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Jéssica Jordan a ex-miss apadrinhada pelo governo de Evo Morales: flagrada com traficantes foi enviada como
diplomata aos EUA (Reprodução/VEJA)
A mãe do traficante Fabio Andrade Lima Lobo é Carmen Lima Lobo, filiada ao
Movimento ao Socialismo (MAS), legenda do presidente boliviano Evo Morales.
Carmen chegou a ser candidata a vice-governadora pelo Estado de Beni – na
Amazônia boliviana. Lideranças políticas bolivianas ouvidas por VEJA garantem que
a indicação de Carmen para a posição foi obra do ex-ministro Juan Ramón Quintana,
que ocupou a vaga de ministro de Presidência (equivalente à Casa Civil) por três
mandatos de Evo Morales. Atualmente Quintana é embaixador da Bolívia em Havana.
Elos no narcotráfico e na política: Fabio e sua mãe, Carmen Lima Lobo. Ela teve um relacionamento amoroso
com um dos líderes do Cartel de Calí. Da relação nasceu o filho que foi ao Brasil com 480 quilos de cocaína.
(Polícia Militar (MT)/Facebook)
O pai do traficante Lima Lobo nada mais é que o colombiano Celimo Andrade, preso
em 1992 em Santa Cruz de La Sierra. Quando de sua prisão, ele era considerado o
principal nome do Cartel de Cali fora da Colômbia e era responsável pelas operações
de envio de cocaína da Bolívia para a organização colombiana.
Embora os vínculos de Carmen Lima Lobo com o capo do tráfico fossem conhecidos
na Bolívia, os dois políticos mais poderosos do país abaixo do presidente Evo Morales
jamais se privaram do convívio com ela. Além do padrinho político Juan Ramón
Quintana, Carmen era do círculo próximo do vice-presidente Alvaro Garcia Linera.
Quintana e Carmen Lima Lobo: padrinho político, ex-ministro e atual embaixador em Havana sabia dos
vínculos familiares da pupila com o tráfico. Mesmo assim investiu em sua carreira política.
(Reprodução/Facebook)
Essa não foi a primeira vez que o traficante Lima Lobo foi pilhado pelas autoridades.
Em 2012, ele foi preso quando embarcava cocaína e fuzis russos modelo AK-47 em
um monomotor que seria despachado para o Brasil. Apesar do flagrante, ele foi posto
em liberdade e nunca respondeu pelo crime.
Em julho deste ano, um dirigente do MAS foi preso em São Paulo com 100 quilos de
cocaína. Romer Gutiérrez Quezada, segundo investigadores do caso, estava no Brasil
aguardando a designação para vice-cônsul da Bolívia na capital paulista.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, e seu correligionário Rómer Gutiérrez Quezada preso em julho com 100
quilos de cocaína em São Paulo (Reprodução/Facebook)