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DICAS
pra veganizar
sua vida
1. Primeiros passos
Se você ainda tem dúvidas sobre como mudar seu estilo de vida, converse com um amigo vegano. Ele
será a pessoa mais indicada para te mostrar qual caminho seguir, as dificuldades que você encontrará
e como superar cada uma delas. Mas se não conhece nenhum vegano, pode chamar a gente lá no
Facebook ou em nosso e-mail. Vamos ter muito prazer em te ajudar!

2. Ajuda profissional
Depois dessa fase de descobertas pessoais, o próximo passo é conversar com uma nutricionista – de
preferência com experiência em nutrição vegana. Esse detalhe é muito importante porque alguns
profissionais, a depender de suas convicções, podem tentar te desencorajar a seguir em frente. Não
se deixe abalar por isso.

Para evitar que esse problema ocorra, recomendamos que você entre em contato com a Sociedade
Brasileira Vegetariana e busque indicações profissionais em sua cidade ou estado. No Rio de Janeiro,
nossa recomendação é a nutricionista Nathália Guimarães, que trata muito bem as meninas da Cake.
Sigam o perfil dela no Instagram e no Facebook para mais informações.
3. Busque informação
O que não falta hoje em dia são lugares para obter informação sobre o veganismo. Uma boa publicação
para te introduzir nesse mundo é a Revista dos Vegetarianos. Você pode segui-la nas redes sociais
(Facebook, Instagram e Twitter) e, caso goste do conteúdo, comprar a revista ou até mesmo fazer
uma assinatura.

Busque também outras páginas de alimentação e estilo de vida vegano para te ajudar durante o
processo de transição. Hoje acompanhamos apenas páginas estrangeiras, principalmente no Reino
Unido e Canadá, mas cabe a você encontrar as que mais se aproximam do seu estilo de vida. Procure
espaços em que as pessoas estejam interessadas em se ajudar, sendo gentis umas com as outras e sem
competição por quem é mais vegano.

DICAS DE LIVROS
• Virei vegetariano, e agora?, de Eric Slywitch
O médico Eric Slywitch é uma referência brasileira em alimentação plant based e veganismo.
• Porque amamos cachorros, comemos porcos e vestimos vacas, de Melanie Joy
Joy cunhou o termo “carnista” e é um dos grandes nomes da causa vegana no mundo.
• Libertação Animal, de Peter Singer
Singer é um filósofo contemporâneo que faz parte do time de elite. Toda sua reflexão acerca do
tratamento dado aos animais merece ser lida por todos.
4. Leia os rótulos
Essa é uma regra: todo vegano deve ler o rótulo dos produtos antes de consumi-los. Inclusive existem
muitos ingredientes de origem animal que passam despercebidos por serem desconhecidos pelo
grande público. Vamos citar os dois mais comuns:
• Corante carmim: a substância que avermelha alimentos, roupas e cosméticos muitas vezes é feita
com cochonilhas – insetos com até cinco milímetros de comprimento que se alimentam da seiva de
plantas. Pense que são necessários milhares desses insetos para fazer alguns gramas de corante,
um processo obviamente nada humano.

Mas como evitar esse consumo? Lendo o rótulo, lógico! Nele, esses corantes são descritos da seguinte
maneira: “Corante natural carmim”; “corante cochonilha”; “C.I. 75470” ou “E120”.

O leite de soja é outro que precisa de atenção redobrada. Nós mesmas bebemos esse leite com café
todos os dias, mas precisamos ficar atentas aos rótulos. Algumas marcas, como a Ades, adicionou
vitamina D de origem animal em sua nova fórmula.

Ou seja, busque se informar antes de inserir uma nova marca na sua vida, seja de alimento ou qualquer
outro produto.

5. Cuidado com o traço


Esta é uma dica para quem possui alergias alimentares severas. A expressão “Pode conter traços de...”
significa que o alimento foi processado em um equipamento ou local onde também se processam o
ingrediente citado, ocorrendo uma contaminação cruzada.

É o caso, por exemplo, da contaminação por leite, ovos, glúten ou oleaginosas. Como esses alimentos
oferecem perigo a pessoas alérgicas, a Anvisa prevê que o traço dessas substâncias seja sinalizado na
embalagem, na lista de ingredientes com potencial alergênico.

Outro ponto diz respeito aos veganos que escolhem não consumir produtos com traços de origem
animal e buscam empresas 100% veganas. Se você se enquadra nessa categoria, a única solução é ler
atentamente o rótulo.

A Sociedade Vegetariana Brasileira concede o selo de Produto Vegano a produtos que contenham
traços, pois entende que o fato das empresas estarem preocupadas em oferecer produtos veganos já
é um passo positivo. Ou seja, fica a seu critério consumir ou não esses produtos.
6. Experimente novas receitas
Hoje é possível encontrar uma infinidade de receitas gratuitas na versão vegana. Podem surgir
dificuldades na hora de encontrar os ingredientes, mas seu maior desafio não será técnico. Há um
bloqueio cultural que nos impede de continuar com a veganização, pois passamos boa parte de nossa
vida cozinhando ou comendo animais – e aqui incluímos leites e ovos. A princípio, parece muito difícil
mudar esses hábitos. Mas acredite na gente, não é.

A própria Cake Academy é uma maneira de facilitar esse caminho. Oferecemos dicas e receitas
gratuitas o tempo todo. Nossos cursos possuem um conteúdo mais completo, sendo um passo além
pra quem quer se aprofundar na confeitaria vegana.

De qualquer forma, você vai precisar conhecer bem cada um dos ingredientes. Pesquise, vá ao
mercado municipal da sua cidade, vá a uma loja de produtos naturais e conheça suas opções.
Possibilidades não vão faltar!

E, claro, a internet é sempre uma excelente rede para compras. Essa dica não é somente para quem
mora no interior, mas também para encontrar produtos raros e, às vezes, com os melhores preços.
7. Apoie o comércio local
Sabe aquela lojinha de produtos veganos perto da sua casa? Dê preferência a ela na hora de comprar
seus ingredientes. Até mesmo se você mora em uma cidade pequena, já é possível encontrar uma
loja assim. Dessa forma, você estimula o comerciante a continuar com o trabalho e sempre trazer os
melhores ingredientes.

Incentive também os donos dos restaurantes a incluir opções veganas no cardápio. Você ganha duas
vezes, pois além de continuar frequentando os locais que gostava, poderá desfrutar bons momentos
com os amigos. Afinal, você não vai querer se isolar do mundo só porque veganizou. E o mundo só tem
a ganhar por ter mais um estabelecimento com opções veganas no cardápio!

8. Suplemente a alimentação
Apesar de a culinária vegana nos oferecer praticamente todos os nutrientes que precisamos, será
necessário prestar atenção na vitamina B12. Ela é essencial para manter o metabolismo do sistema
nervoso e o bom funcionamento das células vermelhas do sangue. O único problema é que ela é
encontrada apenas em produtos de origem animal, como peixes, fígado e leite.

Então, como podemos obter a vitamina B12 sendo veganos? Ela até está presente na alga nori e na
soja, mas de forma inapropriada para a digestão. Ou seja, não são fontes confiáveis para consumo
humano. Dessa forma, a suplementação – na forma de pílulas, alimentos fortificados ou injeções
– é essencial.

Antes, porém, você deve procurar um profissional de saúde. Seu médico ou nutricionista pedirá um
exame de sangue para conferir as taxas da vitamina e, só a partir dos resultados, poderá te indicar qual
a suplementação correta.

Isso não pode ser negligenciado porque a falta da vitamina B12 pode gerar sérios danos à sua saúde.
Anemia, falta de memória e problemas nervosos são apenas alguns dos mais simples. Lembre-se que
os sinais não surgem de imediato, sendo preciso se preocupar desde o início da veganização.

Mas também precisamos reforçar que a deficiência de vitamina B12 não é exclusiva de veganos.
Devido à alimentação cada vez mais pobre que adotamos, a carência de vitaminas é uma questão de
saúde e deve ser observada com atenção.
9. Consuma proteínas vegetais
Para cada pessoa que se torna vegana, surgem 50 nutricionistas de Facebook para perguntar: “e as
proteínas? Você ficará doente sem carne e leite”. Gente, calma. Um dos homens mais fortes do mundo,
Patrik Baboumian, é vegano. Se ele consegue as proteínas a partir de plantas, você também pode.

Algumas das fontes mais poderosas que temos são as leguminosas (feijões, grão de bico, lentilhas),
tofu, soja, tempeh, aveia e oleaginosas.

Além disso, vivemos na era da proteína. O que poucos sabem é que hoje se consome mais do que
o necessário. Nos EUA, por exemplo, já se fala em consumo excessivo. E quais os efeitos disso?
Problemas cardíacos, obesidade, diversos tipo de câncer e até mesmo o Alzheimer estão ligados ao
consumo excessivo de produtos de origem animal.

Ou seja, não só é possível alcançar sua necessidade diária de proteínas com uma alimentação
vegana como essa dieta também será bem mais saudável. Caso você queira saber mais sobre esse
assunto, sugerimos o livro The China Study, infelizmente ainda sem tradução para o português.
Esse livro é a Bíblia dos estudos veganos, uma leitura obrigatória para quem pretende se
aprofundar na saúde vegana.
10. Mude sua vida
Ser vegano é mais do que uma opção alimentar. Ser vegano é a maior expressão de ativismo sócio-
ambiental-político-econômico que temos hoje. Sim, a palavra é grande, mas dá ideia do quão importante é
a sua decisão de cortar ingredientes de origem animal e como isso impacta todo o planeta.

Você pode até pensar que não, mas juntos podemos mudar sim mudar o mundo. O veganismo cresce
a um ritmo de 40% ao ano no Brasil. Nos últimos dois anos, cresceu 600% nos EUA. No Reino Unido,
houve aumento de 350% no último ano. Lembre-se desses dados quando se sentir sozinho.

E se falamos bastante em alimentação vegana é porque essa é uma porta de entrada, um divisor de
águas para a nossa sobrevivência na Terra. A criação de animais para consumo humano é responsável
por mais da metade da emissão de e gases tóxicos, por exemplo. Sim, um valor maior do que todos os
meios de transporte juntos. Isso sem falar nas questões da água e devastação de florestas.

Esse é um movimento global e nossas reivindicações são claras: deixem os animais fora do seu prato,
das suas roupas e dos seus cosméticos. Só assim o mundo pode evoluir em paz.
Como você pode potencializar
o seu ativismo?
• Use roupas e assessórios que carreguem a mensagem vegana;

• Inicie uma página nas redes sociais com nome e mensagem veganos e distribua
conteúdo de qualidade para as pessoas que desejam se informar sobre o assunto.

• Tire muitas fotos de tudo que você come, veste e consome. Apresente os lugares que
você frequenta e mostre para os seus amigos e seguidores o estilo de vida vegano.

• Questione os restaurantes por opções veganas no cardápio e pergunte às empresas


de roupas e cosméticos se possuem alternativas naturais. Todos já entenderam que
o mercado vegano é enorme e, quanto mais pedirmos, mais as empresas as incluirão
em seus menus e listas de produtos.

• Cozinhe para amigos e família, mostre como a culinária vegana pode ser deliciosa.

• Finalmente, suas atitudes são a melhor propaganda do movimento. Se você estiver


feliz, saudável e radiante, todos vão querer ser como você!
A Cake Vegan Cake Academy possui mais de 5 anos de mercado e é uma referência em
confeitaria vegana e em doces sem glúten em todo o Brasil. Temos, no total, mais de
1000 alunos e, além disso, fazemos parte do time de professores do primeiro curso de
Gastronomia Vegana do Brasil, na Universidade Unisuam.

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