitindo folgas.

Figura 5 - Compassos

Usa-se o compasso da seguinte forma: aberto com o raio desejado fixa-se a


ponta seca no centro da circunferência a traçar e, segurando-se o compasso pela
parte superior com os dedos indicador e polegar, imprime-se um movimento de
rotação até completar a circunferência.
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2.3.6 Tipos de Papel e formatos do papel

Papel: Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou


opacos, de resistência e durabilidade apropriadas. A escolha do tipo de papel deve
ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto e das facilidades de reprodução,
a saber:
a) papel transparente:
 Manteiga;
 Vegetal;
 Poliéster;
 Cronaflex.
b) papel opaco:
 Canson;
 Schoeller;
 Sulfite grosso
Formatos do papel: O formato básico A0 consiste em um retângulo de 1 m²
e lados medindo uma proporção de y = x √2. Deste formato deriva-se a série A pela
bipartição sucessiva.
Figura 6 - Formatos de Papel Serie A

Fonte: http://thelplastic.com/tamanhos-de-papeacuteis.html
12

O formato da folha recortada da séria “A” é tido principal conforme dimensões


abaixo.
Padrao ISO 2016
Tamanho Comparando os Tamanhos
Largura (mm) Altura (mm)
A0 841 1189 A0 = Dobro do A1
A1 594 841 A1 = Dobro do A2
A2 420 594 A2 = Dobro do A3
A3 297 420 A3 = Dobro do A4
A4 210 297 A4 = ½ do A3
A5 148 210 A5 = ½ do A4
A6 105 148 A6 = ¼ do A4
Fonte: http://copiadora.flycopy.com.br/formatos-de-papel/

2.3.7 Margens

As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro, sendo que
o quadro limita o espaço para o desenho conforme figura abaixo:
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Segundo as normas em vigor, cada tamanho de folha possui determinadas


dimensões para suas margens, conforme tabela a seguir:

A margem esquerda também pode servir para ser perfurada e utilizada no


arquivamento.

2.3.8 Configurações da folha

As folhas podem ser utilizadas tanto na posição vertical como na horizontal.


Os tamanhos das folhas seguem os formatos da série “A” e o desenho deve ser
executado no menor formato possível, desde que não comprometa a sua
interpretação. A seguir são apresentadas as diversas regiões da folha de desenho e
a posição de cada um dos elementos nas mesmas.

Espaço para desenho:


 Os desenhos são dispostos na ordem horizontal ou vertical.
 O desenho principal é colocado acima e à esquerda, na área para desenho.
 Os desenhos são executados, se possível, levando em consideração o
dobramento das cópias do padrão de desenho, conforme formato A4.
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Espaço para texto:


 Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço
para desenho são colocadas no espaço para texto.
 O espaço para texto é colocado à direita ou na margem inferior do padrão de
desenho.
 Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior, a altura varia
conforme a natureza do serviço.
 A largura do espaço de texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 mm.
 O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas de
forma que possível leve em consideração o dobramento da cópia do padrão
de desenho, conforme padrão A4.
 As seguintes informações devem conter no espaço para texto: explanação
(identificação dos símbolos empregados no desenho), instrução (informações
necessárias à execução do desenho), referência a outros desenhos ou
documentos que se façam necessários, tábua de revisão (histórico da
elaboração do desenho com identificação/assinatura do responsável pela
revisão, data, etc).

Legenda:
É utilizada para informação, indicação e identifcação do desenho, a saber:
designação da frma, projetista, local, data, assinatura, conteúdo do desenho, escala,
número do desenho, símbolo de projeção, logotipo da frma, unidade empregada,
escala, etc, sendo que sua posição deve estar dentro do quadro para desenho
conforme a figura abaixo:
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A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A2, A3 e A4


(conforme figura abaixo), e 175 mm nos formatos A0 e A1.

2.3.9 Caligrafia técnica

Um dos mais importantes requisitos dos desenhos técnicos é a caligrafia


técnica, que busca sempre uma escrita simples, perfeitamente legível e facilmente
desenhável. A NBR 8402, que trata da execução de caracteres para a escrita em
desenhos técnicos, visa à uniformidade e à legibilidade para evitar prejuízos na
clareza do desenho e evitar a possibilidade de interpretações erradas, fixou as
características de escrita em desenhos técnicos.
Adotamos a caligrafia técnica, cujas letras e algarismos são inclinados para a
direita, formando um ângulo de 75 graus com a linha horizontal, conforme modelo
abaixo.

A altura h das letras maiúsculas deve ser tomada como base para o
dimensionamento conforme tabela apresentada a seguir:

Tabela - Proporções e dimensões de símbolos gráficos


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Bem como as alturas h e c não devem ser menores do que 2,5 mm conforme
figura abaixo:

No caso em que ocorre a aplicação simultânea de letras maiúsculas e


minúsculas, a altura h não deve ser menor que 3,5 mm.

2.3.10 Tipos de linhas

As linhas de qualquer desenho devem ser feitas todas a lápis ou a nanquim,


uniformemente negras, densas e nítidas. São necessárias três espessuras de linhas:
grossa, média e fina. A grossa, de espessura livre, a média, de metade da
espessura da grossa, e a fina, com metade da espessura da média. Abaixo temos a
representação de cada linha conforme NBR 8403.
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2.3.11 Cotagem

É a representação gráfica no desenho da característica do elemento, através


de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. Sendo que
toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e
completamente, deve ser representada diretamente no desenho e deve ser
localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento.
Os elementos de cotagem são: Cota, Linha de Cota, Limite da linha de Cota e
Linha Auxiliar.
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Linhas auxiliares e cotas: São desenhadas como linhas estreitas contínuas,


conforme NBR 8403. A. Linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da
respectiva linha de cota Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de
contorno e linha auxiliar conforme figura abaixo:

Limite da linha de cota: A indicação dos limites da linha de cota é feita por
meio de setas ou traços oblíquos. Sendo que seta é desenhada com linhas curtas
formando ângulos de 15°. A seta pode ser aberta, ou fechada preenchida conforme
abaixo:

E o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45°


conforme abaixo:

 A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num
mesmo desenho.
 Somente uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada
num mesmo desenho. Entretanto,quando o espaço for mito pequeno, outra
forma de indicação de limites pode ser utilizada.
 Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota
devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota. Quando o espaço
for limitado às setas de limitação da linha de cota, podem ser apresentadas
externamente no prolongamento da linha de cota, desenhado com esta
finalidade.
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As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho


suficiente para garantir completa legibilidade, tanto no original como nas
reproduções efetuadas nos microfilmes (conforme NBR 8402). As cotas devem ser
localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por qualquer
outra linha.

Escalas: Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do


desenho com o seu tamanho real. A escala permite representar, no papel, desenhos
de qualquer tamanho real. Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto
real ou são mantidas ou, então, são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente.
Nas representações em escala, as formas dos objetos reais são mantidas.
Existem três tipos de escala: natural, de redução e de ampliação. A escala do
desenho é representada conforme modelo abaixo, em que se lê um para um no caso
da escala natural, dois para um no caso da escala de ampliação ou um para dois no
caso da escala de redução.

Desenho : Objeto

Natural - ESC 1 : 1
Ampliação - ESC 2 : 1
Redução - ESC 1 : 2

As escalas mais utilizadas são:


Para Redução Para Ampliação
1:2 1 : 100 2:1 100 : 1
1:5 1 : 200 5:1 200 : 1
1 : 10 1 : 500 10 : 1 500 : 1
1 : 20 1 : 1000 20 : 1 1000 : 1
A escala deve ser indicada na legenda da folha do desenho, na necessidade
do uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas
devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem; na
legenda, deve constar a escala geral.
A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do
objeto ou elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em todos
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os casos, a escala selecionada deve ser suficiente para permitir uma interpretação
fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou
elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de
desenho.
O escalímetro é um instrumento linear, em forma de prisma triangular,
contendo em cada face duas graduações totalizando seis, sendo que estas
graduações correspondem a diferentes escalas numéricas, todas de redução,
indicadas por seu titulo. A principal vantagem desse instrumento é a economia de
tempo no calculo.
Os escalímetros e as réguas graduadas devem ser usados exclusivamente
para medição, para o traçado usam-se as réguas não graduadas ou esquadros.
No escalímetro, todas as graduações são feitas utilizando como unidade de
medida o metro e aplicando a respectiva redução.

TRANSFORMAÇÃO DE ESCALAS
E=d/D
E = escala d = medida gráfica D = medida real
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3 DESENHO ARQUITETÔNICO

É o desenho que irá representar a construção, com a disposição dos


cômodos e suas respectivas medidas.
Desenho Arquitetônico é Composto de:
 Planta baixa
 Corte Transversal
 Corte Longitudinal
 Fachada
 Planta de Cobertura (locação)
 Planta de Situação

3.1 TIPOS DE PLANTA

3.1.1 Planta de Situação

Nesta planta são representados todos os elementos necessários para situar o


terreno onde a edificação será construída na região que o cerca. Deve conter os
dados disponíveis para situar da melhor forma possível o terreno da região onde o
mesmo se localiza. Conforme NBR 6492 devem constar os seguintes dados, se
disponíveis:
 Simbologias de representação gráfica;
 Curvas de nível existentes e projetadas, além de eventual sistema de
coordenadas referenciais;
 Indicação do norte;
 Vias de acesso ao conjunto, arruamento e logradouros adjacentes com
os respectivos equipamentos urbanos;
 Indicação das áreas a serem edificadas, com o contorno esquemático
da cobertura das edificações;
 Denominação dos diversos edifícios ou blocos; construções existentes,
demolições ou remoções futuras, áreas non aedificandi e restrições
governamentais;
 Escalas;
 Notas gerais, desenhos de referência e carimbo.
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Figura 7 - Planta de Situação

Fonte: http://arquiteturaecasa.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Planta-de-
situa%C3%A7%C3%A3o-confeitaria-e1430194285879.jpg

3.1.2 Planta de Localização

Nesta planta devem ser representados todos os elementos necessários para


localizar a edificação no terreno, tambem conhecida como planta de locação.
Figura 8 - Planta de localização

Fonte: adaptada de:


http://4.bp.blogspot.com/_4syvkRxrivk/S9CnhP3hAcI/AAAAAAAAC_Q/Fd3lEbx3Mac/s1600/Bellavilla+
I+-+Planta+de+Localiza%C3%A7%C3%A3o.jpg
A planta exige atenção quanto ao planejamento geral da obra e também
quanto à liberação por autoridades competentes. A partir dessa planta estuda-se a
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relação da obra a ser construída com o terreno e também com o meio ambiente. As
edificações são representadas de forma genérica. Para completar o desenho pode-
se detalhar o abastecimento de água potável, esgoto, fiação elétrica, águas pluviais,
etc.

3.1.3 Planta Baixa

A planta baixa é a projeção que se tem quando cortamos, imaginariamente,


uma edificação com um plano horizontal paralelo ao piso. A altura entre o plano
cortante e o plano da base é altura que permite cortar ao mesmo tempo portas,
janelas, basculantes e paredes. Normalmente essa altura é 1.50 m. Observe:
Figura 9 - Edificação e corte

Fonte: http://cursos.construir.arq.br/wp-content/uploads/2012/02/Figura-1-planta-baixa.jpg

Observe que quando cortamos a edificação com o plano olhamos para baixo.
Figura 10 - Planta baixa em corte

Fonte: http://cursos.construir.arq.br/wp-content/uploads/2012/02/Figura-1-planta-baixa.jpg
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Perceba que, após a análise da planta, fica mais fácil identificar, a partir de
cada ponto, onde fica a saída mais próxima, quais são os locais mais ventilados,
entre outras considerações.
Figura 11 - Planta Baixa I

Fonte: https://4.bp.blogspot.com/-
Pveub42bjHI/WBBYNZMXEuI/AAAAAAAAL0U/MCeRtIMxPUIzGvOGU4vqrgLSbe9HrIxRwCLcB/s160
0/1161.jpg

Figura 12 - Planta Baixa II

Fonte: http://projetodearquitetura.weebly.com/uploads/8/2/9/8/82985162/slide-9_1.jpg?474
25

Se a edificação possuir dois ou mais pavimentos (andares) haverá uma planta


baixa para cada pavimento.

3.2 REPRESENTAÇÃO DE CORTE

Quando necessitamos mostrar algum detalhe interno de um objeto que está


sendo desenhado, utilizamos o recurso do corte para mostrar esse detalhe. Essa
representação é feita utilizando o traço-ponto grosso para a indicação e a parte
cortada.
Figura 13 - Representação de cortes e elevação

Fonte: https://images.arquidicas.com.br/wp-content/uploads/2015/10/08220840/projetos-de-
casa-1024x1005.jpg
26

Deve ser escolhida a melhor posição para o corte de forma que mostre os
detalhes mais importantes.

3.3 PROJETO ARQUITETÔNICO

3.3.1 Aplicação de linhas


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3.4 SÍMBOLOS GRÁFICOS

O desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por abranger


áreas relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Assim
utilizaremos as simbologias para definir, como por exemplo, as paredes, portas,
janelas, louças sanitárias, telhas, concreto, entre outras simbologias graficas
disponiveis nas normas.

3.4.1 Parede

Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15


cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos, isso varia em
28

razão do tipo de tijolo empregado. Nas paredes externas o uso de paredes de 20 cm


de espessura é o recomendado, mas não obrigatório.
É, no entanto obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura quando
esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais, etc.)
Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo,
e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura
correspondente.

3.4.2 Portas

São desenhadas representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria, com


linhas auxiliares, se necessário procurando especificar o movimento da(s) folha(s) e
o espaço ocupado.
29

Fonte: adpatada de
http://slideplayer.com.br/10229459/33/images/21/REPRESENTA%C3%87%C3%83O+DOS+ELEMEN
TOS+CONSTRUTIVOS.jpg

3.4.3 Janelas

O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1,50 m,
sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira
dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente.

Fonte: adpatada de
http://slideplayer.com.br/10229459/33/images/22/REPRESENTA%C3%87%C3%83O+DOS+ELEMEN
TOS+CONSTRUTIVOS.jpg
30

3.4.5 Pisos

Representações de uma planta de paginação de pisos

3.4.5 Notações
Título dos compartimentos;
Áreas dos compartimentos;
Escrito na planta ou em quadro.
Tipo de piso
Escrito de planta ou em quadro geral.
31

3.5 APLICAÇÃO DE COTAS EM PLANTA BAIXA

3.5.1 Representações de cotas em aberturas

3.5.1.1 Janela
32

3.5.1.2 Porta

4 MAPA DE RISCOS

4.1 DESENVOLVIMENTO DO MAPA DE RISCOS

O Mapa de Riscos a ser elaborado anualmente pela CIPA tem como objetivo
reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de
segurança e saúde do trabalho na empresa.

4.1.1 Legislação brasileira

A elaboração de Mapas de Riscos está mencionada na alínea “a”, do item


5.16 da NR 05, com redação dada pela Portaria nº 25 de 29/12/1994: “identificar os
riscos do processo de trabalho, e elaborar o MAPA DE RISCOS, com a participação
do maior numero de servidores, com assessoria do SESMT, onde houver”.

4.1.2 Objetivos do Mapa de Riscos

Dentre os objetivos do Mapa de Riscos estão:


a) reunir informações suficientes para o estabelecimento de um diagnóstico
da situação de segurança e saúde no trabalho do estabelecimento;
b) possibilitar a troca e divulgação de informações entre os servidores, bem
como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
33

4.2 ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCOS

4.2.1 Etapas de elaboração:

a) conhecer o processo de trabalho no local analisando:


 Os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissionais e de
segurança e saúde;
 Os instrumentos e materiais de trabalho;
 As atividades exercidas;
 O ambiente.
b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da
tabela.
c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:
 Medidas de proteção coletiva;
 Medidas de organização do trabalho;
 Medidas de proteção individual;
 Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários,
bebedouro, refeitório.
d) Identificar os Indicadores de saúde:
 Queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos
mesmos riscos;
 Acidentes de trabalho ocorridos;
 Doenças profissionais diagnosticadas;
 Causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.
e) conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
f) elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de
círculo:
 O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na Tabela
do Mapa de Risco;
 o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro
do círculo;
 a especialização do agente (por exemplo: químico-silica, hexano, ácido
clorídrico, ou ergonômico repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser
anotada também dentro do círculo;
34

 a Intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que


deve ser representada por tamanhos diferentes de círculos.
 causas mais freqüentes de ausência ao trabalho
Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou
setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e
de fácil acesso para os trabalhadores.
No caso das empresas da Indústria da construção, o Mapa de Riscos do
estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo
ser revisto sempre que um fato novo e superveniente, modificar a situação de riscos
estabelecida.

4.2.2 Apresentação do trabalho

Concluída a elaboração do mapa, a CIPA deve preencher os relatórios com


os riscos encontrados. Incluir a fonte geradora que é a que causa o problema. Incluir
também a Proteção individual/coletiva com os equipamentos existentes e o seu uso.
Anotar também as medidas preventivas sugeridas para eliminar ou controlar
as situações de risco de acidentes de trabalho.
Nas reuniões da CIPA serão colocadas as informações para adequação de
pontos que não foram totalmente amarrados e através de informações dos
responsáveis pelos setores avaliados se conclui o mapa para posterior inserção do
mesmo nos setores.

4.2.3 Implantação e acompanhamento

Após a implantação do mapa de risco no setor, em local de fácil acesso e


visualização, no decorrer do trabalho, caso aja alguma alteração, deve ser
acompanhado, alterado ou atualizado o mapa com os dados seja de número de
funcionários, mudança de layout, de máquinas ou de agente de risco.
35

4.3 PARÂMETROS PARA CONFECÇÃO DO MAPA DE RISCOS

4.3.1 Classificação dos riscos ambientais

Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam


estar presente nos locais de trabalho são agrupados em cinco tipos conforme
apresenta a tabela abaixo:
Tabela 1 – Classificação dos Riscos Ambientais
GRUPO 2: GRUPO 3:
GRUPO 1: VERDE GRUPO 4: AMARELO GRUPO 5: AZUL
VERMELHO MARRON

Riscos
Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Ergonômicos Riscos Acidentes
Biológicos

Esforço físico
Ruídos Poeiras Vírus Arranjo físico inadequado
intenso

Levantamento e
Máquinas e equipamentos
Umidade Fumos Névoas Bactérias transporte manual de
sem proteção
peso

Exigência de postura Ferramentas inadequadas


Frio Neblinas Protozoários
inadequada ou defeituosas

Controle rígido de
Calor Gases Fungos Iluminação inadequada
produtividade

Pressões Imposição de ritmos


Vapores Parasitas Eletricidade
anormais excessivos

Radiações Substâncias
Ionizantes compostos ou Jornadas de trabalho Probabilidade de incêndio
Bacilos
Radiações não produtos Prolongadas ou explosão
Ionizantes químicos em geral

Monotonia e
Vibrações Animais peçonhentos
repetitividade

Outras situações
causadoras de Armazenamento
stress físico e/ou inadequado
psíquico
36

Outras situações de risco


Trabalho em turno e que poderão contribuir
noturno para a ocorrência de
acidentes

4.3.2 Gradação do risco

Depois de classificados os riscos existentes no local de trabalho isso é que se


começa a colocar os círculos na planta ou croqui para representar os riscos. Os
riscos são caracterizados graficamente por cores e círculos. O tamanho do círculo
representa o grau do risco. E a cor do círculo representa o tipo de risco, conforme a
Tabela mostrada.

Os círculos podem ser desenhados ou colados. O importante é que os


tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos. Cada círculo deve ser
colocado naquela parte do mapa que corresponde ao lugar onde existe o problema.
Caso existam, num mesmo ponto de uma seção, diversos riscos de um só
tipo, por exemplo, riscos físicos: ruído, vibração e calor não é preciso colocar um
círculo para cada um desses agentes. Basta um círculo apenas neste exemplo, com
a cor verde, dos riscos físicos, desde que os riscos tenham o mesmo grau de
nocividade. Outra situação é a existência de riscos de tipos diferentes num mesmo
ponto. Neste caso, divide se o círculo conforme a quantidade de riscos em 2, 3, 4 e
até 5 partes iguais, cada parte com a sua respectiva cor, conforme a figura abaixo
(este procedimento é chamado de critério de incidência).
37

Exemplos de mapa de riscos

Observar no mapa de risco a legenda com detalhes da empresa. A classifcação do


risco em destaque de acordo com a intensidade pequeno, médio e grande. Os tipos
de risco com as cores padronizadas. A planta baixa do setor com seus respectivos
riscos descritos em tamanhos e cores pré-determinadas na avaliação do ambiente e
dentro do círculo, o número de funcionários expostos ao risco.
38
39

Mapa de risco sobre a planta baixa

Mapa de risco sobre o layout


40

5 ROTA DE FUGA

Segundo a NBR 15219/2005, rota de fuga são caminhos devidamente


sinalizados dotados de proteção contra incêndio e desobstruídos, a serem
percorridos pelas pessoas para um rápido e seguro abandono de qualquer local da
planta até o ponto de encontro previamente determinado pelo plano de emergência
contra incêndio.
Deve ser colocado em local (parede) selecionado, em posição visível para
todo o ambiente e de preferência em lugares de maior concentração de pessoas no
setor. Assim, faz-se a visualização e o reconhecimento do trajeto a ser percorrido.
A função do técnico de segurança no que concerne ao desenho técnico e de
ter a percepção espacial do ambiente ou setor avaliado e estabelecer a sinalização
correta das saídas de emergência e rotas de fuga afxadas na entrada principal e em
locais estratégicos da empresa, seguindo as especifcações da NBR 15219/2005 e
leis específcas relacionadas.
A sinalização das rotas de fuga deve ser colocada em local (parede)
selecionado, em posição visível para todo o ambiente e, de preferência, em lugares
de maior concentração de pessoas no setor. Assim, faz-se a visualização e o
reconhecimento do trajeto a ser percorrido.
A rota de fuga é discriminada na planta baixa do setor ou setores da empresa,
com cores que a destaquem. Normalmente utilizam a cor amarela para detalhar o
corredor e vermelha para simbolizar as setas de direcionamento da saída. A rota
também pode ser defnida como uma representação, através de símbolos, do trajeto
a ser seguido no caso de necessidade urgente de evacuação do local.
41

As NPTs – Normas de Procedimento Técnico que tem vínculo com este tema
sao:
 NPT 020 – Sinalização de Emergência do Corpo de Bombeiros do Paraná,
que contempla o item rotas de saída e descreve o procedimento seguro para
tal ação.
 NPT 016 – Plano de Emergência consta o item Abandono de área que tem
vinculo com a rota de fuga descrevendo procedimentos de comunicação e
condução da população fixa (aquela que permanece regularmente na
edificação, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação)
e população flutuante (que permanece no local por um período de curta
duração, por motivos diversos) ao ponto de encontro preestabelecido.
 NPT.017 – Brigada de Incêndio que discrimina procedimentos para o
abandono de área em reunião a cada 6 meses com a elaboração em ata do
tempo gasto para o abandono determinados pelos responsáveis pela saída
organizada.
Segundo a NBR 15219:2005 a representação gráfica contida no plano de
emergência contra incêndio, com destaque para as rotas de fuga e saídas de
emergência, deve ser afixada na entrada principal e em locais estratégicos de cada
edificação, de forma a divulgar o plano e facilitar o seu entendimento.
Segundo a NR 23 – Proteção contra Incêndios, todas as empresas deverão
possuir medidas de prevenção contra incêndios em conformidade com a legislação
estadual e as Normas técnicas.
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Rota de Fuga
43

Rota de Fuga
44

6 SOFTWARES PARA CONFECÇÃO DE MAPA DE RISCOS E ROTA DE


FUGA.

6.1 PROGRAMA DE COMPUTAÇÃO WORD PARA WINDOWS, EM QUALQUER


VERSÃO

Para isso é necessário observar se na tela do Word há barra de ferramentas


“Autoformatação” Se não houver, deve-se clicar em “Inserir”, em seguida “Figura” e
depois em “Autoformatação”. Na sequencias aparecerrá uma barra de controle com
linhas e figuras que irão auxiliar bastante na hora de executar todos os formatos do
layout.

6.2 SOFTWARE AUTO CAD

Esses programas exigem um pouco mais de conhecimento para a


elaboração, pois o programa CAD, em qualquer versão, necessita de uma pessoa
que esteja familiarizada com ele.
Em contrapartida, esse é o melhor método de elaboração, pois a exatidão dos
detalhes torna o desenho muito compreensível e bonito.
O comando “line” será o mais utilizado, pois na execução do layout as linhas
de construção podem ser executadas em escalas predeterminantes. Os outros
comandos são: “Off-set”, “Rectangulo”, “Cicle”, “Text” etc.
Ao efetuar o colorido dos círculos, o recomendado é usar a hachura no modo
chapado e depois solicitar o colorido através da barra de ferrramentas “By color”.

6.3 OUTROS PROGRAMAS DE COMPUTAÇÃO


COREL DRAW - Este talvez seja o programa mais acessível a todos que
conhecem computação, pois as barras de ferramentas são fáceis de interpretar e
existem muitas versões em português que facilitam bastante.
Podem-se citar os programas de computação que possuem também
ferramentas de desenho ou similar:
 Power Point
 Pintura (Paint)
Todos esses programas necessitam de plotagem adequada.

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