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ARQUITETURA E URBANISMO
Aracaju - SE
2017
Eriklis Yure Silva Leonel
Apresentado ao Curso de
Arquitetura e Urbanismo, sob
orientação do prof.
Rooseman, como um dos
pré-requisitos para avaliação
da disciplina de
Planejamento Urbano I.
Aracaju - SE
2017
JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. 3. Ed. São Paulo: Wmf Martins
Fontes, 2015.
Esses dois textos enfatizam que algumas medidas urbanísticas não fizeram
a cidade de fato crescer, como se era esperado. Pelo contrário, criaram uma ilusão
como a cultura, comércio etc. Aglomeram pessoas nos shopping centers e fazem
lugares que na maioria das vezes não significam nada, tornando-se inúteis.
bom se for humilde, ou seja, os espaços mais sofisticados são sempre classificados
pois de uma certa maneira alegam que elas não tem (ou não devem ter) valor. Com
base no contexto do trecho acima, North End era pra muitos um lugar ruim por
possuir cortiços, o que não era realidade, pois eles não estavam prejudicando o
de se estar. No livro relata que em North End se podia ver claramente a “alegria e
estar nas coisas mais simples, as vezes não é necessário ter uma reurbanização
Dura crítica de uma moradora a um projeto urbanista feito no seu bairro. Isso
é um fato presente em muitos lugares hoje em dia, pois estão fazendo projetos sem
lugares bonitos mas sem identificação com o seu redor, afinal, são projetos que
visam o bem estar dos “poderosos” e não dos habitantes locais. Essa falta de
espaço que necessita de novos empregos, mas que sejam de real utilidade para os
em uma cidade pequena que não se desenvolveria, ou seja, não se tornaria uma
cidade grande. Assim, ela seria um novo e agradável espaço para as pessoas mais
criada por Howard seria a solução para a realidade que as grandes cidades viviam
na época; criar “cidadezinhas” ao redor desses grandes centros que não lhe
agradavam.
“A população orgulhava-se deles, mas esses conjuntos não
tiveram sucesso. Em primeiro lugar, invariavelmente a cidade
normal à volta deles decaía em vez de prosperar” (Pág 27)
Esse trecho fala sobre a “City Bealtiful”, um lugar que é perfeito no papel,
mas que na realidade não agradava tanto. Mesmo sendo aprovado por muitos na
ruim, pois acaba separando as pessoas umas das outras criando grandes
vivemos hoje necessita de várias mudanças provindas de nós cidadãos, mas a falta
reação coletiva para o bem urbano. Com a ausência desse bem, as pessoas
procuram estar sempre ao redor de muros e desejam cada vez menos saírem de
suas casas, pois lá se sentem seguras, o que nas ruas, atualmente, não é uma
realidade.
“(...) A segurança das ruas é mais eficaz, mais informal e
envolve menos traços de hostilidade e desconfiança
exatamente quando as pessoas as utilizam e usufruem
espontaneamente e estão menos conscientes, de maneira
geral, de que estão policiando. (...)” (Pag 34)
Para muitos, a segurança é vista como algo sem solução, a sociedade julga
que aquele que se isola, e menos tem contatos com as pessoas desconhecidas,
tem uma vida mais agradável. O que está errado! Afinal uma cidade não pode se
comportar desta forma, viver desta maneira é pegar uma contramão. “A presença
de pessoas atrai outras pessoas”, todos nós nos sentimos mais à vontade quando
seremos a cada dia mais derrotados por ele e nos distanciaremos de uma cidade
que são citados no trecho atuam pontualmente na segurança dos locais em que
mais à vontade por ter outras pessoas ao seu redor, e que estão ali não para
fazerem o mal, mas para realizar seus próprios interesses em outro bairro. Este é
apenas um dos inúmeros fatores que podem ser tomados para o fim da insegurança
nas ruas.
aplicar “soluções” que não se adequam ao local. Esse trecho, referia-se a Hyde
Park-Kenwood, que era circundado por pessoas “de fora” em seu perímetro; e que
uma revitalização urbanística como essa não seria viável pois atrairia mais ainda
insegurança.
pessoas de um local são mais capazes de produzir essa paz do que outras. Os
“olhos nas ruas” são apenas pessoas que não se prendem dentro de suas próprias
casas, e que conseguem desempenhar o seu papel no “balé” das ruas. Esse balé
é o movimento feito por cada pessoa por simplesmente viver suas vidas e
proporcionarem o fluxo que faz com que a população, mesmo sem perceber, esteja
segura. Afinal, mesmo que não se conheçam todos ao redor, com o “balé” tem-se
o entendimento que com os vários olhos presentes, todos de uma certa forma
Para que haja segurança nas calçadas é necessário que exista confiança
estética da arquitetura no local, mas por empreendimentos úteis nas calçadas que
proprietários. Eles tem o papel fundamental para a sociedade, são uma referência
para o local em que estão, pois muitas vezes são os que mais mantém diálogo com
a população, mas claro, dentro do limite, não avançando para além do que fosse
necessário para se manter uma boa conversa. Muitos desses, conseguem plena
alguém, para uma simples tarefa, mas não se sabe em quem confiar. Isso é um
símbolo do companheirismo nas ruas, pessoas de bom caráter que são “olhos” e
todos.
Uma situação relatada no livro que acontece praticamente todos os dias nos
cada vez mais por achar que não devem se envolver de maneira nenhuma na vida
das pessoas, e algumas ainda se fantasiam e fazem parecer que se importam,
quando na verdade querem se isolar nos seus mundos para não ter um possível
contato com outra família, achando que esse afastamento seria o melhor para
todos.
naturalmente a segurança, fazendo com que todos se sintam mais à vontade para
e podem fazer o que quiserem longe das restrições dos adultos. O exemplo no
trecho fala de uma calçada em que as crianças se divertiam de uma maneira muito
mais saudável, pois estão em observação dos adultos; em contraste com alguns
playgrounds, onde muitas vezes as crianças vão sozinhas, com aceitação ou não
contrário, é interessante que haja lugares assim para elas, mas estes não devem
se situar sempre longe das vizinhanças de ruas movimentadas onde se têm uma
boa segurança. Devem-se existir várias opções para elas estarem, tanto longe (mas
acompanhadas), quanto próximo de casa, nas calçadas, nos parques, quadras etc..
É preciso diversificar cada vez mais as opções para as crianças, pois tudo será um
vistas como apenas um corredor de divisória entre casas e ruas. Elas vão além
disso, nas calçadas há identidade dos moradores, e nela talvez se tenha a maior
proximidade entre as pessoas. Não se deve pensar apenas nos carros, alargando
espaço bom de vivência não só para as crianças, mas para todas as pessoas.
que é preciso ter cada vez mais áreas livres na cidade para solucionar problemas
e deixar mais espaço para as pessoas utilizarem. Mas isso não é solucionar, pois
se pensar fechado desta forma, iremos ter muito mais locais esquisitos e vazios,
sem utilidade. Deve-se entender mais sobre os entornos, e não achar que todos os
que vão e vem no local, trazendo segurança nas demais ruas próximas e afastando
consequentemente a insegurança.
Os parques devem possuir seus diferenciais de uma forma que faça com
que os visitantes voltem um dia por gostar de alguma coisa que tinha ali, pois se
todos os parques forem iguais, não terá porque ninguém sair de sua casa e
percorrer certa distância para ir em um parque mais longe, sendo que, próximo a
ela existe um que é “a mesma coisa” dos deste. Antes de projetar um espaço como
projetos urbanos são sempre tentativas, não se há uma fórmula exata para
solucionar estas questões. Através do conhecimento e estudo do local, é que se
Se áres como parques e praças não tiverem em seu redor usos diversos,
seus usos nas ruas, terão um local apropriado, e finalmente as praças e parques
terão suas finalidades da forma que foi pensado na concepção projetual, ou seja,
servirão as pessoas como um local de paz e descontração entre elas, como devem
ser.
tem que ser realmente isso, um lugar onde se pode encontrar vários afazeres em
seus diversos bairros. Graças a isso, as pessoas não se prendem aos seus próprios
trabalho ou de lojas, escolas etc. E isso se torna uma vantagem das cidades:
criada por ela para se referir a bairros como órgãos autogeridos. Nisso, conclui-se
que é necessário que a cidade se ajude coletivamente, e uma das formas mais
alguma forma. E esses pequenos grupos irão adquirindo, cada um, sua parte de
Sempre irão existir medidas tomadas pelos mais poderosos que não
agradarão os habitantes dos bairros, afinal, eles na maioria das vezes, não
procuram saber da opinião das pessoas que vivem no local onde haverá alteração.
Desta forma, o ideal é que existam esses “cidadãos influentes” que poderão de
alguma forma recorrer a alguém com mais poder sobre essa situação (seja algum
desempenhar o seu papel, pois um distrito eficiente é aquele que age pelos
habitantes, considerando a voz de todos que lhe fazem parte. Se este não pode dar
atenção a todos, não estará cumprindo com o seu dever, e muitos bairros
continuarão sem apoio, sozinhos, e vendo sua situação piorar sem perspectiva de
solução.
interfere pontualmente para que lugares como igrejas, comércios e etc. tenham
que também acontece na revitalização, pois na maioria das vezes priorizam apenas
os edifícios, sem se importar com a identidade que o local construiu. Isso é algo a
se priorizar, e não deve fazer pouco caso dessa familiarização, pois é de extrema
com ela, serão criados laços entre as pessoa, mesmo que não seja amizades, mas
sem dúvida, haverá ali uma preocupação com cada um pela convivência. Além
disso, será formado um grupo onde todos poderão se juntar para brigar por seus
direitos ou realizar reuniões para medidas internas do bairro. Quando não se tem
vizinhança.
diversidade extensa como nas grandes cidades, pois seriam poucas as pessoas
que frequentariam esses locais. Já nos grandes centros, podem-se haver uma
diversidade bem mais ampla em relação a isso, pois eles são capazes de abrigar
muito mais opções e manter essas atividades com um bom uso populacional.
diversidade, pois através dela, será possível solucionar diversos casos que agridem
ficariam sem importância e sem uso, o que a levaria a ficar um lugar sem segurança
algo relacionado a esta área, pois se assim for, ele não poderá hospedar pessoas
por mais tempo além das suas obrigações, ou seja, após o horário em que o
bairro/distrito for frequentado por motivo profissional ou algo relacionado, ele logo
no local (além dos horários de pico), esta concentração de pessoas existiria graças
trazer as pessoas para as ruas em horários diferentes, teremos uma área mais
flexível para se poder ter uma diversidade, e desta forma, será atribuído um
Essa “desculpa” citada acima é um das respostas mais comuns quando não
tomada quando não se tem um conhecimento mais profundo sobre as cidades, pois
dentre muitos fatores que colaboram para esse efeito negativo, um dos principais
são, sem dúvida, a falta de vida nas ruas ao longo de um dia, e não somente pela
tarde ou manhã.
“As peças de xadrez de uso principal não podem, é claro, ser
espalhadas aqui e acolá na cidade tendo em conta apenas a
necessidade de distribuir as pessoas ao longo do dia e
ignorando as necessidades particulares dos próprios usos, ou
seja, quais seriam locais bons para eles.” (Pág 121)
cidade, precisa ser estudado de acordo com o local, pois a cidade, embora seja
citada como única, possui dentro de si diversas culturas e costumes que precisam
ser considerados antes de qualquer alteração que venha ser feita em um espaço.
veem bairros ou ruas com a presença dessa diversidade, muitas vezes traçam
projetos que não são compatíveis e acabam destruindo as misturas dos usos.
segregam as pessoas dentro das suas vizinhanças que são próximas. No momento
em que são atribuídas quadras curtas, poderão haver mais opções para transitar e
Uma coisa se une a outra, pois juntas trazem um resultado muito positivo
funcionamento do local, mas são sem dúvidas 2 fatores importantes na busca deste
resultado.
abrindo mão de uma parcela dos habitantes que não vivem aquela realidade, e
assim vice versa. Todo bairro deve possuir esta mescla para que se possa ter uma
É importante que existam mescla de prédios nas cidades, pois com isso,
tornar grandes, e famílias que podem ou não se desenvolver, mas que poderão ter
um lugar para poder viver de acordo com sua renda, sendo ela alta ou baixa.
apenas relatar uma edificação que fracassou. Estes prédios possuem valor e
devem ser utilizados sempre, pois estão à frente das edificações já que estavam ali
segurança.
cidades/bairros são considerados como defeitos do local, mas elas existem graças
usos do local, fazendo com que ele não seja povoado ou esteja superlotado.
O trecho fala sobre uma opinião existente que diz que a diversidade dos
realidade, ela se torna desorganizada quando não é bem feita, mas sendo bem
feita, proporciona às pessoas, lugares úteis e não ruas iguais com as mesmas
residências e outros usos próximos uns dos outros que será desorganizado, isso,
como foi dito no trecho, é um “erro de julgamento”, quando mais um lugar possuir
esta diversidade, mais funcional ele será e todos os diversos problemas que
diversos lugares (bairros, ruas, distritos etc), pode ser que surja um pensamento
em relação aos automóveis. Porém, este é outro equívoco, pois como haverá mais
Como foi visto, é essencial para as ruas, que existam usos variados em sua
extensão, porém, estes não devem ser muito grandes (muito maiores que as
edificações dos locais. Há lugares que estas unidades se encaixam melhores, como
por exemplo nas ruas que possuem grandes prédios, pois ali eles podem misturar
desfavorece-las.
As cidades não devem ser algo padrão, nem deve limitar ou segregar os
usos, mas deve ser um lugar onde as ideias e oportunidades fluam e nela possa
tendência, pois no momento em que mais ruas vizinhas, ou locais muito próximos
podem de fato contribuir, são bem capazes de fixarem ali a diversidade, pois se
lucrativa que pudesse ser implantada em seu lugar. Vale também citar uma frase
que lhe forneça movimento, continuará a ser um local deserto, e se tornará um lugar
morto, já que as ruas vão diminuindo seus usos quando chegam próximos a estas
extremidades. Desta forma, se não for feito uma implantação desses usos de uma
forma que não fique tão claro que seja o fim da cidade, no sentido de ainda possuir
Não somente nas áreas de fronteira. Nos demais lugares na cidade em que
não se tem uma intensidade de pessoas, muitas vezes podemos apontar esta
causa para o baixo ou mau uso do solo em relação ao perímetro que a área possui.
Não se pode esperar que uma coisa ou outra implantada em um local faça todo o
milagre.
Próximo de onde foi retirado a citação acima, existe uma ênfase a frase
escrita por Lynch que diz: "Uma linha divisória pode ser mais do que simplesmente
uma barreira dominante". Relacionando esta frase com o trecho podemos entender
que uma área de fronteira poderia também ter um parque (por que não?) e este se
relacionar de alguma forma com a cidade, formando um corpo único e não deixando
uma área isolada e deserta como seriam essas fronteiras se não lhe aplica nenhum
uso.
O que Jane Jacobs quis dizer neste trecho é que nos processos de
abrigar a população do cortiço de uma forma mais “confortável”, será feito um bom
locais (que já não são mais permanentes como antes) se mudam para outras casas
estão de uma maneira muito mais desorganizada, ali habitam todos os que
Neste trecho, Jacobs ainda se referia aos cortiços, mas vale a pena analisa-
bairro está cada vez mais escassa, e assim o lugar não adquire uma identidade e
fica perdendo seu valor, já que as pessoas estão sempre mudando em busca de
algo “melhor”, quando na verdade procuram se mudar cada vez que possuem
melhor condição financeira, e esquecem do valor que cada lugar pode proporcionar,
Dura crítica feita à visão que as pessoas tem dos cortiços, como sendo um
lugar precário sem valor, e que deve ser o último lugar para se viver, ou associando-
importa para a cidade que é aquela onde os lugares mais desfavorecidos são
todas as residências tem que ser com uma classe mais alta, ou seja, não se veriam
Sempre será preciso de evoluções. Essas coisas não acontecem de uma hora pra
outra, nem terminam do dia pro outro, devem estar sempre em um constante
crescimento.
ocorreu em uma cidade na Inglaterra, e que deve se tornar exemplo para as demais
cidades, e lugares dela em que precisam de uma força a mais para que se possa
Entra também nesse caso o mau uso do dinheiro que é investido, o que pode
investimento, quando poderiam haver outras formas ou outro tipo de utilização que
para qual finalidade ele será empregado. Isso nos leva a questionar se todo o
subvenção pelo menos para parte das habitações urbanas”, é necessário que se
hoje em dia as cidades estão sempre superlotadas. Desta forma, deve-se ser
oferecida moradias para que a cidade seja apropriada para todas as classes
sociais.
Um plano que daria certo seriam os prédios com renda garantida, pois isso
seria uma nova saída para as demais famílias da cidade que não podem pagar por
melhores moradias, esta solução, proposta por Jane, seria semelhante a uma bolsa
Ainda sobre esse plano apresentado por Jane Jacobs. Com essa proposta,
assim eles estariam livres para impor seu próprio comércio ou seja qual for seu uso
não residencial.
um caos. É preciso ter uma integração melhor entre pedestre e automóveis, pois o
automóvel também é necessário nas cidades, mas não pode ser prioridade. Os
centros urbanos e demais localidades da cidade não podem ser lugares para os
automóveis, mas deve ser para as pessoas. O ideal seria que existissem menos
Não se pode, de uma maneira radical, desprezar o uso dos automóveis, até
porque diante da evolução industrial que vivemos ano a ano, isso é altamente
inviável, afinal são poucas pessoas que se locomóvel com veículos porquê de fato
precisam, a maioria desfruta desse bem para vencer qualquer vão, seja por se
fato, é ter uma solução que integre os dois pontos, sem destruir as cidades pelo
ao esmagamento consequente.
pois como mencionado no trecho acima quando relata das pequenas garfadas que
delas nem se esforçam para tentar vencer as distancias como pedestres, mesmo
que elas sejam próximas, e isso afeta ainda mais a vida nos trânsitos, levando mais
carros ainda para as ruas, que por terem muitos deles, são obrigadas a dar lugares
para todos.
automóveis, mas isso não é uma coisa para se acontecer de repente, mas com o
dos equipamentos de uso coletivo, onde logicamente eles poderão servir mais para
as pessoas, e poderão leva-las a utilizar estes equipamentos ao invés de se sempre
Não adianta também, querer excluir totalmente os veículos das cidades, isso
seria uma medida fracassada e sem sentido, já que as cidades precisam estar
povoadas sempre. O que precisa ser entendido é que dar prioridades aos carros é
o que não pode acontecer, pois as cidades são feitas para as pessoas.
A cidade deve ser constituída por sua diversidade, afinal é isso que a cidade
deve oferecer, locais com diversas opções, onde podem abrigar pessoas de
diferentes culturas. Essa deve ser a visão da cidade, e não algo em que o destaque
está para as vias ou algo monótono, mas deve apresentar cada vez mais essa
combinação de usos.
Os edifícios, e os serviços que prestam são referências nas cidades, já que neles
estão presentes a parte funcional, ou seja, através dele é que as cidades funcionam
e se mantém íntegra. Todos os outros demais equipamentos devem seguir os
mesmos princípios de adequação dos edifícios, pois eles devem ocupar um papel
deve-se fazer um diagnóstico apurado do entorno. Desta forma também, devem ser
redondezas, o que leva, a concluir que eles precisam das mesmas medidas de
para que nessas área se tenha uma estrutura urbana mais aprovável.
Ao decorrer da leitura do livro, podemos ver que uma das lições/visões que
Jane Jacobs deixa para o leitor, é que todas as unidades habitacionais podem ser
reerguidas, não é necessário que eles sejam destruídas ou desertadas quando não
dão certo. Sempre há uma forma do urbanismo interferir na qualidade de vida das
pessoas.
antes, para que não venha haver erros, e o uso, depois de construído, venha ser
como citado no trecho acima, em que se propõe a maior linha de diversidade nos
usos possível, para que no local se tenha um poder econômico, mas vale lembrar
que para se chegar a isso, não se pode fechar os olhos e instalar quaisquer tipos
de usos, não podemos ter uma monotonia de usos. Sendo assim, é indiscutível que
se precisa de um estudo no local para ver onde são os pontos fracos, e quais são
os usos necessários para que possa ser possível de fato uma revitalização.
a solução para aquilo que não está no alcance das mãos dos cidadãos. Não se
pode fazer “vista grossa” para as situações que são mais complicadas de se
resolver, pelo contrário, deve-se unir mais forças para se ter uma pressão maior
nas autoridades até que venha ser encontrado uma solução para o problema.
“Na realidade, pela natureza do trabalho, quase todo o
planejamento urbano preocupa-se com ações relativamente
pequenas e específicas executadas aqui e ali, em ruas,
bairros e distritos específicos. Para saber se são bem ou mal
executadas – saber, afinal, o que deve ser feito –, é mais
importante conhecer aquela localidade específica do que
saber quantas coisas da mesma categoria estão implantadas
em outros locais e o que está sendo feito com elas. Não há
conhecimento que substitua o conhecimento do local no
planejamento, não importa se ele é criativo, coordenado ou
antecipatório.” (Pág 277)
ter o pleno conhecimento do local onde haverá a construção. E isso não está ligado
a somente o próprio terreno, mas a todo o entorno que envolverá a obra e irá
Há lugares nas cidades que podem se tornar distritos, porém para isso é
preciso que essa área possa ter mais poder, até que um dia possa ter a função de
distrito. Até chegar neste patamar, será preciso que sejam feitos investimentos de
mais usos urbanos, influenciando assim, no poder e fortalecendo o local, lhe
proporcionando mais chances para crescer.
As cidades não podem ser encaradas da mesma forma, cada uma possui
não podemos julgar que eles são os mesmos, ou seja, toda a cidade deve ser
As cidades geralmente possuem problemas, mas isso não quer dizer que ela
deve ser dada como perdida por isso. O dever e desafio dos planejadores é
conseguir de alguma forma melhorá-la e fazer com que toda a cidade possua um
coletividade, e deve ser entendida e também interferida por todos, só assim, com
pela mesma causa, se pode vencer obstáculos. Desta forma também deve ser nas
demais áreas, lutando pelo bem da cidade juntos, este é o comportamento que se
deve ter.
Análise e Conclusão
O livro proporciona uma rica visão sobre o que nossas mentes muitas vezes
não conseguem ver. Estas informações deveriam ser lidas por todas as pessoas,
pois sem dúvida elas possuem o poder de capacitar e trazer uma nova visão de
cidade para cada um.
Jane Jacobs apresentou verdadeiras soluções para vários problemas que
enfrentamos hoje em dia, a exemplo da insegurança, que para mim foi de real
destaque. É inegável que de fato existia algo por trás daquelas ruas que possuem
segurança. Porém, muitas vezes não consegui enxergar o verdadeiro porquê
daquele comportamento calmo, enquanto outras áreas viviam com problemas. Não
só em relação a segurança, afinal, neste livro outras diversas outras áreas para
lazer e outras soluções interessantes foram precisamente apresentadas.
Sem dúvida alguma, depois desta leitura, um novo mundo foi descoberto e
acredito que não poderei ter as mesmas visões que tinha depois de tantas
perguntas e questionamentos que foram respondidos. Agora, novas discursões
serão abertas, pois a cidade necessita disso, de discursões e de pessoas que se
importem e queiram muda-la para melhor.