MEIRLANE DO NASCIMENTO
COLABORADORA
SOBRAL – CE
SUMÁRIO
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PROPOSTA DA DISCIPLINA
EMENTA:
Organização, sistemas e métodos: conceitos centrais e relações com as diversas variáveis organizacionais.
A abordagem de sistemas aplicável ao estudo das organizações. A organização formal. Estrutura da
organização; departamentalização e descentralização; o alcance do controle; níveis administrativos. Análise
administrativa e estudos para racionalização do trabalho. Técnicas de representação gráfica. Técnicas de
elaboração de formulários e sua administração. Manuais administrativos. Relações do O&M com as
abordagens contemporâneas de gestão.
OBJETIVOS
Esclarecer e desenvolver no aluno o entendimento e a importância da disciplina nas rotinas de trabalho de
uma organização, através de conceitos e exemplos práticos.
Preparar o aluno para analisar e compreender as organizações no exercício de sua profissão.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Conceitos: Organização e Sistemas;
Estrutura Organizacional, Organização Formal e Informal (Componentes e Condicionantes da Estrutura
Organizacional).
Departamentalização (Tipos de Departamentalização), Centralização e Descentralização.
Técnicas de Representação Gráfica (Técnicas e Tipos de Fluxogramas).
Elaboração de Manuais e Formulários e sua Administração.
METODOLOGIA
Aulas expositivas sobre o assunto com exemplos práticos e estudos de casos relevantes sobre
Organização, Sistema e Métodos.
AVALIAÇÃO
Trabalhos em sala de maneira individual e/ou em equipes sobre assuntos desenvolvidos.
Trabalhos em equipe para ser desenvolvido em casa, valendo como nota de primeira avaliação sobre
assuntos demonstrados.
Avaliação Individual em sala, valendo como nota de segunda avaliação (avaliação final) sobre todo o
conteúdo da disciplina.
BIBLIOGRAFIA
Sistema, Organização e Métodos (Uma Abordagem Gerencial) – Djalma de Pinho Rebouças de
Oliveira – 2° Edição – Editora Atlas.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Artigos Acadêmicos de Organização, Sistema e Métodos.
1. ALVAREZ, Maria Esmeralda Ballestero. Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo:
McGraw-Hill, 1991.
2. CRUZ, Tadeu. Sistemas, Organizações & Métodos. São Paulo: Atlas, 2002.
3. CURY, Antônio. Organização e métodos. São Paulo: Atlas, 2000.
4. ARAÚJO, Luís César Gonçalves de. Organização, Sistemas e Métodos: E as Ferramentas de
Gestão Organizacional. São Paulo: Atlas, 2002.
5. OLIVEIRA, Djalma P. R. Sistemas, Organização & Métodos – Uma Abordagem Gerencial. São
Paulo: Atlas, 2002.
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1 ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS: CONCEITOS CENTRAIS E RELAÇÃO COM
AS DIVERSAS VARIÁVEIS ORGANIZACIONAIS:
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1.1.3 OSM NO BRASIL
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OSM
– Material
Padronização de documentos
Evitar desperdício (formulário e cópias)
e duplicação de documentos, controle sobre requisições e consumo.
– Espaço físico
Melhor distribuição do espaço ( de móveis de escritório e pessoas e
respectiva adequação ao fluxo de informações);
Pela adoção de eficazes técnicas de arquivamento.
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– Tempo
Evitar desperdício de tempo e re-trabalho, pelo atendimento a
prazos como conseqüência da aplicação de métodos racionais de
trabalho.
- Estrutura organizacional:
Descrever o objetivo e as funções de cada uma das unidades
empresariais
Projetar a criação, união ou eliminação de unidades, e
acompanhar a execução
Elaborar e divulgar as normas, regulamentos e manuais necessários
- Desenvolvimento organizacional:
Estudar e definir os ciclos organizacionais
Analisar ações alternativas visando a maturidade
Avaliar os impactos decorrentes de ações
Estruturar o treinamento, adequando-o às necessidades
- Racionalização do trabalho:
Definir a movimentação de documentos
Definir o fluxo das decisões nos sistemas
Estudar os sistemas e rotinas administrativas
Melhorar os métodos de trabalho através da análise e criação de
formas alternativas
Definir os formulários e demais instrumentos que acompanham as
soluções adotadas
Pesquisar evoluções tecnológicas que possam ser utilizadas pela
empresa em suas áreas
Desenvolver internamente novas soluções tecnológicas
- Controle de sistemas:
Elaborar análise de viabilidade
Elaborar cronogramas físicos, financeiros e de pessoal
Avaliar equipamentos disponíveis
- Sistemas de informação:
Analisar e definir a amplitude dos níveis organizacionais
contemplados
Definir e estruturar os dados contemplados
Definir e estruturar as atividades contempladas
Definir e estruturar as informações contempladas
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1.6 ATIVIDADES DE OSM
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-Ser um eterno pesquisador: deve renovar suas metodologias e aperfeiçoar os seus
conhecimentos de forma permanente, estando em contato com novas tecnologias,
procedimentos e ferramentas de trabalho;
-Precisa ser versátil e possuir uma visão empresarial, para poder contribuir com o
planejamento global da empresa;
-Ser criativo, pois são exigidas cada vez mais soluções para os diversos problemas
organizacionais;
- Reputação profissional
- Boa percepção
1.8 ORGANIZAÇÃO:
Toda organização possui um papel que é de servir uma sociedade, porém as formas variam
assim como seus objetivos.
O que é Organizar?
Organizar é dispor os materiais, humanos e tecnológicos da empresa, de maneira harmônica
para se realizar um trabalho integrado, eficiente e eficaz, apresentando boa produtividade e
boa qualidade a custos baixos e com o mínimo de riscos e de esforços humano.
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- Objetiva promover uma atuação sistêmica e eficiente para obter eficácia de conjunto.
Uma organização é formada pela soma de pessoas, máquinas, recursos financeiros e outros.
As organizações são diferentes não existem duas organizações iguais, cada uma apresenta
seus objetivos, seu pessoal, seus problemas, sua tecnologia e seu mercado.
1.9 SISTEMAS:
Um conjunto de atividades interligadas de forma que todas estejam em uma relação direta,
de maneira a possibilitar que determinados objetivos sejam alcançados.
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Toda organização é um sistema aberto, pois apresentam relações de intercâmbio com o
ambiente através de entradas e saídas
OBJETIVO
É a própria razão de existência do sistema, ou seja, a finalidade para qual o sistema foi
criado;
ENTRADAS
As entradas do sistema, cuja função caracteriza as forças que fornecem ao sistema o
material, a energia e a informação para a operação ou processo, o qual gerará determinadas
saídas do sistema que devem estar em sintonia com os objetivos anteriormente
estabelecidos;
PROCESSO
O processo de transformação do sistema, que é definido como a função que possibilita a
transformação de um insumo (entrada) em um produto, serviço ou resultado (saída). Este
processador é a maneira pela qual os elementos componentes interagem no sentido de
produzir as saídas desejadas;
SAÍDAS
As saídas podem ser definidas como as finalidades para os quais se uniram objetivos,
atributos e relações do sistema. As saídas devem ser, portanto, coerentes com o objetivo do
sistema.
CONTROLES E AVALIAÇÕES
Os controles e avaliações do sistema, principalmente para verificar se as saídas estão
coerentes com os objetivos estabelecidos. Para realizar o controle e a avaliação de maneira
adequada, é necessária uma medida do desempenho do sistema, chamada padrão;
RETROALIMENTACÃO
A retroalimentação, ou realimentação, ou feedback do sistema, que pode ser considerado
como a reintrodução de uma saída sob a forma de informação ou seja o retorno de
informações necessárias para que exista o controle
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Objetivos
Entradas Saídas
Processo de transformação
Controles e
Avaliações
Retroalimentação
Ambiente do sistema
AMBIENTE
DE UM SISTEMA É O CONJUNTO DE ELEMENTOS QUE NÃO PERTENCEM AO SISTEMA, MAS
QUALQUER ALTERAÇÃO NO SISTEMA PODE MUDAR OU ALTERAR OS SEUS ELEMENTOS E
QUALQUER ALTERAÇÃO NOS SEUS ELEMENTOS
PODE MUDAR OU ALTERAR O SISTEMA.
Clientes
Sociedade Acionistas
Bancos Sindicatos
Governo
Portanto, o “moderno enfoque dos sistemas procura” desenvolver: uma técnica para lidar
com a grande e complexa empresa; um enfoque sistemático do todo, não permitindo a
análise em separado das partes do todo em virtudes das intricadas inter-relações das partes
entre si e com o todo e o estudo das relações entre os elementos componentes, em
preferência ao estudo dos elementos em si, destacando os processos e as probabilidades de
transição.
1.10 MÉTODOS:
Método
É o caminho ordenado e sistemático
para se chegar a um fim
Este caminho pode ser estudado como um sistema ou processo, nos níveis operacional,
tático, estratégico.
Sua aplicabilidade envolve:
- Economia de esforços, tempo e movimento por meio da simplificação do trabalho
- Resultado direto: aumento da produtividade
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A padronização procura a utilização e a simplificação das atividades administrativas, segundo
padrões, parâmetros e modelos preestabelecidos, aceitos pela empresa ou impostos pela
criação de novos hábitos ou mudanças.
O método estabelece o que fazer, a técnica nos diz como fazer, assegurando e
instrumentalizando a ação das fases metodológicas.
1.10.1 PROCESSOS:
Alguns autores falam que é a atividade ou conjunto de atividades que toma um insumo
(input), adiciona valor a ele e fornece uma saída (output) a um cliente específico. Os
processos utilizam os recursos da organização para oferecer resultados objetivos aos seus
clientes.
Processo: é qualquer atividade ou conjunto de atividade que toma uma entrada, adiciona
valor e fornece uma saída a um cliente específico
Estrutura organizacional:
É o conjunto ordenado de
responsabilidades, autoridades,
comunicações e decisões das unidades
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A estrutura organizacional é a maneira como a organização agrupa e reúne pessoas e
unidades nos escalões hierárquicos e áreas de atividade
Assim, uma vez que a estrutura de uma organização define como as tarefas serão divididas,
agrupadas e coordenadas, os gerentes precisam considerar os seguintes elementos:
especialização do trabalho, departamentalização, cadeia de comando, margem de controle,
centralização ou descentralização e formalização.
- Sistema de comunicações:
Resultado da interação das unidades organizacionais: o que deve ser comunicado; como
deve ser comunicado; quando deve ser comunicado; de quem deve vir comunicado; para
quem deve ir comunicado; por que deve ser comunicado; e quanto deve ser comunicado.
É definida na empresa com todas as formalidades e padrões vigentes. Ela é feita por:
manuais de procedimentos ou organização, comunicados, instruções, forma gráfica
(organograma), forma descritiva (descrição dos cargos)
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Todos os aspectos formais da organização como divisão do trabalho, especialização,
autoridade, responsabilidade e coordenação foram abordados em função do interesse da
organização no sentido de alcançar a máxima eficiência possível.
Neste ponto, cabe uma pergunta sobre o que é ideal: a estrutura deve adaptar-se ao
indivíduo ou o indivíduo a estrutura? Acredita-se que o ideal é a busca do equilíbrio, pois
somente desta forma a estrutura organizacional estará ajudando o executivo no processo
administrativo.
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A abordagem na estrutura informal está nas pessoas e
em suas relações, enquanto a estrutura formal dá
ênfase a posições em termos de autoridade e
responsabilidade. A estrutura informal é um bom lugar
para líderes informais se desenvolverem, mas deve-se
lembrar de que nem sempre um líder informal se
constitui no melhor dirigente formal.
Existem alguns componentes que serão apresentados com seus aspectos básicos de cada um
dos componentes da estrutura organizacional.
Sistema de Responsabilidade:
Responsabilidade refere-se a uma obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para
outrem; o sistema de responsabilidade refere-se à alocação das atividades inerentes a esta
obrigação. Portanto, quando um subordinado assume determinada obrigação, deve prestar
contas à pessoa que lhe atribuiu à responsabilidade.
Sistema de Autoridade:
Autoridade é o direito para fazer alguma coisa. Ela pode ser o direito de tomar decisões, de
dar ordens e requerer obediência, ou simplesmente o direito de desempenhar um trabalho
que foi designado; a autoridade pode ser formal ou informal.
Observa-se que, ao descer do nível hierárquico mais alto para o nível mais baixo, a
amplitude de autoridade vai diminuindo até chegar ao limite mínimo. A autoridade formal
representa a delegada pelo superior hierárquico imediato. A autoridade informal é uma
“espécie adquirida” que é desenvolvida por meio de relações informais entre as pessoas e a
empresa que fazem voluntariamente e por deferência à sua posição ou status.
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Fayol distingue a autoridade estatutária da autoridade pessoal; na qual afirma que a
autoridade estatutária é o direito de comandar e o poder de fazer obedecer, sendo que
autoridade pessoal “se impõe pela inteligência, pelo saber, pelo valor moral, dom de
comando e experiência”. Assim, para termos um bom chefe é preciso que ele alie à
autoridade estatutária a autoridade pessoal.
Sistema de Comunicação:
No sistema de comunicações deve ser considerado: o que deve ser comunicado? Como deve
ser comunicado? Quando deve ser comunicado? De quem deve vir à informação? Para quem
deve ir à informação? Porque deve ser comunicado? Quanto deve ser comunicado?
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Exemplo de comunicação ineficiente:
Sistema de Decisões:
Considera que deve ser efetuada uma análise de decisões para se estabelecer qual a
estrutura organizacional ideal, e para tanto devem-se considerar os seguintes aspectos:
Que deverão ser necessárias para o desempenho indispensável à realização dos objetivos;
de que espécies são essas decisões; em que nível da empresa devem ser tomadas; que
atividades elas afetam; que chefes devem participar das decisões e que chefes devem ser
informados, depois da tomada de decisões.
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Também são analisados os pontos mais baixos em que se deve e pode ser tomada a decisão.
De maneira resumida, apresenta duas regras relacionadas ao aspecto mencionado: a decisão
deve ser tomada sempre no nível mais baixo e o mais perto da cena de ação; e a decisão
deve ocorrer sempre no nível que assegure a consideração plena de todos os objetivos e
atividades afetadas.
Fator Humano:
Todo administrador deve trabalhar com e através das pessoas; e estas pessoas realizam os
trabalhos que permitem que os objetivos estabelecidos sejam alcançados. A eficiência de
uma estrutura depende da qualidade intrínseca e do valor e da integração dos homens que
ela organiza.
Fator Tecnologia:
Considera-se o fator tecnológico como conjunto de conhecimentos que são utilizados para
operacionalizar as atividades da empresa para que seus objetivos possam ser alcançados.
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2.6 PROBLEMAS ORGANIZACIONAIS
★ Coordenação Acumulativa
Chefe
A B C D E F G H I J K L M
Soluções (dividir o trabalho a ser supervisionado entre diversas chefias, segundo sua área
de responsabilidade;
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★ Multicomando
Soluções (fazer com que cada funcionário seja responsável apenas perante a um superior
hierárquico; utilizar a autoridade funcional com moderação, zelando para que seus titulares
tenham as respectivas áreas de atuação perfeitamente delineadas ...)
Departamento de
Fiscalizado e
Contabilidade
Supervisor sob a
mesma chefia
Lançamentos Supervisão
Contábeis Interna
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Problemas (uma das atividades será preterida; as duas atividades serão prejudicadas;
insatisfação e conflito entre as áreas ...)
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★ Insegurança Executiva ou “Trincheira de Assessores”
Administrador
R. Públicas Jurídico
Marketing Imprensa
Secretaria Auditoria
Consultor Gabinete
Comercial Operacional
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★O Chefe do Chefe (Diretor do Diretor)
Divisão de
Serviços Sociais
Estes níveis de influência estão relacionados com o tipo de planejamento que podem ser
visualizados numa pirâmide empresarial, conforme veremos a seguir:
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- Onde os gestores tomam as decisões
Nível Estratégico -
Planejamento - Vêem a organização como um TODO
Estratégico
Atividades ocorridas no
dia-a-dia
Nível Operacional - Planejamento
Operacional
O planejamento tático tem por finalidade otimizar determinada área de resultados e não a
empresa como um todo. Portanto, o nível tático de influência considera determinado
conjunto de aspectos homogêneos da estrutura organizacional da empresa.
Um exemplo dessa influência pode ser a divisão de uma área industrial em duas áreas
(produção e técnica) para melhor administração dos recursos da empresa.
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Um exemplo de influência do nível operacional pode ser a alteração da estrutura
organizacional da área de sistemas com a criação de uma unidade organizacional
responsável pelas atividades de organização e métodos.
Por outro lado, a especialização horizontal ocorre quando se verifica, em uma organização, a
necessidade de aumentar a perícia, a eficiência e a melhor qualidade do trabalho em si;
correspondendo a uma especialização de atividades e de conhecimentos. A especialização
horizontal se caracteriza sempre pelo crescimento horizontal do organograma; sendo mais
conhecida pelo nome de departamentalização, pela tendência de criar departamentos.
Departamento designa uma área, divisão ou segmento distinto de uma empresa sobre a
qual um administrador tem autoridade para o desempenho de atividades específicas; à
medida que ocorre a especialização do trabalho efetuado através de diferentes funções
especializadas, a organização passa a necessitar de coordenação dessas diferentes
atividades, agrupando-as em unidades maiores.
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Organização por objetivo:: de acordo com produto ou serviço.
Organização por clientela:: de acordo com o tipo de pessoa a quem o trabalho é feito.
Presidente
Função Função
Financeira Pessoal
Admissão e
Cobranças Receitas
Demissão
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VANTAGENS E DESVANTAGENS DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO FUNCIONAL:
Quando há uma tarefa especializada que exija acompanhamento mais intenso para agrupar
especialista sob uma única chefia; quando há uma exigência de produto ou serviço de
qualidade superior, a departamentalização funcional garante o máximo de utilização das
habilidades técnicas das pessoas; permite uma economia pela utilização máxima das
pessoas, máquinas e produção em massa; aconselhada para empresas que tenham poucas
linhas de produtos ou serviços e que permaneçam inalteradas por longo tempo.
Tende a reduzir a cooperação interdepartamental, uma vez que exige forte concentração
intradepartamental e cria barreiras entre os departamentos em face da ênfase nas
especialidades; mostra-se inadequada quando a tecnologia e as circunstâncias externas são
mutáveis ou imprevisíveis; tende a fazer com que as pessoas focalizem seus esforços sobre
as próprias especialidades em detrimento do objetivo global da empresa.
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Departamento por
Diretoria
Produtos ou Seviços
Divisão Divisão
Divisão Central
Farmácia Química
Divisão por
Depto. Depto. Depto.
Departamentos
Analgésico Xaropes Inseticidas
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3.2.3 DEPARTAMENTALIZAÇÃO GEOGRÁFICA:
A departamentalização por base territorial é geralmente utilizada por empresas que cobrem
grandes áreas geográficas e cujos mercados são extensos, sendo extremamente atrativa
para empresas de larga escala e cujas atividades são físicas ou geograficamente dispersas; é
mais indicada para área de produção (operação) e de vendas, sendo pouco utilizada pela
área financeira, que nem sempre permite descentralização.
AGÊNCIA PORTO
ALEGRE
REGIÃO SUL
AGÊNCIA
DIVISÃO DE CURITIBA
OPERAÇÕES
As características
cas dos clientes – como idade, sexo, nível socioeconômico – constituem a base
para este tipo de departamentalização; é um critério importante, principalmente quando a
organização lida com diferentes classes de clientes, com diferentes características e
necessidades.
DIVISÃO DE
VENDAS
DEPTO. DEPTO.
MASCULINO INFANTIL
SEÇÃO DE
SEÇÃO DE SEÇÃO DE
ROUPAS E
ROUPAS CALÇADOS
BRINQUEDOS
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Em contrapartida, a departamentalização por clientes pode apresentar as seguintes
desvantagens:
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3.2.6 DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROJETOS:
Diretor
Equipes de Especialistas
É o caso de estaleiros navais que produzem navios, obras de construção civil ou industrial
que exige tecnologia sofisticada, pessoal especializado, reunião de recursos diferentes ao
longo do produto; esta estratégia de organização adapta a estrutura da empresa aos
projetos que ela se propõe a construir.
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Funcional Agrupamento por Maior utilização de Pequena cooperação
atividades ou pessoas interdepartamental.
funções principais especializadas e Contra indicada para
Divisão do trabalho recursos. circunstancias ambientais
interno por Adequada para imprevisíveis e
especialidade. atividades mutáveis.
Auto orientação e continuadas,
introversão rotineiras e
estabilizadas a
longo prazo.
Processo Agrupamento por Melhor arranjo físico Contra-indicada quando a
fases do processo, e disposição tecnologia sofre
do produto ou da racional dos mudanças e
operação recursos. desenvolvimento
Ênfase na Utilização tecnológico.
tecnologia econômica da Falta de flexibilidade e
utilizada. tecnologia adaptação
Enfoque Vantagens a mudanças.
introvertido. econômicas do
processo
Ideal quando a
tecnologia e os pro-
dutos são estáveis e
permanentes.
Produtos ou Agrupamento por Define Enfraquecimento da
Serviços resultados responsabilidade especilização.
quanto a produtos por produto, Alto custo operacional
ou serviços. facilitando a pela duplicidade das
Divisão do trabalho avaliação dos especilidades.
por resultados. Contra indicada para
linhas de Melhor coordenação circunstâncias estáveis e
produtos/serviços interdepartamental, rotineiras.
Orientação para maior flexibilidade. Enfatiza coordenação em
resultados Facilita inovações. detrimento da
Ideal para especialização.
circunstâncias
mutáveis.
Projeto Ênfase no projeto Alta concentração Concentra pessoas e
Flexibilidade de recursos, com recursos em cada projeto
organizacional prazos definidos. provisoriamente.
para ajustar a cada Orientada para Orientação para metas
Projeto resultados concretos sobre custo, cronograma e
lucro
Matricial Possibilidade de Dupla subordinação,
maior gerando um clima de
aprimoramento ambigüidade de papéis e
técnico de sua relações. Conflitos de
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equipe de trabalho e interesse entre os chefes
maior funcionais e os de projeto.
desenvolvimento de
pessoal
Maior especialização
nas atividades
desenvolvidas
Contingência Misto de várias das Como é de tempo Como as demais se se
Ambiental anteriores e limitado estender mais do que o
funciona conforme normalmente não previsto tende a causar os
o momento causa traumas mesmos problemas dos
especifico maiores, processos mistos.
inclusive
proporciona
oportunidades
para que pessoas
apareçam.
CENTRALIZAÇÃO:
DESCENTRALIZAÇÃO:
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A descentralização normalmente ocorre nas seguintes situações básicas: a carga de trabalho
da alta administração está volumosa e/ou demasiadamente complexa; a situação anterior
provoca morosidade no processo decisório; pela maior ênfase que a empresa quer dar à
relação produto-mercado; para proporcionar maior participação e motivação.
Será visto neste momento a importante técnica da representação gráfica, que permite
esquematizar e visualizar os sistemas de forma racional, clara e concisa, facilitando o
entendimento geral. Entre as técnicas de representação gráfica, a mais usada pelo analista
de OSM é a do fluxograma.
Através dos fluxogramas, a analista de OSM pode representar os vários fatores e variáveis
que ocorrem nos sistemas, os circuitos de informações relacionados aos processos
decisórios, bem como as unidades organizacionais envolvidas no processo.
Por outro lado, deve-se ter conhecimento de que os métodos administrativos são os meios
manuais, mecânicos ou eletrônicos, pelos quais as operações administrativas individuais
e/ou das unidades organizacionais são executadas. O sistema corresponde a um conjunto de
processos relacionados.
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Neste capítulo será apresentado o principal aspecto da representação gráfica que visa
auxiliar o analista de OSM nas suas tarefas básicas.
4.1 FLUXOGRAMA:
Principais objetivos:
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Fluxograma é a representação gráfica que apresenta a sequência de um trabalho de forma
analítica, caracterizando as operações, os responsáveis e/ou unidades organizacionais
envolvidos no processo. O fluxograma objetiva entre outros, os seguintes aspectos
principais:
É o meio pelo qual o analista de OSM consegue articulares as diversas etapas de uma rotina
depois da imprescindível divisão e distribuição das tarefas. Um fluxograma pronto abrange
grande número de operações, dentro de um espaço relativamente pequeno.
REGRAS GERAIS:
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VANTAGENS DO FLUXOGRAMA:
O fluxograma apresenta uma série de vantagens, que podem ser assim resumidas em:
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No estudo detalhado de fluxograma deve ser examinado o sistema de análise que convém a
cada um; porém, antes de iniciar esse estudo, o analista de OSM deve se certificar de que
todas as fases foram relacionadas, bem como saber o que cada uma significa. Para tanto,
deve aplicar as seguintes perguntas básicas:
O que é feito? Para que serve essa fase? Por que está fase é necessária? Onde essa fase deve
ser feita? Quando essa fase deve ser feita? Tal mudança do local é viável? Quem deve
executar a fase? Como a fase está sendo executada?
Fica evidente que as perguntas apresentadas são necessárias, mas não suficientes; o analista
de OSM deve ter o discernimento para identificar quais outras perguntas devem ser
efetuadas para o adequado desenvolvimento do trabalho.
TIPOS DE FLUXOGRAMA:
Os principais tipos de fluxogramas que o analista de OSM pode utilizar são: fluxograma
vertical, fluxograma parcial e o fluxograma global. A seguir são apresentados os aspectos
básicos de cada um destes tipos de fluxograma.
Fluxograma Vertical:
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O fluxograma vertical é também denominado Folha de Análise ou Diagrama de Processo; o
fluxograma vertical é normalmente destinado à representação de rotina simples no seu
processamento analítico dentro de uma unidade organizacional.
Este tipo de fluxograma possui quatro vantagens. A primeira consiste em poder ser impresso
como formulário padronizado; a segunda consiste na rapidez do preenchimento; a terceira
consiste em maior clareza de apresentação e a quarta na grande facilidade de leitura por
parte dos seus usuários.
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Fluxograma Parcial ou descritivo:
Os seus aspectos básicos são: descreve o curso de ação e os trâmites dos documentos;
também é mais utilizado para levantamento; é de elaboração um pouco mais difícil que o
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fluxograma vertical e é mais utilizado para rotinas que envolvam poucas unidades
organizacionais.
Outro aspecto é que se torna difícil à visualização dos documentos manuseados por uma
única unidade organizacional, principalmente se houver troca constante de documentos
entre as unidades.
Fluxograma Global:
De maneira resumida, seus aspectos básicos são: torna-se utilizável tanto no levantamento
quanto na descrição de novas rotinas e procedimentos; permite demonstrar, com maior
clareza, o fluxo de informações e documentos, dentro e fora da unidade organizacional
considerada; e apresenta maior versatilidade.
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PROCESSO DE RECEBIMENTO DE MATÉRIA PRIMA
Recepção Setor de
Almoxarifado
qualidade
A necessidade dos formulários pode ser justificada em função dos seguintes fatores: a
importância dos dados e informações; as exigências legais e governamentais; a padronização
das comunicações; a função de controle e o aumento do pessoal do administrativo.
Fica evidente que o formulário deve procurar trabalhar com informações importantes, que
são aquelas que em algum momento, podem influenciar decisões tomadas dentro do
sistema considerado. As informações importantes ou relevantes podem ser constantes,
quando se repetem de forma idêntica em todos os exemplares de um mesmo modelo de
formulário; ou varáveis, quando, embora representando uma mesma categoria ou grupos de
dados ou de informações, podem variar de exemplar para exemplar do formulário.
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O analista de OSM deve considerar que a criação de formulário é necessária sempre que a
utilização de informações ocorrerem depois do momento em que elas se tornam
disponíveis, e haja necessidade de armazená-la para que não se percam no desenvolvimento
do processo administrativo.
O analista de formulários não é um cargo muito comum nas empresas, inclusive nas de
médio e grande porte. Entretanto, com a intensão de fazer o analista de OSM como um
catalizador do processo e não de elaboração total dos sistemas administrativos, o analista de
formulários pode ganhar maior importância.
O colaborador que absorve a função de analisar formulários de uma empresa pode adquirir
considerável importância, através da abrangência em vários aspectos, assim resumidas:
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levantamento e análise das necessidades; elaboração do novo formulário; trabalhos da
gráfica e recebimento, treinamento e controle. A seguir são apresentadas as considerações
sobre cada uma das etapas da elaboração de formulários.
O analista de OSM ou analista de formulários deve ser mais crítico e minucioso nesta etapa,
pois antes de se preocupar com o tempo gasto na análise, o analista deve-se preocupar com
a qualidade do trabalho. É conveniente que o resultado seja apresentado de forma escrita e
apoiado em fluxogramas, anexando quando existir, exemplares de formulários que estão
atualmente atendendo o sistema nos assuntos considerados.
Trabalho da Gráfica:
Após a realização de todos os testes de validação do formulário, este deve ser enviado à
gráfica que executará seus serviços. O analista deve manter estrito contato com a gráfica
durante esse processo, tendo em vista a garantia de qualidade e o prazo na entrega do
serviço. Naturalmente, a unidade organizacional de compras ou de almoxarifado tem grande
importância na cobrança de entrega.
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Cópias da matriz hectográfica; este processo consiste na utilização de uma matriz de papel
branco liso e brilhante sobre o qual é datilografado e riscado o layout do formulário. Cópias
mimeográficas; o processo consiste na utilização de uma matriz especial, composta de uma
folha de papel de seda impregnado de cera de carnaúba e uma folha de papel carbono.
Cópias xerófilas; o processo consiste na datilografia ou traçado de um original utilizando-se
papel branco e fosco.
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Desse modo, pode-se raciocinar que o conceito de atividade destaca um aspecto diferencial
com referência às tarefas, ou seja, uma atividade pode resultar de um grupo de tarefas.
Tarefas sequenciais: dependem uma da outra. Tarefas paralelas: independem uma da outra.
Consiste no relacionamento das tarefas desenvolvidas por cada empregado, com o tempo
alocado à realização de cada uma delas.
A relação processa-se através de duas fases totalmente distintas. Na primeira fase (rascunho
das tarefas individuais), chamada de preliminar, são relacionados os vários elementos do
trabalho sem a preocupação de diferenciar tarefas e passos. Na segunda, denominada
definitiva, resultante da primeira, são indicados os reagrupamentos, definidos e classificados
como tarefas.
O tempo requerido para a realização da análise das diversas tarefas pode referir-se a
qualquer período de tempo; no entanto com o fim de simplificar a apuração do tempo
consumido para a execução das mesmas, convencionou-se que esse período seria de uma
semana. Algumas operações, no entanto, não apresentam condições de ter a periodicidade
semanal, constituindo-se em trabalhos mensais, bimensais, etc. Quando tal fato suceder,
tornar-se-á necessário incluí-las com o tempo presumivelmente empregado para realizá-las,
assinalando, entretanto, a que base de tempo se referem (mês, semestre, etc.). Período
considerado - é padrão considerar-se o tempo de execução das tarefas como uma semana,
considera-se a semana com cinco dias; total de horas diárias igual há oito horas e para o
total mensal quarenta horas.
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horas param se realizarem a contento ou que sejam de difícil realização em face das
condições atuais de trabalho, etc.
O analista deve observar o QDT nos seguintes itens: tempo consumido pelas várias
atividades, capacidade profissional dos empregados, volume de trabalho afeto aos
empregados,possibilidades preliminares de simplificação.
7 MANUAIS ADMINISTRATIVOS
Nos dias atuais, as empresas necessitam, para o perfeito desempenho de suas múltiplas
atividades, de um sem-número de informações, cujo valor está diretamente relacionado
com os veículos que as transmitem. Assim, informações corretas prestadas de um modo
ineficiente terão o mesmo valor funesto que informações incorretas prestadas
eficientemente. Desse modo, nas empresas de hoje, onde a velocidade da informação é
fator de sucesso para a tomada de decisões, essas informações são adquiridas, transmitidas
e preservadas através de documentos previamente estudados e perfeitamente identificados
com os fins para os quais se destinam. Esses documentos são, genericamente, denominados
MANUAIS.
É praticamente ilimitado o número de manuais que podem ser criados com o objetivo de
auxiliar as instituições a alcançarem seus objetivos. Os manuais podem ser classificados em
diversos grupos, dependendo da necessidade de cada empresa. Dentre os mais comumente
empregados, destacamos cinco como capazes de propiciar melhor compreensão para o
assunto enfocado. São eles: Manual de Organização ou Regimento Interno; Manual de
Diretrizes e Políticas; Manual de Normas e Procedimentos ou Manual de Instruções
Normativas; Manual de Formulários; e Manual de Padrões.
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- Representam um instrumento efetivo de consulta, orientação e treinamento na
empresa
Regimento Interno:
Tem como função apresentar a estrutura formal de uma empresa, tal como delineada pelo
Regimento da Instituição, por meio da definição clara, racional e objetiva de autoridade,
responsabilidade, atividades-fim e meio, assim como as relações criadas, de modo que
coordene os esforços das pessoas para que os objetivos comuns sejam atingidos.
Este tipo de Manual é o meio ideal para tornar bem claro quais são os deveres de
responsabilidade dos executivos nos diversos níveis, assim como para seus subordinados,
levando desse modo às obrigações e atribuições a todos os empregados da empresa,
independente da posição hierárquica que ocupem.
Entretanto, à medida que a empresa for se expandindo, à medida que ela for se
aproximando do ponto denominado "organização de linha e assessoria", a existência deste
Manual se tornará cada vez mais necessária.
Assim, definições claras das diretrizes gerais e do procedimento para que estas diretrizes
sejam estabelecidas tornam-se uma necessidade. Diretrizes de ação bem fundamentadas e
baseadas numa exploração bem feita das relações normais também devem ser formuladas e
redigidas.
Manual de Instruções:
Este tipo de Manual nada mais é do que um conjunto de instruções escritas, elaborado para
destacar em todos os seus detalhes a rotina a ser seguida de uma função especifica.
Esclarece as diretrizes, propiciando dessa forma toda a assistência para que o funcionário se
mantenha dentro dos limites por eles estabelecidos. Reduz o tempo de treinamento, tanto
em escritório como em uma fábrica, ajudando inclusive a manter os erros em um nível bem
baixo, servindo também como fundamento para novas apreciações e avaliações das rotinas
em uso, objetivando redução dos custos globais.
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Manual de Formulários:
Este tipo de Manual é um dos mais largamente usados nas empresas, pois ele é um
instrumento por demais útil quando da criação ou modificação de um sistema de trabalho
administrativo e muito valioso na introdução de novos formulários, alterações de layout de
formulários ou mesmo no fluxo de formulários.
Manual de Padrões:
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