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SOCIEDADE PIAUIENSE DE ENSINO SUPERIOR

INSTITUTO CAMILLO FILHO - ICF


CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Arthur Rodrigues Fernandes Luz


Ananda Kellen Rodrigues da Costa
Emmylle Rayaze de Araújo Costa
Jamila Cury-Rad Santos
Marina Andrade Lira de Carvalho
Rodrigo Moura Parentes Sampaio

RESUMO:Morte e Vida de Grandes Cidades, o uso das


calçadas, por Jane Jacobs e A Imagem da Cidade, a
imagem do ambiente e o da cidade e seus elementos,
por Kevin Lynch.

Teresina 2016
Arthur Rodrigues Fernandes Luz
Ananda Kellen Rodrigues da Costa
Emmylle Rayaze de Araújo Costa
Jamila Cury-Rad Santos
Marina Andrade Lira de Carvalho
Rodrigo Moura Parentes Sampaio

RESUMO:Morte e Vida de Grandes Cidades, o uso das


calçadas, por Jane Jacobs e A Imagem da Cidade, a
imagem do ambiente e o da cidade e seus elementos,
por Kevin Lynch.

Resumo constituinte da segunda


avaliação, a ser entregue após
feita a apresentação do mesmo,
descrevendo e analisando os
livros Morte e Vida de Grandes
Cidades, o uso das calçadas, por
Jane Jacobs e A Imagem da Cidade,
a imagem do ambiente e o da
cidade e seus elementos, por
Kevin Lynch.

Teresina 2016
SUMÁRIO
p.
1 Morte e Vida de Grandes cidades. O uso das calçadas, por
Jane Jacobs...............................................3
2 A Imagem da Cidade. A imagem do ambiente e o da cidade e
seus elementos, por Kevin Lynhc...........................7
BIBLIOGRAFIA.............................................12
JACOBS, Jane. Morte e Vida de grandes cidades. São
Paulo: Martins Fontes, 2000. – (Coleção a).
MORTE E VIDA DE GRANDES CIDADES. O USO DAS CALÇADAS, POR
JANE JACOBS

Este livro abrange uma tentativa de introduzir novos


princípios no planejamento urbano e na reurbanização,
diferentes daqueles que hoje são ensinados em todos os
lugares, e que esses ensinamentos vão contra os princípios
e os objetivos que moldaram o planejamento urbano e a
reurbanização modernos e ortodoxos. Que as cidades
apresentam preocupações econômicas e sociais muito mais
complicadas do que o transito de automóveis.
A autora faz um questionamento, como saber que solução
dar ao trânsito antes de saber como funciona a própria
cidade e de que mais ela necessita nas ruas? É impossível.
Segundo Jacobs, talvez tenhamos tornado um povo tão
displicente, que não mais nos importamos com o
funcionamento real das coisas, mas apenas com a impressão
exterior imediata e fácil que elas transmitem. Deste modo
há pouca esperança para nossas cidades e provavelmente para
muitas coisas mais em nossas sociedades. Uma solução que a
mesma nos dá pra decifrar o que ocorre com essas cidades é
observar mais de perto, com mais expectativa possível, as
cenas, os acontecimentos mais comuns, tentar entender o que
significam e ver se surgem explicações entre eles.
Com isso, Jane Jacobs apresenta quatro condições
primordiais para gerar diversidade nas grandes cidades e
que o planejamento urbano, por meio da indução deliberada
dessas quatros condições, pode estimular a vitalidade
urbana, onde a parte 1 enfoca principalmente o
comportamento social da população urbana, a parte 2 aborda
principalmente o desempenho econômico das cidades que de
acordo com ela é a parte mais importante. Na terceira parte
trata de alguns aspectos da decadência e da revitalização,
a luz de como as cidades são usadas e como elas e sua
população se comportam, na vida real.
A última parte sugere mudanças nas praticas de
habitação, trânsito, projeto, planejamento e administração
e discute, por fim, o tipo de problema que as cidades
apresentam – um problema de manejar a complexidade
ordenada. Ela concentrou seu estudo nas cidades e em suas
áreas internas porque essa é a questão mais constantemente
negligenciada na teoria urbanística, ou seja, sobre o
funcionamento das cidades na pratica, porque essa é a única
maneira de saber que os princípios de planejamento e que
iniciativas de reurbanização conseguem promover a
vitalidade socioeconômica nas cidades e quais práticas e
princípios a inviabilizam.
Portanto a questão é que precisamos urgentemente
adquirir e aplicar o mais rápido possível todo o nosso
conhecimento sobre as cidades e que seja útil e verdadeiro.
Segundo Jacobs,

´´Os responsáveis pela reurbanização observam os


moradores da cidade passando o tempo em esquinas
movimentadas, parando em bares, confeitarias e
bebendo refrigerante à porta de casa, e já deram um
veredito, que em essência é: Que coisa mais
deplorável! Se essas pessoas tivessem um lar
decente ou um lugar mais próprio e arborizado, não
estaria na rua!``. (1959, p. 55).

Para autora, esse julgamento representa um equívoco


profundo a respeito das cidades. A vida social nas
calçadas é precisamente o fato de serem públicos, pois
reúnem pessoas que não se conhecem socialmente de maneira
intima, privada, e muitas vezes nem se interessam em se
conhecer dessa maneira e se torna uma nova possibilidade de
conhecer pessoas que moram ao seu redor.
Afirma ainda que ´´A confiança na rua forma-se com o
tempo a partir de inúmeros pequenos contatos públicos
nas calçadas. ``(JACOBS, 1959, p. 55).
Sobre os contatos públicos ela enuncia que:

´´Grande parte desses contatos é


absolutamente trivial, mas a soma de tudo não é nem
um pouco trivial. A soma desses contatos públicos
casuais no âmbito local- a maioria dos quais é
fortuita, a maioria dos quais diz respeito a
solicitações, a totalidade dos quais é dosada pela
pessoa envolvida e não imposta a ela por ninguém-
resulta na compreensão da identidade pública das
pessoas, uma rede de respeito e confiança mútuos e
um apoio eventual na dificuldade pessoal ou da
vizinhança. A inexistência dessa confiança é um
desastre para a rua. Seu cultivo não pode ser
institucionalizado. E, acima de tudo, ela implica
não comprometimento pessoal.`` (JACOBS, 1959, p.
60)

De acordo com a autora do livro ´´Morte e vida das


grandes cidades``, acredita-se que o contato do dia-dia,
nas calçadas dá vida para a cidade, uma segurança que não
está relacionada ao policiamento, mas está ligada ao
contato de pessoas, e de se conhecerem, fazendo com que
esse contato faça a rua mais segura para os que nela
vivem.
´´Constatei uma diferença surpreendente entre a
existência e a inexistência de confiança
pública informal dos dois lados de uma mesma rua
larga do East Harlem, composta
de moradores basicamente de mesma renda e raça. Do
lado da cidade tradicional, repleto
de locais públicos e com a vida mansa nas
calcadas tão deplorada pelos utopistas vigilantes
do lazer alheio as crianças estavam sob controle.
Bem em frente, do lado do conjunto
habitacional, as crianças, que haviam aberto um
hidrante de incêndio localizado ao lado da área de
recreação, comportavam-se selvagemente, lançando
água pelas janelas abertas, espirrando-a em adultos
desavisados que andavam pela calçada do conjunto,
jogando-a pelas janelas de carros que passavam. ``
(JACOBS, 1959, p, 61)

Para a autora, Jane Jacobs, ruas impessoais geram


pessoas anônimas, e não se trata da qualidade estética nem
de um efeito emocional místico no campo da arquitetura.
Trata-se do tipo de empreendimento palpável que as calcadas
possuem e, portanto, de como as pessoas utilizam as
calcadas na vida diária, cotidiana. A vida pública informal
das calçadas está diretamente relacionada com outras
modalidades da vida pública.

´´A privacidade na zona urbana é preciosa. É


indispensável. Talvez seja preciosa e
indispensável em todos os lugares, mas na maioria
deles não se consegue obtê-la. Em coletividades
pequenas, todo mundo sabe da vida de todo mundo. Na
cidade grande, nem todos sabem, a não ser aqueles
que você escolhe para revelar segredos. ``
(JACOBS, 1959, p. 62).

A autora do livro, JACOBS, relata que


a privacidade como uma questão de janelas, vistas, ângulos
de visão. Mas a ideia é que, se ninguém consegue enxergar
pelo lado de fora o lugar em que você vive, você tem
privacidade. Para Jane, a privacidade por meio de janelas é
a coisa mais fácil de conseguir no mundo. Basta fechar as
cortinas ou ajustar a persiana. No entanto a privacidade de
revelar assuntos particulares a pessoas escolhidas e a
privacidade de ter razoável controle sobre quem pode usar
do seu tempo e quando fazê-lo são coisas raras na maior
parte do mundo e não tem relação alguma com a disposição
das janelas.
Para a antropóloga Elena Padilla, afirma que não se
considera digno que todos saibam da vida de outra pessoa.
Nem se considera digno bisbilhotar os outros para além da
imagem apresentada em público. Isso viola a privacidade e
os direitos individuais.

´´Compartilhar é um termo legitimamente aversivo


para um velho ideal da teoria do planejamento
urbano. Esse ideal é o de que, se há algo para
dividir entre as pessoas, deve-se dividir ainda
mais. O compartilhar, aparentemente um recurso
espiritual dos novos subúrbios, tem um efeito
destrutivo nas cidades. A exigência de partilhar
mais afasta os moradores das cidades.
Quando uma área da cidade carece de vida nas
calcadas, os moradores desse lugar precisam ampliar
sua vida privada se quiserem manter com seus
vizinhos um contato equivalente. Devem decidir-se
por alguma forma de compartilhar, pela qual se
divida mais do que na vida das calcadas,
ou então decidir-se pela falta de contato. E
resultado é inevitavelmente ou um ou outro, tem de
ser assim, e ambos têm consequências penosas. ``
(JACOBS, 1959, p. 67)

Para Jane Jacobs, o primeiro resultado, em que se


partilha, as pessoas tornam-se excessivamente exigentes em
relação a quem são seus vizinhos ou com quem eles se
relacionam. Elas precisam tornar-se exigentes. Pelo exemplo
dado, a rua onde vive, que não tem nada além de residências
e está em meio a uma área que não tem nada além de
residências e está no meio a uma área que não tem nada além
de residências, ganhou em caráter experimental um simpático
calçadão arborizado. A calçada foi ampliada e recebeu um
bonito pavimento; os veículos passaram a evitar a rua
estreita; plantaram-se árvores e flores e pretende-se
colocar lá uma escultura. Todas são ideias esplendidas, mas
não passam disso.
´´A estrutura social da vida nas calcadas depende
em parte do que pode ser chamado de figura pública
autonomeada. A figura pública é aquela que tem
contato frequente com um amplo círculo de pessoas e
interesse em tornar-se uma figura pública. Ela não
precisa ter nenhum talento ou conhecimento especial
para desempenhar sua função, embora quase sempre os
tenha. Precisa apenas estar presente, e é
necessário que possua um número adequado de pares.
Sua principal qualificação é ser publica, conversar
com várias pessoas diferentes. É assim que se
transmite as notícias que são do interesse
das ruas.``(JACOBS, 1959, p. 73)
Para a autora, a maioria das personagens de rua está
estabelecida em locais públicos. São pessoas que cuidam de
lojas ou de bares ou coisa parecida. Essas são as figuras
públicas das ruas dependem delas- ainda que indiretamente,
pela existência de caminhos na calcada em direção a esses
empreendimentos e seus proprietários.
´´O contato público e a segurança nas ruas, juntos,
tem relação direta com o mais grave problema social
do nosso país: segregação e discriminação
racial. ``(JACOBS, 1959, p. 77)

Jane Jacobs, afirma que urbanizar ou reurbanizar


metrópoles cujas ruas sejam inseguras e cuja população deva
optar entre partilhar muito ou não partilhar nada pode
tornar muito mais difícil para as cidades norte-americanas
superar discriminação, sejam quais forem as iniciativas
empreendidas.

LYNCH, kevin. A Imagem da Cidade. Lisboa, edição 70, 1960.

A IMAGEM DA CIDADE. A IMAGEM DO AMBIENTE E O DA CIDADE E


SEUS ELEMENTOS, POR KEVIN LYNHC

No livro "A Imagem da Cidade", Kevin Lynch discorre


sobre como a cidade se estrutura e como a percepção da
imagem da cidade para o indivíduo não é abrangente, mas
parcial, fragmentada, misturada com considerações de outra
natureza. A imagem é sempre composta por um conjunto de
elementos e não por um elemento isolado, então não pode ser
tradada de forma generalizada.
Para Lynch, a cidade, como obra arquitetônica, é uma
construção no espaço em grande escala, só percebida no
decorrer de longos períodos de tempo. Seu design é uma arte
temporal.
" Nada é vivenciado em si mesmo, mas sempre em
relação aos seus arredores , às sequencias de
elementos que a ele conduzem, à lembrança de
experiências passadas. " (LYNCH, 1959, p.3)
"Cada cidadão possui vastas associações com
alguma parte de sua cidade, e a imagem de cada uma
está impregnada de lembranças e
significados." (LYNCH, 1959, p.3)
Não há resultado final do processo construtivo de uma
cidade, mas apenas uma contínua sucessão de fases.
A legibilidade é apontada por Lynch como elemento
crucial para o cenário urbano, proveniente dos aspectos
visuais da cidade. Uma cidade legível seria aquela cujos
bairros, marcos ou vias fossem facilmente reconhecíveis e
agrupados num modelo geral, ou seja, caracterizada pela
clareza da paisagem da cidade.
Estruturar e identificar o ambiente é uma habilidade
vital para todos os animais que se movem e, por outro lado,
a sensação de desorientação é angustiante para quem
vivencia a cidade. Um ambiente legível oferece segurança e
possibilita uma experiência urbana mais intensa, uma vez
que a cidade explore seu potencial visual e expresse toda a
sua complexidade.
A imagem ambiental observada pelo indivíduo é
resultado da sensação imediata e da lembrança de
experiências passadas. Através da imagem mentalizada pelo
indivíduo, é possível interpretar as informações e orientar
a ação. Uma imagem clara nos permite uma locomoção mais
fácil e rápida, servindo como sistema de
referências. Também desempenha um papel social,
podendo fornecer a matéria-prima para os símbolos
e lembranças da comunicação em grupos. Uma boa imagem
ambiental oferece ao seu possuidor um importante sentimento
de segurança emocional que é o oposto do medo causado pela
desorientação. Um ambiente bem definido reforça a
intensidade e profundidade potenciais da experiência
humana. Para o Lynch, " A mesma ação cotidiana poderia
assumir um novo significado se fosse praticada num cenário
com maior clareza." (1959,p.5). Apesar de que o
cérebro humano é adaptável à mudanças e somos capazes de
aprender a encontrar nossos caminhos até mesmo num entorno
mais desorganizado e descaracterizado.
De acordo com o autor, "As imagens ambientais são o
resultado de um processo bilateral entre o observador e seu
ambiente." (LYNCH,1959,p.7)
O observador seleciona, organiza e confere o
significado daquilo que vê. Desse modo a imagem pode variar
significativamente entre observadores diferentes. Mas
também é comum existir um consenso entre grupos. Essa
interação qualifica a imagem ambiental que interessa aos
urbanistas, que são responsáveis pela manipulação, criação
e organização do ambiente físico.
Segundo o Lynch, uma imagem ambiental pode ser
decomposta em três componentes:
 Identidade: Uma imagem viável necessita da
identificação de um objeto, o que implica sua
diferenciação de outras coisas e seu reconhecimento
enquanto entidade separável;
 Estrutura: A imagem deve incluir uma relação
espacial ou pragmática do objeto com o observador e os
outros objetos;
 Significado: O objeto deve ter algum significado
para o observador, seja ele prático ou emocional.
Ainda no mesmo Capítulo, Kevin Lynch escreve que,
"Para ter valor em termos de orientação no espaço ocupado
pelas pessoas, uma imagem precisa ter várias qualidades."
(1959,p.20). Dentre estas a imagem deve: permitir a ação do
indivíduo no ambiente de acordo com suas necessidades;
possuir um mapa legível, suficiente para seu entendimento
sem muitos esforços mentais; e ser aberta e adaptável à
mudanças, incentivando o indivíduo a investigar e organizar
a realidade.
Para ele, imaginabilidade é " a característica, num
objeto físico, que lhe confere uma alta probabilidade de
evocar uma imagem forte em qualquer observador dado. É
aquela forma, cor ou disposição que facilita a criação de
imagens mentais claramente identificadas, poderosamente
estruturadas e extremamente úteis do ambiente"(LYNCH, 1959,
p.11). O conceito de Imaginabilidade está ligado ao
conceito de legibilidade, pois ambos ressaltam uma imagem
capaz de construir uma visão clara e estruturada da
cidade.
Cada imagem individual construída por um cidadão,
mesmo que única e de conteúdo nunca ou raramente divulgado,
se aproxima da imagem gerada por grupos que , em ambientes
diferentes, é mais ou menos impositiva e determinante. O
conteúdo das imagens das cidades, que remetem às formas
físicas, pode ser classificado em cinco tipos de
elementos: vias, limites, bairros, pontos nodais e marcos.

"As vias são canais de circulação ao longo dos


quais o observador se locomove de modo habitual,
ocasional ou potencial. Podem ser ruas, alamedas,
linhas de trânsito, canais, ferrovias. Para muitas
pessoas são estes os elementos predominantes na
imagem." (LYNCH, 1959, p.52)
As características espaciais da rua (arborização e as
fachadas dos edifícios)são importantes para a identificação
de cada via.
"Os limites são os elementos lineares não usados ou
entendidos como vias pelo observador. (...) São
referencias laterais, mais que eixos coordenados.
Esses limites podem ser barreiras mais ou menos
penetráveis que separam uma região de outra, mas
também podem ser costuras, linhas ao longo das
quais duas regiões se relacionam e se encontram.
Ainda que possam não ser tão dominantes quanto o
sistema viário, para muitos esses elementos
limítrofes são importantes características
organizacionais, sobretudo devido ao seu papel de
conferir unidade a áreas diferentes, como no
contorno de uma cidade por água ou parede." (LYNCH,
1959, p.52)

Ou seja, elementos que definem o contorno da cidade


como: margens de rios, praias, lagos, ferrovias,
construções, muros e paredes.
"Os Bairros são as regiões medias ou grandes de uma
cidade, concebidos como dotados de extensão
bidimensional. O observador neles "penetra"
mentalmente, e eles são reconhecíveis
por possuírem características comuns que os
identificam. Sempre identificáveis a partir do lado
interno, são também usados para referencia externa
quando viáveis de fora. Até certo ponto,
muitos estruturam sua cidade dessa maneira,
com diferenças individuais em suas respostas a
quais são os elementos dominantes, as vias ou os
bairros. Isso não parece depender apenas do
indivíduo, mas também da cidade." (LYNCH, 1959,
p.52).

Os bairros podem ter fronteiras definidas e precisas e


outras ligeiras e incertas, que podem causar confusão e
incertezas na formação da imagem de delimitação construída
por cada indivíduo.
"Os pontos Nodais são pontos, lugares estratégicos
de uma cidade através dos quais o observador pode
entrar, são os focos intensivos para os quais ou
a partir dos quais ele se locomove. Podem ser
basicamente junções , locais de interrupção do
transporte, um cruzamento ou uma convergência de
vias, momentos de passagem de uma estrutura a
outra. Ou podem ser meras concentrações que
adquirem importância por serem a condensação de
algum uso ou de alguma característica física, como
um ponto de encontro numa esquina ou uma praça
fechada. Alguns desses pontos nodais de
concentração são foco e a síntese de um bairro,
sobre o qual sua influencia se irradia e do qual
são símbolo. Podem ser chamados de núcleos. Muitos
pontos nodais, sem dúvida, tem a natureza tanto de
conexões como de concentrações. O conceito de ponto
nodal esta ligado ao de via, uma vez que as
conexões são, tipicamente, convergências de
caminhos, fatos ao longo de um trajeto. Da mesma
forma, liga-se ao conceito de bairro, tento em
vista que os núcleos são os focos intensivos dos
bairros, seu centro polarizador. De qualquer
maneira, alguns pontos nodais podem ser encontrados
em praticamente qualquer imagem, e em certos casos
pode ser o traço dominante." (LYNCH, 1959, p.52)

Os marcos são pontos de referência exteriores ao


observador. Em geral, são um objeto físico definido de
maneira muito simples: loja, edifício, sinal ou
montanha. Seu uso implica a escolha de um elemento a
partir de um conjunto de possibilidades. Alguns pontos
marcantes são implantados para serem vistos de muitos
ângulos e distancias distintos. Podem também compor uma
imagem estando acima de elementos mais baixos ou usados
como referências radiais. Podem estar dentro da cidade ou
a uma distância que simboliza uma direção constante.
BIBLIOGRAFIA

• JACOBS, Jane. Morte e Vida de grandes cidades. São


Paulo: Martins Fontes, 2000. – (Coleção a).

• LYNCH, KEVIN. A IMAGEM DA CIDADE. LISBOA, EDIÇÃO 70,


1960.

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