Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Na expanção mercantil dos vários entrepostos comerciais, e mais para sul, os Tugas,
simultâneamente, transportaram pela costa mais a sul do actual Ambriz estes costumes
ao reino de N´Dongo, (nome das primeiras canoas e gentes) aquele que veio a ser
conhecido por N´gola e depois de Angola.
Mas, diz-nos a história, que foi em Itália que surgiram as primeiras manifestações
carnavalescas. Tudo começou com os bacanais e festas Saturnais na Roma antiga, eram
banquetes crapulosos com orgias e libertinagem em honra a Baco, o Deus do vinho, o
nectar do Sol, filho de Júpiter e de Sémele de Cadmo. A 15 de Fevereiro, todos os anos
e em homenagem a Luperco, se celebrava grande festa em homenagem àquele Deus.
Este Deus Luperco, foi um tal que matou a loba que amamentava Rómulo e Remo.
Saturno também era festejado naquelas festas que ficaram conhecidas por Festas
Saturnais. Digamos, que era algo semelhante com as festas juninas de hoje.
Voltando a Angola e, a partir dos anos trinta do século XX, os moradores da Ilha
vinham de canoa até à Marginal a que se veio a chamar de Paulo Dias de Novais, e
imitavam os marinheiros portugueses com suas fardas imaculadamente brancas,
espadas, divisas amarelas e chapeus a condizer. Faziam a folia regada com T'chissângua
e vinho do Puto que os "N'Gwetas" traziam da metrópole; eram tempos de folguedos
que os N'Gwetas davam aos seus trabalhadores, quitandeiras e lavadeiras para se
esponjarem nas areias da Marginal. Os colonos roçeiros, fubeiros ou funcionários, riam
e, à sucapa e, no fundo dos quintais de suas quintas ou casas iam fazendo farras de
"arrebenta merengue" por debaixo de uma mulembeira, amendoeira, tamarindo ou até
imbondeiro; era uma altura prória para as donzelas "N'dele", crioulas e mocambas se
conhecerem, falarem das coisas de literatura e não sei mais de quê, sempre na alçada
duma criada mais confiável ou da Dona Lufrásia vizinha de longa data.
A mestiçagem cresceu, quente como o clima e fêz desta manifestação de entrudo uma
coisa cheia de mística, purgatório e inferno. Após toda essa folia vinham as confissões
ao senhor Cónego do São José do Colony, um qualquer padre ou à Mariazinha que já
estava prenha à uns três meses. As orgias de carnaval davam e dão nisto, vinho,
cachaça, cat'chipemba, maruvo e zangas entre farfalhos descarados com ciúmes
descontrolados, tiros e um deus nos acuda, hospital. Excrecências que os futurólogos
estudarão em vaticinios cataclismosos cheio de angústias com fim do mundo.
Já não havia areia, já existia o Banco de Angola, Cais de pesca e muitas palmeiras
imperiais enfeitando um largo passeio ladrilhado e asfaltado desde a fortaleza de São
Miguel no Baleizão e o porto de mar do Bungo com sua praça imperial e a estátua do
Navegador Paulo Dias de Novais (esta estátua deveria voltar ao seu sítio)
As festas de salão faziam-se um pouco por todo o lado com a eleição de “miss”
qualquer coisa com Nelsom Ned a acompanhar. Mais tarde surgem os N´gola Ritmos,
Os Cunhas, os Rok´s e os Duo Ouro Negro. Seguiram-se-lhe o Lubango, Benguela das
acácias rubras, Huambo, Sumbe e tantas outras localidades até que surgiu a Revolta dos
Cravos, a 25 de Abril de 1974, comandada por uns quantos oficiais superiores das
Forças Armadas de Portugal, cujos resultados se repercutiram nas colónias portuguesas
em África até à proclamação das suas independências.
Carnaval: Uma festa ressurgida por Neto
« [...] Vamos todos trabalhar mais. E, depois, talvez a gente possa organizar qualquer
coisa para a diversão da juventude, como por exemplo o carnaval. Querem carnaval ou
não? Então vamos organizar, este ano, o
carnaval»
Agostinho Neto
O Carnaval que já se notabilizou como uma das festas mais populares do país, registou
na sua história várias interrupções. A primeira aconteceu na década de 1940 com a
eclosão da IIª Guerra Mundial; a segunda entre 1961 e 1963, com o início da luta de
libertação nacional, período que também não houve carnaval por decreto do regime
salazarista; e uma terceira que aconteceu entre 1975 a 1977.
Num comício bastante popular realizado num dos mais emblemáticos municípios de
Luanda (o Cazenga), o Poeta-Presidente propunha à população do país a realização do
Carnaval numa perspectiva diferente daquela até então conhecida.
Para além da sua formação em Medicina, da sua veia literária e do seu desejo de ver o
direito à vida ser irrefutavelmente respeitado, Agostinho Neto revelou-se também uma
personagem impulsionadora das manifestações culturais e do resgate do legado cultural
do país, como pode ser lido no seu poema do livro Sagrada Esperança, intitulado
Havemos de Voltar:
Este ano a população de Luanda dançou a 38ª edição do carnaval. Em todas as edições,
o carnaval conservou ao longo dos tempos a euforia do povo, a energia dos mais velhos,
a audácia e vitalidade dos petizes da periferia, o entusiasmo de pessoas de todos
segmentos sociais e a pujança dos ilhéus.
15 de Março: Dia Internacional do Consumidor
Dia Mundial dos Direitos do Consumidor foi comemorado, pela primeira vez, em 15 de
Março de 1983. Essa data foi escolhida no âmbito do famoso discurso feito, em 15 de
Março de 1962, pelo então presidente dos EUA, John Kennedy. No seu discurso,
Kennedy salientou que todo consumidor tem direito, essencialmente, à segurança, à
informação, à escolha e de ser ouvido. Isto provocou debates em vários países e estudos
sobre a matéria, sendo, por isso, considerado um marco na defesa dos direitos dos
consumidores.
No ano de 1987, foi publicada a Lei n.º 5, de 23 de Fevereiro ainda vigente, que dentre
outros aspectos, reprime com pena de multa, “o acondicionamento ou armazenamento
de produtos alimentícios deteriorados ou que se apresentam com indício impróprio para
o consumo público” (artigo 47º).
A associação argumenta que a actual lei do consumidor está fora do contexto real
angolano, daí a razão da sua proposta.
Genoveva Lino recordou que "há também muita propaganda enganosa" e é preciso
prestar atenção e denunciar mais "porque afinal de contas o que está em risco é a nossa
própria vida."
Além disso, o Instituto de Defesa do Consumidor afecto ao Ministério do Comércio
tudo tem feito, para que os direitos dos consumidores sejam respeitados e
salvaguardados, com a realização de várias actividades e com a autuação aos
infractores.
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia
22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado à discussão sobre os
diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta
Terra são formados por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de
0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como
sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) está sendo
contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é
preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande
parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo
objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e
elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.