Você está na página 1de 59

Cártel de los Soles

Este artigo carece de reciclagem de acordo com o livro de estilo.


Saiba mais

O termo Cartel dos Sóis (español Cartel


de los Soles) é usado para descrever
grupos obscuros dentro das forças
armadas da Venezuela que traficam
cocaína. Compõe-se principalmente por
altos oficiais militares que estão
estreitamente vinculados ao crime
organizado internacional, participando
em atividades criminosas como
narcotráfico, mineração ilegal e
contrabando de combustível.[1][2][3][4]
Além de intervir ativamente no comércio
ilícito de drogas, controlam a atividade
mineira de vários Estados, com
participação direta na extração e
contrabando de ouro, coltan, pedras
preciosas e outros minerais.[5]

Segundo o jornalista Héctor Landaeta, o


fenômeno começou quando o
narcotráfico colombiano introduziu
cocaína na Venezuela utilizando
unidades militares corruptas localizadas
na zona fronteiriça com este país.[6]
Depois das ditas acusações, servidores
públicos do governo de Nicolás Maduro,
entre eles os vinculados ao grupo,
negam a existência de dito cartel
organizado.[7][8]

História

Origem

O termo "Cartel de los Soles" teria sido


usado pela primeira vez em 1993,
durante o governo do presidente Carlos
Andrés Pérez, quando dois generais da
Guarda Nacional Bolivariana, Ramón
Guillén Dávila (chefe antidrogas) e seu
sucessor Orlando Hernández Villegas
foram investigados por tráfico de drogas
e crimes relacionados. Cada um
carregava nos ombros as insígnias de
um único sol que caracteriza os generais
de brigada, dando origem ao nome
"Cartel del Sol".

Mais tarde, quando se iniciaram as


investigações, se determinou a
participação de generais de divisão da
Guarda Nacional em delitos de
narcotráfico, convertendo desta maneira
no Cartel dos Sóis, já que os generais de
divisão possuem dois sóis como
emblemas.[2]

No princípio a atividade das Forças


Armadas Venezuelanas em torno do
narcotráfico consistia principalmente em
aceitar subornos e olhar para outro lado
enquanto os traficantes moviam sua
mercadoria. Os militares não tinham
conexões diretas com os fornecedores e
em grande parte não moviam nem
alojavam cocaína eles mesmos.[9]

Governo bolivariano

Segundo a revista canadense Vice


News[10] e Emili J. Blasco, crítico do
governo bolivariano em seu livro
Bumerán Chávez, o governo do
presidente Hugo Chávez «expandiu a
corrupção a níveis sem precedentes»
corrompendo ao Ministério Público, ao
sistema judicial e às forças armadas,
«de onde teria chegado a sair 90% da
produção de cocaína colombiana para
Estados Unidos e a Europa», e através do
Plano Bolívar 2000, teria outorgado a
militares milhões de dólares para
subsidiar programas sociais sem
nenhum controle, valores que
posteriormente desapareceram.[11]
Também teria outorgado imunidade legal
a oficiais implicados em narcotráfico
para manter o poder e sua lealdade.
Quando Chávez expulsou da Venezuela a
Administração para o Controle de Drogas
(DEA, por suas siglas em inglês) em
2005, Venezuela começou a ser uma rota
mais atraente para o comércio
internacional de drogas.[10] De acordo a
com fontes de inteligência colombiana,
um vigilante de drogas preso declarou
que “pessoal com altos cargos na
segurança do presidente Hugo Chávez se
encarregavam de arranjar o translado de
cargamentos de drogas em barcos que
circulavam através de rotas pela
Venezuela”.[12] Também se alegou que a
Guarda Nacional tinha trabalhado com a
guerrilha colombiana das FARC no tráfico
de drogas.[13] Oficiais britânicos
declararam que aviões vindos da
Colômbia com drogas foram
custodiados em bases da Força Armada
Venezuelana.[12]

Durante a metade da primeira década


dos anos 2000, elementos da Guarda
Nacional e outros ramos do exército
fizeram-se bem mais ativos no tráfico de
drogas. Células dentro das forças de
segurança começaram a comprar, alojar,
transportar e vender cocaína, enquanto
anteriormente sua atividade principal era
extorquir aos narcotraficantes que
moviam cargamentos de cocaína.

Três acontecimentos significativos


contribuíram ao auge do crime
organizado na Venezuela. Em primeiro
lugar, a Colômbia assinou o
multimilionário Plano Colômbia de
segurança com os Estados Unidos, o
que permitiu que as forças de segurança
da Colômbia pressionassem aos grupos
guerrilheiros das Forças Armadas
Revolucionárias de Colômbia (FARC) e
do Exército de Libertação Nacional (ELN)
como nunca antes. Esta pressão militar
obrigou aos guerrilheiros a mover suas
operações aos estados fronteiriços da
Venezuela que eram pouco vigiados.

Depois, em 2002 ocorreram dois


acontecimentos chaves, um depois de
outro. O primeiro foi o final do processo
de paz entre as FARC e o governo do
presidente Andrés Pastrana, com o qual
a guerrilha perdeu seu enorme santuário
cocaleiro no sul de Colômbia, se vendo
obrigada a procurar outros refúgios. O
segundo foi a tentativa inesperada de
golpe de estado que removeu
temporariamente ao presidente Hugo
Chávez do poder. Isto levou Chávez a
centrar grande parte de sua energia na
identificação e punição dos golpistas,
enquanto liderava outras intensas
batalhas políticas, como a greve
petroleira de 2002-2003.

As consequências do golpe levaram o


governo de Chávez a reforçar seu círculo
de confiança, o qual também significou
que muitas posições influentes no
governo e as oportunidades lucrativas de
contratos foram outorgadas a militares
leais. Deu-se a sensação de que o
governo assumiu uma posição de regime
pretoriano, com militares retirados ou em
serviço ocupando cargos importantes
em diversos escalões do Estado.

Chávez também estabeleceu áreas de


operações militares ao longo da
fronteira, invocando o temor de uma
invasão estadunidense pela fronteira
com a Colômbia. Acha-se que foi nesse
momento quando efetivos, tanto do
exército como da Guarda Nacional, se
corromperam pelo dinheiro do
narcotráfico.[9]

FARC

Desde o final dos anos 90, durante o


processo de paz em El Caguán, as FARC
vêm utilizando o território da Venezuela
como trampolim para o envio de drogas
à Europa e aos Estados Unidos.

O Instituto Internacional para Estudos


Estratégicos (IISS, em suas siglas em
inglês) acusou ao governo de Chávez de
financiar o escritório das FARC em
Caracas outorgando-lhe serviços de
inteligência. Diplomatas venezuelanos
denunciaram as investigações realizadas
pelo IISS, afirmando que tiveram
“inexatidões básicas”.[14] Em 2007, as
autoridades colombianas denunciaram
que, através de computadores portáteis
que tinham sido apreendidos durante
uma batida realizada contra Raúl Reis,
encontraram documentos que
demonstram que Hugo Chávez ofereceu
pagamentos de mais de $300 milhões às
FARC para criar “laços financeiros e
políticos respaldados durante anos” e
documentos que mostram rebeldes das
Forças Armadas Revolucionárias de
Colômbia solicitando assistência
venezuelana para a aquisição de mísseis
terra-ar, demonstrando ademais que
Chávez realizou encontros pessoais com
estes líderes rebeldes.[15][16][17] Segundo
Interpol, os arquivos encontrados pelas
forças colombianas foram considerados
como autênticos.[18] Em 2008, o
Departamento do Tesouro dos Estados
Unidos acusou a dois oficiais de alta
faixa do governo venezuelano e um ex-
oficial de proporcionar assistência
material para operações de narcotráfico,
levadas a cabo pelo grupo guerrilheiro
das FARC na Colômbia.[19]

Incidentes

Em meados de 2017 o Escritório de


Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC
por seus iniciais em inglês), do
Departamento do Tesouro dos Estados
Unidos, tem sancionado a 13 servidores
públicos e ex-funcionários venezuelanos
por “minar a democracia” em seu país,
entre eles vários políticos importantes,
como Néstor Reverol, ministro do Poder
Popular para Relações Interiores e
Justiça, e antigo Czar antidrogas e ex-
comandante geral da Guarda Nacional
Bolivariana; e Íris Varela, membro da
Comissão Presidencial de Venezuela
para a Assembleia Nacional Constituinte
e ex-ministra de Serviços
Penitenciários.[20]

Em setembro de 2013, um incidente


relacionado ao Cartel dos Sóis implicou
pessoal da Guarda Nacional
Venezuelana, que colocaram 31 malas
que continham 1,3 toneladas de cocaína
num voo a Paris. Autoridades francesas
ficaram atônitas com a maior apreensão
de cocaína registada na França
continental.[10] Em 15 de fevereiro de
2014, um comandante da Guarda
Nacional foi detido e preso enquanto
conduzia a Valência com sua família,
transportando 554 quilos de cocaína.[21]
Em 11 de novembro de 2015, agentes da
DEA prenderam a dois parentes, um filho
adotado e um sobrinho, da primeira
dama Cilia Flores enquanto tentavam
introduzir 800 quilogramas de cocaína
procedente de Venezuela nos Estados
Unidos. Uma fonte da DEA declarou
extraoficialmente que não há forma
alguma de que tal quantidade enorme de
cocaína passasse através de Venezuela
sem níveis altos de corrupção no
governo.[22]
Sancionados

Os expedientes nas cortes federais dos


Estados Unidos sobre cidadãos
relacionados ao governo de Venezuela
acusados de operar no negócio do
narcotráfico incrementaram-se de
maneira paulatina. Graças à informação
fornecida por outros indivíduos que têm
decidido colaborar com a justiça norte-
americana (oferecendo dados sobre
rotas das drogas, personagens, montes
e outros elementos do crime), o governo
estadunidense tem conseguido reunir
uma série de dados que lhe permitiram
incluir dentro da lista de sancionados do
Departamento do Tesouro a servidores
públicos de alto nível do governo da
Venezuela; entre eles, o vice-presidente
Tareck O Aissami. A administração de
Trump acusou ao vice-presidente de
Venezuela de ter mantido vínculos com
uma variedade de personagens e
protagonistas ligados ao terrorismo e ao
narcotráfico. As sanções têm congelado
os ativos do Aissami e seu testa de ferro,
Samark López nos Estados Unidos, os
quais, segundo porta-vozes oficiais,
superam os 500 milhões de dólares.
Uma briga na qual a detenção dos
agentes da administração de Venezuela
dedicados ao crime organizado é vital.
Para José Ferrer, a decisão de Maduro
de oferecer proteção e blindar aos
sancionados pela OFAC procura
assegurar a lealdade dos ditos
servidores públicos à chamada
revolução bolivariana.[23]

Narcoestado
No mês de março de 2017 apresentou-
se, ante o Comité de Relações Exteriores
do Senado dos EUA, um depoimento que
confirmou as conexões venezuelanas
com a indústria do narcotráfico mundial.
Nesse momento, a experiente do
Conselho de Relações Exteriores (CFR),
Shannon O'Neil, disse que "em termos de
segurança, a vontade de Venezuela de
permitir aos narcotraficantes, redes de
delinquencia organizada, terroristas
potenciais e outros atores nefastos
dentro de suas fronteiras, afeta também
a segurança nacional dos Estados
Unidos". Os relatórios elaborados por
CFR mostram que as bandas criminosas
da Colômbia (BACRIM), as dissidências
das Forças Armadas Revolucionárias de
Colômbia (FARC) que não aceitaram os
Acordos de Havana e o Exército de
Libertação Nacional (ELN) operam no
país, assim como os carteis de Sinaloa e
Los Zetas de México; este último,
desaparecido em 2018 mas com uma
facção sobreviviente chamada "Cartel do
Nordeste". Sem dúvida alguma, disse
O'Neil "Venezuela se converteu na rota
preferida de contrabando de drogas na
América do Sul, pois é a via que usam os
narcotraficantes para trazer a cocaína
aos Estados Unidos, através de América
Central e das Caraíbas Orientais, e à
Europa, através de África Ocidental. Por
outro lado, o relatório anual do
Departamento de Estado sobre
estratégia para o controle de narcóticos
diz que a Venezuela se converteu no
centro de distribuição mais importante
para o tráfico de drogas na América.
Experientes têm assinalado que se
estabeleceu que mais de 200 toneladas
de cocaína passam pelo país sul-
americano a cada ano, o qual representa
até 40 por cento do consumo mundial.[23]
Vínculos com o narcotráfico

As evidência recolhidas pelas agências


federais norte-americanas revelam que
existem vínculos do governo
venezuelano com o narcotráfico.

Um caso que tem deixado visíveis tais


relações de alto nível entre os carteis da
droga e o governo de Nicolás Maduro, é
o ocorrido com os sobrinhos do casal
presidencial venezuelano, Efraín Antonio
Campo Flores e Franqui Francisco Flores
de Freitas, ambos declarados culpados
por um júri em Nova York, de conspirar
para traficar 800 quilos de cocaína de
alta pureza desde a Venezuela aos
Estados Unidos, via Honduras.

Assim mesmo, o general Néstor Reverol,


atual ministro de Interior e Justiça da
Venezuela e ex-Chefe do Escritório
Nacional Antidrogas (ONA) da nação sul-
americana, foi acusado em Estados
Unidos em agosto de 2016 por
carregamentos de tráfico de cocaína,
junto com o ex-subdiretor do mesmo
ente, Edilberto Molina Molina.

A lista de servidores públicos implicados


no narcotráfico inclui outro ex-ministro
de Interior e Justiça, dois altos oficiais
de inteligência e um de faixa média que
agora é julgado nos tribunais norte-
americanos, um piloto que foi militar e
servia à primeira dama de Venezuela,
Cilia Flores, e outros que tiveram
vinculações com os governos de Hugo
Chávez e Nicolás Maduro.

Assim como Henry Rangel Silva, que é o


atual governador do estado Trujillo. Em
12 de setembro de 2008, o
Departamento do Tesouro de Estados
Unidos ordenou congelar qualquer conta
bancária ou bens que o dito cidadão
pudesse ter em jurisdição estadunidense,
com o argumento de existir evidências
de que o militar tinha apoiado
materialmente às FARC em suas
atividades de narcotráfico.

Em agosto de 2009, o diário The New


York Times publicou um artigo citando
uma suposta carta interceptada ao
guerrilheiro das FARC Iván Márquez, onde
discutia um plano de compra de armas a
servidores públicos venezuelanos, e
onde se mencionava ao general Rangel
Silva e ao ex ministro Ramón Rodríguez
Chacín. De acordo com esse artigo,
Rangel Silva forneceria documentos de
identidade a guerrilheiros colombianos
para que recebessem as armas em
território venezuelano.
Atualmente continua em pé a
colaboração das FARC e do ELN com o
chavismo, tal como demonstram as
recentes declarações de Nicolás Maduro
convidando a Iván Márquez e a Jesús
Santrich a se refugiar na Venezuela, para
os proteger enquanto ameaçam com
ataque à Colômbia.

Mas segundo o governo dos Estados


Unidos, os envolvimentos da Venezuela
com o crime organizado não se limitam
unicamente ao tráfico de cocaína e à
violência que se gera e cobra vidas na
fronteira sul, assim como o incremento
do narcotráfico no país, sob a tutela de
Nicolás Maduro, inclui uma enorme
atividade de lavagem de dinheiro de
origem ilícita, que compromete a
integridade do sistema financeiro
estadunidense.

Organização
Segundo InSightCrime, existem grupos
delinquentes relacionados com este
cartel dentro de todos os ramos das
Forças Armadas de Venezuela, como o
Exército, a Armada, a Aviação, e a
Guarda Nacional; desde o mais baixo
nível até os mais altos níveis de faixas
militares.[1]
Pessoal de nível baixo

Ao que parece, as faixas inferiores


corruptas da Guarda Nacional
competem por posições nos postos de
controle fronteiriços para obter o
pagamento de subornos pelo tráfico
ilícito, ainda que grande parte destes vá
para seus superiores corruptos de
postos fronteiriços.[24] Os membros de
baixo nível também ajudam a escoltar a
droga desde a fronteira da Colômbia
para o interior de Venezuela para que,
daí, sejam colocados em barcos em
águas internacionais.[25]
Pessoal de nível superior

Os oficiais corruptos de alta faixa do


Cartel dos Sóis têm sido assinalados por
facilitar a passagem e até de traficar a
droga desde a fronteira da Colômbia até
portos do Mar das Caraíbas, onde é
escondida em barcos cargueiros que
percorrem águas internacionais para
Europa ou Estados Unidos. Também
usam lanchas rápidas para transportar a
droga, fazendo primeiro escala em
alguma ilha das Caraíbas.[25] Inclusive, se
presume que usem o Aeroporto de
Maiquetía em Caracas para exportar a
droga escondida nos aviões comerciais
e privados que saem ao exterior.
Membros de alta faixa
acusados

Diosdado Cabelo

Diosdado Cabelo, segundo ao comando do Cartel dos Sóis

Em janeiro de 2015, o ex-chefe de


segurança de Hugo Chávez e Diosdado
Cabelo, Leamsy Salazar, fez declarações
à justiça estadunidense, nas quais
assinalou a Cabelo como o atual chefe
do Cartel dos Sóis.[26][27] Salazar foi
colocado no Sistema de Proteção a
Testemunhas estadunidense depois de
fugir a este país com ajuda da DEA, após
estabelecer cooperação com a agência
estadunidense e declarações sobre a
possível participação de Cabelo no
comércio internacional de drogas.[26]
Salazar declarou que escutou a Cabelo
dar ordens para transportar toneladas de
cocaína.[27] Segundo suas declarações,
os carregamentos de drogas eram
enviados desde a Colômbia pela antiga
guerrilha das FARC, dando-se a ordem de
transportar a droga pela Venezuela até
os Estados Unidos e a Europa, realizando
possivelmente escala em Cuba.[26][27] A
operação internacional de drogas teria
provavelmente implicado a membros
importantes do governo venezuelano
como Tarek O Aissami e José David
Cabelo, irmão de Diosdado.[26][27] Em
maio de 2018, Cabelo e sua família
foram sancionados pelo Departamento
do Tesouro congelando seus ativos em
solo estadunidense, acusando-os de
lavagem de dinheiro, corrupção e
narcotráfico.[28]

Hugo Carvajal

Hugo Carvajal teria sido um dirigente do


Cartel dos Sóis durante sua estadia nas
Forças Armadas aproveitando sua
passagem, por dez anos, na inteligência
militar venezuelana, dos quais passou
mais de sete como Diretor Nacional de
Inteligência.[29] Em 22 de julho de 2014
Hugo Carvajal, já retirado da vida militar,
foi detido em Aruba, depois de ter sido
admitido com um passaporte
diplomático ao ser nomeado Consul da
Venezuela na ilha desde janeiro.[30][31][32]
A detenção efetuou-se seguindo a uma
petição formal do governo dos Estados
Unidos, o qual acusa a Carvajal de
conexões com carteis do narcotráfico e
com a então guerrilha colombiana das
FARC para traficar drogas.[33][34] Cinco
dias depois, Carvajal foi liberto depois
que as autoridades holandesas
manifestassem que ele possuia
imunidade diplomática; no entanto, foi
expulso da ilha ao considerá-lo "Pessoa
non grata".[35][36][37] O 12 de abril de 2019,
Carvajal é capturado na Espanha
atendendo a um pedido de extradição
dos Estados Unidos, sendo imputado por
ter-se aproveitado de seu cargo como
diretor de inteligência militar para realizar
atividades relacionadas com o
narcotráfico e o crime organizado.[38]
Freddy Bernal

Freddy Bernal

O Escritório de Controle de Activos


Estrangeiros (OFAC) do Departamento do
Tesouro dos Estados Unidos incluiu a
Freddy Bernal em uma lista de pessoas
vinculadas ao tráfico de drogas, por
coordenar a segurança da então
guerrilha das FARC quando se
encontravam em território
venezuelano.[39][40][41]

Segundo o governo dos Estados Unidos,


Bernal e sua mão direita, Amílcar de
Jesús Figueroa, ajudaram a organizar
grupos armados na Venezuela,
conhecidos como coletivos, formados
por civis que atuam como grupos de
apoio ao governo de forma paralela às
Forças Armadas Bolivarianas, bem como
de gerir a assessoria da ex-guerrilha das
FARC para prover treinamento a estes
grupos no manejo de armas e
explosivos.[42] A DEA assegura que
Bernal, junto a outro grupo de políticos e
militares venezuelanos pertencentes ao
Cartel dos Sóis, estavam diretamente
vinculados ao intercâmbio de armas por
droga com a antiga guerrilha.[43][44][45][46]

Resposta do governo
O governo venezuelano, dirigido pelo
mandatário Nicolás Maduro, tem negado
as acusações expostas sobre
narcotráfico. O deputado do partido de
governo, Pedro Carreño, tem negado a
existência de dita organização,
declarando que se fala do Cartel dos
Sóis «para satanizar a nossa Força
Armada Nacional Bolivariana», e
assegurou que «o relatório de Nações
Unidas do ano 2007 na luta contra o
narcotráfico» menciona que a Venezuela
é um país livre de cultivos ilícitos.[7]

Diosdado Cabelo, assinalado como um


dos supostos líderes do cartel, tem
negado as vinculações com ele e tem
afirmado que «são infamias e calunias
às que estão submetidos os partidários
da revolução venezuelana, mas nossa
consciência está totalmente tranquila.»
Diosdado tem confirmado conhecer ao
oficial da Armada Leamsy Salazar, quem
se asilou nos Estados Unidos para dar
declarações sobre o caso, ainda que
conclui que o problema é de Salazar.[8]
Veja também
Narcotráfico na Colômbia

Referências
1. «Cartel de los Soles» (http://www.insi
ghtcrime.org/venezuela-organized-cri
me-news/cartel-de-los-soles-profil
e) . InSightCrime. Consultado em 1
de fevereiro de 2015
2. «Cartel de los Soles» (http://es.insigh
tcrime.org/grupos-venezuela/cartel-
de-los-soles) . In Sight Crime.
Consultado em 26 de maio de 2014
3. «La guerra entre cárteles militares de
la droga cerró la frontera
venezolana» (http://www.abc.es/inter
nacional/20150825/abci-carteles-dro
ga-guerra-venezuela-201508251725.
html) . abc (em espanhol)
4. «Armando Salazar: el "cártel de los
soles" controla la droga, gasolina y
las armas en Delta Amacuro - Tane
tanae Así Pasó» (https://tanetanae.c
om/armando-salazar-cartel-los-soles
-controla-la-droga-gasolina-las-armas
-delta-amacuro/) . Tane tanae Así
Pasó (em espanhol)
5. «Organized Crime and Illegally Mined
Gold in Latin America» (http://globali
nitiative.net/wp-content/uploads/201
6/03/Organized-Crime-and-Illegally-
Mined-Gold-in-Latin-America.pdf)
(PDF)

6. «Venezuela's Maduro calls reports


that Cabello faces drug charges
'vulgar' » (http://www.miamiherald.co
m/news/nation-world/world/america
s/venezuela/article8232987.html)
7. «Pedro Carreño negó la existencia
del Cartel de los Soles» (http://www.
el-nacional.com/noticias/gobierno/p
edro-carreno-nego-existencia-del-car
tel-los-soles_238391) . El Nacional
8. «Diosdado Cabello niega formar
parte del 'cartel de los soles' » (http
s://noticias.caracoltv.com/mundo/di
osdado-cabello-niega-formar-parte-d
el-cartel-de-los-soles) . Caracol
9. «Cartel de los Soles» (https://es.insig
htcrime.org/venezuela-crimen-organi
zado/cartel-de-los-soles-perfil/) .
insightcrime. (em espanhol)
10. «Venezuela's Drug-Running Generals
May Be Who Finally Ousts Maduro»
(https://news.vice.com/article/venez
uelas-drug-running-generals-may-be-
who-finally-ousts-maduro)
11. Emili J. (abril de 2015). Bumerán
Chávez: los fraudes que llevaron al
colapso de Venezuela (http://eju.tv/w
p-content/uploads/2015/04/BUMER
AN-CHAVEZ-Los-fraudes-que-Emili-Bl
asco.pdf) (PDF) 1º ed. Washington
D.C & Madrid: Center for
Investigative Journalism in the
Americas (CIJA). Inter-American
Trends. ISBN 978-1511522830.
Consultado em 24 de novembro de
2016. Cópia arquivada (PDF) em 24
de novembro de 2016 (https://web.a
rchive.org/web/20161124092328/ht
tp://eju.tv/wp-content/uploads/201
5/04/BUMERAN-CHAVEZ-Los-fraude
s-que-Emili-Blasco.pdf)
12. «Venezuela is key link for the drug
smugglers» (http://www.telegraph.c
o.uk/news/worldnews/1557941/Ven
ezuela-is-key-link-for-the-drug-smugg
lers.html)
13. «FF.AA. venezolanas tienen cartel
propio» (http://historico.elpais.com.c
o/paisonline/notas/Julio232007/nar
co.html)
14. «Study: Colombian rebels were
willing to kill for Venezuela's Chavez»
(http://www.cnn.com/2011/WORLD/
americas/05/10/venezuela.farc.docu
ments/index.html)
15. «Chávez and the Cash-Filled
Suitcase» (http://content.time.com/ti
me/world/article/0,8599,1838145,0
0.html)
16. «FARC files 'show ties to Chavez' » (ht
tp://www.aljazeera.com/news/ameri
cas/2011/05/20115115856153893.
html) . Al Jazeera. Consultado em 6
de março de 2013
17. «Colombia: Chavez funding FARC
rebels» (http://usatoday30.usatoday.
com/news/world/2008-03-02-venezu
elacolombia_N.htm?csp=34)
18. «FARC Computer Files Are Authentic,
Interpol Probe Finds» (http://www.wa
shingtonpost.com/wp-dyn/content/a
rticle/2008/05/15/AR200805150415
3.html)
19. «Treasury Targets Venezuelan
Government Officials Supporting the
FARC» (http://www.treasury.gov/pres
s-center/press-releases/Pages/hp11
32.aspx) . Press Release. United
States Department of Treasury.
Consultado em 5 de março de 2014
20. «Nuevas sanciones de Estados
Unidos incluyen altos funcionarios de
Venezuela con vínculos criminales»
(https://es.insightcrime.org/noticias/
noticias-del-dia/nuevas-sanciones-es
tados-unidos-incluyen-altos-funciona
rios-venezuela-vinculos-criminales/) .
insightcrime. (em espanhol)
21. «Detienen a comandante de la Milicia
con cargamento de drogas» (http://w
ww.eluniversal.com/sucesos/14021
5/detienen-a-comandante-de-la-milici
a-con-cargamento-de-drogas)
22. http://cnnespanol.cnn.com/2015/11/
11/autoridades-de-ee-uu-detienen-a-
dos-familiares-de-la-primera-dama-
de-venezuela/
23. DiarioCritico, MiamiDiario, grupo.
«Venezuela: Un Narcoestado con
características únicas» (http://www.
miamidiario.com/noticias/378119) .
www.miamidiario.com (em
espanhol). Consultado em 8 de abril
de 2018. Cópia arquivada em 9 de
abril de 2018 (https://web.archive.or
g/web/20180409043449/http://ww
w.miamidiario.com/noticias/37811
9)
24. «VIOLENCE AND POLITICS IN
VENEZUELA» (http://www.crisisgrou
p.org/~/media/Files/latin-america/v
enezuela/38%20Violence%20and%2
0Politics%20in%20Venezuela.pdf)
(PDF). Report. International Crisis
Group. Consultado em 26 de maio
de 2014. Cópia arquivada (PDF) em
10 de dezembro de 2014 (https://we
b.archive.org/web/2014121010452
2/http://www.crisisgroup.org/~/medi
a/Files/latin-america/venezuela/38%
20Violence%20and%20Politics%20i
n%20Venezuela.pdf)
25. « 'Every last gram of cocaine is
soaked with innocent blood' » (http://
www.scotsman.com/news/scotland/
top-stories/every-last-gram-of-cocain
e-is-soaked-with-innocent-blood-1-74
6724)
26. «Identifican a Diosdado Cabello
como jefe del Cartel de los Soles» (ht
tp://www.elnuevoherald.com/noticia
s/mundo/america-latina/venezuela-e
s/article8206548.html)
27. «El jefe de seguridad del número dos
chavista deserta a EE.UU. y le acusa
de narcotráfico» (http://www.abc.es/i
nternacional/20150127/abci-venezu
ela-cabello-eeuu-201501262129.htm
l)
28. https://www.semana.com/mundo/art
iculo/diosdado-cabello-sancionado-
por-el-tesoro-de-eeuu/567595
29. «Former Venezuelan intelligence
chief arrested on U.S. drug charges»
(http://www.latimes.com/world/mexi
co-americas/la-fg-venezuela-intellige
nce-arrest-drug-20140724-story.htm
l)
30. «Aruba detains Venezuelan general
on US drug trafficking list» (http://ww
w.bbc.com/news/world-latin-america
-28472222) . BBC News. 24 de julho
de 2014. Consultado em 26 de julho
de 2014
31. Neuman, William (24 de julho de
2014). «Former Venezuelan
Intelligence Chief Arrested in Aruba»
(http://www.nytimes.com/2014/07/2
5/world/americas/former-venezuela
n-intelligence-chief-arrested-in-aruba.
html) . New York Times. New York
Times. Consultado em 2 de agosto
de 2014
32. Kejal Vyas & Juan Forero (24 de julho
de 2014). «Retired Venezuelan
General Hugo Carvajal Detained on
U.S. Petition» (http://online.wsj.com/
articles/retired-venezuelan-general-h
ugo-carvajal-detained-on-u-s-petition-
1406227366) . Wall Street Journal.
Consultado em 30 de julho de 2014
33. «Aruba releases Venezuelan ex-
general wanted in U.S.» (http://www.
cnn.com/2014/07/27/world/america
s/aruba-us-venezuela-ex-general-arre
sted/) . CNN. CNN. 28 de julho de
2014. Consultado em 2 de agosto de
2014
34. «Treasury Targets Venezuelan
Government Officials Supporting the
FARC» (http://www.treasury.gov/pres
s-center/press-releases/Pages/hp11
32.aspx) . U.S. Department of the
Treasury. 12 de setembro de 2008.
Consultado em 30 de julho de 2014
35. «Cómo explica Holanda la liberación
del general venezolano Hugo
Carvajal» (http://www.bbc.co.uk/mun
do/noticias/2014/07/140728_razone
s_holanda_liberacion_carvajal_ac.sht
ml) . BBC Mundo. BBC News. 28 de
julho de 2014. Consultado em 2 de
agosto de 2014
36. «Netherlands Says Venezuelan
Detained in Aruba Has Immunity» (ht
tp://online.wsj.com/articles/netherla
nds-rules-venezuelan-detained-in-aru
ba-has-diplomatic-immunity-140650
5987#livefyre-comment) . Wall
Street Journal. 27 de julho de 2014.
Consultado em 2 de agosto de 2014
37. «Aruba frees Venezuelan diplomat
wanted in US on drugs charges» (htt
p://www.dw.de/aruba-frees-venezuel
an-diplomat-wanted-in-us-on-drugs-c
harges/a-17812023) . Deutsche
Welle. 28 de julho de 2014.
Consultado em 2 de agosto de 2014
38. https://es.panampost.com/sabrina-
martin/2019/04/12/espana-captura-
al-pollo-carvajal-hombre-clave-del-
chavismo/?cn-reloaded=1
39. «US sanctions Venezuelans for
alleged Farc links» (https://www.bbc.
com/news/world-latin-america-1484
8240)
40. «The Eight Criminal Armies
Supporting Venezuela's Maduro
Administration» (http://globalgeopolit
ics.net/2018/02/17/the-eight-crimina
l-armies-supporting-venezuelas-mad
uro-administration/)
41. «InSightCrime | Drug trafficking
within the Venezuelan regime: The
'Cartel of the Suns' » (https://www.kni
pselkrant-curacao.com/insightcrime-
drug-trafficking-within-the-venezuela
n-regime-the-cartel-of-the-suns/) .
Knipselkrant Curacao
42. «Narcotráfico en el régimen
venezolano: El "Cartel de los Soles" »
(https://es.insightcrime.org/investiga
ciones/narcotrafico-en-el-regimen-ve
nezolano-el-cartel-de-los-soles/) .
insightcrime.org
43. «La ficha clave del Cartel del Sol» (htt
ps://www.elespectador.com/noticia
s/judicial/ficha-clave-del-cartel-del-so
l-articulo-506853)
44. «Piloto del 'cartel de los Soles' habría
buscado negocios con 'bacrim' » (htt
ps://www.eltiempo.com/archivo/doc
umento/CMS-16619650) . El Tiempo
45. «Los altos cargos del narcotráfico en
Venezuela» (https://www.elconfidenc
ial.com/mundo/2017-02-14/venezue
la-narcotrafico-tareck-el-aissami-cha
vismo-estados-unidos_1331643/) .
El Confidencial
46. «EE.UU. sanciona a 10 altos
funcionarios y exfuncionarios
venezolanos» (https://cnnespanol.cn
n.com/2017/11/09/ee-uu-sanciona-a
-10-altos-funcionarios-venezolano
s/) . CNN

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Cártel_de_los_Soles&oldid=64248606"

Esta página foi editada pela última vez às


16h22min de 22 de agosto de 2022. •
Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-
SA 3.0 , salvo indicação em contrário.

Você também pode gostar