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2 DE MARÇO - “DIA DA MULHER ANGOLANA”

O dois de Março é dia consagrado à mulher angolana, em reconhecimento ao seu


papel desempenhado na luta de resistência do povo angolano contra a ocupação colonial
portuguesa.

A data, é de relevante importância para o povo angolano, visto que elas


desempenharam sempre um papel de destaque no processo de libertação do país, com
exemplos representativos dos feitos heróicos da rainha Ginga Mbandi, num passado
longínquo, e de Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Teresa Afonso,
Lucrécia Paim etc.

Os primeiros esboços de folia de entrudo foram introduzidos paulatinamente no


reino do Kongo logo a partir dos primeiros contactos dos Portuguêses com gente da
bacia do grande rio "N'zadi", o Zaire. As primeiras gentes a seguir este tipo de
manifestação foram os N´Zombo da margem sul do N´Zaire e, os N´Zaus do lado Norte
do mesmo rio, os agora chamados de Cabinda, os Lândanas e Inbindas de então . Mais
tarde os N´Zeto do Songo e Solongo, mais a sul do reino de Manikongo também
aderiram a este brincar de vida.

Na expanção mercantil dos vários entrepostos comerciais, e mais para sul, os Tugas,
simultâneamente, transportaram pela costa mais a sul do actual Ambriz estes costumes
ao reino de N´Dongo, (nome das primeiras canoas e gentes) aquele que veio a ser
conhecido por N´gola e depois de Angola.

Os naturais da ilha das cabras ou os Muxiloandas da ilha Mazenga, actual ilha de


Luanda, fizeram desta manifestação uma diversão aliada a uma dança conhecida por
bassula, esquindiva ou finta. Com enfeites de fitas e ramos emitavam os novos seres de
tês branca, os N´Dele ou T´chindele de chapeus e armaduras em ferro. Seguiu-se uma
rápida semântica de linguajar e gíria caracterizada pelos camondongos ou kaluandas,
uma mistura de kimbundo com pretuguês.

Os Muxiluandas deram o nome de Muala àquela dança já com alguma coreografia e


num ritmo de pré-merengue. O semba apareceu a partir da dança Kazukuta, num lugar
conhecido por Samba; o próprio Soba Samba aliado a Manhanga (Maianga) deram ao
longo dos anos vivacidade a tal manifestação de folguedos.

Aquelas manifestações, a partir de 1800 já tinham grandes momentos de recreação e


coreografia. Muito próximo do fim do século XIX, surgiram muceques com nomes de
Kamama, Kapiri e Mulenwo que em manifestações de óbito, faziam apelo ao espírito
"Kiruwala", exibindo gestos de quase recreação que os Muxiloandas ou Axiluandas
usavam para demonstrar fraternidade e apoio social.

Mas, diz-nos a história, que foi em Itália que surgiram as primeiras manifestações
carnavalescas. Tudo começou com os bacanais e festas Saturnais na Roma antiga, eram
banquetes crapulosos com orgias e libertinagem em honra a Baco, o Deus do vinho, o
nectar do Sol, filho de Júpiter e de Sémele de Cadmo. A 15 de Fevereiro, todos os anos
e em homenagem a Luperco, se celebrava grande festa em homenagem àquele Deus.
Este Deus Luperco, foi um tal que matou a loba que amamentava Rómulo e Remo.

Saturno também era festejado naquelas festas que ficaram conhecidas por Festas
Saturnais. Digamos, que era algo semelhante com as festas juninas de hoje.

Voltando a Angola e, a partir dos anos trinta do século XX, os moradores da Ilha
vinham de canoa até à Marginal a que se veio a chamar de Paulo Dias de Novais, e
imitavam os marinheiros portugueses com suas fardas imaculadamente brancas,
espadas, divisas amarelas e chapeus a condizer. Faziam a folia regada com T'chissângua
e vinho do Puto que os "N'Gwetas" traziam da metrópole; eram tempos de folguedos
que os N'Gwetas davam aos seus trabalhadores, quitandeiras e lavadeiras para se
esponjarem nas areias da Marginal. Os colonos roçeiros, fubeiros ou funcionários, riam
e, à sucapa e, no fundo dos quintais de suas quintas ou casas iam fazendo farras de
"arrebenta merengue" por debaixo de uma mulembeira, amendoeira, tamarindo ou até
imbondeiro; era uma altura prória para as donzelas "N'dele", crioulas e mocambas se
conhecerem, falarem das coisas de literatura e não sei mais de quê, sempre na alçada
duma criada mais confiável ou da Dona Lufrásia vizinha de longa data.

A mestiçagem cresceu, quente como o clima e fêz desta manifestação de entrudo uma
coisa cheia de mística, purgatório e inferno. Após toda essa folia vinham as confissões
ao senhor Cónego do São José do Colony, um qualquer padre ou à Mariazinha que já
estava prenha à uns três meses. As orgias de carnaval davam e dão nisto, vinho,
cachaça, cat'chipemba, maruvo e zangas entre farfalhos descarados com ciúmes
descontrolados, tiros e um deus nos acuda, hospital. Excrecências que os futurólogos
estudarão em vaticinios cataclismosos cheio de angústias com fim do mundo.

As manifestações de Saturno e Baco iam proliferando a partir dos muceques,


Sambizanga, Prenda, Catambor, Bairro Operário, são Paulo, Kaputo da Terra Nova,
Kazenga, Rangel e os já falados pescadores da Ilha, os Muxiloandas. Os Kaluandas,
sempre prontos para a farra, mais os curiosos do Kifangondo, Cacuaco, Katete, Barra
do kwanza,Belas, Maculussu, Praia-do Bispo e Bungo.
O 1961, chegou a um dia quatro de Fevereiro e, as autoridades coloniais suspenderam
todas as manifestações de rua. Timidamente no fundo dos quintais e quase em surdina
iam fazendo as farras na Samba, Coqueiros, Barirro do Café, Vila Alice, Quinaxixe e
Maianga; eram resquícios das festas Juninas em homenagem aos santos populares que
brancos e filhos crioulos faziam com regulamentos, letra e música e um prémio do
Município de Luanda.

Após o ano se 1961, não obstante as autoridades proibirem manifestações de folia,


registaram-se tentativas de desobediência em São Paulo, Anangola, Bairro Operário e
Bairro do Cruzeiro tendo daí originado distúrbios com forte repressão por forças
militarizadas. Era uma vingança às mortes de uns quantos polícias quando do assalto à
quarta esquadra por entusiastas do glorioso EME, seguindo-se rusgas e cachorros à solta
p´ragarrar negro (coisas p´ra esquecer, mesmo tontas mas,...de dificil comprensão).

Foi o inicio da luta armada, a revolta dos perseguidos em tempos de “qwata-qwata” e,


eis que em 1965 o Centro de Informação e Turismo de Angola (CITA), regulamenta
conjuntamente com a Câmara Municipal os blocos de participantes idos do suburbio
para alegrar as gentes na Avenida Marginal.

Já não havia areia, já existia o Banco de Angola, Cais de pesca e muitas palmeiras
imperiais enfeitando um largo passeio ladrilhado e asfaltado desde a fortaleza de São
Miguel no Baleizão e o porto de mar do Bungo com sua praça imperial e a estátua do
Navegador Paulo Dias de Novais (esta estátua deveria voltar ao seu sítio)

Os blocos desfilavam em corso, mascarados, com latas pintadas, apitos, vestes


coloridas a emitar reis do Puto distante e muitas espadas, lanças, escudos e coroas;
naquele dia toda a gente era rei,... Quem o quizesse ser!

Os reinos de N´gola e Kongo estavam sempre representados.

A cidade do Lobito aderiu às festividades e na ilha da Restinga o corso passava


despejando quilos e quilos de fuba para tornar todos brancos e atrás, uma agulheta de
água consolidava a máscara branca com figuras de sinistra aparência. Naquele dia eram
todos brancos e Zumbis.

As festas de salão faziam-se um pouco por todo o lado com a eleição de “miss”
qualquer coisa com Nelsom Ned a acompanhar. Mais tarde surgem os N´gola Ritmos,
Os Cunhas, os Rok´s e os Duo Ouro Negro. Seguiram-se-lhe o Lubango, Benguela das
acácias rubras, Huambo, Sumbe e tantas outras localidades até que surgiu a Revolta dos
Cravos, a 25 de Abril de 1974, comandada por uns quantos oficiais superiores das
Forças Armadas de Portugal, cujos resultados se repercutiram nas colónias portuguesas
em África até à proclamação das suas independências.
Carnaval: Uma festa ressurgida por Neto

« [...] Vamos todos trabalhar mais. E, depois, talvez a gente possa organizar qualquer
coisa para a diversão da juventude, como por exemplo o carnaval. Querem carnaval ou
não? Então vamos organizar, este ano, o
carnaval»

Agostinho Neto

O Carnaval que já se notabilizou como uma das festas mais populares do país, registou
na sua história várias interrupções. A primeira aconteceu na década de 1940 com a
eclosão da IIª Guerra Mundial; a segunda entre 1961 e 1963, com o início da luta de
libertação nacional, período que também não houve carnaval por decreto do regime
salazarista; e uma terceira que aconteceu entre 1975 a 1977.

O ressurgir das festividades carnavalescas na então República Popular de Angola foi


protagonizado, em 1978, pelo Fundador da Nação e primeiro Presidente de Angola, Dr.
António Agostinho Neto.

Num comício bastante popular realizado num dos mais emblemáticos municípios de
Luanda (o Cazenga), o Poeta-Presidente propunha à população do país a realização do
Carnaval numa perspectiva diferente daquela até então conhecida.

O restabelecimento do entrudo como uma festa pública e de recreação popular, foi


idealizada por Agostinho Neto, com a finalidade de tirar a população do marasmo que
absorvia completamente a sua actividade diária.

Deste modo, a história do carnaval pós-independência está intrinsicamente ligada à


personagem de Agostinho Neto que, com o seu discurso popular e promissor, apelou
aos angolanos à celebração das vitórias conquistadas pelo país, designando assim o
carnaval da vitória. Esta foi a tónica predominante do Carnaval durante muitos anos.

Para além da sua formação em Medicina, da sua veia literária e do seu desejo de ver o
direito à vida ser irrefutavelmente respeitado, Agostinho Neto revelou-se também uma
personagem impulsionadora das manifestações culturais e do resgate do legado cultural
do país, como pode ser lido no seu poema do livro Sagrada Esperança, intitulado
Havemos de Voltar:

Este ano a população de Luanda dançou a 38ª edição do carnaval. Em todas as edições,
o carnaval conservou ao longo dos tempos a euforia do povo, a energia dos mais velhos,
a audácia e vitalidade dos petizes da periferia, o entusiasmo de pessoas de todos
segmentos sociais e a pujança dos ilhéus.
15 de Março: Dia Internacional do Consumidor
Dia Mundial dos Direitos do Consumidor foi comemorado, pela primeira vez, em 15 de
Março de 1983. Essa data foi escolhida no âmbito do famoso discurso feito, em 15 de
Março de 1962, pelo então presidente dos EUA, John Kennedy. No seu discurso,
Kennedy salientou que todo consumidor tem direito, essencialmente, à segurança, à
informação, à escolha e de ser ouvido. Isto provocou debates em vários países e estudos
sobre a matéria, sendo, por isso, considerado um marco na defesa dos direitos dos
consumidores.

Em Angola a protecção ao consumidor, é um direito consagrado no artigo 78.º da


Constituição da República onde estipula que, “ O consumidor tem direito a ser
protegido no fabrico e fornecimento de bens e serviços nocivos à saúde e a vida,
devendo ser ressarcido pelos danos que lhe sejam causados”

A protecção ao consumidor em Angola parte do Código Penal de 1886, ainda vigente,


onde a disposição sobre o assunto, estava previsto no art.º 256.º (fraude nas vendas).

Posteriormente promulgou-se o Decreto – Lei 41.204 de 24 de Julho de 1957 que


passou a regular especificamente a matéria sobre Saúde Pública. Considerava infracções
contra a saúde pública punível com prisão até 3 anos, a matança clandestina (art.º 14) e
falsificação de géneros alimentícios (art.º 17).

No ano de 1987, foi publicada a Lei n.º 5, de 23 de Fevereiro ainda vigente, que dentre
outros aspectos, reprime com pena de multa, “o acondicionamento ou armazenamento
de produtos alimentícios deteriorados ou que se apresentam com indício impróprio para
o consumo público” (artigo 47º).

Para ajustar ao modelo de economia de mercado, foi promulgada a Lei 6/99, de 3 de


Setembro, que embora revogando o Decreto – Lei 41.204, conservou o espírito do
legislador de 1957, ao manter as penas de prisão nas infracções contra a Saúde Pública –
Abate clandestino (art.º 40.º) e Contra a genuidade, qualidade ou composição dos
géneros alimentícios (art.º 41.º)
No ano de 2003, os Legisladores entenderam que as normas, princípios e regras do
Direito Penal Económico, aconselham hoje, a intervenção penal como meio de último
recurso em sede da intervenção do Estado na economia, tendo sido publicada a Lei n.º
13/03, de 10 de Julho, norma revogatória dos artigos 17.º a 50.º da Lei 6/99, de 3 de
Setembro, incluindo as infracções contra o abastecimento público, com realce para o
abate clandestino e contra a genuidade ou composição dos géneros alimentícios.

Ainda no ano de 2003, publicou-se a Lei 15/03, de 22 de Julho – Lei de defesa do


consumidor, regulamento que estabelece os princípios gerais da política de defesa de
consumidor, com medidas punitivas mais brandas em relação a Lei 6/99, privilegiando
as penas de multas.

As penas previstas no ordenamento jurídico angolano no que tange a protecção ao


consumidor, que se resume numa mera contravenção, com o pagamento de multa
exígua, em nada desencorajam aqueles fornecedores de bens e serviços, ávidos do lucro
fácil á violarem os direitos dos consumidores, principalmente na venda de produtos
alimentícios.

Alguns comercializam alimentos fora do prazo de consumo, corruptos, em mau estado


de conservação, sem qualidade e até adulterados, outros importam mercadorias próximo
do limite do prazo para o consumo. Também se verifica a venda de refeições em forma
de take away, em locais a céu aberto, junto a lixeiras.

Em Agosto do ano passado a Associação Angolana de Defesa do Consumidor, AADIC


submeteu à Assembleia Nacional uma proposta de lei para alteração do Código de
Defesa do Consumidor.

A associação argumenta que a actual lei do consumidor está fora do contexto real
angolano, daí a razão da sua proposta.

"Conseguimos dar a conhecer alguns anteprojectos já remetidos à Assembleia Nacional


sobre a melhoria da própria lei do consumidor, que deve ser actualizada (...)
principalmente na parte da responsabilização, que na actual lei é omissa," disse
Diógenes de Oliveira, Presidente da AADIC.

Genoveva Lino, presidente da comissão de direitos humanos da Assembleia Nacional,


reconhece que há ainda muito que aprender em termos de consumo em Angola.

"Todos nós estamos a aprender a consumir com responsabilidade; muitas vezes


chegamos ao supermercado simplesmente levamos o que necessitamos sem estarmos
atentos aos prazos de validade, a qualidade do produto que levamos," disse.

Genoveva Lino recordou que "há também muita propaganda enganosa" e é preciso
prestar atenção e denunciar mais "porque afinal de contas o que está em risco é a nossa
própria vida."
Além disso, o Instituto de Defesa do Consumidor afecto ao Ministério do Comércio
tudo tem feito, para que os direitos dos consumidores sejam respeitados e
salvaguardados, com a realização de várias actividades e com a autuação aos
infractores.

Dia Mundial da Poesia

O Dia Mundial da Poesia celebra-se todos os anos em 21 de março.

A data foi criada na 30ª Conferência Geral da UNESCO em 16 de novembro de 1999.

O Dia Mundial da Poesia comemora a diversidade do diálogo, a livre criação de ideias


através das palavras, da criatividade e da inovação. A data visa a importância da
reflexão sobre o poder da linguagem e do desenvolvimento das habilidades criativas de
cada pessoa. Isso porque a poesia contribui para a diversidade criativa, inferindo na
nossa perceção e compreensão do mundo.
Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia
22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado à discussão sobre os
diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta
Terra são formados por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de
0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como
sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) está sendo
contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é
preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande
parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo
objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e
elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é celebrado no dia 8 de março. A ideia de criar o Dia


da Mulher surgiu no final do século XIX e início do século XX nos Estados Unidos e
na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, e
pelo direito de voto. Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência
Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhaga, a líder socialista alemã Clara
Zetkin propôs a instituição de uma celebração anual das lutas pelos direitos das
mulheres trabalhadoras.
Dia Mundial da Meteorologia

A data de 23 de março é dedicada à celebração do Dia Mundial da Meteorologia.


Nessa data, destaca-se a importância que essa área do conhecimento possui no sentido
de promover a evolução dos conhecimentos sobre a atmosfera terrestre, além da função
social de estabelecer previsões sobre o comportamento do tempo.

Dia internacional do Teatro

O Dia Mundial do Teatro celebra-se anualmente a 27 de março.


Para comemorar a data decorrem neste dia vários espetáculos teatrais gratuitos ou com
bilhetes mais baratos e são relembrados alguns dos artistas e das obras mais importantes
da história do teatro. O objetivo da data é promover a arte do teatro junto das pessoas.

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