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Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Faculdade de Engenharia Mecânica – FEMEC


Graduação em Engenharia Mecatrônica
Circuitos Elétricos para Mecatrônica – FEELT49050
Prof: Eduardo Tavares

COMPONENTES E INSTRUMENTOS BÁSICOS DE MEDIÇÃO EM


CIRCUITOS ELÉTRICOS

Aula prática 1

Gabriel Augusto de Morais Batista – 11421EMT007

João Pedro Abi-jaudi Pinheiro Ferreira – 11511EMT015

Uberlândia, 10 de Setembro de 2019.

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Sumário

1. Introdução...................................................................................................................3
2. Objetivos....................................................................................................................4
3. Materiais e métodos ................................................................................................5

3.1 Materiais....................................................................................................................5

3.2 Métodos....................................................................................................................5
4. Resultados e discussões..........................................................................................10
5. Conclusões.............................................................................................................13
6. Referências Bibliográficas .....................................................................................14

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1. Introdução

Neste relatório apresentaremos os conceitos e medições feitas no laboratório


com os instrumentos de medição de grandezas elétricas junto a outros equipamentos. Os
conceitos de cada equipamento foram adquiridos no laboratório, incrementados a partir
de pesquisas e são de suma importância para que as aulas práticas da disciplina sejam
produtivas, para que a integridade dos aparelhos seja mantida e para evitar qualquer
acidente no manuseio.

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2. Objetivo

Tem-se como objetivo desse relatório compreender o modo de uso dos


instrumentos de medição assim como verificar erros de medição dos instrumentos.
Assim como os cuidados a serem tomados na sua utilização.

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3. Materiais e métodos

3.1 Materiais

Os materiais utilizados foram:

 Fonte DC;
 3 resistores (470 ohms, 1k ohms, 10k ohms;
 1 multímetro;
 1 potenciômetro;
 1 protoboard.

3.2 Métodos

Foram realizados os seguintes experimentos :

I. Análise do erro de medição do ohmímetro.

Primeiramente, medimos a resistência de cada resistor utilizando o multímetro na posição


de ohmímetro, conectando os terminais do resistor na protoboard, de tal forma a eliminar
qualquer fator externo, e nos assegurando que a medição nos livre de erros, como descreve
a figura [1]. Ao se medir a resistência notamos que o multímetro possui um fundo de
escala, que ao se medir a resistência, e ela for maior que a escala selecionada, o visor
indica algo como "1---" que é o sinal de fundo de escala (normalmente é o digito 1 sozinho
à esquerda). Se isto acontecer selecione uma escala de maior valor no multímetro. Se o
circuito estiver interrompido, ou seja, resistência infinita, o sinal de fundo de escala vai
aparecer mesmo na escala de maior valor.

Figura [1] : Medindo resistência dos resistores

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TABELA I: VALORES MEDIDOS DE RESISTÊNCIA

VALOR R1 R2 R3

CORES MARRON/PRETO/ AMARELO/VIOLETA/ MARRON/PRETO


VERDDE/DOURADO MARROM/DOURADO LARANJA/DOURADO
NOMINAL 1K OHM +/- 5% 0,47 OHM +/- 5% 10K OHM +/- 5%

MEDIDO 0,997K OHM 0,466K OHM 9,89K OHM

ERRO 0,3% 2% 1,1%


RELATIVO

Figura [2]: Formula do erro relativo

II . Medição da resistência no Potenciômetro

Neste experimento, medimos a resistência do potenciômetro com o multímetro da mesma


forma que foi medido as resistências a cima, porém, como sabemos o potenciômetro é um
componente que possui resistência elétrica variável (ajustável) por meio de sua manopla e são
bastante utilizados para controlar a saída de aparelhos elétricos (por exemplo, para controlar o
volume de um rádio ou amplificador, a velocidade de um brinquedo ou ferramenta, o nível de
iluminação, etc.).

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Figura [3]: Medindo resistência do potenciômetro
TABELA II: VALORES MEDIDOS DA RESISTÊNCIA DO POTENCIÔMETRO

TERMINAIS POSIÇÃO DA MANOPLA


Mínimo Máximo

1-2 0,027k ohm 11,24k ohm


1-3 11,30k ohm 11,30k ohm
2-3 0,1168k ohm 11,27k ohm

III. Medição de resistência equivalente, tensão e corrente a partir do circuito proposto

Neste caso, foi proposto a montagem de um circuito experimental a fim de realizar medições
de resistência equivalente, tensão e corrente do mesmo, o circuito apresentado esta
representado pela figura [4].

Figura [4]: Circuito para experimento

Após a montagem do circuito, com a fonte desligada e seus terminais desconectados,


medimos a resistência equivalente do circuito com as ponteiras do multímetro.
Na tabela III a seguir, fizemos uma analise em cima do potenciômetro, com os seguintes
passos: desconectamos o potenciômetro do circuito e medimos sua resistência entre os

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terminais 1 e 2 ate atingirmos o valor desejado. Em seguida conectamos, com cuidado para
não alterar a posição da manopla, ao circuito e medimos a sua resistência equivalente vista da
fonte. Por fim, repetimos o processo para os demais valores do potenciômetro.

TABELA III: VALORES MEDIDOS DA RESISTÊNCIA EQUIVALENTE

Rpotenciômetro 2k [ohm] 4k[ohm] 6k[ohm] 8k[ohm] 10k[ohm]

Reqmedido [ohm] 3,08K [ohm] 4,075K[ohm] 4,939K[ohm 5,476K[ohm 6,059K[ohm]


] ]
Reqcalculado [ohm] 2,981k[oh 4,089k[ohm] 4,928k[oh 5,586k[oh 6,115k[oh
m] m] m] m]
ERRO RELATIVO 3,3% 0,3% 0,2% 2% 1%

Figura [5]: Formula do erro relativo

TABELA IV: VALORES CALCULADOS DA TESÃO E CORRENTE

Rpotenciômetro 2k [ohm] 4k[ohm] 6k[ohm] 8k[ohm] 10k[ohm]

VR1calculado [V] 3,354[V] 2,445[V] 2,029[V] 1,790[V] 1,635[V]

VR2calculado [V] 6,646[V] 7,555[V] 7,971[V] 8,210[V] 8,365[V]

Icalculado [mA] 3,354[V] 2,445[V] 2,029[V] 1,790[V] 1,635[V]

Após preencher a tabela IV o circuito foi conectado á fonte de tensão continua, os valores de
tensão no resistor R1 e R2 foram medidos, assim como a corrente no ramo do potenciômetro,
como na figura [4].
No laboratório foi importante salientar que a função do amperímetro tem conexão diferente
da função voltímetro, devemos sempre conectar os cabos de medição de acordo com a função
desejada. Como, para medir a tensão, usamos os terminais em paralelo e a corrente com os
terminais em serie, como indica a figura [4], não deixando de lado o seu fundo de escala com
o valor superior á grandeza esperada

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TABELA V: VALORES MEDIDOS DA TESÃO E CORRENTE

Rpotenciômetro 2k [ohm] 4k[ohm] 6k[ohm] 8k[ohm] 10k[ohm]

VR1medido [V] 3,314V 2,456V 2,047V 1,786V 1,647V

VR2 medido [V] 6,69V 7,55V 7,96V 8,22V 8,35V

I medido [mA] 2,64mA 1,63mA 1,19mA 0,93mA 0,78mA

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4. Resultados e Discursões

IV. Questões para relatório

1. Qual a diferença entre erro absoluto e relativo?

O erro absoluto é medido pela diferença entre o valor verdadeiro e a aproximação,


sendo dado pela fórmula:

Eax = X – X
Equação [1]

onde:

Eax: Erro absoluto de X.


X: Valor verdadeiro.
X: Valor aproximado.

O erro relativo é medido tomando-se o erro absoluto e dividindo pelo valor


verdadeiro, sendo possível calculá-lo pela fórmula:

Erx = X – X
X
Equação [2]

sendo Erx o erro relativo de X e os outros componentes da fórmula sendo os mesmos da


fórmula anterior. Em certas ocasiões o erro relativo é dado em percentual, para obtê-lo, basta
multiplicar a fórmula apresentada por 100%.
Dependendo das grandezas envolvidas, o erro absoluto pode não ser muito
significativo, por isso é substituído pelo erro relativo, sendo essa a diferença de utilização dos
dois.

2. Defina exatidão e precisão.

Exatidão: É o quanto as medidas realizadas se aproximam do valor real, sendo


colocada em termos de erro absoluto ou erro relativo.

Precisão: É o quanto as medidas de uma grandeza se repetem, ou seja, são próximas


entre si. Caso uma grandeza seja medida várias vezes e os valores obtidos se aproximarem
entre si, a medida é precisa, e caso variem muito, é imprecisa.

3. Explique por que o voltímetro deve ser conectado em paralelo e amperímetro


deve ser conectado em série para fazer as medições.

O voltímetro deve ser conectado em paralelo pois, como possui uma resistência
elétrica muito elevada (resistência infinita), ao ser conectado aos pontos em que se deseja

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conhecer a tensão, ele não desviará a corrente (por isso considerado ideal), que continuará
passando apenas por onde se deseja fazer a medição, permitindo assim uma medição mais
precisa.

O amperímetro deve ser conectado em série pois, como possui resistência elétrica
quase nula, sendo considerada nula por aproximação, ele quase não altera a corrente que
passa no elemento que se deseja medir a corrente e não ocasiona desvio de corrente, pois
mesmo tendo resistência menor, estará em série, então a corrente que passa por ele será a
mesma que passa pelo elemento que se deseja medir.

4. Explique por que o amperímetro nunca pode ser conectado em paralelo para
medição.

Como o amperímetro possui resistência interna muito baixa (quase nula), caso ele
seja ligado em paralelo com algum elemento do circuito, ele ficará em curto-circuito
(corrente tendendo ao infinito), pois além de possuir resistência interna muito baixa, a ddp em
suas extremidades será nula. Este tipo de situação é perigosa pois pode gerar faíscas e até
mesmo explosões.

5. Os valores medidos e calculados estão dentro do intervalo percentual de


tolerância admitido para cada resistor? Explique.

Sim, os erros calculados para cada resistor foram:

 Resistor de 1KΩ – 0,3%


 Resistor de 470Ω – 2%
 Resistor de 10KΩ – 1,1%

Como todos eles apresentam uma tolerância de 5%, e todos os erros ficaram abaixo de
tal faixa, então eles estão dentro do intervalo percentual de tolerância.

6. De acordo com a Tabela II, quais terminais possuem resistência variável e


quais possuem resistência fixa? Qual o valor mínimo do potenciômetro? Qual valor
máximo? Explique.

De acordo com a Tabela II, apenas o terminal 2 possui resistência variável, enquanto
que os terminais 1 e 3 possuem resistência fixa. Dos valores medidos, o valor mínimo foi de
27,2Ω e o valor máximo foi de 11,3KΩ e foram obtidos ajustando o potenciômetro para o
mínimo conectado aos terminais 1 e 2, e conectando os terminais 1 e 3, independente do
ajuste, respectivamente.

7. De acordo com a Tabela III, os valores medidos são coerentes com os valores
esperados (valores calculados)? Qual o erro relativo entre os dados? O erro relativo está
dentro dos valores de tolerância dos resistores?

Sim, os valores são coerentes, pois os erros relativos foram de 3,3% para o
potenciômetro em 2KΩ, 0,3% para o potenciômetro em 4KΩ, 0,2% para o potenciômetro em
6KΩ, 2% para o potenciômetro em 8KΩ e 1% para o potenciômetro em 10KΩ, tendo todo

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este valor ficado dentro do valor de tolerância de 5% dos resistores utilizados, o que se
mostra dentro do esperado.

8. Os valores entre Tabela IV e V estão coerentes? Justifique

Os valores podem ser considerados coerentes, com exceção da corrente, pois estão
bem próximos uns dos outros. No caso da corrente, os valores estão bastante discrepantes, o
que pode ter sido ocasionado por erros na medição, visto que as tensões estão bem parecidas.

9. Este circuito respeita a Lei de Ohm? De acordo com os dados obtidos para o
ramo do potenciômetro, construa um gráfico e discuta-o.

O circuito respeita a Lei de Ohm, pois se pode perceber que [V = R*I ] pelos cálculos
teóricos, porém o mesmo não foi verificado na prática, devido a algum erro não identificado
durante as medições.

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5. Conclusões

Este relatório teve como foco a avaliação das aplicações de resistência equivalente, tesão
e corrente dos componentes e circuito de forma teórica e pratica. Assim a partir da teoria, da
análise experimental e sua contraposição com os dados simulados podemos obter
informações para a utilização correta dos equipamentos.
Concluímos que ambos os valores teóricos e práticos dos experimentos tiveram sucesso
em seus resultados e dados obtidos e foram condizentes com a tolerância idealmente
estabelecida.

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6. Referências Bibliográficas

[1] http://www.eletronpi.com.br/como-usar-multimetro4.aspx

[2] http://paginapessoal.utfpr.edu.br/yaratadano/2014-01/calculo-
numerico/qm34a/aulas/5-6-Erros.pdf/at_download/file
[3] https://www.ufrgs.br/reamat/CalculoNumerico/livro-sci/rdneadm-
tipos_de_erros.html
[4]http://www.esalq.usp.br/departamentos/lce/arquivos/aulas/2015/LCE010
8/wanessa/Aula_2_pratica.pdf
[5] http://silveiraneto.net/estudos/erro-absoluto-e-erro-relativo/
[6] http://educacao.globo.com/fisica/assunto/eletromagnetismo/medidores-
em-circuitos.html
[7] https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/curto-circuito.htm

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