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EXCEL AVANÇADO

ETAPA 3
SUBTOTAIS, OPERADORES DE BUSCA E TROCA E
FUNÇÕES DE BANCO DE DADOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br

Curso de Excel Avançado


Centro Universitário Leonardo da Vinci

Organização
Greisse Moser Badalotti

Autor
Paolo Moser

Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância


Prof.ª Francieli Stano Torres

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância


Prof. Hermínio Kloch

Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco

Revisão
Harry Wiese
3.1 INTRODUÇÃO

Olá! Neste capítulo daremos continuidade aos nossos estudos de Excel Avançado,
fazendo uso de subtotais, operadores de busca e troca e funções de bancos de dados.

As ferramentas apresentadas aqui são de suma importância para que você possa
adquirir versatilidade e eficiência no tratamento de dados utilizando o Excel. Elas
exigem uma intimidade com os princípios fundamentais dos operadores lógicos que
foram explorados no Capítulo 1. Portanto, se você ficou com alguma dúvida, este é o
momento de fazer uma breve revisão deste capítulo. Por meio do uso destas ferramentas,
você poderá implementar comandos de buscas e operações condicionais, pesquisa por
referência e operações com data e hora dinâmicas.

Organizamos o capítulo de forma a apresentar o conceito geral do grupo de


funções utilizadas e, em seguida, detalhar cada uma destas funções. Tenha em mente
que este é o capítulo mais extenso deste curso, portanto faça/replique todos os exemplos
apresentados e tenha certeza de seguir adiante somente quando os conceitos da seção
atual estiverem bem assimilados.

Sem mais, mãos à obra: temos um vasto universo de funções a explorar!

3.2 SUBTOTAIS

A função SUBTOTAL pode ser utilizada para realizar operações que envolvem
somatórios e contagens sobre um conjunto de células. Com ela é possível calcular, por
exemplo, o valor médio de uma determinada coluna. Apesar de existirem funções
especiais para isto (como a função SOMA e MÉDIA, por exemplo), o SUBTOTAL
oferece mais versatilidade, principalmente quando utilizado concomitantemente com
o autofiltro.

A sintaxe do Subtotal é =SUBTOTAL(núm_função,ref1,[ref2],...]), onde


núm_função refere-se à operação desejada, enquanto os demais parâmetros se referem
aos intervalos de dados desejados.

O sucesso no uso desta ferramenta baseia-se na escolha adequada do parâmetro


núm_função. A TABELA 3.1 apresenta os códigos relativos às funções desejadas.
Explicaremos a função “média” no Exemplo 3.1 (o funcionamento das demais funções
é análogo).
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TABELA 3.1 – ARGUMENTOS DA FUNÇÃO SUBTOTAL
Núm_função Núm_função
Função
(inclui valores ocultos) (ignora valores ocultos)
1 101 MÉDIA
2 102 CONTA
CONT.
3 103
VALORES
4 104 MÁXIMO
5 105 MÍNIMO
6 106 MULT
7 107 DESVPAD
8 108 DESVPADP
9 109 SOMA
10 110 VAR
11 111 VARP
FONTE: Disponível em: <http://www.minhasplanilhas.com.br/funcao-subtotal-no-
excel/>. Acesso em: 5 maio 2017.

Exemplo 3.1. Considere que os dados da FIGURA 3.1 (fictícios) representam


registros de usuários de um site de e-commerce que atua na América do Sul. Suponha
que você queira saber a idade média dos brasileiros cadastrados na plataforma.

FIGURA 3.1 – USUÁRIOS (FICTÍCIOS) DE UM SITE DE VENDAS


OPERANTE NA AMÉRICA DO SUL

FONTE: O autor

Resolução 3.1. Admitindo que os dados estão nas mesmas células apresentadas na
FIGURA 3.1, digite na célula F13 (arbitrária) a seguinte expressão: =SUBTOTAL(101;C:C).
Neste caso, o parâmetro 101 indica que o valor a ser calculado é a média, omitindo
valores ocultos (vide TABELA 3.1). Neste instante, a célula F13 deve mostrar o valor
38,7. Esta é a média de idade de todos os registros. Agora, habilite o autofiltro na coluna

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“Nacionalidade” e selecione apenas o atributo “Brasil”. Pronto: a célula F13 mudou o


valor para 31,75, o que corresponde à média de idade dos consumidores brasileiros.
Note que, se tivéssemos usado a função MÉDIA, os valores ocultados continuariam
contabilizando para o valor da média. Esta é a versatilidade possibilitada pela função
SUBTOTAL.

3.3 FUNÇÕES DE PROCURA

A funções de procura permitem obter valores a partir de buscas baseadas em


critérios dentro da própria planilha, ou de planilhas externas. Exploraremos cada uma
destas funções nas seções que seguem. Para a maioria dos exemplos, utilizaremos os
mesmos dados utilizados no Exemplo 3.1 (FIGURA 3.1). Para tanto, esteja certo de que
eles estão inseridos exatamente nas células apresentadas aqui, pois as referências das
funções dependem disso.

3.3.1 Função PROCV

A função PROCV (“procura vertical”) retorna um atributo de uma coluna


específica, baseado em um valor encontrado em uma coluna de referência.

A sintaxe do comando PROCV é =PROCV(valor_procurado; matriz_


tabela; núm_índice_lin; [procurar_intervalo]). Os argumentos são
autoexplicativos e serão detalhados no Exemplo 3.2.

Chamamos atenção para o campo “procurar intervalo”. Primeiramente, note que


este campo é opcional, pois está entre chaves. Sua opção padrão (quando omitido) é
FALSO. Se você optar por modificá-lo para VERDADEIRO, a função retorna o valor para
o registro mais próximo do pesquisado, caso não exista o valor exato. Esta funcionalidade
normalmente não é do interesse do usuário, pois, normalmente, estamos procurando
por valores exatos e bem determinados.

Exemplo 3.2. Utilizando a base de dados da FIGURA 3.1, utilize a função PROCV
para obter a idade do usuário “Mateus Oliveira”.

Resolução 3.2. Escolha a célula, de acordo com sua necessidade, que receberá
a função PROCV. Para este exemplo (e para os exemplos subsequentes, quando
possível), utilizaremos por padrão a célula G3. Nesta célula, digite a seguinte função:
=PROCV(A4;A1:C11;3). A4 faz referência ao nome procurado (“Mateus Oliveira”).
A1:C11 representa o intervalo onde faremos a procura. Note que o nome procurado deve
estar na primeira coluna deste intervalo. Por fim, “3” representa a coluna do intervalo que

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contém o valor procurado (“Idade”). O argumento opcional “Procurar intervalo” pode
ser omitido, pois ele é FALSO, por padrão, coincidindo com nosso objetivo de buscar
o valor exato, e não aproximado. Após teclar ENTER, a célula G3 deverá apresentar o
valor 25 – a idade de “Mateus Oliveira”.

3.3.2 Função PROCH

A função PROCH (procura horizontal) faz exatamente a mesma coisa que a


função PROCV – retorna um atributo específico baseado em um valor de referência –,
com a particularidade de que agora os valores são procurados horizontalmente (nas
linhas), e não nas colunas.

A sintaxe do PROCH é =PROCV(valor_procurado; matriz_tabela; núm_


índice_lin; [procurar_intervalo]). Os argumentos, bem como o opcional
“procurar intervalo”, têm a mesma funcionalidade de seus análogos na função PROCV.

Exemplo 3.3. Suponha que a tabela da FIGURA 3.1 esteja transposta, conforme
FIGURA 3.2. Utilize a função PROCH para obter a idade do mesmo usuário “Mateus
Oliveira”, do exemplo anterior.

FIGURA 3.2 – USUÁRIOS (FICTÍCIOS) DE UM SITE DE VENDAS OPERANTE NA AMÉRICA DO


SUL (TRANSPOSIÇÃO DA TABELA DA FIGURA 3.1).

FONTE: O autor

Resolução 3.3. Na célula B5, digite a seguinte função: =PROCH(D1;A1:K3;3).


Os dois primeiros argumentos são idênticos à função PROCV. Quanto ao terceiro
argumento (“3”), sua única diferença é que agora ele faz referência à linha onde encontra-
se o valor procurado (na função PROCV, esta referência era para a coluna desejada).
Novamente, após teclar ENTER, a célula B5 deverá apresentar o valor 25 – a idade de
“Mateus Oliveira”.

3.3.3 Função PROC

PROC tem funcionalidade semelhante a funções anteriores PROCV e PROCH,


com a diferença de que agora especificamos diretamente o campo de pesquisa e o
campo de resultados, sem o uso de índices. A opção “procurar intervalo”, neste caso, é
implícita, sendo que, caso não encontrar o valor procurado, a função PROC retorna o
resultado para o valor menor mais próximo do valor pesquisado.

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Esta função naturalmente oferece suporte para aplicações vetoriais ou matriciais.


Como utilização direta da função, da mesma forma que as anteriores, exemplificaremos
a forma vetorial da função (uma aplicação de função matricial pode ser conferida na
Seção 3.3.5, a respeito da função FREQUÊNCIA).

A sintaxe de PROC vetorial é =PROC(valor_procurado; vetor_proc;


[vetor_result]). O significado e a configuração de cada um destes parâmetros
estão detalhados no Exemplo 3.4.

Exemplo 3.4. Obter a idade do usuário “Mateus Oliveira” da base de dados da


FIGURA 3.1, agora utilizando a função PROC.

Resolução 3.4. Na célula G3, digite a seguinte função: =PROC(A4;A2:A11;C2:C11).


A4 faz referência ao nome procurado (“Mateus Oliveira”). A1:A11 representa o intervalo
onde procuraremos este nome. C2:C11 representa o intervalo que contém o valor
procurado (“Idade”). Note que informamos diretamente os intervalos (que não precisam
ser adjacentes) e não fizemos uso de índices. Conforme esperado, após teclar ENTER,
a célula G3 deverá apresentar o valor 25 – a idade de “Mateus Oliveira”.

3.3.4 FUNÇÕES ÍNDICE E CORRESP

As funções PROCV, PROCH e PROC resolvem a maioria dos problemas de


pesquisa de valores por referência, porém: (i) PROCV procura a referência na primeira
coluna da matriz; (ii) PROCH procura a referência na primeira linha da matriz e (iii)
PROC exige que a coluna de pesquisa seja explicitada.

Uma combinação das funções ÍNDICE e CORRESP imprime maior versatilidade


às opções de procura por referência, com a necessidade de informar um único intervalo
que, eventualmente, contenha mais opções de pesquisa.

A sintaxe para esta combinação é dada por =ÍNDICE(matriz; CORRESP(valor_


procurado; matriz_procurada; [tipo_correspondência]); [núm_
coluna]). Muitos parâmetros? Calma, é mais simples do que parece. Optaremos por
detalhar cada passo desta construção no Exemplo 3.5, para não confundir argumentos
como “matriz” e “matriz_procurada”. Olhando para uma base de dados, tudo fica mais
claro!

Exemplo 3.5. Utilizando as funções ÍNDICE e CORRESP combinadas, obtenha


a idade do usuário uruguaio da FIGURA 3.1.

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Resolução 3.5. Na célula G3, digite a seguinte função: =ÍNDICE(A1:C11;
CORRESP(B3; B1:B11;0); 3). A1:C11 representa o intervalo onde ocorrerá a
pesquisa. B3 indica o nome ao qual associaremos a pesquisa (“Uruguai”). B1:B11 é
o intervalo que contém o nome pesquisado. O parâmetro “0” indica que queremos a
correspondência exata ao nome procurado (normalmente, esta é a opção desejada –
outras opções podem ser consultadas na página de ajuda (help) do Excel). Enfim, “3”
representa a coluna do intervalo A1:C11 que contém o valor final, procurado (“Idade”).
Note que, com esta construção, não nos limitamos a utilizar como referência de
pesquisa valores na coluna mais à esquerda do intervalo – utilizamos a coluna do meio
(“Nacionalidade”). Isto é muito versátil, principalmente se tivéssemos várias colunas
no mesmo intervalo e pretendêssemos realizar múltiplas buscas. Após teclar ENTER, a
célula G3 deverá apresentar o valor 24 – a idade associada à nacionalidade “Uruguai”.

3.3.5 FUNÇÃO FREQUÊNCIA

Suponha agora que queremos contar o número de ocorrências de um atributo


quantitativo (por exemplo, o atributo “Idade”) dentro de uma faixa de valores (por
exemplo, “Quantos indivíduos têm de 20 a 30 anos?”. A função para isto chama-se
FREQUÊNCIA.
A sintaxe desta função é =FREQUÊNCIA(matriz_dados; matriz_bin).
Por “matriz_dados”, entendem-se os dados a serem pesquisados e contabilizados. Por
“matriz_bin”, entendem-se os limites superiores das classes a serem criadas (no caso
de 20 a 30, o limite superior é 30). Note que o limite superior é incluído na classe.
Esta ferramenta requer uso matricial de funções. Na forma matricial, uma função
é aplicada a um conjunto de células predefinidas, ou seja, o processamento é realizado
levando em consideração as células adjacentes. Para tanto, ao invés de confirmar o
cálculo da função simplesmente com a tecla ENTER, devemos usar a combinação
CTRL+SHIFT+ENTER. Acompanhe o Exemplo 3.6 para entender o funcionamento
matricial da função FREQUÊNCIA.

Exemplo 3.6. Suponha que desejamos uma contagem dos usuários listados na
FIGURA 3.1, segundo sua faixa de idade. Utilize a função FREQUÊNCIA para obter
este relatório, utilizando classes com amplitude de 10 anos.

Resolução 3.6. Primeiramente, preparamos manualmente as classes de idades nas


quais serão agrupados os usuários. Para tanto, devemos tomar o cuidado de garantir que
os valores mínimo e máximo dos dados estejam inclusos nestas classes. Como desejamos
utilizar classes com amplitude de 10 anos e a menor idade é 18 e a maior idade é 57.
Uma configuração de classes possível é apresentada na FIGURA 3.3.

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FIGURA 3.3 – INTERVALOS DE CLASSE PARA UTILIZAÇÃO DA


FUNÇÃO FREQUÊNCIA, COM BASE NOS DADOS DA
FIGURA 3.1.

FONTE: O autor

Agora, utilizaremos a função FREQUÊNCIA, na sua forma matricial. Para isto,


selecionamos o intervalo I3:I7. Agora, digite na linha de fórmulas a seguinte expressão:
=FREQUÊNCIA(C1:C11;H3:H7). C1:C11 indica o intervalo onde estão os dados a
serem agrupados. H3:H7 é o intervalo com os limites superiores das classes (lembre-
se de que estes serão inclusos na respectiva classe). Agora, você deve aplicar a forma
matricial desta função, por meio de CTRL+SHIFT+ENTER. Isto faz com que a função
seja aplicada a todas as células de forma conjunta (matricial), para que haja distinção
entre as classes (note que ela ficou escrita entre chaves – {}). Pronto, o intervalo H3:H7
deve ter sido preenchido com os valores 1, 2, 2, 2 e 3. Estes valores são o número de
ocorrências de usuários em cada uma das cinco classes de idade criadas.

3.3.6 Função INDIRETO

A função INDIRETO permite retornar o conteúdo de uma determinada célula


fazendo referência direta a esta célula (através de seu “endereço”). Por exemplo, imagine
que você queira fazer referência constante à célula A2, que contém seu nome; INDIRETO
permite que você explicitamente aponte para esta célula a partir da própria expressão
A2. A vantagem disto é o dinamismo. A célula a ser pesquisada pode estar registrada
em outra posição da planilha, de modo que você pode modificar esta pesquisa de acordo
com sua própria necessidade.

A sintaxe do comando INDIRETO é muito simples, dada por =INDIRETO(texto_


ref; [a1]). Os parâmetros são os seguintes: “texto_ref” refere-se a uma célula que
contém o endereço da célula a ser pesquisada; “a1” (opcional – padrão VERDADEIRO)
indica se a referência está na forma A1 ou L1C1 (linha 1, coluna 1 – muito utilizada em
programação de macros). Para aplicações gerais, não há necessidade de modificar o
parâmetro [a1].

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Exemplo 3.7. Suponha que você deseja obter o primeiro nome da lista de usuários
da FIGURA 3.1. Utilize a função INDIRETO para solucionar esta necessidade.

Resolução 3.7. Esta função é muito simples. Basta digitar na célula G3 a seguinte
expressão =INDIRETO(“A2”). A2 representa a célula da qual desejamos obter o valor.
Note que ela está entre aspas porque o Excel entende este campo como um texto, e textos
sempre são informados entre aspas. Após ENTER, a célula G3 deve apresentar o valor
“João da Silva”.

3.4 Funções encadeadas

Funções encadeadas são simplesmente funções “dentro” de outras funções, ou


seja, funções sendo usadas como argumentos de outras. Por exemplo, pense que você
deseja sair de casa e não sabe se deve levar guarda-chuva. Antes de olhar fora da janela,
você pensa: “SE estiver escuro E úmido, ENTÃO levarei o guarda-chuva”. Pronto,
seu cérebro acabou de encadear a função E na função SE. Simples, não é? Note que já
fizemos uso de encadeamento na Seção 3.3.4. Lá, encadeamos a função CORRESP na
função ÍNDICE.

Nesta seção, veremos como o encadeamento pode ser útil quando lidamos com
operadores lógicos como condicionais, conjunções e disjunções.

3.4.1 Função E

A função E implementa o funcionamento do operador lógico homônimo estudado


no primeiro capítulo deste curso. Ela recebe um (ou mais) argumento e retorna um
valor chamado booleano1, isto é, Verdadeiro ou Falso. A sintaxe deste operador é dada
por =E(lógico1; [lógico2];...).

Os argumentos “lógico” são muito versáteis, permitindo comparações e cálculos


de expressões matemáticas. Conforme já estudado, a função E retornará valor Verdadeiro
quando todas as expressões lógicas avaliadas forem verdadeiras. Apesar de que sua
utilidade é potencializada com seu uso encadeado na função SE, o exemplo a seguir
apresenta uma abordagem simplista/inicial, da função E.

Exemplo 3.8. Para os dados da FIGURA 3.1, suponha que você deseja saber quais
usuários são brasileiros E têm mais de 30 anos. Utilize a função E para isso.

1 Esta variável recebe este nome em homenagem ao lógico/matemático George Boole (Inglaterra,
1815-1864).

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Resolução 3.8. Criaremos um novo campo, na coluna D (você pode dar o título
que quiser para este campo – aqui, chamaremos simplesmente de “Operador E”). Na
célula D2, criaremos a condição desejada, através da expressão =E(B2="Brasil";
C2>30). Os parâmetros são autoexplicativos, não é mesmo? Estamos buscando pelos
registros cujos usuários são brasileiros E têm mais de 30 anos (B2 e C2 representam a
“Nacionalidade” e a “Idade”, respectivamente). Clique em Enter e, em seguida, arraste
a fórmula até a última linha do intervalo (célula D11). Pronto: as células D2 e D8 devem
estar com o atributo “VERDADEIRO”, as demais, “FALSO”. Note que são exatamente
estes registros que atendem aos critérios pesquisados. Note também que “Mateus
Oliveira” recebeu atributo FALSO (D4). Isso porque apenas um dos critérios foi atendido
(ser brasileiro), mas o operador E exige que ambos os critérios sejam simultaneamente
verdadeiros.

3.4.2 Função OU

Analogamente à função E, a função OU implementa o funcionamento do operador


lógico homônimo estudado no primeiro capítulo deste curso. Ela também recebe um
(ou mais) argumento e retorna um Verdadeiro ou Falso. A sintaxe deste operador é
dada por =OU(lógico1; [lógico2];...).

A função OU retorna valor Verdadeiro quando ao menos uma das expressões


lógicas avaliadas for verdadeira. Isto inclui a situação extrema em que todas as expressões
são verdadeiras simultaneamente. Assim como a função E, sua utilidade é potencializada
com seu uso encadeado na função SE, mas seu funcionamento simplificado é apresentado
no exemplo que segue.

Exemplo 3.8. Para os dados da FIGURA 3.1, suponha que você deseja saber quais
usuários são argentinos OU têm menos de 25 anos. Utilize a função OU para isso.

Resolução 3.8. Fazemos exatamente o mesmo procedimento do Exemplo 3.7


(anterior), com a diferença de que agora substituímos a função pela seguinte expressão
=OU(B2="Argentina";C2<25). Expanda novamente a função até a célula D11 e
pronto: quatro valores atenderam ao seu critério de pesquisa. Note que o número de
resultados VERDADEIRO é maior do que para a função E. Apesar disto depender
diretamente do conjunto de dados, este resultado é esperado, pois a função OU é mais
flexível, aceitando que apenas uma das condições seja verdadeira para atribuir valor
lógico VERDADEIRO ao registro.

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3.4.3 Função SE

Esta função implementa o comportamento lógico do operador “se ... então”,


também explorada conceitualmente no primeiro capítulo deste material. O SE recebe
como argumento uma condição a ser testada; se esta condição retornar valor Verdadeiro,
então o SE retornará um valor determinado; caso contrário, outro valor será retornado.
Complexo? Vamos raciocinar...

Suponha que você deseja fazer uma consulta em uma base de dados de uma
escola. Suponha também que esta base de dados tenha duas colunas (atributos), a
saber: frequência percentual e média geral. Os registros (linhas) correspondem às
informações dos diversos alunos matriculados nesta escola. Agora, imagine que a
direção da escola gostaria de oferecer um prêmio aos alunos com frequência superior a
90% e média geral superior a 9,5, e para isso necessita obter um relatório com os alunos
contemplados. Neste caso, a direção poderia criar uma terceira coluna nesta tabela com
o cabeçalho “CONTEMPLADO”, por exemplo. Esta coluna recebe “sim” ou “não”.
Agora, basta testar os atributos das duas primeiras colunas simultaneamente e aferir
o resultado. A lógica deste teste é: “Se frequência percentual for maior do que 90% e
média geral for superior a 9,5, então atribuir ‘sim’ ao aluno, senão atribuir ‘não’ (na
coluna CONTEMPLADO)”. Simples, não?

No exemplo acima você pode perceber o potencial da função SE quando utilizada


conjuntamente com as funções E e OU2. Para implementar SE no Excel, utilizamos a
seguinte sintaxe: =SE(teste_lógico; [valor_se_verdadeiro]; [valor_se
_falso]). Os argumentos da função são autoexplicativos, mas serão detalhados
minuciosamente no Exemplo 3.9, a seguir.

Exemplo 3.9. Suponha agora que a empresa que gerencia os dados da FIGURA
3.1 oferece seus serviços apenas para brasileiros maiores de 30 anos. Você deseja obter
um relatório onde os registros que obedecem a estas condições estão listados como
“APROVADO” e os demais como “REPROVADO”. Utilize a função SE e o operador
lógico necessário para esta tarefa.

Resolução 3.9. Após os mesmos procedimentos iniciais dos exemplos


anteriores, substitua a função pela seguinte expressão =SE(E(B2="Brasil";
C2>30);"APROVADO";"REPROVADO"). Expanda a função até a célula D11. Pronto,
agora as células D2 e D8 devem estar marcadas como “APROVADO”, enquanto as
demais devem estar marcadas como “REPROVADO”.

2 No caso do exemplo anterior, foi utilizada apenas a função E encadeada na função SE. O
encadeamento da função OU é análogo.

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3.4.4 Função SOMASE

Conforme a sintaxe sugere, a função SOMASE é um encadeamento nativo do


Excel para as funções SOMA e SE. Ela permite somar valores em um intervalo a partir
do atendimento de um determinado critério. Por exemplo, imagine que você tenha em
mãos uma planilha com valores que variam de 0 a 100. Agora, suponha que você queira
somar somente os valores maiores do que 70. Este é um caso típico do uso da função
SOMASE: ela só contabilizará como parcela, na soma, os valores que atenderem ao
critério “ser maior do que 70”.

A sintaxe do SOMASE é dada por =SOMASE(intervalo; critérios;


[intervalo_soma]). Os dois primeiros argumentos são autoexplicativos. O último
argumento (opcional) “intervalo_soma” refere-se ao intervalo real a ser somado; caso
omitido, o Excel considera-o igual ao argumento “intervalo”. Na maioria dos casos, este
último argumento é desnecessário.

Exemplo 3.10. Agora, suponha que você deseja somar as idades de todos os
argentinos presentes na FIGURA 3.1. Utilize a função SOMASE para isso.

Resolução 3.10. Na célula G3, digite a seguinte expressão: =SOMASE(B1:B11;


"Argentina";C1:C11). B1:B11 é o intervalo onde procuraremos o critério desejado
(“Argentina”). C1:C11 é o intervalo onde procuraremos os valores a serem somados
(“Idades”). Após ENTER, a célula G3 deve apresentar o valor 84 (38+46).

3.4.5 Função CONT.SE

Suponha agora que você esteja diante da mesma planilha com valores entre
0 e 100, que havíamos hipotetizado para exemplificar a função SOMASE, na seção
anterior. Suponha também que, agora, ao invés de somar, você deseja contar o número
de ocorrências com valor maior do que 70. A função CONT.SE faz exatamente isto:
Contabiliza apenas os registros que atendem a um critério especificado. Neste contexto,
ela é um encadeamento nativo do Excel para as funções CONT.NÚM e SE.

A sintaxe do CONT.SE é muito simples e objetiva: =CONT.SE(intervalo;


critérios), e sua aplicação está exemplificada a seguir.

Exemplo 3.11. Deseja-se saber quantos colombianos estão cadastrados na base


de dados da FIGURA 3.1. Vamos obter esta contagem por meio da função CONT.SE.

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Resolução 3.11. Na célula G3, digite a seguinte expressão: =CONT.SE(B1:B11;
"Colômbia"). B1:B11 é o intervalo onde procuraremos o critério desejado (“Colômbia”).
Após ENTER, a célula G3 deve apresentar o valor 2, indicando que existem dois
colombianos no intervalo pesquisado.

3.4.6 Função SEERRO

Esta função é mais uma implementação da função SE, que permite a automatização
daquilo que os programadores chamam de “tratamento de exceção”. Uma exceção, neste
caso, é um erro devido a uma impossibilidade lógica. Por exemplo, imagine que você
está dividindo, um a um, os valores da coluna A pelos valores da coluna B. Suponha
também que alguns valores/registros em B sejam iguais a zero, o que impossibilitará
a divisão. Se você não estabelecer nenhuma condição, o Excel retornará #DIV/0 (erro
por divisão por zero). Entretanto, eventualmente, gostaríamos de uma mensagem
personalizada, do tipo “Valor da coluna B ausente”. É neste contexto que SEERRO se
insere – retornando uma mensagem pré-especificada pelo usuário.

A sintaxe da função é =SEERRO(valor; valor_se_erro), onde “valor” pode


ser a expressão ser avaliada e “valor_se_erro” a mensagem (ou valor) a ser retornado,
caso “valor” ocasione um erro. Acompanhe o exemplo a seguir.

Exemplo 3.12. Considere que os dados abaixo (FIGURA 3.4) referem-se ao número
de horas trabalhadas de diversos funcionários da empresa X. A terceira coluna traz o
valor da hora trabalhada de cada funcionário (presumidamente, de acordo com sua
função). Suponha que você deseja obter o valor a ser pago para cada um dos funcionários,
de acordo com estes dados. Como você faria isso, tomando o cuidado de que a planilha
foi preenchida pelo pessoal do Recursos Humanos da empresa e pode estar suscetível
às falhas humanas?

FIGURA 3.4 – RELAÇÃO DE HORAS TRABALHADAS E VALOR/HORA DO


FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA X (FICTÍCIA)

FONTE: O autor

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Resolução 3.12. Criaremos uma nova coluna (D), que chamaremos de “Salário”.
Para saber quanto cada funcionário deverá receber, precisamos multiplicar o número
de horas trabalhadas pelo valor monetário da hora. Note que a célula C5 tem um dado
faltante, o que ocasionará um erro na multiplicação. Para tanto, na célula D2, digite a
seguinte expressão: =SEERRO(B2*C2;"Dados Faltantes"). Em uma “tradução
livre”, esta expressão “diz” para o Excel: “Se a multiplicação de B2 por C2 for possível,
retorne este valor, caso contrário, informe “Dados Faltantes”. Expanda a fórmula até a
célula D6. Note que a célula D5 apresentou a informação “Dados Faltantes”, enquanto
as demais apresentaram o resultado da multiplicação Horas x Valor. Desta forma, fica
fácil encontrar erros no preenchimento da planilha.

3.4.7 Função SOMARPRODUTO

A função SOMARPRODUTO corresponde ao encadeamento da função PRODUTO


na função SOMA. Ela funciona da seguinte maneira: fornece-se duas (ou mais) colunas
de uma matriz à função; esta multiplica os valores pareados (que estão na mesma linha)
e, ao final, retorna a soma dos resultados destas multiplicações.

A sintaxe do SOMARPRODUTO é =SOMARPRODUTO(matriz1; [matriz2];


[matriz3]; ...), onde as matrizes (1,2,3...) correspondem aos intervalos que
contêm colunas a serem multiplicadas e somadas. Se houver valores faltantes ou “não-
interpretáveis” (letras, por exemplo), a função negligenciará essa linha no processo de
soma, ou seja, será atribuído o valor zero ao produto desta linha.

Exemplo 3.13. Considere os mesmos dados da FIGURA 3.4, mas substitua o


valor faltante, na célula C5, por R$ 15,00. Suponha agora que você deseja saber qual o
total a ser pago aos funcionários, de acordo com o valor da hora e as horas trabalhadas
apresentadas. Lembre-se de que, para isto, você deve primeiramente ponderar o
número de horas trabalhadas pelo seu respectivo valor monetário, de acordo com cada
funcionário.

Resolução 3.13. Poderíamos primeiramente criar uma coluna com a multiplicação


Horas x Valor, e depois somá-la. Entretanto, vamos omitir este passo com a função
SOMARPRODUTO. Na célula G3, digite a expressão: =SOMARPRODUTO(B2:B6;C2:C6).
Os intervalos representam os valores a serem multiplicados antes da soma – Hora e
valor, respectivamente). Após ENTER, a célula G3 deverá apresentar o valor 5080. Isso
quer dizer que o total que a empresa gastará com a folha de pagamento dos funcionários
será R$ 5080,00, de acordo com os dados informados.

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14 EXCEL AVANÇADO
3.5 FORMULÁRIOS

A ferramenta “Formulários” tem como objetivo facilitar a entrada de dados em


uma planilha por meio de uma caixa de diálogo amigável e automatizada. Para utilizar
esta ferramenta, aconselhamos primeiramente habilitar o acesso rápido a ela. Para tanto,
adote o procedimento a seguir.

Na barra de ferramentas de acesso rápido, clique na seta para baixo e, em seguida,


acesse a opção “Mais comandos...”, conforme explicitado na FIGURA 3.5.

FIGURA 3.5 – OPÇÃO “MAIS COMANDOS...” NA BARRA DE FERRAMENTAS DE ACESSO


RÁPIDO DO EXCEL

FONTE: O autor

Em seguida, mude o campo “Escolher comandos em” para a opção “Todos os


comandos”. Localize o comando “Formulário...” e, em seguida, clique em “Adicionar”,
seguido de OK, conforme a FIGURA 3.6.

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EXCEL AVANÇADO 15

FIGURA 3.6 – ADICIONANDO O BOTÃO “FORMULÁRIO” À BARRA DE FERRAMENTAS DE


ACESSO RÁPIDO DO EXCEL

FONTE: O autor

Pronto, agora o botão deve ter sido adicionado à barra de ferramentas de


acesso rápido. Este será o botão utilizado para criar formulários. Para tanto, devemos
informar a região da tabela que receberá o formulário. A primeira linha desta região
deverá ser preenchida com os nomes dos atributos desejados. Uma vez feito isto, a
região deve ser selecionada e o formulário deve ser criado. O desenvolvimento deste
procedimento fica mais claro com a prática efetiva, portanto pormenorizaremos a criação
de formulários no Exemplo 3.14.

Exemplo 3.14. Utilize a ferramenta “formulários” para construir a base de dados


da FIGURA 3.1 em uma nova planilha do Excel.

Resolução 3.14. Considerando que o botão formulários já tenha sido adicionado à


barra de ferramentas de acesso rápido, abra uma planilha em branco. Crie os cabeçalhos
desejados, no caso: Nome, Nacionalidade, Idade (nas células A1:C1). Agora, selecione
estas três colunas e clique no botão “Formulário”, na barra de ferramentas de acesso
rápido e clique em OK. Pronto, a janela que apareceu é a interface para você criar,
rapidamente, seu formulário. Utilize a FIGURA 3.1. para preencher os respectivos dados.
Para agilizar o processo, você pode mudar de campo utilizando a tecla TAB e, após
digitar os três atributos de um dado registro, utilize a tecla ENTER. Neste momento,

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16 EXCEL AVANÇADO
o registro é adicionado à planilha e os campos são limpos, permitindo que você insira
os atributos de um novo registro. Após digitar todos os registros, clique em FECHAR
e seu formulário estará completo. Note que, para um dado formulário, você sempre
poderá adicionar novos registros selecionando as respectivas colunas e repetindo o
procedimento indicado nesta resolução. Simples, não?

3.6 FUNÇÕES DE DATA E HORA (CÁLCULO COM DATA E HORA)

Suponha agora que você deseja fazer operações matemáticas com registros que
tenham atributos quantitativos (como “horas”, por exemplo) e atributos qualitativos
(“mês”, por exemplo). Você já identificou o entrave, certo? Atributos qualitativos são
restritos quanto ao tratamento matemático, uma vez que operações algébricas não podem
ser aplicadas a eles. Pensando nisso, os desenvolvedores do Excel implementaram uma
série de ferramentas que permitem atingir este objetivo, chamadas popularmente de
Funções de Data e Hora (apesar de mais atributos serem contemplados). Exploraremos
estas funções nesta seção. Como estas funções possuem funcionalidades que dependem
da data vigente em que o aluno estiver praticando, não apresentaremos um exemplo
específico nesta seção. Acreditamos que as instruções da parte conceitual sejam
suficientes para que o aluno possa executar estas funções no momento em que lhe for
conveniente.

3.6.1 FUNÇÃO HOJE

A melhor parte das funções de data e hora é que o nome atribuído à função
normalmente é muito intuitivo e fácil de lembrar. A função HOJE, por exemplo, retorna
a data vigente, de acordo com a configuração do sistema operacional. Simples, não?
Pois é, e tem mais: como a data é obtida diretamente do sistema, argumentos adicionais
são desnecessários, sendo que sua sintaxe fica reduzida a =HOJE().

3.6.2 Função AGORA

A função AGORA é uma extensão direta da função HOJE, com o acréscimo da


hora atual no valor retornado. Novamente, este valor é lido diretamente da configuração
do sistema operacional, o que faz com que esta função também dispense argumentos,
sendo sintaticamente definida como =AGORA().

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EXCEL AVANÇADO 17

3.6.3 Função DIA.DA.SEMANA

Suponha que você deseja saber em que dia da semana seu aniversário foi
comemorado 10 anos atrás. Com um pouco de lógica e uma boa dose de paciência (ou
com o auxílio de um calendário antigo), é possível obter esta informação – não esqueça
de considerar os anos bissextos. Entretanto, com o auxílio do Excel e da função DIA.
DA.SEMANA, você pode obter este dado de forma rápida e segura!

A sintaxe da função é =DIA.DA.SEMANA(núm_série; [retornar_tipo]). Aqui,


considerações sobre os argumentos da função fazem-se necessários. Vamos lá:

• núm_série: Para poder realizar operações com datas, o Excel atribui um valor único e
sequencial para cada data, desde o dia primeiro de janeiro de 1900, que corresponde
ao número 1. Após esta data, a cada novo dia, este número sequencial é incrementado
em um (i.e., dia 2 de janeiro de 1900 corresponde ao número sequencial 2, e assim
por diante). O atributo “núm_série” espera que você insira este número sequencial.
Você pode fazer isso indiretamente, através do encadeamento da função DATA, que
recebe uma data normal e converte, automaticamente, em seu número sequencial. A
sintaxe da função DATA é =DATA(ano; mês; dia).
• [retornar_tipo]: Este argumento opcional ajusta a numeração para o dia da semana
específico. Na sua forma-padrão, a numeração atribui “um” ao domingo, “dois” à
segunda e assim por diante. A lista completa de opções é fornecida pelo Excel no
momento em que você está implementando a função.

3.6.4 Função DIAS360

A função DIAS360 retorna o número de dias entre duas datas, considerando o


ano comercial de 360 dias (12 meses de 30 dias cada). Para tanto, basta informar as duas
datas desejadas. A sintaxe desta função é dada por =DIAS360(data_inicial; data_final;
[método]). Os dois primeiros argumentos são autoexplicativos. O terceiro argumento
[método] – opcional – configura a forma de tratar as ocorrências de dias 31: método
americano ou europeu. O método padrão do Excel é o método americano; você pode
consultar diferenças entre os dois métodos na página de suporte da Microsoft para o
Excel: basta procurar pela função DIAS360. Não esqueça também que se espera que
as datas inicial e final sejam informadas em função de seu número sequencial, então o
uso encadeado da função DATA, conforme mencionado na seção anterior, novamente
é bem-vindo.

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3.6.5 Função DIATRABALHO

Esta função retorna o número sequencial associado a uma data que ocorrerá
“n” dias úteis a contar a partir de uma data inicial. O Excel exclui automaticamente
sábados e domingos do cômputo de dias úteis. Se desejar excluir também feriados,
estes deverão ser informados através de uma lista. Então, a sintaxe desta função é dada
por =DIATRABALHO(data_inicial; dias; [feriados]). Lembre-se de que, por padrão, a
“data_inicial” deverá ser um número sequencial (use a função DATA para facilitar as
coisas).

REFERÊNCIAS

CINTO, Antonio Fernando; GÓES, Wilson Moraes. Excel avançado. Editora: Novatec,


2015.

MARTINS, António. Excel aplicado à gestão. Edições Sílabo, 2003.

PERES, Paula. Excel avançado. Edições Sílabo, 2011.

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