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DESIGN E

CIDADANIA
JULIANA GODIN
SUMÁRIO

Considerações Definição dos Autores Discussão Considerações Referências


Iniciais termos finais
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
DE ONDE FALO:
TEXTOS INDICADOS:

- Interesse: relações humanas  “A CIDADE INTELIGENTE COMO A


FÁBRICA DO FUTURO” - Gabriel
- Orientação da pesquisa: “Cidades em Gallina, Celso Scaletsky, Fabrício Tarouco.
escala humana:
um estudo sobre o planejamento de Belo  “BOAVENTURA: O COLONIALISMO
Horizonte a partir da percepção de seus E O SÉCULO XXI”, Boaventura de Sousa
habitantes” Santos.
AUTORES
AUTORES
CIDADES PARA PESSOAS
Jan Gehl, Birgitte Svarre e Jane Jacobs

SEGURANÇA SUSTENTABILIDADE

SAÚDE VITALIDADE
PLANTA GERAL DA CIDADE DE BELO
HORIZONTE (1895)
JANE JACOBS
• CIDADES MODERNAS:
- Eliminaram os locais de encontro ou
tornaram-se espaços mais limitados. Os
ruídos, os obstáculos, a poluição, e os
riscos de acidentes passaram a ser mais
recorrentes.

• As cidades se tornaram esvaziadas e sem


vida, com a vida urbana espremida para
fora da cidade.
POR QUE
“ESCALA
HUMANA”?
“PRIMEIRO A VIDA, DEPOIS OS
ESPAÇOS, DAÍ ENTÃO AS
CONSTRUÇÕES - SE FOR DE
OUTRA FORMA, NUNCA DARÁ
CERTO.”
JAN GEHL
ANTES

DEPOIS
ANTES DEPOIS
“PRIMEIRO A VIDA, DEPOIS OS ESPAÇOS, DAÍ ENTÃO
AS CONSTRUÇÕES - SE FOR DE OUTRA FORMA,
NUNCA DARÁ CERTO.” JAN GEHL
ESPAÇOS
PÚBLICOS E
ÁREAS DE
PERMANÊNCIA:
•.
• Precisam ser pensados
para pessoas.

• Convidativos e agradáveis
ANTES DEPOIS
- “A CIDADE INTELIGENTE COMO A FÁBRICA DO
FUTURO” Gabriel Gallina, Celso Scaletsky, Fabrício Tarouco
(2016)
DEFINIÇÃO DOS
TERMOS
Cidade
Design e cidadania
Cidades inteligentes
DEFINIÇÃO DOS TERMOS

• cidades
“São complexos cenários de relações, experiências,
transformações e memórias. Seu avanço se mostra
através de vários aspectos, seja urbano, econômico
ou social, e está condicionado basicamente ao ser
humano e suas ações e hábitos.”

(GALLINA et al.)
CIDADE INTELIGENTE:
Relação entre DESIGN E pressupõe um modelo de gestão eficiente com base
CIDADANIA: na utilização das TECNOLOGIAS DA
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
viabiliza produtos e serviços que integradas com a participação ativa do cidadão.
promovem comportamentos “Uma cidade inteligente é um lugar onde a
conectividade é fonte de desenvolvimento a partir
responsáveis e em prol do bem
da utilização de infraestrutura de redes para
coletivo, encorajando atitudes melhorarem a eficiência econômica e política e
humanitárias e cooperativas (BRAGA; permitirem o desenvolvimento social, cultural e
DAMÁSIO: 2011).
urbano”
(RIOS NETO; GIMENEZ, 2018, p. 2).
O ARTIGO
1 Faz um paralelo entre cidade e fábrica (Flusser). “Cidade é um conjunto de artefatos
independentes, conectados entre si, sendo artefato tudo aquilo que é produzido pelo homem
para atender a determinados objetivos”;
2 Referencia um dos autores em diversos trechos (Tarouco);
3 Faz associação do uso de smartphones a SmartCitties;
4 Finaliza com Schon.
TRECHO: p54

Gallina, Gabriel; Scaletsky, Celso ; Tarouco, Fabrício; "A CIDADE INTELIGENTE COMO A FÁBRICA DO FUTURO", p. 51-58 . In: Anais
do 12º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design [= Blucher Design Proceedings, v. 9, n. 2]. São Paulo: Blucher, 2016.
p55
Cidades inteligentes são aquelas que, por meio de um programa
estratégico de interação com o ecossistema tecnológico, inovam para
otimizar o planejamento e o atendimento das necessidades dos
moradores e visitantes, promovendo melhora na qualidade de vida.
Belo Horizonte traz em sua essência a marca da inovação, e é uma das
cidades que mais investem em soluções superar os desafios da gestão
municipal.  
 
?
Segurança - Impostos
Segurança - Impostos
?

Informações públicas
?

CARRO/MOTO
Bairro Caiçara mediante apresentação e aprovação de projeto

Informações
Via edital de licitação para empresas

Joaninhas no parque das Mangabeiras


p55

De volta a Tarouco...
“CADA CIDADE
TEM
EXATAMENTE
TANTO TRÁFEGO
QUANTO SEU
ESPAÇO
PERMITIR”
Jan Gehl
p55

Tarouco et al.:
“PRIMEIRO A VIDA, DEPOIS OS ESPAÇOS, DAÍ ENTÃO
AS CONSTRUÇÕES - SE FOR DE OUTRA FORMA,
NUNCA DARÁ CERTO.” JAN GEHL
p56

• Tarouco et al.:
SCHÖN

No Brasil, a temática Prática Reflexiva, ou Reflexão na


Ação, voltada para o saber docente, surge por volta da
década de 1990, com as obras de Schön, especialmente, e,
posteriormente, de Nóvoa (1991), Zeichner (1993),
Gauthier (1998) e Tardif (2002), dentre outros. Em todos
esses autores encontramos a defesa da autonomia docente,
de alguém que toma decisões conscientes nos processos
de ensino e de aprendizagem.

Donald Schön (Boston, 1930-1997) foi um


pedagogo professor no Instituto de Tecnologia
de Massachusetts (MIT) de 1968 até sua morte.
• Tarouco et al.:
BOAVENTURA: O
COLONIALISMO E
O SÉCULO XXI
Boaventura de Sousa Santos
• O modo de dominação colonial continuou
sob outras formas e, se as considerarmos
como tal, o colonialismo está talvez hoje tão
vigente e violento como no passado.
• Colonialismo é todo o modo de dominação
assente na degradação ontológica das
populações dominadas por razões etno-
raciais.
• Às populações e aos corpos racializados não
é reconhecida a mesma dignidade humana
que é atribuída aos que os dominam. São
populações e corpos que, apesar de todas as
declarações universais dos direitos humanos,
são existencialmente considerados sub-
humanos, seres inferiores na escala do ser,
e as suas vidas pouco valor têm para
quem os oprime, sendo, por isso,
facilmente descartáveis.
• As novas formas de colonialismo são mais
insidiosas porque ocorrem no âmago de
relações sociais, econômicas e políticas.
• O colonialismo insidioso é gasoso e
evanescente, tão invasivo quanto evasivo,
em suma, ardiloso. Mas nem por isso engana
ou minora o sofrimento de quem é dele
vítima na sua vida quotidiana. Floresce em
apartheids sociais não institucionais, mesmo
que sistemáticos.
O longo processo vivido pela sociedade que é
fruto também do planejamento urbano das
nossas cidades: quase não saímos de casa para
atividades ao ar livre, não nos conectamos com
pessoas olhos nos olhos, não permanecemos em
espaços públicos. Esses problemas dificilmente
serão solucionados com aplicativos para
dispositivos móveis ou mediante programas
como “Cidades Inteligentes” que, a nosso ver,
CONSIDERAÇÕES distanciam ainda mais a sociedade privilegiada
daquela vulnerável.
FINAIS Com relação à segurança, para Bauman, o
espectro arrepiante e apavorante das “ruas
inseguras” mantém as pessoas longe dos espaços
públicos e as afastam da busca das habilidades
necessárias para compartilhar a vida pública.
“Estamos todos numa multidão e numa solidão
ao mesmo tempo”. Zygmunt Bauman

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"AS CIDADES
TÊM A CAPACIDADE
DE FORNECER ALGO
PARA TODOS,
APENAS PORQUE,
E SOMENTE QUANDO,
ELAS SÃO CRIADAS
PARA TODOS."
JANE JACOBS
REFERÊNCIAS
• BRAGA, Ana Luisa. DAMÁSIO, Vera. “DESIGN, CIDADANIA E SOCIABILIDADE:
UM ESTUDO SOBRE CONSTRUÇÃO DE RELAÇÕES SOCIAIS E AÇÕES
CIDADÃS”, 2011.
• RIOS NETO, João Vieira; GIMENEZ, Edson Josias C. Cidades Inteligentes: sua
contribuição para o desenvolvimento urbano sustentável. VII SRST – Seminário de
Redes e Sistemas de Telecomunicações Instituto Nacional de Telecomunicações –
INATEL. Setembro de 2018.
• Gallina, Gabriel; Scaletsky, Celso ; Tarouco, Fabrício; "A CIDADE INTELIGENTE
COMO A FÁBRICA DO FUTURO", p. 51-58 . In: Anais do 12º Congresso Brasileiro
de Pesquisa e Desenvolvimento em Design [= Blucher Design Proceedings, v. 9, n. 2].
São Paulo: Blucher, 2016.

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