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Física e

Química
Exercícios
Questões
Globalizantes
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES

1. DO GPS À DESCRIÇÃO DO MOVIMENTO


O Sistema Global de Posicionamento (global position system) compreende 24 satélites,
cada um de apenas 5 m de comprimento, em órbita a uma altitude de cerca de 20 000 km.
Pode ser usado para determinar a posição de um objeto com uma incerteza de cerca de
10 metros. Os satélites do sistema possuem relógios atómicos e os recetores relógios de
quartzo, devendo ambos os relógios estar sincronizados. Cada satélite transporta um re-
lógio atómico de alta precisão, cujo tempo é transmitido continuamente por meio de ondas
de rádio.
Num dado local, um recetor de GPS deteta o sinal enviado e determina a distância que os
separa, isto é, satélite e recetor, a partir do conhecimento do tempo de viagem do sinal.
Por triangulação do sinal de três satélites, determina a posição do recetor.

Triangulação do
sinal de três
satélites.

1.1. O sistema de GPS tem múltiplas aplicações na vida quotidiana.


1.1.1. Refira duas aplicações do sistema de GPS.
1.1.2. Determine o tempo que o sinal emitido por um satélite, que está na vertical do recetor, de-
mora a ser detetado por este.
1.2. Os gráficos posição-tempo são uma forma eficaz de descrever o movimento de um corpo
num dado intervalo de tempo. x/m
O gráfico mostra como variou a posição de uma par-
tícula no intervalo de tempo [0 ; 10] s. 50

Classifique as afirmações seguintes em verdadeiras


ou falsas. Justifique. 25
(A) No intervalo de tempo [0 ; 10] s, o deslocamento
foi nulo.
0 2 4 6 8 10 t/s
(B) O módulo da velocidade em t = 2 s é menor que no
Gráfico posição-tempo.
instante t = 4 s.
(C) Podemos concluir que a trajetória da partícula é curvilínea.
(D) A partícula iniciou o movimento no ponto escolhido para origem da trajetória.
(E) A partícula moveu-se sempre no sentido positivo da trajetória.
(F) O espaço percorrido pela partícula no intervalo de tempo [0 ; 10] s foi zero metros.
(G) O instante t = 4 s representa o momento em que a partícula inverteu o sentido do mo-
vimento.
(H) No intervalo de tempo ]6 ;10[ s, o valor da velocidade pode ser considerado constante.

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1.3. Seguidamente, apresentam-se os gráficos velocidade-tempo de cinco partículas, A, B, C, D


e E.
v/m s-1 (A) v/m s-1 (B) v/m s-1 (C) v/m s-1 (D) v/m s-1 (E)
v0 v0
v0 t1 t/s

v0 t1 t/s t1 t2 t/s

v0
t1 t/s t1 t/s v2

Gráficos velocidade-tempo.

1.3.1. Utilizando as letras A, B, C, D e E, identifique uma partícula para a qual até ao instante t1…
1.3.1.1. … o movimento é acelerado.
1.3.1.2. … o movimento é retardado no sentido negativo da trajetória.
1.3.1.3. … a resultante das forças não se manteve constante.
1.3.1.4. … a resultante das forças tem sentido contrário à velocidade.
1.3.2. A partícula E encontrava-se na posição 20 m no instante inicial. Admita que para essa par-
tícula vo = 10 m s-1, v2 = -20 m s-1, t1 = 5 s e t2 = 15 s.
1.3.2.1. Determine a posição da partícula E no instante t = 15 s.
1.3.2.2. Escreva a equação x = x(t) para o intervalo de tempo [0;10[ s e recorrendo a má-
quina gráfica faça um esboço do gráfico traduzido pela equação.
Transcreva-o e identifique as coordenadas dos pontos que considere mais signifi-
cativos.
1.4. A força gravítica é fundamental na descrição do movimento de corpos que viajam pelo es-
paço.
Considere um corpo de massa 100,0 kg que se encontra à superfície da Terra.
1.4.1. Caracterize a força gravítica a que o corpo está submetido.
1.4.2. Admita que corpo de massa 100,0 kg faz duas viagens interplanetárias.
1.a viagem " é transportado para um planeta X com as seguintes características:
mX = 2 mTerra e rX = 2 rTerra
2.a viagem " vai a um planeta Y com as seguintes características:
1
mY = mTerra e rY = rTerra
2
Considere as seguintes afirmações:
I. A força gravítica a que o corpo fica submetido no planeta Y é mais intensa do que aquela
a que fica submetido no X.
II. A força gravítica a que o corpo fica submetido à superfície da Terra é menos intensa do
que aquela a que fica submetido no Y.
III. Em X e Y, a força gravítica a que o corpo fica submetido tem a mesma intensidade.
IV. A força gravítica a que o corpo fica submetido à superfície da Terra é mais intensa do
que aquela a que fica submetido no X.
Das opções seguintes, selecione a única verdadeira. Justifique a sua escolha.
(A) Só a afirmação I é verdadeira.
(B) As afirmações I e IV são verdadeiras.
(C) As afirmações I e IV são falsas.
(D) Só a afirmação IV é falsa.

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1.5. Para determinar o valor da aceleração gravítica (g) num local à superfície da Terra, um
grupo de alunos utilizou uma montagem similar à que se representa na figura.

Esfera de raio
bem definido

Célula A

Célula B

Montagem experimental para


determinar a aceleração gravítica
local (representação esquemática
adaptada do Exame Nacional de
2010 – 2.a Fase). Digitímetro

Largando a esfera, de raio 1,50 cm, sempre da mesma altura relativamente à célula A, os
alunos repetiram a experiência três vezes e leram no digitímetro os tempos de passagem da
esfera nas células A e B.

Tempo de passagem Tempo de passagem


na célula A/ms na célula B/ms

98,72 13,00

98,58 13,41

98,45 13,18

1.5.1. Determine o maior desvio na medição do tempo de passagem da esfera na célula A, ex-
presso em unidades SI.
1.5.2. O intervalo de tempo médio que a esfera demorou entre as células A e B foi 0,2151 segun-
dos.
Determine o valor da aceleração gravítica no local em que foi realizada a experiência.
Apresente todas as etapas de resolução.
1.5.3. Explique por que motivo nesta determinação experimental não é adequado utilizar o cro-
nómetro para a medição dos tempos.

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2. MOVIMENTO DE PLANETAS E EM TORNO DELES


Johannes Kepler (1571-1630) enunciou três leis para o movimento dos planetas em torno
do Sol.
Na tabela seguinte encontram-se informações de três planetas do nosso Sistema Solar.

Planeta Mercúrio Terra Júpiter

Massa/kg 3,29 * 1023 5,97 * 1024 1,90 * 1027

Raio médio do planeta/km 2440 6378 71 492

Distância média do planeta ao Sol/m 5,7 * 1010 1,5 * 1011 7,8 * 1011

Período de rotação 58,65 dias 23,9 horas 9,9 horas

Período de translação 87,97 dias 365,2 dias 11,86 anos terrestres

Algumas características físicas de três planetas.


Dados relativos ao Sol: Massa = 2 * 1030 kg; Raio = 6,96 * 105 km
2.1. Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. A distância entre eles pode ser representada por dSM.
2.1.1. A massa do Sol (M) é cerca de 6,0 * 106 vezes maior do que a massa de Mercúrio (m).
Selecione a opção que traduz a expressão do módulo da força gravítica a que Mercúrio está
sujeito devido ao Sol.
M2 m2
(A) Fg = 6 * 106 * G (B) Fg = 6 * 106 * G
d2SM d2SM
M2 M2
(C) Fg = G (D) Fg = 6 * 106 * G
r2S r2M
2.1.2. Caracterize a resultante das forças que atua em Mercúrio.
2.2. Os satélites estacionários da Terra chamam-se geoestacionários. Admita que satélites es-
tacionários de Júpiter se virão a designar “Júpiter-estacionários”.
2.2.1. Refira as características do movimento de um satélite para que possa ser considerado es-
tacionário em relação a Júpiter.
2.2.2. Determine o valor da velocidade orbital de Júpiter.
Apresente todas as etapas de resolução.
2.2.3. Identifique a aproximação feita (simplificação) ao resolver a alínea anterior.
2.3. A figura seguinte representa o movimento da Terra em torno do Sol, não estando à escala.

Movimento da Terra em torno do Sol.

Tome atenção aos vetores da figura seguinte.


a d g
e f h
c
Vetores. b

Das opções seguintes, selecione a que contém, respetivamente, os vetores que podem repre-
sentar a velocidade, a aceleração e a força centrípeta, relativamente à Terra na posição A.
(A) a», c», d» (B) e», a», b» (C) e», a», a» (D) f», b», a»

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2.4. Júpiter, representado na figura, tal como todos os outros


planetas, tem movimento de rotação em torno do seu eixo
imaginário.
As partículas A, B e C localizam-se à superfície de Júpiter
e a linha a tracejado representa o seu eixo imaginário.
Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das A
afirmações seguintes.
B
(A) A frequência do movimento de A é igual à de B.
C
(B) O valor da velocidade angular de A, B e C é igual.
(C) O valor da velocidade angular de A é menor do que o de
Júpiter.
B.
(D) O valor da velocidade linear de B é maior do que a de A.
(E) O valor da aceleração centrípeta de B é menor do que o de C.
(F) O período do movimento da partícula C é maior do que o da A e B.
(G) A frequência do movimento de A é menor do que a de C.

2.5. Na tabela que se segue encontram-se dados relativos a dois planetas do nosso sistema solar.

Distância média ao Sol


Planeta Massa/kg Raio/km
(milhões de quilómetros)

Marte 6,42 * 1023 3400 228

Saturno 5,70 * 1026 60000 1427

2.5.1. Admita que uma caixa de massa 40,0 kg era colocada à superfície desses dois planetas.
Em qual dos planetas, Marte ou Saturno, a caixa ficaria submetida a uma forma gravítica
mais intensa?
Fundamente a sua resposta.
2.5.2. Se a caixa de 40,0 kg, quando nas proximidades de Marte, for levada da posição X para a
posição Y, a intensidade da força gravitacional…

rM
Y

2rM

Marte.

Selecione a opção que completa a frase anterior.


(A) … diminui quatro vezes.
(B) … aumenta para o dobro.
(C) … reduz-se para metade.
(D) … aumenta quatro vezes.

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2.6. O Hubble é um satélite astronómico artificial não tripulado que transporta um grande te-
lescópio para luz visível e infravermelha.
Foi lançado pela NASA, em abril de 1990, a bordo de um vaivém. Tem massa 11 110 kg e
orbita em torno da Terra a uma altitude constante de 589 km.

Telescópio espacial Hubble.

2.6.1. Caracterize a aceleração gravítica à altitude a que orbita o Telescópio Espacial Hubble.
Apresente todas as etapas de resolução.
2.6.2. Determine o período orbital do telescópio, expresso em horas.
2.6.3. Tendo em conta a situação descrita, selecione o conjunto de gráficos que melhor traduz o
valor da força gravítica e da velocidade em função do tempo, durante a sua órbita em torno
da Terra.

(A) (B) (C) (D)


Fg Fg Fg Fg

t t t t

v v v v

t t t t

Gráfico força gravítica-tempo e velocidade-tempo.

2.7. Admita que a Lua descreve uma órbita circular de raio rL em torno da Terra.
Selecione, das opções seguintes, aquela onde está corretamente representada a força re-
sultante F»r sobre o satélite e a sua velocidade v».
(A) (B) (C) (D)
Fr
Fr v
v

Fr Fr = 0
v

Força resultante sobre o satélite e velocidade orbital.

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3. COMBATE A INCÊNDIOS
Segundo um jornal diário, muito embora a “época de fogos florestais” já tenha terminado
no dia 15 de outubro, ocorreram hoje dois incêndios na área de intervenção dos Bombeiros
de Canas de Senhorim…
O segundo, em Carvalhal Redondo, consumiu 1 hectare de pinhal em resultado de mais
uma queimada abandonada. Fomos alertados por volta das 19h00 e de imediato saíram
para o local dois veículos (A e B) e 16 homens… Devido ao trânsito que havia a essa hora,
os veículos dos bombeiros tiveram de ligar o “pirilampo luminoso” e acionar várias vezes
a sirene.
3.1. O gráfico seguinte traduz a variação da posição do veículo A dos bombeiros. A equação
x = x (t) representa para o veículo B a variação da posição, nos primeiros seis segundos de
movimento na estrada retilínea em que se localiza o quartel.

x/m Veículo
Veículo A
A Veículo B
120 xB = 2,5 t2 (SI)

Gráfico posição-tempo. 0 3 6 t/s

3.1.1. Classifique o movimento dos veículos, A e B, no intervalo de tempo [0 ; 6[ s.


3.1.2. Dos gráficos, A, B, C e D, selecione a opção que melhor poderá traduzir o valor da velocidade
de A e B, de [0 ; 6[ s.

(A) (B) (C) (D)


v/m s-1 v/m s-1 v/m s-1 v/m s-1
B
30 30 30 30
A A
20 20 20 20 A
A
10 10 B 10 10 B
B
0 6 t/s 0 6 t/s 0 6 t/s 0 6 t/s

Gráficos velocidade-tempo.

3.2. No incêndio, um dos bombeiros segura a agulheta horizontalmente a uma altura de 150 cm
do solo. Contudo, a pressão da água é reduzida e por isso não atinge a zona do fogo.
Admita que cada gota de água se comporta como um projétil lançado na horizontal, com
velocidade de valor de cerca de 40 m s–1. Despreze a resistência do ar.

Incêndio em pinhal. Carro dos bombeiros.

3.2.1. Determine o alcance médio de cada uma das gotas de água que atinge o solo, considerando-
-o horizontal.

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3.2.2. Determine, partindo de considerações energéticas, o valor da velocidade das gotas de água
quando atingem o solo.
3.2.3. Admita que:
– não era possível aumentar a pressão de saída do jato de água;
– o bombeiro que segurava a agulheta estava junto à viatura e não podia aproximar-se mais
do fogo.
Que sugestão poderia ser dada ao bombeiro, para que o jato de água atingisse maior alcance.
Fundamente a sua sugestão.
3.3. “Devido ao trânsito que havia a essa hora, os carros dos bombeiros tiveram de ligar o “piri-
lampo luminoso” e acionar várias vezes a sirene.”
3.3.1. Classifique as ondas obtidas através da perturbação gerada pelo “pirilampo luminoso” e
pela sirene, no ar, em mecânicas/eletromagnéticas e longitudinais/transversais.
Justifique a classificação feita.
3.3.2. A velocidade do som no ar, a 20 °C, é 343 m s-1 e a equação que traduz a vibração de uma
partícula de ar devido ao som emitido pela sirene é:
x = 2,0 * 10-3 cos (2,0p * 103)t (SI)
Selecione a alternativa correta.
(A) A amplitude de vibração é 2,0 * 10-3 cm.
(B) A frequência da vibração é 1000 Hz.
(C) O período da vibração é 2,0 * 103 s.
(D) O comprimento de onda da onda sonora é 2,0 * 10-3 m.
3.3.3. Se se pretendesse que a sirene emitisse um som mais grave e de maior intensidade dever-
se-ia utilizar uma fonte com…
Selecione a alternativa que completa corretamente a afirmação anterior.
(A) … maior amplitude e maior frequência.
(B) … menor frequência e menor amplitude.
(C) … menor frequência e maior amplitude.
(D) … menor amplitude e maior frequência.
3.4. Uma gota de água que cai verticalmente, ao fim de algum tempo de queda, atinge a veloci-
dade terminal, ou seja, passa a mover-se verticalmente com velocidade constante.
Também, o movimento de uma esfera que é solta no interior de um líquido viscoso (por
exemplo, glicerina ou detergente da louça) é semelhante à da queda da gota de água, isto
é, ao fim de algum tempo, atinge uma velocidade constante.
No movimento da esfera no líquido, o valor da força de resistência do líquido (força de vis-
cosidade: F»v ) é, em cada instante, diretamente proporcional ao valor da velocidade da es-
fera.

Líquido viscoso

Esfera

Movimento de uma
esfera num líquido.

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O gráfico representa como variou o módulo do valor da velocidade de uma esfera de massa
50,0 g que foi solta no interior de um líquido viscoso.

v/m s–1

0,15

Gráfico velocidade-tempo. 0 2,0 4,0 6,0 t/s

3.4.1. Faça uma estimativa da altura da coluna de líquido atravessada pela esfera.
Justifique o valor apresentado.
3.4.2. Relativamente ao movimento da esfera no interior do líquido, fizeram-se várias afirmações.
Classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F), justificando.
(A) Durante o movimento, só atua uma força na esfera.
(B) No instante t = 4,0 s, o valor da força de viscosidade exercida pelo líquido na esfera é
0,500 N.
(C) Durante o movimento da esfera no líquido é válida a Lei da inércia ou 1.a Lei de Newton.
(D) No instante t = 1,0 s, o valor do peso da esfera é superior ao valor da força de viscosi-
dade.
(E) A força que constitui par ação-reação com a força de viscosidade está aplicada na base
do recipiente.
(F) Nos primeiros 3,0 s, o movimento é uniformemente acelerado.
(G) A 2.a Lei de Newton não é válida nos primeiros 3,0 s de movimento.
3.4.3. No movimento do paraquedista, este num dado instante abre o paraquedas e ao tocar o
solo flete as pernas.
Estes dois factos contribuem, respetivamente, para…
Selecione a alternativa que completa corretamente a afirmação anterior.
(A) … diminuir o valor da velocidade de queda e para aumentar a força de impacto com o
solo.
(B) … aumentar a resistência do ar e para diminuir o intervalo de tempo de impacto com o
solo.
(C) … aumentar a resistência do ar e para aumentar o intervalo de tempo de impacto com
o solo.
(D) … aumentar o valor da velocidade de queda e para diminuir a força de impacto com o
solo.

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4. O FAROL DE LEÇA
Há cem anos era desolador o panorama que a
costa portuguesa apresentava nas proximidades
do local onde se ergue hoje o Farol de Leça de
acordo com as atas da Comissão dos Faróis e Ba-
lizas.
O farol de Leça tem uma torre de 46 m e entrou
em funcionamento a 15 de dezembro de 1926. Na
parte superior, tem um varandim que se encontra
a cerca de 40 m do solo e que permite uma ob-
servação privilegiada sobre o mar. Entre o varan-
dim e o topo do farol há um aparelho ótico, sendo
a fonte luminosa uma lâmpada de incandescência
elétrica. Nessa época, a energia necessária à lâm-
pada era produzida através de geradores de indu- Farol de Leça.
ção eletromagnética.
Dada a evolução da tecnologia, em 1938 foi instalado um radiofarol, ou seja, uma estação
transmissora especializada. Colocada numa posição geográfica fixa e precisamente co-
nhecida, emite sinais de radiofrequência com um formato predeterminado, o que permite
a estações de rádio móveis (terrestres, aéreas ou marítimas) fazer a sua identificação e
determinar a sua posição relativa face ao ponto geográfico de emissão.
Por volta de 1955, o farol foi equipado com um ascensor (elevador) para acesso ao va-
randim da torre e em 1964 foi ligado à rede elétrica de distribuição pública.
Adaptado de www.marinha.pt/.../ra_mar2005/pag_35.html

4.1. “A energia necessária à lâmpada era produzida através de geradores de indução eletro-
magnética.”
Nos geradores de indução eletromagnética há campos elétricos e campos magnéticos.
4.1.1. Selecione a alternativa que completa corretamente a afirmação seguinte.
Quando se coloca uma carga elétrica pontual, qo, num campo elétrico, a força elétrica (F»el)
a que esta carga fica sujeita devido ao campo…
»).
(A) … tem sempre direção perpendicular ao vetor campo elétrico (E
»), se a carga q for ne-
(B) … tem a mesma direção e sentido que o vetor campo elétrico (E o
gativa.
»), se a carga q for
(C) … tem a mesma direção e sentido oposto ao vetor campo elétrico (E o
negativa.
(D) … não depende da carga da carga de prova.
4.1.2. Dois ímanes iguais foram colocados sobre uma mesa, tal como mostra a figura. O ponto X
localiza-se no ponto médio entre os ímanes.
X
N S • N S
Ímanes. .
Dos vetores seguintes, selecione a opção que melhor representa o vetor campo magnético
») no ponto X, devido aos dois ímanes.
(B (A) (B) (C) (D)

Vetores de campo magnético. | B| = 0

4.1.3. Escreva um texto no qual explique os contributos experimentais de Oërsted e Faraday para
o desenvolvimento dos geradores de indução eletromagnética.

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4.2. “Em 1938 foi instalado um radiofarol, ou seja, uma estação transmissora especializada,
instalada numa posição geográfica fixa e precisamente conhecida, que emite sinais de ra-
diofrequência.”
Classifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.
(A) O espectro de radiofrequências é formado por radiações de elevada frequência.
(B) As ondas de rádio não são radiação eletromagnética.
(C) O primeiro cientista a produzir ondas de rádio a nível de laboratório foi Marconi.
(D) As ondas de rádio têm comprimento de onda superior ao das micro-ondas.
(E) As ondas de rádio não sofrem reflexão nem refração.
(F) As ondas de rádio difratam-se mais que as micro-ondas ao encontrar obstáculos.
(G) As micro-ondas são usadas nas transmissões por um satélite de comunicações, porque
atravessam facilmente a atmosfera terrestre.
(H) No vazio, as micro-ondas propagam-se a uma velocidade de 3,0 * 105 km/s e as ondas
de rádio propagam-se a uma velocidade menor.
4.3. O gráfico seguinte mostra o valor da velocidade de um ascensor (representado esqueme-
ticamente abaixo) desde que arranca até que chega ao nível do varandim da torre, admitindo
o referencial orientado do solo para o topo da torre.
Cabo que
suspende
o elevador
v/m s–1
0,5
y

0 20 40 60 80 100 t/s x
Gráfico velocidade-tempo. Ascensor.

4.3.1. Identifique um intervalo de tempo em que se verifica a 1.a Lei de Newton ou Lei da inércia.
4.3.2. Considerando que a origem do referencial coincide com o ponto de partida do elevador, para
os intervalos de tempo, [0 ; 20[ s e ]20; 80[ s, a lei do movimento do elevador é, respetiva-
mente:
Selecione a opção correta.
(A) x = 0,025 t2 e x = 5 + 0,5 (t2 - 20).
(B) x = 0,0125 t2 e x = 5 + 0,5 (t - 20).
(C) x = 0,025 t e x = 5 + 0,5 (t - 20).
(D) x = 0,5 t + 0,0125 t2 e x = 5 + 0,025 (t - 20).
4.3.3. O elevador arranca no rés do chão e para junto ao varandim.
Das alternativas seguintes, selecione a que completa corretamente a afirmação que se segue.
De acordo com o gráfico, pode concluir-se que…
(A) … o módulo da resultante das forças no arranque é igual ao módulo da resultante das
forças na travagem.
(B) … o módulo da resultante das forças no arranque é maior do que na travagem.
(C) … o módulo da resultante das forças no arranque é metade do módulo da resultante
das forças na travagem.
(D) … o módulo da resultante das forças no arranque e na travagem é nulo.

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4.3.4. Admita que a cabina do elevador tem a massa de 680,0 kg e no seu interior estão duas pes-
soas, cada uma com massa 60,0 kg.
Partindo da lei fundamental da dinâmica, determine a tensão no cabo que suspende o as-
censor (elevador) nos instantes: t = 10 s e t = 50 s.
Apresente todas as etapas de resolução.
4.4. Dois alunos estavam no varandim do farol e travavam o seguinte diálogo:
Aluno A: Desprezando a resistência do ar, se eu lançar horizontalmente um berlinde (I) e
tu deixares cair simultaneamente, da mesma altura, outro berlinde (II), eles chegam ao
solo (horizontal) no mesmo instante.
Aluno B: Não, não pode ser! Então, não vez que, o berlinde que tu lanças tem uma dada
velocidade inicial e o que eu deixo cair parte do repouso?
4.4.1. Partindo das leis do movimento, fundamente qual dos dois alunos (A ou B) está correto no
raciocínio.
4.4.2. Para o berlinde lançado horizontalmente, desprezando a resistência do ar, o par de gráficos
que pode traduzir o valor da componente horizontal e vertical da velocidade, vx e vy, respe-
tivamente, é:
Selecione a alternativa correta.
(A) (B) (C) (D)
Vx Vx Vx Vx

t t t t

Vy Vy Vy Vy

t t t t

Gráficos vx = f(t) e vy = f(t).

4.5. A luz emitida pela lâmpada atravessa o vidro da cúpula do farol para dar sinal aos barcos
que se encontram no mar.
Num dado instante, um feixe de luz incide no vidro, de espessura 1,0 cm, tal como mostra
a figura.
Raio
incidente
θ1
ar 40°

1,0 cm nvidro = 1,50 θ2 θ


3

ar
Trajeto de θ4
feixe luminoso.

4.5.1. Das opções seguintes, selecione a que define de forma correta uma relação para as ampli-
tudes dos ângulos q1, q2, q3 e q4.

(A) q1 > 40°; q2 = q3 e menores que 50°; q1 = q4 (B) q1 = 50°; q2 < q3; q3 = q4

(C) q1 = 40°; q2 = q3 e menores que 50°; q4 = 40° (D) q1 = 50°; q2 = q3 = q4 = 40°

4.5.2. Determine o valor mínimo da amplitude do ângulo q3 para que ocorresse reflexão total.

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4.6. Com um osciloscópio, pretendeu-se medir a tensão nos terminais de uma lâmpada alimen-
tada por uma fonte de tensão alternada. A primeira figura representa a escala horizontal e
a segunda a escala vertical. Por fim, mostra-se o ecrã do osciloscópio ao fazer-se a medi-
ção.

A TIME / DIV 0,10 ms/div VOLTS / DIV


ms •2 •
1
50 μs 1
•5 20 2 50 mV
1 10
2 5 5 20
5 2
10
1 10
1
20 -5
2 5
50 -2
1 -1 2 V/div 5 2
s 2

Ecrã do osciloscópio.

4.6.1. Escreva o valor do período do sinal, tendo em atenção a incerteza de leitura associado ao
valor medido.

4.6.2. Determine a tensão nos extremos da lâmpada, quando medida num voltímetro.
Apresente todas as etapas de resolução.

4.6.3. Admita que ao realizar esta experiência, um grupo de alunos colocava a base de tempo na
escala 0,50 ms/div.
Nesta situação, podemos concluir que:
Selecione a opção que completa corretamente a frase.
(A) … o período do sinal medido diminuía.
(B) … o período do sinal medido aumentava.
(C) … o período do sinal medido não sofria variação.
(D) … não podemos prever como variava o período do sinal.

© Edições ASA 99
Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES

5. NADA VEM DO NADA!


O salto entre Aristóteles e Galileu foi considerável. Aristóteles pensava que a queda dos
graves dependia da massa e que se operava a uma velocidade uniforme, Galileu mostrou,
ao contrário, que a queda dos corpos não depende da massa (pelo menos no vazio!) e que
a velocidade aumenta constantemente com o tempo de queda.
O salto entre Galileu e Newton foi igualmente apreciável.
Assim resumida, a história é cativante. Teriam sido precisos dois mil anos para descobrir
a verdade e corrigir o erro inicial de Aristóteles! Infelizmente, isso é pura lenda. Galileu
não abordou o problema como um pioneiro e o seu génio não sobreveio num oceano de ig-
norância milenar. Estas ideias andavam já no ar, sim, Galileu teve predecessores. Nada é
criado espontaneamente, tanto nas ciências como nas outras áreas.
Um pouco de Ciência para todos (adaptado), Claude Allégre, Gradiva

5.1. Atendendo ao texto:


5.1.1. Explique o significado da frase:
“O salto entre Aristóteles e Galileu foi considerável.”
5.1.2. Faça um esboço do gráfico velocidade-tempo para a queda dos graves, de acordo com Aris-
tóteles e Galileu.
5.1.3. Transcreva uma frase que evidencie que a Ciência é um processo em construção.
5.2. Um livro de divulgação científica refere que uma força é “qualquer influência que altera o
estado de repouso ou de movimento com velocidade constante de um corpo numa linha
reta”.
5.2.1. Será possível um corpo ter velocidade constante numa trajetória curvilínea? Fundamente
a sua resposta.
5.2.2. Quando se aplica uma força a um corpo, as condições iniciais em que se encontra esse corpo
(ter ou não velocidade) são fundamentais para prever a forma da sua trajetória, assim como
o tipo movimento que passará a ter.
Observe os esquemas, A, B e C, da figura seguinte.
A B C
v0 ≠ 0 v0 ≠ 0 F
v0 = 0
F F

Atendendo aos esquemas, escreva um texto onde realce:


– a forma da trajetória dos corpos em cada um dos esquemas A, B e C;
– o(s) sentido(s) em que os corpos se moverão;
– o modo como variará o valor da velocidade dos corpos em cada um dos esquemas.
5.3. No esquema da figura seguinte, os corpos A e B, de igual massa, encontram-se em repouso
e estão ligados por um fio inextensível de massa desprezável, sendo o módulo das forças
F»1 e F»2 também são iguais, ou seja, |F»1| = |F»2|. O atrito é desprezável.
A B
F2
Fio 20°
F1 20°

Blocos ligados. x

100 © Edições ASA


Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES

5.3.1. Na situação descrita e tendo em atenção o esquema da figura anterior pode afirmar-se que:
Selecione a opção correta.
(A) O módulo da reação normal em A é igual ao módulo da reação normal em B.
(B) O módulo da reação normal em A é maior do que o módulo da reação normal em B.
(C) O módulo da reação normal em A é menor do que o módulo da reação normal em B.
(D) O módulo da reação normal em A e B não são comparáveis.
5.3.2. Admita que se queima o fio que liga os corpos A e B.
5.3.2.1. Nestas condições, verifica-se que:
Selecione a opção correta.
(A) Os corpos A e B passam a mover-se no mesmo sentido.
(B) Os corpos A e B permanecem em repouso.
(C) Os corpos A e B passam a mover-se no mesmo sentido com acelerações de
igual módulo, ou seja, |»
aA| = |»
aB|.
(D) Os corpos A e B passam a mover-se com acelerações de igual módulo, ou seja,
aA| = |»
|» aB|.
5.3.2.2. Determine o valor da aceleração e da reação normal do bloco B, após o fio ter sido
queimado, sabendo que a massa de A e de B é 4,0 kg e que |F»2| = 50 N.
5.4. É devido à interação gravitacional ou gravitação que nos mantemos sentados numa cadeira
ou que uma caixa se mantém em repouso sobre uma mesa.
5.4.1. Acerca das quatro interações fundamentais, podemos afirmar que:
Selecione a afirmação correta.
(A) A interação nuclear forte é menos intensa do que a interação eletromagnética.
(B) A interação eletromagnética tem uma ordem de grandeza aproximadamente
igual à interação gravitacional.
(C) A interação eletrofraca resulta da unificação das interações eletromagnética e
nuclear fraca.
(D) Interação nuclear forte resulta do facto de as partículas terem massa.
5.4.2. “É a interação gravitacional que mantém uma caixa F1
sobre uma mesa.”
A caixa da figura tem massa 40,0 kg e está em repouso
CM
sobre a mesa.
5.4.2.1. Identifique o que representam as forças F»1 e
F» .
2
F2

5.4.2.2. Caracteriza a força que constitui par ação-rea-


ção com a força F»1.
Caixa sobre a mesa.
5.5. Um carrinho de brinquedo de massa 400,0 g, que se move
a pilhas, desloca-se em linha reta com movimento unifor-
memente acelerado sobre uma superfície horizontal.
t= 0 s t=1 s t=2 s t =3 s

0 20 80 180 x/cm

Uma fotografia estroboscópica regista a posição do carrinho segundo a segundo, tal como
mostra a figura anterior. Em t = 0 s, o valor da velocidade do carrinho é nula.

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Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES

5.5.1. Explique em que consiste uma fotografia estroboscópica.


5.5.2. Compare, justificando, a direção e sentido da velocidade e da resultante das forças que
atuam no carrinho no instante t = 2 s.
5.5.3. Determine o módulo da resultante das forças que atuam no carrinho durante o movimento.
Apresente todas a etapas de resolução.
5.5.4. Admita que a partir do instante t = 3 s, a resultante das forças que atuam no carrinho pas-
sou a ser nula até ao instante t = 6 s.
Trace o gráfico velocidade-tempo para o movimento do carrinho no intervalo [0 ; 6[ s.
Apresente todas as etapas de resolução.
5.6. Um pequeno bloco de massa m desce um plano incli-
nado com velocidade constante.
5.6.1. Das afirmações seguintes, selecione a única alterna- θ
tiva correta.
(A) Não há atrito entre o bloco e o plano e a reação nor- Movimento de um corpo no plano
inclinado.
mal tem a mesma intensidade que o peso do corpo.
(B) Há atrito entre o bloco e o plano e a reação normal tem uma maior intensidade que o
peso do corpo.
(C) Há atrito entre o bloco e o plano e a reação normal tem intensidade inferior ao peso do corpo.
(D) Não há atrito entre o bloco e o plano e a reação normal tem intensidade igual ao peso
do corpo.
5.6.2. Admita que num dado instante a inclinação do plano inclinado foi alterada e o bloco passa
a mover-se com movimento uniformemente variado.
O gráfico seguinte traduz como variou o valor da velocidade em função do tempo, a partir
desse instante até que atinge o plano horizontal.
v/m s -1

0,8

Gráfico 0,2
velocidade-tempo. 0 3 t/s

5.6.2.1. Determine o espaço percorrido pelo bloco desde que passou a ter movimento uni-
formemente variado até que atinge o plano horizontal.
5.6.2.2. Selecione, das opções seguintes, a que permitirá caracterizar a resultante das for-
ças que atua no bloco na descida do plano inclinado.
0,2 - 0,8
(A) Fr = (N) e tem o sentido da velocidade.
3-0
0 - 0,8
(B) Fr = m * (N)e tem sentido contrário à velocidade.
3-0
0,2 - 0,8
(C) Fr = m * (N)e tem sentido contrário à velocidade.
3-0
0,2 - 0,8
(D) Fr = m * (N)e tem o sentido da velocidade.
3-0

102 © Edições ASA


Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES

6. EM TORNO DA VELOCIDADE DO SOM


Em certos dias de tempestade ouvimos trovões e ob-
servamos relâmpagos. Apesar de serem gerados no
mesmo local e no mesmo instante, só ouvimos o trovão
uns instantes depois de termos observado o relâm-
pago. Este acontecimento deve-se ao facto de a velo-
cidade da luz no ar ser muito elevada, 3 * 105 km s-1,
em comparação com a velocidade do som no mesmo
meio, que é aproximadamente 340 m s-1. Atendendo ao
valor da velocidade da luz, podemos considerar que a
chegada da luz é praticamente instantânea.
Noite de trovoada.
No século XVII foram vários os cientistas que tenta-
ram determinar o valor da velocidade do som. Entre eles, destaca-se Isaac Newton.
Conta-se que colocou um ajudante a detonar um canhão e um outro a cerca de 20 km que
media o tempo que decorria desde que teve a perceção do clarão e o instante em que ouviu
o som. Com os valores obtidos, Newton calculou a velocidade do som, não tendo o valor
encontrado grande significado uma vez que não foram considerados a densidade e a tem-
peratura do ar.
Cerca de século e meio mais tarde, o físico e matemático Pierre Simon Laplace descobriu
o erro de Newton. Hoje, com medidas mais precisas, sabe-se que a velocidade do som no
ar a 20 °C, é 343 m s-1.
6.1. Determine a ordem de grandeza da razão entre a velocidade da luz no ar e a velocidade do
som, a 20 °C.
6.2. Atendendo ao texto, refira dois fatores de que depende a velocidade do som no ar.
6.3. O som do trovão propaga-se desde o local em que é gerado até ao recetor.
Explique como se processa a propagação do som no ar, desde a fonte até ao recetor.
6.4. Os diapasões são dispositivos que ao serem percutidos geram sinais simples ou puros.
6.4.1. Explique o que entende por som simples ou puro.
6.4.2. Um diapasão quando percutido emite um som de frequência 440 Hz.
Selecione dos gráficos seguintes o que traduz aproximadamente o período de oscilação de
uma partícula do ar que se encontra junto ao diapasão a vibrar.

(A) (B)
y y
(unidades arbitrárias)

(unidades arbitrárias)

4,54 t /ms 4,54 t /ms

0 0

(C) (D)
y y
(unidades arbitrárias)

(unidades arbitrárias)

2,27 t /ms 2,27 t /ms

0 0

Período de oscilação de uma partícula.

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Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES

6.5. Os sons podem ser descritos por duas características específicas: a intensidade e a altura.
Observe as duas ondas sonoras sinusoidais representadas na figura seguinte, que se pro-
pagam no mesmo meio.
A

t/s

Ondas sonoras t/s


sinusoidais.

6.5.1. Justifique a afirmação:


O comprimento de onda de A é maior que o comprimento de onda de B.
6.5.2. Compare, justificando, a intensidade do som A com a do som B.
6.6. A velocidade do som no ar varia com a temperatura de acordo com a seguinte equação:
vsom (ar) = (331 + 0,606 * q)
sendo q a temperatura do ar, expressa em °C.
Determine o comprimento de onda de uma onda sonora de frequência 1100 Hz, quando a
temperatura do ar é 35 °C.
Apresente todas as etapas de resolução.
6.7. No gráfico seguinte encontra-se representada a velocidade do som em diferentes meios.

vsom/m s–1

7000

6000

5000

4000

3000

2000

1000
Velocidade do som
em diferentes 0
meios. Ar (15 °C) Água do Cobre Ferro Aço Granito
mar

Um som demora um intervalo de tempo Dt para percorrer um metro num bloco de granito.
Determine a distância que percorrerá esse som, no mesmo intervalo de tempo, a propa-
gar-se num tubo de cobre.
Apresente todas a etapas de resolução.
6.8. No laboratório há diferentes processos de determinar o valor da velocidade no ar.
Um desses processos consiste em utilizar:
– 2 microfones;
– 1 placa de som de um computador.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

Com o material referido, um grupo de alunos, numa das aulas laboratoriais, efetuou a se-
guinte montagem experimental, tendo ligado cada microfone a um canal.

B d A

Montagem experimental.

Num dado instante, um dos alunos dá uma palmada na outra mão, em linha com os micro-
fones A e B. O som é gravado nos dois canais por um programa de gravação, e os instantes
de chegada do som a cada microfone são obtidos analisando-se o arquivo de áudio gerado.
Deste modo, obtém-se o intervalo de tempo que o sinal demorou de um microfone ao outro.
A figura ao lado mostra o resultado de
uma medida obtida nos canais A e B, por
este processo.
Canal A

Mantendo a distância entre os microfones,


A e B, fixa e igual a 2,00 metros, os alunos
repetiram quatro vezes a experiência e
Canal B

mediram o intervalo de tempo que o som


demorou a percorrer aquela distância.
Os resultados obtidos encontram-se regis-
tados na tabela.
0 4 8 12 16 20
Ensaio Intervalo de tempo/ms
Te mpo (ms)
1 5,71 Registo do som gravado nos dois canais da placa
de som.
2 5,97

3 5,45

4 5,60

Intervalos de tempo medidos entre A e B.

6.8.1. Determine o valor da velocidade do som nas condições atmosféricas em que a experiência
foi realizada.
Apresente todas as etapas de resolução.
6.8.2. Refira uma razão para que as mãos ao darem a palmada devam estar alinhadas com os mi-
crofones.
6.8.3. Admita que o microfone B estava mais afastado do microfone A.
Refira duas alterações que prevê ocorrerem na imagem obtida no ecrã do computador.

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7. DESCOBRINDO A RÁDIO
Quando Heinrich Hertz iniciou o seu trabalho ex- As ondas eletromagnéticas As faíscas produzem
perimental na Universidade de Bona já conhecia criam corrente elétrica no ondas eletromagnéticas.
recetor e dão origem a
o pensamento pioneiro do cientista britânico faíscas entre as esferas.
James Clerk Maxwell. A bobina de
indução cria
Em 1887 tudo mudou. Hertz construiu um osci- alta voltagem.
lador feito a partir de esferas metálicas polidas,
cada uma ligada a uma bobina de indução. Estas
esferas eram separadas ligeiramente e quando
Hertz aplicava uma corrente elétrica às bobinas,
as faíscas saltavam no intervalo entre as esfe-
ras. Era uma demonstração interessante, mas Adaptada de http://www.sparkmuseum.com.
nada de particularmente novo para a altura.
No entanto, Hertz pensou que se as previsões de Maxwell estavam corretas, então cada
faísca emitia ondas eletromagnéticas que deviam irradiar pelo laboratório.
Para testar o seu pensamento, Hertz construiu um pequeno recetor que consistia num fio
metálico no fim do qual se encontravam mais duas pequenas esferas, de novo ligeiramente
separadas. Este recetor foi colocado a vários metros do oscilador.
Com esta montagem, ocorreu a primeira transmissão e receção de ondas eletromagnéti-
cas em laboratório.
Foram precisos alguns anos até que esta ideia fosse aplicada na construção de um dispo-
sitivo capaz de transmitir uma mensagem.
E = m c2 – As grandes ideias que moldaram o nosso mundo (adaptado),
Pete Morre, FUBU Editores (2005)

7.1. Explique qual foi o pensamento pioneiro de James Maxwell a que se refere o texto.
7.2. Refira por que razão a experiência de Hertz pode ser considerada uma “das grandes ideias
que moldaram o nosso mundo”.
7.3. Selecione a opção que completa a afirmação seguinte.
Com esta montagem experimental, Hertz gera em laboratório…
(A) … ondas de rádio. (B) … micro-ondas. (C) … radiação infravermelha. (D) … raios-X.
7.4. A comunicação de sinais a longas distâncias
faz-se à custa de ondas eletromagnéticas.
7.4.1. A codificação de informação para transmitir
ou armazenar pode ser feita de forma ana-
lógica ou digital.
Classifique, justificando, o sinal represen-
tado na figura seguinte como digital ou ana-
lógico. Sinal.

7.4.2. Refira uma vantagem dos sinais digitais relativamente aos sinais analógicos.
7.5. A modulação de um sinal analógico consiste na alteração de pelo menos uma das caracte-
rísticas, ou seja, da frequência ou da amplitude, de uma onda designada portadora, pelo
sinal que se pretende transmitir.
Nas figuras seguintes encontram-se dois processos de modulação.

106 © Edições ASA


Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES

7.5.1. Faça a legenda da figura da direita indicando o que representam os números 1, 2 e 3.


A B
(1)

(2)

(3)

Modulação.
7.5.2. Classifique, justificando, a modulação representada na figura da esquerda.
7.5.3. Refira uma vantagem da modulação FM relativamente à modulação AM.
7.6. O microfone e o altifalante, usados em comunicações a curtas distâncias, são dois dispo-
sitivos elétricos que funcionam com base na indução eletromagnética.
7.6.1. Os esquemas (A e B) da figura mostram duas cargas elétricas pontuais dispostas de dois
modos diferentes. As cargas têm igual módulo.
A distância d é a mesma nos dois esquemas.
Esquema A Esquema B

+q -q +q -q
X Y

d d d d

Representação de duas cargas elétricas.

7.6.1.1. Refira a direção e o sentido do campo elétrico no ponto X do esquema A.


7.6.1.2. Compare a intensidade do campo elétrico no ponto X e no ponto Y.
Fundamente a sua resposta.
7.6.1.3. As linhas de campo são um modelo de representar o campo.
Nas figuras seguintes estão representadas imagens do campo criado por duas car-
gas simétricas e por duas cargas do mesmo sinal e igual módulo.

Linhas de
campo.

Identifique, justificando, qual das figuras, a da esquerda ou da direita, poderá cor-


responder ao campo criado pelas duas cargas simétricas.

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Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES

7.6.2. O campo magnético pode ser gerado por ímanes e por cargas elétricas em movimento.
7.6.2.1. Observe os esquemas, A, B e C, da figura.
(A) (B) (C)
I

S
S
N
N

Selecione o único esquema, A, B ou C, em que as linhas de campo estão correta-


mente orientadas.
7.6.2.2. Selecione a única opção que contém os termos que completam sequencialmente
a frase que se segue.
Num dado ponto do campo magnético, o vetor campo magnético tem direção
_____________ às linhas de campo e ________________ linhas de campo. A inten-
sidade do campo exprime-se em ___________________.
(A) … perpendicular… sentido contrário às… tesla
(B) … perpendicular… sentido contrário às… volt metro menos um
(C) … tangente… o mesmo sentido das… volt metro menos um
(D) … tangente… o mesmo sentido das… tesla
7.6.3. Faraday deu um contributo fundamental para o desenvolvimento tecnológico do microfone
e do altifalante.
7.6.3.1. Identifique o principal contributo de Faraday para o desenvolvimento tecnológico
desses dispositivos.
7.6.3.2. Preveja o que acontecerá ao ponteiro do microamperímetro da figura quando o
íman se move nos sentidos indicados. Fundamente a sua resposta.

Experiência A
de Faraday.

7.6.3.3. O gráfico mostra como variou o valor do campo magnético no tempo, junto a uma
bobina circular de raio 5,0 cm, com 100 espiras.
Determine o módulo da força eletro- B/mT
motriz induzida na bobina nos inter-
valos de tempo [0 ; 2[ s e ]2 ; 6[ s. 2
7.6.3.4. Explique, num pequeno texto, o prin-
cípio de funcionamento do microfone
de indução. 0 2 4 6 t/s
Gráfico campo magnético-tempo.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

8. COMUNICAR COM RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA


Uma fibra ótica consiste num núcleo rodeado de um revestimento (ambos são vidro com
diferentes índices de refração). Os vidros usados normalmente para o fabrico das fibras
são baseados na sílica (SiO2) e os dopantes usados para alterar o índice de refração são
o GeO2, P2O5 e o B2O3. Os dois primeiros aumentam o índice de refração, enquanto o último
reduz esse índice. Contudo, o índice de refração de um material depende do comprimento
de onda da radiação. A tabela que se segue refere o índice de refração (n) de diferentes
meios para radiação eletromagnética de diferente comprimento de onda.

Comprimento Vidro
Ar Água
de onda / nm A B

500 1,0002941 1,336 1,522 1,627


600 1,0002920 1,332 1,517 1,616
700 1,0002907 1,330 1,513 1,610
800 1,0002900 1,328 1,511 1,600
1000 1,0002890 1,325 1,507 1,605

Índice de refração de diferentes meios para diferentes comprimentos de onda.

8.1. O conhecimento do índice de refração de um meio para uma dada radiação permite obter a
velocidade com que essa radiação se propaga nesse meio.
8.1.1. Selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os es-
paços seguintes, de modo a obter uma afirmação correta.
De acordo com a tabela, para um dado meio, quanto __________________ da radiação,
_________________ é o índice de refração desse meio.
(A) maior é o comprimento de onda… maior (B) menor é o comprimento de onda… menor
(C) maior é a frequência… maior (D) menor é a frequência… maior
8.1.2. Refira, justificando, em qual dos materiais, água, vidro A ou vidro B, a velocidade da luz é
menor, para uma dada radiação.
8.1.3. O índice de refração de um vidro utilizado no núcleo de uma fibra ótica é 1,560.
Qual dos vidros, A ou B, poderá ser utilizado para constituir o revestimento desse núcleo?
Fundamente a sua resposta.
8.1.4. Um raio luminoso, de comprimento de onda 800 nm, passa do vidro A para a água, sendo o
ângulo de refração 53°.
Determine o ângulo de incidência.
Apresente todas as fases de resolução.
8.1.5. Um feixe de luz monocromática de comprimento de onda 500 nm, propagando-se no ar, incide
na superfície da água de um tanque, originando dois novos feixes: um refletido e outro refratado.
Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Na situação descrita, verifica-se que…
(A) … a frequência da luz refletida é maior que a da luz refratada.
(B) … o ângulo de reflexão é maior que o de refração.
(C) … o módulo da velocidade de propagação da luz refletida é menor que o da luz refratada.
(D) … o comprimento de onda da luz refletida é igual ao da luz refratada.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

8.2. Duas lâminas de faces paralelas são feitas de dois tipos de vidro.
Um raio luminoso propaga-se no ar e entra em cada uma das lâminas A e B com o mesmo
ângulo de incidência, tal como mostra a figura.

Lâmina A Lâmina B

Refira, justificando, qual das lâminas, A ou B, possui maior índice de refração.

8.3. Num certo intervalo de tempo, Dt, a luz percorre a distância dA no vácuo. No mesmo inter-
valo de tempo, a luz percorre a distância dB num dado líquido homogéneo e transparente.
Selecione das opções seguintes a que traduz a expressão do índice de refração da luz nesse
líquido.
dA dA
(A) n(líquido) = (B) n(líquido) =
Dt dB

dB
(C) n(líquido) = (D) n(líquido) = dA * dB
dA
8.4. Um raio de luz monocromática incide na superfície que se-
para o meio A do meio B, e refrata-se como mostra a figura. N

Variando o ângulo de incidência, i, obtiveram-se os respeti- A i


vos valores do ângulo de refração, r.
B
O gráfico seguinte traduz a relação sin i = f (sen r). r

Refira o que traduz o declive da reta traçada no gráfico.

8.5. A figura seguinte, mostra a difração de ondas através de duas fendas.

Difração
de ondas.

8.5.1. Compare o comprimento de onda das ondas que sofrem difração em A e B.


8.5.2. Explique por que razão as ondas difratadas em A e B apresentam comportamento diferente
ao atravessarem as fendas.

110 © Edições ASA


Física

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

1. Do GPS à descrição do movimento (E) Afirmação falsa. O declive da reta tangente


1.1.1. ao gráfico posição-tempo é numericamente
O sistema de GPS pode ser utilizado na nave- igual ao valor da velocidade. Assim, através do
gação e na localização de um objeto. sinal do declive da reta tangente ao gráfico po-
1.1.2. demos concluir qual o sinal da velocidade
Identificar a velocidade com que o sinal se nesse instante. Quando o valor da velocidade
propaga. é positivo, a partícula move-se no sentido po-
Os sinais emitidos pelo satélite são ondas ele- sitivo e quando é negativo move-se no sentido
tromagnéticas, pelo que a velocidade com que negativo da trajetória. No intervalo de tempo
se propaga no ar é aproximadamente igual à [0 ; 4[ s o valor da velocidade é positivo e de
velocidade de propagação da luz no vazio, ou ]4 ; 10] s, é negativo. Deste modo, no primeiro
seja, 3 * 108 m s-1. intervalo de tempo referido a partícula move-
Identificar a expressão da velocidade. se no sentido positivo da trajetória e no se-
O valor da velocidade pode ser determinado gundo intervalo de tempo move-se no sentido
d
por: v = negativo.
Dt
(F) Afirmação falsa. O espaço percorrido pela
Determinar do intervalo de tempo de via-
partícula pode ser determinado pela expres-
gem do sinal.
são s = |Dx1| + |Dx2| sendo |Dx1| o espaço
d
d = c * Dt § Dt = percorrido até que inverte o sentido do movi-
c
mento (isto é, instante t = 4 s) e |Dx2| o es-
d 20 000 000 m
Dt = § Dt = § paço percorrido desde que inverte o sentido do
c 3 * 108 m s-1
movimento até t = 10 s. Assim,
§ Dt = 0,067 s = 67 ms s = |Dx1| + |Dx2| §
Um sinal enviado por um satélite chega ao re-
§ s = |x4 - x0| + |x10 - x4| §
cetor que está na sua vertical em cerca de
§ s = |50 - 0| + |0 – 50| = 100 m
67 ms.
O espaço percorrido pela partícula é 100 m.
1.2. (A) Afirmação verdadeira. O módulo do deslo-
(G) Afirmação verdadeira. No instante t = 4 s,
camento pode ser dado por |Dx| = |xf - xi|
o valor da velocidade é nulo. Em instantes an-
Para o intervalo de tempo [0 ; 10[ s, teremos:
teriores a t = 4 s o valor da velocidade é posi-
|Dx| = |x10 - x0| § |Dx| = |0 - 0| = 0 m
tivo e nos instantes seguintes a t = 4 s o valor
Assim, o módulo do deslocamento é nulo.
da velocidade é negativo. Assim, para passar
(B) Afirmação falsa. O declive da reta tan-
de uma velocidade positiva para uma veloci-
gente ao gráfico posição-tempo num dado ins-
dade negativa teve de ocorrer inversão do sen-
tante é numericamente igual ao valor da
tido do movimento. Esta ocorreu no instante
velocidade nesse instante. No instante t = 2 s,
t = 4 s.
o declive da reta tangente ao gráfico posição-
tempo é positivo e no instante t = 4 s o declive (H) Afirmação falsa. Traçando tangentes ao
é nulo. Assim, no instante t = 2 s o valor da ve- gráfico dado em diferentes instantes do inter-
locidade é superior ao valor da velocidade no valo de tempo ]6 ; 10] s, verifica-se que o de-
instante t = 4 s. clive dessas tangentes não é constante. Assim,
(C) Afirmação falsa. Os gráficos posição- o valor da velocidade nesse intervalo de tempo
tempo não dão qualquer informação sobre a não é constante.
forma da trajetória. Assim, apenas com base 1.3.1.1.
no gráfico posição-tempo não podemos con- Partícula A, B ou D. Se o movimento é acele-
cluir qual é a forma da trajetória. rado até ao instante t1, o módulo da velocidade
(D) Afirmação verdadeira. No instante t = 0 s, tem de estar a aumentar desde t = 0 s até t1.
x = 0 m. Assim, no instante inicial do movi- Nos gráficos relativos às partículas referidas,
mento, a partícula está no ponto escolhido o módulo da velocidade está a aumentar
para origem da trajetória. nesse intervalo de tempo.

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1.3.1.2. 1.3.2.2.
Partícula C. Se o movimento é retardado, o Identificar a equação deste tipo de movi-
módulo da velocidade tem de estar a diminuir mento.
e se se move no sentido negativo, o valor da Nos primeiros 10 segundos, a partícula tem
velocidade tem de ser negativo. movimento uniformemente variado (inicial-
Assim, a análise dos gráficos permite concluir mente retardado e depois acelerado). A equa-
que de t = 0 s até t1, apenas a partícula C pos- ção geral deste tipo de movimento é
1
sui movimento retardado no sentido negativo x = x0 + v0t + at2
2
da trajetória.
Determinar o valor da aceleração.
1.3.1.3.
Dv -20 - 10
Partícula D. Entre os instantes t = 0 s até t1 a a= §a= § a = -2,0 m s-2
Dt 15 - 0
variação da velocidade não é constante. Se a
Obter a equação do movimento para este
variação da velocidade não é constante é por-
movimento.
que a resultante das forças que atuaram na Substituindo valores, obtém-se:
partícula nesse intervalo de tempo não foi 1
constante. x = 20 + 10t + (-2,0)t2 §
2
1.3.1.4. § x = 20 + 10t - t2 (SI)
Partícula C ou E. Se a resultante das forças Esboçar o gráfico correspondente à equa-
tem sentido contrário à velocidade, o movi- ção.
mento tem de ser retardado nesse intervalo Esboçando o gráfico verifica-se que a partícula
de tempo. Para as partículas C e E, o módulo inverte o sentido do movimento no instante
do valor da velocidade está a diminuir nesse t = 5 s e passa na origem da trajetória no ins-
intervalo de tempo. Assim, o movimento é re- tante t = 11,7 s.
tardado entre t = 0 s e t1. 1.4.1.
1.3.2. Determinar o valor da força gravítica.
M*m
x0 = 20 m; v0 = 10 m s-1, v2 = - 20 m s-1, Fg = G
r2
t1 = 5 s e t2 = 15 s
6 * 1024 * 100,0
1.3.2.1. Fg = 6,67 * 10-11 §
(6,4 * 106)2
Determinar o valor do deslocamento.
§ Fg = 997,1 N
Partindo da área definida no gráfico veloci-
Caracterizar a força gravítica.
dade-tempo podemos obter o valor do deslo-
A força gravítica a que o corpo está submetido
camento da partícula no intervalo de tempo
tem a direção da reta que passa pelo corpo e
considerado. Assim: pelo centro de massa da Terra, sentido do
Dx = A1 + (- A2), sendo A1 a área definida no corpo para o centro da Terra, aplicada no
gráfico no intervalo de tempo [0 ; t1] s e A2 a corpo e intensidade 997,1 N.
área correspondente ao intervalo de tempo 1.4.2.
[t1 ; t2] s. (B)
b*h 5 * 10 Determinar a expressão da força gravítica
A1 = § A1 = § A1 = 25
2 2 em X.
b*h 10 * 20 M*m mX * m
A2 = § A2 = § A2 = 100 Fg = G § Fg(X) = G §
2 2 r 2
rX2
2mT * m
Dx = 25 + (-100) = -75 m § Fg(X) = G §
(2rT)2
Determinar a posição final.
1 mT * m
Dx = xf - xi § xf = Dx + xi § § Fg(X) = G §
2 rT2
§ xf = -75 + 20 § xf = -55 m
1
No instante t = 15 s a partícula E estava na po- § Fg(X) = Fg(Terra)
2
sição -55 m.

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Determinar a expressão da força gravítica Na célula B:


em Y. 2r 2 * 1,50 * 10-2
v(B) = § v(B) = §
tB 13,20 * 10-3
M*m mY * m
Fg = G § Fg(Y) = G § § v(B) = 2,27 m s-1
r 2
rY2
Determinar o valor da aceleração, que é a
mT * m
§ Fg(Y) = G § aceleração gravítica.
2
h1 k v = v0 + a t § 2,27 = 0,304 + a * 0,2151 §
r
j 2 Tm
2,27 - 0,304
mT * m §a= § a = 9,14 m s-2
§ Fg(Y) = 4 G § Fg(Y) = 4Fg(Terra) 0,2151
rT2
O valor da aceleração gravítica determinada
Por análise das deduções anteriores, verifica-
pelos alunos foi 9,14 m s-2.
se que as afirmações I, II e IV são verdadeiras.
1.5.3.
Atendendo às opções dadas, a correta é a (B).
O uso de um cronómetro manual não é ade-
1.5.1.
quado já que os tempos que se medem são tão
O desvio de uma medida é dado pela diferença
curtos que o tempo de reação do experimen-
entre a média dos valores das medições e o
valor dessa medida. tador não permite que este acione e desligue
Determinar o valor médio das medições. o cronómetro no intervalo de tempo que se
t1 + t2 + t3 pretende medir.
tmédio = §
3
2. Movimento de planetas e em torno deles
98,72 + 98,58 + 98,45
§ tmédio = §
3 2.1.1.
§ tmédio = 98,58 ms (B)
Determinar os desvios. Determinar a expressão da força gravítica
Desvio 1 = 98,58 - 98,72 = -0,14 ms para a situação descrita.
Desvio 2 = 0 ms M = 6 * 106 m (M – massa do Sol; m – massa
Desvio 3 = 0,13 ms de Mercúrio)
Identificar o maior desvio. M*m
Fg = G §
O maior desvio é -0,14 ms. r2
1.5.2. 6 * 106 m * m
Na queda, o movimento da esfera é uniforme- § FG = G §
d 2SM
mente variado.
m2
Identificar a equação das velocidades para § FG = 6 * 106 * G
d 2SM
este tipo de movimento.
v = vo + a t 2.1.2.
Determinar o tempo de passagem da esfera Determinar o valor da força gravítica a que
na célula B. Mercúrio está submetido devido ao Sol.
t1 + t2 + t3 m2
tmédio = § FG = 6 * 106 * G 2 §
3 d SM
(3,29 * 1023)2
13,00 + 13,41 + 13,18 § FG = 6 * 106 * 6,67 * 10-11 §
§ tmédio = § (5,7 * 1010)2
3
§ FG = 1,33 * 1032 N
§ tmédio = 13,20 ms = 13,20 * 10-3 s
Caracterizar a força gravítica.
Determinar a velocidade com que a esfera A força gravítica a que Mercúrio está subme-
de raio 1,50 cm passa nas células. tido devido ao Sol tem a direção da reta
Na célula A: que passa pelos centros de massa do Sol e de
2r 2 * 1,50 * 10 -2
Mercúrio, sentido de Mercúrio para o Sol e
v(A) = § v(A) = §
tA 98,58 * 10-3 aplicada no planeta. A intensidade da força é
§ v(A) = 0,304 m s-1 1,33 * 1032 N.

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2.2.1. para as três partículas, então, também o valor


Para um satélite ser estacionário deverá orbitar da velocidade angular será igual para as três
no plano do equador de Júpiter, ter um período partículas.
orbital igual ao período de rotação do planeta e (C) Afirmação falsa. Justificação similar à da
mover-se no sentido da rotação de Júpiter. afirmação (B).
Como o período de rotação de Júpiter é 9,9 (D) Afirmação falsa. O valor da velocidade li-
horas, um satélite “Júpiter-estacionário” deverá near é diretamente proporcional ao raio da ór-
ter um período orbital de 9,9 horas. Só deste bita da partícula em estudo, v = w r. Como
modo se manterá “estacionário” em relação a r(B) < r(A) e w(A) = w(B), então, v(B) < v(A).
um dado ponto da superfície de Júpiter. (E) Afirmação falsa. O valor da aceleração
2.2.2. v2
centrípeta é dado por ac = . Como v = w * r,
Deduzir a expressão do valor da velocidade r
orbital. pode substituir-se na expressão da aceleração
(w * r)2
Júpiter orbita em torno do Sol. A resultante centrípeta e obtém-se: ac = §
r
das forças que atuam em Júpiter pode consi- ac = w2 * r. Desta equação, verifica-se que a
derar-se que é igual à força gravítica que o Sol
aceleração centrípeta é diretamente propor-
exerce no planeta. Como o planeta tem apro-
ximadamente movimento circular e uniforme, cional ao raio da trajetória. Como r(B) > r(C),
a força resultante é uma força centrípeta. então, ac(B) > ac(C), já que w(B) = w(C).
Assim, (F) Afirmação falsa. Ver justificação dada na
» =F
F » , pelo que F = F afirmação (A).
r g r g
v2 M*m G*M (G) Afirmação falsa. Como os períodos são
m =G § v2 = §
r r 2
r iguais, também as frequências são iguais.
G*M 2.5.1.
§v=
V r Determinar o valor de Fg que atua na caixa
quando está na superfície de Marte.
Substituir os dados na equação deduzida.
G*M 6,67 * 10-11 * 2 * 1030 M*m
v=
V r
§v=
V
7,8 * 1011
Fg = G
r2
§

v = 1,31 * 10 m s = 13,1 km s-1


4 -1 6,42 * 1023 * 40,0
§ Fg = 6,67 * 10-11
O valor da velocidade orbital de Júpiter em torno (3,4 * 106)2
do Sol é 1,31 * 104 m s-1, ou seja, 13,1 km s-1. Fg = 148,2 N
2.2.3. Determinar o valor de Fg que atua na caixa
Na alínea anterior consideramos que a traje- quando está na superfície de Saturno.
tória de Júpiter em torno do Sol é circular, M*m
Fg = G §
quando na realidade tem a forma de uma r2
elipse. 5,70 * 1026 * 40,0
§ Fg = 6,67 * 10-11
2.3. (C) A velocidade é tangente à trajetória, a ace- (6 * 107)2
leração e a força centrípeta têm a direção ra- Fg = 422,4 N
dial e ambas são dirigidas do centro de massa Concluir com base nos cálculos.
da Terra para o centro de massa do Sol. A caixa fica sujeita a uma força gravítica mais
2.4. (A) Afirmação verdadeira. O período de rota- intensa quando se encontra à superfície de Sa-
ção dos pontos A, B e C coincide com o período turno.
de rotação de Júpiter. Assim, todos esses pon- 2.5.2.
tos têm o mesmo período de rotação. Como a (A) Na expressão do valor da força gravítica, a
frequência é o inverso do período, então, se variável distância aparece no denominador e
todos esses pontos têm o mesmo período ao quadrado. Assim, quando a distância entre
também vão ter a mesma frequência. o centro de massa dos corpos que interagem
(B) Afirmação verdadeira. O valor da veloci- passa para o dobro, mantendo-se as outras
dade angular é diretamente proporcional à variáveis, a força gravítica diminui para um
frequência, w = 2p f . Se a frequência é igual quarto do valor inicial.

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2.6.1. 2.7. (B) O movimento da Lua em torno da Terra


À altitude a que se encontra o telescópio o tem uma trajetória aproximadamente circular
valor da aceleração centrípeta é igual ao valor e o valor da velocidade é constante. Por outro
da aceleração gravítica. Por outro lado, o raio lado, a resultante das forças é a força gravítica
da órbita é: (que é radial e centrípeta) e a velocidade é tan-
r = rT + h (sendo h a altura a que se encontra o gente à trajetória no ponto em que Lua se en-
telescópio.) contra. Deste modo, os dois vetores referidos
r = 6,40 * 106 + 5,89 * 105 = 6,99 * 106 m, têm de ser perpendiculares.
M*m M
m*g=G §g=G §
r 2
(rT + h)2 3. Combate a incêndios
6 * 1024
3.1.1.
§ g = 6,67 * 10-11 §
(6,40 * 10 + 5,89 * 10 )
6 5 2
No intervalo de tempo [0 ; 6[ s, o veículo A tem
§ g = 8,19 m s . -2 movimento retilíneo e uniforme já que o grá-
A aceleração gravítica nesse local tem a dire- fico traduz uma proporcionalidade direta entre
ção radial, sentido dirigido para o centro de a posição e o instante, pelo que esse veículo
massa da Terra e valor 8,19 m s-2. percorre espaços iguais em intervalos de
2.6.2. tempo iguais. O veículo B tem movimento uni-
Deduzir a expressão do período orbital. formemente acelerado porque a sua equação
Para o telescópio, verifica-se que a força re- do movimento é a de um movimento uniforme-
sultante é uma força centrípeta e que esta mente acelerado com aceleração de módulo
coincide com a força gravítica. Assim, 5 m s-2.
v2 m*M G*M 3.1.2.
Fc = Fg § m =G § v2 =
r r r 2
(B) Para o veículo A, a velocidade terá valor
como v = w * r, a equação anterior pode tomar Dx 120 - 0
constante e igual a v = §v= §
G*M G*M Dt 6-0
a forma: (w * r)2 = § w2 = . Por § v = 20 m s . -1
r r3
2p O veículo B tem movimento uniformemente
outro lado, w = , obtém-se:
T acelerado, partindo de uma velocidade inicial
2
h 2p k G * M 4p2 G * M nula. Ao fim dos 6 s terá uma velocidade de
= § 2 = §
jTm r 3
T r3 valor: v = v0 + a t § v(t = 6 s) = 0 + 5 * 6 §
4p2r 3 r3
V V
§ v = 30 m s-1.
§T= § T = 2p
G*M G*M Analisando os gráficos velocidade-tempo, ve-
Calcular o período orbital expresso em uni- rifica-se que o único que contempla os valores
dades SI. de velocidade é o (B).
Substituindo na equação anterior, obtém-se 3.2. h = 150 cm = 1,50 m e v0 = 40 m s-1.
(6,99 * 106)3 3.2.1.
T = 2p
V
6,67 * 10-11 * 6 * 1024
§ Cada gota comporta-se como um projétil lan-
§ T = 5801,5 s çado horizontalmente.
Exprimir o tempo determinado em horas. Identificar as equações do movimento.
1h T (h) Equações do movimento:
= § T (h) = 1,61 h x = x0 + v * t (na horizontal)
3600 s 5802 s
1
O período do movimento expresso em horas é y = y0 + v0t + at 2 (na vertical)
1,61 h. 2
2.6.3. Determinar o tempo de voo de cada gota de
(D) Tanto a força gravítica como a velocidade água.
manterão o seu valor constante, apesar de va- Dado que a superfície é horizontal, o alcance
riarem em direção. Dado que o módulo dessas será a posição x no instante em que a gota de
grandezas é constante porque as massas são água chega ao solo. Verticalmente, a gota de
constantes e o raio da órbita também, a única água “desceu” 1,50 m, já que era a altura da
opção correta é a (D). saída de água da agulheta e quando chegar ao

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solo, y = 0 m. Admitindo o referencial orien- som emitido pela sirene é uma onda mecânica
tado verticalmente para cima, a aceleração e longitudinal. Onda mecânica porque necessita
gravítica terá sentido contrário ao positivo do de um meio material para se propagar e longi-
referencial, pelo que o seu escalar nesse refe- tudinal porque as partículas do meio oscilam na
rencial será negativo. Assim, mesma direção em que a onda se propaga.
1,5 3.3.2.
0 = 1,50 + (-10)t2 § t =
10 V§ t = 0,39 s
(B) A equação geral de um movimento harmó-
Determinar o alcance de cada gota de água. nico sinusoidal é x = A sin (w.t) (m)
x = 0 + 40 t § x(t = 0,39 s) = 40 * 0,39 § Identificar a amplitude.
§ x(t = 0,39 s) = 15,6 m Por comparação com a equação dada, concluí-
O alcance médio de cada gota de água é cerca mos que a amplitude é 2 * 10-3 m.
de 15,6 m (desprezando a resistência do ar). Determinar a frequência, o período e o com-
3.2.2. primento de onda.
Identificar o sistema como um sistema con- Por outro lado, w = 2p f § 2p f = 2,0p * 103 §
servativo. § f = 103 Hz.
Desprezando a resistência do ar, durante o 1 1
Como T = §T= § T = 0,0010 s
movimento das gotas de água, a única força f 1000
que atua é o peso da gota e esta força é con- l
Dado que v = § l = 343 * 0,0010 §
servativa. Tal significa que essa força mesmo T
realizando trabalho não faz variar a energia § l = 0,343 m.
mecânica do sistema. Com base nos cálculos realizados e na análise
Determinar o valor da velocidade pela con- feita, conclui-se que a única opção correta é a
servação de energia mecânica. (B).
Em(inicial) = Em(final) § 3.3.3.
§ Ec(i) + Ep(i) = Ec(f) + Ep(f) § (C) A intensidade do som é tanto maior quanto
1 1 maior for a amplitude de vibração e o som é
§ mv2i + mghi = mv2f + mghf §
2 2 oo tanto mais grave quanto menor for a frequên-
0 cia de vibração. Assim, a amplitude terá de au-
1 1 mentar e a frequência de diminuir.
§ m * 40,02 + m * 10 * 1,50 = mv2f §
2 2 3.4.1.
§ vf = 40,4 m s-1 Obtém-se uma estimativa da altura da coluna
O valor da velocidade das gotas de água ao atin- de líquido que a esfera atravessa, calculando
girem o solo é aproximadamente 40,4 m s-1. a área definida no gráfico velocidade-tempo.
3.2.3. Calcular a área de cada quadrícula.
Dado que o alcance de um projétil lançado ho- Nesse gráfico, cada quadrícula tem uma área
rizontalmente é tanto maior quanto maior for o de 0,05 * 1,0 = 0,05
tempo de voo e este também aumenta com a Calcular a área total.
altura de que é lançado o projétil, uma sugestão Contando o número de quadrículas subjacen-
que poderia ser dada ao bombeiro é que subisse tes ao gráfico, determina-se a área total apro-
para cima do depósito da água do carro. Assim, ximada
a água estaria a ser lançada de uma altura su- n.° de quadrículas ] 13
perior pelo que o tempo de voo aumentaria e, Área total ] 13 * 0,05 = 0,65
consequentemente, a água atingiria um maior Estimar a altura da coluna de líquido.
alcance, podendo já chegar ao foco de incêndio. A altura da coluna de líquido é aproximada-
3.3. As ondas obtidas a partir do “pirilampo lumi- mente 0,65 m ou seja, 65 cm.
noso” são eletromagnéticas e transversais. São 3.4.2.
ondas eletromagnéticas porque não necessitam (A) Afirmação falsa. Durante o movimento da
de um meio material para se propagarem e esfera no líquido além do peso da atua tam-
transversais porque a oscilação ocorre na dire- bém a força de resistência do líquido (força de
ção perpendicular à propagação da onda. Já o viscosidade).

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(B) Afirmação verdadeira. No instante t = 4,0 s 4. O farol de Leça


o movimento já é uniforme, pelo que a resul- 4.1.1.
tante das forças é nula, ou seja, (C) A força elétrica é dada por F » = q * E. »
el 0
» =P
F »+R » =0»±R =P
r líquido líquido Assim, quando qo é positiva, os dois vetores
Rlíquido = m * g § Rlíquido = 5,00 * 10-2 * 10 § têm a mesma direção e sentido e quando qo é
§ Rlíquido = 0,50 N negativa, F» eE » têm a mesma direção mas
el
(C) Afirmação falsa. Nos primeiros 3,0 s, a lei sentidos opostos.
da inércia não é válida porque a resultante das 4.1.2.
forças não é nula e como consequência a esfera (A) No ponto X, o campo magnético gerado
não está em repouso nem tem movimento reti- pelo íman da esquerda tem sentido de X para
líneo e uniforme. A partir do instante t = 3,0 s, o a esquerda e para o criado pelo íman da direita
movimento obedece à lei da inércia. também tem sentido de X para a esquerda.
(D) Afirmação verdadeira. Até ao instante Assim, a soma desses dois campos magnéti-
t = 3,0 s, o módulo do peso é superior ao mó- cos dará origem a um campo magnético resul-
dulo da força de viscosidade, dado que o mo- tante com direção horizontal e sentido da
vimento é acelerado no sentido do peso da direita para a esquerda.
esfera. 4.1.3.
(E) Afirmação falsa. A força que constitui par Oersted verificou que uma corrente gera um
ação-reação com a força de viscosidade que o campo magnético já que uma agulha magné-
líquido exerce na esfera está aplicada no lí- tica se desvia quando passa corrente num fio
condutor que está nas suas proximidades. Au-
quido viscoso.
mentando a intensidade da corrente que passa
(F) Afirmação falsa. O movimento não é uni-
no fio, aumenta o desvio da agulha, e se se in-
formemente acelerado por que a variação do
verter o sentido da corrente, o desvio da agu-
valor da velocidade não é diretamente propor-
lha é feito em sentido contrário.
cional ao intervalo de tempo em que tal ocor-
Faraday verificou que uma variação de campo
reu. É um movimento acelerado, mas não
magnético nas proximidades de um fio condu-
uniformemente acelerado (a aceleração não
tor, induz-lhe uma corrente elétrica. Assim,
tem valor constante).
movimentando um íman no interior de um bo-
(G) Afirmação falsa. A 2.a lei de Newton é vá-
bina, gera-se nesta uma corrente elétrica. Do
lida em qualquer instante do intervalo de
mesmo modo, se uma bobina percorrida por
tempo [0 ; 3,0[ s. Contudo, como o valor da uma corrente for movimentada no interior de
aceleração não é constante, também o valor uma outra bobina maior, nesta cria-se, tam-
da força resultante não é constante nesse in- bém, uma corrente elétrica.
tervalo de tempo. 4.2. (A) Afirmação falsa. São de baixa frequência,
3.4.3. ou seja, elevado comprimento de onda.
(C) Ao abrir o paraquedas aumenta a resistên- (B) Afirmação falsa. As ondas de rádio fazem,
cia do ar e diminui bruscamente a velocidade também, parte da radiação eletromagnética.
de queda, ou seja, a 2.a velocidade terminal (C) Afirmação falsa. O primeiro cientista a pro-
será muitíssimo inferior à primeira velocidade duzir ondas de rádio foi Hertz.
terminal. Por outro lado, ao fletir as pernas au- (D) Afirmação verdadeira. Como as ondas de
menta o intervalo tempo de colisão dos pés rádio têm frequência inferior à das micro-
com o solo. ondas, então, as ondas de rádio têm maior
Dv comprimento de onda.
Fr = m a e a = .
Dt (E) Afirmação falsa. As ondas de rádio tam-
Dv bém sofrem reflexão e refração.
Assim, Fr = m .
Dt (F) Afirmação verdadeira. As ondas de rádio
Deste modo, diminui a intensidade da força de como têm grande comprimento de onda so-
impacto pés-solo, tornando o contacto com o frem mais facilmente difração ao encontrar
chão menos “agressivo”. obstáculos.

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(G) Afirmação verdadeira. Por exemplo, os sa- A tensão no cabo do elevador no instante
télites de GPS emitem sinais que são de t = 10 s é 8010 N e no instante t = 50 s é 8000 N.
micro-ondas. Usam-nas por estas atravessa- 4.4.1.
rem facilmente a atmosfera terrestre. O aluno que tem razão é o A.
(H) Afirmação falsa. No vazio, toda a radiação Deduzir a expressão do tempo de voo.
eletromagnética se propaga à mesma veloci-
1
dade. Assim, micro-ondas e ondas de rádio y = y0 + v0t + at2
2
propagam-se à mesma velocidade, quando no
Na vertical não há velocidade inicial para ne-
vazio.
nhum dos berlindes (tanto o lançado horizon-
4.3.1.
Verifica-se a lei da inércia ou 1.ª lei de Newton talmente como o que é deixado cair).

quando a velocidade é nula ou quando a velo- Verifica-se que, quando os berlindes atingirem
cidade é constante. o solo, y = 0 m. Como a única força que atua
Como a trajetória do elevador é retilínea e no nos berlindes é o peso, a aceleração dos ber-
intervalo de tempo ]20 ; 80[ s, o valor da velo- lindes é a aceleração gravítica. Considerando
cidade é constante, pode afirmar-se que nesse o referencial vertical orientado positivamente
intervalo de tempo se verifica a lei da inércia. para cima, verifica-se que a = g < 0.
4.3.2. 2h
V
1
(B) No intervalo de tempo [0 ; 20[ s o movi- 0=h+ (-g)t2 § -2h = -gt2 § t =
2 g
mento é uniformemente acelerado e no inter-
Concluir com base na expressão deduzida.
valo ]20 ; 80[ s é uniforme. Por outro lado, o
A expressão do tempo de voo dos berlindes
valor da aceleração no primeiro intervalo de
apenas depende da altura de que é deixado
tempo é 0,0125 m s-2 e no segundo intervalo
cair e do valor da aceleração gravítica. Como
de tempo o valor da velocidade é 0,5 m s-1.
os berlindes verticalmente são “deixados cair”
4.3.3.
da mesma altura e no mesmo local, atingirão
(A) O módulo do valor da aceleração no arran-
que [0 ; 20[ s é igual ao módulo do valor da o solo no mesmo instante. Assim, o aluno A é
aceleração no intervalo de tempo de travagem o aluno que tem razão.
]80 ; 100[ s. Se o módulo da aceleração é 4.4.2.
igual, também o módulo da força resultante é (D) A componente vx da velocidade vai perma-
igual, já que Fr = m * a. necer constante e igual ao valor da velocidade
4.3.4. de lançamento. Já na vertical, a velocidade vai
Determinar a massa total do sistema. variar linearmente com o tempo, dado que se
m(total) = 680,0 + 2 * 60,0 § despreza a resistência do ar. Considerando o
§ m(total) = 800,0 kg eixo de referência (na vertical) orientado posi-
Determinar o módulo da resultante das for- tivamente para cima, o valor da velocidade se-
ças na cabine para t = 10 s e t = 50 s. gundo OY será negativo.
Para t = 10 s: Fr = m * a §
4.5.1.
§ Fr = 800 * 0,0125 § Fr = 10,0 N
(A) O ângulo de incidência é 50° e é igual a q1.
Para t = 50 s: uma vez que a velocidade é cons-
Por outro lado, q2 e q3 são ângulos comple-
tante, a resultante das forças é nula.
mentares, pelo que têm a mesma amplitude e
Determinar o módulo da tensão que atua na
terá de ser menor que 50° já que q2 é o ângulo
cabine para t = 10 s e t = 50 s.
» =T
Para t = 10 s: F »+P»±F =T-P§ de refração de um ângulo incidente de 50°,
r r
§ T = P + Fr § T = 800 * 10 + 10,0 § quando a luz passa do ar para o vidro. Por úl-
§ T = 8010 N timo, q1 = q4 porque q1 é igual ao ângulo de in-
» =T
Para t = 50 s: F »+P
»±F =T-P§ cidência e o raio que emerge do vidro para o ar
r r
§ 0 = T - P § T = P § T = 800 * 10 § é paralelo ao raio que incide no vidro e que dá
§ T = 8000 N origem à refração.

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4.5.2. 5.1.2.
Aplicar a lei de Snell-Descartes. De acordo com Aristóteles, a velocidade de um
nvidro sin q3 = nar sin 90 ° § corpo em queda livre era constante. Assim, o
§ 1,5 sin q3 = 1,1 § gráfico seria:
1 v
§ sin q3 = ± q3 = 41,8°
1,5
Concluir com base nos cálculos t

O ângulo q3 deverá ter no mínimo a amplitude


De acordo com Galileu, o movimento é unifor-
de 41,8°.
memente variado. Assim, o gráfico velocidade-
4.6.1.
-tempo será:
Determinar o período.
0,10 ms T v
= § T = 0,40 ms
1 div 4 div
Determinar o erro experimental associado t

ao aparelho de medida.
5.1.3.
Cada divisão corresponde 0,10 ms. Como cada
Uma frase do texto que pode evidenciar que a
uma destas está dividida em 5 partes, a menor Ciência é um processo em construção é:
divisão da escala é 0,02 ms. Como se trata de “Estas ideias andavam já no ar, sim, Galileu
um aparelho de medida analógico, o erro é teve predecessores”.
metade da menor divisão, ou seja, 0,01 ms. 5.2.1.
Exprimir o período atendendo ao erro expe- A velocidade é uma grandeza vetorial. Para
rimental. ficar totalmente caracterizada será necessário
T = (0,40 ¿ 0,01) ms ter em conta o seu módulo, a sua direção e o
4.6.2. seu sentido. Como a velocidade é um vetor com
Determinar a tensão pico a pico. direção tangente à trajetória, não é possível um
A tensão pico a pico será 5 div * 2 V/ div = 10 V corpo mover-se numa trajetória curvilínea e ter
Determinar a tensão eficaz. velocidade constante, já que se não varia em
Upp 10 módulo, varia, pelo menos, em direção.
Uef = § Uef = = 7,1 V
V√2 V√2 5.2.2.
A tensão nos extremos da lâmpada é cerca de Situação A: o corpo está inicialmente em mo-
7,1 V. vimento e a força resultante tem a mesma di-
reção e sentido contrário à velocidade. Como
4.6.3.
têm a mesma direção, a trajetória do corpo vai
(C) A alteração da escala não afeta o sinal.
ser retilínea. Dado que a força tem sentido con-
Assim, continuará a ter o mesmo período.
trário à velocidade inicial, o movimento começa
5. Nada vem do nada por ser uniformemente retardado no sentido da
velocidade e depois inverte o sentido do movi-
5.1.1.
mento e passa a ter movimento uniforme-
No âmbito do texto, o termo “salto” significa mente acelerado no sentido da força exercida.
evolução. Assim, a frase referida traduz que a Situação B: O corpo está inicialmente em mo-
Ciência entre Aristóteles e Galileu sofreu uma vimento e força aplicada não tem a direção da
evolução muito considerável. Por exemplo, o velocidade inicial. Assim, a força exercida fará
conceito de movimento foi clarificado com os com que a trajetória seja curvilínea e por outro
contributos de Galileu. Aristóteles considerava lado fará o valor da velocidade diminuir, já que
que um corpo em queda livre tinha movimento a componente da força na direção da veloci-
uniforme e Galileu admitia que nessa situação dade tem sentido contrário a esta.
o valor da velocidade do corpo aumenta cons- Situação C: O movimento será retilíneo e uni-
tantemente com o tempo (movimento unifor- formemente acelerado no sentido da força
memente variado). aplicada, já que o corpo parte do repouso.

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5.3. (B) Determinar a reação normal para os cor- Na direção horizontal, a resultante das forças
pos A e B. será igual à componente horizontal de F » , ou
1
Corpo A: seja,
» =T
F »+N » +P»+F» F1 cos 20°
r 1
» =F
F » ± ma = F cos 20° § a =
»
A força F pode ser decomposta na direção ho- r 1x 1
m
1
rizontal e na direção vertical, pelo que: Corpo B:
F1y » =N
F » +P»+F »
» =F
F » +F» y, sendo que: sin 20° = § r 2
1 1x 1
F Na direção horizontal, a resultante das forças
F1x será igual à componente horizontal de F » , ou
2
§ F1y = F1 sin 20° e cos 20° = §
F1 seja,
§ F1x = F1 cos 20° F2 cos 20°
» =F
F » ± ma = F cos 20° § a =
r 2x 2
Assim, a equação da resultante das forças m
pode tomar a forma: Concluir com base nas deduções realizadas.
»= T
F »+N » +P
»+F » +F» Os dois corpos vão passar a mover-se com
1x 1y
Na direção vertical, a resultante das forças é acelerações de igual módulo, mas com sentido
nula pelo que a soma das forças e componen- contrários.
tes de forças nesta direção terá de ser nula, 5.3.2.2.
isto é, Determinar o valor da aceleração do bloco
» +P
N »+F» =0 »§N-P–F =0§ B.
1y 1y
§ N = P + F1y § N(A)= P + F1 sin 20° F2 cos 20° 50 * cos 20°
Corpo B: a(B) = § a(B) = §
m 4,0
» =T
F »+N» +P »+F»
r 2 § a(B) = 11,7 m s-2
»
A força F pode ser decomposta na direção ho-
2 O valor da aceleração do bloco B é 11,7 m s-2.
rizontal e na direção vertical, pelo que: Determinar o valor da reação normal.
F2y N(B) = P - F2 sin 20° §
» =F
F » +F» , sendo que: sin 20° = §
2 2x 2y
F § N(B) = 40,0 - 50 sin 20° § N(B) = 23 N
F2x O valor da reação normal que atua é 23 N.
§ F2y = F2 sin 20° e cos 20° = §
F2 5.4.1. (C)
§ F2x = F2 cos 20° 5.4.2.1.
Assim, a equação da resultante das forças A força F» representa a reação normal da su-
1

pode tomar a forma: » re-


perfície da mesa sobre o bloco e a força F 2
» =T
F »+N» +P»+F » +F » presenta o peso do bloco.
r 2x 2y
Na direção vertical a resultante das forças é 5.4.2.2.
nula pelo que a soma das forças e componentes A força que constitui para ação-reação com F »
1

de forças nesta direção terá de ser nula, isto é, está aplicada no tampo da mesa, tem direção
» +P
N »+F » =0 »§N+F -P=0 »§ vertical e sentido da mesa para o solo.
2y 1y
§ N = P - F1y § N(B) = P - F2 sin 20° De acordo com a figura, |F » | = |F
» |, sendo F
»
1 2 2

Concluir com base nas deduções feitas. o peso do corpo. Assim, a força que é par ação-
Como as forças F » eF» têm a mesma intensi- reação com F » terá valor igual ao peso do
1 2 1

dade e o peso dos blocos é igual, pode con- corpo.


cluir-se que a normal que atua em A é mais 5.5.1.
intensa do que a que atua em B. Uma fotografia estroboscópica consiste no re-
5.3.2.1. gisto da posição de um corpo de instante em
(D) Se o fio que liga os corpos for cortado instante constante. No caso do exemplo dado,
deixa de existir a tensão do fio é feito o registo segundo a segundo.
Determinar o módulo da aceleração de cada 5.5.2.
corpo. Uma vez que o movimento é uniformemente
Corpo A: acelerado, no instante t = 2 s a velocidade e a
» =N
F » +P»+F » resultante das forças têm a mesma direção e
r 1

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sentido. Numa trajetória retilínea, um movi- menor que o valor da componente tangencial
mento só é acelerado se a resultante das for- do peso, o bloco desceria o plano com movi-
ças tiver o mesmo sentido da velocidade. mento uniformemente acelerado.
5.5.3. Por outro lado, o valor da reação normal será
m = 400,0 g § m = 0,4000 kg igual à componente normal do peso (compo-
Determinar o valor da aceleração do movi- nente na direção perpendicular à superfície do
mento com base na imagem estroboscópica. plano inclinado). Assim, terá uma intensidade
1 menor que o peso.
x = x0 + v0t + t2
2 5.6.2.
Para o intervalo de tempo [0 ; 3[ s: Dado que é dado o gráfico velocidade-tempo
1 pode-se determinar o espaço percorrido atra-
1,80 = 0 + 0 + a32 § a = 0,40 m s-2 vés da área definida nesse gráfico. Assim, a
2
distância percorrida sobre o plano inclinado
Determinar a resultante das forças que
nas condições referidas corresponde à área no
atuam no carrinho
intervalo de tempo [0 ; 3[ s.
» = m»
F a ± Fr = ma § Fr = 0,4000 * 0,40 §
r
B*h 3 * (0,8 - 0,2)
§ Fr = 1,6 N A= §A= § A = 0,9
2 2
O valor da força resultante é 1,6 N.
5.5.4. Assim, o espaço percorrido, s, será 0,9 m.
Determinar o valor da velocidade no ins- 5.6.3.
tante t = 3,0 s. (C)
» = ma
F » ± Fr = ma
v = v0 + at § v = 0 + 0,40 * 3,0 § r

§ v = 1,2 m s-1 vf - vi
Como a = , a equação da resultante das
Identificar o tipo de movimento a partir de Dt
forças pode ser escrita na forma:
t = 3 s.
De acordo com a Lei da Inércia, quando a re- vf - vi 0,2 - 0,8
Fr = m § Fr = m
sultante das forças é nula, o corpo possui mo- Dt 3-0
vimento retilíneo uniforme ou está em Atendendo a que o módulo da velocidade está
repouso. a diminuir, a força resultante deverá ter sen-
Nesta situação, como estava em movimento, tido contrário à velocidade.
a partir do instante em que a resultante das
6. Em torno da velocidade do som
forças passa a ser nula, o corpo continuará a
mover-se com velocidade igual à que tinha no 6.1. Identificar a velocidade do som a 20 °C e a
instante em que a força deixou de atuar, ou velocidade da luz.
seja, no instante t = 3 s. A velocidade do som no ar a 20 °C é 343 m s-1
Traçar o gráfico velocidade-tempo e a velocidade da luz no ar é aproximadamente
v/m s–1
3,0 * 108 m s-1.
Determinar a razão entre a velocidade da
1,2 luz e a velocidade do som.
vluz no ar 3,0 * 108
= = 8,7 * 105
vsom (20 °C) 343
Identificar a ordem de grandeza do número
0 3,0 6,0 t/s
obtido.
5.6.1. Dado que o primeiro algarismo do número que
(C) Para o bloco estar a mover-se com movi- identifica a razão entre as velocidades é 8, ou
mento uniforme terá de existir atrito, já que seja, superior a 5, então, a ordem de grandeza
será essa força que compensará a compo- é a potencial de base 10 com o expoente au-
nente tangencial do peso (paralela à superfície mentado de uma unidade. O valor determi-
do plano inclinado). Caso não existisse atrito nado está mais próximo de 106 do que de 105.
ou se a intensidade da força de atrito fosse Assim, a ordem de grandeza é 106.

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6.2. De acordo com o texto, a velocidade do som 6.5.2.


no ar depende da densidade e da temperatura Comparar a amplitude das duas ondas.
do ar. As ondas A e B têm a mesma amplitude.
6.3. O som no ar propaga-se através de ondas me- Comparar a frequência das duas ondas.
cânicas longitudinais, gerando-se zonas de A frequência da onda A é inferior à frequência
elevada densidade de partículas e zona de da onda B.
baixa densidade. As zonas de elevada densi- Comparar a intensidade do som A e B.
dade de partículas são zonas de elevada pres- Para sons com a mesma amplitude, quanto
são e designam-se zonas de compressão. As maior for a frequência do som maior é a inten-
zonas de reduzida densidade são zonas de sidade. Como A e B têm a mesma amplitude,
baixa pressão e designam-se zonas de rarefa- o de maior frequência é o de maior intensi-
ção. É nesta sequência de compressões e ra- dade. Assim, o som B é mais intenso que o
refações que consiste a propagação de um som A.
som no ar. 6.6. Determinar a velocidade do som no ar à
6.4.1. temperatura de 35 °C.
Um sinal puro ou simples é representado em vsom(ar) = (331 + 0,606 * q)
termos temporais ou espaciais por uma fun- vsom(35 °C) = 331 + 0,606 * 35 §
ção sinusoidal. É possível determinar com cla- § vsom(35 °C) =352 m s-1
reza o comprimento de onda ou o seu período. Determinar o comprimento de onda da onda
6.4.2. sonora a 35 °C.
(A) f = 1100 Hz
f = 440 Hz v 352
1 1 v = lf § l = §l= §
f 1100
T= §T= § T = 2,27 * 10 s §
-3

f 440 § l =0,320 m § l = 320 mm


§ T = 2,27 ms A 35 °C, o comprimento de onda da onda so-
No gráfico A, 2T = 4,54 ms § T = 2,27 ms. nora é 320 mm.
Este é o gráfico que traduz corretamente o pe- 6.7.
ríodo de som. Relacionar o intervalo de tempo de propa-
6.5.1. gação com a velocidade.
Analisar a representação gráfica da figura. d d
A representação gráfica traduz a variação v= § Dt =
Dt Dt
temporal de duas ondas, A e B. Destes gráfi-
dgranito
cos podemos obter o período do movimente e Dtgranito =
vgranito
consequentemente a frequência.
dcobre
Comparar o período e a frequência das Dtcobre =
vcobre
ondas A e B
TA > TB ± fA < fB Comparar as distâncias percorridas.
Comparar os comprimentos de onda de A e A leitura no gráfico de barras permite concluir
B. que a velocidade do som no cobre é 6000 m s-1
As duas ondas propagam-se no mesmo meio, e no granito 3600 m s-1.
assim, têm a mesma velocidade de propaga- dgranito dcobre
Dtgranito = Dtcobre § = §
ção. vgranito vcobre
l dgranito
v= § l = vT § dcobre = * vcobre
T vgranito
Dado que a velocidade de propagação é a dgranito
dcobre = * vcobre §
mesma, quanto maior for o período maior é o vgranito
comprimento de onda. Assim, como a onda A 1,00
tem maior período, terá maior comprimento de § dcobre = * 6000 § dcobre =1,67 m
3600
onda.

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No intervalo de tempo em que o som percorre de forma contínua, mas antes parece ser uma
1,00 m no granito, percorre 1,67 m no cobre. representação com base num código binário.
7.4.2.
6.8.1.
Ao contrário dos sinais analógicos, nos sinais
Determinar o valor médio do intervalo de
digitais é mais fácil eliminar ruídos e é possível
tempo medido.
copiá-los um elevado número de vezes sem
5,71 + 5,97 + 5,45 + 5,60
D
√ t= §D
√ t =5,68 ms que percam qualidade relativamente ao sinal
4 inicial.
Exprimir o intervalo de tempo médio em 7.5.1.
unidades SI, ou seja, segundo. 1 – Sinal ou mensagem que se pretende trans-
√Dt =5,68 ms § √Dt = 5,68 * 10-3 s mitir
Determinar o valor da velocidade do som no 2 – Onda portadora
ar. 3 – Sinal modulado
d 2,00 7.5.2.
v= § vsom = §
√Dt 5,68 * 10-3 A modulação representada na figura da direita
§ vsom = 352 m s-1 corresponde a uma modulação em frequência
A velocidade do som determinado nestas con- (FM), já que a onda modulada relativamente à
dições experimentais é 352 m s-1. onda portadora sofre alteração a nível da fre-
6.8.2. quência, mantendo-se a amplitude.
Se as mãos estiverem alinhadas com os mi- 7.5.3.
crofones, o intervalo de tempo que é registado A modulação FM como não é sensível a alte-
corresponde ao tempo que o som resultante rações de amplitude é, por isso, pouco afetada
da palmada demora a ir de um microfone ao pelo ruído.
outro, ou seja, de A a B. Se a palmada não for 7.6.1.1.
dadas em linha com os microfones, o intervalo O campo elétrico criado por uma carga pontual
de tempo obtido pode não corresponder ao positiva num ponto à distância d da carga cria-
tempo que pretendemos. dora tem direção radial e sentido do ponto para
6.8.3. o exterior. Se a carga for negativa, o campo
Uma das alterações que se observaria é que o criado por esta carga nesse ponto é também ra-
intervalo de tempo que o som demora de A a dial mas dirigida do ponto para a carga. Assim,
B ia aumentar. Por outro lado, como o micro- no esquema A, o campo criado no ponto X vai
fone B está mais afastado haverá maior perda ser a soma do campo criado pela carga positiva
de intensidade do som ao chegar a este micro- e do campo criado pela carga negativa. Como
fone e como consequência os picos observa- os vetores que representam estes campos têm
dos deverão ter menor amplitude. a mesma direção se sentido, o campo em X terá
a direção da reta que une as cargas e sentido
7. Descobrindo a rádio do ponto X para a carga negativa.
7.1. O pensamento pioneiro de Maxwell foi escre- 7.6.1.2.
ver quatro equações que unificam o campo No esquema A, os vetores que representam o
elétrico com o campo magnético. campo criado pelas cargas têm a mesma di-
7.2. A experiência de Hertz foi a primeiro processo reção e sentido. Assim, nesse esquema, o
experimental para gerar em laboratório ondas valor do campo em X é a soma do valor do
de rádio. Assim, deu-se início ao desenvolvi- campo criado pela carga positiva e negativa.
mento da tecnologia que veio a permitir as co- No esquema B, os vetores que representam o
municações a grandes distâncias. campo têm a mesma intensidade, mas senti-
7.3. (A) dos opostos. Assim, o campo no ponto Y será
7.4.1. » = 0.
nulo, isto é, E(Y) »
O sinal representado é digital já que a variação Como consequência, a intensidade do campo
da grandeza representada no eixo vertical, habi- elétrico em X é superior à intensidade do
tualmente a diferença de potencial (U), não varia campo em Y, já que neste ponto é nulo.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

7.6.1.3. f = N B A cos q (sendo q o ângulo entre o campo


O campo criado por duas cargas simétricas é magnético e a normal ao plano da espira.
o representado na figura da direita. Determinar a área de cada espira.
As linhas de campo do campo criado por duas Espira circular: A = pr2 §
cargas elétricas simétricas são orientadas de A = p(5 * 10-2)2 § A = 8,5 * 10-3 m2
uma carga para a outra (da carga positiva para Determinar a força eletromotriz induzida no
a carga negativa), sendo linhas “fechadas” de intervalo de tempo [0 ; 2[ s.
uma carga até à outra. Como neste intervalo de tempo o módulo do
7.6.2.1. campo magnético é constante, não há varia-
Esquema C. A orientação das linhas de campo ção de fluxo magnético nas espiras, pelo que
do campo magnético gerado por uma corrente a força eletromotriz é nula.
num fio condutor longo, é dada pela regra da Determinar a força eletromotriz induzida no
mão direita. Quando o polegar aponta no sen- intervalo de tempo [2 ; 6[ s.
tido da corrente, os restantes 4 dedos ao f(t = 2 s) = 100 * 0,002 * 8,5 * 10-3 §
“agarrarem” o fio movimentam-se no sentido § f(t = 2 s) = 1,7 * 10-3 Wb
das linhas de campo. Como no esquema A, a f(t = 6 s) = 100 * 0 * 8,5 * 10-3 §
corrente tem sentido descendente, as linhas § f(t = 2 s) = 0
de campo serão orientadas em sentido contrá-
rio ao representado na figura.
|e| =∆
| |
Df
Dt
§e=
|
0 - 1,7 * 10-3
6-2 |§

As linhas de campo do campo magnético § e = 4,3 * 10 V -3

orientam-se do pólo norte para o pólo sul. O módulo da força eletromotriz induzida no in-
Assim, no esquema B o sentido das linhas de tervalo de tempo [2 ; 6[ s foi de 4,3 * 10-3 V.
campo está errado. 7.6.3.4.
7.6.2.2. Um microfone de indução é fundamental-
(D) As linhas de campo num ponto têm por mente constituído por uma bobina móvel, a
tangente o vetor campo magnético. Este tem que está acoplada uma membrana e um íman
o sentido das linhas de campo. A unidade SI da que permanece fixo dentro do micofone.
intensidade do campo magnético é o tesla (T). Quando ondas sonoras atingem a membrana,
7.6.3.1. esta oscila e a bobina que lhe está associada
Faraday descobriu que o movimento de um move-se no campo magnético gerado pelo
íman nas proximidades de um fio condutor íman. Como há variação do fluxo magnético nas
gera uma corrente elétrica nesse fio condutor. espiras da bobina, é gerada uma força eletro-
7.6.3.2. motriz induzida. Como a diferença de potencial
Movimentando o íman no interior de uma bo- criada é muito pequena, o sinal é amplificado e
bina nos sentidos indicados fará com que haja depois enviado para os altifalantes.
variação do fluxo magnético através das espi-
ras e, como consequência, gerar-se-á uma 8. Comunicar com radiação
força eletromotriz induzida que origina uma eletromagnética
corrente elétrica. Assim, o ponteiro do micro- 8.1.1.
amperímetro movimentar-se-á num sentido (C) Pela leitura direta da tabela verifica-se que
quando o íman se aproxima da bobina e em quanto maior é o comprimento de onda, menor
sentido contrário quando o íman se afasta do é o índice de refração de um dado meio para
enrolamento de fio metálico. cada radiação.
7.6.3.3. Na opção C, refere-se que quanto maior for a
Identificar o processo de determinar a força frequência maior é o índice de refração. A ve-
eletromotriz induzida. locidade de propagação, o comprimento de
O módulo da força eletromotriz (e) é dado por: onda e a frequência relacionam-se através da
|e| =∆
| |
Df
Dt
. O fluxo magnético (f) para N espi- expressão: v = lf. Como num dado meio,
quanto maior for a frequência menor é o com-
ras é determinado através da expressão
primento de onda, opção C é a correta.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

8.1.2. Pela definição de índice de refração, quanto


O índice de refração de uma radiação num maior for a velocidade de propagação num
c meio menor é o índice de refração desse meio.
dado meio é dado por n = , em que v é a ve-
v Assim, o vidro da lâmina A tem menor índice
locidade da luz nesse meio e c a velocidade da
de refração que o da lâmina B.
luz no vazio. 8.3. (B)
c c Expressar o índice de refração em função
n= §v=
v n da velocidade da luz no vazio e no líquido
Como c é uma constante (velocidade da luz no transparente.
vazio), quanto maior for o índice de refração, c
menor é a velocidade da luz nesse meio. n(líquido) =
vlíquido
Assim, para o mesmo comprimento de onda,
Exprimir a velocidade da luz num dado meio
o meio que tem maior índice de refração é o
em função da distância e o intervalo de tempo.
vidro B, pelo que é neste meio que a luz se pro-
dA
paga com menor velocidade. No vazio: c =
Dt
8.1.3. dB
O índice de refração do revestimento do núcleo No líquido transparente: vlíquido =
Dt
de uma fibra ótica deverá ser menor do que o Deduzir a expressão do índice de refração:
valor do índice de refração do núcleo. Só deste dA
modo poderá ocorrer reflexão total quando luz c Dt
n(líquido) = § n(líquido) = §
que se propaga no núcleo incide na superfície de vlíquido dB
separação núcleo-revestimento. O princípio de dA Dt
funcionamento das fibras óticas baseia-se no fe- § n(líquido)=
dB
nómeno de reflexão total. Assim, o revestimento 8.4. O declive da reta traçada no gráfico traduz o
do núcleo da fibra deverá ser feito com vidro A.
índice de refração do meio B em relação ao
8.1.4.
meio A.
Identificar o índice de refração do vidro A e nB
nA sin i = nB sin r § sin i = sin r
da água para radiação de comprimento de nA
onda 800 nm. Comparando esta equação com y = k x, assim,
n(l = 800 nm para o vidro A) =1,511 nB
sin i será y, a constante de proporcionali-
n(l = 800 nm para a água) = 1,328 nA
Aplicar a lei de Snell-Descartes. dade e x será sin r.
n1sinq1 = n2sinq2 § 1,511 sinq1 = 1,328 sin 53° 8.5.1.
1,328 sin 53° As ondas em A e B antes de sofrerem difração
sinq1 = § sinq1 = 0,702 ±
1,511 têm igual comprimento de onda, podendo ser
± q1 = 45° geradas pela mesma fonte, no mesmo meio.
O ângulo de incidência é de 45°. 8.5.2.
8.1.5. Ocorre difração quando a ordem de grandeza
(B) O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de do comprimento de onda das ondas que en-
incidência. Como a luz está a passar de um contram obstáculos ou fendas é aproximada-
meio menos denso para um meio mais denso, mente igual ou maior que as dimensões
o raio refratado vai ter menor velocidade que desses obstáculos ou fendas.
o raio incidente, pelo que se aproxima da nor- Na figura A, a dimensão da fenda é muito
mal. Assim, o ângulo de refração será menor
maior que o comprimento de onda das ondas
que o ângulo de incidência e, como tal, menor
que a atravessam. Assim, a difração é pouco
que o ângulo de reflexão.
significativa. Já no esquema B é bem visível a
8.2. O índice de refração de uma radiação num
c ocorrência de difração. Neste esquema, a di-
dado meio é dado por: n = . mensão da fenda através da qual as ondas
v
Na lâmina A, o ângulo de refração é maior que passam é da ordem de grandeza do compri-
na lâmina B. Assim, a velocidade de propagação mento de onda das ondas. Deste modo, ocorre
se luz na lâmina A é maior que na lâmina B. difração apreciável.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

1. O AMONÍACO NA SOCIEDADE

O amoníaco (NH3) é uma das substâncias produzidas na in-


dústria química que tem mais impacto na nossa sociedade.
É utilizado na produção de fertilizantes, de explosivos, de
corantes e de ácido nítrico.
A nível agrícola, o uso intensivo dos solos torna-os mais po-
bres, pelo que é necessário adicionar-lhes quantidades sig-
nificativas de compostos que contenham azoto, fósforo e
potássio. A adição é feita a partir de adubos, sendo os mais
importantes os azotados, que são fabricados a partir de
amoníaco e ácido nítrico. Adubo azotado.
O amoníaco forma-se pela reação de síntese, a elevada pressão, recorrendo ao azoto at-
mosférico e ao hidrogénio.
Um dos objectivos fundamentais da indústria de produção do amoníaco é obtê-lo ao preço
mais baixo possível, mas respeitando as regras de segurança e de proteção ambiental.

1.1. Explique em que consiste uma reação de síntese.


1.2. Selecione a opção que completa corretamente a frase seguinte:
O azoto utilizado na síntese do amoníaco é obtido a partir do ar por…
(A) … decantação em funil. (B) … destilação fracionada.
(C) … destilação simples. (D) … centrifugação.
1.3. O gráfico mostra como varia a constante de equilíbrio, Kc
Kc, da síntese do amoníaco em função da tempera-
tura.
1.3.1. Escreva a equação química que traduz a síntese do
amoníaco.
1.3.2. Escreva a expressão da constante de equilíbrio e ex-
plique como esta varia com a temperatura.
Temperatura
1.3.3. Com base na informação apresentada, selecione a al-
Variação da constante de equilíbrio
ternativa correcta.
da síntese do amoníaco com a
(A) A diminuição da temperatura aumenta o rendi- temperatura.
mento da reação.
(B) A elevação da temperatura diminui a velocidade da reação.
(C) A reação de síntese do amoníaco é endotérmica.
(D) A elevação de temperatura favorece o consumo de H2 e de N2.
1.3.4. Indique o significado de cada um dos seguintes símbolos encontrados no rótulo de uma so-
lução aquosa de amoníaco a 25% (m/m).

(A) (B) (C) (D)


1.3.5. Refira por que motivos são impostas condições de segurança na manipulação do amoníaco.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

1.4. O gráfico da figura representa, aproximadamente, as percentagens de amoníaco em equilíbrio


com os gases azoto (N2) e hidrogénio (H2) na mistura da reação, a diferentes pressões e tem-
peraturas.

70

60
% de NH3 na amostra

50

300 °C
40

30
350 °C
20
400 °C
X
10
500 °C
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 Ptotal/atm

Composição do sistema reacional.

1.4.1. Atendendo apenas à informação contida no gráfico da figura anterior, selecione a única al-
ternativa correcta.
(A) A formação de amoníaco é favorecida em condições de alta temperatura e alta pressão.
(B) A reação de formação de amoníaco é um processo endotérmico.
(C) Em recipiente fechado, a pressão constante, o aumento de temperatura favorece a de-
composição do amoníaco em hidrogénio e azoto.
(D) Em recipiente fechado, a pressão constante, um aumento de temperatura faz aumentar
o valor da constante de equilíbrio.
1.4.2. Admita que a reação de síntese de amoníaco realizada à temperatura de 400 °C e à pressão
de 130 atm tenha produzido 75 toneladas de amoníaco até se atingir o equilíbrio.
Se essa síntese tivesse sido feita à temperatura de 300 °C e à pressão de 100 atm, quantas
toneladas a mais de amoníaco seriam obtidas?
Apresente todas as etapas de resolução.
1.4.3. Refira, justificando, se a linha do gráfico da figura, assinalada com x, pode corresponder
aos dados de equilíbrio para uma reação realizada à temperatura de 500 °C na presença
de um catalisador.
1.4.4. Com base no conceito de equilíbrio químico e nos dados fornecidos, indique quais seriam,
teoricamente, as condições de pressão e temperatura que favoreceriam a formação de NH3.
Fundamente sua resposta.
1.4.5. Na prática, a reação é efectuada nas seguintes condições: pressão entre 200 e 300 atmos-
feras, temperatura de 450 °C utilizando-se ferro metálico como catalisador. Justifique por
que motivo essas condições são utilizadas industrialmente para a síntese de NH3.
1.5. Considere a variação de entalpia
Tipo de ligação Energia de ligação / kJ mol-1
(!H) para a reação de síntese do
amoníaco -93 kJ. H-H 436
Complete a tabela que se segue, de-
terminando o valor x. N≠N 94

Apresente todas as etapas de reso- H-N x


lução.
Energias de ligação.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

1.6. A cisplatina ou cis-diaminodicloroplatina (II), cuja fórmula química é Pt(NH3)2Cl2, é um


agente antineoplásico. Desempenha um papel importante no tratamento de diversos tipos
de cancro, sendo utilizado na maioria dos protocolos de tratamento de diversas neoplasias
(testículo, ovário, garganta, bexiga, esófago, etc).
Este princípio activo é preparado através da reação de amoníaco com o tetracloroplatinato
de potássio – K2PtCl4 – segundo a reação traduzida pela seguinte equação:
K2PtCl4 + 2 NH3 " Pt(NH3)2Cl2 + 2 KCl
1.6.1. Considere uma situação em que se utilizaram 10,0 g de amoníaco e 100,0 g de tetracloro-
platinato de potássio – K2PtCl4.
1.6.1.1. Determine a quantidade de cisplatina que se formou nas condições referidas, ad-
mitindo um rendimento de 80,0%.
1.6.1.2. Determine a quantidade de reagente que ficou por reagir.
1.6.2. Considere os dados da tabela seguinte.
Dados físico-químicos Pt(NH3)2Cl2 K2PtCl4

Solubilidade em água 2,5 g/L (20 °C) 10 g/L (20 °C)

Ponto de fusão 270 °C (decomposição) 250 °C

Massa molar 300,05 g/mol 415,09 g/mol

Densidade a 20 °C 3,7 g/cm3 3,4 g/cm3

Valor de pH da solução saturada a 20 °C 5-7 4-5

Dados físico-químicos de reagente e produto da reação.

1.6.2.1. Com base na informação apresentada, selecione a alternativa correta.


(A) Uma solução saturada de Pt(NH3)2Cl2 é mais ácida que uma solução saturada
de K2PtCl4.
(B) Soluções saturadas de Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4 apresentam a mesma concen-
tração de iões H3O+.
(C) Soluções saturadas de Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4 podem apresentar a mesma
concentração em iões H3O+.
(D) Soluções saturadas de Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4 não possuem iões OH- em so-
lução aquosa.
1.6.2.2. Com base na informação apresentada, selecione a alternativa correta.
(A) Para iguais quantidades de Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4, o volume ocupado pelo
K2PtCl4 é 1,5 vezes maior que o volume ocupado pelo Pt(NH3)2Cl2.
(B) Para iguais quantidades de Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4, o volume ocupado pelo
K2PtCl4 é 1,1 vezes maior que o volume ocupado pelo Pt(NH3)2Cl2.
(C) Para iguais massas de Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4, o volume ocupado pelo K2PtCl4
é 1,5 vezes maior que o volume ocupado pelo Pt(NH3)2Cl2.
(D) Para iguais quantidades de Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4, o volume ocupado pelo
Pt(NH3)2Cl2 é 1,5 vezes maior que o volume ocupado pelo K2PtCl4.
1.7. Estudos feitos sobre a composição química de cigarros mostram que estes possuem amo-
níaco na sua composição. A adição de amoníaco é feita para aumentar os níveis de absorção
de nicotina pelo organismo.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

Selecione a opção que completa corretamente a frase seguinte.


Em cigarros cuja massa de amoníaco é cerca de 14 mg, podemos afirmar que cada um con-
tém…
(A) … 7 * 1019 moles de NH3.
(B) … 5 * 1020 átomos de H, provenientes de NH3.
(C) … 5 * 1020 moléculas de NH3.
(D) … 1,5 * 1021 átomos de N, provenientes de NH3.
1.8. A figura representa três cilindros, de
igual volume, cheios com diferentes mis-
turas gasosas. NH3 NH3
O conteúdo dos três recipientes encon-
NH3 + +
tra-se à mesma pressão e temperatura e
admite-se que todos os gases ou mistu-
H2 N2
ras gasosas tem comportamento de
gases perfeitos.
X Y Z
1.8.1. Selecione a alternativa que completa cor-
rectamente a frase seguinte. Cilindros contendo materiais gasosos.

A ordem crescente da massa dos cilindros é:


(A) X < Y < Z (B) X < Z < Y (C) Y < X < Z (D) Y < Z < X
1.8.2. O primeiro cilindro contém 4,48 dm3 de amoníaco, em condições normais de pressão e tem-
peratura (PTN).
Selecione a alternativa que permite calcular o número moléculas (N) de amoníaco que exis-
tem nesse cilindro.
(A) N = 4,48 * 22,4 * 6,02 * 1023 moléculas.
22,4
(B) N = * 6,02 * 1023 moléculas.
4,48
4,48
(C) N = * 6,02 * 1023 moléculas.
22,4
4,48
(D) N = moléculas.
22,4 * 6,02 * 103
1.9. A indústria de produção de ácido nítrico (HNO3) usa o amoníaco (NH3) como matéria-prima.
Admita que o processo considerado pode ser traduzido pela equação:
" 4 HNO (aq) + 10 H O (l) + 4 NO (g)
8 NH3 (g) + 13 O2 (g) @ 3 2

1.9.1. Misturaram-se 225 dm3 de NH3, com oxigénio suficiente, nas condições PTN.
Determine a massa, em gramas, de HNO3 produzida, sabendo que o rendimento da reação
é de 90,0%.
1.9.2. Explique o motivo pelo qual o amoníaco é considerado uma base segundo a teoria de Bröns-
ted-Lowry, mas não o é segundo a teoria de Arrhenius.
1.9.3. O ácido nítrico (HNO3) é constituído por átomos de oxigénio, azoto e hidrogénio.
Comente a afirmação:
O raio atómico do azoto é inferior ao raio atómico do oxigénio.
1.10. Para detetar se um produto comercial continha azoto amoniacal, um grupo de alunos efec-

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

tuou alguns ensaios laboratoriais.


Para evitar dificuldades na obtenção dos resultados, utilizaram também duas amostras pa-
drão.
Amostra padrão A – amostra de referência
Amostra padrão B – amostra em branco
1.10.1. Justifique o facto de os alunos usarem diferentes testes laboratoriais para identificar a
presença do azoto amoniacal no produto em análise.
1.10.2. Justifique a necessidade de usarem as amostras padrão A e B referidas.
1.11. O diagrama seguinte apresenta uma possível organização da atividade laboratorial realizada
pelos alunos.
Complete-o, indicando:
1.11.1. a designação da operação I;
1.11.2. a espécie química representada pela letra C;
1.11.3. os resultados dos testes, representados pelas letras D e E, a uma amostra do produto co-
mercial em estudo.

PRODUTO COMERCIAL

C Operação I NH3
Identificado através de

Reação Papel vermelho de


Reação com CuSO4 (aq)
com HCl tornesol humedecido

D E Precipitado azul claro


Com excesso

Solução adquire
cor azul escura

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2. RENDIMENTO DE UMA SÍNTESE

A síntese de um fármaco pode implicar várias fases desde as


matérias iniciais até ao produto final; a complexidade dessas
fases representa, talvez, o factor mais importante dos custos
de produção.
Nesse sentido, a indústria química actual tem como objectivo
produzir grandes quantidades de produto ao mais baixo custo
e respeitando as normas que impõem limites para a emissão
de substâncias poluentes, numa lógica de aliar a ciência com
a tecnologia e com a sociedade e o ambiente, de forma sus-
tentada. Síntese em laboratório.
As sínteses laboratoriais visam a obtenção de produtos não só em quantidades muito su-
periores àquelas que é possível extrair de fontes naturais, mas também produtos com pro-
priedades idênticas, mais acentuadas ou mesmo inexistentes nos produtos naturais.
No laboratório escolar mimetizam-se as sínteses que ocorre em grande escala. Uma das
sínteses que é habitual realizar-se é a do sal complexo sulfato de tetraaminocobre(II)
monohidratado.

2.1. De acordo com o texto, identifique a razão que mais contribui para o elevado custo de pro-
dução de um dado fármaco.
2.2. Selecione a opção que completa de forma correcta a frase que se segue.
Numa reação de síntese, o produto obtido é sempre…
(A) … uma substância simples. (B) … uma substância iónica.
(C) … uma substância composta. (D) … uma substância sólida, à temperatura ambiente.
2.3. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações.
(A) Quando se pretende realizar, industrialmente, a síntese de um produto é
necessário fazer-se um estudo quantitativo das reações químicas envolvidas.
(B) Numa reação química, as quantidades de produtos obtidos são, de um modo geral,
iguais às previstas pela estequiometria.
(C) Um rendimento de 35% significa que apenas reagiu 35% da massa total dos
reagentes.
(D) Os sais simples são constituídos por um único tipo de catião e um único tipo
de anião.
(E) Os sais hidratados são aqueles que contêm na sua estrutura, além de iões,
moléculas de água.
(F) Os sais que não estão hidratados dizem-se anidros.
(G) O sulfato de tetraaminocobre (II) monohidratado é um sal complexo.
2.4. Um grupo de alunos realizou, numa aula laboratorial, a síntese do sal sulfato de tetraami-
nocobre(II) monohidratado.
A reação que traduz a síntese deste sal é:
CuSO4.5 H2O (s) + 4 NH3 (aq) " [Cu(NH3)4]SO4.H2O (s) + 4 H2O (l)
2.4.1. Refira o nome do sal hidratado presente nos reagentes da reação.
2.4.2. Para realizar a síntese, o grupo de alunos usou:
• 8,0 cm3 de uma solução concentrada de amoníaco (M = 17,00 g mol-1) a 25,0% m/m e
r = 0,91 g cm-3;
• 2,03 * 10-2 moles de CuSO4.5H2O.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

A massa de sulfato de tetraaminocobre(II) monohidratado obtida nesta reação foi 3,53 g.


2.4.2.1. Determine qual dos reagentes é o limitante.
Apresente todas as etapas de resolução.
2.4.2.2. Calcule o rendimento da reação realizada.
2.5. Considere os seguintes instrumentos de vidro (as imagens não estão à escala).

5 mL 10 mL

(A) (B) (C) (D)


Selecione a alternativa que melhor se adequa para medir 8,0 cm3 de amoníaco.
2.6. Os cristais do sal CuSO4.5H2O foram reduzidos a pó num almofariz.
Selecione, das alternativas que se seguem, a única que traduz uma ação correcta.
(A) Os cristais de sal deveriam ser triturados depois de ter sido feita a pesagem da massa
correspondente às 0,020 moles.
(B) Os cristais de sal não deveriam ser reduzidos a pó antes da pesagem porque desse
modo é mais fácil medir a massa pretendida.
(C) Os cristais de sal deveriam ser reduzidos a pó porque assim a dissolução em água é
mais fácil.
(D) Os cristais de sal deveriam ser reduzidos a pó de modo a diminuir a sua hidratação.
2.7. Na figura seguinte, as imagens A, B, C , D E e F representam etapas do procedimento labo-
ratorial de preparação do sulfato de tetraaminocobre(II) monohidratado.
(A) (B) (C)

(D) (E) (F)

Etapas de preparação do sal sulfato de tetraaminocobre(II) monohidratado.

2.7.1. Ordene sequencialmente, da fase inicial à final, as imagens de A a F.


2.7.2. Explique que etapa da experiência representa a imagem E.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

2.8. Para remover a solução na qual os sais de sulfato de tetraaminocobre(II) monohidratado


se encontram, efectua-se uma filtração por sucção.
2.8.1. Apresente uma razão para ser realizada filtração por sucção e não filtração por gravidade.
2.8.2. Selecione a opção que indica o material necessário à realização da filtração por sucção.
(A) Papel de filtro, bomba de sucção, funil de Büchner e kitasato.
(B) Centrífuga, papel de filtro e funil de Büchner.
(C) Bomba de sucção, funil de líquidos, gobelé e papel de filtro.
(D) Papel de filtro, funil de líquidos, centrífuga e kitasato.
2.9. Explique por que razão a secagem dos cristais de sulfato de tetraaminocobre(II) monohi-
dratado não deve ser realizada numa estufa.
2.10. Além da síntese anterior, há muitas outras que são realizadas a nível da indústria química.
Por exemplo, em certas condições de pressão e temperatura, o clorato de potássio pode
ser sintetizado a partir do cloreto de potássio e oxigénio.
A equação que traduz a formação do clorato de potássio é:
2 KCl (s) + 3 O2 (g) " 2 KClO3 (s)
Numa dada reação, fez-se reagir 35,5 g de cloreto de potássio com 20% de impurezas com
42,4 g de oxigénio.
2.10.1. Selecione a alternativa que representa a expressão que permite determinar o número de
átomos de oxigénio presentes na amostra de oxigénio usada na reação.

42,4
(A) * 6,02 * 1023 átomos
32,00
42,4
(B) * 6,02 * 1023 átomos
16,00
16,00
(C) 2 * * 6,02 * 1023 átomos
42,4
42,4
(D) 2 * * 6,02 * 1023 átomos
32,00

2.10.2. Determine a massa de clorato de potássio produzida, admitindo que a reação é completa.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

3. NUM LABORATÓRIO DE QUÍMICA

O proprietário de um laboratório químico admite que está


a ser enganado por um dos seus fornecedores. Adquiriu, a
esse fornecedor, carbonato de sódio com garantia de pu-
reza do produto na faixa de 96 a 98%, mas a utilização que
tem feito do produto demonstra uma pureza inferior.
Assim, solicitou a um dos seus técnicos de laboratório que
verificasse a veracidade das informações, avaliando o grau
de pureza da amostra. Num laboratório químico.

O técnico começou por preparar uma solução do carbonato de sódio adquirido, dissolvendo
14,75 g de sal num balão volumétrico, obtendo-se 100,00 mL de solução. Dessa solução
foi retirada uma amostra de 10,00 mL que posteriormente foi titulada com ácido clorídrico
de concentração 0,50 mol dm-3.

3.1. Da lista de material/equipamento da tabela seguinte, selecione sete elementos que o téc-
nico de laboratório teve de utilizar para preparar a solução de carbonato de sódio.

Lista de material/equipamento
Vidro de relógio Garrafa de esguicho com água desionizada
Proveta de 5 mL Balão volumétrico de 100,00 mL
Medidor de pH Pipeta volumétrica de 4,00 mL
Termómetro Pipeta graduada de 4,0 mL
Cronómetro Garra para buretas
Pompete Refrigerante de Liebig
Espátula Agitador magnético
Balança Bureta de 50,00 mL
Gobelé Pipeta pasteur
Funil Suporte universal
Vareta Matraz de 100 mL

3.2. Descreva, resumidamente, o procedimento efectuado pelo técnico na preparação da solução.


3.3. Selecione a única opção que apresenta corretamente a
equação química que pode traduzir a titulação da solução de
carbonato de sódio pelo ácido clorídrico.
(A) HCl (aq) + Na2CO3(aq) " NaCl (aq) + H2CO3(aq)
(B) 2 HCl (aq) + Na2CO3(aq) " NaCl (aq) + H2CO3(aq)
(C) HCl (aq) + Na2CO3(aq) " 2 NaCl (aq) + H2CO3(aq)
HCl
(D) 2 HCl (aq) + Na2CO3(aq) " 2 NaCl (aq) + H2CO3(aq)
3.4. A solução de ácido clorídrico usada na titulação foi prepa-
rada pelo técnico a partir de ácido concentrado de um frasco
cujo rótulo, entre outras informações, continha as indicadas
na figura. Frasco com solução de ácido
clorídrico.

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Química

QUESTÕES GLOBALIZANTES

3.4.1. Dos seguintes símbolos, indique a alternativa que deve estar presente no rótulo da solução
de ácido clorídrico.

(A) (B) (C) (D)

3.4.2. Explique a razão pela qual a preparação de soluções diluídas de ácido clorídrico, a partir
da respectiva solução concentrada, deve ser realizada numa hotte.
3.4.3. Sabendo que o volume de solução de ácido preparado foi de 500,00 mL, determine o volume
de ácido clorídrico concentrado utilizado para preparar a solução diluída.
3.4.4. Refira o nome e a capacidade do instrumento volumétrico adequado para preparar a solução
diluída.
3.4.5. A figura ao lado apresenta a pipeta volumétrica utilizado pelo técnico
para medir o volume de solução concentrada necessária para preparar a
solução diluída de ácido clorídrico, observando-se a sua capacidade, a in-
certeza associada à sua calibração ¿ 0,04 mL.
Tendo em conta as informações fornecidas, indique o intervalo de valores
no qual está contido o volume de solução de ácido clorídrico concentrado 20

medido. + 0,04
mL

3.4.6. O técnico deverá ter alguns cuidados ao efetuar a leitura do nível de lí-
quido na pipeta volumétrica, de modo a medir corretamente o volume de
solução aquosa preparada.
Considerando o ilustrado na figura seguinte, selecione a única alternativa
que corresponde à condição correcta de medição.
(A) (B) (C) (D)

Condições de medição do nível de líquido com uma pipeta volumétrica.

3.4.7. Refira o nome do tipo de erro que se pretende evitar ao ter os cuidados referidos em 2.4.6.
3.4.8. Descreva resumidamente o procedimento efectuado pelo técnico para preparar a solução
diluída de ácido clorídrico.
3.4.9. Comente a seguinte afirmação:
Para fazer a primeira mistura de ácido concentrado com a água é indiferente verter a água
sobre o ácido concentrado ou o ácido concentrado sobre a água.
3.5. Para efetuar a titulação da solução de carbonato de sódio, o técnico começou por preparar
a bureta para, de seguida, a encher com solução diluída de HCl.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES

Realizou quatro ensaios, nas mesmas condições, a 25 °C, tendo obtido os resultados regis-
tados na tabela apresentada a seguir.

1.° ensaio 2.° ensaio 3.° ensaio 4.° ensaio

Registo de Vinicial/cm3 4,25 3,15 15,25 2,18


resultados
experimentais. Vfinal/cm3 54,25 53,25 67,75 52,08

3.5.1. Explique o que se deve entender por “preparar a bureta”.


3.5.2. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem sequencialmente os
espaços seguintes, de modo a obter uma afirmação correcta.
Para medir as quatro amostras de titulado utilizou-se ____________________ e para efec-
tuar a titulação __________________________
(A) … um gobelé… uma proveta. (B) … uma proveta… uma bureta.
(C) … uma pipeta… uma bureta. (D) … uma bureta… uma proveta.
3.5.3. Justifique por que motivo, aquando da preparação do material para fazer a titulação, se:
3.5.3.1. deve passar a bureta pela solução de ácido clorídrico 0,50 mol dm-3;
3.5.3.2. deve passar a pipeta volumétrica pela solução de carbonato de sódio;
3.5.3.3. não deve passar o matraz por nenhuma destas soluções.
3.5.4. Relativamente aos volumes de titulante medidos, pode afirmar-se:
Selecione a única alternativa correcta.
(A) O 4.° ensaio deve ser desprezado e a incerteza da leitura é 0,05 cm3.
(B) Nenhum dos ensaios deve ser desprezado e a incerteza da leitura é 0,05 cm3.
(C) O 3.° ensaio deve ser desprezado e a incerteza da leitura é 0,05 cm3.
(D) Nenhum dos ensaios deve ser desprezado e a incerteza da leitura é 0,1 cm3.
3.5.5. Refira em que fase da adição de HCl (aq) se obtém uma maior variação de pH nos ensaios
de titulação efectuados.
3.5.6. Determine o volume de titulante gasto na titulação, exprimindo esse resultado em função
do valor mais provável.
Apresente todas as etapas de resolução.
3.6. Determine a concentração da solução de carbonato de sódio.
Apresente todas as etapas de resolução.
3.7. Das curvas de titulação a seguir apresentadas, selecione a única que pode traduzir a titu-
lação do carbonato de sódio com o ácido clorídrico.
Justifique a sua opção.

pH (A) pH (B) pH (C) pH (D)

p.e.
7 p.e. 7 7 p.e. 7
p.e.

vtitulante vtitulante vtitulante vtitulante


Curvas de titulação.

3.8. Explique, recorrendo a cálculos, o motivo pelo qual o laboratório deve devolver o lote de
carbonato de sódio adquirido ao fornecedor.

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4. QUALIDADE DO LEITE

Um dos factores que determinam a qualidade do leite é a sua


acidez. O leite logo após a ordenha possui uma acidez natural
devido à presença, na sua composição, de caseína, fosfatos, al-
bumina, dióxido de carbono, citratos e outros componentes.
Essa acidez pode ser aumentada pela formação de ácido láctico,
que é produzido pela degradação da lactose por bactérias tam-
bém presentes no leite. Neste caso, essa acidez indica que a ati-
vidade microbiana no produto é muito elevada e, por isso, o leite
pode tornar-se impróprio para consumo. Leite do dia.
A acidez natural do leite varia entre 13 e 17, expressa pela Norma Portuguesa NP–470
(de acordo com esta norma, entende-se por acidez de um leite, o volume de solução alca-
lina 1,0 mol dm-3, expresso em cm3, necessário para neutralizar 1,0 dm3 de leite).
De acordo com a referida NP, se a acidez de uma dada amostra de leite for inferior a 17,
esse leite é próprio para consumo.
A acidez do leite também pode ser expressa em quantidade de H3O+ (número de moles)
por litro de leite ou em gramas de ácido láctico por litro de leite.
O leite proveniente de diversas fontes, após misturado, apresenta pH que varia entre 6,6
e 6,8 (6,7 a 20 °C ou 6,6 a 25 °C).
A densidade do leite varia entre 1,023 g/mL e 1,040 g/mL, a 15 °C.

4.1. Escreva a equação química que traduz a ionização do ácido láctico, CH3CHOHCOOH, em água.
4.2. Determine o valor médio da densidade do leite a 288,15 K.
Apresente todas as etapas de resolução e o valor determinado com o número de algarismos
significativos correto.
4.3. Na indústria de laticínios, tendo em vista a qualidade dos produtos, um dos parâmetros fun-
damentais a ser controlado é a acidez do leite.
Determina-se esse parâmetro, fazendo-se reagir amostras de leite com uma solução
aquosa de hidróxido de sódio até completa neutralização.
Num dos ensaios, uma amostra de 10,00 cm3 de leite foi titulada com solução de hidróxido
de sódio de concentração 0,100 mol dm-3.
4.3.1. Explique o significado da expressão “(…) fazendo-se reagir amostras de leite com uma so-
lução aquosa de hidróxido de sódio, até completa neutralização”.
4.3.2. Para efectuar a titulação preparou-se uma bureta com hidróxido de sódio.
Na figura está representado o nível de titulante na bureta no início e no final da titulação.

12 14

13 15
Nível de líquido na
bureta no início e no
final da titulação. Início da titulação Final da titulação
Determine o volume de titulante gasto na titulação do 10,00 mL de leite.
Apresente todas as etapas de resolução.

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4.3.3. Selecione a alternativa que completa corretamente a frase seguinte:


A pipeta que foi usada para a medição das tomas de leite tem de ser…
(A) … muito bem lavada e passada por água desionizada.
(B) … muito bem lavada, passada por água desionizada e obrigatoriamente seca.
(C) … muito bem lavada, passada por água desionizada e pelo leite que de seguida vai medir.
(D) … muito bem lavada, passada por água desionizada e colocada a secar na estufa.
4.3.4. Selecione a única alternativa que refere o material de vidro necessário para efectuar, com
rigor, a titulação referida em 3.3.
(A) Pipeta graduada de 10 mL, matraz de 50 mL, bureta de 25,00 mL.
(B) Pipeta volumétrica de 10,00 mL, balão volumétrico de 12,00 mL, bureta de 25,00 mL.
(C) Pipeta volumétrica de 10,00 mL , matraz de 50 mL, bureta de 25,00 mL.
(D) Pipeta graduada de 10 mL, balão volumétrico de 20,00 mL, bureta de 25,00 mL.
4.3.5. Tendo em consideração o leite em estudo, selecione a única alternativa correcta.
(A) A 20 °C, 500 mL desse leite contém, em média, 1 * 10-7 mol de iões H3O+.
(B) Em qualquer amostra desse leite, à temperatura de 25 °C, a [OH-] é menor do que a
[OH-] à temperatura de 20 °C.
(C) A 25 °C, o pH desse leite é inferior ao seu pH a 20 °C, porque o aumento de temperatura
diminui a ionização das substâncias ácidas.
(D) A 20 °C, 500 mL desse leite podem conter 5 * 10-8 mol de iões OH-.
4.3.6. Selecione a única alternativa que completa corretamente a frase seguinte.
Tendo em consideração a titulação em estudo, podemos prever que, a 25 °C, a solução re-
sultante no ponto de equvalência…
(A) … será ácida e torna carmim a fenolftaleína.
(B) … terá pH = 7.
(C) … terá pH superior a 7.
(D) … terá pH menor do que 7.
4.3.7. Determine, apresentando todas as etapas de resolução, a acidez do leite em estudo ex-
pressa:
4.3.7.1. em quantidade de ácido láctico por litro de leite;
4.3.7.2. em massa de ácido láctico, expressa em gramas, por litro de leite.
4.3.8. Tendo como referência a Norma Portuguesa NP–470, verifique se o leite de onde foi retirada
a amostra para análise é próprio para consumo.
4.4. Em sistemas como o leite, a acidez, seja ela resultante de ácidos fortes ou de ácidos fracos,
é determinada por titulação. Se o ácido HA do leite fosse um ácido forte, a concentração
desse ácido no leite originaria um pH de 1,7. No entanto, sabe-se que o leite tem pH de cerca
de 6. Considerando a diferença entre ácidos fortes e fracos, justifique o valor mais elevado
do pH do leite.

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5. CONTROLO DA ACIDEZ DE UM AQUÁRIO

A água dos aquários deve ser contro-


lada, nomeadamente a nível do pH.
Mudanças bruscas no valor do pH são
perturbadoras para os peixes e, por
outro lado, a concentração de iões H3O+
deve ser compatível com as caracterís-
ticas dos peixes. Assim, é necessário
manter estável o pH.
A correção do pH pode ser feita utili-
zando-se várias substâncias.
Para acidificar a água do aquário podem ser utilizadas soluções de ácido clorídrico (HCl)
ou ácido fosfórico (H3PO4). Porém, deve ser tomado muito cuidado na manipulação destas
substâncias, pois trata-se de ácidos fortes que podem causar queimaduras em contacto
com a pele, além do ião fosfato (PO43-) permitir a proliferação de algas.
A título de exemplo, se se deseja corrigir o pH de 7 para 6,8, deve utilizar-se uma solução
30% (m/m) de HCl na proporção de 1 gota (0,2 cm3) para cada 3,0 L de água.

5.1. Com base na informação do texto, selecione a única alternativa correcta.


(A) Numa solução neutra, qualquer que seja a temperatura, [OH-] = [H3O+] = 10-7 mol dm-3.
(B) Numa solução ácida, qualquer que seja a temperatura, [H3O+] > [OH-].
(C) Numa solução ácida, qualquer que seja a temperatura, [H3O+] < [OH-].
(D) Numa solução alcalina, qualquer que seja a temperatura, [OH-] > 10-7 mol dm-3.
5.2. Uma solução de ácido clorídrico a 30% (m/m) tem densidade aproximadamente 1,2 g/cm3.
A massa de HCl, expressa em gramas, existente numa gota (0,20 cm3) dessa solução é
dada por:
Selecione a opção correcta.
(A) m(HCl) = 0,30 * 1,2 * 0,20
0,30 * 1,2
(B) m(HCl) =
0,20
0,30 * 0,20
(C) m(HCl) =
1,2
0,30
(D) m(HCl) =
1,2 * 0,20
5.2.1. Determine, a 25 °C, a concentração de iões OH- quando pH da solução é 6,8.
5.2.2. O ácido fosfórico pode sofrer três ionizações em água.
As equações que traduzem essas ionizações são:
" H PO - (aq) + H O+ (aq)
I. H PO (aq) + H O (l) @
3 4 2 2 4 3

II. H2PO (aq) + H2O (l) @


- " HPO (aq) + H O+ (aq)
2-
4 4 3
" PO 3- (aq) + H O+ (aq)
III. HPO 2- (aq) + H O (l) @
4 2 4 3

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5.2.2.1. Das alternativas seguintes, selecione a única correta.


(A) Nestas reações, a água comporta-se como partícula anfotérica.
(B) As espécies H3PO4/HPO42- constituem um par ácido-base conjugado.
(C) A espécie HPO42- (aq) é uma partícula anfotérica.
(D) A espécie PO43- (aq) pode ser um ácido segundo Brönsted-Lowry.
5.2.2.2. Escreva a expressão que traduz a constante de acidez para a primeira ionização
do ácido fosfórico.
5.3. Adicionaram-se 0,05 mol de cloreto de sódio (NaCl) à água do aquário (pH = 7) e verificou-
-se que o valor de pH não sofreu alteração. Contudo, adicionando-se 0,05 mol de cloreto
de amónio (NH4Cl) verificou-se que ocorreu variação no valor de pH.
Escreva um pequeno texto em que:
– realce o diferente comportamento destes dois sais em água;
– preveja se a solução obtida com o cloreto de amónio é ácida ou básica;
– justifique a previsão realizada.
5.4. As piscinas também são sistemas que necessitam de permanentes controlos do pH e da
temperatura.
O gráfico traduz o produto iónico da água em função da temperatura.

KW

1,0 x 10–13

8,0 x 10–14

6,0 x 10–14

4,0 x 10–14

2,0 x 10–14

0
Produto iónico 0 10 20 30 40 50 60
da água. Temperatura/°C

5.4.1. Classifique a autoionização da água em termos energéticos.


5.4.2. Uma amostra de água de uma piscina foi aquecida à temperatura de 34 °C. O valor do pH
da água a essa temperatura era 6,6.
Determine o pOH da água dessa piscina a 34 °C, apresentando todas as etapas de resolu-
ção.

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6. ÁGUA, ÁGUA E… MAIS ÁGUA…

“Quando o velho marinheiro de Coleride disse


“Água, água, por todo o lado, mas nem só uma gota
para beber”, dava com isso uma ideia razoável da
situação global. A “água para beber” é um centé-
simo de 1% da água do mundo, cerca de uma gota
em cada balde de água. A proporção de água doce
do planeta é bastante superior – à volta de 3,5% –
, mas a maior parte está congelada nas calotes de
gelo e nos glaciares das montanhas. Como a água
do mar é corrosiva e tóxica para os animais e plan-
tas terrestres, quase toda a água que utilizamos Água em diferentes estados físicos.
tem de vir dessa preciosa centésima parte de 1%. Porém, ao contrário de muitos outros re-
cursos naturais, a água é renovável, ou seja, é reposta continuamente pelo ciclo hidrológico.”
in H2O – Uma Biografia da Água, Philip Ball, p. 325 (1.a edição)

6.1. Explique o significado da frase do texto:


“Água, água, por todo o lado, mas nem só uma gota para beber.”
6.2. Justifique com uma expressão do texto, o facto de a água do mar não ser adequada ao con-
sumo pelos seres vivos terrestres.
6.3. Substitua a expressão “água para beber” por outra equivalente.
6.4. Analisaram-se os rótulos comerciais de três águas engarrafadas (X, Y e Z), tendo-se trans-
crito algumas informações para a tabela apresentada.
Tenha em atenção a capacidade das garrafas analisadas.
Água X Água Y Água Z

Garrafa de 0,5 L Garrafa de 1 L Garrafa de 1,5 L

pH 5,71 pH 6,2 pH 5,64

Ião hidrogenocar- Ião hidrogenocar- Ião hidrogenocar-


5,2 mg/L 1958 mg/L 8,1 mg/L
bonato (HCO3–) bonato (HCO3–) bonato (HCO3–)

Ião sódio (Na+) 6,0 mg/L Ião sódio (Na+) 604 mg/L Ião sódio (Na+) 6,0 mg/L

Ião cálcio (Ca2+) 0,90 mg/L Ião cálcio (Ca2+) 80 mg/L Ião cálcio (Ca2+) 0,65 mg/L

Sílica (SiO2) 16,8 mg/L Sílica (SiO2) 56 mg/L Sílica (SiO2) 13,0 mg/L

Informações contidas em rótulos comerciais de três águas engarrafadas.

6.4.1. Identifique qual das águas é mais ácida. Justifique a sua resposta.
6.4.2. Refira qual das águas se “oporá” menos à formação de espuma. Justifique a sua resposta.
6.4.3. A sílica é um constituinte de cada uma das águas analisadas.
6.4.3.1. Indique se a sílica será uma substância simples ou composta.
Justifique a sua resposta.
6.4.3.2. Determine a massa de sílica existente na garrafa de água X.

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6.4.4. Nas águas analisadas há um grande número de sais dissolvidos. Esses sais são compostos
iónicos.
Escreva a fórmula química dos seguintes compostos iónicos:
(A) Carbonato de lítio. (B) Sulfato de potássio.
(C) Fosfato de amónia. (D) Hidróxido de magnésio.
(F) Sulfureto de ferro (III). (G) Brometo de alumínio.
6.5. Do ponto de vista químico, a água é uma substância e, como tal, tem propriedades bem de-
finidas. No gráfico, estão representados valores do produto iónico da água, Kw, a diferentes
temperaturas, q.
KW
10,0 x 10–14

5,0 x 10–14

1,0 x 10–14
Produto iónico da
0
água em função 0 10 20 25 30 40 50 60
da temperatura. Temperatura/°C

6.5.1. Escreva a equação química que traduz a autoionização da água, indicando os estados físicos
das espécies químicas que nela presentes.
6.5.2. Justifique se a seguinte afirmação é verdadeira:
O pH da água a 60 °C é inferior ao pH da água a 25 °C.
6.5.3. Das alternativas seguintes, selecione a única correta.
(A) A autoionização da água é um processo exotérmico.
(B) O pH da água é 6,0, à temperatura de 25 °C.
(C) A autoionização da água a 50 °C é menos extensa do que a 25 °C.
(D) A 60 °C o pOH da água é menor do que 7.
6.5.4. Considere uma solução aquosa de ácido clorídrico de concentração 0,030 mol dm-3, à tem-
peratura de 50 °C, completamente ionizado.
Determine o pOH da solução, apresentando todas as etapas de resolução.
6.6. A água é um solvente por excelência de muitos sólidos, líquidos e gases e promove a ocor-
rência de reações químicas de importância crucial para a vida e para o ambiente.
A 25 °C, o pH da água do mar situa-se entre 8,1 e 8,4, enquanto a água da chuva apresenta
um valor de pH entre 5,6 e 5,7.
6.6.1. Indique o carácter químico de cada uma das águas referidas, a 25 °C.
6.6.2. Refira o nome do gás responsável pelo valor do pH da água da chuva.

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6.7. À temperatura de 20 °C, preparam-se três soluções aquosas, A, B e C.


A: solução de ácido metanoico, Ka = 1,80 * 10-4
B: solução de ácido etanoico, Ka = 1,74 * 10-5;
C: solução de ácido cianídrico, Ka = 6,2 * 10-10.
6.7.1. Escreva os ácidos por ordem crescente da sua força relativa.
6.7.2. Indique, justificando, de entre as bases conjugadas dos três ácidos considerados, qual é a
mais forte, em solução aquosa.
6.7.3. A solução aquosa de ácido metanoico, HCOOH, tem pH = 3,0.
6.7.3.1. Escreva a equação química que traduz a ionização do ácido metanoico em água.
6.7.3.2. Determine a concentração inicial de ácido metanoico na solução aquosa preparada.
Apresente todas as etapas de resolução.
6.7.4. Comente a afirmação:
Apenas com o conhecimento dos valores de Ka dos ácidos presentes nas soluções A, B e C,
não é possível dispô-las por ordem crescente do seu valor de pH.
6.8. Considere duas soluções de igual concentração, 0,02 mol/dm3, uma de ácido acético
(CH3COOH) e outra de ácido cianídrico (HCN). À mesma temperatura,
Ka (CH3COOH) = 1,8 * 10-5 e Ka (HCN) = 5,0 * 10-10.
6.8.1. Determine a concentração de iões H3O+ na solução de ácido acético.
6.8.2. Das alternativas seguintes, selecione a única correta.
(A) A solução de ácido acético terá maior pH do que a de ácido cianídrico.
(B) A solução de ácido acético terá menor pH do que a de ácido cianídrico.
(C) As duas soluções terão o mesmo pH.
(D) Não há dados que permitam comparar o pH das duas soluções.
6.9. Considere uma solução de cianeto de sódio (NaCN) 0,10 mol dm-3, a 25 °C.
Selecione a alternativa que completa correctamente a frase seguinte.
Esta solução aquosa apresenta…
(A) … pH = 7.
(B) … pH < 7.
(C) … pOH > 7.
(D) … [H3O+] < [OH-].
6.10. Titularam-se, a 60 °C, 25,0 cm3 de solução de hidróxido de potássio com 12,5 cm3 de solução
de ácido nítrico de concentração 0,20 mol dm-3.
6.10.1. Das afirmações seguintes, selecione a única correcta.
(A) O pH da solução no ponto de equivalência será 6,5.
(B) O pH da solução no ponto de equivalência será superior a 6,5.
(C) Durante a titulação, o valor do pH vai aumentando.
(D) Durante a titulação, o valor do pH permanece constante.
6.10.2. Determine a concentração da solução de hidróxido de sódio titulada.
Kw = 1,0 * 10-13, a 60 °C.

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7. DOS HIDROCARBONETOS AOS COMBUSTÍVEIS

As refinarias de todo o mundo processam cerca


de 3 biliões de toneladas de petróleo bruto por
ano, que é transformado numa grande gama de
produtos.
Algumas das frações mais leves que se obtém
são hidrocarbonetos, constituídos por três ou
quatro átomos de carbono por molécula, que
constituem o gás combustível liquefeito (GPL).
Este é uma mistura de moléculas de butano e de
propano que, depois de ser engarrafado, pode ser
vendido. Refinaria de petróleo.
Por outro lado, as grandes moléculas provenientes da destilação do petróleo podem ser
decompostas em moléculas mais pequenas e valiosas. Por exemplo, a qualidade da gaso-
lina produzida é melhorada por um processo conhecido por reformação. No processo de
reformação, hidrocarbonetos lineares como, por exemplo, o heptano, são convertidos em
moléculas de hidrocarbonetos alifáticos que ardem mais suavemente, causando menos
“detonações” nos motores dos automóveis. Diz-se que uma gasolina com elevado teor des-
sas moléculas de hidrocarbonetos alifáticos tem muitas octanas. A gasolina com mais oc-
tanas queima de forma mais eficiente no motor, resultando numa maior potência. Assim,
a gasolina de 95 octanas e a gasolina de 98 octanas diferem na eficiência de obtenção de
energia.

7.1. Selecione a alternativa que completa correctamente a frase:


De acordo com o texto, a energia aproveitada na queima de gasolina de 95 octanas…
(A) … é maior do que a aproveitada na queima da de 98 octanas.
(B) … é menor do que a aproveitada na queima da de 98 octanas.
(C) … é igual à que se aproveita na queima da de 98 octanas.
(D) … não é comparável com a energia aproveitada na queima de gasolina de 98 octanas.
7.2. O gás combustível liquefeito (GPL) é uma mistura de moléculas de butano e de propano.
7.2.1. Escreva a fórmula de estrutura do butano e do propano.
7.2.2. Selecione a alternativa que completa corretamente a frase:
Nas PTN, em 12,2 dm3 de butano, há…
(A) 10 * 6,02 * 1023 átomos de H.
(B) 0,05 * 6,02 * 1023 átomos de H.
(C) 0,5 * 6,02 * 1023 átomos de H.
(D) 5 * 6,02 * 1023 átomos de H.
7.2.3. Na tabela seguinte encontram-se as energias de dissociação das ligações C – C e C – H.

Ligação C–C C–H


Energias de
dissociação. Energia de dissociação/kJ mol-1 346 413

Demonstre que a energia posta em jogo na dissociação das ligações de uma mole de butano
é maior do que na dissociação das ligações de igual quantidade de propano.

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7.2.4. A reação do butano com o oxigénio é traduzida pela equação:


2 C4H10 (g) + 13 O2 (g) " 8 CO2 (g) + 10 H2O (g)
Colocaram-se num sistema reacional 150,0 g de butano e 12,5 mol de oxigénio, obtendo-se,
nas PTN, 100,0 dm3 de CO2.
Determine o rendimento da reação.
Apresente todas as etapas de resolução.
7.3. A mistura de gases expelida pelo tubo de escape dos automóveis contém dióxido de carbono
e monóxido de carbono, que é um gás muito tóxico.
Na presença de oxigénio, estabelece-se o seguinte equilíbrio:
CO (g) @" CO (g) + O (g) K (500 °C) = 4 * 10-6
2 2 c

Suponha que, na mistura expelida pelo tubo de escape de um automóvel, as concentrações


de dióxido de carbono e de monóxido de carbono são, respectivamente, 10-4 mol dm-3 e
10-5 mol dm-3 e que temperatura da mistura é de 500 °C. A concentração média de oxigénio
no ar é 10-2 mol dm-3.
7.3.1. Represente a molécula de dióxido de carbono em notação de Lewis.
7.3.2. Selecione a alternativa que completa correctamente a frase:
Nas condições referidas…
(A) … o sistema está em equilíbrio químico.
(B) … o sistema está a evoluir no sentido directo.
(C) … o sistema está a evoluir no sentido inverso.
(D) … não podemos prever em que sentido está a evoluir o sistema.
7.3.3. O dióxido de carbono pode reagir com o hidrogénio de acordo com a equação:
" CO (g) + H O (g)
CO2 (g) + H2 (g) @ 2
a 298 K, DH = 41,4 kJ mol-1.
Classifique as afirmações seguintes em verdadeiras (V) e falsas (F).
(A) A reação é endoenergética.
(B) A adição de dióxido de carbono à reação faz aumentar a constante de equilíbrio.
(C) A adição de vapor de água ao sistema não faz deslocar o equilíbrio.
(D) A diminuição da pressão faz o sistema reacional evoluir no sentido direto.
(E) A diminuição do volume do reator faz o sistema evoluir no sentido direto.
(F) A 500 K, a constante de equilíbrio terá um valor superior que a 298 K.
(G) Removendo hidrogénio, o equilíbrio mantém-se inalterado.
(H) Para aumentar o rendimento da reação, pode diminuir-se a temperatura e retirar
vapor de água.
7.4. O monóxido de azoto pode também ser expelido pelo tubo de escape.
Num reator, de capacidade 2 L, colocaram-se 0,04 mol de monóxido de azoto e 0,06 mol de
oxigénio, tendo reagido de acordo com a equação:
" 2 NO (g).
2 NO (g) + O (g) @
2 2

Atingido o equilíbrio, verificou-se existir 0,0044 mol de NO2.


Determine a constante de equilíbrio à temperatura a que decorreu a reação.
Apresente todas as etapas de resolução.

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8. TRANSFERINDO ELETRÕES

Certas reações químicas ocorrem porque um dos rea-


gentes cede eletrões (oxidação) e, simultaneamente,
outro (ou outros) recebe(m) esses eletrões (redução).
Este tipo de transformação é designado por reação de
oxidação-redução ou, mais simplesmente, por reação
redox. Um dos reagentes é reduzido e o outro é oxidado.
Um dos exemplos mais comuns de uma reação de oxi-
dação-reação é a corrosão do ferro, a qual origina a for-
mação da ferrugem. Geradores eletroquímicos.
A reação de um ácido com um metal é também, em geral, uma reação redox, na qual o
ácido é a espécie reduzida e o metal a oxidada.
Uma das aplicações deste tipo de reações é a galvanoplastia, na qual se utiliza uma solução
aquosa de um sal como, por exemplo, o nitrato de prata (AgNO3). O objeto que se pretende
que seja “prateado”, isto é, revestido a prata, deverá atrair os iões prata (Ag+) para que
estes, ao receberem eletrões, se convertam em prata metálica, revestindo o material.
A oxidação-redução é também o processo-chave das reações eletroquímicas, isto é, das
reações em que há a produção de energia elétrica através de reações químicas. A energia
fornecida pelas pilhas é obtida por este processo.

8.1. Distinga oxidação de redução.


8.2. Apresente um argumento químico que justifique por que razão é necessário pintar portões
e grades de ferro.
8.3. Traduza por uma equação a seguinte frase do texto.
“O objeto que se pretende que seja “prateado”, isto é, revestido a prata, deverá atrair os
iões prata (Ag+) para que estes, ao receberem eletrões, se convertam em prata metálica,
revestindo o material.”
8.4. A reação de um ácido com um metal é, também, em geral, uma reação redox.
Recorrendo ao conceito de número de oxidação, verifique se a reação seguinte é redox.
H2SO4 (aq) + Zn (s) " ZnSO4 (aq) + H2 (g)
8.5. Observe a figura que traduz algumas possíveis reações de oxidação-redução e a série ele-
troquímica.
Zn(s) Cu(s) Ag(s) Cu(s)

Cu2+ (aq) Zn2+ (aq) Cu2+ (aq) Ag+ (aq)

I II III IV
Poder redutor
Au(s) Ag(s) Cu(s) Ni(s) Fe(s) Zn(s)
de metais e série
electroquímica. Aumento do poder redutor dos metais

8.5.1. Refira, justificando, em que sistemas será de prever a ocorrência de reação.

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Química

QUESTÕES GLOBALIZANTES

8.5.2. Descreva, nas situações em que ocorreu reação, quais foram os resultados observáveis in-
diciadores de ocorrência de reação.
8.5.3. Dos metais zinco (Zn), cobre (Cu) e prata (Ag), indique qual o que apresenta maior poder
oxidante.
8.5.4. Refira os pares conjugados de oxidação-redução relativos às situações em que ocorre reação.
8.5.5. De acordo com os resultados obtidos experimentalmente, selecione a opção que traduz a
sequência correta de ordem crescente de poderes oxidantes dos catiões metálicos.
(A) Cu2+ < Zn2+ < Ag+ (B) Zn2+ < Ag+ < Cu2+
(C) Cu2+ < Ag+ < Zn2+ (D) Ag+ < Cu2+ < Zn2+
8.6. Laboratorialmente verifica-se que uma solução de ácido clorídrico (HCl) reage com o zinco
(Zn) mas não reage com a prata (Ag).
Explique esta observação laboratorial em termos de oxidação-redução.
8.7. Tendo em conta a série electroquímica, referida em 4.5., indique o que será de prever quando:
8.7.1. se mergulha um prego de ferro numa solução de sulfato de cobre (II);
8.7.2. se mergulha um fio de cobre numa solução de sulfato de ferro (II).
8.8. A química do vanádio é digna de referência devido aos diferentes estados de oxidação que
este pode assumir. Os estados de oxidação comuns do vanádio são o +2 ( de cor lilás), o +3
(de cor verde), o +4 (de cor azul) e o +5 (amarelo). Os compostos de vanádio (II) são agen-
tes redutores, e os de vanádio (V) agentes oxidantes.
O vanadato de amónio, NH4VO3, pode ser reduzido através do metal zinco de maneira a obter
as diferentes cores do vanádio nos seus diversos estados de oxidação.
8.8.1. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os
espaços seguintes, de modo a obter uma afirmação correta.
As pilhas de vanádio usam os referidos estados de oxidação, e a conversão dos mesmos é
ilustrada pela redução de uma solução fortemente ácida de um composto de vanádio (V)
com o pó de zinco. Inicialmente a cor _____________ que é característica do ião vanadato
(VO43-) é substituída pela cor _____________ do [VO(H2O)5]2+, seguida da cor _____________
[VO(H2O)6]3+ e da cor _____________ do [VO(H2O)6]2+.
(A) … amarelo … azul … violeta … verde (B)… amarelo … verde … azul … violeta
(C) … amarelo … azul … verde … violeta (D) … azul … amarelo … verde … violeta
8.8.2. O mais importante composto de vanádio em termos comerciais é o óxido de vanádio (V), o
qual é usado como catalisador para a produção de ácido sulfúrico. O composto reage com
dióxido de enxofre (SO2) de acordo com a equação química: V2O5 + 2 SO2 " V2O3 + 2 SO3.
8.8.2.1. Selecione a única alternativa que traduz como varia o número de oxidação do en-
xofre, na transformação da espécie SO2 na espécie SO3.
(A) De +6 para +4 (B) De +2 para +3 (C) De +3 para +2 (D) De +4 para +6
8.8.2.2.Determine a variação do número de oxidação do vanádio quando a espécie V2O5 se
transforma em V2O3.
8.8.2.3.O catalisador é regenerado por meio de reação com o oxigénio do ar de acordo com
a equação química: V2O3 + O2 " V2O5.
Comente a seguinte afirmação:
O processo de regeneração do catalisador é uma dismutação.

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9. REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO

“As reações de precipitação são frequentes em processos industriais, em medicina e no


nosso quotidiano. Por exemplo, o fabrico de muitos compostos químicos industriais, como
o carbonato de sódio (Na2CO3), envolve reações de precipitação. A dissolução em meio
ácido do esmalte dentário, essencialmente constituído por hidroxiapatite, [Ca5(PO4)3]OH,
facilita a cárie.
O sulfato de bário (BaSO4) é um sal insolúvel e opaco aos raios-X, sendo por isso usado
como meio de diagnóstico de problemas no tubo digestivo. As estalactites e as estalag-
mites das grutas, constituídas por carbonato de cálcio (CaCO3), também são formadas
por uma reação de precipitação, o mesmo acontecendo com muitos alimentos, como o
recheio de certos bombons.”
in Química, Raymond Chang, p. 758 (5.a Edição)

9.1. Identifique os iões presentes na hidroxiapatite e a proporção em que se combinam.


9.2. Refira uma aplicação do sulfato de bário.
9.3. A solubilidade de um sal num dado solvente varia com diferentes factores.
Classifique as afirmações seguintes em verdadeiras (V) e falsas (F).
(A) O produto de solubilidade de um sal pouco solúvel aumenta por adição de solvente.
(B) O produto de solubilidade de um sal pouco solúvel diminui por adição de um sal
solúvel com ião comum ao primeiro.
(C) A solubilidade de um sal só depende da temperatura.
(D) A solubilidade de um sal pouco solúvel diminui por adição de um sal solúvel
com ião comum ao primeiro.
(E) A solubilidade de um sal pouco solúvel aumenta por adição de solvente.
(F) A ordem da solubilidade dos sais, em água, coincide com a ordem dos
respectivos produtos de solubilidade, para uma mesma temperatura.
(G) O hidróxido de cálcio é mais solúvel numa solução de NH4Cl do que em água
pura, embora o respectivo produto de solubilidade só varie com a temperatura.
9.4. Na tabela está representada a solubilidade em água, a várias temperaturas, de alguns com-
postos inorgânicos:

q/°C
0 20 40 60 80 100
Substância/Solubilidade

AlCl3.6H2O 30,5 31,4 32,1 32,5 32,7 32,9


Solubilidade
CuSO4.5H2O 14,3 20,7 28,5 40,0 55,0 75,4
de diferentes
sais a diferentes
BaCl2.2H2O 31,6 35,7 40,7 46,4 52,4 58,8
temperaturas.

9.4.1. Justifique a afirmação:


Os sais presentes na primeira coluna da tabela anterior são hidratados.
9.4.2. Utilizando a máquina de calcular gráfica, represente as curvas de solubilidade destes com-
postos.

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9.4.3. Comente as seguintes informações.


9.4.3.1. À temperatura de 40,0 °C, a solução que contém 28,5 g de CuSO4.5H2O em 100,0 g
de água está saturada.
9.4.3.2. À temperatura de 60,0 °C, a solução que contém 25,0 g de AlCl3.6H2O em 100,0 g
de água está saturada.
9.4.3.3. À temperatura de 80,0 °C, a solução que contém 55,0 g de BaCl2.2H2O em 100,0 g
de água está saturada.
9.4.4. Indique, justificando, qual destes sais é mais solúvel à temperatura de 100,0 °C.
9.4.5. Justifique, a afirmação seguinte:
O valor máximo da massa de BaCl2.2H2O que se pode dissolver em 60,0 g de solvente, a
65 °C, é 28,2 g.
Apresente todas as etapas de resolução.
9.5. A uma solução aquosa 0,10 mol dm-3 em cloreto de bário (BaCl2) e 0,10 mol dm-3 em clo-
reto de estrôncio (SrCl2), adicionou-se solução aquosa de cromato de potássio (K2CrO4).
Ks(BaCrO4) = 1,2 * 10-10 (a 25 °C) e Ks(SrCrO4) = 3,5 * 10-5 (a 25 °C)
9.5.1. Preveja o que se observa como resultado da adição.
9.5.2. Determine qual o ião que precipita primeiro.
Apresente todas as etapas de resolução.
9.5.3. Determine a concentração do ião que precipita primeiro, quando o segundo começa a pre-
cipitar.
Apresente todas as etapas de resolução.
9.6. Comente a seguinte afirmação:
O cromato de bário tem uma constante de produto de solubilidade cerca de 90 vezes maior
que a do cromato de prata a 25 °C. No entanto, o cromato de prata é cerca de seis vezes
mais solúvel em água que o cromato de bário, à mesma temperatura.
Ks(Ag2CrO4) = 1,3 * 10-12 (a 25 °C) e Ks(BaCrO4) = 1,2 * 10-10 (a 25 °C)
9.7. Considere a adição de 40,0 cm3 de uma solução aquosa de 0,020 mol dm-3 de nitrato de
alumínio [Al(NO3)3] a 60,0 cm3 de uma solução 0,050 mol dm-3 de hidróxido de sódio, a 25 °C.
Ks[Al(OH)3] = 3,0 * 10-34 (a 25 °C)
9.7.1. Preveja, apresentando todas as etapas de resolução, se ocorre formação de precipitado.
9.7.2. Faça uma previsão fundamentada sobre o caráter químico da solução final obtida.
9.8. A 25 °C, misturaram-se 50,0 cm3 de solução aquosa de hidróxido de bário 1,00 mol dm-3
com 86,4 cm3 de solução aquosa de sulfato de sódio.
Ks(BaSO4) = 1,1 * 10-10 (a 25 °C)
9.8.1. Indique a fórmula química dos solutos de cada uma das soluções.
9.8.2. Escreva a equação química da reação que tem lugar quando se misturam as duas soluções.
9.8.3. Determine, apresentando todas as etapas de resolução, as quantidades de catião bário
(Ba2+) e anião sulfato (SO42–) na mistura obtida.
9.8.4. Determine a massa de precipitado formada.
9.8.5. Apresente uma justificação para o facto de, a resultante da junção das duas soluções, se
ter chamado mistura e não solução.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

1. O amoníaco na sociedade 1.3.5.


São impostas condições de segurança na mani-
1.1. Uma reação de síntese é uma reação química
pulação do amoníaco pois este é muito corrosivo,
em que dois ou mais reagentes dão origem a
constituindo perigo para a saúde e para o am-
um só produto, obedecendo à Lei de Conser-
biente. Os vapores de amoníaco são irritantes e
vação da Massa (Lei de Lavoisier).
corrosivos constituindo uma ameaça para os
1.2. (B)
olhos e para as vias respiratórias. As soluções de
Como os constituintes da mistura têm pontos
amoníaco podem causar queimaduras graves.
de ebulição próximos, para os separar realiza-
1.4.1.
-se uma destilação fracionada.
(C) Atendendo apenas à informação contida
1.3.1.
no gráfico, verifica-se que a produção de amo-
" 2 NH (g)
N2 (g) + 3 H2 (g) @ 3 níaco é favorecida por baixas temperaturas e
1.3.2. por elevadas pressões.
A expressão da constante de equilíbrio para a A percentagem de amoníaco na mistura au-
reação de síntese do amoníaco é dada por: menta com a diminuição de temperatura e
[NH3]e2 com o aumento de pressão.
Kc =
[N2]e * [H2]e2 O processo de formação do amoníaco é exo-
Atendendo ao gráfico, verifica-se que o valor térmico. Quando se aumenta a temperatura, a
da constante de equilíbrio, Kc, diminui com o pressão constante, a percentagem de amo-
aumento de temperatura, isto é, com o au- níaco no sistema diminui, o que significa evo-
mento de temperatura, as concentrações dos lução do sistema no sentido inverso com
reagentes aumentam e as concentrações dos diminuição da concentração dos produtos da
produtos da reação diminuem, o que traduz reação e aumento da concentração dos rea-
evolução do sistema no sentido inverso. gentes, pelo que Kc diminui.
Atendendo ao princípio de Le Châtelier, quando 1.4.2.
Determinar a massa total do sistema.
se provoca uma perturbação ao sistema em
Por leitura no gráfico, para as condições
equilíbrio, este evolui de modo a contrariar a
T = 400 °C e P = 130 atm, a % de NH3 na mis-
perturbação a que foi sujeito. Assim, aumen-
tura reacional é 31%
tando a temperatura, o sistema evolui no sen-
m(NH3)
tido inverso. Então, nesse sentido ocorre % (NH3) = * 100 §
m(total do sistema)
absorção de energia pelo que a reação é endo-
térmica. m(NH3)
§ m(total do sistema)= * 100 §
1.3.3. %(NH3)
(A) 75
§ m(total do sistema) = * 100 §
(B) A elevação da temperatura de um sistema 31
aumenta a velocidade da reação. § m(total do sistema) = 242 t
(C) A reação de síntese do amoníaco é exotér- Determinar a massa de NH3 obtida quando,
mica.(Ver 5.3.2) T = 300°C e P = 100 atm.
(D) A elevação de temperatura favorece a rea- Para estas condições, a % de NH3 na mistura
ção que ocorre com consumo de energia, ou reagente é 50%.
seja, a reação endotérmica, o que no caso da m(NH3)
%(NH3) = * 100 §
síntese do amoníaco se verifica quando o sis- m(total)
tema evolui no sentido inverso, produzindo H2 %(NH3) * m(total)
§ m(NH3) = §
e N2. 100
1.3.4. 50 * 242
§ m(NH3) = § m(NH3) = 121 t
(A) Corrosivo. 100
(B) Perigoso para o ambiente. Determinar a variação de massa.
(C) Proteção obrigatória dos olhos. Dm = m(NH3)(300 °C, 100 atm) - m(NH3)(400 °C, 130 atm) §
(D) Proteção obrigatória das mãos. § Dm = 121 – 75 = § Dm = 46 t

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Fazer a síntese à temperatura de 300 °C e à turas. Na prática, utilizam-se pressões elevadas


pressão de 100 atm provocaria um aumento mas de modo a garantir a segurança, pressão
de produção de amoníaco de 46 toneladas. entre 200 e 300 atmosferas, já que pressões
1.4.3. elevadas exigem equipamentos dispendiosos,
A linha do gráfico assinalada com x não pode maiores condições de segurança e temperatu-
corresponder aos dados de equilíbrio para uma ras da ordem de 450 °C, utilizando-se ferro me-
reação realizada à temperatura de 500 °C na tálico como catalisador.
presença de um catalisador, pois a presença 1.5. Determinar a energia gasta na dissociação
deste não altera a composição do sistema. A de ligações.
presença do catalisador altera o tempo que se Energia gasta na dissociação de três mol de
demorou a atingir o estado de equilíbrio, mas H2 (g) é 436 * 3 " 1308 kJ
não alterando a composição do mesmo. Energia gasta na dissociação de um mol de
1.4.4. N2 (g) é 94 kJ
Teoricamente, as condições de pressão e tem- Energia total gasta na dissociação das liga-
peratura que favoreceriam a formação de NH3 ções 1308 + 94 = 1402 kJ
seriam altas pressões e baixas temperaturas, Determinar a energia libertada na formação
pois como já foi explicado em itens anteriores, de ligações.
a constante de equilíbrio aumenta com a dimi- Seja x a energia de ligação N–H.
nuição de temperatura e com o aumento de Energia libertada na formação de duas mol de
pressão. NH3 (g) é x * 6 " 6x (kJ)
1.4.5. Energia total libertada na formação das liga-
A reação de síntese do amoníaco é uma reação ções " 6x (kJ)
exotérmica. Assim, de acordo com o Princípio Determinar x.
de Le Châtelier, a reação é favorecida por uma DH = Energia gasta – Energia libertada
diminuição de temperatura. Diminuindo a tem- - 93 = 1402 - 6x § - 6x = - 93 + (- 1402) §
peratura o sistema tende a evoluir no sentido § 6x = 1495 §
directo, libertando energia para assim contra- 1495
riar a diminuição de temperatura provocada. §x= § x = 249,2 kJ mol-1
6
Porém, na prática não pode ser muito baixa,
A energia de ligação azoto-hidrogénio é
pois para que se possa formar o amoníaco é 249,2 kJ mol-1.
necessário que se rompam as ligações H–H e 1.6.1.1.
N≠N, o que requer energia, a chamada energia Determinar a quantidade de tetracloroplati-
de ativação. Ou seja, se a temperatura for nato (II) de potássio – K2PtCl4.
muito baixa, a reação nem sequer se inicia, Mr(K2PtCl4) = 2 Ar(K) + Ar(Pt) + 4 Ar(Cl)
apesar da constante de equilíbrio ser elevada. Mr(K2PtCl4) = 2 * 39,10 + 195,08 + 4 * 35,45
Por este motivo, houve que escolher uma tem- Mr(K2PtCl4) = 415,08
peratura de compromisso (450 °C) entre o au- M(K2PtCl4) =415,08 g mol-1
mento do rendimento e a diminuição da m(K2PtCl4)
velocidade da reação. n(K2PtCl4) = §
M(K2PtCl4)
A reação evolui de reagentes para produtos
100
com diminuição da quantidade contida na fase § n(K2PtCl4) = §
145,08
gasosa. Assim, acordo com o Princípio de Le
Châtelier, quando o sistema é sujeito a um au- § n(K2PtCl4) = 0,241 mol
mento de pressão evolui no sentido directo Determinar a quantidade de amoníaco.
(menor número quantidade contida na fase ga- Mr(NH3) = Ar(N) + 3 Ar(H)
sosa), para deste modo contrariar a perturba- Mr(NH3) = 14,01 + 3 * 1,01
ção a que foi sujeito, sendo por isso favorecida Mr(NH3) =17,04 ± M(NH3) =17,04 g mol-1
por altas pressões. Deste modo, teoricamente m( NH3) 10,0
n(NH3) = § n(NH3) = §
prevê-se que a produção de amoníaco seja fa- M(NH3) 17,04
vorecida por altas pressões e baixas tempera- § n(NH3) = 0,587 mol

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Determinar o reagente limitante. solução saturada de Pt(NH3)2Cl2 é menos


Tendo em conta a estequiometria da reação: ácida que uma solução saturada de K2PtCl4,
n(NH3) = 2 n(K2PtCl4) § n(NH3) = 2 * 0,241 § pois apresenta maior pH.
§ n(NH3) = 0,482 mol (B) Afirmação incorreta. Para a mesma tem-
Para que 0,241 mol de K2PtCl4 reagissem com- peratura, soluções saturadas de Pt(NH3)2Cl2 e
pletamente seriam necessários 0,482 mol de de K2PtCl4 apresentam diferente valor de pH
NH3. Como existe 0,587 mol de NH3, este está e, por isso, vão apresentar diferente concen-
em excesso, existe em maior quantidade que tração de H3O+.
a necessária, logo o K2PtCl4 é o reagente limi- pH = - log [H3O+] § [H3O+]= 10-pH
tante. (C) Afirmação correta. Soluções saturadas de
Determinar a quantidade de cisplatina – Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4 podem apresentar a
Pt(NH3)2Cl2, teoricamente prevista. mesma concentração de H3O+ desde que a
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = n(K2PtCl4) § temperatura não seja a mesma.
§ n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. = 0,241 mol (D) Afirmação incorreta. Soluções saturadas
Determinar a quantidade de cisplatina – de Pt(NH3)2Cl2 e de K2PtCl4 possuem iões OH-
Pt(NH3)2Cl2, realmente obtida. em solução aquosa, já que:
n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. Kw
h= * 100 § [OH-] = ou [OH-] = 10-pOH
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. [H3O+]
n(Pt(NH3)2Cl2)t.p. * h 1.6.2.2.
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = §
100 (A)
0,241 * 80,0 Determinar a massa de cada uma das subs-
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = § tâncias correspondente a uma mesma
100
§ n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. = 0,193 mol quantidade, n.
A quantidade de cisplatina formada na reação Considerar a quantidade de cada uma das
foi 0,193 mol. substâncias igual a n
1.6.1.2. n(Pt(NH3)2Cl2) = n(K2PtCl4) = n mol
O reagente em excesso é NH3. Tendo em conta as respetivas massas molares
Determinar a quantidade que se gastou de m(Pt(NH3)2Cl2) = n(Pt(NH3)2Cl2) * M(Pt(NH3)2Cl2)
tetracloroplatinato (II) de potássio – K2PtCl4. m(Pt(NH3)2Cl2) = 300,05 * n (g)
n(K2PtCl4)gasto = n(Pt(NH3)2Cl2)r.o. § m(K2PtCl4) = n(K2PtCl4) * M(K2PtCl4)
§ n(K2PtCl4)gasto = 0,193 mol m(K2PtCl4) = 415,09 * n (g)
Determinar o volume ocupado por essa
Determinar a quantidade de amoníaco que
se gastou. massa para cada uma das substâncias.
n(NH3)gasto = 2 * n(K2PtCl4)gasto § m(substância)
rsubstância = §
§ n(NH3)gasto = 2 * 0,193 § V(substância)
§ n(NH3)gasto = 0,386 mol m(substância)
§ V(substância) =
Determinar a quantidade que não se gastou rsubstância
de amoníaco – NH3. m(K2PtCl4)
V(K2PtCl4) = §
n(NH3)que não reage = n(NH3)existente - n(NH3)gasto § rK PtCl
2 4
§ n(NH3)que não reage = 0,587 - 0,386 § 415,09 n
§ n(NH3)que não reage = 0,201 mol § V(K2PtCl4) = §
3,4
A quantidade de NH3 que não reagiu foi
§ V(K2PtCl4) = 122,1 n (cm3)
0,201 mol.
m(Pt(NH3)2Cl2)
1.6.2.1. V(Pt(NH3)2Cl2) = §
r(Pt(NH ) Cl )
(C) 32 2

(A) Afirmação incorreta. Para a mesma tem- 300,05 n


§ V(Pt(NH3)2Cl2) = §
peratura, quanto maior for o pH menor o cará- 3,7
ter ácido. Para a mesma temperatura, uma § V(Pt(NH3)2Cl2) = 81,1 n (cm3)

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Determinar a razão dos volumes. Mr(NH3) = 14,01 + 3 * 1,01


V(K2PtCl4) 122,1 n Mr(NH3) = 17,04 ± M(NH3) =17,04 g mol-1
= §
V(Pt(NH3)2Cl2) 81,1 n m(NH3) 1,4 * 10-2
n(NH3) = § n(NH3) = §
V(K2PtCl4) M(NH3) 17,04
§ = 1,5 §
V(Pt(NH3)2Cl2) § n(NH3) = 8,22 * 10-4 mol
§ V(K2PtCl4) = 1,5 V(Pt(NH3)2Cl2) Determinar o número de moléculas de amo-
A expressão anterior permite concluir que níaco – NH3.
para iguais quantidades de Pt(NH3)2Cl2 e de N(NH3) = n(NH3) * NA §
§ N(NH3) = 8,22 * 10-4 * 6,02 * 1023 §
K2PtCl4, o volume ocupado pelo K2PtCl4 é
§ N(NH3) = 4,95 * 1020 moléculas
1,5 vezes maior que o de Pt(NH3)2Cl2.
Determinar o número de átomos de azoto
Considerar a massa de cada uma das subs-
(N) em 4,95 * 1020 moléculas de NH3.
tâncias igual e com valor m.
N(N) = N(NH3) § N(N) = 4,95 * 1020 átomos.
Considerar m a massa de cada uma das subs-
Determinar o número de átomos de hidro-
tâncias.
génio (H) em 4,95 * 1020 moléculas de NH3.
m(Pt(NH3)2Cl2) = m(K2PtCl4) = m (g)
N(H) = 3 N(NH3) § N(H) = 3 * 4,95 * 1020 §
Determinar o volume ocupado por essa
§ N(H) = 1,49 * 1021 átomos.
massa para cada uma das substâncias.
1.8.1.
m(substância)
rsubstância = § (C) De acordo com a Lei de Avogadro, pode
V(substância) dizer-se que volumes iguais de gases diferen-
m(substância) tes, considerados perfeitos, nas mesmas con-
§ V(substância) =
rsubstância dições de pressão e temperatura, possuem a
m mesma quantidade de cada um desses gases.
V(K2PtCl4) = § Assim, a quantidade de gases em cada um dos
rK PtCl
2 4
cilindros é igual e considera-se n.
m
§ V(K2PtCl4) = (cm3) Determinar a massa molar de cada subs-
3,4
tância.
m
V(Pt(NH3)2Cl2) = § Mr(NH3) = Ar(N) + 3 Ar(H)
r(Pt(NH3)2Cl2) Mr(NH3) = 14,01 + 3 * 1,01
m Mr(NH3) = 17,04 ± M(NH3) = 17,04 g mol-1
§ V(Pt(NH3)2Cl2) = (cm3)
3,7 Mr(H2) = 2 Ar(H)
Determinar a razão dos volumes. Mr(H2) = 2 * 1,01 § Mr(H2) = 2,02
m M(H2) = 2,02 g mol-1
V(K2PtCl4) 3,4 Mr(N2) = 2 Ar(N) § Mr(N2) = 2 * 14,01 §
= §
V(Pt(NH3)2Cl2) m § Mr(N2) = 28,02 ± M(N2) = 28,02 g mol-1
3,7 Determinar a massa contida em cada cilin-
V(K2PtCl4) m 3,7 dro.
§ = * §
V(Pt(NH3)2Cl2) 3,4 m Cilindro X:
V(K2PtCl4) n(NH3) = n
§ = 1,1 §
V(Pt(NH3)2Cl2) mno cilindro X = n(NH3) * M(NH3) §
§ V(K2PtCl4) = 1,1 V(Pt(NH3)2Cl2) § mno cilindro X = n * 17,04 §
A expressão anterior permite concluir que § mno cilindro X = 17,04 n (g)
para massas iguais de Pt(NH3)2 Cl2 e de Cilindro Y:
K2PtCl4, o volume ocupado pelo K2PtCl4 é n(NH3) + n(H2) = n § n(NH3) = (n - n(H2))
1,1 vezes maior que o volume ocupado pelo mno cilindro Y = m(NH3) + m(H2)
Pt(NH3)2Cl2. mno cilindro Y = n(NH3) * M(NH3) + n(H2) * M(H2)
1.7. (C) mno cilindro Y = (n - n(H2)) * M(NH3) + n(H2) * M(H2) §
Determinar a quantidade de amoníaco. § mno cilindro Y = (n - n(H2)) * 17,04 + n(H2) * 2,02
m(NH3) =14 mg § m(NH3) = 1,4 * 10-2 g mno cilindro Y = 17,04n - 17,04n(H2) + 2,02n(H2)
Mr(NH3) = Ar(N) + 3 Ar(H) mcilindro Y = (17,04n - 15,02 n(H2)) (g)

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Cilindro Z: Mr(HNO3) = Ar(H) + Ar(N) + 3 Ar(O)


n(NH3) + n(N2) = n § n(NH3) = (n - n(N2)) Mr(HNO3) = 1,01 + 14,01 + 3 * 16,00
mno cilindro Z = m(NH3) + m(N2) § Mr(HNO3) = 63,02
mno cilindro Z = n(NH3) * M(NH3) + n(N2) * M(N2) M(HNO3) = 63,02 g mol-1
mno cilindro Z = (n - n(H2)) * M(NH3) + n(N2) * M(N2) § m(HNO3)r.o. = n(HNO3)r.o. * M(HNO3)
§ mno cilindro Z = (n - n(N2)) * 17,04 + n(N2) * 28,02 § m(HNO3)r.o. = 4,50 * 63,02 §
§ mno cilindro Z = 17,04n - 17,04n(N2) + 28,02n(N2) § § m(HNO3)r.o. = 284 g
§ mno cilindro Z = (17,04n + 10,98 n(N2)) (g) A massa, em gramas, de HNO3 produzida foi
mno cilindro Y < mno cilindro X < mno cilindro Z 248 g.
1.8.2. 1.9.2.
(C) Segundo a teoria de Arrhenius, base é toda a
Estabelecer a expressão que permite deter- substância que se dissocia em água originando
minar a quantidade de NH3. iões OH- pelo que NH3 não é uma base de Arr-
n(NH3) henius. Porém, segundo Brönsted-Lowry, de-
V(NH3) = n(NH3) * Vm § n(NH3) =
Vm fine-se base como uma espécie com tendência
Estabelecer a expressão que permite deter- para aceitar protões, o que se verifica na rea-
minar o número de moléculas de NH3. ção de amoníaco com água:
" NH + (aq) + OH- (aq)
NH3 (aq) + H2O (l) @
N(NH3) = n(NH3) * NA § 4

V(NH3) O amoníaco (base) aceita o catião hidrogénio (H+)


§ N(NH3) = * NA § proveniente da água, que funciona como ácido,
Vm
transformando-se no catião amónio (NH4+).
4,48
§ N(NH3) = * 6,02 * 1023 1.9.3.
22,4
O azoto e o oxigénio são elementos que per-
1.9.1. tencem ao mesmo período da Tabela Perió-
Determinar a quantidade de amoníaco utili- dica.
zada. Ao longo de um período da Tabela Periódica, o
V(NH3 = n(NH3) * Vm § raio atómico diminui com o aumento do nú-
V(NH3) 225 mero atómico. Como o número atómico do
§ N(NH3) = § n(NH3) = §
Vm 22,4 azoto é inferior ao número atómico do oxigé-
§ n(NH3) = 10,0 mol nio, pode concluir-se que o raio atómico do
Determinar a quantidade de ácido nítrico azoto é superior ao do oxigénio.
que teoricamente se deveria obter. 1.10.1.
De acordo com a estequiometria da reação É necessário realizar diferentes testes labora-
1 toriais para identificar a presença do azoto
n(HNO3)t.p. = n(NH3) §
2 amoniacal no produto comercial em análise
1 porque a realização de um só teste pode não
§ n(HNO3)t.p. = * 10,0 § ser conclusiva. Realizando diferentes testes,
2
há maior a certeza nos resultados obtidos.
§ n(HNO3)t.p. = 5,00 mol
1.10.2.
Determinar a quantidade de ácido nítrico
As amostras padrão A e B são utilizadas como
que realmemte se obtém.
referência e para comparar com os resultados
n(HNO3)r.o.
h= * 100 § obtidos, permitindo concluir sobre a presença
n(HNO3)t.p.
ou ausência do azoto amoniacal. O resultado
h * n(HNO3)t.p.
§ n(HNO3)r.o. = § da amostra A será o típico de uma amostra
100 que contém azoto amoniacal e o resultado da
90,0 * 5,00 amostra B será o típico de uma amostra que
§ n(HNO3)r.o. = §
100 não contém azoto amoniacal.
§ n(HNO3)r.o. = 4,50 mol 1.11.1.
Determinar a massa de ácido nítrico que A designação da operação I será adição de uma
realmente se obtém. base.

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1.11.2. Determinar a massa de NH3 presente em


A espécie química representada pela letra C 7,28 g de solução concentrada de NH3.
será NH4+. m(NH3)
%(m/m)(NH3) = * 100 §
1.11.3. m(solução)
Os resultados dos testes, representados pelas m(solução) * %(m/m) (NH3)
letras D e E, a uma amostra do produto co- § m(NH3) = §
100
mercial em estudo são, respetivamente, o apa- 7,28 * 25,0
recimento de fumos brancos e cor azul. § m(NH3) = §
100
§ m(NH3) = 1,82 g
2. Rendimento de uma síntese
Determinar a quantidade de NH3.
2.1. O fator que mais contribui para o elevado Mr(NH3) = Ar(N) + 3 Ar(H)
custo de produção de um dado fármaco será Mr(NH3) = 14,01 + 3 * 1,01 §
a complexidade das fases da produção, desde § Mr(NH3) = 17,04
as matérias iniciais até ao produto fabricado. M(NH3) = 17,04 g mol-1
2.2. (C) Uma reação de síntese ocorre entre dois m(NH3) 1,82
ou mais reagentes originando um produto de n(NH3) = § n(NH3) = §
M(NH3) 17,04
reação que é uma substância composta § n(NH3) = 1,07 * 10-1 mol
2.3. (A) Afirmação verdadeira. Determinar o reagente limitante.
(B) Afirmação falsa. É muito pouco provável Tendo em conta a estequiometria da reação:
que o rendimento de uma reação química seja n(NH3) = 4 * n(CuSO4.5H2O) §
de 100%, pelo que as quantidades de produtos § n(NH3) = 4 * 2,03 * 10-2 §
obtidos são, de um modo geral, inferiores às § n(NH3) = 8,12 * 10-2 mol
previstas pela estequiometria. Para que 2,03 * 10-2 mol de CuSO4.5H2O
(C) Afirmação falsa. Um rendimento de 35% reagissem completamente, seriam necessários
significa que a quantidade (ou massa ou vo- 8,12 * 10-2 mol de NH3. Como existem
lume) de produto obtido foi 35% da quantidade 1,07 * 10-1 mol de NH3 (quantidade superior à
(ou massa ou volume) de produto prevista necessária), o NH3 está em excesso e o sulfato
(aquela que se esperava obter se o rendimento de cobre(II) penta-hidratado (CuSO4.5H2O) é o
fosse de 100%. reagente limitante.
(D) Afirmação verdadeira. 2.4.2.2.
(E) Afirmação verdadeira. O rendimento da reação seria 100% se todo o sul-
(F) Afirmação verdadeira. fato de cobre(II) penta-hidratado (CuSO4.5H2O)
(G) Afirmação verdadeira. O sulfato de tetraami- reagisse para formar o sal de sulfato de tetraami-
nocobre (II) monohidratado é um sal complexo, nocobre(II) monohidratado (Cu(NH3)4SO4.5H2O)
pois tem na sua constituição um ião complexo: Determinar a quantidade (Cu(NH3)4SO4.H2O)t.p.
o ião tetraaminocobre (II) – [Cu(NH3)4] .
2+ teoricamente prevista.
2.4.1. De acordo com a estequiometria da reação:
O sal hidratado presente nos reagentes é o n(CuSO4.5H2O) = n(Cu(NH3)4SO4.5H2O)t.p. §
CuSO4.5H2O. O seu nome é sulfato de cobre (II) § n(Cu(NH3)4SO4.H2O)t.p. = 2,03 * 10-2 mol
penta-hidratado. Determinar a quantidade (Cu(NH3)4SO4.H2O)r.o.
2.4.2.1. realmente obtida.
Mr(Cu(NH3)4SO4.H2O) = Ar(Cu) + 4 Ar(N) + 14
Determinar a massa de solução concen-
Ar(H) + Ar(S) + 5 Ar(O) § 63,55 + 4 * 14,01 +
trada de NH3.
14 * 1,01 + 32,07 + 5 * 16,00 §
m(solução)
r= § § Mr(Cu(NH3)4SO4.H2O) = 245,8
V(solução)
M(Cu(NH3)4SO4.H2O) = 245,8 g mol-1
§ m(solução) = rsolução * V(solução) §
m(Cu(NH3)4SO4.H2O)r.o
§ m(solução) = 8,0 * 0,91 § n(Cu(NH3)4SO4.H2O)r.o = §
M(Cu(NH3)4SO4.H2O)
§ m(solução) =7,28 g

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3,53
§ n(Cu(NH3)4SO4.H2O)r.o = § Cu(OH)2, etapa correspondente à imagem (C). Se-
245,8
guidamente adiciona-se um pouco de álcool etí-
§ n(Cu(NH3)4SO4.H2O)r.o = 1,44 * 10-2 mol
lico, CH3CH2OH, à solução de sulfato de cobre(II)
Determinar o rendimento.
pentahidratado, CuSO4•5H2O, em amoníaco, NH3,
n(Cu(NH3)4SO4.H2O)r.o
h= * 100 § para diminuir a solubilidade do [Cu(NH3)4]SO4•H2O
n(Cu(NH3)4SO4.H2O)t.p
e facilitar a sua precipitação etapa correspondente
1,44 * 10-2
§h= * 100 § h = 71,0% à imagem (E).
2,03 * 10-2 2.8.1.
O rendimento da reação realizada é 71,0%. Os cristais obtidos por este processo de síntese
2.5. (C) O amoníaco é adicionado em excesso, daí são muito finos e pequenos pelo que a filtração
a medição do seu volume não necessitar de por sucção é uma forma de tornar o processo
ser feita de forma muito rigorosa. mais rápido e eficaz em virtude da dimensão
(A) A pipeta volumétrica é um instrumento dos sais formados. Além disso, a filtração por
para leitura muito rigorosa de volumes, de- sucção permite uma secagem dos cristais
vendo ser particularmente utilizada em titula- muito mais eficaz e rápida do que a filtração
ções ou preparação de soluções rigorosas por por gravidade, factor muito importante neste
diluição. Porém, em qualquer caso, deve ser caso, pois este sal não pode ser seco na estufa.
utilizada para medir volumes bem definidos,
2.8.2.
de uma só vez.
(A)
(B) A proveta é um instrumente para medição
2.9. A secagem dos cristais de sulfato de tetraami-
volumes, quando essa medição não precisa de
nocobre(II) mono-hidratado (Cu(NH3)4SO4.H2O)
ser muito rigorosa. Neste caso, a proveta em
não deve ser feita numa estufa porque os cris-
causa tem uma capacidade demasiado grande
tais obtidos decompõem-se facilmente a tem-
para medir o volume de amoníaco, pelo que o
erro introduzido é maior que o aceitável. peraturas elevados.
(D) O gobelé ou copo de precipitação não é um 2.10.1.
instrumento de medida de volumes. (D)
2.6. (C) Determinar a massa molar de O2.
(A) Este processo conduz a perdas de massa Mr(O2) = 2 Ar(O) § Mr(O2) = 2 * 16,00 §
no almofariz, pelo que não é recomendável a § Mr(O2) =32,00 ± M(O2) = 32,00 g mol-1
trituração depois da pesagem da massa. A tri- Determinar a quantidade de O2.
turação deve ser feita previamente e só depois m(O2) 42,4
n(O2) = § n(O2) =
fazer a pesagem da massa correspondente às M(O2) 32,00
0,020 mol, para evitar perdas. Determinar o número de átomos de O.
(B) A redução dos cristais a pó não tem in- N(átomos de O) = 2 * n(O2) * NA
fluência na facilidade de medir a sua massa. 42,4
(C) Os cristais de sal devem ser reduzidos a pó N(átomos de O) = 2 * * 6,02 * 1023 átomos
32,00
pois o maior grau de divisão favorece a sua dis-
2.10.2
solução no solvente (água).
Determinar a quantidade de O2 (ver item an-
(D) A redução dos cristais a pó não não tem
terior).
qualquer influência na diminuição da sua hi-
m(O2) 42,4
dratação. n(O2) = § n(O2) = §
M(O2) 32,00
2.7.1.
§ n(O2) = 1,33 mol
A sequência é: D, F, C, E, A, B
Determinar a percentagem de pureza.
2.7.2.
% de pureza = 100,0% - % de impurezas
A preparação laboratorial do sulfato de tetraamino
% de pureza = 100,0% - 20% §
cobre (II) mono-hidratado, [Cu(NH3)4]SO4•H2O, in-
§ % de pureza = 80,0%
clui uma etapa em que se adiciona, lentamente, a
Determinar a massa de KCl pura.
solução de sulfato de cobre (II) à solução concen-
m(KCl)pura
trada de amoníaco, aparecendo de seguida uma % de pureza= * 100 §
m(KCl)impura
precipitado azul claro de hidróxido de cobre(II),

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% de pureza * m(KCl)impura
§ m(KCl)pura = § Aquecer, se necessário, deixando de seguida
100
arrefecer até à temperatura ambiente.
80 * 35,5
§ m(KCl)pura = § Transferir a solução para um balão volumé-
100
trico de capacidade igual ao volume que se
§ m(KCl)pura = 28,4 g pretende preparar.
Determinar a quantidade de KCl.
Lavar o gobelé (três vezes) com pequenas por-
Mr(KCl) = Ar(K) + Ar(Cl)
ções de água desionizada, transferindo as
Mr(KCl) = 39,10 + 35,45 §
águas de lavagem para o balão volumétrico.
§ Mr(KCl) = 74,55
Fazer o mesmo com o funil, retirando-o de se-
M(KCl) = 74,55 g mol-1
guida.
m(KCl) 28,4
n(KCl) = § n(KCl) = § Completar o volume com água desionizada até
M(KCl) 74,55
ao traço de referência.
§ n(KCl) = 3,81 * 10-1 mol
Agitar o balão para homogeneizar a solução.
Determinar o reagente limitante.
3.3. (D)
Tendo em consideração a estequiometria da
reação: 2HCl(aq) + Na2CO3 (aq) " 2 NaCl (aq) + H2CO3 (aq),
3 pois é a única que respeita a lei de Lavoisier.
n(O2) = n(KCl) § 3.4.1.
2
(A) O ácido clorídrico é um material corrosivo.
3
n(O2) = * 3,81 * 10-1 § n(O2) = 0,571 mol É não explosivo pelo que não poderia ter o sím-
2
bolo (B), não é radioativo pelo que não poderia
Para que 3,81 * 10-1 mol de KCl reagissem com-
ter o símbolo (C) e não é um produto combu-
pletamente, seriam necessários 0,571 mol de
rente, pelo que não podia ter o símbolo (D).
O2. Existem 1,33 mol de O2 (mais do que o ne-
cessário) pelo que o O2 está,portanto, em ex- 3.4.2.
cesso, sendo que o KCl é o reagente limitante. A preparação de soluções diluídas de ácido
Determinar a quantidade de KClO3 obtido. clorídrico, a partir da respetiva solução con-
Tendo em consideração a estequiometria da centrada, deve ser realizada numa hotte por-
reação: que esse ácido concentrado liberta vapores
n(KClO3) = n(KCl) § corrosivos que não devem ser inalados ou con-
§ n(KClO3) = 9,52 * 10-2 mol tactar com a pele.
Determinar a massa de KClO3 obtido. 3.4.3.
Mr(KClO3) = Ar(K) + Ar(Cl) + 3 Ar(O) § Determinar a quantidade de HCl existente
§ Mr(KClO3) = 39,10 + 35,45 + 3 * 35,45 § na solução diluída.
§ Mr(KClO3) = 122,55 Vsolução diluída = 500,00 cm3 §
M(KClO3) = 122,55 g mol-1 § Vsolução diluída = 500,00 * 10-3 dm3
m(KClO3) = n(KClO3) * M(KClO3) §
n(HCl)
§ m(KClO3) = 3,81 * 10-1 * 122,55 § [HCl]solução diluída = §
Vsolução diluída
§ m(KClO3) = 46,7 g
A massa de clorato de potássio produzida, ad- § n(HCl) = [HCl]solução diluída * Vsolução diluída §
mitindo-se que a reação é completa, foi 46,7 g. § n(HCl) =0,50 * 500,00 * 10-3 §
3. Num laboratório de química § n(HCl) =0,25 mol
3.1. Espátula, balança, gobelé, garrafa de esguicho Determinar a correspondente massa de HCl.
com água desionizada, funil, balão volumétrico Mr(HCl) = Ar(H) + Ar(Cl)
de 100,00 mL e vareta. Mr(HCl) = 1,01 + 35,45 § Mr(HCl) = 36,46
3.2. Recorrendo a uma balança, medir a massa de M(HCl) = 36,46 g mol-1
soluto necessária diretamente para um go- m(HCl) = n(HCl) * M(HCl) §
belé, retirando a massa de soluto com a ajuda § m(HCl) = 0,25 * 36,46 § m(HCl) = 9,12 g
de uma espátula do frasco que a contém. Determinar a massa de HCl concentrado
Transferir água desionizada da garrafa de es- que contém essa massa de HCl.
guicho para o gobelé (menos de 50,0 cm3). m(HCl)
Dissolver o soluto com água desionizada, agi- %(m/m)HCl = * 100 §
m(solução)
tando com o auxílio de uma vareta.

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m(HCl)
§ m(solução) = * 100 § 3.4.9.
%(m/m)HCl
Afirmação falsa. Para fazer a primeira mistura
9,12
§ m(solução) = * 100 § de ácido concentrado com a água, o ácido con-
38,3 centrado deve ser colocado lentamente sobre
§ m(solução) = 23,8 g a água. Quando se adiciona ácido lentamente
Determinar o volume de solução de HCl sobre a água, o ácido tende a ionizar-se, liber-
concentrado que contém essa massa. tando uma grande quantidade de energia (rea-
m(solução) ção exotérmica), sendo que, a energia libertada
rsolução = §
V(solução) é distribuída uniformemente na água, que para
m(solução) maior segurança deve existir em maior volume.
§ V(solução) = §
rsolução Assim, a reação não se torna tão violenta. Se a
23,8 adição for de água sobre ácido, a reação será
§ V(solução) = § rápida e incontrolável, já que a superfície de
1,19
contacto do ácido é maior, libertando-se ener-
§ V(solução) = 20,0 cm3
gia suficiente para provocar um maior aumento
O volume de ácido clorídrico concentrado uti-
de temperatura, em menos tempo.
lizado para preparar a solução diluída é
3.5.1.
20,0 cm3.
Por “preparar a bureta” entende-se lavar a bu-
3.4.4.
reta com água e detergente de modo a retirar
Balão volumétrico de 500,00 cm3.
a gordura. De seguida, lavar com água da tor-
3.4.5.
neira para retirar o excesso de detergente;
[19,96 ; 20,04] cm3.
com água desionizada para retirar a água da
3.4.6.
torneira, enxaguar com um pouco da solução
(B) Para evitar os erros de paralaxe, a leitura do
de HCl a ser medida e verificar o correto fun-
nível do líquido deve ser feita com os olhos ao
cionamento da torneira.
nível da tangente ao menisco, visto tratar-se de
3.5.2.
um líquido incolor.
(C)
3.4.7.
3.5.3.1.
Erros de paralaxe.
Lava-se a bureta com solução titulante – ácido
3.4.8.
clorídrico 0,50 mol dm-3 – para remover água
Lavar bem o balão volumétrico de 500,00 cm3
que “molha” as paredes, o que diluiria a solu-
com água desionizada.
ção a utilizar.
Colocar um pouco de água desionizada dentro
3.5.3.2.
do balão volumétrico, cerca de 250 cm3.
Lava-se a pipeta volumétrica com um pouco
Lavar um gobelé com um pouco da solução de
de solução de carbonato de sódio para remo-
ácido concentrado. Rejeitar para um frasco de
ver algumas impurezas ou mesmo água que
restos. ela ainda contenha agarrada às paredes, o que
Transferir um pouco de solução concentrada diluiria a solução a utilizar.
de HCl (um pouco mais de 20 cm3) para o go- 3.5.3.3.
belé. Aspirar um pouco de solução para a pi- Não se pode lavar o recipiente para onde se vai
peta e enxaguá-la, desprezando o líquido de transferir a solução a titular com esta solução,
lavagem para o frasco de restos. porque desta forma o volume a titular não
Fazer a toma de 20,00 cm3 com a pipeta volu- seria o medido com a pipeta volumétrica.
métrica e o auxílio da pompete, transferindo- 3.5.4.
-a quantitativamente para o balão volumétrico. (C) O instrumento que mediu estes volumes
Completar o volume com água desionizada até foi a bureta. A escala da bureta é de 0,1 em
ao traço de referência do balão, medindo cor- 0,1 cm3, logo a incerteza de leitura é de
retamente de modo a evitar erros de paralaxe. 0,05 cm3 (metade da menor divisão da escala,
Agitar o balão para homogeneizar a nova so- porque o aparelho é analógico).
lução.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Determinar o volume gasto em cada ensaio. 3.7. (D) Atendendo à equação química que traduz
DV = Vf - Vi a titulação da solução de carbonato de sódio
1.° Ensaio: DV1 = Vf - Vi § pelo ácido clorídrico
§ DV1 = 54,25 - 4,25 § DV1 = 50,00 cm3 2 HCl + Na2CO3 (aq) " 2 Na+ (aq) + 2 Cl- (aq) + H2CO3 (aq)
2.° Ensaio: DV2 = Vf - Vi § verifica-se que no ponto de equivalência exis-
§ DV2 = 53,25 - 3,15 § DV2 = 50,10 cm3 tem as espécies Na+ e Cl- que têm caráter
3.° Ensaio: DV3 = Vf - Vi § ácido-base neutro e o ácido carbónico que
§ DV3 = 67,75 - 15,25 § DV3 = 52,50 cm3 como o seu próprio nome indica tem caráter
4.° Ensaio: DV4 = Vf - Vi § ácido em solução. Assim, no ponto de equiva-
§ DV4 = 52,08 - 2,18 § DV4 = 49,90 cm3 lência, o pH é menor que 7 em virtude da ioni-
O 3.° ensaio deve ser rejeitado pois afasta-se zação do ácido carbónico:
" HCO- (aq) + H O+ (aq) .
H2CO3 (aq) + H2O (l) @
demasiado dos resultados obtidos nos restan- 3 3

tes ensaios. 3.8. Será necessário determinar o grau de pureza


3.5.5. do carbonato de sódio.
A fase da adição de HCl (aq) em que se obtém Determinar a quantidade de carbonato de
uma maior variação de pH é na proximidade sódio nos 100,00 cm3 de solução preparada.
(vizinhança) do ponto de equivalência. n(Na2CO3)
[Na2CO3] = §
3.5.6. V
Determinar o volume médio. § n(Na2CO3) = [Na2CO3] * V §
DV1 + DV2 + DV4 § n(Na2CO3) = 1,25 * 10,00 * 10-3 §
∆ DVmédio =∆ § § n(Na2CO3) = 1,25 * 10-2 mol
3
50,00 + 50,10 + 49,90 Determinar a massa de carbonato de sódio
∆ DVmédio =∆ § nos 100,00 cm3 de solução preparada.
3
Mr(Na2CO3) = 2 Ar(Na) + Ar(C) + 3 Ar(O)
§∆DVmédio =∆50,00 cm3
Mr(Na2CO3) = 2 * 22,99 + 12,01 + 3 * 16,00 §
O volume de titulante gasto na titulação foi
§ Mr(Na2CO3) = 105,99
50,00 cm3.
M(Na2CO3) = 105,99 g mol-1
3.6. Determinar a quantidade de HCl gasto na ti-
m(Na2CO3) = n(Na2CO3) * M(Na2CO3) §
tulação.
§ m(Na2CO3) = 1,25 * 10-2 * 105,99 §
n(HCl)
[HCl] = § n(HCl) = [HCl] * V § § m(Na2CO3) = 13,25 g, o que significa que
V dos 14,75 g utilizados para preparar a solução,
§ n(HCl) = 0,50 * 50,00 * 10-3 § apenas 13,25 g eram carbonato de sódio,
§ n(HCl) = 2,5 * 10-2 mol sendo o restante impurezas.
Determinar a quantidade de Na2CO3 nos Determinar o grau de pureza.
10,00 cm3 de solução. m(Na2CO3)pura
Tendo em consideração a estequiometria da % de pureza = * 100 §
m(Na2CO3)impura
reação (ver 2.3)
13,25
1 § % de pureza = * 100 §
n(Na2CO3) = n(HCl) § 14,75
2
§ % de pureza = 89,8%
1 O laboratório deve devolver o lote de carbo-
§ n(Na2CO3) = * 2,5 * 10-2 §
2 nato de sódio pois a sua percentagem de pu-
§ (Na2CO3) = 1,25 * 10-2 mol reza é muito menor do que a mínima garantida
Determinar a concentração de Na2CO3 na pelo fornecedor (89,8% < 96%).
solução
n(Na2CO3) 4. Qualidade do leite
[Na2CO3] = §
V 4.1. CH3CHOHCOOH (aq) + H2O (l) @
" CH3CHOHCOO- (aq) + H3O+ (aq)

1,25 * 10 -2 4.2. Determinar a temperatura em °C.


§ [Na2CO3] = § TK = q(°C) + 273,15 § q(°C) = TK - 273,15 §
10,00 * 10-3
§ [Na2CO3] = 1,25 mol dm-3 § q(°C) = 288,15 - 273,15 §
§ q(°C) = 15,00 °C

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Determinar o valor médio da densidade do 4.3.5.


leite. (A)
r1 + r2 1,023 + 1,040 Determinar a [H3O+] no leite a 20 °C.
rleite = § rleite = §
2 2 pH = - log [H3O+] § [H3O+] = 10-pH §
§ rleite = 1,032 g cm-3 § [H3O+] = 10(- 6,7) §
O valor médio da densidade do leite a 288,15 K § [H3O+] = 2,00 * 10-7 mol dm-3
é 1,032 g cm-3. Determinar a quantidade de iões H3O+ em
4.3.1. 500 mL desse leite a 20 °C.
A expressão significa fazer reagir amostras de n(H3O+)
[H3O+] = § n(H3O+) = [H3O+] * V §
leite com uma solução aquosa de hidróxido de V
sódio, até a reação estar completa, isto é, até § n(H3O+) = 2,00 * 10-7 * 0,500 §
todo o ácido ter reagido com a quantidade ne- § n(H3O+) = 1,00 * 10-7 mol
cessária e suficiente de solução aquosa de hidró- (B) Afirmação falsa. O pH do leite diminui
xido de sódio, de acordo com a estequiometria
quando a temperatura aumenta de 20°C para
da reação. Porém, quando a reação termina
25 °C, pelo que a concentração e H3O+ au-
[OH-] < [H3O+] porque o anião lactato tem ca-
menta e a de OH- também, porque aumenta o
ráter básico, sofrendo hidrólise originando iões
valor de Kw.
OH- de acordo com a equação química:
(C) Afirmação falsa. A 25 °C, o pH do leite é in-
" CH3 CHOHCOOH (aq) + OH- (aq)
CH3 CHOH COO- (aq) + H2O (l) @
ferior ao seu pH a 20 °C porque o aumento de
4.3.2.
temperatura favorece a ionização das subs-
Volume inicial, Vi = 12,40 cm3
tâncias ácidas, incluindo a própria água, já que
Volume final, Vf = 14,40 cm3
Kw também aumenta com o aumento da tem-
Volume de titulante, DV = Vf - Vi §
peratura, baixando assim, o pH (a ionização
§ DV = 2,00 cm3
O volume de titulante gasto na titulação do das substâncias ácidas é um processo endo-
10,00 mL de leite foi de 2,00 cm3. térmico). Se a ionização das substâncias áci-
4.3.3. das não aumentasse com o aumento da
(C) temperatura, o pH não diminuía pois não au-
(A) Fica com resíduos de água desionizada, mentava a concentração de H3O+.
medindo de seguida,um volume de leite infe- Determinar [H3O+]
rior ao indicado na sua capacidade. [H3O+] = 10-pH
(B) É impossível depois de passar a pipeta por [H3O+] = 10-6,7 §
água desionizada conseguir a sua completa § [H3O+] = 2,00 * 10-7 mol dm-3
secagem em tempo útil. (D) A 20 °C [H3O+] = 2,00 * 10-7 mol dm-3
(D) Material utilizado em medição rigirosa de pois o pH é 6,7.
líquidos não pode ser seco em estufa. A tem- Determinar a provável [OH-]
peratura elevada altera a sua capacidade. n(OH-) 5,0 * 10-8
[OH-] = § [OH-] = §
Assim só a hipótese (C) é válida. V 0,500
4.3.4. § [OH-] = 1,00 * 10-7 mol dm-3
(C) O volume de leite é medido com uma pi- Determinar Kw admitindo a provável [OH-].
peta volumétrica de 10,00 mL, pois tem de ser Kw = [H3O+] * [OH-] §
medido da forma mais rigorosa possível. O vo- § Kw = 2,00 * 10-7 * 1,00 * 10-7 §
lume de solução titulante é adicionado ao titu- § Kw = 2,00 * 10-14
lado até se atingir o ponto de equivalência Relacionar com a Kw a 25 °C.
medido por medição indireta, Kw = 2,00 * 10-14 > Kw (a 25 °C)
(Vadicionando = Vfinal - Vinicial), também de forma ri- Dado que Kw aumenta com o aumento de tem-
gorosa, usando uma bureta. O balão volumé- peratura (a autoionização da água é um pro-
trico é usado para preparar soluções e não cesso endotérmico), a situação apresentada
para realizar titulações. só será possível numa condição de tempera-
tura superior a 25 °C.

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4.3.6. m(CH3CHOHCOOH) = n(CH3CHOHCOOH) * M =


(C) A equação química que traduz a reação re- = m(CH3CHOHCOOH) = 2,00 * 10-2 * 90,09 =
ferente à titulação é = 1,80 g
CH3CHOHCOOH (aq) + NaOH (aq) @ " Na+ (aq) (massa de ácido lático em um litro de leite).
+ CH3CHOHCOO- (aq) + H2O (l) Assim, de acordo com a definição, a acidez do
Os produtos desta reação são o catião sódio, leite é 1,8 g de ácido lático por litro de leite.
Na+, e a H2O que são partículas neutras do ponto 4.3.8.
de vista ácido-base e o anião CH3CHOHCOO- Determinar a quantidade de ácido lático em
que é uma partícula que apresenta carácter um litro de leite.
básico (pois é a base conjugada do ácido lác- n(CH3CHOHCOOH)
[CH3CHOHCOOH] = §
tico) sofrendo hidrólise em presença de água V(leite)
de acordo com a equação CH3CHOHCOO- (aq) § n(CH3CHOHCOOH) =
+ H2O (l) @" CH CHOHCOOH (aq) + HO- (aq). = [CH3CHOHCOOH] * V(leite) §
3
Assim, confere carácter basico à solução pelo § n(CH3CHOHCOOH) =2,00 * 10-2 * 1,00 §
que o seu pH, a 25 °C, será superior a 7. § n(CH3CHOHCOOH) = 2,00 * 10-2 mol
4.3.7.1. Determinar a quantidade de NaOH necessá-
Determinar a quantidade de NaOH gasta na rio para reagir completamente com o ácido
titulação. láctico existente em um litro.
n(NaOH) Tendo em atenção a estequiometria da equa-
[NaOH] = §
V(NaOH) ção que traduz a titulação:
§ n(NaOH) = [NaOH] * V(NaOH) § CH3CHOHCOOH (aq) + NaOH (aq) " CH3CHOHCOO- (aq) +

§ n(NaOH) = 2,00 * 10-3 * 0,100 § + Na+ (aq) + H2O (l)

§ n(NaOH) = 2,00 * 10-4 mol n(CH3CHOHCOOH) = n(NaOH) §


§ n(NaOH) = 2,00 * 10-2 mol
Determinar quantidade de ácido lático na
Determinar o volume de solução de NaOH
toma de 10,00 cm3 de leite.
1,0 mol dm-3 que contém 2,00 * 10-2 mol.
Tendo em atenção a estequiometria da equa-
n(NaOH) n(NaOH)
ção que traduz a reação que ocorre durante a [NaOH] = § V(NaOH) = §
V(NaOH) [NaOH]
titulação:
" CH3CHOHCOO- (aq) + Na+ (aq) + H2O (l)
CH3CHOHCOOH (aq) + NaOH (aq) @ 2,00 * 10-2
§ V(NaOH) = §
n(CH3CHOHCOOH) = n(NaOH) § 1,0
§ n(CH3CHOHCOOH) = 2,00 * 10-4 mol § V(NaOH) = 2,00 * 10-2 dm3 §
Determinar a concentração do ácido lático § V(NaOH) = 20,0 cm3
no leite. Segundo a NP, o leite é próprio para consumo
n(CH3CHOHCOOH) se a acidez for inferior a 17.
[CH3CHOHCOOH] = A acidez do leite é 20 (são necessários 20 cm3
V(leite)
de uma solução alcalina de NaOH, 1,0 mol/dm3,
2,00 * 10-4
[CH3CHOHCOOH] = § para reagir completamente com um litro de
10,00 * 10-3
leite) o que permite concluir que o leite está
§ [CH3CHOHCOOH] = 2,00 * 10-2 mol dm-3 impróprio para consumo.
Assim, de acordo com a definição, a acidez do 4.4. A força de um ácido está relacionada com a
leite é 0,0200 mol de ácido lático por litro de sua constante de acidez, sendo tanto maior
leite. quanto maior for o valor dessa constante.
4.3.7.2. Quanto maior for o valor da constante de aci-
Determinar a massa equivalente à quanti- dez de um ácido mais extensa é a sua ioniza-
dade de ácido lático existente em um litro, ção, originando uma maior quantidade de iões
ou seja, 2,00 * 10-2 mol. H3O+ em solução, pelo que o pH diminui.
Mr(CH3CHOHCOOH) = 3 Ar(C) + 6 Ar(H) + 3 Ar(0) Se o pH do leite é mais elevado do que aquilo
Mr(CH3CHOHCOOH) = 3 * 12,01 + 6 * 1,01 + 3 * 16,00 que seria espectável se os ácidos fossem for-
Mr(CH3CHOHCOOH) = 90,09 tes, é porque a menor quantidade de iões H3O+
M(CH3CHOHCOOH) = 90,09 g mol-1 presentes em solução se deve ao facto de os

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ácidos nele presentes terem constantes de (C) A espécie HPO42- (aq) é uma partícula an-
acidez pouco extensas. Assim, podemos con- fotérica, pois comporta-se como ácido e como
cluir que os ácidos presentes no leite são fra- base.
cos, pelo que possuem constantes de acidez Kc (D) A espécie PO43- (aq) não pode ser um ácido,
baixas, pois caso contrário o pH seria inferior. segundo Brönsted-Lowry, pois não pode ceder
protões (H+).
5. Controlo da acidez de um aquário 5.2.2.2.
5.1. (B) A expressão que traduz a constante de acidez
[OH-] = [H3O+], implica que a solução é neutra, para a primeira ionização do ácido fosfórico
mas só a 25 °C o valor dessa concentração é tem por base a equação química:
1,0 * 10-7 mol dm-3. H3PO4 (aq) + H2O (l) @" H PO - (aq) + H O+ (aq)
2 4 3
Numa solução ácida, qualquer que seja a tem- [H2PO4-]e * [H3O+]e
peratura [H3O+] > [OH-]. Ka =
[H3PO4]e
Numa solução alcalina, qualquer que seja a
5.3. Quando se adiciona o cloreto de sódio(NaCl) à
temperatura, |OH-| > |H3O+|.
solução, este dissocia-se de acordo com a
5.2. (A)
equação: NaCl (aq) " Na+ (aq) + Cl- (aq)
Determinar a massa de solução.
Os iões Na+ e Cl- têm caráter químico ácido-
m(solução)
r= § -base neutro, ou seja, não têm tendência a cap-
V(solução) tar ou a ceder o protão (H+), pelo que não pos-
§ m(solução) = r * V(solução) § suem a característica de alterar o pH. Assim,
§ m(solução) = 1,2 * 0,2 este mantém-se constante.
Determinar a massa de HCl, Ao adicionar o cloreto de amónio (NH4Cl) à so-
m(HCl) lução, este dissocia-se de acordo com a equa-
%(m/m) (HCl) = * 100 §
m(solução) ção: NH4Cl (aq) " NH4+ (aq) + Cl- (aq)
(m/m) (HCl) * m(solução) Os iões Cl- têm caráter químico ácido-base
§ m(HCl) = § neutro, não têm tendência a captar ou a ceder
100
o protão (H+), pelo que não possuem a carac-
30 * 1,2 * 0,2
§ m(HCl) = § terística de alterar o pH da solução. Porém, os
100
iões amónio (NH4+) têm comportamento ácido,
30 1,2 * 0,2
§ m(HCl) = * § pois cedem o protão (H+). Em solução aquosa
100 1 sofrem hidrólise de acordo com a equação:
§ m(HCl) = 0,30 * 1,2 * 0,2. " NH (aq) + H O+ (aq)
NH4+ (aq) + H2O (l) @ 3 3
5.2.1. A presença do ião amónio leva ao aumento da
Determinar a [H3O+], a 25 °C. concentração de H3O+ o que se traduz numa di-
pH = - log [H3O+] § [H3O+] = 10-pH § minuição de pH (quanto maior a concentração
§ [H3O+] = 10(- 6,8) § de H3O+ menor é o pH, já que pH = - log [H3O+]).
§ [H3O+] = 1,58 * 10-7 mol dm-3 Assim, a adição de cloreto de amónio vai pro-
Determinar a [OH-], a 25 °C. vocar diminuição do pH, pois faz aumentar a
Kw concentração de H3O+. Contudo, não é possível
Kw = [H3O+] * [OH-] § [OH-] = §
[H3O+] saber se a solução obtida tem caráter ácido ou
1,0 * 10-14 básico pois desconhecem-se as concentrações
§ [OH-] = §
1,58 * 10-7 iniciais de H3O+ e OH-, dado que desconhece-se
§ [OH-] = 6,34 * 10-8 mol dm-3 a temperatura.
A concentração de iões OH- quando pH da so- 5.4.1.
lução é 6,8 é 6,34 * 10-8 mol dm-3. A equação química que traduz a autoionização
5.2.2.1. da água é:
(C) 2 H2O (l) @" H O+ (aq) + OH- (aq)
3

(A) Nestas reações, a água comporta-se sem- A expressão do produto iónico da água é:
pre como uma base, pois capta um protão (H+). Kw = [H3O+]e * [OH-]e
(B) A base conjugada de H3PO4 é H2PO4-. A es- Atendendo ao gráfico, verifica-se que o valor
pécie HPO42- é a base conjugada de H2PO4-. da constante Kw aumenta com o aumento de

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temperatura, isto é, com o seu aumento as 6.2. A expressão do texto que justifica o facto de a
concentrações dos produtos da ionização da água do mar não ser adequada ao consumo
água, H3O+ e OH- aumentam, o que traduz a pelos seres vivos terrestres é:
evolução do sistema no sentido direto. “Como a água do mar é corrosiva e tóxica para
Atendendo ao princípio de Le Châtelier, quando os animais e plantas terrestres.”
se provoca uma perturbação ao sistema em 6.3. Uma expressão equivalente a “água para beber”
equilíbrio, este evolui de modo a contrariar a será “água potável”.
perturbação a que foi sujeito. Assim, aumen- 6.4.1.
tando a temperatura, o sistema evolui no sen- A água mais ácida é a Z, pois é aquela que
tido direto; então, nesse sentido ocorre apresenta menor valor de pH. O pH é dado
pela expressão pH = - log [H3O+]. Assim,
absorção de energia, a reação é endotérmica,
quanto menor o pH, para a mesma tempera-
podendo assim concluir-se que a autoionização
tura, maior a concentração de H3O+ e maior a
da água é um processo endotérmico.
acidez.
5.4.2.
6.4.2.
Ler no gráfico o valor de Kw a 34 °C.
Uma água é tanto mais dura quanto maior for
Por leitura gráfica, verifica-se que Kw a 34 °C
a quantidade de ião cálcio existente num dado
é 2,0 * 10-14
volume de solução.
Determinar a [H3O+] a 34 °C.
As águas duras não favorecem a formação de
pH = - log [H3O+] § [H3O+] = 10-pH § espuma quando se utiliza sabonete ou sabão.
§ [H3O+] = 10(- 6,6) § Assim, a água que se “oporá” menos à forma-
§ [H3O+] = 2,51 * 10-7 mol dm-3 ção de espuma será aquela que apresentar
Determinar a [OH-] a 34 °C. uma menor concentração de catião cálcio
Kw (Ca2+), pelo que será a água Z.
Kw = [H3O+] * [HO-] § [OH-] = §
[H3O+] 6.4.3.1.
2,0 * 10-14 A sílica será uma substância composta pois é
§ [OH-] = § constituída por átomos de mais do que um ele-
2,51 * 10-7
mento químico.
§ [OH-] = 7,97 * 10-8 mol dm-3
6.4.3.2.
Determinar o pOH a 34 °C.
Indicar o volume de água na garrafa de água
pOH = - log [HO-] §
X.
§ pOH = - log 7,97 * 10-8 §
§ pOH = 7,1 Vgarrafa de água X = 0,5 dm3
O pOH da água dessa piscina a 34 °C é 7,1. Determinar a massa de sílica existente
numa garrafa de água X.
6. Água, água e… mais água… m(SiO2)
cm = § m(SiO2) = cm * V §
V
6.1. A frase indicada faz referência ao facto de ape-
sar de existir muita água no planeta Terra ape- § m(SiO2) = 16,8 * 0,5 § m(SiO2) = 8,4 mg
nas uma fração muito pequena (cerca de A massa de sílica existente numa garrafa de
0,01%) pode ser consumida pelo ser humano. água X é 8,4 mg.
Apesar de a Terra ser considerada o planeta 6.4.4.
da água (Planeta Azul), a quase totalidade (A) Carbonato de lítio – Li2CO3
existente é salgada (cerca de 97,5%). Dos res- (B) Sulfato de potássio – K2SO4
tantes, cerca de 2,5% constituem a parcela de (C) Fosfato de amónio – (NH4)3PO4
água doce e 99,6% não são aproveitáveis, uma (D) Hidróxido de magnésio – Mg(OH)2
vez que se situam em glaciares e placas de (E) Sulfureto de ferro (III) – Fe2S3
gelo (Gronelândia e Antártida) ou no interior (F) Brometo de alumínio – AlBr3
da crusta terrestre (águas profundas). Assim, 6.5.1.
a água realmente disponível para consumo " H O+ (aq) + OH- (aq)
2 H2O (l) @ 3
(lagos, pântanos, rios,…) representa uma parte 6.5.2.
ínfima de toda a água existente na Terra (cerca A afirmação é verdadeira. Tendo em conside-
de um centésimo de 1%). ração a informação contida no gráfico, o valor

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do produto iónico da água, Kw, a 60 °C é supe- nização da água está mais deslocado no sen-
rior ao valor do produto iónico da água a 25 °C. tido da formação dos iões e, portanto, a autoio-
Quanto maior o valor Kw, maior a concentração nização da água a 50 °C é mais extensa do que
de H3O+, pois Kw = [H3O+] * [OH-]. a 25 °C.
Em água, a concentração de H3O+ é igual à (D) Afirmação correta.
concentração de OH-. Determinar a concentração de OH- em água
Se [H3O+] = [OH-] pode reescrever-se o pro- a 60 °C.
duto iónico da água como, Kw = [H3O+]2 o que Por leitura gráfica verifica-se que
permite dizer que em água [H3O+] = V√K√w. Jus- Kw(60°C) = 10,0 * 10-14
tifica-se, assim, que em água, quanto maior o Em água [H3O+] = [OH-].
valor Kw maior a concentração de H3O+ e de [H3O+] = [OH-] ± Kw = [OH-]2
OH-, pois estas são iguais. [OH-] = V√K√w § [OH-] = V√1√0,√0 √*√ 1√0√-14 §
Realça-se que apesar do pH diminuir com o au- § [OH-] = 3,16 * 10-7 mol dm-3
mento de temperatura, a acidez da água não Determinar o pOH da solução.
varia porque a concentração de OH- também au- pOH = - log [OH-] §
menta e mantêm-se a condição [H3O+] = [OH-]. § pOH = - log (3,16 * 10-7) § pOH = 6,5
6.5.3. A 60 °C, o pOH da água é 6,5, ou seja, é menor
(A) Afirmação falsa. Tendo em consideração o do que 7.
Princípio de Le Châtelier, quando a um sistema 6.5.4.
em equilíbrio se causa uma perturbação, este Estabelecer equação química que traduz a
reage no sentido de contrariar a perturbação ionização do ácido clorídrico em água.
a que foi sujeito. Assim, aumentando a tempe- O ácido clorídrico é um ácido muito forte que
ratura de um sistema em equilíbrio este evolui em solução aquosa se encontra totalmente io-
no sentido endotérmico (sentido que ocorre com nizado de acordo com a equação química:
consumo/absorção de energia). De acordo com HCl (aq) + H2O (l) " H3O+ (aq) + Cl- (aq)
a leitura gráfica, quando a temperatura aumenta, Determinar a quantidade H3O+.
o produto iónico da água, Kw = [OH-] * [H3O+], au- De acordo com a estequiometria da reação
menta, o que indica que o sistema evolui no n(H3O+) = n(HCl)
sentido que conduz ao aumento da concentra- n(HCl)
ção dos iões, ou seja, no sentido direto. Assim, [HCl] = § n(HCl) = [HCl] * V
V
a autoionização da água é um processo endo-
n(HCl) = 0,030 * V § n(HCl) = 0,030V (mol)
térmico.
n(H3O+) = n(HCl) § n(H3O+) = 0,030V (mol)
(B) Afirmação falsa.
Determinar a concentração de H3O+.
Determinar a concentração de H3O+ em
n(H3O+) 0,030V
água a 25 °C. [H3O+] = § [H3O+] = §
V V
Por leitura gráfica verifica-se que
§ [H3O+] = 0,030 mol dm-3
Kw(25°C) = 1,0 * 10-14
Determinar a concentração de OH-.
Em água [H3O+] = [HO-].
Por leitura gráfica, verifica-se que
[H3O+] = [HO-] ± Kw = [H3O+]2
Kw (50°C) = 5,0 * 10-14
[H3O+] = V√K√w § [H3O+] = V√1,√0 √* √1√0√-14 §
Kw = [OH-] * [H3O+] §
§ [H3O+] = 1,0 * 10-7 mol dm-3
Kw
Determinar o pH da solução. § [OH-] = §
pH = - log [H3O+] [H3O+]
pH = - log (1,0 * 10-7) § pH = 7 5,0 * 10-14
§ [OH-] = §
O pH da água é 7,0, à temperatura de 25 °C. 0,030
(C) Afirmação falsa. Por leitura gráfica, veri- § [OH-] = 1,67 * 10-12 mol dm-3
fica-se que o produto iónico da água, Kw, a Determinar o pOH da solução.
50 °C é superior ao produto iónico da água, a pOH = - log [OH-] §
25 °C, o que significa que a 50 °C a concentra- § pOH = - log (1,67 * 10-12) §
ção dos iões H3O+ e OH- é superior. Tal indica § pOH = 11,8
que, a essa temperatura, o equilíbrio de autoio- O pOH da solução é 11,8.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

6.6.1. *A quantidade inicial de H3O+ não é zero, devido à au-


A 25 °C, uma solução é básica se o seu pH for toionização da água. No entanto, a quantidade de H3O+
proveniente da autoionização da água é muito pequena
maior do que 7 e é ácida se o pH for menor do
quando comparada com a proveniente da ionização do
que 7. ácido. Por isso, pode considerar-se praticamente zero
A 25 °C, a água do mar possui pH maior do que e assim desprezar-se a quantidade inicial de H3O+, pois
é a proveniente da autoionização da água.
7, pelo que terá caráter químico alcalino ou bá-
sico. pH = - log [H3O+] § [H3O+] = 10-pH
A 25 °C, a água da chuva possui pH menor do [H3O+] = 10(- 3,0) §
que 7, pelo que terá caráter químico ácido. § [H3O+] = 1,0 * 10-3 mol dm-3
6.6.2.
n(H3O+)
O gás responsável pelo valor do pH da água da [H3O+] = § n(H3O+) = [H3O+] * V §
V
chuva é o dióxido de carbono (CO2), no caso da
§ n(H3O+) = 1,0 * 10-3 * 1,0 §
água da chuva não poluída.
§ n(H3O+) = 1,0 * 10-3 mol
No caso da água da chuva poluída teremos,
Determinar a quantidade inicial de ácido
também, a acidez causada por óxidos de azoto
metanoico.
e de enxofre.
x = n(H3O+) = 1,0 * 10-3 mol
6.7.1.
[H3O+]e * [HCOO-]e
Uma vez que os ácidos são todos monopróti- Kc = §
cos, pode dizer-se que, quanto maior é o valor [HCOOH]e
da constante de acidez, Ka de um ácido, maior n(H3O+)e n(HCOO-)e
*
a sua força como ácido. Assim, dos ácidos V V
§ Kc = §
apresentados, o mais forte é o ácido meta- n(HCOOH)e
noico e o mais fraco é o ácido cianídrico. Por V
ordem crescente da sua força relativa, ter-se- 1,0 * 10-3 1,0 * 10-3
á então ácido cianídrico, ácido etanoico e ácido *
1,0 1,0
metanoico. § Kc = §
y - 1,0 * 10 -3
6.7.2.
1,0
Quanto mais forte é um ácido (quanto maior é o
valor da sua constante de acidez, Ka) mais fraco (1,0 * 10-3)2
§ 1,80 * 10-4 = §
é o poder da sua base conjugada (menor é o y - 1,0 * 10-3
valor da constante de basicidade, Kb). Assim, a § 1,80 * 10-4 * (y - 1,0 * 10-3) = (1,0 * 10-3)2 §
base que se apresenta mais forte, em solução § 1,80 * 10-4 * y - 1,8 * 10-7 = 1,0 * 10-6 §
aquosa, é a base conjugada do ácido mais fraco, § 1,80 * 10-4 * y = 1,18 * 10-6 §
ou seja, o ácido cianídrico. Então, a base que se 1,18 * 10-6
§y= § y = 6,6 * 10-3
apresenta mais forte, em solução aquosa, é o 1,80 * 10-4
anião cianeto (CN-), que é a base conjugada do y = n(HCOOH)inicial = 6,6 * 10-3 mol
ácido cianídrico. Determinar a concentração inicial de ácido
6.7.3.1. metanoico.
HCOOH (aq) + H2O (l) @ " H O+ (aq) + HCOO- (aq). n(HCOOH)inicial
3
[HCOOH]inicial = §
6.7.3.2. V
Determinar a quantidade de H3O+ formado 6,6 * 10-3
[HCOOH]inicial = §
quando se atinge o equilíbrio de ionização 1,0
do ácido metanoico, admitindo um volume § [HCOOH]inicial = 6,6 * 10-3 mol dm-3
de solução de 1,0 dm3. A concentração inicial do ácido metanoico era
6,6 * 10-3 mol dm-3.
HCOOH (aq) + H2O (l) " HCOO- (aq)
@ + H3O+ (aq) 6.7.4.
A afirmação é verdadeira, pois para dispô-las
ni/mol y — 0 ]0*
por ordem crescente do seu valor de pH seria
Variação -x — +x +x
também necessário conhecer a concentração
neq/mol y-x — x x
inicial dos respetivos ácidos.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

6.8.1. acidez, Ka. Assim, a quantidade de H3O+ for-


Determinar a quantidade de CH3COOH admi- mada será maior no caso do ácido acético, pois
tindo um volume de solução de 1,0 dm3. a sua constante de acidez é superior à do ácido
n(CH3COOH) cianídrico. Quanto maior for a quantidade de
[CH3COOH] = § H3O+ formada maior será a sua concentração
V
§ n(CH3COOH) = [CH3COOH] * V § e menor será o pH, pelo que a solução que
apresentará menor pH é a de ácido acético.
§ n(CH3COOH) = 0,02 * 1,0 §
6.9. (D) O cianeto de sódio (NaCN) em solução
§ n(CH3COOH) = 0,02 mol
aquosa sofre dissociação de acordo com a
Determinar a quantidade de H3O+ formado
equação:
quando se atinge o equilíbrio de ionização
NaCN (aq) " Na+ (aq) + CN- (aq)
do ácido.
O ião Na+ tem comportamento ácido-base neu-
" HCOO- (aq)
CH3COOH (aq) + H2O (l) @ + H3O+ (aq) tro enquanto que o anião CN- tem comporta-
ni/mol 0,020 — 0 ]0* mento básico, pois é a base conjugada de um
Variação -x — +x +x ácido fraco. Assim, essa solução vai apresentar
neq/mol 0,020 - x — x x caráter básico pelo que [H3O+] < [OH-].
6.10.1.
*A quantidade inicial de H3O+ não é zero devido à au-
(A) Trata-se de uma titulação ácido forte-base
toionização da água. No entanto, a quantidade de H3O+
proveniente da autoionização da água é muito pequena forte pelo que o pH no ponto de equivalência é
quando comparada com a proveniente da ionização do o correspondente ao de uma solução com ca-
ácido. Por isso, pode considerar-se praticamente zero
e assim desprezar-se a quantidade inicial de H3O+, pois ráter químico neutro, pelo que [H3O+] = [OH-].
é a proveniente da autoionização da água. Durante a titulação, o valor do pH vai dimi-
[H3O+]e * [HCOO-]e nuindo, pois até se atingir o ponto de equiva-
Kc = lência está a ser adicionado um ácido forte a
[HCOOH]e
n(H3O+)e n(HCOO-)e uma base forte, pelo que a quantidade de OH-
* vai sendo menor, o mesmo acontecendo com
V V
§ Kc = § o valor do pH.
n(HCOOH)e
6.10.2.
V Estabelecer a equação que traduz a titula-
x x ção em estudo.
*
1,0 1,0 HNO3 (aq) + KOH (aq) " KNO3 (aq)+ H2O (l)
§ Kc = §
0,020 - x Determinar a quantidade de HNO3.
Vsolução de HCl = 12,5 cm3 §
1,0
§ Vsolução de HCl = 12,5 * 10-3 dm3
x2
§ 1,8 * 10-5 = n(HCl)
0,020 - x [HCl] = § n(HCl) = [HCl] * Vsolução §
Vsolução
1,8 * 10-5 (0,020 - x) = x2 §
§ n(HCl) = 0,20 * 12,5 * 10-3 §
§ x2 + 1,8 * 10-5 x - 3,6 * 10-7 = 0 § n(HCl) = 2,5 * 10-3 mol
x = 5,9 * 10-4 ou x = - 6,0 * 10-4 (este valor Determinar a quantidade de KOH.
não tem significado físico) Atendendo á estequiometria da reação:
Determinar a concentração de H3O+. n(KOH) = n(HCl)
n(H3O+) = 5,9 * 10-4 mol n(KOH) = n(HCl) § n(KOH) = 2,5 * 10-3 mol
n(H3O+) 5,9 * 10-4 Determinar a concentração de KOH.
[H3O+]e = § [H3O+]e = §
V 1,0 Vsolução de KOH = 25,0 cm3 §
§ [H3O+]e = 5,9 * 10-4 mol dm-3 § Vsolução de KOH = 25,0 * 10-3 dm3
n(KOH)
A concentração de iões H3O+ na referida solu- [KOH] = §
ção de ácido acético é 5,9 * 10-4 mol dm-3. Vsolução de KOH
6.8.2. 2,5 * 10-3
§ [KOH] = §
(B) Como a concentração dos ácidos é a 25,0 * 10-3
mesma e os ácidos são ambos monopróticos, § [KOH] = 0,10 mol dm-3
a quantidade de H3O+ formada na ionização é A concentração da solução de hidróxido de po-
tanto maior quanto maior for a constante de tássio é 0,10 mol/dm3.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

07. Dos hidrocarbonetos aos combustíveis § Mr(C4H10) = 58,14


7.1. (B) M(C4H10) = 58,14 g mol-1
7.2.1. m(C4H10)
n(C4H10) = §
A fórmula de estrutura do butano é: M(C4H10)
H H H H 150,0
§ n(C4H10) = § n(C4H10) = 2,580 mol
58,14
H C C C C H
Determinar o reagente limitante.
H H H H
Tendo em conta a estequiometria da reação
E a do propano é: 13 13
H H
n(O2) = n(C4H10) § n(O2) = * 2,580 §
H 2 2
H C C C H § n(O2) = 16,77 mol
Para que 2,580 mol de C4H10 reagissem com-
H H H
pletamente, seriam necessários 16,77mol de
7.2.2. O2. Como existem 22,5 mol de O2 (quantidade
(D) superior á necessária), o O2 está em excesso e
Determinar a quantidade de butano em o butano é o reagente limitante.
12,2 dm3, nas condições PTN. Determinar a quantidade de CO2 teorica-
V(C4H10) 12,2 mente previsto (rendimento de 100%).
n(C4H10) = § n(C4H10) = §
Vm 22,4 De acordo com estequiometria da reação:
§ n(C4H10) = 0,500 mol 8
n(CO2)t.p. = n(C4H10) §
Determinar a quantidade de átomos de H 2
em 12,2 dm3, nas condições PTN. 8
n(H) = 10 * n(C4H10) § § n(CO2)t.p. = * 2,580 §
2
§ n(H) = 10 * 0,500 § n(H) = 5,00 mol
§ n(CO2)t.p. = 10,32 mol
Determinar o número de átomos de H em
Determinar a quantidade de CO2 realmente
12,2 dm3, nas condições PTN.
obtida.
N(H) = n(H) * NA §
§ N(H) = 5,00 * 6,02 * 1023 átomos de H. V(CO2)r.o. 125,0
n(CO2)r.o. = § n(CO2)r.o. = §
7.2.3. Vm 22,4
Determinar a energia absorvida para rom- § n(CO2)r.o. = 5,58 mol
per as ligações em uma mole de butano. Determinar o rendimento.
Eabs. = 3Ediss.(C-C) + 10Ediss.(C-H) § n(CO2)r.o. 5,58
h= * 100 § h = * 100 §
§ Eabs. = 3 * 346 + 10 * 413 § n(CO2)t.p. 10,32
§ Eabs. = 5168 kJ mol-1 h = 54,1%
Eabs. = 5,17 * 103 kJ mol-1 O rendimento da reação é 54,1%.
Determinar a energia absorvida para rom- 7.3.1. : O : xx C xx : O
:

:
per as ligações em uma mole de propano.
:

Eabs. = 2Ediss.(C-C) + 8Ediss.(C-H) § 7.3.2.


§ Eabs. = 2 * 346 + 8 * 413 § (C)
§ Eabs. = 3996 kJ mol-1 Determinar o quociente da reação.
Eabs. = 4,00 * 103 kJ mol-1 De acordo com a estequiometria da reação, as
Fica assim demonstrado que a energia posta quantidades formadas de monóxido de car-
em jogo na dissociação das ligações de uma bono e de oxigénio são iguais.
mole de butano (5,17 * 103 kJ mol-1) é maior
[CO]2 * [O2] (10-5)2 * (10-2)
do que na dissociação das ligações de igual Q= §Q= §
[CO2]2 (10-4)2
quantidade de propano (4,00 * 10 3 kJ mol-1).
§ Q = 1,0 * 10-4
7.2.4.
Como o valor do quociente da reação é dife-
Determinar a quantidade de butano.
rente (maior) que o valor da constante de equi-
Mr(C4H10) = 4 Ar(C) + 10 Ar(H)
líbrio, Q > Kc, o sistema não se encontra em
Mr(C4H10) = 4 * 12,01 + 10 * 1,01 §
equilíbrio.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Para que o sistema atinja o equilíbrio, o quo- centração dos reagentes, o que conduz a um
ciente da reação terá de diminuir até igualar o aumento da constante de equilíbrio.
valor da constante de equilíbrio. Para que tal (G) Afirmação falsa. Tendo em consideração o
se verifique, as concentrações de monóxido de Princípio de Le Châtelier, removendo hidrogé-
carbono e de oxigénio têm de diminuir e a de nio do sistema, este evolui no sentido inverso
dióxido de carbono aumentar. Tal verifica-se para que ocorra formação de hidrogénio.
quando o sistema evolui no sentido inverso. (H) Afirmação falsa. Para aumentar o rendi-
7.3.3. mento da reação terá de se introduzir pertur-
(A) Afirmação verdadeira. A reação ocorre bações que conduzam à evolução do sistema
com absorção de energia pois DH > 0; logo, a no sentido direto e, das sugestões indicadas,
reação é endoenergética. apenas a remoção de vapor de água conduz à
(B) Afirmação falsa. O valor da constante de evolução do sistema no sentido direto. Deste
equilíbrio só depende da temperatura. modo, removendo vapor de água do sistema,
(C) Afirmação falsa. Tendo em consideração o este evolui no sentido direto para que ocorra
Princípio de Le Châtelier, quando se causa formação de vapor de água, mas diminuindo a
uma perturbação ao sistema, este evolui de temperatura, o sistema irá deslocar-se no sen-
forma a contrariar a perturbação a que foi su- tido da reação exotérmica (a que ocorre com
jeito. Assim, adicionando vapor de água ao sis- libertação de energia), o que neste caso se ve-
tema, este evolui no sentido inverso para que rifica quando ocorre evolução do sistema no
sentido inverso. Como não se sabe qual dos fa-
ocorra consumo de vapor de água.
tores é predominante, a afirmação é classifi-
(D) Afirmação falsa. Tendo em consideração o
cada falsa.
Princípio de Le Châtelier, quando se causa
7.4. Determinar a quantidade de cada consti-
uma perturbação ao sistema, este evolui de
tuinte no equilíbrio.
forma a contrariar a perturbação a que foi su-
Vsistema = 2,0 L § Vsistema = 2,0 dm3
jeito. Assim, quando se diminui a pressão do
n(NO2)e = 0,0044 mol
sistema reacional este evolui no sentido que
ocorre com aumento da quantidade contida na 2 NO (g) "
@ O2 (g) + 2 NO2 (g)
fase gasosa, aumentando a pressão. Como ni/ mol 0,04 0,06 0
este sistema evolui de reagentes para produ- Variação -2x -x +2x
tos da reação sem que ocorra alteração da neq/mol 0,04 - 2x 0,06 - x 0,0044
quantidade na fase gasosa, não vai ser sensí-
vel a variações de pressão, isto é, as variações 0,0044
2x = 0,0044 mol § x = §
de pressão não constituem perturbação para 2
este equilíbrio. § x = 0,0022 mol
(E) Afirmação falsa. Este sistema não é afe- .n(O2)e = 0,06 - 0,0022 §
tado por variações de volume, porque as alte- § n(O2)e = 5,78 * 10-2 mol
rações de volume traduzem-se numa alteração .n(NO2)e = 0,04 - (2 * 0,0022) §
de pressão. Um aumento de volume provoca § n(NO)e = 3,56 * 10-2 mol
uma diminuição de pressão e uma diminuição .n(NO2)e = 4,4* 10-3 mol
de volume provoca um aumento de pressão. Determinar a concentração de cada compo-
nente no equilíbrio.
(F) Afirmação verdadeira. Este sistema reacional
n(O2)e 5,78 * 10-2
é endotérmico, ou seja, a reação ocorre com ab- [O2]e = § [O2]e = §
sorção de energia pois DH > 0. Tendo em consi- V 2,0
deração o Princípio de Le Châtelier, se se § [O2]e =2,89 * 10-2 mol dm-3
aumentar a temperatura para 500 K, o sis- n(NO)e 3,56 * 10-2
[NO]e = § [NO]e = §
tema evolui no sentido da reação endotérmica V 2,0
para que ocorra absorção de energia. Neste § [NO]e = 1,78 * 10-2 mol dm-3
caso, tal verifica-se quando o sistema progride n(NO2)e 4,4 * 10-3
[NO2]e = § [NO2]e = §
no sentido direto, aumentando a concentração V 2,0
dos produtos da reação e diminuindo a con- § [NO2]e = 2,2 * 10-3 mol dm-3

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

Estabelecer a expressão da constante de 8.3. X (s) + Ag+ (aq) " Ag (s) + X+ (aq)
equilíbrio. Objeto que se pretende prateado
[NO2]e2 8.4.
Kc =
[O2]e * [NO]e2 n.o. 1 6 -2 0 2 6 -2 0

Determinar KC a 298,15 K. H2SO4 (aq) + Zn (s) — ZnSO4 (aq) + H2 (g)


(2,2 * 10-3)2 oxidação
Kc = §
(1,78 * 10-2)2 * (2,89 * 10-2) redução

§ Kc = 5,3 * 10 -1 A reação é redox pois ocorre com variação dos


A constante de equilíbrio à temperatura a que números de oxidação de algumas espécies
decorreu a reação é 5,3 * 10-1. nela envolvidas. O hidrogénio evolui de reagen-
tes para produtos com diminuição do seu nú-
8. Transferindo eletrões mero de oxidação (Dn.o. (H) < 0)
8.1. Nas reações oxidação-redução ou, mais sim- Dn.o.(H) = n.o. (H)f - n.o.(H)i §
plesmente, reações redox ocorre transferência § Dn.o.(H) = 0 - 1 § Dn.o.(H) = - 1
de eletrões entre espécies. O zinco evolui de reagentes para produtos com
No conceito atual de oxidação-redução, define- aumento do seu número de oxidação
-se como oxidação: processo no qual uma es- (Dn.o. (Zn) > 0)
pécie química perde eletrões. Dn.o.(Zn) = n.o.(Zn)f - n.o.(Zn)i §
Redução: processo no qual uma espécie quí- §Dn.o.(Zn) = 2 - 0 § Dn.o.(Zn) = 2
mica ganha eletrões. 8.5.1.
Um átomo, molécula ou ião oxida-se quando Sistema (I): ocorre reação pois o poder redutor
perde eletrões. Um átomo molécula ou ião do zinco é superior ao do cobre. Assim, ocorre
reduz-se quando ganha eletrões. a reação química traduzida pela equação:
Não podem ocorrer processos de oxidação ou Zn (s) + Cu2+ (aq) " Cu (s) + Zn2+ (aq)
redução isoladas. Sistema (II): não ocorre reação pois o poder re-
Para que uma substância se oxide, perdendo dutor do cobre é inferior ao do zinco.
eletrões, tem de estar na presença de outra Cu (s) + Zn2+ (aq) " não ocorre reação
que aceite esses eletrões, e que, por sua vez Sistema (III): não ocorre reação, pois o poder
se reduza. redutor do cobre é superior ao da prata.
As reações de oxidação-redução ocorrem em Ag (s) + Cu2+ (aq) " não ocorre reação
simultâneo e o número de eletrões ganho na Sistema (IV); ocorre reação, pois o poder redu-
redução tem de ser igual ao libertado na oxi- tor do cobre é superior ao da prata. Assim,
dação. ocorre a reação traduzida pela equação:
8.2. O ferro quando exposto ao ar sofre corrosão, Cu (s) + 2 Ag+ (aq) " 2 Ag (s) + Cu2+ (aq)
sendo oxidado pelo oxigénio atmosférico. Este 8.5.2.
processo vai transformando o ferro em óxido Sistema (I) verifica-se:
de ferro e degradando as grades e portões de – deposição de cobre sólido sobre a placa de
ferro. Para evitar esta corrosão pintam-se por- zinco, já que o catião cobre(II) sofreu redução
tões e grades, dificultando deste modo o seu originando cobre metálico, que se deposita
contacto com o oxigénio atmosférico, impe- sobre a placa de zinco.
dindo, assim a oxidação do ferro que pode ser – diminuição da intensidade da cor azul da so-
explicada de forma simplificada como um pro- lução. O que origina a cor azul da solução é a
cesso que ocorre em duas fases. Numa primeira presença de catião cobre (II). À medida que a
fase, o oxigénio oxida o ferro a catião ferro (II) reação ocorre, a quantidade de catião cobre (II)
2 Fe (s) + O2 (g) + 4 H3O+ (aq) " 2 Fe2+ (aq) + 6 H2O (l) em solução diminui porque se transforma em
Numa segunda fase, o catião ferro (II) é oxi- cobre metálico. A diminuição da quantidade de
daddo a catião ferro (III). Estes óxidos não são catião cobre (II) em solução diminui a intensi-
aderentes nem protetores, como no caso do dade da coloração azul.
chumbo ou alumínio. São higroscópicos absor- Sistema (IV) verifica-se:
vendo a água, que contribui para que ocorra – deposição de prata metálica sobre a placa de
progressivamente maior corrosão. cobre, já que o catião prata (I) sofreu redução

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

originando prata metálica, a qual se deposita origina a cor azul da solução é a presença de ca-
na placa de cobre. tião cobre (II). À medida que a reação ocorre, a
– intensificação da cor azul da solução. O que quantidade de catião cobre (II) em solução dimi-
origina a cor azul da solução é a presença de nui porque se transforma em cobre metálico. A
catião cobre (II). À medida que a reação ocorre, diminuição da quantidade de catião cobre (II) em
a quantidade de catião cobre (II) em solução au- solução atenua a intensidade da coloração azul.
menta, porque o cobre metálico transforma-se 8.7.2.
em catião cobre (II). O aumento da quantidade A série eletroquímica permite concluir que o
de catião cobre (II) em solução intensifica a sua poder redutor do cobre é inferior ao poder redu-
coloração azul . tor do ferro. Assim, quando se mergulha um fio
8.5.3.
de cobre numa solução de sulfato de ferro (II),
Para uma dada espécie, quanto menor for o
será de prever que não ocorra reação porque o
seu poder redutor maior será o seu poder oxi-
cobre não é um redutor suficientemente forte
dante.
para reduzir o catião ferro a ferro metálico.
Tendo em atenção a informação contida na
Cu (s) + Fe2+ (aq) " não ocorre reação
série eletroquímica, verifica-se que a prata é o
8.8.
metal que apresenta menor poder redutor. Se
8.8.1.
a prata é dos três metais aquele que possui
(C) O n.o. do vanádio no ião, VO3– é mais cinco
menor poder redutor, será o que possui maior
poder oxidante. porque a soma algébrica dos números de oxi-
8.5.4. dação de todos os átomos que constituem um
Para o sistema (I), os pares conjugados de oxi- ião é igual à carga do ião e porque o número de
dação-redução são: Zn2+/Zn e Cu2+/Cu. oxidação do oxigénio é menos dois excepto nos
Para o sistema (IV), os pares conjugados de peróxidos em que é menos um.
oxidação-redução são: Cu2+/Cu e Ag+/Ag. n.o.(V)V03– + 4 * n.o. (O)V03– = –1 §
8.5.5. § n.o.(V)V03– + 3 * (–2) = –1 §
(D) Quanto maior for o poder redutor de um § n.o.(V)V03– = –1 + 6 §
metal, menor é o poder oxidante do respetivo § n.o.(V)V03– = 5
catião. O n.o. do vanádio no ião [VO(H20)5]2+ é mais qua-
8.6. O ácido clorídrico reage com o zinco mas não tro porque a soma algébrica dos números de
reage com a prata, porque o poder redutor do oxidação de todos os átomos que constituem
zinco é superior ao da prata. Assim, o zinco um ião é igual à carga do ião, porque o número
metálico é um redutor suficientemente forte
de oxidação do oxigénio é menos dois exceto
para reduzir o catião hidrogénio (H+) a hidrogé-
nos peróxidos em que é menos um e porque o
nio gasoso (H2).
número de oxidação do hidrogénio é um ex-
Zn (s) + 2 HCl (aq) " Zn2+ (aq) + 2 Cl- (aq) + H2 (g)
cepto nos hidretos em que é menos um.
Como o poder redutor da prata é inferior ao
n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ + 6 * n.o.(O)[VO(H2O)5]2+ +
poder redutor do hidrogénio, a reação seguinte
+ 10 * n.o.(H)[VO(H2O)5]2+ = +2
não ocorre.
n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ + 6 * (–2) + 10 * (1) = +2 §
Ag (s) + HCl (aq) " não ocorre reação
§ n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ –12 + 10 = +2
8.7.1.
A série eletroquímica permite concluir que o n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ = +2 + 12 – 10 §
poder redutor do ferro é superior ao poder redu- § n.o.(V)[VO(H2O)5]2+ = +4
tor do cobre. Assim, quando se mergulha um O n.o. do vanádio no ião [V(H20)6]3+ é mais qua-
prego de ferro numa solução de sulfato de cobre, tro porque a soma algébrica dos números de
será de prever que o ferro seja oxidado e o cobre oxidação de todos os átomos que constituem
seja reduzido, de acordo com a equação química: um ião é igual à carga do ião, porque o número
Fe(s) + Cu2+ (aq) " Cu (s) + Fe2+ (aq) de oxidação do oxigénio é menos dois exceto
Verifica-se, assim, deposição de uma camada de nos peróxidos em que é menos um e porque o
cobre metálico sobre o prego de ferro e uma número de oxidação do hidrogénio é um ex-
atenuação da coloração azul da solução. O que cepto nos hidretos em que é menos um.

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n.o.(V)[VO(H2O)6]3+ + 6 * n.o.(O)[VO(H2O)6]3+ + electroneutralidade) e porque o número de oxi-


+ 12 * n.o.(H)[VO(H2O)6]3+ = +3 dação do o xigénio é me nos dois exceto nos
n.o.(V)[VO(H2O)6]3+ + 6 * (–2) + 12 * (1) = +3 § peróxidos que é menos um .
§ n.o.(V)[VO(H2O)6]3+ –12 + 12 = +3 5 * n.o.(O)V2O5 + 2 * n.o.(V)V2O5 = 0 §
n.o.(V)[VO(H2O)6]3+ = +3 + 12 – 12 §
§ 5 * (–2) + 2 * (S)V2O5 = 0 §
§ n.o.(V)[VO(H2O)6]3+ = +3
10
O n.o. do vanádio no ião [V(H20)6]2+ é mais qua- § n.o.(S)V2O5 = § n.o.(S)V2O5 = 5
2
tro porque a soma algébrica dos números de
oxidação de todos os átomos que constituem 9. Reações de precipitação
um ião é igual à carga do ião, porque o número 9.1. A hidroxiapatite é o sal Ca5(PO4)3OH. A sua dis-
de oxidação do oxigénio é menos dois exceto sociação pode ser traduzida pela equação:
nos peróxidos em que é menos um e porque o [Ca5(PO4)3]OH " 5 Ca2+ + 3 PO43- + OH-
número de oxidação do hidrogénio é um ex- Os iões presentes na hidroxiapatite são o ca-
cepto nos hidretos em que é menos um. tião cálcio (Ca2+), o anião fosfato (PO43-) e o
n.o.(V)[VO(H2O)6]2+ + 6 * n.o.(O)[VO(H2O)6]2+ + anião hidróxido (OH-), a sua proporção de com-
+ 12 * n.o.(H)[VO(H2O)6]2+ = +2 binação é 5:3:1.
9.2. O sulfato de bário é utilizado como meio de
n.o.(V)[VO(H2O)6]2+ + 6 * (–2) + 12 * (1) = +3 §
diagnóstico de problemas no tubo digestivo.
§ n.o.(V)[VO(H2O)6]2+ –12 + 12 = +2 9.3. (A) Afirmação falsa. O produto de solubilidade
n.o.(V)[VO(H2O)6]2+ = +2 + 12 – 12 § (Ks) é uma constante de equilíbrio pelo que o
§ n.o.(V)[VO(H2O)6]2+ = +2 seu valor só depende da temperatura.
VO3– (amarelo) → [VO(OH2)5]2+ (azul) → (B) Afirmação falsa. O produto de solubilidade
(Ks) é uma constante de equilíbrio pelo que o
→ [V(OH2)6]3+ (verde) → [V(OH2)6]2+ (violeta)
seu valor só depende da temperatura. A solu-
8.8.2.1.
bilidade de um sal pouco solúvel é que diminui
(D) O n.o. do enxofre, no composto dióxido de
por adição de um sal solúvel com ião comum
enxofre (S02) é mais quatro porque a soma al-
ao primeiro.
gébrica dos números de oxidação de todos os
(C) Afirmação falsa. A solubilidade de um sal em
átomos que constituem uma molécula neutra é
água só depende da temperatura. A solubilidade
igual a zero (regra da electroneutralidade) e por-
de um sal em diferentes soluções depende da
que o número de oxidação do oxigénio é menos
presença de iões comuns ao sal e da presença
dois exceto nos peróxidos que é menos um.
de agentes que reajam com os iões presentes no
2 * n.o.(O)SO2 + n.o.(S)SO2 = O §
sal. Assim, a solubilidade de um sal em presença
§ 2 * (–2) + (S)SO2 = O § n.o.(S)SO2 = 4
de ião comum diminui relativamente à sua solu-
O n.o. do enxofre, no composto dióxido de en-
bilidade em água. A solubilidade em presença de
xofre (S03) é mais seis porque a soma algébrica agentes que reajam com os iões presentes no
dos números de oxidação de todos os átomos sal, fazendo diminuir a sua quantidade, aumen-
que constituem uma molécula neutra é igual a tam a solubilidade do sal relativamente à sua so-
zero (regra da electroneutralidade) e porque o lubilidade em água.
número de oxidação do oxigénio é menos dois (D) Afirmação verdadeira. A solubilidade de
exceto nos peróxidos que é menos um. um sal pouco solúvel diminui por adição de um
2 * n.o.(O)SO3 + n.o.(S)SO3 = O § sal solúvel com ião comum ao primeiro.
§ 3 * (–2) + (S)SO3 = O § n.o.(S)SO3 = 6 (E) Afirmação falsa. A solubilidade de um sal
8.8.2.2. pouco solúvel não aumenta por adição de sol-
Determinar o número de oxidação do vaná- vente, porque a solubilidade é uma quantidade
dio no composto V205. por unidade de volume. A solubilidade define-
O n.o. do vanádio, no composto V205 é mais -se como sendo a massa máxima de um sal
cinco porque a soma algébrica dos números de que é possível dissolver num dado volume (ou
oxidação de todos os átomos que constituem massa) de solvente. Assim, aumentando o vo-
uma molécula neutra é igual a zero (regra da lume (massa) de solvente é possível dissolver

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mais massa de soluto, sem que se altere a sua de água é 28,5 g. Assim, a essa temperatura,
solubilidade. a solução está saturada, pois a concentração
(F) Afirmação falsa. A ordem da solubilidade do CuSO4.5H2O em solução aquosa coincide
dos sais, em água, coincide com a ordem dos com a solubilidade.
respetivos produtos de solubilidade, para uma 9.4.3.2.
mesma temperatura, apenas se a estequiome- A afirmação é falsa. À temperatura de 60 °C,
tria dos sais for a mesma, isto é, se a relação S(AlCl3.6H2O) = 32,5 g/100 g de H2O, ou seja,
entre a solubilidade e o produto de solubili- a quantidade máxima de AlCl3.6H2O que é
dade for igual. possível dissolver em 100 g de água é 32,5 g.
(G) Afirmação verdadeira. O hidróxido de cál- Assim, a essa temperatura a solução não está
cio é mais solúvel numa solução de NH4Cl do saturada, pois a concentração do AlCl3.6H2O
que em água pura, embora o respetivo produto em solução aquosa é inferior à solubilidade.
de solubilidade só varie com a temperatura. 9.4.3.3.
9.4.1. A afirmação é falsa. À temperatura de 80 °C,
A afirmação é verdadeira, pois todos os sais S(BaCl2.2H2O) = 52,4 g/100 g de H2O, ou seja,
apresentados possuem moléculas de água in- a quantidade máxima de BaCl2.2H2O que é
corporadas na sua estrutura cristalina. possível dissolver em 100 g de água é 52,4 g.
9.4.2. Assim, a essa temperatura a solução está so-
bressaturada, pois a concentração do BaCl2.2H2O
em solução aquosa é superior à solubilidade.
9.4.4.
À temperatura de 100,0 °C, o sal mais solúvel
é o CuSO4.5H2O, pois é aquele em que é pos-
sível dissolver uma maior massa, para a
mesma massa de solvente.
9.4.5.
Determinar, por leitura gráfica, a solubili-
dade do BaCl2.2H2O, a 65 °C.
Pela leitura do gráfico, à temperatura de
65 °C, o valor máximo de BaCl2.2H2O que se
pode dissolver em 100 g de solvente é de
48,0 g.
Determinar, nestas condições, o valor má-
ximo da massa de BaCl2.2H2O que se pode
dissolver em 60 g de água.
m(BaCl2.2H2O) 48,0
= §
m(água) 100
m(BaCl2.2H2O) 48,0
§ = §
60 100
48,0
§ m(BaCl2.2H2O) = * 60 §
100
§ m(BaCl2.2H2O) = 28,8 g
9.5.1.
Prevê-se a formação de um precipitado, isto é,
admite-se que ocorrerá precipitação.
9.4.3.1. 9.5.2.
A afirmação é verdadeira. À temperatura de Determinar a solubilidade do cromato de
A = 40 °C, S(CuSO4.5H2O) = 28,5 g /100 g de bário (BaCrO4).
H2O, ou seja, a quantidade máxima de BaCrO4 (s) @" Ba2+ (aq) + CrO 2- (aq)
4
CuSO4.5H2O que é possível dissolver em 100 g Ks = [Ba ]* [CrO42-] § Ks = S * S §
2+

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

§ Ks = S2 § S = V√Ks § A concentração do catião bário quando o cro-


§ S = V√1,√2 √* √1√0-√10 § mato de estrôncio começa a precipitar é
§ S = 1,1 * 10-5 mol dm-3 3,4 * 10-7 mol dm-3.
Determinar a solubilidade do cromato de 9.6. A afirmação é verdadeira, pois a relação entre
estrôncio (SrCrO4). a solubilidade dos sais só é igual à relação entre
SrCrO4 (s) @" Sr2+ (aq) + CrO 2- (aq)
4 os produtos de solubilidade quando a estequio-
Ks = [Sr ] * [CrO42-] § Ks = S * S §
2+
metria dos sais é equivalente, ou seja, quando
§ Ks = S2 § S = V√Ks § a relação entre o produto de solubilidade e a so-
§ S = V√3,√5 √* √1√0√-5 § lubilidade é igual para os diferentes sais.
§ S = 5,9 * 10-3 mol dm-3 Determinar a solubilidade do cromato de
O sal que precipita primeiro é o cromato de
bário (BaCrO4).
bário, pois é o sal menos solúvel, ou seja, é o " Ba2+ (aq) + CrO 2- (aq)
BaCrO4 (aq) @ 4
que apresenta menor solubilidade.
Ks = [Ba2+] * [CrO42-] § Ks = S * S §
9.5.3.
§ Ks = S2 § S = V√Ks § S = V√1,√2 * √ √ 1√0-10
√ §
Determinar a concentração de anião cro-
§ S = 1,1 * 10 mol dm
-5 -3
mato quando o cromato de estrôncio co-
Determinar a solubilidade do cromato de
meça a precipitar.
prata (Ag2CrO4).
No instante em que o cromato de estrôncio co-
Ag2CrO4 (s) @ " 2 Ag+ (aq) + CrO 2- (aq)
meça a precipitar (admite-se que neste instante 4

começa a precipitar mas ainda não precipitou e Ks = [Ag+]2 * [CrO42-] § Ks = (2S)2 * S §


que a adição de solução de cromato não alterou Ks
§ Ks = 4 S3 § S3 = §
de forma mensurável o volume de solução), a 4
3 3
concentração de ião estrôncio é 0,10 mol dm-3. √ Ks 31,3 * 10-12
Esse instante em que começa a precipitar mas §S=
V 4
§S=
V 4
§
ainda não precipitou é o instante limite da condi- § S = 6,9 * 10-5 mol dm-3
ção de equilíbrio, Q = Ks. Esta condição permite
Determinar a relação entre os produtos de
determinar a concentração de cromato, já que
solubilidade.
se conhece Ks e a concentração de catião Sr2+
Ks(BaCrO4) 1,2 * 10-10
nesse instante. = §
Ks(Ag2CrO4) 1,3* 10-12
Ks
Ks = [Sr2+] * [CrO42-] § [CrO42-] = § Ks(BaCrO4)
[Sr2+] § ] 92 §
Ks(Ag2CrO4)
3,5 * 10-5
§ [CrO42-] = § § Ks(BaCrO4) ] 92 * Ks(Ag2CrO4)
0,10
Determinar a relação entre as solubilidades.
§ [CrO42-] = 3,5 * 10-5 mol dm-3
S(Ag2CrO4) 6,9 * 10-5
Determinar a concentração de catião bário = §
quando o cromato de estrôncio começa a S(BaCrO4) 1,1 * 10-5
precipitar. S(Ag2CrO4)
§ ] 6,3 §
No instante em que o cromato de estrôncio co- S(BaCrO4)
meça a precipitar, a concentração de anião § S(Ag2CrO4) ] 6,3 * S(BaCrO4)
cromato é 3,5 * 10-5 mol dm-3, e nesse ins- Mostrar que a relação entre as solubilida-
tante o sistema encontra-se em equilíbrio re- des e o Ks é diferente para os dois sais.
lativamente ao cromato de bário, pelo que, Para o cromato de bário (BaCrO4):
Q = Ks; esta condição permite determinar a Ks = S2 § S = V√Ks
concentração de catião bário, já que se co- Para o cromato de prata (Ag2CrO4):
nhece Ks e a concentração de anião cromato Ks
3
√ Ks
nesse instante.
Ks
Ks = 4 S3 § S3 = S3 =
4
§S=
V 4
Ks = [Ba ]* [CrO ] § [Ba ] =
2+ 2- 2+
§ 9.7.1.
4
[CrO42-]
Quando se misturam as duas soluções poderá
1,2 * 10-10 ocorrer precipitação de hidróxido de alumínio
§ [Ba2+] = §
3,5 * 10-4 (Al(OH)3) já que o nitrato de sódio é um sal
§ [Ba2+] = 3,4 * 10-7 mol dm-3 muito solúvel.

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Determinar a quantidade de catião alumínio Determinar o quociente da reação.


(Al3+) proveniente dos 40,0 cm3 de solução Al(OH)3 (aq) @ " Al3+ (aq) + 3 OH- (aq)

de nitrato de alumínio. Q = [Al3+]* [OH-]3 §


Vsolução = 40,0 cm3 § Vsolução = 40,0 * 10-3 dm3 § Q = 8,0 * 10-3 * (3,0 * 10-2)3 §
n(Al(NO3)3) § Q = 2,2 * 10-7
[Al(NO3)3] = §
V Q > Ks(Al(NO3)3). Nestas condições, o sistema
§ n(Al(NO3)3) = [Al(NO3)3] * V § não se encontra em equilíbrio (a condição de
§ n(Al(NO3)3) = 0,020 * 40,0 * 10-3 § equilíbrio é Q = Ks). Para que uma situação de
§ n(Al(NO3)3) = 8,0 * 10-4 mol equilíbrio seja atingida, o quociente da reação
Em solução aquosa, o nitrato de alumínio sofre tem de diminuir até igualar o valor de Ks, o que
dissociação de acordo com a equação: implica evolução do sistema no sentido da for-
Al(NO3)3 (aq) " Al3+ (aq) + 3 NO3- (aq) mação do sal, o que leva à formação de preci-
Tendo em conta a estequiometria do sal: pitado. Há precipitação de Al(OH)3 e diminuição
n(Al3+) = n(AlNO3)3) § das concentrações dos iões.
§ n(Al3+) = 8,0 * 10-4 mol 9.7.2.
Determinar a quantidade de anião hidróxido Na solução final existem os iões NO3-, Na+,Cl-,
(OH-) proveniente dos 60,0 cm3 de solução H3O+ e OH-. As espécies NO3-, Na+,Cl-, tem ca-
de hidróxido de sódio. ráter químico ácido-base neutro. Assim, o ca-
Vsolução = 60,0 cm3 § Vsolução = 60,0 * 10-3 dm3 ráter químico da solução final vai depender da
n(NaOH) quantidade de OH- proveniente de hidróxido
[NaOH] = § solubilizado.
V
Tendo em consideração os valores das con-
§ n(NaOH) = [NaOH] * V §
centrações obtidos no item anterior
n(NaOH) = 0,050 * 60,0 * 10-3 §
§ n(NaOH) = 3,0 * 10-3 mol "
Al(OH)3 (s) @ Ag+ (aq) + 3 OH- (aq)
Em solução aquosa, o hidróxido de sódio sofre
ni/mol — 8,0 * 10-4 3,0 * 10-3
dissociação de acordo com a equação:
Variação +x -x -3x
NaOH (aq) " Na+ (aq) + OH- (aq)
neq/mol x 8,0 * 10 - x
-4
3,0 * 10-3 - 3x
Tendo em conta a estequiometria:
n(OH-) =n(NaOH) § n(OH-) = 3,0 * 10-3 mol Admitindo que todo o Ag+ precipitava
Determinar a concentração do anião hidró- 8,0 * 10-4 - x ] 0 e x ] 8,0 * 10-4 mol, resulta-
xido (OH-) na solução final se não ocorresse ria que n(OH-)e = 3,0 * 10-3 - 3x §
precipitação. § n(OH-)e = 3,0 * 10-3 - [3 * (8,0 * 10-4)] §
Vtotal = VAl(NO ) + VNaOH § § n(OH-)e = 6,0 * 10-4 mol,
33
§ Vtotal = 40,0 + 60,0 § A quantidade de OH- no equilíbrio vai ser ligei-
§ Vtotal = 100,0 cm3 § ramente superior a 6,0 * 10-4 mol porque o
§ Vtotal = 100,0 * 10-3 dm3 Ag+ não se gasta totalmente, pois fica em so-
n(OH-) 3,0 * 10-3 lução uma pequena quantidade, que corres-
[OH-] = § [OH-] = §
Vtotal 100,0 * 10-3 ponde à permitida pela solubilidade nestas
§ [OH-] = 3,0 * 10-2 mol dm-3 condições.
Determinar a concentração do catião alumí- Admitindo que n(OH-)e = 6,0 * 10-4 mol:
nio (Al3+) na solução final se não ocorresse n(OH-) 6,0 * 10-4
[OH-] = § [OH-] = §
precipitação. Vtotal 100,0 * 10-3
Vtotal = VAl(NO ) + VNaOH § § [OH-] = 6,0 * 10-3 mol dm-3
33
§ Vtotal = 40,0 + 60,0 § pOH = - log [OH-] §
§ Vtotal = 100,0 cm3 § § pOH = - log (6,0 * 10-3) § pOH = 2,2
§ Vtotal = 100,0 * 10-3 dm3 O pOH vai ser ligeiramente inferior a 2,2, pois
n(Al3+) 8,0 * 10-4 a concentração de OH- é ligeiramente superior
[Al3+] = § [Al3+] = §
Vtotal 100,0 * 10-3 a 6,0 * 10-3 mol. Assim, a 25 °C, a solução é
§ [Al3+] = 8,0 * 10-3 mol dm-3 francamente alcalina.

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QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

9.8.1. Determinar a concentração do catião bário


Hidróxido de bário – Ba(HO)2 (Ba2+) na solução final se não ocorre-se pre-
Sulfato de sódio – Na2SO4 cipitação.
9.8.2. n(Ba2+) 5,0 * 10-2
" BaSO (s) [Ba2+] = § [Ba2+] = §
Ba2+ (aq) + SO42- (aq) @ 4 Vtotal 136,4 * 10-3
9.8.3. § [Ba2+] = 3,67 * 10-1 mol dm-3
Quando se misturam as duas soluções poderá Determinar o quociente da reação.
ocorrer precipitação de sulfato de bário BaSO4 (s) @ " Ba2+ (aq) + SO 2- (aq)
4
(BaSO4), que é um sal pouco solúvel, já que o Q = [Ba ] * [SO42-] §
2+

hidróxido de sódio é bastante solúvel. § Q = 3,67 * 10-1 * 6,33 * 10-1 §


Determinar a quantidade de catião bário § Q = 2,32 * 10-1
(Ba2+) proveniente dos 50,0 cm3 de solução Q > Ks (BaSO4), nesta condições o sistema não
de hidróxido de bário. se encontra em equilíbrio (a condição de equi-
Vsolução = 50,0 cm3 § Vsolução = 50,0 * 10-3 dm3 líbrio é Q = Ks), para que uma situação de equi-
n(Ba(OH)2) líbrio seja atingida o quociente da reacção tem
[Ba(OH)2] = §
V de diminuir até igualar o valor de o valor de Ks,
§ n(Ba(OH)2) = [Ba(OH)2] * V § o que implica evolução do sistema no sentido
n(Ba(OH)2) = 1,00 * 50,0 * 10-3 § da formação do sal. Assim, implica formação de
§ n(Ba(OH)2) = 5,00 * 10-2 mol precipitado, ou seja, há precipitação de BaSO4 e
Em solução aquosa, o hidróxido de bário sofre diminuição das concentrações dos iões.
dissociação de acordo com a equação: Estabelecer as condições iniciais e as de
Ba(OH)2 (aq) " Ba2+ (aq) + 2 OH- (aq) equilíbrio.
Tendo em conta a estequiometria do sal: "
BaSO4 (s) @ Ba2 (aq) + SO42- (aq)
n(Ba2+) = n(Ba(HO)2) §
ni/mol — 0,0500 0,0864
§ n(Ba2+) = 5,0 * 10-2 mol
Variação +x -x -x
Determinar a quantidade de anião sulfato
neq/mol x 0,0500- x 0,0864- x
(SO42-) proveniente dos 86,4 cm3 de solução
de sulfato de sódio. Determinar o valor de x.
Vsolução = 86,4 cm3 § Vsolução = 86,4 * 10-3 dm3 Recorrer à expressão do produto de solubili-
n(Na2SO4) dade, Ks, para determinar x.
[Na2SO4] = §
V Ks = [Ba2+]e * [SO42-]e §
§ n(Na2SO4) = [Na2SO4] * V § n(SO42-)e n(Ba2+)e
§ 1,1 * 10-10 = * §
§ n(Na2SO4) = 1,00 * 86,4 * 10-3 § Vtotal Vtotal
§ n(Na2SO4) = 8,64 * 10-2 mol 0,0864 - x 0,0500 - x
§ 1,1 * 10-10 = * §
Em solução aquosa, o sulfato de sódio sofre 136,4 * 10 -3
136,4 * 10-3
dissociação de acordo com a equação: § 1,1 * 10-10 (136,4 * 10-3)2 =
Na2SO4 (aq) " 2 Na+ (aq) + SO42- (aq) = (0,0864 − x) * (0,0500 − x) §
Tendo em conta a estequiometria do sal: § x2 - 136,4 * 10−3x + 4,32 * 10-3 = 0
n(SO42-) = n(Na2SO4) § Aplicando a fórmula resolvente, resulta
§ n(SO42-) = 8,64 * 10-2 mol x = 8,64 * 10-2 ou x = 5,00 * 10-2.
Determinar a concentração do anião hidró- O valor de x, 8,64 * 10-2 é impossível nestas
xido (SO42-) na solução final se não ocor- condições, pois não se pode gastar de catião
resse precipitação. bário (Ba2+) uma quantidade superior à inicial.
Vtotal = VBaOH + VNa SO § Determinar as quantidades de iões Ba2+ e
2 4
§ Vtotal = 50,0 + 86,4 § SO42- quando se atinge o equilíbrio.
§ Vtotal = 136,4 cm3 § n(Ba2+)e ] 0
§ Vtotal= 136,4 * 10-3 dm3 n(SO42-)e = 0,06864 - 0,0500 §
n(SO42-) 8,64 * 10-2 § n(SO42-)e = 0,0364 mol
[SO42-] = § [SO42-] = §
Vtotal 136,4 * 10-3 Quando se atinge o equilíbrio, a quantidade de
§ [SO42-] = 6,33 * 10-1 mol dm-3 Ba2+ é tão pequena que não foi possível detetá-

26 © Edições ASA
Química

QUESTÕES GLOBALIZANTES – RESOLUÇÃO POR ETAPAS

-la por este processo, mas dado que se co- 9.8.4.


nhece a concentração de anião sulfato (SO42-) Determinar a quantidade de sulfato de bário
vai ser possível detetá-la recorrendo à expres- que precipita.
são de Ks. n(BaSO4) = x § n(BaSO4) = 5,00 * 10−2 mol
Ks Determinar a massa de sulfato de bário que
Ks = [Ba2+]e * [SO42-]e § [Ba2+]e = §
[SO42-]e precipita.
Ks Mr(BaSO4) = Ar(Ba) + Ar(S) + 4 Ar(O) §
§ [Ba2+]e = § § Mr(BaSO4l) = 137,33 + 32 §
n(SO42-)e
Vtotal § Mr(BaSO4) = 233,40 07 + (4 × 16,00)
1,0 * 10-10 M(BaSO4) = 233,40 g mol-1
§ [Ba2+]e = § m(BaSO4) = n(BaSO4) * M(BaSO4) §
0,0364
136,4 * 10-3 § m(BaSO4) = 5,00 * 10−2 * 233,40 §
§ m(BaSO4) = 11,67 g
§ [Ba2+]e = 4,12 * 10−10 mol dm-3
A massa de BaSO4 que precipita é 11, 67 g.
n(Ba2+)e
[Ba2+]e = § 9.8.5.
Vtotal Ao produto resultante da junção das duas so-
§ n(Ba2+)e = [Ba2+]e * Vtotal § luções chamou-se mistura e não solução, pois
§ n(Ba2+)e = 4,12 * 10-10 * 136,4 * 10−3 § trata-se de uma mistura heterogénea consti-
§ n(Ba2+)e = 5,62 * 10-10 tuída por duas fases distintas, uma sólida e
As quantidades de catião bário (Ba2+) e anião outra líquida. A líquida é a solução saturada
sulfato (SO42-) na mistura obtida são respetiva- em sulfato de bário e a sólida é o sal precipi-
mente 5,62 * 10−11 mol e 0,0364 mol. tado de sulfato de bário.

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Fichas Tipo
Exame
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Prova-tipo Exame
Carla Rodrigues | Carla Santos
Lúcia Miguelote | Paulo Santos
a
Escola:

©AREAL EDITORES
Nome:
Turma: N.º: Data:

Grupo I

Leia o seguinte texto:

“No centro do Sol, os núcleos de átomos de hidrogénio fundem-se originando núcleos de hélio. A sua
superfície atinge uma temperatura de perto dos 6000 K.
A energia resultante desta reação é radiada para o espaço, e parte dela atinge a atmosfera terrestre
com uma intensidade de cerca de 1373 W m-2.
Uma vez que parte da energia inicial é refletida ou absorvida pela atmosfera, num dia de céu claro é
possível medir junto à superfície terrestre num plano perpendicular, cerca de 1000 W m-2.
Esta radiação disponível à superfície terrestre divide-se em três componentes: direta, a que vem "dire-
tamente" desde o disco solar; difusa, a proveniente de todo o céu exceto do disco solar, das nuvens e
das gotas de água entre outros; e refletida, proveniente da reflexão no chão e dos objetos
circundantes.”
Adaptado de Portal das Energias Renováveis

1. Selecione a opção que completa corretamente a afirmação seguinte.


A intensidade da radiação solar que atinge a atmosfera terrestre é de cerca de 1373 W m-2, o que sig-
nifica que…
(A) … aproximadamente 1373 J de radiação solar incidem perpendicularmente no topo da atmosfera,
por cada metro quadrado terrestre e em cada segundo.
(B) … aproximadamente 1373 J de radiação visível chegam à superfície terrestre, por cada metro qua-
drado terrestre e em cada segundo.
(C) … aproximadamente 1373 W de radiação visível chegam à superfície terrestre, por cada metro qua-
drado terrestre e em cada segundo.
(D) … aproximadamente 1373 W de radiação solar incidem perpendicularmente no topo da atmosfera,
por cada metro quadrado terrestre e em cada segundo.

2. Uma vez que a superfície terrestre está constantemente a absorver radiação, a Terra sobreaqueceria
caso toda esta energia fosse armazenada no sistema Terra – Atmosfera.
Quais as caraterísticas planetárias que contribuem para que a temperatura média da superfície da
Terra se mantenha constante e torne a Terra habitável?

1
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Prova-tipo Exame a
3. Os coletores solares térmicos são dispositivos que permitem transformar energia solar em energia
térmica. A radiação solar é captada por uma placa absorsora, aumentando a sua energia interna. O

©AREAL EDITORES
coletor possui ainda um sistema de tubos onde circula um fluido de transferência térmica, responsável
pela passagem da energia da placa absorsora para a água do tanque de armazenamento.

3.1. Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
A transferência de energia da placa absorsora para o fluido de transferência térmica ocorre sob a
forma de…
(A) … calor por convecção.
(B) … radiação.
(C) … calor por condução.
(D) … trabalho.

3.2. Pretende-se instalar um coletor solar térmico numa vivenda em Lisboa. O coletor, com um rendimento
médio de 30%, destina-se a aquecer 200 dm3 de água.
O valor médio diário de potência da radiação solar global direta em Lisboa, num dia claro, atinge os
414 W m-2. Nestas condições, calcule a área do coletor que deve ser instalada, caso se pretenda que o
aumento médio diário da temperatura da água seja 40 ºC, sabendo que o tempo de exposição ao Sol
é de 8 h diárias. (Considere que durante esse tempo não se retira água para consumo.)

Apresente todas as etapas de resolução.

Dados:
c (capacidade térmica mássica da água) = 4,18 * 103 J kg-1 ºC-1
rágua = 1 kg dm-3

Grupo II

1. Uma esfera de massa 100 g, lançada no ponto A com velocidade inicial, v0, de 10 m s-1, desce, sem
atrito, o plano inclinado representado na figura. De seguida a esfera percorre a circunferência BCDEB,
continuando depois no plano horizontal BF, onde já não é desprezável o atrito. Considere que a altura,
h, do plano inclinado é 20 m.
A
D
y

E
h C
h

2 F
0 x

1.1. Determine o trabalho realizado pela resultante das forças que atuam na esfera no percurso AB.

2
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Prova-tipo Exame a
1.2. Selecione a opção que indica corretamente a relação entre a energia cinética da esfera na posição A e
a energia cinética da esfera na posição C.

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EcA v 2 + gh EcA v2
(A) = 0 2 (C) = 0
EcC v0 EcC gh

EcA v2 EcC
(B) = 2 0 (D) = gh
EcC v0 + gh EcA

1.3. Sabendo que a esfera atinge B com uma velocidade igual a 22,4 m s-1 e, no troço horizontal BF, atua
na esfera uma força de atrito igual a 20% do seu peso, determine a distância que esta percorre até
parar. Recorra exclusivamente às equações que traduzem o movimento, y(t) e v(t).
Apresente todas as etapas de resolução.

2. Num projeto de investigação científica, foi proposto a um engenheiro que construísse uma fibra ótica
recorrendo a dois novos materiais, designados por X e Y, cujos índices de refração são respetivamente
nX = 1,38 e nY = 1,47.
Escreva um texto no qual explique qual o material que deve ser utilizado para o núcleo e qual o mate-
rial utilizado no revestimento e a fundamentação que o engenheiro deveria apresentar para essa
seleção.

3. Fez-se incidir um feixe laser, que se propagava no ar, sobre um paralelepípedo de vidro, segundo um
ângulo de incidência de 20º. Verificou-se que o ângulo de refração foi de 14º.
Dados:
nar(índice de refração da luz no ar) = 1,000

3.1. Selecione a opção que permite determinar o índice de refração do vidro em relação ao ar.

sen (20º) sen (20º) * sen (14º)


(A) (C)
sen (14º) nar

sen (14º) nar


(B) (D)
sen (20º) sen (20º) * sen (14º)

3.2. Selecione a opção que completa corretamente a afirmação seguinte.


A velocidade de propagação do feixe laser é…
(A) … maior no vidro do que no ar, logo o vidro tem maior índice de refração.
(B) … maior no vidro do que no ar, logo o vidro tem menor índice de refração.
(C) … menor no vidro do que no ar, logo o vidro tem maior índice de refração.
(D) … menor no vidro do que no ar, logo o vidro tem menor índice de refração.

3
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Prova-tipo Exame a
Grupo III

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A formação de grande parte dos elementos químicos deu-se em duas fases distintas: na nucleossín-
tese primordial, que ocorreu logo a seguir ao Big Bang, em que foram produzidos sobretudo o hidro-
génio e o hélio; e na nucleossíntese estelar, no interior das estrelas, em que, para além do hidrogénio e
do hélio, também se formaram elementos mais pesados a partir de reações nucleares.

1. Considere as duas equações seguintes que representam reações nucleares:


I) 126C + 126C ! 2311Na + X1 II) 235
92 U + 01 n ! 141
56Ba + 36Kr + X2
92

1.1. Selecione a opção que identifica corretamente X1 e X2, de modo a completar as equações.
(A) X1 – 11H; X2 – 3 01 n (C) X1 – 24He; X2 – 3 01n
(B) X1 – 42He; X2 – 03n (D) X1 – 11H; X2 – 03n

1.2. Selecione a opção correta.


(A) As duas equações representam reações nucleares de fusão e podem traduzir reações que ocorrem
no interior das estrelas.
(B) As duas equações representam reações nucleares de fissão e podem traduzir reações que ocor-
rem no interior das estrelas.
(C) A primeira equação representa uma reação nuclear de fissão, que ocorre no interior das estrelas.
(D) A primeira equação representa uma reação nuclear de fusão, que ocorre no interior das estrelas.

2. Considere as configurações eletrónicas do átomo do elemento A e do ião B2+ (as letras não correspon-
dem aos símbolos químicos reais desses elementos), no estado fundamental.
A. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 B2+. 1s2 2s2 2p6

2.1. Selecione a alternativa que corresponde ao conjunto de números quânticos que caracteriza uma das
orbitais do átomo do elemento A completamente preenchida, no estado fundamental.
(A) (3, 0, 0) (C) (3, 1, -1)
(B) (2, 0, 1) (D) (1, 1, 0)

2.2. Relativamente aos átomos dos elementos A e B, selecione a única opção que contém os termos que
preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes.
Os elementos A e B situam-se no mesmo da Tabela Periódica, sendo a energia de
ionização do elemento A que a energia de ionização do elemento B.
(A) …grupo … maior … (C) …grupo … menor …
(B) …período … maior … (D) … período … menor …

3. A energia mínima de radiação necessária para provocar o efeito fotoelétrico é igual a: 3,2 * 10-19J, para
o césio; 7,2 * 10-19J, para o cobre; 7,3 * 10-19J para o tungsténio; 1,6 * 10-19J para o lítio.
Selecione a opção que contém os metais para os quais se verifica efeito fotoelétrico quando sobre eles
incide radiação eletromagnética de energia 4,62 * 10-19J.
(A) tungsténio, cobre, césio e lítio. (C) cobre, césio e lítio.
(B) lítio e tungsténio. (D) césio e lítio.

4
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Prova-tipo Exame a
Grupo IV

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O ar atmosférico é, essencialmente, uma solução gasosa, em que o solvente é o azoto e os solutos são
o oxigénio e outros gases menos abundantes, como, por exemplo, o dióxido de carbono
(370 ppmV), o árgon e o vapor de água.

1. Selecione a opção que indica corretamente a composição de CO2 (g) na atmosfera expressa em per-
centagem em volume.

106
(A)
370 * 102

370
(B) * 106
102

370
(C) * 102
106

102
(D)
370 * 106

2. Determine a quantidade de dióxido de carbono em 100 dm3 de ar em condições PTN.

3. Quando o CO2 atmosférico se dissolve na água da chuva, forma-se um ácido fraco, o ácido carbónico,
H2CO3 (aq), que confere à água da chuva um pH de cerca de 5,6 (medido à temperatura de 25 ºC).
A ionização do ácido carbónico pode ser traduzida pela seguinte equação química:
H2CO3 (aq) + H2O (ℓ) — HCO3- (aq) + H3O+ (aq)

Numa dada localidade o aumento da emissão de CO2 (g) para a atmosfera provocou uma diminuição
do pH da água da chuva para um valor igual a 5,0 (medido à temperatura de 25 ºC).

3.1. Para essa localidade determine a concentração de ácido carbónico dissolvido na água da chuva.
(A 25 ºC, Ka (H2CO3) = 4,4 * 10-7)

3.2. Selecione a alternativa que refere as duas espécies que, na reação acima indicada, se comportam
como bases de Bronsted-Lowry.
(A) HCO3- (aq) e H3O+ (aq)
(B) HCO3- (aq) e H2CO3 (aq)
(C) H2O (ℓ) e H3O+ (aq)
(D) H2O (ℓ) e HCO3- (aq)

5
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Prova-tipo Exame a
Grupo V

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A figura 1 apresenta o gráfico da variação no tempo das concentrações dos reagentes e dos produtos
da reação de síntese do dióxido de azoto (NO2) a partir de monóxido de azoto (NO) e oxigénio (O2), a
uma temperatura constante.

C/mol dm-3
2,2

1,8 A

B
1,4

0,8 C

10 t/min

Figura 1

1. Selecione a opção que indica corretamente a equação química que traduz a reação referida e a respe-
tiva expressão da constante de equilíbrio.

1,42 * 1,8
(A) 2 NO (g) + O2 (g) Æ 2 NO2 (g) Kc direta =
0,82

0,82
(B) 2 NO (g) + O2 (g) Æ 2 NO2 (g) Kc direta =
1,4 * 1,82

1,42 * 1,8
(C) 2 NO (g) + O2 (g) Æ 2 NO2 (g) Kc direta =
0,82

0,82
(D) 2 NO (g) + O2 (g) Æ 2 NO2 (g) Kc diretaa =
1,4 * 1,8
2

2. Tendo em conta os valores das concentrações de reagentes e produtos apresentados no gráfico, cal-
cule o rendimento da reação.

3. Pretende-se aumentar o rendimento da reação apresentada no gráfico.


Sabendo que a reação de síntese do NO2 é endotérmica, indique, justificando, que alteração introdu-
ziria na temperatura.

4. Selecione a única alternativa que traduz como varia o número de oxidação do azoto, na transformação
da espécie NO na espécie NO2.
(A) De - 1 para - 2 (C) De + 2 para + 4
(B) De + 1 para + 2 (D) De - 2 para - 4

6
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Prova-tipo Exame a
Grupo VI
1. Para simular o movimento do satélite recorreram a uma plataforma giratória horizontal semelhante à

©AREAL EDITORES
representada na figura, que girava com velocidade angular constante por ação de um motor, onde
colocaram um carrinho de brincar com massa constante.

1.1. Com o objetivo de determinar o período da plataforma giratória, os alunos mediram com um cronó-
metro, em três ensaios, o tempo que a plataforma demorou a completar 5 voltas.
Os valores medidos encontram-se registados na tabela seguinte.

Ensaio Dt / s

1 7,480

2 7,485

3 7,505

Exprima o resultado da medição do período da plataforma em função do valor mais provável e da


incerteza absoluta.

1.2. Seguidamente os alunos mediram a massa de um carrinho, obtendo o valor 89,6 g.


O carrinho foi colocado sobre a plataforma, seguro por hastes metálicas para não deslizar e preso a
uma mola elástica que por sua vez estava ligada a um dinamómetro (colocado verticalmente), de
forma a permitir determinar a força que a mola exerce no carrinho.
Os alunos realizaram quatro ensaios sucessivos, procedendo de modo que o período de rotação da
plataforma giratória diminuísse. E para cada ensaio mediram o período de rotação, com o cronómetro,
e a força exercida pela mola no carrinho (força centrípeta), com o dinamómetro.

7
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Prova-tipo Exame a
1
Na tabela seguinte apresentam-se os valores do inverso do quadrado dos períodos medidos 2 e o

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T
módulo da força centrípeta, Fc, em cada um dos ensaios.

1
Ensaio / s-2 Fc / N
T2

1 0,1150 0,099

2 0,2022 0,196

3 0,2983 0,294

4 0,4151 0,393

Determine o raio da trajetória descrita pelo carrinho.


Comece por deduzir a expressão que relaciona o valor da força centrípeta com o período do
movimento.
Utilize a calculadora gráfica para determinar a equação da linha que melhor se ajusta ao conjunto de
pontos experimentais.
Apresente todas as etapas de resolução.

1.3. Atendendo aos resultados obtidos, selecione a opção que apresenta a conclusão a que os alunos deve-
riam ter chegado para a relação entre a força centrípeta e o período do movimento de um satélite.
(A) O valor da força centrípeta que atua sobre um satélite é inversamente proporcional ao período do
movimento do satélite.
(B) O valor da força centrípeta que atua sobre um satélite é inversamente proporcional ao quadrado do
período do movimento do satélite.
(C) O valor da força centrípeta que atua sobre um satélite é diretamente proporcional ao período do
movimento do satélite.
(D) O valor da força centrípeta que atua sobre um satélite é diretamente proporcional ao quadrado do
período do movimento do satélite.

8
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Prova-tipo Exame a
COTAÇÕES

Grupo I

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1. 5 pontos
2. 10 pontos
3.
3.1. 5 pontos
3.2. 15 pontos
35 pontos
Grupo II
1.
1.1. 10 pontos
1.2. 5 pontos
1.3. 15 pontos
2. 15 pontos
3.
3.1. 5 pontos
3.2. 5 pontos
55 pontos
Grupo III
1.
1.1. 5 pontos
1.2. 5 pontos
2.
2.1. 5 pontos
2.2. 5 pontos
3. 5 pontos
25 pontos
Grupo IV
1. 5 pontos
2. 10 pontos
3.
3.1. 10 pontos
3.2. 5 pontos
30 pontos
Grupo V
1. 5 pontos
2. 10 pontos
3. 10 pontos
4. 5 pontos
30 pontos
Grupo VI
1.
1.1. 5 pontos
1.2. 15 pontos
1.3. 5 pontos
25 pontos

Total 200 pontos

9
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Formulário a

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10
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Formulário a

©AREAL EDITORES

11
Grupos

12
1 2 3 4 5 7 6 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

1 2
H He
Hidrogénio Hélio
1,01 4,00

3 4 N.° atómico 1 5 6 7 8 9 10
Li Be H Símbolo químico B C N O F Ne
Lítio Berílio Nome Hidrogénio Boro Carbono Azoto Oxigénio Flúor Néon
6,94 9,01 1,01 Massa atómica 10,81 12,01 14,01 15,99 19,00 20,18

11 12 relativa
Tabela Periódica

13 14 15 16 17 18
Na Mg AL Si P S CL Ar
Sódio Magnésio Alumínio Silício Fósforo Enxofre Cloro Árgon
22,99 24,31 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Potássio Cálcio Escândio Titânio Vanádio Crómio Manganésio Ferro Cobalto Níquel Cobre Zinco Gálio Germânio Arsénio Selénio Bromo Krípton
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Rubídio Estrôncio Ítrio Zircónio Nióbio Molibdénio Tecnécio Ruténio Ródio Palácio Prata Cádmio Índio Estanho Antimónio Telurio Iodo Xénon
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 (98) 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 57 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
FÍSICA E QUÍMICA 11A

Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg TL Pb Bi Po At Rn
Césio Bário Lantânio Háfnio Tântalo Tungsténio Rénio Ósmio Irídio Platina Ouro Mercúrio Tálio Chumbo Bismuto Polónio Astato Rádon
132,91 137,33 138,91 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98 (209) (210) (222)

87 88 89 104 105 106 107 108 109 110 111 112


Fr Ra Ac Rf Db Sg B Hs Mt Ds Rg Cn
Frâncio Rádio Actínio Rutherfórdio Dúbnio Seabórguio Bório Hássio Meitnério Darmastádio Roentgénio Copernício
(223) (226) (227) (261) (262) (266) (264) (277) (268) (271) (272) (277)

58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
LANTANÍDEOS Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
140,12 140,91 144,24 (145) 150,36 151,97 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04 174,97

90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


ACTINÍDEOS Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Tório Protactínio Urânio Neptúnio Plutónio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstéinio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
232,04 231,04 238,03 (237) (244) (243) (247) (247) (251) (252) (257) (258) (259) (262)

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a
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Proposta de Resolução a

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EmA = EmB ´ EcA + EpA = EcB + EpB §
GRUPO I

1
1. (A) § 5 + 20 = mv2f + 0 § vf = 22,4 m s-1
2. As duas principais características são:
2
w (Fr) = DEc
!

– emissão de radiação pela superfície terrestre –


mantém uma condição de equilíbrio, conhecido
1
como equilíbrio térmico da Terra, que é responsável w (Fr) = m (v2f - v 2i ) § w (Fr) = 20 J
! !

pela temperatura constante da mesma. 2


– efeito de estufa – garante uma temperatura que 1.2. (B)
permite a existência de vida na Terra tal como a
1.3. Fa = 0,20 * mg § Fa = 0,20 N
conhecemos.

3. Fa = m * a § 0,20 = 0,100 * a § a = 2,0 m s-2

3.1. (C) v = v0 + at § 0 = 22,4 - 2,0t § t = 11,2s


3.2. V = 200 dm3
1
x = x0 + v0t + at2 § x - x0 = 22,4t - t2 §
m
r= § m = r * v § m = 200 kg 2
v § x - x0 = 125 m
Q = mcDT § Q = 200 * 4,18 * 10 * 40 3
2. – O material para o núcleo deverá ser o Y e para o
revestimento o X.
Q = 3,34 * 107 J
– Nas fibras óticas ocorre o fenómeno de reflexão
total.
Eútil 3,34 * 107
h= * 100 § 0,30 = § – O fenómeno da reflexão total ocorre quando o
Efornecida Efornecida índice de refração do núcleo é elevado e superior ao
§ Efornecida = 1,11 * 108 do revestimento e quando o ângulo segundo o qual
a luz incide na superfície de separação núcleo-
-revestimento é superior ao ângulo crítico.
E E
P= § 414 = §
Dt 8 * 3600 3.

§ E = 1,19 * 107 J m-2 3.1. (A)

3.2. (C)
1,11 * 108
Área = § Área = 9,35 m 2

1,19 * 107
GRUPO III

1.
GRUPO II
1.1. (A)
1. 1.2. (D)
1.1. Como só atuam forças conservativas (força gravítica 2.
e reação normal):
2.1. (A)
DEm = 0
2.2. (B)

3. (D)

13
FÍSICA E QUÍMICA 11A
Proposta de Resolução a
GRUPO IV GRUPO VI

©AREAL EDITORES
1. (C) 1.
VCO VCO 7,480
ppmV (CO2) = * 106 § 370 = * 106´ T1 = = 1,496 s
2 2
2. 1.1.
Var 100 5

7,485
§ VCO = 0,0370 dm3 T2 = = 1,497 s
2
5

V 0,0370 7,505
Vm = § 22,4 = § n = 1,65 * 10-3 mol T3 = = 1,501 s
n n 5

3. 1,496 + 1,497 + 1,501


T= = 1,498 s
3
3.1. [H3O ] = 1,0 * 10 mol dm
+ -5 -3

o1,498 - 1,496l = 0,002 s

[HCO3-] * [H3O+] o1,498 - 1,497l = 0,001 s


Ka = §
o1,498 - 1,501l = 0,003 s
[H2CO3]
w
(1,0 * 10-5)2 (1,0 * 10-5)2 T = 1,498 s ± 0,003 s
§ Ka = § [H2CO3] = §
[H2CO2] 4,4 * 10-7
v2 m4 p2r
1.2. Fc = m § Fc = m w22r § Fc =
r T2
§ [H2CO3] = 2,3 * 10-4 mol dm-3

Declive da reta = m 4 p2r


3.2. (D)

Utilizando a calculadora gráfica para traçar o gráfico,


GRUPO V Fc = f
( )
1
T2
obtém-se uma reta de declive 0,979.

1. (D) 0,979
m 4 p2r = 0,979 § r = § r = 0,277 m
2. Considerando como reagente limitante o NO: m4 p2

Em 1 dm3, 1.3 (B)


m(NO) m(NO2)
= § m(NO2) = 2,2 mol
2 2
hobtido 0,8
h= * 100 § h = * 100 §
hteórico 2,2
§ h = 36,4%

3. Aumento da temperatura – de acordo com o princí-


pio de Le Chatelier, tratando-se de uma reação
endotérmica, um aumento da temperatura favorece
a reação no sentido direto (aumento do
rendimento).

4. (C)

14
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
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14
15
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30
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38
39
40
41
42
43
44
GRUPO I

Um grupo de físicos conseguiu obter uma fotografia do funcionamento quântico dos eletrões num átomo de
hidrogénio. Obter uma imagem do interior de um átomo não é fácil. A mecânica quântica torna-o impossível;
em vez de ser possível descrever onde se encontram as partículas, a teoria quântica apenas permite
descrever a função de onda. Estas ondas assemelham-se a ondas sonoras, mas, ao contrário destas
últimas, descrevem a probabilidade de encontrar uma partícula.
Espera-se que o método também se possa aplicar átomos mais complexos e, assim, melhorar a
compreensão da física atómica por detrás das reações químicas e da nanotecnologia.
A Figura 1 representa o espetro de emissão de um átomo de hidrogénio.

Baseado em news.sciencemag.org.

Figura 1

1. A carga do cerne do átomo de hidrogénio é


(A) – 2.
(B) – 1.
(C) 0.
(D) + 1.

2. Quando um átomo de hidrogénio, no estado fundamental, é excitado, e o seu eletrão passa para n = 2,
ocorre
(A) absorção de energia na zona do infravermelho.
(B) emissão de energia na zona do infravermelho.
(C) absorção de energia na zona do ultravioleta.
(D) emissão de energia na zona do ultravioleta.

2 2
3. Considere um átomo cuja configuração eletrónica seja [He] 2s 2p . Este átomo apresenta ________ do
que um átomo cuja configuração eletrónica seja ________ .
5
(A) menor raio atómico (…) [He] 2s
2 4
(B) maior raio atómico (…) [He] 2s 2p
2 6
(C) maior energia de ionização (…) [He] 2s 2p
2
(D) menor energia de ionização (…) [He] 2s

Teste de Física e Química A – página 1 de 8


4. Embora seja o elemento mais abundante no universo, o hidrogénio é um elemento muito raro na
atmosfera terrestre. Indique a propriedade do hidrogénio a que se deve esse facto.

GRUPO II

–4
O ácido fluorídrico (Ka = 5,6 × 10 , a W °C) é uma substância perigosa, uma vez que, embora não atue
sobre a pele, quando em contacto com esta, entra no corpo e ataca o cálcio dos ossos, enfraquecendo o
osso e podendo mesmo degradá-lo. Este ácido é muito utilizado na produção de fármacos e na indústria
petroquímica.
A reação do ácido fluorídrico com a água pode ser traduzida pela seguinte equação química:

+ – -1
HF (aq) + H2O (l) ↔ H3O (aq) + F (aq), ΔH = – 13 kJ mol

A Figura 2 representa, graficamente, a evolução do equilíbrio da reação acima indicada.

C HF e H2O
(mol dm-3)


H3O+ e F

T (s)
Figura 2

Baseado em www.infoescola.com.

1. De acordo com a descrição, o ácido fluorídrico deveria ser classificado como


(A) Inflamável.
(B) Nocivo.
(C) Corrosivo.
(D) Oxidante.

2. Na reação em questão, um exemplo de par ácido/base seria


+
(A) HF / H3O .
+ +
(B) H3O / HF .
+
(C) H2O / H3O .
+
(D) H3O / H2O .

Teste de Física e Química A – página 2 de 8


3. Numa situação em que a reação do ácido fluorídrico com a água, após atingir o estado de equilíbrio,
fosse sujeita a intensa agitação durante um período de tempo considerável, verificar-se-ia que
+
(A) a concentração de H3O aumentaria.
(B) a reação evoluiria mais rapidamente no sentido direto.
(C) a reação evoluiria mais lentamente no sentido direto.
(D) a concentração de H2O aumentaria.

3 -3
4. Numa solução de 3 dm em equilíbrio, a W ºC, em que Kw nessas condições seja 2,3 × 10 , a quantidade
de água é (para efeitos de resposta, considere irrelevante o volume de ácido)
(A) 0,2 mol.
(B) 0,7 mol.
(C) 1,0 mol.
(D) 1,2 mol.

5. Considere que, quando a concentração de HF se aproxima de 100%, a acidez da solução decresce


devido ao seguinte equilíbrio:
+ −
2 HF (aq) ↔ H (aq) + FHF (aq)

Calcule o pH da solução num determinado instante em que as concentrações de HF e FHF são 0,15 mol
-3 -3 –4
dm e 0,1 mol dm , respetivamente, e Q é 6,7 × 10 .

GRUPO III

A balança é um instrumento muito útil no nosso dia-a-dia. Com o avanço da tecnologia, as balanças
tornaram-se cada vez mais precisas, permitindo a medição cada vez mais rigorosa de massas em
laboratório.
Quando se coloca um objeto sobre uma balança, este exerce sobre ela uma força e a balança exerce, sobre
o objeto, uma força da mesma intensidade, que se anulam. A escala de uma balança é calibrada de forma a
mostrar a décima parte do valor do módulo da força que o objeto exerce sobre ela.
A figura 3 representa a imagem de uma balança analógica e do seu mostrador, cuja unidade de massa é a
unidade de massa do sistema internacional.

.
Figura 3

Teste de Física e Química A – página 3 de 8


1. Por que motivo a “escala de uma balança é calibrada de forma a mostrar a décima parte do valor do
módulo da força que o objeto exerce sobre ela”?

2. O valor correto que o indicador no mostrador da balança da figura 3 indica é


(A) 1,500 ± 0,125 g.
(B) 1,50 ± 0,25 g.
(C) 1,50 ± 0,25 kg.
(D) 1,500 ± 0,125 kg.

3. Um elevador de massa 700 kg que transporta uma pessoa cuja massa é 75 kg. Este elevador pode
efetuar um movimento em ambos os sentidos, segundo um eixo yy.

3.1. Admita que o conjunto elevador + passageiro efetua um movimento ascendente, partindo de uma
posição de repouso na origem do referencial e que o elevador percorre uma distância de 14 metros.
Sabendo que apenas 75% da energia fornecida ao ascensor do elevador é utilizada no motor e que cada
kWh tem um custo de € 0,21, calcule o custo associado a este movimento.

3.2. Considere, agora, que o elevador descreve um movimento ascendente com aceleração constante
–2
de 3 m s . Calcule o erro relativo da massa do passageiro indicado pela balança, se este medir a sua
massa enquanto o elevador efetua este movimento.

3.3. Numa situação em que o conjunto elevador + passageiro + balança esteja numa situação limite
de queda livre, a massa indicada pela balança será
(A) 0 kg.
(B) 75 kg.
(C) 100 kg.
(D) 750 kg.

Teste de Física e Química A – página 4 de 8


GRUPO IV

A maioria dos minerais constituintes das rochas gerados em profundidade torna-se instável nas condições
superficiais, experimentando uma decomposição química. O oxigénio, por exemplo, é muito importante na
meteorização química, através de reações de oxidação-redução. Muitos minerais, como as piroxenas e as
olivinas, contêm ferro na sua constituição que, na presença de oxigénio, pode originar um mineral novo, de
cor avermelhada, a hematite.
A equação que traduz esta reação química é

4 FeO (s) + O2 (g) ↔ 2 Fe2O3 (s) .

Dias da Silva, Amparo, et al.Terra, Universo de Vida (2012).


Porto: Porto Editora. (Adaptado.)

1. A semiequação da oxidação do ferro é


2+ 3+ –
(A) Fe (s) → Fe (s) + 1 e
2+ 3+ –
(B) Fe (s) → 2 Fe (s) + 4 e
2+ – 3+
(C) Fe (s) + 1 e → Fe (s)
2+ – 3+
(D) Fe (s) + 4 e → 2 Fe (s)

2. Explique por que motivo, ao fim de algum tempo, é necessário substituir as cavilhas das pontes
rodoviárias.

GRUPO V

Um grupo de alunos, com o objetivo de calcular, experimentalmente, o índice de refração do acrílico em


relação ao ar, utilizou um ponteiro-laser para criar um feixe de luz, que se fez incidir sobre uma placa de
acrílico. Registaram, para cada valor do ângulo de incidência, α i, o ângulo de refração, αr. Os resultados
foram registados na tabela 1.

Ensaio αi αr
I 20º 26º
II 30º 41º
III 40º 54º

Tabela 1

Teste de Física e Química A – página 5 de 8


1. Relativamente aos fenómenos que ocorrem quando a luz atinge outra superfície,

1.1. os alunos puderam verificar que, quando a luz incidia sobre a superfície de acrílico, era
(A) refratada.
(B) refratada e absorvida.
(C) refratada, absorvida e refletida.
(D) refratada, absorvida, refletida e difratada.

1.2. os alunos podem assumir, graças aos seus conhecimentos, que, quando a luz atinge a superfície
de contacto entre o núcleo e o revestimento da fibra ótica,
(A) a luz é refletida e refratada.
(B) ocorre o fenómeno da reflexão total da luz.
(C) a luz é absorvida pela superfície e ocorre, ainda, o fenómeno da reflexão total da luz.
(D) o corre o fenómeno da reflexão total da luz e a luz é difratada.

2. A luz, ao atravessar uma placa de vidro (n = 1,5), apresentará ________ do que na placa de acrílico, uma
vez que o vidro é ________ .
(A) maior velocidade (…) mais denso.
(B) menor velocidade (…) mais denso.
(C) maior velocidade (…) menos denso.
(D) menor velocidade (…) menos denso.

3. O mesmo grupo de alunos decidiu, depois, estudar a atenuação da luz. Para tal, utilizou de novo um
ponteiro-laser e, usando um luxímetro, mediram a iluminação luminosa para diferentes distâncias do
ponteiro emissor. Os resultados estão registados na tabela 2.

Distância (m) Iluminação luminosa (lux)


1,2 184,00
2,4 71,50
3,6 34,00
4,8 12,50

Tabela 2

3.1. A intensidade da luz, num determinado ponto, depende


(A) da sua iluminação.
(B) da sua velocidade.
(C) do ângulo que o raio incidente faz com a superfície de contacto.
(D) do ângulo que o raio refratado faz com a superfície de contacto.

Teste de Física e Química A – página 6 de 8


3.2. Admita que, quando a iluminação luminosa é inferior a 2 lux, não é recebida informação através
da onda eletromagnética. Calcule, para o feixe luminoso em questão, a partir de que distância a transmissão
de informação não seria possível. Utilize a sua calculadora gráfica para obter a equação da regressão linear
dos resultados experimentais.

Teste de Física e Química A – página 7 de 8


COTAÇÕES

GRUPO I
1. ………………………………………………………………………………………………. 8
2. ……………………………………………………………………………………………… 8
3. ……………………………………………………………………………………………… 8
4. ……………………………………………………………………………………………… 8

GRUPO II
1. ………………………………………………………………………………………………. 8
2. ……………………………………………………………………………………………… 8
3. ……………………………………………………………………………………………… 8
4. ……………………………………………………………………………………………… 8
5. ……………………………………………………………………………………………….. 12

GRUPO III
1. …….…. …………………………………………………………………………………… 8
2. ………...…………………………………………………………………………………… 8
3. 3.1. …………………………………………………………………………………… 16
3.2. …………………………………………………………………………………… 16
4. ………...…………………………………………………………………………………… 8

GRUPO IV
1. ………………………………………………………………………………………………. 8
2. ……………………………………………………………………………………………… 16

GRUPO V
1. 1.1. …………………………………………………………………………………… 8
1.2. …………………………………………………………………………………… 8
2. …………………………………………………………………………………… 8
3. 3.1. …………………………………………………………………………………… 8
3.2. …………………………………………………………………………………… 12

Total ………………………………………………………………………………………………. 200

Teste de Física e Química A – página 8 de 8


CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO

GRUPO I

1. (D) …………………………………………………………………………………………………………… 8
O cerne do átomo é constituído pelo seu núcleo e eletrões mais internos. Os eletrões de valência não
fazem parte do cerne de um átomo. O H tem 1 protão, 1 neutrão e 1 eletrão (de valência), pelo que
apenas o protão (carga +1) e o neutrão (carga neutra) fazem parte do seu cerne. Como tal, a sua
carga será +1.

2. (C) …………………………………………………………………………………………………………… 8
Quando um eletrão é excitado e passa para um nível superior, absorve energia que, neste caso,
corresponde a uma risca da série de Lyman (UV).

3. (B) …………………………………………………………………………………………………………… 8
O raio atómico diminui à medida que se avança para a direita no período. A energia de ionização
aumenta neste sentido.

4. …...…………………………………………………………………………………………………………… 8
O hidrogénio é um elemento leve.

GRUPO II

1. (B) …………………………………………………………………………………………………………… 8
O ácido fluorídrico, segundo o texto, não corrói a pele, os olhos nem as mucosas do nariz/garganta,
nem os tecidos do vestuário, mas degrada os ossos. Atua como um veneno e, por isso, é nocivo.

2. (D) …………………………………………………………………………………………………………… 8
+ +
H3O é um ácido, cuja base conjugada é H2O (diferem numa partícula H ).

3. (D) …………………………………………………………………………………………………………… 8
Como a variação da entalpia é negativa, a reação é exotérmica e um aumento da temperatura
favorece a reação no sentido inverso. Como tal, aumenta a quantidade de H 2O.

4. (B) …………………………………………………………………………………………………………… 8
Ka = Kw × [H2O]
[H2O] = Ka / Kw
-3
[H2O] = 0,24 mol dm

CH2O = n / V
n=c×V
n = 0,24 × 3
n = 0,72 mol

5. …...………………………………………………………………………………………………………… 12
Na resposta, são apresentadas as seguintes etapas de resolução:
+ -4 -3
A) Cálculo da concentração de H (1,51 × 10 mol dm );
B) Cálculo do pH da solução (3,82).

A resposta a este item deve ser enquadrada num dos níveis de desempenho relacionados com
a consecução das etapas, de acordo com a tabela seguinte.

Níveis Descritores do nível de desempenho relacionados com a consecução das Pontuação


etapas
2 Na resposta, são apresentadas as duas das etapas de resolução consideradas. 12
1 Na resposta, é apresentada apenas uma das etapas de resolução consideradas. 6

GRUPO III

1. …...…………………………………………………………………………………………………………… 8
[Como a balança mede o peso,] é necessário dividir o resultado por 10 para desconsiderar o efeito da
aceleração gravítica no resultado final.

2. (D) …………………………………………………………………………………………………………… 8
A unidade SI da massa é o kg. O ponteiro da balança indica 1,5 kg. Como a menor divisão da escala
é 0,25 kg, a incerteza da balança, por ser analógica, é metade deste valor (0,125 kg). O resultado tem
de ser apresentado com o número correto de algarismos significativos (1,500 ± 0,125 kg).

3.
3.1. …...……………………………………………………………………………………………………… 16
Na resposta, são apresentadas as seguintes etapas de resolução:
A) Cálculo do trabalho realizado pelo conjunto elevador + passageiro durante o percurso considerado
5
(1,1 × 10 J).
5
B) Cálculo da energia que foi necessário fornecer ao motor para efetuar aquele movimento (1,5 × 10
J).
–3
C) Cálculo do custo associado a este fornecimento de energia (8,5 × 10 €).
A resposta a este item deve ser enquadrada num dos níveis de desempenho relacionados com
a consecução das etapas, de acordo com a tabela seguinte.

Níveis Descritores do nível de desempenho relacionados com a consecução das Pontuação


etapas
3 Na resposta, são apresentadas as três etapas de resolução consideradas. 16
2 Na resposta, são apresentadas apenas duas das etapas de resolução consideradas. 11
1 Na resposta, é apresentada apenas uma das etapas de resolução consideradas. 5

3.2. …...……………………………………………………………………………………………………… 16
Na resposta, são apresentadas as seguintes etapas de resolução:
A) Cálculo da força que a balança exerce sobre o passageiro (1200 N) e conclusão de que, por serem
pares ação-reação, a força que o passageiro exerce sobre a balança é a mesma.*
B) Cálculo da massa indicada pela balança (97,5 kg).
C) Cálculo do erro relativo (0,3 OU 30,0 %).

A resposta a este item deve ser enquadrada num dos níveis de desempenho relacionados com
a consecução das etapas, de acordo com a tabela seguinte.

Níveis Descritores do nível de desempenho relacionados com a consecução das Pontuação


etapas
3 Na resposta, são apresentadas as três etapas de resolução consideradas. 16
2 Na resposta, são apresentadas apenas duas das etapas de resolução consideradas. 11
1 Na resposta, é apresentada apenas uma das etapas de resolução consideradas. 5

* Caso o aluno não conclua, explicitamente, que as intensidades das forças exercidas são as
mesmas, a resolução deve ser desvalorizada em 2 pontos.

3.3. (A) .………………………………………………………………………………………………………… 8


Numa situação limite de queda livre, o homem não exerce força sobre a balança nem esta sobre ele:
estão ambos em queda livre com o elevador.
Pela segunda lei de Newton,
N – P = m (–a)
(sendo P a força que o passageiro exerce sobre a balança e N a força que a balança exerce sobre o
passageiro)
Como está em queda livre, a = g
N – P = m (–g)
N – m (–g) = m (–g)
N=0
Logo, a massa indicada pela balança é 0/10 = 0 kg.

GRUPO IV

1. (A) …………………………………………………………………………………………………………… 8
Em FeO, o Fe apresenta número de oxidação +2 e, em Fe2O3, o número de oxidação é +3. Por esse
2+
motivo, pode concluir-se que o Fe cedeu 1 eletrão e foi oxidado.

2. ………………………………………………………………………………………………………………. 16
Na resposta, são apresentados os seguintes tópicos:
A) As cavilhas das pontes rodoviárias contêm ferro na sua composição.
2+ 3+
B) Na presença do oxigénio atmosférico, o Fe é oxidado, dando origem a Fe , o que enfraquece as
cavilhas das pontes.
OU
Na presença do oxigénio atmosférico, o Ferro enferruja, na consequência de reações de oxidação-
redução, sendo enfraquecido.
C) [Perante o enfraquecimento das cavilhas,] é necessário substituí-las, como modo de prevenção
contra o desabamento das pontes rodoviárias.

A classificação da resposta a este item é feita em função do enquadramento da mesma num dos
níveis de desempenho, de acordo com a tabela seguinte.

GRUPO V
1.
1.1. (C) ………………………………………………………………………………………………………… 8
Sempre que a luz incide sobre uma superfície, é refletida, refratada e absorvida. A difração só
ocorre quando a luz passa por fendas.

1.2. (B) ………………………………………………………………………………………………………… 8


O material da fibra ótica é construído de modo a que ocorra o fenómeno da reflexão total da
luz, mas não ocorra absorção (nem refração).

2. (B) …………………………………………………………………………………………………………… 8
O valor mais provável do índice de refração do acrílico é 1,28. Como o índice de refração do
vidro é 1,5, conclui-se que o vidro é um meio mais denso (mais refringente) e, por isso, a
velocidade da radiação neste será menor.

3.
3.1. (A) ..……………………………………………………………………………………………………….. 8
2
I = E/r
2
E=I×r
Logo, a intensidade luminosa depende da iluminação luminosa (I).

3.2. ..…………………………………………………………………………………………………………… 12
Na resposta, são apresentadas as seguintes etapas de resolução:
A) Obtenção da equação da regressão linear, a partir dos resultados experimentais obtidos
(I = – 0,02d + 4,42);
B) Cálculo da distância para a qual a iluminação luminosa é 2 (121 m).

A resposta a este item deve ser enquadrada num dos níveis de desempenho relacionados com
a consecução das etapas, de acordo com a tabela seguinte.

Níveis Descritores do nível de desempenho relacionados com a consecução das Pontuação


etapas
2 Na resposta, são apresentadas as duas das etapas de resolução consideradas. 12
1 Na resposta, é apresentada apenas uma das etapas de resolução consideradas. 6
J
)
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, 8, ( ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.

Grupo'

Im leia atentamente o seguinte texto. 25

o ligar e desligar de uma corrente que passava numa bobina induzia uma corrente momen-
taneamente numa outra bobina próximo, mesmo que só houvesse ar (ou vácuo) entre as bo-
binas. (...) Em segundo lugar, estudou o que acontecia quando inseria ou removia uma barra
magnética na bobina. Descobriu que, no momento em que a fazia, induzia uma corrente. Se-
gundo a seu próprio relata:
"Uma barra magnética cilíndrica ... tinha apenas uma das extremidades ligeiramente dentro
de uma hélice cilfndrica; depois, empurrou-se rapidamente o fman para dentro do cilindro e a
agulha do galvanómetro moveu-se; em seguida, puxou-se a barra novamente para fora e a agu-
lha tornou-se a mexer, mas no sentido oposto. Oefeito repetia-se sempre que se introduzia ou
se removia o íman ...".
In Projeto F/sica Unidade 4, Fundação (alous1e Gulbenklan, 1985, p. 82

1.1 Refira, com base nos estudos de Faraday evidenciados no texto anterior, o que aquele : (5)

cientista descobriu quando Inseria ou removia uma barra magnética numa bobina.

1.2 Que informação é dada pelo galvanômetro quando toda a barra magnética entra dentro da (5)

bobina?

(A) O valor da força eletromotrlz é máximo, uma vez que a área da barra magnética dentro
da bobina é máxima.

(8) O valor da força eletromotriz é nulo, pois o ponteiro do galvanômetro encontra-se no

zero da escala.
(C) O valor do fluxo magnético é nulo, pois o ponteiro do galvanômetro encontra-se no zero
da escala.
(D) O valor do fluxo magnético é máximo, porque não ocorre movimento da barra.

11
COlações

1.3 Os estudos de Faraday foram importantes para um melhor conhecimento do eletromagne- (15)

tismo, que possibilitou mais tarde a comunicação a longas distâncias através de ondas ele-
tromagnéticas. A comunicação por ondas de rádio pode ser efetuada através de modulação
de sinais analógicos.

Explique em que consiste o processo de modulação e distinga os diferentes processos


de modulação existentes, Indicando uma vantagem de cada um dos processos.

I]] Os satélites geoestacionários têm funções importantes para as comunicações e observações 15

permanentes de uma região da Terra.

2.1 Indique o perfodo temporal deste tipo de satélites e qual a única força que sobre eles atua (la)

quando estão em órbita terrestre.

2.2 Se a massa de um satélite geoestacionário duplicar, a sua velocidade linear: (s)

(A) manter-se-á.
(S) duplicará.

(C) reduzir-se-á para metade.


(O) quadruplicará.

Gru['lO

[j)J A cor de uma estrela indica-nos a sua temperatura superficial, existindo uma relação de propor- 20

cionalidade Inversa entre a temperatura de um corpo e o comprimento de onda para o qual esse
corpo emite radiação de máxima intensidade, cuja constante é 2,898 x 10.3 mK. Por razões his-
tóricas, as estrelas foram classificadas em letras de acordo com o seu espetro. Atabela I apre-
senta algumas características das estrelas Sirius, Sol e Antares,

A Sirius 1,19 x 10' 380

G Sol 6,96 X 10" 500

M Antares 4,36 X lO' 753

Tabela I

12
Cotaçõe.s

:1..1 Com base nas informações e na tabela anteriores, determine a potência da radiação emitida (lO)

pelo Sol supondo que é perfeitamente esférico e emite como um corpo negro.

Apresente todas as etapas de resolução.

1..2 Sabendo que a estrela Sirius se encontra à temperatura de 7226 I( e que uma estrela y, (5)

com as mesmas características, se encontra à temperatura de 14 452 1<'

A potência da radiação emitida pela estrela Y é:

(A) igual à emitida pelo Sol.


(6) menor do que a emitida pelo Sol.
(C) duas vezes maior do que a emitida pelo Sol.
(D) dezasseis vezes maior do que a emitida pelo Sol.

1.3 Selecione a opção que contém os termos que devem substituir as letras (a), (b) e (c), res- (5)

petivamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte.

"Se a cor superficial da estrela _(a)_ for vermelha e a cor superficial da estrela _(b)_
for violeta, então a primeira terá uma _(c)_temperatura superficial."

(A) Antares ... Sirius ... maior

(6) Sol ... Sirius ... maior


(C) Antares ... Sirius ... menor

(D) Sirius ... Sol .. , menor

@J Grande parte da energia que se consome numa casa, principalmente no inverno, é utilizada no 10

aquecimento. De forma a minimizar os gastos energéticos, constroem-se casas cada vez mais
eficientes na utilização de energia.

2.1 Ouso de janelas de vidro duplo, com caixa de ar, permite uma menor dissipação de energia (5)

sob a forma de calor. Este facto deve-se essencialmente:

(A) à baixa condutividade térmica do ar, se estiver parado.

(6) ao elevado ponto de fusão do vidro.


(C) à elevada condutividade térmica do ar, se estiver parado.
(D) à elevada densidade do vidro.

13

-.; -
--- ....- ...-......
,- -
- - no-

Cotações

2.2 Uma forma de aproveitamento de radiação solar é através do uso de coletores solares. (S)

Sobre os coletores pode afirmar-se que:

(A) têm como aplicações o aquecimento de águas sanitárias e a produção de corrente elétrica.
(8) são constituídos por um material semicondutor.

(C) permitem o funcionamento de semáforos nas vias de comunicação.


(O) a radiação solar é aproveitada para o aquecimento de um fluido.

Grupo 111

c.lli O uso do plano inclinado foi uma das descobertas mais notáveis e permitiu, por exemplo, que a 25

construção das pirâmides pelos egípcios fosse facilitada.

h= 30m

Figura 1

Suponha que numa das construções, uma caixa carregada de pedras, como mostra a figura 1,
tem de ser transportada de Caté A. cuja distância é 50 m. O sistema caixa + pedras tem uma
massa de 200 kg, parte do repouso no ponto Ce é deixado em repouso no ponto A. O trabalho
realizado sobre o sistema caixa + pedras é 100 kJ.

:!. .:!. Pode concluir-se que o trabalho resultante de todas as forças que atuam no sistema (5)

caixa + pedras é:

(A) 1,0 x lOs J

(8) OJ

(C) 5,0 x 10' J


(O) 4,0 x 10' J

Indique um fator do qual depende a força de atrito. (5)

1. 3 Calcule a intensidade da força de atrito que atuou no sistema caixa + pedras no percurso (10)

considerado, admitindo que aquela se manteve constante.

Apresente todas as etapas de resolução.

14
C01açõI!s

1.4 Suponha que no ponto A, acidentalmente, uma das pedras, de massa 20 kg, cai livremente. (5)

Considere um referencial, Oy, de eixo vertical, sentido de baixo para cima e em que a resis-
tência do ar pode ser considerada desprezável.

Qual é a expressão que permite calcular o tempo de queda?

(A) (B) t=f!


(C) t=f: (D) t= v2i

flJ Para determinar experimentalmente a velocidade do som, podem usar-se mangueiras de dife- ;
rentes comprimentos (I), e medir o valor do int ervalo de tempo que o som demora a percorrê-Ias.

Depois de efetuada a experiência obt iveram-se os valores que se encontram registados na ta-
bela 11.

.1: II" t:.H 1r. lh '1:


I 01 (li ) ("" I!I' Wl

1 10,0 0,029

2 15,0 0,044

3 20,0 0,059

Tabela 11

Obtenha o valor da velocidade do som, a partir da equação da reta que melhor se ajusta ao con-
junto de pontos experimentais. Utilize a calculadora gráfica. Apresente o valor obtido com três
algarismos significativos.

Grupo IV

[ill Nos refrigerantes encontra-se, entre os Ingredientes, o ácido carbónico H,CO" responsável pela 20

gaseificação destas bebidas e pelo sabor que as caracteriza.


A adição sucessiva de hidróxido de potássio ((OH), uma base forte, ao ácido carbónlco, t rans-
forma-o primeiramente no ião hidrogenocarbonato (HCOj) e depois no lão carbonato (COi-).

1.1 Selecione a alternativa que corresponde à base conjugada do ácido carbónico. (5)

(A) H,O (B) KOH (C) HCOj (D) COi-

15
1
-'
I
COlilçães

Uma das técnicas mai s em Química Analítica é a t itulação. Esta t écnica permite (5'

'I det erm inar a concentração de lima solução através da rea ção completa com outra solução
de concentração conhecido. A concentração de ácido carbón ico é ca lculada pela expressão:

V,,,(KOH) x [KOH]
(A) [H, CO, 1= --""----:-:-'--'----"
. V",(O,

V,, (KOH) x [KOHj


I
(8 ) H,CO, J=
2x
V

(C) [H,CO,] = 11,' (0. x [i<OHj


- 2x V",(I<OH)

2x V,,, (I(OH) x [KOH]


I I
(D) H, CO, = ---=-:-11: -'---'.--'

A agua da ch uva é ligeiramente ácida dev ido ao ácido carbón ico f ormado. Escreva a equa- (5)

ção que tradu z a íormação deste ácid o na atmosfera.

Qualquer precipitação com valor de pH abaixo de 5.6 é con siderada uma "chuva ácida". (5,

Indique o valor mínimo da concentraçã o de iões H,O' a partir do qual se considera que uma
chuva é ácida.

(A) 4.0 x 10 5 mol ·dm·'

(8) 2.5 x 10'· mol ·dm·'


(C) 4.0 x 10.9 moi· dm"

(D) 2,5 x 10° mol·dm·)

l.irupo

A água da chuva contém dióxido de carbono. Este gás. presente na troposfera. é um dos
(10)
gases re sponsáve is pelo efeito de estufa.

Indique outro gás de efeito de estufa (GEE) assim como um fator para a sua ori gem.

2 A molécula de dióxido de carbono apresenta uma geometria : (5)

(A) tetraédrica .

. (8 ) linear.

(C) piramidal trigonal.

(D) angular.

16
CcrilçÕCS

No estado fundamental os números quânticos de um eletrão de valência no átomo de car- 15)

bono podem ser:

(A) (2. O. O.
(B)(2.1.2.

(C) ( 1. O. O.

(D) (1,1. O,

No estado fundamental a configuração eletrónica do átomo de carbono. C, é 1s' 2s' 2p'. 15)

enquanto a do átomo de oxigénio. O. é 1s' 2s' 2p". Relativamente a estes dois elementos.
selecione a alternativa que contém os termos que devem substituir as letras (a). (b) e (c).
respetivamente. de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte.

"O raio atómico do átomo de oxigénio é _(a)_ do que o raio atómico do átomo de carbono.
e a 1.' energia de ionização do átomo de oxigénio é _(b)_ do que a 1.' energia de ioni-
zação do átomo de carbono. A eletronegatividade do átomo de oXigénio é _(c)_ do que
a eletronegatividade do átomo."

(AI maior ... maior ... menor


(B) menor ... menor ... menor
(C) maior ... menor ... maior
(DI menor ... maior ... maior

[[ Em 2011 ocorreu um grande acidente nuclear em Fukushima. Um dos maiores receios relacio- 10

nados com o funcionamento das centrais nucleares decorre do possível não controlo de reações
de fissão em cadeia. após serem iniciadas por uma particula subatómica.

Identifique a partícula que desencadeia reações de fissão nuclear em cadeia e explique


em que consiste este tipo de reação.

G9 A emissão não controlada de radiação é uma das preocupações na gestão de uma central nuclear. la

A emissão de radiação gama pode atingir os trabalhadores das centrais nucleares. Enquadre
qualitativamente este tipo de radiação ao nível da frequência e comprimento de onda.

17
Cotações

Um dos grandes espetáculos a que se costuma assistir, quer na passagem de ano quer nas fes- 5

tas populares, é o fogo-de-artifício. A visão da cor vermelha no céu deve-se à:

(A) absorção de radiação infravermelha.


(8) emissão de luz visível.
(C) emissão de radiação infravermelha.
(O) absorção de luz visível.

Um grupo de alunos decidiu obter prata no estado sólido a partir de uma solução de nitrato de o"
prata. Depois de pesar um boneco de chumbo, cuja massa é 200 g, mergulhou-o na solução de
nitrato de prata, tendo-se verificado um depósito sólido de prata. O depósito foi removida, seco
e pesado, tendo-se determinado o valor 16,2 g. A reação que ocorreu pode ser traduzida pela
equação química seguinte:

Pb (s) + 2AgNO,(aq) -> Pb(NO, ),(aq) + 2Ag (s)

Calcule a massa de chumbo que sofreu corrosão. (15)

Apresente todas as etapas de resolução .

.. : Relativamente à reação referida, selecione a alternativa que contém os termos que devem (5)

substituir as letras (a), (b) e (c), respetivamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação
seguinte.

"O chumbo tem um poder _(a)_ mais forte do que a prata, enquanto que a prata tem
um poder _(b)_ mais forte do que o chumbo, uma vez que quem recebe os eletrões é
_(c)_."

(A) redutor ... oxidante ... o chumbo


(8) oxidante ... redutor ... a prata
(C) redutor ... oxidante ... a prata

(O) oxidante ... redutor ... o chumbo

_.3 Calcule o número de átomos de chumbo presentes no boneco de chumbo utilizado. Admita (10)

que a amostra de chumbo não apresenta impurezas.

Apresente todas as etapas de resolução.

18
õ .

8 Pág inas I • I I'. I

Para re sponder aos i tens de esco l11 a múltipla, se lecion e a ,mica opção (A, B, [ ou Dl que permite obter uma
afirmação corre ta ou responder corretamente a colocada.

Cutações

Leia atentamente o seguinte texto .

A cárie dentário atormento a Humanidade desde há mui la. Em bora as suas causas sejam re-
lativamente bem conhecidos, ainda não se conhece nenhuma prafilaxio completamente eficaz.
Ds dentes são revestidos par uma camada protetora ex terior chamada esmalte, cam uma
espessura de cerca de 2 mm. Esta é composta por um mineral, a hidroxiapatite, cuja fórmula é
COslPo',), DH. Quando se dissolve (num processo designado por desmineralização), os iães dis-
persam-se no saliva:
Cos(PD., ),DH (s) - ; 5C0 2 • (oq) + 3PD.;- (aq) -I- DW(oq) (equação 1)

Sendo os fosfatos de metais alcalino-terrosos (como o cálcio) insolúveis, esta reação não
se dá em grande extensão. A reaçoa inversa, dita mineralização, é a defesa natural do corpo
contra o cárie,

5Ca" (aq) + 3PD>, (oq) + DJ-r (oq) -) Co, (PO, ),0/-/ (s) (equação 2)

Nos crianças o crescimento do camada de esmalte (minero/ização) supera o desmineralização.


Após uma refeição, os bactérias presentes no boco decompõem porte dos alimentos, produzindo
ócidos orgânicos como os ácidos acét ico e láctea. A diminuiçoo do p/o/leva ao desaparecimento
de ioes D/-r,
W(aq) -I- DW(aq) -) H,o (I) (equação 3)

o que, por sua vez, aumenta a desmineralização. Com o esmo/te enfraquecido, inicia-se a carie
propriamente dita.
A maioria das pastos de dentes cantém compostos com f/úor, tais cama NaF ou SnF, que
também ajudam a combater a cárie. Ds iões fluoreto provenientes destes compostos substi-
tuem eficazmente algum do DH- numa reaçoo equivalente ó reminerolização:

5Co' -(aq) " 3PO:(oq) + F' (oq) -; Ca, (PD,,),F (s) (equoçõo 4)

[amo o fluoreto é um a base mais fraca do que o iõo hidróxido, o esmalte modificado, dito
j luoropotite, é mais resistente aos ácidos orgânicos.
AcJaplüuo de Raymond Química, 5:' ed .. HeGraw-Hill. 1994, p. 77 2

19
I .-

CotilÇÕI!S

De acordo com o texto, compare a ext ensão da reação 1 com a da reação 2 nas crianças, ; (5 )

De acordo com o texto, mencione um composto que pode contribuir para a desminerallzação . (5)

do esmalte,

A presença de flúor nas pastas dentífricas tem por objetivo: (5)

(A) a eliminação das bact érias que decompõem os alimentos,


(8) a produção de fluorapatite, pouco resistente aos ácidos orgânicos,
(C) a produção de fluorapatite, substituta da hidroxiapatite,
'I (O) reagir com o OW para a produção de hidroxiapatite,

oflúor é um elemento que pertence ao grupo dos halogéneos e pertence ao mesmo período
que o oxigénio (O),

Com base na informação apresentada, selecione a alternativa incorreta.

(A) O raio atômico do flúor é inferior ao do oxlgénlo.


(8) A configuração eletrônica de um átomo excitado de flúor pode ser 1s' 2s' 2p' 3s 1 •
(C) A energia de ionização do flúor é superior à do oxigénio.

(O) O átomo de flúor não tem tendência a formar iões mononegativos.

A configuração eletrônica do ião magnésio é 1s' 2s' 2p', no estado fundamental. Então:

(A) o raio iónico do ião magnésio é inferior ao raio iônico do ião fluoreto.
(8) a orbital de valência do átomo de magnésio, no estado fundamental, tem por números quân-
ticos n = 2, = 1 e m r. = o.
(C) o magnésio pertence ao grupo dos metais alcalinos.

(O) a configuração eletrônica do ião magnésio não corresponde à configuração eletrônica de um


gás nobre.

A fluorapatite é ainda utilizada para a produção de fertilizantes fosfatados e, por ser insolúvel o
I em água, é necessário convertê-Ia em dihidrogenofosfato de cálcio, que é solúvel em água, de
acordo com a seguinte equação:
I 2Ca 5(PO,hF (s) + 7H,SO, (aq) -> 3Ca(H,PO,), (aq) + 7CaSO, (aq) + 2HF (15)
I

20
Cotações

Calcule o volume mínimo de ácido sulfúrico 0,500 mol'dm'3 para reagir com 1,5 kg de fluo- (15)

rapatite contendo 20% de impurezas.

Para a reação de um mineral de fluorapatite com ácido súlfurico, o uso de um ácido mais (5)

concentrado:

(A) aumenta o rendimento da reação, pois aumenta a quantidade de hidrogenofosfato pro-


duzida.

(B) implica o consumo de um menor volume de ácido sulfúrico para a mesma massa de mi-
neral.

(C) aumenta a produção de ácido fluorídrico, uma vez que a concentração de ácido é maior.
(O) implica menores cuidados de segurança com o ácido, pois a reação é mais rápida.

O ácido sulfúrico ... (5)

(A) tem como base conjugada o ião SO;-.

(B) tem uma constante de acidez que é baixa.

(C) é um ácido diprótico.


(O) é uma espécie anfotérica.

' .. ' O número de oxidação do enxofre (S) no ácido sulfúrico é: (5)

(A) +2 (B)-2 (C) -5 (O) +5

Com o objetivo de verificar como varia a energia cinética em função da distância percorrida por
um corpo que desliza ao longo de um plano inclinado, um grupo de alunos montou uma prancha
com uma certa inclinação em relação à horizontal.
Os alunos realizaram vários ensaios nos quais abandonaram, sobre o plano inclinado, um para-
lelepípedo de madeira de 50,0 g, tendo, em cada ensaio, efetuado as medições necessárias. A
massa do paralelepípedo foi determinada usando uma balança digital.

Atendendo à incerteza associada à medição, selecione a opção que completa corretamente a


frase seguinte.

O valor da massa do paralelepípedo deve ser apresentado na forma:

(A) (B)

(C) (O)

21
"l Os alunos fizeram vários ensaios, tendo abandonado o paralelepipedo em diferentes pontos do 10

plano de modo que aquele percorresse, até ao final do plano, distâncias sucessivamente maiores.
Calcularam, para cada distância percorrida, o valor da velocidade e a energia cinética. Os valores
calculados estão registados na tabela seguinte.

1/';11.\ Ir: 11:.1111 Itr-I'\:


'1 :I T.(11 Iftlr. :'lr C:.l l :-Ir. ,
" ht,r: I"r. II(* I1 ••

0,0510 0,553 7,65 x 10"

0,202 1.10 3,03 x 10.2

0,408 1,56 6,08 x 10"

0,603 1,90 9,03 x 10"

Tabela I

2.1 No trabalho laboratorial realizado, indique o tipo de determinação que foi efetuada pelos (5)

alunos para obterem os valores da energia cinética.

2.2 O que se pode concluir acerca da relação entre a energia cinética e a distância percorrida, (5)

com base nos resultados reglstados na tabela I e o recurso à calculadora gráfica?

[j Se os alunos realizarem vários ensaios nos quais abandonem, sobre o plano inclinado, um outro 5

paralelepípedo de madeira de massa 100,0 g, para as mesmas distâncias percorridas e man-


tendo as condições experimentais, é de esperar que a sua energia cinética, comparativamente
com a energia cinética do paralelepípedo de 50,0 g seja:

(A) o dobro.
(8) metade.

(C) o quádruplo.
(D) um quarto.

B Calcule a intensidade da resultante das forças que atuam no carrinho durante o percurso, sem 10

recorrer às equações do movimento.

22
5

Cotações

r Uma janela de vidro simples de uma casa tem 1,5 m' de área. Considere que a espessura do
vidro é 1 em, Que a temperatura exterior é 20 ' Ce Que a temperatura no interior da casa é man-
tida a 15 'e.

., o calor Que entra na casa pela janela, no período de 5 minutos, é dado por: {SI

(A) Q= J (B) Q O,8 x 1,5 x 5 J


10'x 300

(C) Q=O,8 x 1,5 x 10' x 25 x 60 J (O) Q O,8 x 1.5 x 5 x 10'


300

1.." Se a temperatura exterior subir de 20 ' C para 40 'C, o calor que vai ser transferido para a {SI

casa no mesmo período é:


(A) o mesmo. (B) o dobro.

(C) o quádruplo. (O) o Quíntuplo.

1.3 Considere que a temperatura é mantida a 15 ' Cno in- (lO)

terior da habitação devido à instalação de ar condicio-


nado junto ao teto da habitação, como é evidenciado
na figura 1. Indique Qual é o mecanismo de transfe-
rência de energia sob a forma de calor Que ocorre e
descreva o modo como esta transferência se processa,
evidenciando a posição relativa do ar condicionado. Figura 1

Gn.4

GL Quando uma onda incide na superfrcie de separação entre dois meios, esta pode ser transmitida, 10

absorvida ou refletida. Consoante as diferenças entre as superfícies, podem ocorrer os três fe-
nómenos, mas também pode ocorrer um deles isoladamente.

Se um raio luminoso fizer um ângulo de 35' com o plano de um espelho, o ângulo de ref le- {SI

xão é:

(A) 35' (B) 55' (C) 90' (D) 1450

23
(Olações

" Quando um raio luminoso chega à superficie de separação de dois meios, de um meio onde (5)

a sua velocidade de propagação é menor para um meio onde se propaga a uma velocidade
maior, e o ângulo de incidência é igual ao ângulo crítico",
(A) ocorre refração, sendo a direção do raio refratado tangencial à linha de separação dos
meios, e simultaneamente reflexão da luz.
(8) OCOrre refração, sendo a direção do raio refratado não tangencial à linha de separação
dos meios, e simultaneamente reflexão da luz.
(C) ocorre reflexão total da luz.
(O) ocorre somente refração da luz.

Durante uma aula experimental, um aluno empurra um íman com outro íman, devido a Interações
magnéticas, tendo o cuidado de alinhar perfeitamente os dois imanes como mostra a figura 2.

Figura 2

De acordo com a situação descrita, assinale a afirmação correta.

(A) Não existe um par ação-reação para a força exercida por um íman no outro, visto Que estes
não chegam a estar em contacto.
(8) Enquanto um fman se aproxima do outro e este não se move, Isso implica que sobre ele não
é exercida ainda uma força eletromagnética.

(C) As linhas de campo Que interagem com o segundo fman dependem da distância entre os
dois imanes.
(O) O par ação-reação da força exercida pelo segundo íman no primeiro íman é a força exercida
pela pessoa no primeiro iman para o manter com velocidade constante.

[' Considere o íman ilustrado na figura 3.

Figura 3

Desenhe as linhas de campo no espaço compreendido entre as duas barras paralelas do


fman e caracterize o campo magnético aí existente.

24
3.2 O campo que existe no espaço compreendido entre as duas barras paralelas do . (lO)

íman tem o valor de 2,5 x 10.3 T. Na colocação de uma espira de 20 em' de área no espaço
compreendido entre as duas barras paralelas do íman, cuja orientação faça 30' com as li-
nhas de campo, determine o valor do fluxo que atravessa a espira.

Num local a 6 km duma linha de comboio, este não costuma ser ouvido. No entanto, em dias .5

húmidos, os comboios ouvem-se perfeitamente, ao ponto das pessoas afirmarem que no dia
vai chover.

Explique que tipo de onda é a onda sonora e as causas pelas quais o comboio é ouvido em dias
de chuva ou húmidos.

GrUflO \f

..-,., O amoníaco é produzido em larga escala de acordo com a processo de Haber-Bosch. A reação 25

química que ocorre é traduzida pela seguinte equação química:

N,(g) + 3H,(g) ;::Z 2NH,(g)

Num sistema reacional de 10 litros são introduzidos a altas pressões 100 mal de N" 40 mal de H,
e 30 mal de NH 3. Atemperatura do sistema reacional, o valor de Kc é 0,65.

'-.1 Determine o valor do quociente da reação à temperatura do sistema reacional. (lO)

:!.2 Selecione a opção que contém os termos que devem substituir as letras (a) e (b). respeti- (5)

vamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte.

"A reação vai evoluir no sentido _(a)_, uma vez que o valor do quociente da reação é
_(b)_ ao valor da constante de equilibrlo."

(A) direto ... superior


(B) direto ... inferior
(C) inverso ... superior
(O) inverso ... inferior

1. 3 Explique de que forma a reação de síntese do amonfaco é Influenciada pela adição de um (lO)

catallsador apropriada.

25

J
__ _ ... _ .... _ ........... u\lOIIQ I U t;: ldU ue toxlcloade de uma substância é através do valor da respetiva o
DL,., normalmente Expressa em mg de substância por kg de massa corporal. A tabela 11 apre-
senta a DL,o de algumas substâncias,

li -:1 I :
'"

Aspirina 1500

Cafeína 355

Etanol 7000

Ecstasy 97

Tabela 11

Com base na tabela 11 indique, justificando, qual das substâncias é a mais tóxica, (1 0)

\
. _ O significado íísico da DL,o para a cafeína é: {5)
\
(A) que são necessários 177,5 mg de cafeína por cada quilograma de massa corporal para
matar 50% dos indivíduos da população restada.

(8) que são necessários 177,5 mg de caíeína por cada quilograma de massa corporal para
matar todos os indivíduos da população testada,

(C) que são necessários 355 mg de cafeína por cada quilograma de massa corporal para
matar 50% dos individuas da população testada,

(O) que são necessários 355 mg de cafeína por cada quilograma de massa corporal para
matar todos os indivíduos da população te stada.

A DL,. da aspirina, expressa em partes por milhão em massa. pode ser determinada a partir IS)

da expressão:

1500 x 10'
(A) ppm= 10'

(8) ppm=1500

C) 1500 x lO'
( ppm= 10'

(O) ppm=1500 x 10' x 10'

26

\
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, 8, C ou O) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.

. • OI
Cotações
Leia atentamente o seguinte texto. :0

Por que é que os lagos congelam de


cima para baixo?
O facto de o gelo ser menos denso do
que a água tem um signifIcado ecolágico
profundo. Considere, por exemplo, as varia-
ções de temperatura da água doce de um
lago num clima frio. A águo maIs frio desce
para o fundo, enquanto que a águo mais Figura 1
quente, que é menos denso, sobe até ao topo. Este movimento (...) natural continua até que a
temperatura da água seja homogénea e Igualo 4 'c.
Abaixo desta temperatura, a densidade da água começa a diminuir quando a temperatura
diminui, de modo que a água já nõo desce. Arrefecendo mais, o água começa á congelar à su-
perfície. A camada de gela formada nõo se afunda porque é menos densa que o líquido; esta
camada atua mesma como um isolante térmico relativamente à água subjacente.
Adaptado de Raymond Chang, Químico. S.' ed.. MeG",w-Hill. 1994, p. 481

1.1 Indique que tipo de transferência energética é a sugerida no primeiro parágrafo do texto. (5)

1. Z "... esta camada atua mesmo como um isolante térmico relativamente à água subjacente". (5)

Selecione a opção que contém os termos que devem substituir as letras (a) e (b), respeti-
vamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte.

"Um bom isolante deve ter _(a)_ condutividade térmica e _(b)_ capacidade térmica
mássica."

(A) baixa ... baixa (8) baixa ... alta

(C) alta ... baixa (O) alta ". alta

27

\
Cotações

Calcule a energia libertada por cada quilograma de água desde que a sua densidade é má- (lO)

xi ma até começar a congelar.

c" ..= 4,18 X la' j/kg. K


\
A temperatura média corporal oscila entre os 36,5 ' ( e os 37 'c. Durante o inverno, quando as
temperaturas oscilam em torno dos 5 '(, sente-se mais "frio" do que no verão, em dias cuja tem-
peratura oscila em torno dos 30 'c.
Indique as transferências energéticas existentes no verão e no inverno entre o corpo humano
e o meio que o rodeia, e estabeleça a comparação entre as intensidades de cada uma delas nas
estações do ano referidas.

Durante um treino de futebol, o movimento de um atleta de 70 kg e 1,80 m ao longo de uma 'o


reta foi registado por um adjunto para análise. O gráfico 1 apresenta os dados obtidos.

Gráfico 1
10,---------------------------------------,
B - - - - - - - - - --- - - - - .- . _. - --- -- -- . _. ---/
6 - - - - ---- - - -- - - - - - -- - --- - - - - - - - -

- ---- - - - - - - - - -- - ----- -1

1 2 3 4 5 6 7 B 9 10 1

Tempo(s)

'-o O atleta inverteu o sentido da sua marcha: (5)

(A) O vezes. (6) 2 vezes.

(C) 4 vezes. (O) 6 vezes.

_.Z O atleta teve movimento retilíneo uniformemente retardado nos intervalos de tempo: (5)

(A) tE[0,2) s e tE[5,6) s (6) tE[0,2]s e tE[6,7)s

(C) tE[2,4] s e tE[S,6) s (O) tE[2,4] s e tE[6,7] s

28

\
Cotilções

, JUSl:lTlcando, um intervalo de tempo em que o atleta tenha estado em movi- (lO)

mento e a resultante das forças tenha sido nula.


\
Um móvel de 40 kg é empurrado, numa superfície retilínea e sem inclinação, a velocidade cons-
tante, por uma pessoa que exerce uma força de 160 N, na direção do movimento, no espaço de
5 metros. Calcule o trabalho da força de atrito durante todo o percurso.

Um ciclista demora" segundos a descrever uma trajetória com a forma de uma semlclrcunfe- 1

rêllcia, numa curva, com velocidade angular constante, até circular em sentido contrário àquele
em que se movia, de acordo com a figura 2.

Figura 2

Durante a curva, a velocidade angular tem o valor de: (5)

(A) ú);.!.rad ç'


1<

(C) ú);lrad ç '

Durante a curva, a aceleração adquirida pela bicicleta é: (5)

4'
(A) o;-m/s'
4

l'
(B) o;-m/s'
4

4'
(C) Q;-m/s'
4"
l'
(D) Q;-m/s'
4"
'--
29
-
"

CotiJÇÕCS

GruflO 111

As fibras óticas são cada vez mais usadas na transmissão rápida de informação de suporte digital. lO

A tabela I relaciona a velocidade de propagação de uma onda com o fndice de refração do meio
onde se propaga.

,(eHe:.. *.1 p-li r.lc: :tl

1,0 3,0 X 10·

r :I
J
1,2 2,5 x 10'

1,5 2,0 x 10·

.'t:.H, D 2,0 1,5 x 10'

Tabela I

1.1 Selecione a opção que contém os termos que devem substituir as letras (a), (b) e (c), res- 15)

petivamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte.

"Quando um raio de luz passa de um meio _(a)_ refringente para um meio _(b)_ re-
fringente, o raio _(c)_ afasta-se da normal ao plano."

(A) mais ... menos ... refletido (8) menos ... mais ... refratado
(C) menos ... mais ... refletido (D) mais ... menos ... refratado

1.2 O que se pode concluir acerca da relação entre a velocidade de propagação da onda e o índice (5)

de refração do meio onde se propaga, com base nos resultados registados na tabela 17

:L. 3 Na passagem de um raio luminoso de um meio 1 para um meio 2, a relação entre as suas (10)

velocidades é v, Calcule o ângulo incidente mfnimo para que ocorra reflexão total da
v, 4
luz.

Uma partícula de um meio em que se propaga uma onda efetua um movimento oscilatório har- 5

mónico simples. A equação que exprime a posição, y, da partícula que efetua este movimento,
em função do tempo, t, é y =5,0 x 10" sin(2n x 10't) m.
A frequência da onda é:

(A) 5,0 x 10" Hz (8) 2n x 10' Hz

(C) 10"Hz (D) 2n Hz

30

"
Um som, no mesmo meio de propagação, tem metade da frequência inicial. Isso implica que "
esse som tem:

(A) metade da velocidade iniciai.

(B) o dobro da velocidade inicial.


(C) metade do período iniciaI.
(O) o dobro do período inicial.

(jWfJO 1\1

A expressão que permite determinar os valores de energia possíveis para o eletrão do átomo 20

de hidrogénio é a seguinte.

2,lB x 10-1• J
E,
n'

._.1 Calcule o valor da energia envolvida na transição de um eletrão do terceiro estado excitado (15 )

para o segundo estado excitado no átomo de hldrogénio, e mencione de que tipo de radia-
ção se trata.

1.2 Os números quânticos de um eletrão do átomo de hidrogénio num estado excitado podem (5)

ser:

(A) (1,0, 0, (B) (2,1, -1,

(C) (1, 1, 0, (O) (2, 0, 1,

Explique o motivo pelo qual o espetro de emissão do átomo de hidrogénio é descontínuo (de 15

riscas) e a relação entre o aparecimento de uma qualquer risca do espetro e o fenómeno ocorrido
no átomo de hidrogénio.

Grupo V

::J Considere o seguinte sistema em equilfbrio a temperatura constante. 25

N,O,(g) ;::± 2NO,(g)

Procedeu-se a várias experiências para estudar este equilíbrio e os resultados obtidos foram
organizados na tabela 11 como a seguir se apresenta.

31
Da análise dos valores das duas últimas colunas, o que se pode concluir quanto à sua de- (10)

pendência das concentrações iniciais dos reagentes?

?
Durante a 3.' experiência, depois de estabelecido o equilfbrio, foram adicionadas 0,15 moi (10)

de N,04' Explique como irá reagir o sistema Imediatamente após essa adição.

Explicite qual a constante de equilíbrio do novo sistema descrito em 1.2 após se ter esta- (5)

belecldo o equilíbrio quimico.

lTI : . . ° número de pares ligantes existentes na molécula de amoniaco, NH" é: 20


(s)
(A) 1 (B) 2 (C) 3 (O) 4

-::.? A quantidade química de amoníaco correspondente ao volume 67,2 dm' de amoníaco, nas (5)

condições PTN é:
M(NH,) = 17,03 g moi"

67,2 I 22,4 I
(A) n=-- mo (B) n=-- mo
22.4 67,2

(O) n= 22,4x17,03 moi


(C) n - moi 67,2

2.:3 A reação de síntese do amoníaco é exotérmica no sentido direto. (10)

Com base na informação anterior indique como variará o rendimento da reação após a di-
minuição da temperatura do sistema onde está a ocorrer a reação.

32

]
Gru[.lO \lI

A água. ao atravessar solos de diversos tipos. dissolve alguns dos seus constituintes. sobretudo 10

sais. Por essa razão. as características de uma água. como por exemplo a sua dureza. variam de
acordo com o tipo de solos que atravessa ou com o local onde nasce.

1.:" Refira os iões que mais contribuem para a dureza de uma água. 15)

" , A dureza da água tem efeitos indesejáveis associados ao seu uso. quer na saúde humana. 15)

quer na indústria. quer no uso doméstico. Por isso existem formas de minimizar os efeitos
da dureza das águas.

Selecione a opção que contém os termos que devem substituir as letras (a) e (b). respeti-
vamente. de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte.

"Uma das manifestações indesejáveis das águas duras é _(a)_ que pode ser minimizada
_(b)_."

(A) a diminuição do poder espumante ... pela adição de metais pesados como o alumínio
(8) a diminuição do poder espumante .., pela adição de agentes complexantes. como por
exemplo EOTA
(C) o aumento do poder espumante ... pela adição de metais pesados como o alumínio

(O) o aumento do poder espumante ... pela adição de agentes complexantes. como por
exemplo EOTA

,..,- O recurso a processos industriais de dessalinização da água acontece em regiões onde as re- 'o
servas de água doce são escassas.

::.1 Os processos de dessalinização mais usados a nível mundial são: 15)

(A) a destilação e a osmose inversa.

(8) a destilação e a troca iônica.

(C) a destilação e a osmose.

(O) a osmose e a troca iônica.

2.2 Na destilação ocorrem. sucessivamente. as seguintes mudanças de estado: 15)

(A) vaporização e sublimação. (8) condensação e sublimação.


(C) fusão e vaporização. (O) vaporização e condensação.

33

\
7 Páginas ')
)
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, B, [ ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.

Grupo i
Cotações
Leia atentamente o seguinte texto. 25

Alimentar a população mundial em crescimento rápido requer que os agricultores tenham


mais e melhores calheitas. Todas os anos adicionam centenas de milhões de toneladas de fer-
tilizantes químicos ao solo a fim de aumentar a qualidade das calheitas e a produção. Para além
do dióxido de carbono e da ógua, as plantas precisam de pelo menos seis elementos para cres-
cerem satisfatoriamente, que são N, p. K, Ca, 5 e Mg.
° amoníaca pode ser canvertido em nitrato de amánio, NH,NO,. sulfato de omónio, (NH.,)zS0..
ou dihidrogenofosfato de amónio, (NH..)H,PO", nas seguintes reaçães ócida-base:

NH,(aq) + HNO,(aq) -) NH,NO,(aq) (equação 1)

2NH,(aq) + H,SO,(aq) -+ (NH,),SO,(aq) (equação 2)

NH,(aq) + H,PO,(aq) -+ (NH,)H,PO,(oq) (equação 3)

Outro método de preparar sulfato de amónio requer dois passos:

2NH,(aq) + CO,(aq) + H,O (1.) -+ (NH,),CO,(aq) (equação 4)

(NH,j,CO,(aq) + CaSO,(aq) -+ (NH,),SO,(aq) + CaCO,(s) (equação 5)

Este processa é preferível porque as matérias-primas - dióxida de carbono e sulfato de


cálcio - são mais barotas do que o ócido sulfúrica.
Adaptado d. Raymond Chang. Qu(mico, 5.' ed" M,Graw·HIII, 1994, p.144, 145

Com base no texto, identifique o elemento químico associado à fertilização das terras pelo 15)

amoníaco ou seus substitutos.

1.2 O ácido conjugado da espécie química é: 15)

(A) NH, (B) H,SO, (C) NH; (D) HSO,

34
Cotações

1.3 Na preparação de sulfato de amónio de acordo com a reação 4 e a reação 5, foram usados 115)

10,0 dm' de NH, de concentração 0,50 molldm' com excesso de água e dióxido de carbono,
e 20,0 dm' de CaSO. de concentração 0,30 molldm'. Calcule a massa máxima de carbonato
de cálcio a obter.

Gl"!.![.lO I[

.lJ O ar atmosférico tem uma composição rica em azoto e oxigénio, como se pode verificar na tabela I. "

Gás Composição (% em volume)

N, 78,03

O, 20,99

Ar 0,94

co, 0,033

Ne 0,0015

Tabela I

1.1 A substância composta que apresenta maior percentagem em volume no ar atmosférico é: 15)

(A) N, (B) O,

(C) Ar (D) CO,

1.2 O número de eletrões ligantes na molécula de O, é: 15)

(A) dois. (B) quatro.

(C) seis. (D) oito.

1.3 Determine a densidade do árgon (Ar) em condições normais de pressão e temperatura (con- 110)

dições PTN).

1.4 A camada da atmosfera onde a presença de olono é prejudicial aos seres vivos é a: 15)

(A) troposfera. (B) estratosfera.

(C) mesosfera. (D) termosfera.

35
o CFCI, é um dos CFC (clorofluorcarbonetos) que foi usado durante vários anos porque se julgava
inerte.

Evidencie por que motivo esta ideia deixou de ser aceite e escreva as equações quimicas (la)

necessárias para o justificar.

Escreva o nome do CFCI, de acordo com a nomenclatura IUPAC e represente a sua fórmula 115)

de estrutura.

Os números quânticos de uma orbital que não é de valência no átomo de flúor podem ser: (5)

(A) (2. O. O)

(B) (2. 1. -1)

(C) (1. 1. O)

(D) (1, O, O)

o ácido acétlco (CH,CDoH). com concentração aproximada de 0.05 mol/dm'. está presente numa "
embalagem comercial. De forma a conhecer a sua concentração rigorosa foi titulada com hidró-
xido de sódio (NaoH) 0.100 mol/dm'. a 25 'c,
A equação que representa a reação descrita é a seguinte.

CH,CDOH (aq) + NaoH (aq) -) NaCH,CDo (aq) + H,o (f)

Determine o valor do pH da solução titulante. (lO)

A solução no ponto de equivalência tem um comportamento de: (5)

(A) um ácido fraco.


(B) uma solução neutra.
(C) uma base fraca.

(D) uma base forte.

36
( Cotações

Uma forma de proteger o ferro que constitui os cascos dos navios é revesti-los com barras de
zinco, que evitam que o ferro seja sujeito a uma maior corrosão. Pode concluir-se que:

(A) os lões Zn" têm um poder oxidante superior aos iões Fe' -.

(8) o Fe tem um poder redutor superior ao Zn.

(C) as iões Fe" têm um poder oxidante superior aos iões Fe".
(D) o Zn tem um poder redutor superior ao Fe.

Na construção de um parque no centro de uma cidade, pretende-se que um chafariz lance água
verticalmente, para uma alturd de 12 metros. Considere desprezável a efeito da resistência do ar.

Selecione o gráfica que melhor se ajusta à energia mecânica de uma gota de água durante (s)
a subida.
(A) (8)

o 5 10
fi
o 5 10

A)tura (m) Altura Im)

(C) (O)

---- li
m
';;;
;;;
c
w

O 5 la O 5 la
Altura Im) Altura Im)

Calcule o valor da velocidade com que a água tem de ser lançada para atingir a altura pre- (la)

tendida, sem recorrer às equações do movimento.

A água, após atingir a altura máxima, adquire: (5)

(A) movimento retilíneo e uniforme.

(8) movimenta retilíneo uniformemente retardado.

(C) movimento retilíneo uniformemente acelerado.

(D) movimenta circular uniforme.

37
-
Cotações

'J Um livro está pousado sobre uma borda de uma mesa. '15

2.1 Assinale a afirmação correta. (5)

(A) Opar ação-reação da força gravítica do livro é a força exercida


pela mesa no livro.
(8) A aceleração gravitica sentida pela mesa é superior à do livro,
pois a massa da mesa é superior. Figura 1
(C) A aceleração gravítica sentida pelo livro é superior à da mesa pois a massa do livro é
inferior.
(O) A força gravitica da mesa e a força exercida pelo chão na mesa não constituem um par
ação-reação.

2.2 Devido a um ligeiro toque no livro, este cai verticalmente no chão, atingindo-o com uma (lO)

velocidade de valor 4,0 m/s. Suponha desprezável o efeito de resistência do ar durante o


percurso.
Determine a altura a que está colocado o tampo da mesa. Apresente o resultado com dois
algarismos significativos. Recorra exclusivamente às equações y(t) e v(t) que traduzem o
movimento do livro.
Considere que o sentido do eixo Oy é de baixo para cima.

G! Um satélite geostacionário descreve uma órbita circular situada a 3,0 x la' m de altitude rela- 20

tivamente ao equador da Terra, cujo módulo da velocidade é constante.

Raio Terra =6,4 x lO' m

3.1 Durante o movimento do satélite, pode afirmar-se que: (5)

(A) a força que é exercida pela Terra no satélite tem valor constante.
(8) a força que é exercida pelo satélite na Terra tem um valor inferior ao da força exercida
pela Terra no satélite.
(C) a aceleração do satélite tem a direção da sua velocidade orbital.
(O) a aceleração do satélite tem a direção perpendicular ao da força centrípeta.

3.2 Calcule o módulo da velocidade orbit al do satélite em torno da Terra. (la)

J.3 Compare o período dos satélites geostacionários com o período dos satélites do sistema GPS. (5)

38
COl<lções

Grupo \f

LJ Uma resistência elétrica cuja potência é 20 W é colocada no interior de um recipiente com 0,200 20

litros de água a 4,0 'c.


Foram registadas no gráfico 1 as variações de temperatura e a correspondente energia forne-
cida.
Gráfico 1

I
1.1 ointervalo de tempo necessário para efetuar o aquecimento da água até atingir os 10,0 ' C
foi:
(5)
I
(A) IH; 2090 x6,0 s
20 x O,200

(8) IH; 2090 s


20 x 6,O x O,200

(C) ó t; 2090
20
x 6,0
s

(D) IH; 2090 s


20 x 6,0

1.2 Determine a energia que não se dissipou durante o aquecimento da água até ela atingir (10)

os 6,0 'c.

c",,= 4,18 X lO' j/l<g. I(

1.3 Os valores de temperatura foram lidos utilizando um termámetro de mercúrio cuja menor (5)

divisão é 0,2 'c. Apresente o valor da temperatura inicial da água com a respetiva incerteza
associada.

39

Cot ações

-rupo Vi

o albedo terrestre médio é 30%. Apesar disso, existem superfícies que refletem mais a radiação lU

do que outras.

Sabendo que 5 é a constante solar e Rré o raio médio da Terra, a potência da radiação solar (5 )

absorvida pela Terra é dada pela expressão:

(A) p= 0,30 Sn Rr'

(8) P = 0,30 54 n Rr'

(C) P= 0,70 Sn Rr'

(O) P = 0,70 S4n Rr'

? Selecione a alternativa que contém os termos que devem substituir as letras (a) e (b), res- (5)

petivamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte.

"Nos palas, o albedo terrestre é _ (a)_ ao de uma zona t ropical. visto que a radiação é
mais _(b)_ nos palas do que numa zona tropical."

(A) superior '" absorvida

(8) superior ,,' refletida


(C) inferior '" absorvida

(O) inferior '" refletida

- O principal gás responsável pelo efeito de estufa é o:

(A) CO" pois filtra as radiações UVB que atingem a Terra.


(8) O" pois filtra as radiações UVB que atingem a Terra,
(C) CO" pois absorve a radiação IV que é emitida pela Terra,

(O) O" pois absorve a radiação IV que é emit ida pela Terra,

.,.. Na linguagem popular, o uso dos cobertores t radicionais é feito para nos aquecermos, Efetiva- 10

mente a função deles é diminuir a velocidade de libertação de energia do nosso corpo para o
exterior,

Evidencie de que forma uma propriedade fisica do cobertor justifica a afirmação anterior.

40
,m· • f !\ . 7 Páginas
J
)
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, B, ( ou O) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.

Gn.lpo!
Cotilçães

EI Leia atentamente o seguinte texto.

Produzir neve
(amo é que se produz este material em quantidades
suficientes para satisfazer as necessidades dos esquiada·
res em dias sem neve?
Uma máquina de fazer neve contém uma mistura de ar
comprimido e vapor de água a cerca de 20 atm. Por causo
de uma grande diferença de pressão entre o reservatório
e a atmosfera exterior, quando a mistura se espalha no at-
mosfera ela expande-se tão rapidamente que, em boa afir-
mação, não Se dão trocos de calor entre o sistema (ar e
óguo) e o meio exterior. Figura 1

Adaptado de R'ymond Ch,ng, Qulmico. 50' ed .. MeGraw·Hill, 1994, p. 256

:Li Durante a produção de neve ... (51

(A) o sistema efetua trabalho sobre o exterior e, por consequência, há uma diminuição da
energia do sistema.
(B) o sistema efetua trabalho sobre o exterior e, por consequência, há um aumento da ener-
gia do sistema.
(C) o exterior efetua trabalho sobre o sistema e, por consequência, há uma diminuição da
energia do sistema.
(O) o exterior efetua trabalho sobre o sistema e, por consequência, há um aumento da ener-
gia do sistema.

1.2 Indique a mudança de estado associada à produção de neve referida no texto. (51

41
COlações

..,.. Um volume de 5,0 kg de água num recipiente aberto é continuamente agitado por uma máquina 15

que atua no interior do recipient e, Considere que a máquina de potência 1,5 kW atua durante
dois minutos,
c",,= 4,18 X lO' J/kg, I<
2,1 Calcule a elevação máxima de temperatura que a água pode ter, 1101

Z : Indique uma justificação de base calorífica para a água não sofrer uma elevação de tem- 151
peratura máxima devido à ação da máquina,

A Helena gosta de regar a relva mantendo a mangueira na horizontal a 'o


uma altura de 1,2 m, A água sai da extremidade a uma velocidade de 8,0 m/s,
Considere o sistema de eixos de referência representado na figura, com
origem no solo, desprezando o efeito da resistência do ar, 'LFigura 2
X

1.1 Durante o movimento da água depois de sair da mangueira", 15)

(A) a força resultante sobre a água é nula,


(B) a força resultante sobre a água diminui à medida que água vai perdendo altura,
(C) a água demora o mesmo tempo a cair como se fosse em queda livre,
(D) o valor da velocidade permanece constante, \
\

1.2 Det ermine o alcance da água que sai da mangueira, assim como o valor da velocidade com 115)
que a água atinge o solo,

15
! Uma roda gigante de 40 metros de diâmetro realiza 4 rotações por mi-
nuto, num movimento circular uniforme,

2,1 Durante o movimento de uma cadeira na extremidade da roda per- 15)

manece constante a sua:

(A) velocidade, (B) aceleração,

(C) energia potencial. (O) energia cinética,


Figura 3

2,2 Determine o valor da aceleração sentida pela cadeira durante o movimento,

42

\
(otilções

[Jj Numa montanha russa, uma carruagem de 250 kg viaja desde o ponto A, com a velocidade de "
20,0 m/s, até ao ponto 8 com a velocidade de 15,0 m/s. O esquema representa a situação des-
crita.

1m t
Figura 4

3. 1 Durante o percurso de A a 80 trabalho do peso é: 15)

(A) Wp =25D x g x lOj (B) Wp =- 250 x g x 10j

(C) Wp =2SD x g x 9j (D) Wp =-250 x g x 9j

3.2 Determine o trabalho das forças não conservativas durante o percurso de A a B. (lO)

I&l Para determinar a capacidade térmica mássica do cobre, um grupo de alunos trabalhou com um "
bloco feito desse material. O bloco em estudo tinha duas cavidades, numa das quais se colocou
um termômetro e na outra uma resistência elétrica ligada a uma fonte de alimentação. O bloco
foi colocado diretamente sobre a bancada.
Os alunos efetuaram as medições necessárias para o seu estudo, nomeadamente os valores
lidos no amperímetro e no voltímetro, registados na tabela I.

,,
II 1
5,18 8,35

5,20 8,37

5,21 8,36

5,19 8,35

5,20 8,36

5,16 8,37

Tabela I

1.1 Com base nos dados da tabela I, exprima o valor da diferença de potencial em função do (5)

valor mais provável e da incerteza absoluta.

43
l (ol <l çÜeS

Determine o valor da potência forn ecida ao bloco, apresentando o resultado final com três (5)

algarismos significativos.

- D valor determinado pelos alunos para a capacidade térmica mássica do cobre foi 430 j/kg K. (15)

No entanto, o valor teórico para este metal é 390 j/kg K. Apresente duas razões justifica-
tivas para a diferença entre o valor experimental e o valor teórico e apresente uma suges-
tão para otimizar a exatidão do processo.

As reações de fusão constituem a fonte da energia emitida pelo Sol e por outras estrelas. Es-
tima-se que o Sol seja formado por cerca de 73% de hidrogénio e 26% de hélio. Algumas das
reações de fusão que se pensa ocorrerem constantemente no Sol são:

'H+ 1' H ..... 1' H+ 1'f3


1 C,E = -9,9 x lO' kj/mol (equação 1)

I'H + I' H ..... ,' He C,E = -5,2 x 10' l<.i/mol (equação 2)

'He+'H
2 1 ..... '2+
x 1' f3 C,E = -1,9 x 10' l<.i/mol (equação 3)

Adaptado de Princrplos e Aplicações. Fundação Calouste Gulbenklan, Dezembro de 1997. p. l0S6

o que são entre si iHe iH? (5)

1. 2 A energia libertada por cada átomo de hélio libertado na reação 2 é: (5)

S,2 x l0·
(A) E la' x 6,02 x lO" j

(B) E = S,2 x l0· x l0' j


6.02 x 10"

(C) E S.2 x l0' x 6.02 x l0" j


lO'

(O) E=S,2 x l0·x l0' x 6,02 x l0" j

. _ Os t ermos que substituem x, y e 2 na equação 3 são, respetivamente: (5 )

(A) 1 ... 2 ... H (B) 1 .., 2 ... He

(C) 2 ... 4 ... H (O) 2 ... 4 ... He

44
CotLlçõCS

Escreva a configuração eletrónica no estado fundamental do ião sódio (Na' ) e do ião mag- :\1
(lO)
nésio (Mg"). Indique o elemento com a mesma configuração eletrónica destes lões.

Na comparação do raio de várias espécies pode afirmar-se que: (5)

(A) o raio do ião sódio é superior ao raio do átomo de sódio.


(B) o raio do ião magnésio é inferior ao raio do átomo de magnésio.

(C) o raio do ião magnésio é igual ao raio do ião sódio.

(O) o raio do ião magnésio é superior ao raio do ião sódio.

o número de energias de ionização do átomo de hélio é: (5)

(A) zero. (B) um. (C) dois. (O) quatro.

Na combustão de metano com excesso de oxigénio obtém-se dióxido de carbono e água, de '"
acordo com a equação qulmica seguinte.

CH,(g) + 20,(15) -l CO,(g) + 2H,O (f) óH' =-890.4kj/mol

Represente pela notação de lewis a molécula de O, e caracterize a ligação existente entre (lO)

os dois átomos de oxlgénio .

. As geometrias das moléculas de dióxido de carbono e das moléculas de água são, respeti- {SI
vamente:

(A) tetraédrica e piramidal trigonal. (B) linear e piramidal trigonal.

(C) tetraédrica e angular. (O) linear e angular.

.3 Calcule a energia envolvida na combustão de 3,0 kg de metano. Mencione claramente o (lO)

sentido do movimento energético.

A massa de água formada por cada molécula de CH'j consumida é: (5)

18,02
(A) m 18,02 x 2
(B) m = 2x6,OZx10" g
6,02x10" g

(C) m_ 18,02 x 6,02 x 10" g (O) m=18,02 x 2x6,02 x10" g


2

45
Cotações

o amoníaco é uma substância inorgânica importante. usada. por exemplo. como matéria-prima 10

no fabrico de fertilizantes. de ácido nítrico. de explosivos e como meio de arrefecimento (estado


líquido) em diversas indústrias alimentares.
(orno o amoníaco é um gás à pressão e temperatura normais. para Ser armazenado e transpor-
tado. o amonCaco é liquefeito. Não descurando as suas inúmeras aplicações. devido às suas pro-
priedades químicas e à pressão elevada a qUe se encontra. é necessário tomar várias precauções
durante a sua produção. transporte. armazenamento e utilização.

. 1 De acordo com o referido. indique uma característica do amoníaco que justifique cuidados (51

rigorosos na sua utilização a nível laboratorial.

2.2 O amoníaco produz-se a partir de azoto e de hidrogénio. A reação de síntese do amoníaco (51

é descrita pela equação química seguinte.

Nz(g) + 3Hz(g) P 2NH,

A tabela 11 apresenta os valores de energia média de ligação.

H-H 436.4

N-H 393

N"N 956.2

Tabela 11

Selecione a alternativa que contém os termos que devem substituir as letras (a). (b) e (c).
respetivamente. de modo a tornar verdadeira a afirmação:

"A variação de entalpia para a reação de síntese do amoníaco tem o valor de _tal_o como
t.H é _(b)_ do que zero a reação é _(c)_."

(A) -92.6 kJ mal" ... menor ... exotérmica


(B) 1086.4 kJ mol-' ... maior ... exotérmica

(C) -92.6 kJ mal" ... menor ... endotérmlca


(O) lOB6.4 kJ mol-' ... maior ... endotérmica

46
COlações

· • 111

J A oxidação de metais ocorre de forma natural na Natureza, estando muitos deles sob a forma lU

de óxidos nos minerais. ° processo inverso pode ser feito através de eletrólise, mas não só. A
obtenção de metais através dos minerais é feita há já bastante tempo com a introdução em for-
nos de hematite (Fe,O,) e carbono a elevadas temperaturas.

_. 1 Na extração de ferro dos minerais nos fornos: (5)

(A) o minério e o carbono são ambos oxidados.


(8) o minério é reduzido e o carbono é oxidado.

(C) o minério e o carbono são ambos reduzidos.

(D) o minério é oxidado e O carbono é reduzido.

1.2 ° número de oxidação do Ferro (Fe) na hematite é: (5)

(A) ° (8) +2 (C) +3 (D) +6

[!] A prata pode ser encontrada em várias soluções aquosas, nomeadamente sob a forma de cloreto 15

de prata ou de iodeto de prata.


AgCI (s) p Ag' (aq) + Cqaq) Agi (s) P Ag' (aq) + 1- (aq)

",,(Agi) = 8,3 x 10.17, ",,(AgCI) = 1,6 x 10.10 a 25'C

2.1 Uma solução aquosa saturada de Agi encontra-se num recipiente. Sucessivamente vai-se (5 )

adicionando uma solução diluída de AgCI à solução inicial. Verifica-se que:

(A) se forma um precipitado de AgCl, uma vez que o seu valor de I<ps é superior ao do Agi
e a solução de Agi já se encontrava saturada.
(8) não se forma nenhum precipitado, pois o AgCI adicionado é uma solução dilulda e o au-
mento de Ag' na solução é compensado pelo aumento do volume da solução.
(C) se forma um precipitado de Agi, uma vez que o seu valor de K" é inferior ao do AgCI e
a solução de Agi já se encontrava saturada.
(D) nada se pode concluir quanto à formação de precipitados, uma vez que o aumento de
Ag' pode ser compensado pelo aumento de volume da solução e a concentração da so-
lução de AgCI adicionada não é conhecida.

2.2 Escreva a expressão que traduz a constante de produto de solubilidade da reação do cloreto (la)

de prata e calcule o valor da sua solubilidade em água, à temperatura de 25 'c.

47
II

8 F.!áginas 1" " - < 'lI1ilifi0 J

Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, a, ( ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.

Grupo'
Cotações
-J Leia atentamente o seguinte texto. JU

A luz tem propriedades que se compreendem melhor em termos de um ponto de vista cor-
pus cu lar. Planck foi o primeiro a servir-se deste ponto de vista para explicar o distribuição das
frequêncios da energia irrodiada por um corpo negro. Ele verificou que era impossível conceber
um modela experimental que explicasse as factos experimentais, até que adotou o que era
então um modela estranha. Imaginou um conjunta de osciladores, irradiando cada um deles
apenas uma frequência, e acrescentou que o processo de radiação libertava energia em "por-
ções" ou "quantuns': Admitiu-se que a energia que um dada oscilador libertava par quantum
era determinado pela frequêncio, de acordo com a bem conhecida relação E = hf. A constante
h, constante de Planck, é o mesma para todas as frequências.
Uma outra experiência que mastra"a natureza corpusculor da luz, a efeito fotoelétrico, per-
cebe-se mais facilmente. Quando a luz de frequência f incide sobre uma superfície metálico, se
se aumentar lentamente ofrequêncio, descobre-se que acima de uma certa frequência mínimo
de remoção fo' os eletrões são expelidos da superfície do metal. Abaixo desta frequência não
há emissão de eletrões, qualquer que seja o tempo de iluminação do metal. Para frequências
acima de f", as energias dos eletrões podem ser medidos. Todas as energias eletrônicos obser-
vados para uma determinada frequência são iguais. Variando a intensidade da luz, vario o nú-
mero de eletrães emitidos por segundo, mas não as suas energias. Este comportamento e a
dependência do frequência destas energios entendem-se facilmente em termos da ponto de
vista quântico da luz. Quando f aumento o energia aumenta. Finalmente, atinge-se uma fre-
quência para a qual o energia dos fotões é suficiente para remover um eletrõo da superfície do
metal. Para frequências ainda mais elevadas, o fotõo contém maior energia, de forma que o ele-
trõo é removido da superfície metálica e o excesso de energia aparece como energia cinética.
Adaptado de Guio do professor paro Qu(m/co, uma Ciência Experimenfal, Fundação Calouste Gulbenkian, p. 542

1.1 Refira, com base no texto anterior. a relação existente entre a emissão de eletrões e a du- IS)

ração da iluminação do metal, para valores de frequência inferiores ao da frequência mínima


de remoção.

48
Cotaçii[!s

1.2 O gráfico 1 representa a energia cinética do eletrão em função da frequência de radiação : (5)

incidente. para alguns elementos metálicos.

Grafico 1

Frequência da radiação incidente (5"1)

Com base na informação contida no gr<ifico 1, selecione a alternativa incorreta.

(A) O elemento que apresenta menor energia mínima de remoção é o Na.

(8) O elemento que apresenta menor comprimento de onda correspondente à respetiva


frequência mínima de remoção é o Ni.

(e) Os declives dos três retas s50 idênticos e iguais à constante de Planeie

(O) A energia cinética dos eletrões aumenta linearmente com o aumento da frequência da
radiação incidente.

13 A frequência minima de uma radiação para remover um eletrão do átomo de magnésio é (15)

8,89 X 10 ' " S-l.

Calcule o valor da velocidade de um eletrão ejetado quando sobre um átomo de magnésio


incide uma radiação de energia 1.50 x lO-lO j/fotão.

m",,,,,,,, =9,11 " 10-31


"g h = 6,626 )i 10-34 j S

L ·) Com base nas informações contidas no texto e no gráfico 1 selecione a única alternativa (5)

correta.

(A) Aumentando a intensidade da radiação incidente aumenta a energia dos eletrões emitidos.
(8) O eletrão só é removido quando a energia da radiação incidente é superior à energia
mínima de remoção.

(C) Para valores de frequência superiores ao da frequência mínima de remoção, sucessivamente


maiores, o eletrão é removido com valores de velocidades sucessivamente menores.

(O) A energia cinética do eletrão removido é nula para valores de energia de radiação iguais
aos valores mínimos de energia de remoção.

49
CClilçoes

Indique o que são entre si os iões cloreto (CI") e sulfureto (S'·) com base na sua configuração ":'U
(5)
eletrónlca do estado fundamental.

,_ Considerando o raio dos iões cloreto e sulfureto, assim como dos respetivos átomos que (5)

lhes deram origem, pode afirmar-se que:

(A) o raio do ião cloreto é inferior ao raio do átomo de cloro.

(8) o raio do átomo de enxofre é superior ao raio do ião sulfureto.


(C) o raio do ião cloreto é igual ao raio do ião sulfureto.
(D) o raio do ião sulfureto é superior ao raio do ião cloreto,

Grupo 11

Num sistema reacional fechado ocorre a combustão de 75,0 g de etano com excesso de oxigé- Jn
nio. Desta reação obtém-se dióxido de carbono e vapor de água, de acordo com a equação qur-
mica seguinte,

2 C,H, (g) + 70, (g) -> 4 CO, (8)+6 H,O (g )

Indique o tipo de geometria existente em torno de cada átomo de carbono e o tipo de Ii- (lO)

gações existentes nas moléculas de etano.

- Selecione a alternativa que contém os termos que devem substituir as letras (a) e (b), res- (5)

petivamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte.

"A reação de combustão é _(a)_ uma vez que o sistema _(b)_ durante a reação quí-
mica".

(A) endotérmica ... consome energia do exterior

(8) exotérmica ... liberta energia para o exterior


(C) endotérmica ... liberta energia para o exterior

(D) exotérmica .. , consome energia do exterior

Calcule o volume de oxigénio gasto durante a reação química nas condições PTN. (lO)

50
Cotações

1." O total de pares de eletrães ligantes em moléculas de água por cada molécula de etano 15)

consumida são:

(A) dois. (6) três.

(C) seis. (D) doze.

r'] Na tabela I apresentam-se valores de constantes de acidez de alguns acidos monopróticos em 30

agua, a 25 'c.

l
Ácido fluorldrico (HF) 6.8 X lO'"

Ácido acético (CH,COOH) 1.8 X 10.5

Ácido cianídrico (HCN) 6.2 X 10-10

Ácido nitroso (HNO,J 6.1 x 10"

Tabela I

1.1 A base conjugada do ácido nitroso é: (5)

(A) NO; (B) HNO,

(C) HO- (D) H,O-

1.2 Selecione a alternativa que contém os termos que devem substituir as letras (a) e (b). res- (S)

petivamente. de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte.

"Relativamente aos ácidos apresentados e às respetivas bases conjugadas. pode afirmar-se


que o ácido mais forte é o _(a)_ e a base mais forte é _(b)_."

(A) HF ." F-

(B) HF ... CN-

(C) HCN ... F-

(D) HCN ... CN-

!..3 Determine o valor de pH duma solução 0,400 mol/dm' de ácido fluorídrico (H F), a 25 'c. 110)

51
,

Uma base forte é adicionada sucessivamente ao ácido acético (CH 3COOH), sendo medido (lO)

o pH da solução resultante, Os resultados obtidos foram representados no gráfico 2.


Grãfico 2
14
13
12
11 -'
10
9
8 -:"=-:- : -: -.
OI:
o- 7
6
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2
1
o
o 10 20 3D 40 50
Volume de base adlclonadolmL

hl;lr r:1 I l 1 ,; ·JIQJ:{u lI! 01'1


'

Vermelho de metilo 4,4-6,2

Azul de bromotimol 6,6-7,6

Fenolftaleína 8,0-10,0

Azul de timol 8,0-9,6

Tabela 11

De acordo com as informações contidas no gráfico 2 e na tabela li, diga, justificadamente,


Qual é o indicador mais adequado para se efetuar esta titulação ácido-base.

Gmpo IV

O sistema GPS (Sistema de Posicionamento Global) é um sis-


tema tecnológico complexo que envolve satélites artificiais
equipados com computadores e relógios atómicos, Foi desen-
volvido por razões militares, pelos EUA, mas hoje é amplamente
utilizado para fins civis, em diversas aplicações, tais como lo-
calizar qualquer ponto da Terra, na navegação, quer de barco
quer de aviões, para fornecer informação precisa sobre um dado
percurso, na criação de mapas mais rigorosos, entre outras.
Figura 1

\
Indique Quais os t rês componentes através dos quais o sistema GPS pode ser descrito. . (5)
\

!
!
52 !
\
CotilçõCS

.. Durante uma prova de ciclismo de estrada, a diferença temporal estimada pelo GPS entre (lO)

dois ciclistas é 40 s.
A dada altura, o ciclista que se encontra mais longe da meta passa na placa dos 8 km para
a meta. O GPS deteta que a diferença entre os dois ciclistas continua a ser 40 s, e ambos
os ciclistas rodam à mesma velocidade linear de 15 m/s numa trajetória retilínea. Calcule a
que distância da meta se encontra o outro ciclista.

- Ainda durante a prova de ciclismo, um comentador desportivo interroga-se por que motivo (5)

os ciclistas usam folhas de papel debaixo do equipamento, ao que o seu colega lhe res-
ponde que é uma estratégia "para se protegerem do frio". Fundamente cientificamente a
resposta.

Suponha que numa prova especial de contrarrelógio um ciclista resolve trocar a roda de (5)

trás por uma que tem metade do raio da roda da frente. Comparat ivamente com a roda da
frente, a velocidade angular da roda de trás é:

(A) a mesma. (8) o dobro.

(C) metade. (D) o quádruplo.

o
-=- Uma espira circular metálica é at ravessada por um campo magnético cons- 1

tante. Explique se é possivel induzir uma força eletromotriz variando apenas


a inclinação dessa espira.
=
Figura 2

(;1" fiO i

L A invenção do plano inclinado foi de extrema importância para facilitar o transporte de objetos '5

durante uma subida, Suponha o uso de um plano inclinado cujo atrito da superfície se pode con-
siderar desprezável. Durante a subida pelo percurso BC (distância d), um corpo com 10 I<g de
massa parte do repouso e, após aplicada uma força exterior, atinge o ponto C. a uma altura de
2,0 m, onde é deixado em repouso.

Figura 3

53
COlações

:1..1 O uso do plano inclinado torna mais fácil a subida porque: (5)

(A) o aumento de energia potencial é superior no percurso BC relativamente ao percurso AC


(8) o trabalho do peso é inferior no percurso BC relativamente ao percurso AC

(C) a força aplicada no corpo é inferior no percurso BC relativamente ao percurso AC


(O) o trabalho da força aplicada é inferior no percurso BC relativamente ao percurso AC

1. 2 Durante o percurso BC a variação da energia mecânica (em J) é: (5)

(A) M m (8) t;Em mgh

(C) M m (O) t;Em

1
Se o corpo for largado do ponto Ce seguir o percurso até B, ficará animado com movimento: (5)

(A) retilíneo uniforme. (8) retilíneo uniformemente acelerado.

(C) retilíneo uniformemente retardado. (O) circular uniforme.

Calcule a energia mecâníca do corpo quando torna a atingir o ponto B, após partir do ponto C 110)

1 .5 Indique, justificando, que tipo de superfície se poderia ter. de forma que o trabalho do peso 110)

fosse praticamente nulo.

Grupo \11

::li Num dia de elevadas temperaturas, uma 00

pessoa pede uma água fresca numa es-


planada de café. Como acabou repentina-
mente o stock de água fresca no
'..
frigorífico, o dono decide servir a água
com três pedras de gelo iguais entre si. A
r--
pessoa atende um telefonema enquanto
o copo de água está pousado sobre a
mesa. O gráfico 3 representa a tempera- li:
tura da água. registada de 30 s em 30 s,
ao longo do tempo. Ii;o.. -':

Figura 4

54
Cotilções

Gráfico 3
35
, 1 1 1 I 1 , i1I , I J,, ,
,
-I :
I
30 '
25
\, Ii I
1 1/
1- -
1 l1
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I
10
5
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_!_' : !_ i , I

o I I I I I
o 2 4 6 8 10 12
tI min

A temperatura ambiente quando a água é servid a ao cliente é: {s )

(A) 30 'C (8) 8 'C (C) 10 ' C (D) 15 'C

- Explique porque é que a temperatura da água decresce cada vez mais lentamente ent re o {lS)

início e 05 4 min,

,_ Entre 05 4 min e 05 6 min .. , {s)

(A) a energia recebida pela água do exterior, sob a 'forma de radiação e sob a forma de calor,
é menor porque a temperatura da água é mais baixa,

(8) a energia t ransferida sob a forma de calor do gelo para a água é ligeiramente inferior à
energia transferida sob a forma de calor da água para o meio exterior.

(C) a energia recebida pela água sob a forma de radiaçã o e sob a forma de calor do exterior
é ligeiramente menor do que a energia transferida sob a forma de calor da água para
05 blocos de gelo,

(D) a energia transferida sob a forma de calor da água para 0 5 blocos de gelo é ligeiramente
menor do que a energia recebida pela água sob a forma de radiação e sob a forma de
calor do exterior,

:L ' Quando o cliente acaba o seu telefonema, apercebe-se que as t rês pedras de gelo já f un- {s)
diram e, sem beber qualquer água, pede mais gelo, São servidas mais três pedras de gelo
idênticas entre si e idênticas às anteriores.
A temperatura da água diminui até um valor. ..

(A) de 8 'c, tal como na situação anterior, se as condições exteriores se mantiverem.

(8) inferior aos 8 'C da situação anterior, se as condições exteriores se mantiverem.

(C) superior aos 8 'C da situação anterior, se as condições exteriores se mantiverem.


(D) Mesmo que as condições exteriores se mantenham, não há dados suficientes para
poder apurar o valor mínimo da temperatura da água.

55
di!::? F sn«:ê] e Il'ilU1l6moICa f'"
!JiI - 8 Páginas

Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, 8, C ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.

Grupo I
Cotações

Leia atentamente o seguinte texto. 15

Os agentes colorantes que se encontram na pintura e cerâmica pré-histórica mostram-nos


que, desde os tempos mois remotos. os homens apreciavam o cor.
Newton começou o interessar-se pelas cores quando, ainda estudante na Universidade de
Cambridge, começou a construir um telescópio ostronómico. Um das problemas que lhe surgiram
consistia no aparecimento de uma auréola colorida que rodeava sempre a imagem dado pelas
lentes do telescópio. Foi ao tentar compreender este efeito que Newton começou a seu estuda
intensiva sabre a cor. Em 1672 Newton publicou uma teoria sobre a cor na revista Philosophical
Transactions publicada pela Royal Society de Londres. Este foi o seu primeiro artigo científico
a ser publicada. Escreveu Newton: "". no começo de 1666 fabriquei um prisma triangular para
tentar obter o célebre "fenómeno" das cores. E tendo. para esse efeito, posto o meu quarto mais
escuro e feito uma pequeno orifício nas cortinas para deixar entrar uma quantidade conveniente
de luz solar, coloquei o meu prisma junto à entrada da luz para que esta pudesse ser refratada
em direção à parede oposta. A princípio, foi um divertimento muito agradável observar as cores
vivas produzidas.,,"

Violeta
Anil
21(5) -
I-V"
- Azul
Verde
Amarelo
Laranja
Vermelha

Figura 1- Desenho baseado num diagrama de Newton para o fenômeno que ocorre quando a luz solar in·
cide num prisma.

O feixe cilíndrico da luz solar proveniente da abertura circular passou através do prisma e
produziu na parede aposta uma mancha alongada de cor colorido. Esta mancho era violeta num
das extremos, vermelho no outro e apresentava umo gradação contínuo de cores entre esses
extremos. Para este conjunto de cores Newton inventou o nome de Spectrum.
In Projeto Física Unidade 4. Fundação Calouste Gulbenklan, 1985. p.I6

56
CotilçêC!s

Gráfico 3
35
I I I I , I , iII , I I J ,
30
25 :\ I
Ii , -I , -'
I:: I , ,,I
20 I, I , ,' .' I ; ! ...... I
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91"(
15
I . ' I ! I!II I I I
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A temperatura ambiente quando a água é servida ao cliente é: 151

(A) 30 'C (B) B 'C (C) 10 'C (O) 15 'C

- Explique porque é que a temperatura da água decresce cada vez mais lentamente entre o 115)

início e 05 4 mino

.0 Entre os 4 min e os 6 min ... 15)

(A) a energia recebida pela água do exterior, sob a forma de radiação e sob a forma de calor,
é menor porque a temperatura da água é mais baixa.
(B) a energia transferida sob a forma de calor do gelo para a água é ligeiramente inferior à
energia transferida sob a forma de calor da água para o meio exterior.

(C) a energia recebida pela água sob a forma de radiação e sob a forma de calor do exterior
é ligeiramente menor do que a energia transferida sob a forma de calor da água para
os blocos de gelo.

(O) a energia transferida sob a forma de calor da água para os blocos de gelo é ligeiramente
menor do que a energia recebida pela água sob a forma de radiação e sob a forma de
calor do exterior.

1. I Quando o cliente acaba o seu telefonema, apercebe-se que as três pedras de gelo já fun- (51

diram e, sem beber qualquer água, pede mais gelo. São servidas mais três pedras de gelo
idênticas entre si e idênticas às anteriores.
A temperatura da água diminui até um valor...

(A) de 8 'c, tal como na situação anterior, se as condições exteriores se mantiverem.

(B) inferior aos 8 ' C da situação anterior, se as condições exteriores se mantiverem.

(C) superior aos 8 'C da situação anterior, se as condições exteriores se mantiverem.


(O) Mesmo que as condições exteriores se mantenham, não há dados suficientes para
poder apurar o valor mínimo da temperatura da água.

55
l l: l;l' l/!I B Páginas

Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, B, C ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.

Grupo I
(clilções
Leia atentamente o seguinte texto. 15

Os agentes colorantes que se encontram na pintura e cerômica pré-histórica mostram-nos


que, desde os tempos mais remotos, os homens apreciavam a cor.
Newton começou a interessar-se pelas cores quando, ainda estudante na Universidade de
Com bridge, começou a construir um telescópio astranómico. Um das problemas que lhe surgiram
consistia no aparecimento de uma auréola colorida que rodeava sempre a imagem dada pelas
lentes do telescópio. Foi ao tentar compreender este efeito que Newton começou a seu estuda
intensivo sobre a cor. Em 1672 Newton publicou uma teoria sobre a corno revista Philosophical
Transactions publicoda pela Royol Society de Londres. Este foi o seu primeiro artigo científico
a ser publicado. Escreveu Newton: ':.. no começo de 1666 fabriquei um prisma triangular para
tentar obter o célebre "fenómeno" das cores. Etendo, para esse efeito, posto o meu quarto mais
escuro e feito uma pequeno orifício nas cortinas para deixar entrar uma quantidade conveniente
de luz solar, coloquei o meu prisma junto à entrada da luz para que esta pudesse ser refratada
em direção à parede oposta. A princípio, foi um divertiment o muito agradável observar as cores
vivas produzidas .....

Violeta
Anil
-=.@!: Azul

U
i-VT Verde
Amarelo
Laranja
Vermelho

Figura 1- Desenho baseado num diagrama de Newton para o fenómeno que ocorre quando a luz solar in-
cide num prisma.

Ofeixe cilíndrico da luz solar proveniente da abertura circular passou através do prisma e
produziu na parede oposta uma mancha alongada de cor colorida. Esta mancha era violeta num
das extremos, vermelha no outro e apresentava uma gradação contínua de cores entre esses
extremos. Paro este conjunta de cores Newton inventou o nome de Spectrum.
In Projeto Física Unidade 4. Fundação (alouste Gulbenl:lan, 1985, p. 16

56
Refira, com base nos estudos de Newton evidenciados no texto anterior, como se designa (5 )

o fenómeno que ocorre quando a luz solar atravessa o prisma,

Através dos estudos de Newton pode verificar-se que a luz solar é: (5)

(A) uma luz branca monocromática,

(B) uma luz branca poli cromática,

(C) uma luz amarela monocromática,

(D) uma luz amarela policromática,

- Indique uma situação da Natureza que ocorre devido ao fenómeno evidenciado no texto, (5)

No dia a dia é frequente conseguirmos ouvir uma pessoa que se encontra numa divisão afastada
de onde nos encontramos, mesmo que não a estejamos a ver.
Num texto indique qual a propriedade das ondas que permite que tal situação aconteça, a que
tipos de ondas está associada e qual a condição necessária para que possa ocorrer.

Grup

G Durante os Campeonat os Mundiais de Atletismo em Daegu, Coreia do Sul, em 2011, decorreu a -"
prova de lançamento do martelo. O martelo está preso a um arame, e uma alça permite ao atleta
agarrar no conjunto, rodá-lo em torno do seu corpo e, a dada altura, largá-lo para que atinja a
maior distância possível. A figura seguinte permite a visualização de um lançamento.

Figura 2

O martelo tem 7,261<g de massa na prova masculina e 4,0 kg na prova feminina. O conjunto do
martelo, arame, alça e os braços de uma atleta formam uma unidade de comprimento que pode
ser 2,0 m. A trajetória do martelo antes de ser largado é circular em torno do atleta.

57
1.1 Suponha que quando o martelo é largado a sua velocidade de saída é 25 m/s. (5)

A força centrípeta exercida por um homem de 80 kg no martelo imediatamente antes da


largada é:
25' 25
(A) Fc=BO x - (8) Fc=BO x - ,
2,0 2,0

25 25'
(C) Fc = 7,26 x 2,0' (O) Fc= 7,Z6 x -
2,O

1.2 Compare a força exercida pelo martelo no homem com a força exercida pelo homem no (lO)

martelo.

1. g Calcule o trabalho da força resultante sobre o martelo na prova masculina desde o instante (101

em que o martelo é largado até ao instante em que está imobilizado sobre o chão,

1.4 Quando uma mulher se coloca na posição de lançamento, o martelo está pousado sobre o (S I

chão, Durante o movimento de rotação que a mulher origina, o martelo atinge uma altura
de 1,80 m. O trabalho do peso durante o percurso mencionado é:

(A) Wp =-4,Ox g x l,BOj (8) Wp =4,Ox g x l,BOj

(C) Wp =-7,26 x g x 1.BOJ (D) Wp =7,26 x g x l,BOj

A invenção de um balão capaz de voar levando pessoas consigo


foi um das criações do Homem para desafiar a natureza da força
gravltica, A subida e a descida do balão é controlada por uns
sacos presos ao balão que podem ser largados, mas essencial-
mente pelo controlo do do ar na parte inferior do
balão.

Figura 3

2.1 Selecione a alternativa que contém os termos que devem substituir as letras (a) e (b), res- 15)

petivamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte,


"A subida do balão é feita através do aquecimento do ar no interior do balão, que se torna
_(a)_ denso, originando por isso movimentos de _(b)_ que permitem que o balão ganhe
altura."

(A) mais ... condução (8) mais .. , convecção

(C) menos ... condução (D) menos ... convecção

58
Cotilções

2.2 Durante uma fase de descida do balão: (5)

(A) a componente vertical da força resultante é necessariamente diferente de zero.


(8) se a componente vertical da força resultante se igualar a zero, O balão deixa de descer.

(C) a componente vertical da força resultante pode ser diferente de zero e no sentido de
baixo para cima.

(D) se a componente vertical da força passar a ser diferente de zero e no sentido de baixo

para cima, o balão começa a subir imediatamente.

2.3 Numa fase de subida do balão é largado um dos sacos presos ao balão. Indique as forças (5)

que passam a atuar sobre um desses sacos largados.

Grupo 111

3 A central solar fotovoltaica de


Amareleja, tem uma potência
máxima instalada de 46.41 me-
gawatts (MW). A capacidade total
deste empreendimento permite
produzir cerca de 93 mil MWh de
energia por ano, o suficiente para
abastecer 30 mil residências.
A central solar fotovoltaica de
Amareleja teve um investimento
de 237,6 milhões de euros com o
Figura 4
objetivo de produzir energia
"limpa" para a rede elétrica nacional durante 25 anos. Foi construída num terreno de 250 hec-
tares, perto daquela vila do distrito de Moura, considerada a "terra mais quente de Portugal"
devido aos valores de temperatura máxima que se atingem no verão.
Possui 2520 seguidores solares azimutais, equipados com 104 painéis solares cada um. Os se-
guidores solares azimutais são dispositivos mecânicos que orientam os painéis solares perpen-
dicularmente ao sol, durante o dia.
Sem custos de emissões, a central, por cada 90 mil MWh de energia produzida, permite evitar
152 mil toneladas de emissões de gases com efeito estufa (CO,) em comparação com uma pro-
dução equivalente a partir de combustíveis fósseis.

1.1 Determine a potência média de cada painel fotovoltaico em watts. (10)

59
Selecione a única opção que permite calcular corretamente a energia média diária fornecida
pela central fotovoltaica da Amareleja, expressa em J.
(5) il
!

(A) 93x3,5 x lD12 (B) 93 x 3,5 x 10' J


365 355

(C) 93 x 355 (D) 93 x 355 J


3.6 x l0 12 3,5 x 10'

A utilização de painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica tem muitas vanta- (lO)

gens, nomeadamente do ponto de vista ambiental. No entanto, a produção de eletricidade


por métodos fotovoltaicos ainda é muito reduzida a nível mundial. Evidencie dois fatores
que impeçam a sua utilização em larga escala.

G O

Uma das teorias científicas mais aceite para explicar a origem do Universo é a teoria do Big- C5

Bang ou da Grande Explosão, segundo a qual o início do Universo ocorreu há cerca de 15 000
milhões de anos.

_ Indique duas evidências da teoria do Big Bang. (lO)

Dado que as distâncias no Universo são muito elevadas, utilizam-se unidades de compri- (lO)

menta apropriadas, nomeadamente o ano-luz, que representa a distância percorrida pela


luz no vazio durante um ano. Sabendo que a estrela Sirius se encontra a aproximadamente
8,60 a.1. da Terra, expressa o valor dessa distância em unidades 51.

13 Nos núcleos das estrelas com massa semelhante à do 501 ocorrem reações de fusão nuclear (5)

em que o hélio se transforma em berílio, carbono e oxigénio.

Relativamente aos elementos berílio, carbono e oxigénio, selecione a única alternativa


correta.

(A) O que possui maior energia de ionização é o berílio.

(B) Situam-se no mesmo grupo da tabela periódica.

(C) Situam-se no mesmo período da t abela periódica.

(D) O que possui menor energia de ionização é o carbono.

50
Cotações

Selecione a alternativa incorreta. {SI

o ião fluoreto, o átomo de néon e o ião oxigênio são isoeletrónicos. Estas três partículas:

(A) têm o mesmo número de eletrões. (B) têm a mesma carga nuclear.
(C) são eletricamente estáveis. (O) têm diferente número de protões .

. Selecione a alternativa que apresenta, por ordem decrescente, a sequência correta dos (SI

raios do ião fluoreto, do átomo de néon e do ião óxido.

(A) R(o'·) > R(Ne) > R(F') (B) R(Ne) > R(O" ) > R(F')
(C) R(Ne) > R(F') > R(o" ) (O) R(O" ) > R(F) > R(Ne)

A composição atua l da atmosfera da Terra é muito diferente da composição da atmosf era pri-
mitiva, sendo que a grande evolução ocorreu fundamentalmente após o aparecimento de vida.

Relativamente à evolução e composição da atmosfera terrestre selecione a única alterna- (5)

tiva correta.

(A) Os gases mais abundantes na atmosfera primitiva eram o vapor de água e o dióxido de
carbono.

(B) O gás mais abundante da atmosfera primitiva era o azoto, mantendo-se na atmosfera
atual como um dos gases maioritários (78%).
(C) A atmosfera atual é constituída por dois componentes maioritários: azoto (78%) e dió-
xido de carbono (21%).
(O) A atmosfera atual é constituída por dois componentes maioritários: oxigénio (78%) e
vapor de água (21%).

: .2 As moléculas de O, existentes nas diversas camadas da atmosfera podem sofrer fotodis- (5)

sociação e ionização, consoante a energia da radiação que nelas incidente.

Relativamente à fotodissociação e à ionização pode afirmar-se que:

(A) a fotodissociação só ocorre para valores de energia incidente superiores aos necessários
para ocorrer ionização.
(B) a ionização ocorre nas camadas inferi ores da atmosfera, como a troposfera, e a fotodis-
sociação ocorre nas camadas superiores da atmosfera, como por exemplo a termosfera.
(C) Na ionização há formação de radicais livres.

(O) A ionização corresponde à remoção de eletrões de átomos ou moléculas.

61
2.3 As radiações UV podem ser classificadas em três grupos: UVA, UVB e UVc. (5)

(A) As radiações UVA, UVB e UVC são todas absorvidas pelo ozono.
(B) As radiações UVB são as que apresentam maiores valores de frequência e são maiorita-
riamente filtradas pelo ozono existente na estratosfera.
(C) As radiações UVC são as mais energéticas, mas não chegam à superfície da Terra.

(D) As radiações UVA são as mais energéticas e são absorvidas na tropas fera.

GõlJfJO V

Na produção de cobre são usados 500 em' de cloreto de cobre e zinco com 10% de impurezas, 'u
de acordo com a equação química seguinte.

(uCC,(aq)+Zn (s)-. ZnCl,(aq)+Cu (s)

o rendimento da reação é 85%.

1.1 Calcule a concentração da solução de cloreto de zinco e a massa de zinco necessária para (15)

se obter 10,0 g de cobre.

1.2 Com base nesta equação de oxidação-redução, selecione a única afirmação correta. (5)

(A) o Zn oxida-se e os iões Cu'· atuam como oxidantes.


(8) O Zn é o redutor e os iões Cu'· e CI· são ambos reduzidos.
(C) O Zn reduz-se e os iões Cu" e CI· atuam ambos como oxidantes.

(O) O Zn é oxidante e os iões CI· nem sofrem oxidação nem sofrem redução.

Gmpo VI

Numa aula laboratorial pretende-se preparar 100,0 em' de uma solução de cloreto de potássio 20

(1«1) com a concentração de 0,150 mol/dm'.

L1 A solução a preparar deve ser armazenada: (5)

(A) num gobelé.


(8) num frasco de vidro.
(C) numa pipeta volumétrica.

(D) num balão volumétrico.

62
_---
--...."...
. - .

CatLlções
.- --
Calcule a massa necessária a utilizar para preparar a solução anterior, tendo à disposição ' 110)
um frasco de cloreto de potássio 85,0 % (mim), Apresente o resultado final com atenção
ao número de algarismos significativos.

",: Selecione a alternativa que contém os termos que develll substituir as letras (a) e (b), res- 15)
petivamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte,

"Na aula laboratorial seguinte os alunos tinham como objetivo preparar 200,0 em' de uma
solução de concentração 0,007 50 molldm' a partir da solução aquosa de cloreto de po-
tássio preparada na atividade anterior, Na preparação da solução diluida o fator de diluição
considerado foi _(a)_ e utilizou-se _(b)_ em' da solução inicial de cloreto de potássio,"

(A) 10 .., 20,0

(8) ! . , 20,0
2
(C) 20 ,.. 10,0

(D) 20 .. , 0,500

1,,' Selecione a alternativa que contém os termos que devem substituir as letras (a) e (b), res- 15)
petivamente, de modo a tornar verdadeira a afirmação seguinte,

"Sobre a solução diluida de cloreto de potássio preparada fez-se incidir um feixe de luz visível.
Ofeixe _(a)_ visualizado através da solução uma vez que _(b)_ o ef eito de Tyndall,"

(A) não foi .., ocorreu


(8) não foi ,.. não ocorreu

(C) foi .., ocorreu


(D) foi .. , lIão ocorreu

O número total de iões presentes em 100,0 em' de uma solução de cloreto de potássio, de (SI

concentração 0,150 molldm', é dado por:

(AllOO,O xlO-' xO,150 x 6,02 x lO" iõe5

(8ll00,O x 10-' x 0,150 iõe5


6,02 x l0"

(C) 100,O xlO" x O,150 x 2x 6,02 x l0" iõp<

(Dl lOO,O x I0-' x 0,150 lões


2x 6,02 x lO"

63
..

'1' (págs. 11-18) 1.3 (C). O espetro do visivel é constituido por cores
desde o vermelho (menos energético) até ao violeta
·rUí) (mais energético). Como LI primeira estrela emite no
:.. 1.1 Deswbri u que quando inseria ou removia uma vermelho, a sua temperatura tem de ser menor do que
barra ma§nética numa bobina induzia uma corrente a temperatura da segunda estrela, logo fica-se limitado
elétrica no (ircuito. às opções (C) e (O), Pela lei de Wi en, Àmd,. = co;s, pode
1.2 (8). Quando toda a barra magnética entra dentro
concluir-se que o comprimento de onda, onde é má-
da bobina, não ocorre variação de flu xo magnético na
bobina. Consequentemente, não se induz uma força xIma a potência emitida, é inversamente proporcional
eletromotriz no circuito, por isso o ponteiro do galva- à temperatura absoluta. Por isso a estrela que apre-
nómetro encontra-se no zero da escala. senta maior compri mento de onda tem menor tempe-
1.3 O processo de modulação consiste na alteração ratura superficial. logo, a opção (C) é a correta dado
das características da onda portadora. que possui ele- que a estrela Antares apresenta maior comprimento
vada frequência, por combinação com a onda que possui de onda do que a estrela Sirius.
a informação a transmitir. A alteração da frequênda 2,1 (A). Consegue-se que haja menor dissipação de
e da amplitude da onda portadora, de acordo com as energia sob a forma de calor utilizando materiais com
caracterlstlca da onda a transmitir, consiste na modu- baixa condutividade térmica. O ar parado é um mate·
lação em frequência (FM) e em amplitude (AM), res- rial que apresenta baixa condutividade térmica, logo
petivamente. devem ser usadas janelas de vidro duplo com caixa de
As ondas moduladas em amplitude possuem elevados ar.
comprimentos de onda, motivo pelo qual contornam 2.2 (O). Os coletores solares têm como funcão utilizar
obstáculos, não sendo por isso necessários muitos re- a radiação solar para o aquecimento de fluidos. As op·
transmissores. Por outro lado, na modulação em fre- ções (A), (8) e (C) são aplicáveis aos painéis fotovoltai-
quêncla os ruídos e as interferências que alteram a (Os que têm como prinCipal função o aproveitamento
amplitude da onda não afetam a Informação transmi- da radiação solar para a produção de energia elétrica,
tida, ou seja, ocorrem menos inlerferên(las.
Li ru jlO IfI
C. 2.1 T= 24 h e a única força que atua sobre os satélites '1. 1.1 (8). Pelo Teorema da Energia Cinética, óE, =W"
quando estão em órbita terrestre é a força gravítlca, Como a caixa parte do repouso no ponto [e é deixada
2,2 (A). A equação que permite o cálculo do valor da em repouso no ponto A, a sua variação da energia ci-
nética é nula. logo, o trabalho da força resultante que
ve I0(1'd ade I'rnear e. v=T'
2rrr o que permi.te verificar
atua no sistema caixa + pedras é nulo.
que é independente da massa do satélite. logo, se a 1.2 Força compressora ou tipo de superfícies em con-
massa do satélite duplicar, a velocidade linear do
tacto.
mesmo manter-se-á constante.
1,3
Gnr pl 11 uErn = + tiE p
2,898xlO-' 2,898 x 10-' 5 80 O' W" +W':1l =O+mgtih
1. 1.1 T
SOO x 10-' ' xl K
W", =200xlOx30-100x10'

A= 4rrR;., = 4n:(6,96 x 10')' = 6,09 x lO" m'


W,.= -4,O x lD'J
W,(o=Foxdxcosa
P=eaAT'
F -4,O x 10' J 800N
P=l x5, 67 x10-' x6,09xlO" x (5,80 x 10' )'
, 50 x (-1)
P=3,9lxlO" W
1.4 (C). A equação do movimento que nos permite cal-
1.2 (O), Segundo a lei de Stefan·80Itzmann, P = errAT',
cular o tempo de queda é:
o que permite concluir que a potência emit ida por um 1 ,
corpo é diretamente proporcional à quarta potência y=y,+vot+z:ot
da sua temperatura absoluta, Como a temperatura da Considerando que y, = h, y = O m, v, = O m/s, o sen-
estrela Y (14 452 K) é o dobro da temperatura da es- tido do ei xo Oy é de baixo para cima, 0= 9 dado que
trela Sirius (72261<) tem-se que:
é desprez:óvel o efeito da resistência do ar, tem-se
Py = PSilws Py = 15PSiriUl , ou
que:
eaA(14452)'
16, logo P'( =
ecrA(7226)"

64
Neutrão. Urna rcaçao nuc lear de fissão IIU

bombardea mentO de núc leo s por ncutrões.


ni:mdo núcleos atómicos de menor rnassa, mai s e!std-
1.1 (C). I-I.,CO,(0<l) -;- H,O (,) = HCO, (aQ) + H,ü' (aq) ve is f:! co m grande IIbenaçdo de enell] la.
Pares ác ido-base: A ftldiação gr'lmJ L1presenta elevados va lores de fre -
I-I,cO,tI-lCO J quéncia e bai xos va lores de comprimento de onda.
1-1,0' 11-1,0 (B). O fogo de arlifício tem como base a desexci l ação
1. 2 (O) . A equaç50 di] titulação relerida é dada pOl:' rio s ele1 rões (pr'l ssaeem dos elelrões de um nível
energético superior pLlra um nível enf:!Jgético inferior).
H,CO,(aq) + ZKOH(oq) " ,CO ,(aQ) -;- que coflesponde à emiss ão de rJd iiJç50. Neste cuso
No ponto de equivalência, n,t.LU! - 2 :v: n. Cr I I. especifico, a emissão de riJdiiJç50 ocorre nli zoniJ do
[H,CO, [x V".oo, = 2 x V,,(KOH) x [I<OH ] v e
visíve l dLldo o vermelllo ser umiJ cor que percec io-
'\ nada pelo ser humnno .
.. [/-I,CO, J 2 X V.. X IKOH I
H,_LO ,

1.3 CO,(g) .,. H,O (I) H,C0 3 (aq) m" .,


1 , 1 11'-'1:=-" 15.2 O 1 50 I
= -787= ' mo
. 10.
Pel a es tequiornetria da reaçao.

n".1 =

1.1 CH" fonte: decomposição de PIOdUIOS orgânicos.


1.2 (8). A molécula de dióxido de carbo no apresenta 111,." = o,," x N,." = 0,075 x 207.2 = 15.5 g
linear, uma vez que u ci tomo cemral. C. es- 1.2 (C) . fi.. re!uç50 que ocorre: pode ser traduzida pela
tabelece duas ligações cova lentes duplas e não pos- elluLlç50 química seguin te.
sui eletrões não liE:ilntes.
Pb (s) .,. 2I\gNO,(aq) - Pb(NO, ),(aq) + 2Ag (5)
1.3 (A). A distribui ção eletrón ica do estado íundul1'len-
ta l para o atamo de carbono e doda por r,C·ls' 2s' 2p:. Os nt'lIneros de oxid;)çi:ia das espécies interveniel1le$
O ótomo de carbono possui 4 elelrões de volência, são:
que se encontram nas orbita is 25 e Zp. • No Pb: 11. 0. (Pb) = O
Aopção (C) nao esta correta porque o conjun to cle nCI' • Ag: 11.0. (Ag) =0
meros quânticos indicados correspondem tI uma orbi-
• No AgNO,: n.o. (Ag) = +1. n.o. (N) = +5 e n.o. (O) =·2
10115. que não e LIm o orbital de valência. A opção (O)
• No Pb(NO,),: n.o. (Pb) = +2. n.o. (N) = +5 e n.O. (O) =·2
nao está correta porque quando o nu mero quânUco
principal. n, ê igual a 1. o número quãntico momento Pode verificar-Se! que:
angular sô pode ser O. dado Que este número quântico - u núrnero de oxidação do Pb passou de O para +2, o
sô assume valores compreen didos entre O e n - 1. A que signi fica Que perdeu eletrões. Logo. sofreu oxi-
opção (8) não esla correta porque quando o número dação. sendo por isso a espécie redutora.
quântico momento anGular tem valo r 1, o número · o número de oxidação do Ag ' passou de + 1 para O.
quântico miJgnético só pode assumir valores com- o qUe! significa que ganhou eletrões. Logo, so freu re-
preendidos entre ·1 e + L dução. sendo por isso a espécie oxidanl e.
LOBO. a opção CO rf el a é a (A) dado que 05 eletrões que
lem-se como pares de oxidação-redução: Pb
se encontram na orbital 2s têm:
e Agl'O,/Ag.
- número quântico principal. n: Z
Uma vez que a reuç 50 ocorre no sentido indicado, Q
- número Quântico momento iJ.ngulLlr, l: O (dado ser
ch umbo é um redutor mais forte do que a pra ta, e a
urna orbi ta l s)
prata um oxidanle mllis 'forte do que o chumbo, uma
- número quãntico mognético. m/: O (dado que
vez que quem cede os eletrões e o c/lUlTlbo e quem
este número quânrico aSSUlI1E Vi1I01 eS compreen-
didos entre -( e +/:) as recebe é a prata.
. ,. d . 1 1 m. 200
- numeraS qU.Jntlcos e Spln: +'2 e - '2 1. 3
1'1", 207.2
1.4 (D). De urna for ma generCll izada verií ica-se Que
ao lonBo de um periodo o raio atômico diminui e lun to N =o x N., =0.955 x 6.02 x 10"
a energia de iOllização como II eleuollegatividade iJU-
mentam. N::: 5.80 X 10 23 alamoS de ch um bo.

55
-L 4.1 mjrura =1,5 x l03 x O,80=1,2xl03g

Grupo! :::504,31g Imol


1. 1.1 Nas crianças a extensão da reação 2 é superior a m 1.2x 10'
504,31 2,38mol
da reação 1, uma vez que no texto é referido que "nas
crianças o crescimento da camada de esmalte (minera- Pela estequiometria da reação:
lização, reação 2) supera a desmineralização (reação 1)".
7 7
1.2 Os compostos que podem contribuir para a desmi- n(H1 SO.J ="2 x C;:;> nIH.SOrl == 2' x 2,38 = 8.33 mal
neralização do esmalte, de acordo com o texto, são o
ácido acético e do ácido lácteo (bastava refErir um deles). n n
C,II .SO ,=-';:::'v= -
1.3 (C). De acordo com o texto, a hidroxiapatite é for- .' V C
mada através da reação, na presença do ião
OH': "" v = = 16, 7 dm'

5Ca" (aq) + 3PO:-(aq) + OH" (aq) ..., Cas(PO,),OH (s) 4.2 (8). As opções (A) e (C) não podem ser concluidas
(equação 2) com a informação apresentada, pois não é indicado o
e a fluorapatite é formada a partir da seguinte reação, volume de ácido utilizado. A opção (O) é incorreta, pois
na presença do ião fluoreto. presente nas pastas den- as cuidados de segurança no uso de ácidos mais con-
tffricas. centrados são maiores. A opção (8) está correta por-
que para a mesma quantidade de ácido a reagir,
5Ca" (aq)+ + F(aqh Ca,(PO,j,F (s)
quanto maior a concentração, menor é o volume ne-
(equação 4) cessário a utilizar.
2. (O) As opções (A) e (C) são corretas. uma vez que o 4.3 (C). A opção (A) é incorreta porque a base conju-
flúor e o oxigênio se encontram no mesmo período, e do H,SO., é A opção (B) é incorreta porque
de uma forma geral ao longo de um períOdO o raio atô- o ácido sulfúrico é um ácido muito forte, logo tem uma
mico diminui e a energia de ionização aumenta. Uma constante de acidez muito elevada. A opção (O) é in-
vez que o oxigênio precede o flúor. no mesmo periodo correta porque o ácido sulfúrico em solução aquosa
terá um raio atômico maior e uma energia de ioniza- sô tem comportamento ácido. A espécie HSO.; é que
ção menor.
possui comportamento anlotérico. A opção (C) é cor-
A opção (8) é correta porque num estado excitado um
reta porque o HzSO., pode sofrer duas ionizações su-
eletrão pode ocupar orbitais de maior energia, sem ter
cessivas, ou seja, por cada molécula de H, SO.\ podem
preenchido completamente as de menor energia.
formar-se duas espéCies de H,O- .
A opção (O) é a incorreta porque o flúor, como é um
4.4 (O). 2x n.o. (H)+n.o. (5)+4 x n.o. (0)=0
elemento que pertence ao 17.' grupo da Tabela pe-
riôdica, possui sete eletrões de valência. Logo, tem ",,2x(+1)+n.o. (S)+4x(-Z)=0
tendência a captar um eletrão de forma a ter a configu- "" n.o. (5) = +6
ração eletrônica de um gás nobre.
Grupo 11
3. (A) Esta opção é a correta porque:
- a carga nuclear do ião F é inferior à carga nuclear do 1. (8). A incerteza associada a um instrumento digitai é
ião Mg"; dada pelo menor valor lido nesse aparelho. Como a
- os iões F e Mg" apresentam a mesma configuração massa determinada é 50,0 g, implica que o menor
eletrônica [no estado fundamental]. o núcleo do ião valor lido na balança é 0,1 g.
F exerce menor atração sobre os eletrões do que o 2. 2.10eterminaçãocdl@a.
núcleo do ião Mg" ; 2.2 Com base nos resultados registados na tabela I e
Logo, o ião Mgz, tem um raio inferior ao da ião F. o recurso à calculadora gráfica verifica-se que a ener-
A opção (8) é incorreta porque através da configura- gia cinética é diretamente proporcional à distãncia
ção eletrônica do átomo de magnésio no estado fun- percorrida.
damentai, que é 1s' 2s' 2p' 3s', verifica-se que a 3. (A). A energia cinética pode ser calculada por
orbital de valência é a 3s, cujos números quãnticos 1
Ec =zmv l , ou seja, a energia cinética é diretamente
sãon=3,I=Oem(=0.
proporcional à massa do corpo. Logo, um corpo com o
A opção (C) é incorreta porque o magnésio pertence
dobro da massa terá o dobro da energia cinética.
ao grupo dos metais alcalino-terrosos.
-L De acordo com o teorema da energia cinética,
A opção (O) ê incorreta porque a configuração eletrô-
ôfc =Wfr' tem-se que:
nica do ião magnésio à configuração ele-
trônica do néon, que é um gás nobre. llE, = E" - E,. = 7,65 x 10-'-0 = 7,65 x 10-' J

66 \

\ .
w" = F, x dxcosa "" 7.55xlO-' =F, x 0.510 x cos(O') 3.2 O fluxo magnético é determinado pela expressão
(Il m=BAcos a.
F 7.65x10-' 1.50x10-' N
"", O.510x1 O valor de IX é 50' (90'- 30'). Logo.
lI)rn=BAcosa
Grupo 111
"" 'I'm = 2.5 x 10-' x 2,0 X 10-' x cos(50')
1.1.1 (C). T Q=kx!i x tlT x .ó.t
Ilt r ( "" q'm = 2.5 x 10-5 Wb
0.8x1.5x5x5x50 ·L As ondas sonoras são mecânicas, uma vez que neces·
<=>
O 1 x 10-' sitam de um meio material para se propagarem (sólido.
"" 0=0.8xl.5xl0' x25x50 J liquido ou gasoso). Em dias secos o ar atmosférico tem
1.2 (D). A diferença entre a temperatura exterior e In- uma constituição essencialmente gasosa, enquanto
terior passa de 5 'C para 25 'C. ou seja. o calor trans- que em dias húmidos ou de chuva a sua constituição
ferido aumenta cinco vezes relativamente à situação liquida é bastante superior. (amo a velocidade de pro-
iniciaI. pagação das ondas sonoras nos líquidos é superior à
1.3 O mecanismo de transferência de energia sob a velocidade de propagação das ondas sonoras nos
gases, o som do comboio melhor.
forma de calor que ocorre é a convecção. O ar que se
encontra perto do aparelho está a uma temperatura
Grupo V
inferior, sendo por isso mais denso do que o restante
e, por esse motivo. desce. À medida que desce, vai 1. 1.1 A expressão do quociente da reação é dada por;
cebendo energia das regiões vizinhas, pelo que vai Q= [NH,l' ,
aquecendo. A sua densidade vai assim diminuir de [N,][H,]
novo. voltando esse ar a subir até ao aparelho. onde
volta a ceder energia ao ar que provém do aparelho. [N,] = 1 0 0 = 10 mol·dm-'
Este mecanismo só é eficaz se o aparelho estiver 10
numa zona superior de uma divisão. 40 ,
[H, ] = 10 =4mol·dm-
Grupo IV
1. 1.1 (B). O ângulo de incidência é o ângulo formado [NH,]= =3 mol·dm-'
entre o ralo incidente e a normal à superficie do es-
pelho. que neste caso é um ângulo de 55". Pelas leis 3'
da Reflexão o ângulo de incidência é igual ao ângulo
0= 10 x 4' =0.014
de reflexão. logo também ser;; 55'. 1.2 (B). Q < Kc. pelo que o sistema vai evoluir no sen-
1.2 (A). O ângulo crítico ou limite é o ãngulo de inci- tido direto, ou seja. na sentido de formar mais produ-
dência para o qual o raio refratado faz 90' com a nor- tos da reação.
mal à superflcle de separação de dois melas. e que só 1.3 A adição de um catalisador não tem influência no
ocorre quando se passa de um meio onde a rendimento do processo. ou seja. não há maior produção
dade de propagação é menor para um meio onde a ve- de amoníaco. A adição de um cata lisa dor apropriado
locidade de propagação é maior. ao sistema quimico tem como principal vantagem o
2. (C). A opção (A) é incorreta uma vez que os pares facto de aumentar a velocidade de produção de amo-
ação-reação também ocorrem em interaçõE!s à distân- nfaco, ou seja, produz-se a mesma quantidade de
I cia. A opção (B) é incorreta uma vez que a ausência amoníaco em menos tempo.
de movimento não Implica a inexistência de forças
f eletromagnéticas. As forças eletromagnéticas podem Gru po VI
1 não superar a força de atrito e, por esse motivo, o 1. 1.1 A substância que apresenta menor valor de Dl"
gundo iman não se move. A opção (D) é incorreta uma é o ecstasy. Quanto menor for a dose letal por kg de
vez que o par ação-reação da força exercida pelo se- massa corporal, mais tôxica é a substância. Logo, a
gundo íman no primeiro íman é a força exercida pejo substância mais tóxica é o ecstasy.
primeiro íman no segundo íman. A opção correta é a a
1.2 (C). Esta opção corresponde definição de Dlso.
(C). uma vez que a densidade das linhas de campo au- segundo a qual a Dl" de uma substância corresponde
menta com a proximidade dos dois imanes. a quantidade de substância (em mg) necessária por
3.3.1 No espaço compreendido entre as duas barras pa-
ralelas do íman o campo magnético é unl- 1-;;]
forme. Nesse espaço as linhas de campo são
n
:===:.
cada quilograma de massa corporal dos individuas da
população testada para que morram 50% desses in-
divíduos.
retas paralelas e igualmente espaçadas entre \ \ J I 1500(mg)xlO'
si, cujo sentido é do pala norte para o pala sul. 1.3 (B). ppm 1500
10'(mg)

57
(págs.27-33)
2 (2"r)2 (2"X4)2 42
3.2 (A) a =v =
r
T
r
z;r 4
r 4
1.1 Convecção.
1.2 (8). Um material com baixa condutividade térmica .'j IU r')O 111
tem uma taxa de transferência energética menor; _. 1.1 (O). Quando um raio de luz passa de um meio mais
Quanto maior a sua capacidade térmica mássica maior refringente para um meio menos refringente. o raio
é a energia absorvida pelo material necessário para refratado afasta-se da normal ao plano, uma vez que
Que a sua temperatura se eleve. no meio mais refringente a velocidade de propagação
1.3 (C). Q=mcllT é menor e no meio menos refringente a velocidade de
propagação é maior.
.,.2.=Cl!.T
m 1.2 Quanto maior o índice de refração do meio, menor
é a velocidade de propagação da onda nesse meio .
.2.= 4,1BxlO' x (4-0)= 1,67 x 10' j/lcg 1.3 Vz n1 5
m
vl =n 2 ='4
Quer no verão quer no inverno o nosso corpo irradia
energia na zona do Infravermelho de acordo com a sua . I n1 sincx2 5
n1slna1 naz -=--1--=-4
temperatura, Que é aproximadamente constante. Por n2 s na}
Isso, a radiação Que o corpo emite não depende da es- O ângulo a partir do qual ocorre reflexão total da luz
tação do ano. O nosso corpo também transfere ener- é quando o ângulo incidente é igual ao ângulo crítico
gia sob a forma de calor. Neste caso, a taxa de trans- (limite): neste caso o ângulo de refração é de 90'.
ferência de energia sob a forma de calor é superior no g

inverno pois a diferença de temperatura entre o corpo sin90


sinO, 4 c 5
humano e o melo ambiente é superior. Por isso. a
maior sensação de frio no inverno está relacionada O, = sin-' ( 53,1·
com a maior transferência de energia sob a forma de
calor, e não de radiação, do corpo humano para o meio Ocorre reflexão total para ângUlos incidentes com va-
ambiente. lores superiores a 53,1 11,

Outra sugestão de resolução


1.1 (B). O atleta muda de sentido de movimento duas v2 =? . Isto pode ocorrer Quando a onda passa do
vezes, pois aos cinco segundos e aos sete segundos v, 4
o valor da velocidade muda de sinal. meio C para o meio B. pois a razão entre as velocida-
1.2 (O). Correspondem a intervalos em que a veloci- des destes dois meios é v, 2,5xl0' 5
dade e a aceleração têm sentidos opostos. v, 2,O x l0' 4'
1.3 No intervalo entre os 9 s e os la s, porque neste nl sinal = nzsinaz
intervalo a velocidade mantém-se constante, pelo que
a aceleração é nula. Pela segunda lei de Newton, 1,5slno, = 1,2sin90'"" sinO, ,,;sina,
F. =mã, quando a aceleração é nula a força resultante
também é nula. o, sin-'
Como a velocidade é constante, a aceleração é nula.
2. (C). Y = 5,0 x la" sin(2rr x lO"!) m
Pela segunda lei de Newton, F. = mã, quando a ace-
Pela expressão tem-se Que:
leração é nula a força resultante também é nula.
A (amplitude) = 5,0 x 10" m e w (velocidade ou fre-
WI, =W,+W", =Oj quência angular) = 2n x lO' radls,
W", =-W, 1 2Ir T 2" -'
2" x I0'=1O s,logo
W, = F x d x cosa = 160 x 5x l= BOa j
W" =10' Hz.

2" e T = 2n, tem-se Que: 3. (O). Como o som se propaga no mesmo meio, a sua
. 3.1 (C). Como w = T
velocidade manter-se-á constante: como T = y' se a
w= 2" =lradç' frequência passa para metade, o perfodo passa para
2" o dobro.

68
Gru po I 1.3 Após estabelecido o equilíbrio químico, a cons-
1. 1.10 terceiro estado excitado corresponde ao quarto NO
tante de equilíbrio é dada pela razão r , 1'1' tendo
nivel energético e o segundo estado excitado corres· r NzD-\
ponde ao terceiro nlvel energético. o viJlor de 0,0046. A constünte de equilíbrio não de-
pende das concentrações Iniciais dos reagentes, como
2.18 x 10·"
E, =- 3' 2,42 x 10·19 J se pode verificar ao analisar a última coluna da tabela
onde estão registados os dados obtidos experimen-
2,18 x 10'"
E, = - 4' 1.36x10-19 J talmen te.

IMI=IE,-E.,I =1-2, 42x lO' " - (-1,36 X 10'" li=


°
2.1 (C). átomo central (N) estabelece três ligações
cova lentes simples com os átomos de hidrogénio.

=1,06 ,:10-"J 2.2 (A). Vm=!::


n
(amo a transição ocorre de um nfvel superior para o V
nivel 3, tal corresponde uma emissão na zona do in· Vm
fravermelho. 67,2
(:::)n=-- mal
1.2 (8). A opção (A) ê incorreta porque corresponde 22.4
ao conjunto de números quânticos do eletrão do 2.3 Quando ocorre uma diminuição da temperatura,
átomo de hidrogênio quando se encontra no estado pelo Principio de Le Chateller o sistema ira evoluir no
fundamental de energia. A opção (C) ê Incorreta por· sentido de contrariar a perturbação efetuada, ou seja,
que quando o número quântico principal, n, é igual a no sentido de libertação de energia. Por esse motivo
1, o número quãntlco momento angular só pode ser a diminuição da temperatura favorece as reações exo-
O, dado que este número quântico só assume valores térmicas, (orno a reação de produção de amoníaco é:
compreendidos entre Oe n-1. A opção (O) ê incorreta exotérmica no sentido direto, ê nesse sentido que o
porque quando o número quântico momento anBular sistema irá evoluir e o rendimento aumen ta.
tem valor O, o número quântico magnético só pode as- ,.
sumir o valor O. A opção (8) é correta porque significa Grll p IJI
que o eletrão do atamo de hidrogênio se encontra 1. 1.1 05 iões que mais contribuem para a dureza de
numa das orbitais 2p. uma agua são os catiões câlcio e magnésio.
2. Oespetro do átomo de hidrogênio ê descontinuo. uma 1.2 (8). Algumas das manifestações indesejaveis das
vez que a energia do eletrão no atamo esta quanti· utilização de aguas duras são a diminuição do poder
zada. A energia estar quantizada significa que exis- espumante, a formação de Incrustações nas canaliza·
tem estados fixos de energia para o eletrão no átomo. ções de águas e caldeiras, a corrosão de equipamen·
com certos níveis de energia, e entre esses níveis tos, etc. A dureza da água pode ser mlnlmlzada pela
existem intervalos de energia. No entanto, o eletrão adição de agentes complexantes que reagem com o
nunca poderá ter valores de energia que se situem catião cálcio e o catião magnésio, formando complexos
nesses Intervalos. Cada risca que aparece no espetro solúveis. A adição de metais pesados, como o alumínio,
do átomo do hidrogênio corresponde a uma radiação aumentaria a dureza da água.
emitida pelo átomo quando o eletrão sofre um pro· 2.1 (A). A troca iónica é usada como processo de mio
CESSO de desexcitação (passagem de um nível ener- nimização da dureza da água, enquanto a osmose in-
gético superior para um nivel energético inferior). versa e a destilação são as técnicas de dessalinização
mais usadas.
Gru po \I 2.2 (D) . Dcorre vaporização quando se aquece a água

1. 1.1 A razão \ é tanto maior quanto maior for a


do mar e ocorre condensação quando o vapor de água
entra em contacto com as paredes do condensador.
concentração Inicial de NO, e quanto menor for a con·
centração inicial de N2D".

A razão 1'J é independente da concentração ini·


, .1
dai de N0 2 e da concentração inicial de N2D.j'
1.2 Ao adicionar N,O., provocar-se·á um desequllibrio.
De acordo com o Principio de Le Chatelier, o sistema
Irá evoluir no sentido de contrariar a perturbação efe-
tuada, ou seja, no sentido de consumir N,O, (sentido
direto).

69
,I
I

das radiações ultravioleta, os CFC geram quantidades


significativas de radicais livres de Ct ', Os radicais li-
Grupo I vres de [C, por sua vez, reagem com o ozone, dando
1, 1.1 Azoto (N) origem a outros compostos. Este processo pode ser
1.2 (D), descrito pelas equações químicas seguintes.
So:-(aq) + H,O (I) ;::± HSo;(aq) + oW(aq) CFU, --""-, CFU; +U'
Espécies com caráter básico: e OW [f' +03 -..,. crO+0 2
Espécies com carater acido: HSo; e H,o Clo+o' --> C,.' +0,
1.3 Salienta-se o facto do [f não ser consumido, apenas
2NH3 (aq) + CO,(aq) + H,o (I) --> (NH,),CO,(aq) funciona como catalisador.
(equação 4) 2.2 Nome: triclorofluorometano
(NH" ),C0 3 (aq) +CaSo.,(aq) --> (NH,),So, (aq) + CaC03 (s) Cf
(equação 5)
I
Fórmula de estrutura: F - C- Cf:
I
(UH) = v.-- (: :)
ntlH,

UH)
nNH J = CrIH) X V;lH! ([

2.3 (D). A configuração eletrónlca do estado funda-


",n,,", =1O.oxo.50=S.omol
mentai do atomo de flúor é ,F: 1s22S2 2ps.
Pela estequiometria da reação 4: As opções (A) e (B) são incorretas porque são orbitais
1 1 2s e 2p, respetivamente. que correspondem a orbitais
= Z'n(IIH1J ="2 x 5,0 = 2,Smol de valência. A opção (C) é incorreta porque quando o
número quântico principal, n. é igual a 1, o número
C nCilSO.
= -1/- nLlSO• =C050, X 1/Cil50, quântico momento angular só pode ser O, dado que
(.:ISO,
este número quântico só assume valores compreen-
{:::)nCil50, =20,OxO,30=6,Omol didos entre Oe n -1. A opção (O) é correta porque cor-
responde à orbital 15, que é a única orbital que não é
Pela estequiometrla da reação S. verifica-se que o de valência relativamente à configuração eletrónica
reagente limitante é o (NH,hCO,. Logo. tem-se que: do estado fundamental do atomo de flúor.
n(NtI.),CO j =n(C;;C0 1) = 2.5mol
Grupo II I
M,r.co" = 100.09 glmol
L 1.1 O titulante é a solução de NaoH, dado se conhe-
m(CJC011
cer rigorosamente a sua concentração.
((ilCOjl
NaoH (aq) -4 Na'(aq) + oW(aq)
<:=) = x M[cJcoJ ) = 2,5 x 100,09 = 2,5 x 10 2 g
Como NaoH é uma base forte
Grupo II [NaoH]=[oW]=o,loo molldm'

1. 1.1 (D). O dióxido de carbono é a única substância A 25 'C, K", = 1,00 X 10-14
composta referida na tabela I, dado ser constituida por 1(., = [H,o' J [oW J '" [H,o' J= J
átomos de elementos químicos diferentes.
1.2 (B). A ligação que se estabelece entre os atamos H o'J 1,00x10" "
[
de oxigênio, na molécula considerada, é cova lente "', 0.100
dupla, ou seja, ocorre com partilha de dois pares de '" [H,o' J = 1,00 x lO-l 'molldm'
eletrões. que corresponde a quatro eletrões Iil5antes.
1.3 =!'2= nxM pH=-log[H,o' J=-log(1,oOx10-13 ) = 13
P V Vmxn Vm 22.4 1.2 (C), O sal resultante da titulação é NaCH,COo,
1.4 (A), Oozono estratosférico por vezes é designado por constituído pelos iões Na' e CH,COO', Oião Na' é neu-
"bom ozono", uma vez que filtra as radiações UVB. Oozono tro, enquanto que o ião CH,COo' reage com a agua de
troposiérico por vezes é designado par "mau azone': uma acordo com a reação seguinte:
vez que produz efeitos tóxicos nos seres vivos. CH,COo-(aq) + H,o (r') ;::± CH,COoH (aq) + oW(aq)
Z. 2.1 Esta ide ia deixou de ser aceite, uma vez que os tendo por isso um comportamento de uma base fraca,
CFC são compostos quimicamente estavels na tropos- uma vez que a sua hidrolisação não é completa,
fera, No entanto, revelaram-se muito reativos a nível 2, (D). Ozinco só poder.i proteger o ferro se o seu poder re-
da estratosfera. Na estratosfera/camada de ozone, os dutorfor superior ao do ferro. Pelo mesmo motivo os iões
CFC sofrem a ação das radiações ultravioleta. Por ação ferro são oxidantes mais fortes do que os lões de zinco.

70
Grupo IV 2
v Gx m
m X _Ç) __ f =v 2
1. 1.1 (O). Uma voz que o trabalho de força de resistên - ' r r
cia do ar e desprezável. a energia mecânica mantém-
-se constante, O gráfico A adequar-se ia à energia
potencial e o gráfico O adequar-se ia à energia ciné-
tica,
1.2 (O). Pela conservação da enorgia mocãnica, tem-se 6,67 x 10-11 x S,98 x lO' "
que: 3,3 x 10' m/s
6.4 x lO' + 3,O x 10'

Grupo V
1. 1.1 (C). P LIt= f= 2090 x 6,0 s
." v' = 9,8 x 12 x 2 '" v = ,,"'2-=,3'"'S'-x""1-:0"" = lS,3m/s
ót P 20

1.3 (C). Depois de at ingir a altura máxima, a água cai 1.2 Sendo que a energia que não se dissipou corres-
sujeita à aceleração gravitica. Logo, a sua velocidade ponde à energia efetivamente utilizada no aqueci-
aumenta uniformemente ao longo do tempo, adqui- mento (energia útil).
rindo por isso movimento retilíneo uniformemente Q=m x c xlH
acelerado. "" Q=0,200 x 4,18x 10' x 2,0 =1, 7 x lO' J
2. 2,1 (O), A opção (A) é incorreta, uma vez que o par
ação-reação da força gravítica que atua no livro é a 1.3 Otermámetro de mercúrio é um Instrumento ana-
força que o livro exerce sobre o planeta Terra. As op- lógico, a incerteza associada às leituras nele
ções (8) e (C) são incorretas porque a aceleração gra- efetuadas determina-se pela metade da menor divi-
vítica é independente da massa dos objetos. A opção são, Assim. tem-se:
(O) é correta porque a força exercida pelo ch50 na 02
e
mesa não o par ação-reação da força gravítica que Incerteza = -t= 0,1 ' C
atua no corpo, pois ambas atuam no mesmo corpo
(possuem o mesmo ponto de aplicação). 8=(4,0 ± 0,1) ' C
2,2 Usando a equação das velocidades, tem-se que:
vy=VOy+ot GiUpO VI

."4,0=0-lO x t.,,t= :g =0,40s


1, 1.1 (C) [orno o albedo terrestre ê 30%. sô 70% da ra-
diação solar é que contribui para o aumento da ener-
Pela equação das posições, tem-se que: gia interna do planeta. Por isso a fração da constante
1 solar na expressão solicitada é 0,70. Como só o equi-
Y=Yo+VOY + D x t 2
Z valente a um quarta da superfície da Terra é que ab-
1 sorve a radiação solar, em cada momento, na expressão
O=h+O- x lO x 0,40'''' h=O,80m
Z solicitada devera estar escrito um quarto da area total
3. 3.1 (A). De acordo com a expressão F, = veri-
r da superfície da Terra, ou seja, x 4" R" = "R".
fica-se que a força gravítica depende da massa da
Terra, da massa do satélite e da distãncia entre o cen- 1.2 (B). O aibedo nos palas é superior ao albedo nas
tro da Terra e o centro de massa do satélite. zonas tropicais uma vez que as superfícies brancas e
[orno as massas da Terra e do satélite não variam e geladas são boas refletoras de radiação.
o ra io da órbita se mantém constante, a intensidade 2. (C) O principal gás responsável pelo efeito de estufa
da força gravitaclonal também se mantém constante. é o cai'! ' Este deixa transmitir parte significativa
A opção (8) é incorreta porque a força exercida pelo da radiação UV e visível emitida pelo Sol. No entanto,
satélite na Terra tem como par ação-reação a força absorve a radiação infravermelha emitida pela Terra,
exercida pela Terra no satélite, pelo que a intensi- contribuindo para o aumenta da sua temperatura glo-
dade das forças é a mesma. A opção (C) é incorreta
bal média.
pois a aceleração do satélite tem a direção perpendi-
3, Os cobertores tradicionais não são fontes de energia,
cular à da velocidade orbital, A opção (O) é incorreta
ou seja, não transferem energia sob a forma de calor
pois a aceleração do satélite tem a direção da força
gravitacional. para as pessoas, Um bom cobertor tem uma baixa
/ 3.2 A força gravitacional é a responsável pelo movi- condutividade térmica, ou seja, a ta xa temporal de
mento circular do satélite em torno da Terra. transferência de energia, sob a forma de calor, por
3.3 Operíodo dos satélites geostacionarios (24 h) é o condução. do ser humano para o exterior, é bastante
dobro do perrodo dos satélites do sistema GPS (12 h). menor se o cobertor estiver muita perta de nós,

71
,." ,
II I

(pags.41-47) Vy = VOy + at Vv =0- gt Vv =-lO x 0,49

",v,.=-4,9m/s
. 1.1 (A). Para haver produção de neve, é necessário v=JV 2, +V y2
haver diminuição da energia interna do sistema. [orno
a troca de calor com o exterior é praticamente nula, ." V = J8,0'·H-4.9)'
lal como é referido no texto, a diminuição de energia
"" v = 9,4 m/s
interna é feita pela perda de energia sob a forma de
trabalho. Logo, é o sistema que efetua trabalho sobre O alcance da água é de 3,9 m e o valor da velocidade
o exterior. com que a agua atinge o sola é de 9.4 m/s.
1.2 Deposição (ou sublimação, pela passagem da água " 2.1 (O). As opções (A) e (8) são incorretas pois, apesar
diretamente do estado gasoso para o estado sólido). do valor da velocidade e do valor da aceleração se
'_. 2.1 Para haver elevação máxima da temperatura, con- manterem constantes, a direção da velocidade e a di-
sidera-se que todo o trabalho realizado contribuiu reção da aceleração alteram-se a todo o momento. A
para o aumento da energia interna do sistema. opção (C) é incorreta pois a altura da cadeira altera-se
a todo o momento. Logo, a todo o momento altera-se
E/,,,,"", =Px M = 1,5x10' x 60x2 = 1.8x10' J
a sua energia potencial. A opção (O) é a correta pois,
EJCI1Ie":kl = EU'iI =1.8 x l0' J como o valor da velocidade se mantém constante. é
constante também a energia cinética da cadeira.
EIiIil =m x cxAT
60
2.2 T=-=15s
4
mx[ z'rxr
v=--
= ilT= 1,8xlO' T
5,Ox4,18xl0' = v= 2;r x 40 =16,8m/s
15
""<lT=8,6K
v'
2.2 A energia fornecida não é totalmente convertida a=-
, r
num aumento de energia interna. uma vez que hâ
perda de energia sob a forma de calor para o exterior. "" a, = = 7,1 m/s '

Grllr JI 3. 3.1 (O). W, =-l>E,


L 1.1 (C). As opções (A) e (8) são incorretas porque, con- <lE, = E" -E" =mgh, - mgh, =mg(h/ -h,)=
siderando desprezável o efeito de resistência do ar. a = 250 x g x (lD-l)=250 x gx 9 J
força resultante sobre a agua é igual aforça gravltica.
W,=-250 x g x 9J
A força gravitica mantém-se praticamente constante
durante a queda da água. A opção (O) é incorreta por- 3.2 .6.Em =W"tI,=óE, + ilEp
que, considerando desprezavel o efeito de resistência
'E ,= Ecr- E , 1
a =lZ xmxv/-Z"xmxv
1
,r =Zxm x (v/" - vsl
do ar. a velocidade da água aumentará devido à acele·
ração gravitica. A opção (C) é correta porque o tempo 1
de queda é independente da velocidade horizontal da '" <lEr =Z x250 x (16,0' -20,0')=-1,BO x I0' J
água. A componente vertical da velocidade aumenta
l>E, = E" -E. =mgh, - mghi =mg(h, -h,)=
nearmente com o tempo e de igual forma, seja numa
queda livre ou num movimento com componente hori- =250 x lO x (10-1)=2,25 x l0' J
zontal. logo, o tempo de queda é o mesmo.
1.2 Pelas equações do movimento tem-se: l>E. = <lEr +l>E, =-1.80 x10' +2,25 x lO" =

1 1 12Xh = 0,45 x lQ"' =4.5 x l0' J


Y = y, +Vo/+ ot' "" 0= h+O-zgt; "" t" =
z Wi N' = 4,5 x 10' J
lXl,2
=t,= -w""t,=0,49S
Grur 111
. 1.1 Cálculo do valor mais provavel:
'" x =0 +8,Ox0,49 0= 5,18+5,20+5,21+5,19+5,20+5,16 -5,19 V
""x=3,9m 6

72
Determinação dos módulos dos desvios de cada valor 2.2 (8). A opção (A) é incorreta, pois o raio do catião
medido em relação ao valor mais provável: formado é inferior ao do átomo que lhe deu origem.
dI =15,18 - 5,191=0,01 V As opções (C) e (O) são incorretas, pois apesar de
d, = 15,20-5,191= 0,01 V ambos os iões terem a mesma configuração eletrô-
d, =15,21-5,191= 0,02 V nica, o Mg tem maior número de protões a exercer
d, =15,19-5,191=DV atração sobre os eletrões, pelo que o raio do ião mag-
nésio é inferior ao raio do ião sódio. A opção (B) está
ds =15,20-5,191=0,01 V
correta pois, de uma forma geral, entre elementos do
d, =15,16 - 5,191= 0,03 V
mesmo período o aumento da carga nuclear contribui
d 0,01+0,01+0,02+0+0,01+0,03 0,01 V para a diminuição do raio atómieo,
m 6
2.3 (C). Apesar de ter valores muito elevados, o hélio
O valor solicit ado pode ser apresentado pelo valor tem dois eletrões, pelo que existe a l.aenergia de io-
médio com o valor médio dos desvios, ou pelo valor
nização e a 2.' energia de Ionização para o átomo de
médio com o maior valor dos desvios.
hélio.
u= (5,19±0,01) V
ou Gru po II
U=(5,19±0,03)V !. 1.1 a ligação existente entre os átomos de
oxigénio é covalente dupla (ocorre com partilha de
1.2
dois pares de eletrões).
p=D xT 1.2 (D). A geometria da molécula de dióxido de car-
T 8,35 ·,·8,37+B,36+8,35+8,36+8,37 B,36A bono é linear porque o átomo central (C) estabelece
6 duas ligações covalentes e não possui dupletos não
p=D xT=5,19xB,36=43,4W ligantes. A geometria da molécula de água é angUlar
porque o átomo central (O) estabelece duas ligações
1.3 Uma das razões justificativas para a diferença
covalentes e possui dois dupletos não ligantes que re-
entre o valor experimental e o valor teórico pode ser
pelem os pares de eletrões ligantes.
o facto de o bloco em estudo não ser de cobre 100%
1.3 M(CH.,)= 16,01 glmol
puro. Outra razão justificativa para a diierença obtida
pode ser o facto de haver perdas de energia sob a M='!!.
forma de calor para o exterior através das paredes do n
bloco, Nesse sentido, o bloco não deveria ter sido co- m 3,00 x 10' 187 lO' I
locado diretamente sobre a bancada, mas sim reves- M 16,01 , x mo
tido por um material isolante como, por exemplo, a
L\H= -B90,4 x lO' x 1,87 x 10' =-l,66 x 10' J
cortiça.
o sinal negativo significa que são libertados l.66xl0 BJ
GnlllO 1\1 para o exterior.
1. 1.10 tH e o iH são isótopos. nH;O = 2 x nOl,
1.2 (8)
_ 2 moi
1 nH,o- N 602 :< 10Z3
mal
-;:-;:-0;--:;-;::"-
6,02 x 10-
,, " .
MH" =18,02 glmol
B
B , 1 5,2x10 x 10' J
E=5,2 x lO xlO x 6 ,02 x 10" 6,02 x 10"
m H, Q

. nu;o
1.3 (O)
= MHj O x nu"o
• Pela conservação do número de protões, tem-se que:
2+1= x+1<=> x =2 18,02 x 2
Ç:;) mll;D 5,02 x l0 B g
• Pela conservação do número de massa, tem-se que:
3+1=y+0<=>y=4 1.4 (A). Pela estequiometria da reação química, tem-se
.. O elemento que tem 2 como número atômico ó o He. que:
2. 2,1 Na': 1s' 2s' 2p'
Mg" : 1s' 2s' 2p' C. 2.1 Por exemplo: inflamável, tóxico por inalação, pro-
O elemento com a mesma configuração eletrônica voca lesões graves na pele, nos olhos e nos pulmões,
destes iões é o gás nobre Ne (néon). consoante o tempo de exposição e/ou a concentração.

I
73

J
2.2 (A). óH:::: - :L E'KJ Itlf'[Idutas] ' 1:1'111 ' 48·55)

ClH = E".(N '" N) + 3 x E".(H-H)- 6 x E".(N -H)


Grupo I
ClH=956,2+3 x 436,4-6 x393
1. 1.1 Para valores abaixo du frequêncla mínima de re-
ClH = -92,6 kJ/mol
moção. a emissão de eletrões é Independente da du-
Quando 6H , Oa reação é exotérmica, o que significa ração da iluminação do metal (não ocorre emissão de
que a energia libertada na formação de ligações (dos eletrões abaixo desse valor de frequência).
produtos) é superior à energia absorvida na rutura de 1.2 (O). A opção O é incorreta uma vez que a energia
ligações (dos reagentes), cinética dos eletrões aumenta linearmente com o au-
mento da frequência da radiação incidente, mas só
Gru po VI
°
1. 1.1 (8). ferro encontra-se na forma oxidada nos mi-
nérios. Para a extração do ferro é necessário proceder
para valores superiores ao da frequência mínima de
remoção.
A opção A é correta porque o valor da frequência mi-
à sua redução. O redutor dos iões ferro é o carbono, nima de remoção de cada um dos metais representa-
que durante o processo vai se oxidar. dos é igual ao valor da frequêncla de radiação
1.2 (C). Fe,O, incidente para o qual a energia cinética é nula. Desta
2x n.o (Fe)+3xn.o. (0)=0 forma. pode verificar-se que o metal que apresenta
2xn.o. (Fe)+3x(-2)=0 menor frequência mínima de remoção é o sódio e o
que apresenta maior frequência minima de remoção
n.o. (Fe)=+3
é o níquel.
2. 2.1 (D). A opção (A) é incorreta, uma vez que como o A opção 8 é correta porque o met.al que apresenta
1( •• do AgCl é superior ao 1(,. do AgI. Com a adição de maior frequência mínima de remoção é o níquel. (orno
iões prata e iões cloreto, a primeira espécie contendo a frequência é inversamente proporcional ao compri-
prata a precipitar será o AgI. As opções (8) e (C) são In- mento de onda, será o níquel o elemento que apre-
conclusivas, pois consoante a concentração do AgCl senta menor comprimento de onda correspondente à
adicionada, a concentração de Ag' pode ultrapassar o respetiva frequência mínima de remoção.
limite da solubilidade e o Agi precipita, ou o volume A opção ( é correta uma vez que Emu :: E,em + E{' se-
adicionado pode contribuir para a diluição das soluções gundo a informação contida no texto E = hf, tem-se
para que estas não precipitem. Como não é indicada a E, =E",,- E.m" E, =hf- hfo" E, =h(f-fo!, em que
concentração de AgCl adicionado, não é possível con- ié a frequência da radiação e ia é a frequêncla mínima
cluir quanto à formação de um precipitado. de remoção, característica de cad a metal em causa.
2.2 k,, =[Ag' ]x[CI-] De acordo com a expressão E, = hlf - fo!, verifica-se
kps:::::sxs efetivamente que h (constante de Planck) representa
o declive das retas representadas. Por observação do
srãfico verifica-se que as três retas apresentam a
mesma inclinação, logo terão o mesmo valor de
<=> 5 = .J'rI':".6-x-I-0C:--""'1O clive.
1.3 = h x f .. r ......
<=> 5 = 1,3 X 10-Smolldm'
H
Emm:n1JdCremo,Jc =6,626 xl0- H x 8,89xl0
E mlnlmJ dCtemo\Jc =5,89 X lO-I!] J
= 1,50 x l0- 1!l J
= + E Wm'r;J
= EtlnéllGl = -

1,SO x l0-11i - S,89x 10- 19


j
1 ,
E Cine"Q = '2 x m clcuJc x v
2X
mc lCIIJc
19
; Zx9.11x10- =141 x 10' mls
<=>v 9,l l x 10-11 •

74

I'
1.4 (D). A opção D é correta uma vez Que 1.3 M" ,.\.I = 30.0S glmol
EraUiaç,'iO = + ECIIlÓllcJ'

Logo. EclnállCJ = - e se o valor da _ m"",.,


n((.H. )---<:::;on(C,Hd - - - S - '
_ 75.0 _ 2 49
mo I
ener§ia da radiação incidente for i§ual ao valor da ,• """ '''' ," 30.0
energia de remoção a energia cinética do eletrão re- Pela estequiometria da reação:
movIdo será nula,
2C,H, (g) + 7 O, (§)-. 4 CO, (g) +6H,O(g)
A opção A é incorreta uma vez que aumentando a in-
tensidade da radiação incidente aumenta o número 7 7
de eletrões emitidos. Quando se aumenta a frequên -
n,o, ,=2 x n","" =2 x 2.49 =8,72mol
da da radiação incidente a energia do eletrão remo-
vido aumenta. Vm
v xn
n m
A opção B é incorreta uma vez que o eJetrão é remo-
"" V = 22.4 x S. 72=1.95 x lO' dm'
vido quando a ener§ia da radiação incidente é igual
ou superior à energia mínima de remoção, e não só 1.4 (C). Pela estequiometria da reação:
quando a energia da radiação incidente é superior.
2C,H, (g)+ 7 O, (§)-+ 4 CO, (§) +6H,D(g)
A opção C é incorreta uma vez que, para valores de
frequência sucessivamente maiores, superiores ao da 6
frequência minima de remoção. o eletrão é removido
n(H;O) =Z x n(C;fi;) =3 x n{C"H,; )
com valores de velocidades sucessivamente maiores, Cada molécula de ógua possui dois pfJres de eletrões
dado a energia cinética do eletrão removido ser su- ligantes, Como por cada molécula de etano consumida
cessivamente maior. se obtêm três moléculas de água. o número total de
2. 2,l l7 (r 1s' 2s' 2p' 3s' 3p' pares de eletrões ligames formados é seis.
"5" 1s' 2s' 2p' 3s' 3p'
Os iões cloreto e sulfureto são isoeletrónicos, uma vez Grupo III
que possuem o mesmo número de eletrões (lS).
1. 1.1 A equação de ionização do ácido nitroso é:
2.2 (D), A opção D é a correta e a (é incorreta porque:
- a carga nuclear do ião cr é superior à carga nuclear HNO, (aq) + H,O (I') : ' NO;(aq) + H,O' (aq)
do ião sz-;
I:m que NO, é a base conju§ado do HNO, e H,O é a
- os iões cr e 5z- apresentam a mesma configuração
base conjugada do H,O-.
eletrónica (no estado fundamental). o núcleo do ião
er exerce maior atração sobre os eletrões do que o
1.2 (S). ° HF é um ácido mais forte. uma vez que a
sua constante de acidez é a maior de todos os ácidos
núcleo do ião 52-;
apresentados na tabela I, Como o CN' é a base conju-
-logo o ião 52- tem um raio superior ao do ião eL
gada do H(N (ácido mais fraco apresentado) e quanto
As opções A e B são incorretas porque o raio do ião
mais fraco for um ácido mais forte é a sua base con-
cloreto é superior ao raio do átomo de cloro, assim
jugada. CN' é a base conjugada mais forte.
como o raio do ião sulfureto é superior ao raio do
1.3 A equação de ionização do ácido fluorídrico é:
átomo de enxofre, uma vez Que o raio de um anião é
sempre superior ao ralo do átomo que lhe deu ori- HF (aq) + H,O (i.) F'(aq) + H,O- (aq)
gem. O raio dos aniões é sempre superior ao raio dos
átomos que lhes deram origem porque. para a mesma
[F').,=[H,D-),,= X
carga nuclear, os aniões possuem maior repulsão ele-
trónica. [HF) ".= 0,400 - X = DADO molldm'

Grupo II IC
[F-JCf! x [H3D'] eq

1.1.1 A geometria é tetraédrica em torno de cada , [HFl"


átomo de carbono. As ligações estabelecidas entre os 6 S 0-1 X X X
átomos de carbono entre si e com os átomos de hidro- "" • x l =0400
génio são cova lentes simples. X'
",,6.Sx10-1 =D.400
1.2 (8). A opção correta é a B uma vez que todas as
reações de combustão são exotérmicas. Logo, quando "" x= x 10 " x 0.400 =O.0165moll dm'
realizadas em sistemas fechados libertam energia
para o exterior. pH = -lo§[H 3 0·) = -log(0.0165) = 1.78

75
r

lA De acordo com o gráfico 2 verifica-se que o pH do inicial são nulas. o que implica que a variação da ener-
ponto de equivalência é 8,5. Consultando a tabela 11. gia cinética é nula, Logo, AEm=AE p =W,. e, por-

tanto a fenolftaleína como o azul de timol são ade- tanto, e Independente do percurso seguido.
quados para esta titulação, uma vez que o pH do A opção C é correta porque, tal como indicado ante-
ponto de equivalência (8,5) está contido na zona de riormente. o trabalho da força externa é indepen-
viragem dos dois indicadores. No entanto, o azul de dente do percurso seguido. Para o percurso BC a
tlmol é o indicador mais adequado porque a sua zona distância percorrida é maior, logo para o mesmo valor
de viragem (8,0-9,6 ) é mais estreita do que a zona do trabalho realizado pela força exterior, menor terá
de viragem da fenolftaleína (8,0-10,0), sendo por isso de ser a intensidade da força externa.
um indicador âcido-base mais preciso. 1.2 (6). AEm = IlEp + IlE, Como o corpo parte do re-
pouso no ponto Be fica em repouso no ponto Ctanto
Grufl O IV a velocidade final como a inicial são nulas, o que im-
1. 1,10 sistema GPS é descrito em termos de três com- plica que a variação da energia cinética é nula. Logo,
ponentes: componente do utillzador, componente es- AEm=AEp
pocial e a componente de controlo, co óEm=mg(h,-h,)
1.2 Como os dois ciclistas se movimentam com a Como h, =0
mesma velocidade e esta é constante, a distância que AEm=mgh
os separa pode ser calculada por:
1.3 (8). Quando o corpo é largado do ponto Ce segue
Ax
v <=> Llx lf x ót o percurso até B. considerando a ausência de atrito, a
M
força resultante tem como valor da componente tan-
." Ax = 15 x 40=600m
gencial o peso. Como o peso é constante, também é
Se o ciclista que se encontra mais afastado está a 8 km constante a aceleração sentida pelo corpo. Desta
I, da meta, ou seja 8000 m, a distância do outro ciclista forma ficará animado com movimento retilíneo unifor-
à meta pode ser calculada por: memente acelerado.
8000 - 600 = 7400 m lA Durante a descida só atuam no corpo forças con-
1.3 Os ciclistas usam folhas de papel debaixo do equi- servativas (forças internas), nomeadamente o peso e
pamento porque o papel possui uma baixa condu ti vi- a reação normal. Oeste modo existe conservação da
dade térmica, logo funciona como um bom isolador energia mecânica, pelo que a energia mecânica em C
térmico. Desta forma, reduz as perdas de energia sob é Igual à energia mecânica em B.
a forma de calor do corpo do ciclista para o exterior.
1.4 (B). Quando uma bicicleta se desloca numa traje- 1
tória retilínea, a velocidade linear é igual para ambas z
::::m x g x h+ x mx v2
as rodas. Como v:: wr, tem-se que. quando o raio da 1
roda de trás se reduz para metade, a velocidade an- ." E"" =10,O x lOx2,O+'2 x lO x O'
gular duplica de forma que a velocidade linear se man- ."E"" J
tém constante.
2 . Se a inclinação da espira variar, a area da espira Que E", = Em, =2,Oxl0' J
vai ser atravessada pelo campo magnético vai Vari<lf, 1.5 Para que o trabalho do peso fosse nulo o corpo teria
o que vai provocar uma variação do fluxo magnético. de se deslocar numa superflcle horizontal, pois dessa
Havendo variação de fluxo magnético na espira. forma o peso e o deslocamento têm direções perpen-
induz-se desta forma uma força eletromotriz. diculares (o peso teria direção vertical e o desloca-
mento teria direção horizontal). Como W = Fdcosa, se
rU(J o V IX = 90' , então W, = OJ.

1. 1.1 (C). A opção A é incorreta uma vez que a variação


da energia potencial nos dois percursos indicados é a irUI,O VI
mesma porque as alturas iniciais e finais são 1. 1.1 (A). A temperatura ambiente é a registada antes
AE, =mg(hl-h,) . do arrefecimento da água com os blocos de gelo, e
A opção B é incorreta uma vez que W. =-AE,. Se óE, também a temperatura para a qual a água tende de-
é a mesma nas duas si tuações o trabalho do peso pois dos cubos de gelo terem fundido.
também. 1.2 Quanto maior for a temperatura da água maior é
A opção D é incorreta porque AEm AE, + AE, e como a diferença entre a temperatura da água e a tempe-
o corpo parte do repouso do ponto B e fica em ratura dos blocos de gelo, pelo que a transferência de
repouso no ponto C tanto a velocidade final como a energia da água para os blocos de gelo é mais rápida.

76
ProposíUJJS de tresolução

lA De amrdo mm o gr.ifico 2 verifica-se que o pH do inicial são nulas, o que implica que a variação da ener-
ponto de equivalência é 8.5. Consultando a tabela 11. gia cinética ê nula. Logo, âEIII =llEp=WF.. e, por·
tanto a fenolftaleína (orno o azul de timoI são ade- tanto. é Independente do percurso seguido.
quados para esta titulação. uma vez que o pH do A opção C é correta porque. tal como indicado ante-
ponto de equivalência (8.5) está contido na zona de riormente, o trabalho da força externa é indepen·
viragem dos dois indicadores. No entanto. o azul de dente do percurso seguido. Para o percurso BC a
timol é o indicador mais adequado porque a sua zona distância percorrida é maior, logo para o mesmo valor
de viragem (8.0-9.6 ) é mais estreita do que a zona do trabalho realizado pela força exterior. menor terá
de viragem da fenolftaleína (8.0-10.0). sendo por isso de ser a intensidade da força externa.
um indicador ácido-base mais preciso. 1.2 (8). "Em =llE, + llE, Como o corpo parte do re-
pouso no ponto 8e fica em repouso no ponto C. tanto
Irupo 1\1 a velocidade final como a inicial são nulas, o que im-
1. 1.10 sistema GPS é descrito em termos de três com- plica que a variação da energia cinética é nula. Logo,
ponentes: componente do utillzador. componente es- llEm = llE,
poeial e a mmponente de controlo. ... llEm=mg(h,-h,)
1.2 (orno os dois ciclistas se movimentam com a Como h, =O
mesma velocidade e esta é constante. a distância que llEm=mgh
os separa pode ser calculada por:
1.3 (B). Quando o corpo é largado do ponto C e segue
llX
V=-e:>óx=vxót o percurso até a, considerando a ausência de atrito, a
M força resultante tem como valor da componente tan-
... llX=lS x 40=600m
geneial o peso. Como o peso é constante. também é
I
Se o ciclista que se encontra mais afastado está a 8 km constante a aceleração sentida pelo corpo. Desta
\! da meta. ou seja 8000 m. a distância do outro eiclista forma ficará animado com movimento retilíneo unifar·
à meta pode ser calculada por: memente acelerado.
8000 - 600 = 7400 m lA Durante a descida só atuam no corpo forças con-
1.3 Os ciclistas usam folhas de papel debaixo do equi- servativas (forças internas), nomeadamente o peso e
pamento porque o papel possui uma baixa condutivl- a reação normal. Deste modo existe conservação da
dade térmica. logo funciona como um bom isolador energia mecânica, pelo Que a energia mecânica em [
térmico. Desta forma, reduz as perdas de energia sob é Igual à energia mecânica em B.
a forma de calor do corpo do ciclista para o exterior. EI71.' =EI!tJ
1.4 (8). Quando uma bicicleta se desloca numa traje- 1
tória retilínea, a velocidade linear é igual para ambas
as rodas. Como v = "'r. tem-se que, quando o raio da 1
roda de trás se reduz para metade. a velocidade an- ... E"" =1O.O x lO x 2.0 + 2'x10 x O'
gular duplica de forma que a velocidade linear se man-
... E"" =2.0 x 10' J
tém constante.
2. Se a inclinação da espira variar, a área da espira que E" = Em, =2.0 x 10' J
vai ser atravessada pelo campo magnétiCO vai variar, 1.5 Para que o trabalho do peso fosse nulo o corpo teria
o que vai provocar uma variação do fluxo magnético. de se deslocar numa superffcle horizontal, pois dessa
Havendo variação de fluxo magnêtico na espira, forma o peso e o deslocamento têm direções perpen-
induz-se desta forma uma força eletromotriz. diculares (o peso teria direção vertical e o desloca-
mento teria direção horizontal). Como W= Fdcosa. se
Grup o V O{ 90', então W, = OJ.
1. 1.1 (C). A opção A é incorreta uma vez que a variação
da energia potenCial nos dois percursos indicados é a Grupo VI
mesma porque as alturas iniciais e finais são iguais, 1. 1.1 (A). A temperatura ambiente é a registada antes
llE, =mg(h,-h,) . do arrefecimento da água com os blocos de gelo, e
A opção 8 é incorreta uma vez que W; = -óEp ' Se llEr também a temperatura para a qual a água tende de-
é a mesma nos duas situações o trabalho do peso pois dos cubos de gelo terem fundido.
também. 1.2 Quanto maior for a temperatura da água maior é
A opção Oé incorreta porque llEm = llE, + óE, e mmo a diferença entre a temperatura da água e a tempe-
o corpo parte do repouso do ponto B e fica em ratura dos blocos de gelo. pelo que a transferência de
repouso no ponto C. tanto a velocidade final como a energia da água para os blocos de gelo é mais rápida.

76
Quanto maior for a temperatura da água menor é a di- (págs.56-63)
ferença entre a temperatura da água e a temperatura
do meio exterior, pelo que a transferência de energia iruf10 !
do meio exterior para a água é mais lenta.
1. 1.1 Dispersão da luz branca.
À medida que a temperatura da água diminui, menor
1.2 (B) A luz solar é uma luz branca poli cromática, isto
é a diferença entre a temperatura da água e a tempe-
é, constituída par radiações de diferentes cores, que
ratura dos blocos de gelo, pelo que aqui as transfe-
constituem o espetro visível da luz branca. Newton
rências energéticas são sucessivamente mais lentas.
verificou que a IU2 solar era uma mistura de várias
A diferença entre a temperatura da água e a tempe-
cores quando num dos lados do prisma Incidiu luz
fatura do meio exterior é maior, pelo Que aqui as
solar (luz branca) e do outro lado saiu um feixe de luz
transferências energéticas são sucEssivamente mais
colorida.
rápidas. Desta a forma, a temperatura da água de-
1.3 Uma situação da Natureza que acorre com base
cresce a uma taxa temporal cada vez mais baixa.
1.3 (D), A opção D equivale a afirmar que a energia
no fenómeno evidenciado no texto é o arco-íris.
2. A propriedade das ondas que permite que tal situação
recebida pela água sob a forma de radiação e sob a
forma de calor do exterior é ligeiramente superior à aconteça é a difração e está associada à capacidade
energia transferida sob a forma de calor da água para que as ondas possuem em contornar os obstáculos. O
os blocos de gelo. Logo, a temperatura da água au- fenómeno da difração só ocorre de forma apreciável
menta ligeiramente, como se pode verificar no gráfico. quando a ordem de grandeza do comprimento de
A opção A está incorreta porque quanto maior for o onda da radiação é a mesma das dimensões do obs-
diferencial de temperatura entre um sistema e o meio táculo. Pode ocorrer com qualquer tipo de ondas, me-
exterior, maior é a velocidade de transferência de cânicas ou eletromagnéticas, no entanto as ondas
energia sob a forma de calor. sonoras (e as eletromagnéticas de maior comprimento
A opção B está incorreta porque não é o gelo que de onda) contornam com facilidade obstáculos de
transfere energia sob a forma de calor para a agua, grandes dimensões, pais possuem maiores compri-
uma vez que a temperatura da gelo é mais baixa e as mentos de onda. Desta forma, propagam-se em todas
tran<lerências de energia sob a forma de calor dão-se as direções, o que permite que consigamos ouvir uma
de corpos a uma temperatura mais elevada para pessoa que se encontra numa divisão afastada de
pos a uma temperatura mais baixa, onde nos encontramos, mesmo que não a estejamos
A opção C está incorreta dado que, se a energia rece- a ver. As ondas eletromagnéticas também podem so-
bida pela água sob a forma de radiação e sob a forma frer difração, mas é mais diffcil porque de uma forma
de calor fosse ligeiramente menor da que a energia geral, para as observações do dia a dia, a ordem de
transferida sob a forma de calor da água para os blo- grandeza das dimensões dos obstáculos é superior à
cos de gelo, a temperatura da água iria diminuir, a que do comprimento de onda da radiação.
não sucede.
1.4 (C). Mantendo-se as condições exteriores, tem-se Gmp li
a mesma quantidade de gelo para ser fundida. Por L 1.1 (D). O valor da força centrlpeta é calculado através
isso, a calor absorvido pelos blocos de gelo vai ser o
da expressão:
mesmo que na situação anterior. O arrefecimento da
Fc = mmouelo x v2r
água é dado pela transferência de calor desta para os
'" F, = 7,26 x 2522
blocos de gelo. No entanto, a quantidade de água
1.2 A força exercida pelo martelo no homem e a força
nesta situação é superior à in1clal, uma vez que já
exercida pelo homem no martelo constituem o cha-
tém os três blocos de gelo inicialmente adicionados,
mado par ação-reação. Como tal, possuem a mesma
que entretanto se encontram à temperatura am-
intensidade, a mesma direção, sentidos opostos e
biente. Como a energia tran<lerida pela água para os
pontos de aplicação em corpos diferentes. A força
cubos de gelo é a mesma, mas a quantidade de água
exercida pelo martelo no homem tem o ponto de apli-
é maior, menor será a variação de temperatura
cação no homem e a força exercida pelo homem no
tida pela água relativamente à situação inicial.
martelo tem o ponto de aplicação no martelo.
1.3 Pelo teorema da energia cinética tem-se:

t1Ec=E't -Ec,
1
fiE, = Z'x mx{v; - v;)

77
Grupo IV
"",:,.E
, 2 1. 1.1 Oeteção de radiação cósmica de fundo, expansão
"" ':"E, =2,27 x 10' J do Universo, abundância dos elementos mais leves
(hldrogénio e hélio).
I Wn. =M, =2,27x10' J 1,2 O ano-luz corresponde adistância percorrida pela
I luz durante um ano, logo 8,26 a.1. corresponde " dis-
1.4 (A). W, = -Mp
IiEP =EPJ -Ep, tância percorrida pela luz durante 8,26 anos.
1 an9 =365 dias x 24 horas X 60 min X 60 s =
"" IiE, =mxgx(h, -hi )
= 31 536 000 = 3,15 X lO' 5
""dE, =4,O x gx(1,80-0)
8,26 anos = 8,26 x 3.15 x lO' = 2,60 x 10' s
""t,Ep =4,O xgx1,80J d
c=-
W,=-dE, =-4,O x g x 1,80J l1t
d= ex ôt
2. 2.1 (O). A opção O é a correta, uma vez Que o '" d = 3,00 x 10' x 2.60 X 10'
ar aquece torna·se menos denso, tendo por ISSO um "" d = 7,8 X 1016 m
movimento ascendente enquanto o ar frio tem um 1.3 (C). ,8e -ls' 2s', situa-se no segundo periodo e
movimento descendente. A estes movimentos cíclicos
I' damos o nome de movimentos de convecção.
2.2 As opções A e 8 são erradas porque a força resul-
no segundo grupo da tabela periódica.
sC -ls' 2s' 2p' , situa-se no segundo periodo e no dé-
cimo quarto grupo da tabela periódica.
tante pode ser nula durante uma fase de descida. al :r ,O -1s' 2s' 2p' , situa-se no segundo período e no dé-
não implica Que o corpo deixe de apenas
pllca Que mantenha a componente vertical da veloCi- cimo sexto grupo da tabela periódica.

dade constante. A opção C esta correta e a opção 8 esta incorreta, uma


A opção ( é a correta e a opção O esta errada porque, vez Que o berflio. o carbono e o oxigênio situam-se no
mesmo que a componente vertical da força resultante mesmo per iodo (segundo) e em diferentes grupos da
seja de baixo para cima, o balão não sobe imediata- tabela periódica.
mente. OQue acontece é Que a componente vertical da As opções A e O estão incorretas porque num mesmo
velocidade diminui no seu valor, uma vez Que a veloCi- período. em Que o número de camadas é a mesmo,
dade e a força resultante na componente vertIcal têm prevalece o efeito do aumento da carga nudear, ou
sentidos opostos, seja, maior número de protões, pelo Que a energia ne·
2.3 Força gravítica e força de resistência do ar. cessária para remover os eletrões ê tanto maior
quanto maior for a sua atração pelo núcleo. Desta
Grupo 111 forma, o Que possui maior carga nuclear é o OXigêniO,
1. 1.1 Número total de painéis fotovoltaicos = logo é o que possui maior valor de energia de ioniza-
= 2520 x 104 = 262080 ção. Pelo contrário. o berílio é o Que possui menor
Prn.\ ..m3 = carga nuclear, pelo Que é o elemento que possui
Pt."ldJ número de painéis menor energia de ionização.
1.4 (8). A opção A esta correta porque, como indica o
46.41 MW 1,77 x lO-"W
enunciado, estas três partículas são isoeletrónicas. o
262080
Que implica que possuam o mesmo número de ele-
Como 1 MW = 1 X lO' W, tem-se:
trões. Através das suas configurações eletrônicas no
p
cadl ' estado fundamental tal pode ser comprovado:
1.2 (A). 002- _ lSlZS2Zp6;9F- - ls22szZp6; Ne_lsZ2st 2p6
.
EmeliJa = 93 x 10' MWh = 93 x 10' x lO' Wh =
anual A opção C esta correta porque as três especies apre-
=93x10'Wh sentadas possuem oito eletrões de valência.
E .. = 93 X lO' x 3600 = 93 x 3,6 X 10" J
medlJ anual A opção Oestá correta e a opção 8 esta errada porque
E . = 93 X 3,6 x 1012365 J têm diferentes números atómicos.
IllJrjJ
1.5 (O). A opção O é a correta porque:
1.3 Alguns fatores Que impedem a produção de
- a carga nudear do Ne é superior à carga nuclear do
tricidade por métodos fotovoltaicos a I.arga escala sao,
ião F-, que por sua vez e superior à carga nuclear do
por exemplo, a ocupação de areas de terreno
ião 0 2-.
para produzir Quantidades de energia, o
baixo rendimento na conversa0 da energia solar para - os iões F- e 0 2• e o átomo de néon apresentam a mes-
energia elétrica e o elevado custo do equipamento e ma configuração eletrónica (no estado fundamental),
tecnologias utilizadas, entre outras. o núcleo do átomo de néon exerce maior atração

78

\
I

sobre os eJetrões do que o núcleo do ião F-e o núcleo Pela estequiometria da reação tem-se que:
do ião F' exerce maior atração sobre os eJetrões do = O,185mol
que o núcleo do ião O' ·.
o logo o ião oz- tem um raio superior ao do ião F- e o n," =0,185mol
ião F- tem um raio superior ao do átomo de néon.
( = n"", = 0,185mol 0,370molidm'
Logo, a sequêncla correta, por ordem decrescente do ,.,c" V. 0,500 dm'
CU(' 1
raio do ião fluoreto, do átomo de néon e do ião óxido
é R(O'·) ) R(F·) ) R(Ne). mpUfa2n = nZn x MZrl
2.1 (1\). A opção B é incorreta porquc 05 l5a5cs mais m r.ur3Zn = 0,185 x 65,39"" 12,1
abundantes da atmosiera primitiva eram o dióxido de
carbono e o vapor de água. GP(%)= m"", x 100% = 90%
As opções C e O são incorretas porque a atmosfera ml DIJI

atual é constltulda por dois componentes maioritários: 12,l x 100


azoto (78%) e oxigénio (21 %).
= 90 13,4 g
2.2 (O). A opção A é incorreta porque a fotodisso cia·
m,"; 13,4 g
ção ocorre para valores de energia incidente inferiores
aos necessários para ocorrer ionização. 1.2 (A). A opção A está correta porque o Zn tem uma
A opção B é incorreta porque a fotodissociação ocorre variação de número de oxidação de O para +2, pelo
nas camadas inferiores da atmosfera, como a tropos- que é oxidado. Os iões Cui!' têm uma variação de nú-
fera, e a ionização nas camadas superiores da atmos- mero de oxidação de +2 para O, pelo que são reduzi·
fera, como por exemplo a termosfera. dos. Para serem reduzidos têm um comportamento
A opção C é incorreta porque na ionização há forma· oxidante.
ção de lões e na fotodissociação é que ocorre forma- A opção 8 está incorreta parque. embora a Zn seja re-
ção de radicais livres. dutor, apenas os iões Cu'- são reduzidos. Os lões CI·
A opção Oé correta porque efetivamente a ionização nem são oxidados nem reduzidos, uma vez Que o seu
corresponde à absorção da radiação com energia su- número de oxidação não varia.
ficiente para ocorrer remoção de eletrões de átomos A opção ( esta incorreta porque, embora os iões Cu"
ou moléculas e a fotodlssoclação corresponde à ab- atuem como oxidantes, nem os iões CI- atuam como
sorção de radiação solar menos energética, capaz de oxidantes nem o Zn é reduzido.
provocar a quebra de ligações dentro de uma molé·
A opção O está incorreta porque, embora os iões CI·
cuia.
não sejam oxidados nem reduzidos, o Zn não se com·
2.3 (C). A opção A é incorreta porque só as radiações
porta como oxidante.
UV8 é que são absoruidas na estralosiera pelO ozono.
A opção 8 é incorreta porque as radiações UVC são as
Grupo 11 1
que apresentam maiores valores de frequência pois
são as mais energéticas. A opção Oé incorreta porque 1. 1.1 (8). O gobelé é utilizado na preparação de solu·
':'5 radiações UVA são riS mp.nns p.np.rePtir.:.c; p mpnnc; ções e no aquecimento de IIquldos. O frasco de vidro
perigosas. é utilizado para armazenar reagentes ou soluções pre·
A opção Cé correta porque efetivamente as radiações paradas. A pipeta volumétrica é utilizada para medir
UVC são as mais energéticas ·e mais perigosas. mas rigorosamente volumes de líquidos. O balão volumé·
não chegam à superficie da Terra porque são absor· trico é utilizado para preparar soluções de composição
vidas na at1l1osrera . quantitativa conhecida ou para a diluição de soluções
a volumes previamente determinados.
Grupo V n
1.2 (1:0= v'n = Cr:o x v.:CJ
1. 1.1 M ",, ; 63,55 g/mol
"
M {Zn) = 65,39 g/mol "" n.:a =100.0 x 10 'x 0.150= 0,0150 moi
n = me" = 10,0 = O157 moi M""" = 74,55g/mol
" N" 63,55 '
_ffir:o
1],, = n nbM:l x l00%=8S% MJ:O-
.. nprl'ViSl0
<:;:) mW =M':Clx nW
0.157 x 100% -o 185mol "" m.:a =74,55 x O,0150=1,118 g
85% .

79
% (mim) - -"- x 100
m 1.4 (B). Os colo ides provocam a difusão da luz quando
m" são atravessados por um feixe. fenómeno designado
por efeito de Tyndall. Assim. é posslvel observar o
msr == Of (m'l' ) x 100 percurso da luz através de um coloide. ao contrario do
10 mm
que acontece numa solução. (orno neste caso se trata
1,118
",m" = - - x lOO=1.32 g de uma solução de cloreto de potâssio, o feixe não foi
85.0
visuallzado através da solução. uma vez que não ocor·
1.3 (C). Fatordediluição=f=
reu o efeito de Tyndall.
[ WliÇã:J (crw:enll"adJ 1.5 (C). I(CI é constituldo pelos iôes 1(' e CI-.
di n
f c 'lntt.'tãiHan:cll1f.llb 0.150 =20 V"
CscllllãD dlllriaJ 0.0075 ",n,a=0.150 x lDO.O x 10" mal
= n,o=n,_ = na- =0.150 x lOO.O x lO" mal
(:::;) X .. = )(
=nt;. +ncr =D.lS0 x l00,O x l0-1 x 2 moi
V C X
C
soTtlt50 Como N=n x N,
0,00750 x 200.0 10.0cm'
0.150
N"",,,,.., =0.150 x 100,O x lO" x 2 x 6.02x10" iôes

80

\
Exames
EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova Escrita de Física e Química A
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova 715/1.ª Fase 16 Páginas

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2014

VERSÃO 1

Indique de forma legível a versão da prova.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitida a utilização de régua, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Deve riscar aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui uma tabela de constantes, um formulário e uma tabela periódica.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 1/ 16


TABELA DE CONSTANTES
Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,00 × 108 m s-1
Módulo da aceleração gravítica de um corpo junto
g = 10 m s-2
à superfície da Terra
Constante de Gravitação Universal G = 6,67 × 10-11 N m2 kg-2
Constante de Avogadro NA = 6,02 × 1023 mol-1
Constante de Stefan-Boltzmann v = 5,67 × 10-8 W m-2 K-4
Produto iónico da água (a 25 °C) Kw = 1,00 × 10-14
Volume molar de um gás (PTN) Vm = 22,4 dm3 mol-1

FORMULÁRIO
• Conversão de temperatura (de grau Celsius para kelvin) ....................................... T = i + 273,15
T – temperatura absoluta (temperatura em kelvin)
i – temperatura em grau Celsius
m
• Densidade (massa volúmica) .......................................................................................... t = —
m – massa V
V – volume

• Efeito fotoelétrico ............................................................................................................. Erad = Erem + Ec


Erad – energia de um fotão da radiação incidente no metal
Erem – energia de remoção de um eletrão do metal
Ec – energia cinética do eletrão removido
n
• Concentração de solução ................................................................................................ c = —
n – quantidade de soluto V
V – volume de solução

• Relação entre pH e concentração de H3O+ ........................................... pH = -log {[H3O+] / mol dm-3}

• 1.ª Lei da Termodinâmica ............................................................................................... DU = W + Q + R


DU – variação da energia interna do sistema (também representada por DEi )
W – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de trabalho
Q – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de calor
R – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de radiação

• Lei de Stefan-Boltzmann ................................................................................................. P = e v AT 4


P – potência total irradiada pela superfície de um corpo
e – emissividade da superfície do corpo
v – constante de Stefan-Boltzmann
A – área da superfície do corpo
T – temperatura absoluta da superfície do corpo

• Energia ganha ou perdida por um corpo devido à variação


da sua temperatura ............................................................................................ E = m c DT
m – massa do corpo
c – capacidade térmica mássica do material de que é constituído o corpo
DT – variação da temperatura do corpo

• Taxa temporal de transferência de energia, sob a forma Q A


de calor, por condução ....................................................................................... –— = k –— DT
Dt l
Q – energia transferida, sob a forma de calor, por condução,
através de uma barra, no intervalo de tempo D t
k – condutividade térmica do material de que é constituída a barra
A – área da secção da barra, perpendicular à direção de transferência de energia
l – comprimento da barra
DT – diferença de temperatura entre as extremidades da barra

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 2/ 16


®
• Trabalho realizado por uma força constante, F , que atua
sobre um corpo em movimento retilíneo .................................................................... W = Fd cosa
d – módulo do deslocamento do ponto de aplicação da força
a – ângulo definido pela força e pelo deslocamento
1
• Energia cinética de translação ....................................................................................... Ec = — mv 2
m – massa 2
v – módulo da velocidade

• Energia potencial gravítica em relação a um nível de referência .......................... Ep = m g h


m – massa
g – módulo da aceleração gravítica junto à superfície da Terra
h – altura em relação ao nível de referência considerado

• Teorema da energia cinética ........................................................................................... W = DEc


W – soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam num corpo,
num determinado intervalo de tempo
DEc – variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no mesmo
intervalo de tempo
m1 m 2
• Lei da Gravitação Universal ............................................................................................ Fg = G –—–—
r2
Fg – módulo da força gravítica exercida pela massa pontual m1 (m2)
na massa pontual m2 (m1)
G – constante de Gravitação Universal
r – distância entre as duas massas
® ®
• 2.ª Lei de Newton ...............................................................................................................
®
F =ma
F – resultante das forças que atuam num corpo de massa m
®
a – aceleração do centro de massa do corpo
1
• Equações do movimento retilíneo com aceleração constante ................................ x = x0 + v0 t + — at 2
x – valor (componente escalar) da posição 2
v – valor (componente escalar) da velocidade v = v0 + at
a – valor (componente escalar) da aceleração
t – tempo

• Equações do movimento circular com velocidade linear


v2
de módulo constante .................................................................................................... ac = —
r
ac – módulo da aceleração centrípeta
2rr
v – módulo da velocidade linear v = ——
T
r – raio da trajetória
2r
T – período do movimento ~ = ——
T
~ – módulo da velocidade angular
v
• Comprimento de onda ................................................................................................. m=—
f
v – módulo da velocidade de propagação da onda
f – frequência do movimento ondulatório

• Função que descreve um sinal harmónico ou sinusoidal ................................... y = A sin(~t)


A – amplitude do sinal
~ – frequência angular
t – tempo

• Fluxo magnético que atravessa uma superfície, de área A,


®
em que existe um campo magnético uniforme, B ............................................... Um = B A cosa
a – ângulo entre a direção do campo e a direção perpendicular à superfície
|DUm|
• Força eletromotriz induzida numa espira metálica .............................................. |fi| = —–—–
DUm – variação do fluxo magnético que atravessa a superfície delimitada Dt
pela espira, no intervalo de tempo Dt

• Lei de Snell-Descartes para a refração .................................................................... n1 sin a1 = n 2 sin a2


n1, n2 – índices de refração dos meios 1 e 2, respetivamente
a1, a2 – ângulos entre a direção de propagação da onda e a normal
à superfície separadora no ponto de incidência, nos meios 1 e 2, respetivamente

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 3/ 16


TABELA PERIÓDICA
1 18
1
2
H He
1,01
2 13 14 15 16 17 4,00

Número atómico
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B C N O F Ne
6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
Massa atómica relativa

11 12 13 14 15 16 17 18

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 4/ 16


Na Mg A Si P S C Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 97,91 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
57-71
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,21 208,98 [208,98] [209,99] [222,02]

87 88 104 105 106 107 108 109 110 111


89-103
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg
Actinídeos
[223] [226] [261] [262] [266] [264] [277] [268] [271] [272]

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36 151,96 157,25 158,92 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04 174,98

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
[227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escreva, na folha de respostas, o
número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Nas respostas aos itens em que é pedida a apresentação de todas as etapas de resolução, explicite todos os
cálculos efetuados e apresente todas as justificações ou conclusões solicitadas.
Utilize unicamente valores numéricos das grandezas referidas na prova (no enunciado dos itens, na tabela de
constantes e na tabela periódica).
Utilize os valores numéricos fornecidos no enunciado dos itens.

GRUPO I

Em 1831, Michael Faraday (1791-1867), um dos mais extraordinários homens do século XIX, descobriu
a indução eletromagnética. Este fenómeno, na sua impressionante simplicidade, pode ser observado com
uma montagem semelhante à representada na Figura 1:
liga-se um galvanómetro G (aparelho que indica a passagem G
de corrente elétrica) a uma bobina B (fio condutor enrolado
em espiral) e introduz-se, ao longo dessa bobina, uma barra
magnetizada M. Imediatamente a agulha do galvanómetro
se desloca, provando, assim, que o fio é percorrido por
uma corrente elétrica, embora na montagem não exista
M
nem pilha, nem gerador de qualquer espécie. O simples
movimento da barra magnetizada dá origem à corrente elétrica. B
Só existe corrente elétrica no fio enquanto a barra se move. Se
a barra parar, a agulha do galvanómetro regressa imediatamente Figura 1
a zero.

Rómulo de Carvalho, História do Telefone, 2.ª ed.,


Coimbra, Atlântida, 1962, pp. 67-69 (adaptado)

1. A partir da experiência descrita no texto, conclui-se que

(A) um campo elétrico origina sempre um campo magnético.

(B) um campo magnético origina sempre uma corrente elétrica.

(C) uma corrente elétrica pode originar um campo magnético.

(D) uma barra magnetizada em movimento pode originar uma corrente elétrica.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 5/ 16


2. Na experiência descrita no texto, enquanto a barra magnetizada M estiver parada em relação à bobina B,
a agulha do galvanómetro G estará no zero, porque, nesse intervalo de tempo,

(A) a força eletromotriz induzida nos terminais da bobina é elevada.


(B) o campo magnético criado pela barra magnetizada é uniforme.
(C) o fluxo magnético através da bobina é pequeno.
(D) a variação do fluxo magnético através da bobina é nula.

3. Numa experiência semelhante à descrita no texto, o módulo da força eletromotriz induzida nos terminais
da bobina será tanto maior quanto

(A) menor for o número de espiras da bobina e menor for a área de cada espira.
(B) menor for a área de cada espira da bobina e mais rápido for o movimento da barra magnetizada.
(C) maior for o número de espiras da bobina e mais rápido for o movimento da barra magnetizada.
(D) maior for o número de espiras da bobina e menor for a área de cada espira.

4. Qual é o nome da unidade do Sistema Internacional em que se exprime a força eletromotriz?

GRUPO II

O alumínio é um metal que tem diversas aplicações tecnológicas.

Na tabela seguinte, estão registados os valores de algumas propriedades físicas do alumínio.

Ponto de fusão / °C 660

Capacidade térmica mássica (a 25 °C) / J kg-1 °C -1 897

Variação de entalpia (ou calor) de fusão / J kg-1 4,0 × 105

Considere que uma barra de alumínio, de massa 700 g e, inicialmente, a 25,0 °C, é aquecida.

1. Que energia é necessário fornecer à barra, para que a sua temperatura aumente de 25,0 °C para 27,0 °C?

(A) (2,0 × 897) J (B) (1,4 × 897) J (C) e 897 o J (D) c 897 m J
2,0 1,4

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 6/ 16


2. Considere que a área e a emissividade da superfície da barra se mantêm constantes, durante o aquecimento.

Quantas vezes é que a potência da radiação emitida pela superfície da barra à temperatura de 200 °C (473 K)
é superior à potência da radiação emitida pela superfície da barra à temperatura de 25 °C (298 K)?

(A) Cerca de 1,6 vezes.

(B) Cerca de 6,3 vezes.

(C) Cerca de 8,0 vezes.

(D) Cerca de 4,1 × 103 vezes.

3. Admita que é transferida energia para a barra de alumínio considerada a uma taxa temporal constante de
1,1 kW.

Determine o tempo que a barra demora a fundir completamente, a partir do instante em que atinge a
temperatura de 660 °C, admitindo que a totalidade da energia transferida contribui para o aumento da
energia interna da barra.

Apresente todas as etapas de resolução.

GRUPO III

Com o objetivo de investigar a dissipação de energia em colisões de bolas com o solo, um grupo de alunos
realizou uma atividade laboratorial, na qual deixou cair bolas de diferentes elasticidades.

Os alunos consideraram o solo como nível de referência da energia potencial gravítica.

1. A tabela seguinte apresenta a altura máxima atingida por uma dessas bolas, após o primeiro ressalto no
solo, em três ensaios consecutivos, nos quais a bola foi abandonada sempre de uma mesma altura.

Ensaio Altura máxima atingida após o primeiro ressalto / m

1.º 0,52

2.º 0,52

3.º 0,54

Apresente o resultado da medição da altura máxima atingida pela bola, após o primeiro ressalto, em
função do valor mais provável e da incerteza relativa (em percentagem).

Apresente todas as etapas de resolução.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 7/ 16


2. O coeficiente de restituição, e, na colisão de uma bola com o solo pode ser calculado pela raiz quadrada
do quociente da altura máxima atingida pela bola após um ressalto, hapós , e da altura da qual a bola caiu,
hqueda :
hapós
e=
hqueda

2.1. Na tabela seguinte, estão registadas as alturas máximas atingidas, em sucessivos ressaltos, por uma
bola que foi inicialmente abandonada a 1,20 m do solo.

Ressalto Altura máxima atingida após o ressalto, hapós / m

1.º 0,82
2.º 0,56
3.º 0,38
4.º 0,27

Para determinar o coeficiente de restituição, e, na colisão da bola com o solo, comece por apresentar
uma tabela, na qual registe, para cada um dos ressaltos, a altura de queda, hqueda , e a altura máxima
atingida pela bola após o ressalto, hapós .

Calcule o coeficiente de restituição, e, na colisão da bola com o solo, a partir da equação da reta que
melhor se ajusta ao conjunto de valores registados nessa tabela.

Apresente todas as etapas de resolução.

2.2. Os alunos determinaram um coeficiente de restituição de 0,76 na colisão de uma bola X com o solo
e um coeficiente de restituição de 0,65 na colisão de uma bola Y com o solo.

Estes resultados permitem concluir que, em cada ressalto,

(A) cerca de 76% da energia mecânica do sistema bola X + Terra é dissipada na colisão com o solo.

(B) a energia mecânica inicial é menor no caso do sistema bola Y + Terra.

(C) cerca de 35% da energia mecânica do sistema bola Y + Terra é dissipada na colisão com o solo.

(D) a percentagem da energia mecânica dissipada na colisão com o solo é menor no caso do sistema
bola X + Terra.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 8/ 16


GRUPO IV

1. A Figura 2 (que não está à escala) representa uma criança a descer um O

escorrega cuja secção inclinada tem um comprimento de 4,0 m.


x
Considere que a criança desce o escorrega partindo do repouso, e que a sua
aceleração se mantém constante durante a descida. 4,0
m
Admita que a criança pode ser representada pelo seu centro de massa
(modelo da partícula material).

Figura 2
1.1. Considere duas situações distintas:

– Situação I: a resultante das forças dissipativas que atuam na criança


é desprezável;
– Situação II: a resultante das forças dissipativas que atuam na criança
não é desprezável.


Nos esquemas seguintes, o vetor a I representa a aceleração da criança na situação I.

Em qual dos esquemas o vetor a II pode representar a aceleração da criança na situação II ?

(A) (B)

a→II
→ →
aI → aI
a II

I II I II

(C) (D)

a II

→ a II →
aI aI

I II I II

1.2. Considere que a criança, de massa 30 kg, demora 2,1 s a percorrer a secção inclinada do escorrega.

Calcule a intensidade da resultante das forças que atuam na criança, na situação considerada.

Apresente todas as etapas de resolução.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 9/ 16


2. Na Figura 3, está representado um carrossel. Quando o carrossel está em movimento, cada um dos
cavalinhos move-se com movimento circular uniforme.

Figura 3

2.1. Se um cavalinho efetuar quatro rotações por minuto, o módulo da sua velocidade angular será

(A) 2 r rad s -1 (B) 8 r rad s -1 (C) 1 r rad s -1 (D) 30 r rad s -1


15 2

2.2. Quando o carrossel está em movimento, os cavalinhos A e B descrevem circunferências de raios


diferentes.

Conclua, justificando, qual dos cavalinhos, A ou B, tem maior aceleração.

GRUPO V

1. Considere a configuração eletrónica do átomo de nitrogénio no estado fundamental.

1.1. Quantos valores diferenciados de energia apresentam os eletrões desse átomo?

(A) Sete. (B) Cinco. (C) Três. (D) Dois.

1.2. Quantos eletrões se encontram em orbitais caracterizadas pelo número quântico secundário l = 0 ,
nesse átomo?

(A) Dois. (B) Três. (C) Quatro. (D) Cinco.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 10/ 16


2. A tabela seguinte apresenta os valores de energia dos níveis n = 1, n = 2, n = 3 e n = 4 do átomo de
hidrogénio.

n En / J

1 -2,18 × 10-18

2 -5,45 × 10-19

3 -2,42 × 10-19

4 -1,40 × 10-19

2.1. Qual é a energia mínima necessária para remover o eletrão de um átomo de hidrogénio no estado
fundamental?

2.2. Considere um átomo de hidrogénio no estado fundamental, no qual incide radiação de energia
1,80 × 10-18 J.
Conclua, justificando, se ocorre, ou não, transição do eletrão.

2.3. As transições eletrónicas no átomo de hidrogénio originam riscas diferenciadas nos espectros
atómicos deste elemento.

O espectro de emissão do átomo de hidrogénio na região do visível apresenta, entre outras riscas,
uma risca a uma energia de 4,84 × 10-19 J.

Considerando a transição que origina essa risca, a energia do nível em que o eletrão se encontrava
inicialmente pode ser calculada pela expressão

(A) (-5,45 × 10 -19 + 4,84 × 10-19 ) J

(B) (-5,45 × 10 -19 - 4,84 × 10-19 ) J

(C) (-2,18 × 10 -18 + 4,84 × 10-19 ) J

(D) (-2,18 × 10 -18 - 4,84 × 10-19 ) J

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GRUPO VI

A reação de síntese do amoníaco pode ser traduzida por

N2(g) + 3 H2(g) ? 2 NH3(g) DH = - 92 kJ mol -1

Considere que se introduziu, num reator com a capacidade de 1,00 L, uma mistura de nitrogénio, hidrogénio
e amoníaco, em fase gasosa, em diferentes concentrações.

O gráfico da Figura 4 representa a evolução, ao longo do tempo, t, das concentrações, c, dessas substâncias,
à temperatura T .

c / mol dm−3

0,500

0,400
H2
0,367

0,200
N2
0,156
0,139
NH3

0,050

0 t1 t

Figura 4

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 12/ 16


1. Qual foi a variação da concentração de H2(g) no intervalo de tempo [ 0, t1 ] ?

2. A fração molar de NH3 , na mistura gasosa inicialmente introduzida no reator, é

(A) 7,1 × 10 -2

(B) 6,7 × 10 -2

(C) 3,6 × 10 -1

(D) 2,1 × 10 -1

3. Calcule o rendimento da reação de síntese do NH3(g), nas condições consideradas.

Apresente todas as etapas de resolução.

4. Na reação de síntese do NH3(g) considerada

(A) libertam-se 92 kJ por cada mole de NH3(g) que se forma.

(B) libertam-se 92 kJ por cada duas moles de NH3(g) que se formam.

(C) são absorvidos 92 kJ por cada mole de NH3(g) que se forma.

(D) são absorvidos 92 kJ por cada duas moles de NH3(g) que se formam.

5. Preveja, justificando, como variará a composição da mistura reacional se ocorrer um aumento da


temperatura do sistema em equilíbrio.

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6. A representação da molécula de NH3 através da notação de Lewis evidencia

(A) a geometria da molécula.

(B) apenas os eletrões de valência partilhados da molécula.

(C) a orientação espacial da molécula.

(D) todos os eletrões de valência da molécula.

7. Qual das opções seguintes pode representar um modelo tridimensional da molécula de NH3 que evidencie
as ligações que se estabelecem entre os átomos?

(A) (B)

(C) (D)

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GRUPO VII

A ionização do amoníaco em água pode ser traduzida por

NH3(aq) + H2O(l ) ? OH -(aq ) + NH 4+ (aq)

1. Considere uma solução aquosa de amoníaco, de concentração 0,10 mol dm-3, cujo pH, a 25 ºC, é 11,1.

1.1. Verifique que a ordem de grandeza da constante de basicidade do NH3(aq), à mesma temperatura,
é 10-5.

Apresente todas as etapas de resolução.

1.2. Retiraram-se 50,0 cm3 da solução aquosa de amoníaco referida e transferiu-se esse volume de
solução para um balão volumétrico de 250,0 mL, adicionando-se, em seguida, água destilada até ao
traço de referência do balão.

A concentração da solução de amoníaco obtida será

(A) 2,0 × 10 -2 mol dm-3

(B) 2,5 × 10 -2 mol dm-3

(C) 4,0 × 10 -2 mol dm-3

(D) 5,0 × 10 -2 mol dm-3

2. Escreva a equação que traduz a reação da espécie NH 4+ com a água.

FIM

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COTAÇÕES

GRUPO I GRUPO V
1. ................................................... 5 pontos 1.
2. ................................................... 5 pontos 1.1. ........................................... 5 pontos
3. ................................................... 5 pontos 1.2. ........................................... 5 pontos
4. ................................................... 5 pontos 2.
20 pontos 2.1. ........................................... 5 pontos
2.2. ........................................... 10 pontos
GRUPO II 2.3. ........................................... 5 pontos
1. ................................................... 5 pontos 30 pontos
2. ................................................... 5 pontos
3. ................................................... 10 pontos GRUPO VI
20 pontos 1. ................................................... 5 pontos
2. ................................................... 5 pontos
GRUPO III 3. ................................................... 15 pontos
1. ................................................... 10 pontos 4. ................................................... 5 pontos
2. 5. ................................................... 10 pontos
2.1. ........................................... 15 pontos 6. ................................................... 5 pontos
2.2. ........................................... 5 pontos 7. ................................................... 5 pontos
30 pontos 50 pontos

GRUPO IV GRUPO VII


1. 1.
1.1. ........................................... 5 pontos 1.1. ........................................... 10 pontos
1.2. ........................................... 10 pontos 1.2. ........................................... 5 pontos
2. 2. ................................................... 5 pontos
2.1. ........................................... 5 pontos 20 pontos
2.2. ........................................... 10 pontos
30 pontos TOTAL ...................................... 200 pontos

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Exame disponível em http://www.gave.min-edu.pt.
Resolução do Teste Intermédio de Física e Química A (11.º ano), 2014 (12-2)
Resolução do Exame de Física e Química A (11.º ano), 2014, 1.ª Fase

Grupo I Grupo III

Facilidade de cada item: cotação média, numa escala de 0 a 1.


1
1. cotação: 5 1. cotação: 10 ;
m vdepois 2 v 2
⎛ vdepois ⎞
2
2 =
depois
= 2
1 ⎜ ⎟ =e
(D) Altura máxima atingida após o primeiro ressalto: m vantes 2 vantes 2 ⎝ vantes ⎠
A corrente elétrica apenas surge na bobina enquanto 0,52 m + 0,52 m + 0,54 m 2
há movimento do íman. Faraday descobriu que a taxa = 0,526667 m = 0,53 m
3 Portanto, o quadrado do coeficiente de restituição
de variação do campo magnético criado pelo íman pode também ser calculado do seguinte modo:
está diretamente relacionada com a força eletro- Incerteza absoluta desta altura máxima (os desvios,
em módulo, entre cada medida e a média são sempre energia mecânica depois da colisão
motriz induzida no circuito da bobina, detetada no e2 =
0,01 m): energia mecânica antes da colisão
galvanómetro G.
0,01 m + 0,01 m + 0,01 m Quanto maior for e, menor é a energia mecânica
2. cotação: 5 = 0,01 m = 0,01 m
3 dissipada na colisão. Se e = 1, não há dissipação de
(D) energia.
Quando o íman está parado, não há variação do Em percentagem, esta incerteza vale:
Para a bola X, tem-se:
campo magnético na bobina. Logo, não há corrente 0,01 m
× 100 = 1,887% = 2% e = 0,76
induzida. 0,53 m e2 = 0,58
3. cotação: 5 Portanto, a altura máxima atingida após o primeiro Para uma colisão da bola X, 58% da energia conser-
(C) ressalto é 0,53 m ± 2% va-se como energia mecânica e 42% dissipa-se.
A força eletromotriz é tanto maior quanto maior 2. Para a bola Y, tem-se:
for a taxa de variação do campo magnético. Se o e = 0,65
movimento do íman for mais rápido, maior é essa 2.1. cotação: 15 e2 = 0,42
taxa de variação. Altura de queda e altura de ressalto, nos 4 ressaltos: Para uma colisão da bola Y, 42% da energia conser-
Por outro lado, quando maior for o número de espiras va-se como energia mecânica e 58% dissipa-se.
altura de queda altura de ressalto
na bobina, maior é a quantidade de cargas elétricas Grupo IV
hqueda / m hapós / m
que é influenciada pelo variação do campo magnético 1.
e, por conseguinte, maior é a força eletromotriz da 1.º 1,20 0,82
corrente induzida. 2.º 0,82 0,56 1.1. cotação: 5
4. cotação: 5 (C)
3.º 0,56 0,38
Unidade SI de força eletromotriz: volt (ou joule por Como “a aceleração se mantém constante durante a
4.º 0,38 0,27 descida” a soma das forças na criança é constante e
coulomb).
O símbolo do volt é V. aponta segundo Ox, em qualquer das situações I ou
Gráfico e equação de regressão linear do gráfico da II.
A “força eletromotriz” não é uma “força”, no sentido
altura de ressalto em função da altura de queda: Na situação II, com forças dissipativas não desprezá-
da grandeza mecânica “força”: representa o quocien-
te entre a energia das cargas elétricas na corrente veis, a soma das forças é menor. Logo, a aceleração é
(unidade SI: joule) e a quantidade de carga (unidade também menor.
SI: coulomb). 1.2. cotação: 10 ;

Grupo II A criança percorre 4,0 m em 2,1 s, com aceleração


1. cotação: 5 constante e sem velocidade inicial.
Tendo em conta estes dados, a equação que descreve
(B) a posição x da criança no referencial indicado na
Q = m c Δθ imagem é:
J 1
= 0,700 kg × 897 × 2,0 °C x = x0 + v0x t + ax t 2
kg × ºC 2
= 0,700 × 897 × 2,0 J O modelo matemático que descreve a altura após o 1
ressalto em função da altura antes do ressalto é: x = 0 + 0 × t + ax t 2
= 1,4 × 897 J 2
hapós = 0,675 hqueda + 0,00820 1 2
2. cotação: 5 x = ax t
O valor da ordenada na origem neste modelo, 2
(B)
0,00820, surge como consequência da incerteza nas Ao fim de 2,1 s, tem-se:
A potência da radiação emitida é dada por:
diversas medidas nas alturas. O valor teórico é nulo, 1
P = e Aσ T 4
uma vez que uma bola deixada cair de uma “altura 4,0 = ax 2,12
2
Comparando a potência emitida às duas temperaturas nula” tem necessariamente uma altura de ressalto
2 × 4,0 m/s
referidas, pelo mesmo objeto, vem: nula. ax =
Assim, podemos escrever: 2,12 s
e A σ 4734 4734
= = 6,35 hapós = 0,675 hqueda m/s
e A σ 298 4
2984 = 1,81
s
hapós
3. cotação: 10 ; = 0,675 A magnitude (ou intensidade) da soma das forças (ou
hqueda resultante das forças) na criança é, pois:
A barra recebe energia (sob a forma de calor) à taxa
de O coeficiente de restituição é, pois: Fres = m × a
J hapós m/s
1,1 kW = 1100 e= = 30 kg × 1,81
s hqueda s
O calor de fusão da barra é 4,0 × 105 J/kg. = 54 N
= 0,675
Energia necessária para fundir a barra: 2.
= 0,82
4,0 × 105 J
× 0,700 kg = 2,8 × 105 J 2.1. cotação: 5
kg 2.2. cotação: 5
(A)
O intervalo de tempo necessário para obter esta (D)
Um cavalinho do carrossel faz 4 voltas completas em
energia é: O coeficiente de restituição é o quociente entre a
60 s. Portanto, cada volta completa demora
magnitude da velocidade depois da colisão e a mag-
1100 J 2,8 × 105 J 60 s / 4 = 15 s.
= nitude da velocidade antes da colisão:
1s t Em cada volta completa, descreve o ângulo de
vdepois 2π radianos = 6,28 radianos = 360°.
2,8 × 105 J e=
t= × 1s vantes Portanto, a velocidade angular é:
1100 J
Comparando a energia mecânica depois da colisão 2π rad 2π
= 2,5 × 102 s = rad/s
com a energia mecânica antes da colisão, tem-se (a 15 s 15
energia potencial é nula):
2.2. cotação: 10 ; dada por: 4. cotação: 5
Num movimento circular uniforme, a aceleração é 4,84 × 10−19 J = En,inicial − E2 (B)
radial e centrípeta, de magnitude constante dada por: A entalpia da reação é negativa (reação exotérmica),
Resolvendo em ordem à energia do nível inicial, logo o sistema transfere energia para o ambiente. As
v2 vem:
ac = opções (C) e (D) não fazem sentido.
r En,inicial = 4,84 × 10−19 J + E2 Na equação, o coeficiente estequiométrico do amo-

( )
Esta equação pode ser escrita como: níaco, NH3, é igual a 2. Logo, ∆H refere-se a duas
2 En,inicial = 4,84 × 10−19 J + −5,45 × 10−18 J moles de NH3.
⎛ perímetro da circunferência ⎞
⎝⎜ tempo que demora a percorrer a circunferência ⎠⎟ 5. cotação: 10 ;
ac = Grupo VI
r Segundo o Princípio de Le Châtelier, um aumento de
2 1. cotação: 5
⎛ 2π r ⎞ temperatura favorece a transformação que contraria
⎜⎝ 15 ⎟⎠ No intervalo de tempo [0, t1], a concentração de H2 esse aumento de temperatura.
= diminuiu de 0,500 mol/L para 0,400 mol/L. Aumentando a temperatura do sistema, fornece-se
r
2 Portanto, a variação da concentração foi: energia ao sistema. Como a reação direta (formação
⎛ 2π ⎞ 2 –0,100 mol/L
⎜⎝ 15 ⎟⎠ r de NH3) é exotérmica, o aumento de temperatura fa-
= 2. cotação: 5 vorece a reação endotérmica, que é a reação inversa
r (formação de H2 e de N2).
2 (B)
⎛ 2π ⎞ Portanto, o aumento de temperatura aumenta a con-
=⎜ r A fração molar de NH3 é o quociente entre a quanti-
⎝ 15 ⎠⎟ dade de matéria de NH3 e a quantidade de matéria de centração de H2 e de N2, diminuindo a concentração
todas as espécies químicas no sistema: de NH3.
Portanto, quanto maior for o raio, maior será a acele-
ração centrípeta. 0,05 mol 5 6. cotação: 5
Como o cavalinho A tem uma trajetória com maior =
0,500 mol + 0,200 mol + 0,050 mol 50 + 20 + 5 (D)
raio, é esse que tem maior aceleração centrípeta. Notação de Lewis: cerne do átomo representado pelo
5
Grupo V = simbolo químico e eletrões de valência representados
75
por pontos e, ou, cruzes.
1. = 0,067
7. cotação: 5
1.1. cotação: 5 = 6,7 × 10−2
(A)
(C) 3. cotação: 15 Molécula de amoníaco: um átomo de N ligado a 3
O nitrogénio N (ou azoto) tem n.º atómico 7. átomos de H; as opções (B) e (C) não fazem sentido.
A configuração eletrónica do nitrogénio no estado Estequiometria da reação, variações das concen-
A molécula de amoníaco tem uma geometria pira-
fundamental é: trações na reação e variações das quantidades de
midal. Apenas a opção (A) representa uma estrutura
(1s)2 (2s)2 (2px)1 (2py)1 (2pz)1 matéria:
piramidal.
Há 5 orbitais, três das quais com energias iguais. N 2 (g) + 3 H 2 (g) ! 2 NH 3 (g)
Grupo VII
1.2. cotação: 5 1 mol 3 mol 2 mol 1.
(C)
As orbitais com número quântico secundário l = 0 volume do reator: 1 L 1.1. cotação: 10 ;
são as orbitais do tipo s. concentrações no início da reação: A concentração do ião hidrónio na solução de amo-
Há, pois, 2 + 2 = 4 eletrões em orbitais s. níaco é:
0,200 mol/L 0,500 mol/L 0,050 mol/L
2. ⎡ H O+ ⎤ = 10−pH
quantidades de matéria no reator de 1 L no ⎣ 3 ⎦
2.1. cotação: 5 ;
início da reação: = 10−11,1
No estado fundamental, no átomo de hidrogénio,
n = 1.
0,200 mol 0,500 mol 0,050 mol = 7,943× 10−12 mol/L
A energia do eletrão neste nível de energia é: concentrações no final da reação: Na solução aquosa de amoníaco, tem-se, para o
–2,18 × 10–18 J. produto iónico da água:
Portanto, é necessário que cada fotão tenha a energia 0,156 mol/L 0,367 mol/L 0,139 mol/L
K w = ⎡ H 3O+ ⎤ × ⎡OH − ⎤
de 2,18 × 10–18 J para poder arrancar o eletrão ao ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
quantidades de matéria no reator de 1 L no final
átomo, de acordo com a teoria de Bohr. da reação: 1,0 × 10 = 7,943× 10 × OH − ⎤
−14 −12 ⎡
⎣ ⎦
2.2. cotação: 10
0,156 mol 0,367 mol 0,139 mol Donde:
De acordo com a teoria de Bohr, os eletrões do
−14
átomo de hidrogénio apenas podem transitar entre variação das quantidades de matéria no reator ⎡OH − ⎤ = 1,0 × 10
níveis de energia quantizados, discretos, com valores de 1 L: ⎣ ⎦ 7,943× 10−12
bem definidos. –0,044 –0,133 mol +0,089 mol = 1,26 × 10−3 mol/L
Se um eletrão no estado fundamental recebesse a
energia 1,80 × 10–18 J de um fotão, a sua energia Reagente limitante: Tendo em conta a estequiometria da reação e des-
passaria a ser: De acordo com a estequiometria da reação, 1 mol de prezando a autoionização da água, podemos concluir
N2 reage com 3 mol de H2. que [OH−] = [NH4+]. Por outro lado, a concentração
−2,18 × 10−18 J + 1,80 × 10−18 J = −0,38 × 10−18 J
No início, no reator há 0,200 mol de N2. A quantida- de NH3 no equilíbrio é praticamente igual à concen-
= − 3,8 × 10−19 J de de H2 devia ser 3 × 0,200 mol = 0,600 mol, para tração de NH3 no início, porque a ionização do amo-
Consultando a tabela, conclui-se que não há nenhum se manter a proporção estequiométrica, e é apenas níaco é relativamente pequena. Assim, a constante de
nível de energia com este valor. Logo, os fotões 0,500 mol. O H2 é, pois, o reagente limitante. basicidade do NH3 é:
de energia 1,80 × 10–18 J não provocam transições Rendimento da reação: ⎡ NH + ⎤ × ⎡OH − ⎤
Kb = ⎣
De acordo com a estequiometria da reação, 3 mol de 4 ⎦ ⎣ ⎦
eletrónicas nos átomos de hidrogénio no estado
fundamental. H2 produzem 2 mol de NH3. ⎡⎣ NH 3 ⎤⎦
Portanto, se a reação fosse completa, 0,500 mol de
2.3. cotação: 5 H2 produziriam: 1,26 × 10−3 × 1,26 × 10−3
=
(A) 3 mol de H 2 0,500 mol de H 2 0,10
=
No caso do átomo de H, as transições para o nível 2 mol de NH 3 n = 1,59 × 10−5 ≈ 10−5
2 correspondem a riscas espectrais na zona da luz
visível, entre 400 nm e 700 nm. 0,500 mol × 2 mol 1.2. cotação: 5
n=
Consultando a tabela, observa-se que a energia do ní- 3 mol (A)
vel 2, o nível para onde se dá a transição do eletrão, é = 0,333 mol O volume aumenta 5 vezes, de 50,0 mL para
–5,45 × 10–19 J. Como se calculou na tabela acima, a partir dos dados 250,0 mL. Como a quantidade de soluto se mantém,
A energia da radiação emitida é a diferença entre a do gráfico, a quantidade de NH3 apenas aumentou a concentração diminui 5 vezes, de 0,10 mol/L para
energia do estado inicial e a energia do estado final: 0,089 mol. Portanto, o rendimento da reação é, em 0,02 mol/L = 2,0 × 10–2 mol/L.
E = En,inicial − En,final percentagem: 2. cotação: 5
E = En,inicial − E2 0,089 mol
× 100 = 27% NH 4 + (aq) + H 2O (l) ! NH 3 (aq) + H 3O+ (aq)
0,333 mol
A energia dos fotões da radiação da risca é, pois,
EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova Escrita de Física e Química A
11.º Ano de Escolaridade
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova 715/2.ª Fase 16 Páginas

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2014

VERSÃO 1

Indique de forma legível a versão da prova.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

É permitida a utilização de régua, esquadro, transferidor e calculadora gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Deve riscar aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

A prova inclui uma tabela de constantes, um formulário e uma tabela periódica.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

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TABELA DE CONSTANTES
Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,00 × 108 m s-1
Módulo da aceleração gravítica de um corpo junto
g = 10 m s-2
à superfície da Terra
Constante de Gravitação Universal G = 6,67 × 10-11 N m2 kg-2
Constante de Avogadro NA = 6,02 × 1023 mol-1
Constante de Stefan-Boltzmann v = 5,67 × 10-8 W m-2 K-4
Produto iónico da água (a 25 °C) Kw = 1,00 × 10-14
Volume molar de um gás (PTN) Vm = 22,4 dm3 mol-1

FORMULÁRIO
• Conversão de temperatura (de grau Celsius para kelvin) ....................................... T = i + 273,15
T – temperatura absoluta (temperatura em kelvin)
i – temperatura em grau Celsius
m
• Densidade (massa volúmica) .......................................................................................... t = —
m – massa V
V – volume

• Efeito fotoelétrico ............................................................................................................. Erad = Erem + Ec


Erad – energia de um fotão da radiação incidente no metal
Erem – energia de remoção de um eletrão do metal
Ec – energia cinética do eletrão removido
n
• Concentração de solução ................................................................................................ c = —
n – quantidade de soluto V
V – volume de solução

• Relação entre pH e concentração de H3O+ ........................................... pH = -log {[H3O+] / mol dm-3}

• 1.ª Lei da Termodinâmica ............................................................................................... DU = W + Q + R


DU – variação da energia interna do sistema (também representada por DEi )
W – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de trabalho
Q – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de calor
R – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de radiação

• Lei de Stefan-Boltzmann ................................................................................................. P = e v AT 4


P – potência total irradiada pela superfície de um corpo
e – emissividade da superfície do corpo
v – constante de Stefan-Boltzmann
A – área da superfície do corpo
T – temperatura absoluta da superfície do corpo

• Energia ganha ou perdida por um corpo devido à variação


da sua temperatura ............................................................................................ E = m c DT
m – massa do corpo
c – capacidade térmica mássica do material de que é constituído o corpo
DT – variação da temperatura do corpo

• Taxa temporal de transferência de energia, sob a forma Q A


de calor, por condução ....................................................................................... –— = k –— DT
Dt l
Q – energia transferida, sob a forma de calor, por condução,
através de uma barra, no intervalo de tempo D t
k – condutividade térmica do material de que é constituída a barra
A – área da secção da barra, perpendicular à direção de transferência de energia
l – comprimento da barra
DT – diferença de temperatura entre as extremidades da barra

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®
• Trabalho realizado por uma força constante, F , que atua
sobre um corpo em movimento retilíneo .................................................................... W = Fd cosa
d – módulo do deslocamento do ponto de aplicação da força
a – ângulo definido pela força e pelo deslocamento
1
• Energia cinética de translação ....................................................................................... Ec = — mv 2
m – massa 2
v – módulo da velocidade

• Energia potencial gravítica em relação a um nível de referência .......................... Ep = m g h


m – massa
g – módulo da aceleração gravítica junto à superfície da Terra
h – altura em relação ao nível de referência considerado

• Teorema da energia cinética ........................................................................................... W = DEc


W – soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam num corpo,
num determinado intervalo de tempo
DEc – variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no mesmo
intervalo de tempo
m1 m 2
• Lei da Gravitação Universal ............................................................................................ Fg = G –—–—
r2
Fg – módulo da força gravítica exercida pela massa pontual m1 (m2)
na massa pontual m2 (m1)
G – constante de Gravitação Universal
r – distância entre as duas massas
® ®
• 2.ª Lei de Newton ...............................................................................................................
®
F =ma
F – resultante das forças que atuam num corpo de massa m
®
a – aceleração do centro de massa do corpo
1
• Equações do movimento retilíneo com aceleração constante ................................ x = x0 + v0 t + — at 2
x – valor (componente escalar) da posição 2
v – valor (componente escalar) da velocidade v = v0 + at
a – valor (componente escalar) da aceleração
t – tempo

• Equações do movimento circular com velocidade linear


v2
de módulo constante .................................................................................................... ac = —
r
ac – módulo da aceleração centrípeta
2rr
v – módulo da velocidade linear v = ——
T
r – raio da trajetória
2r
T – período do movimento ~ = ——
T
~ – módulo da velocidade angular
v
• Comprimento de onda ................................................................................................. m=—
f
v – módulo da velocidade de propagação da onda
f – frequência do movimento ondulatório

• Função que descreve um sinal harmónico ou sinusoidal ................................... y = A sin(~t)


A – amplitude do sinal
~ – frequência angular
t – tempo

• Fluxo magnético que atravessa uma superfície, de área A,


®
em que existe um campo magnético uniforme, B ............................................... Um = B A cosa
a – ângulo entre a direção do campo e a direção perpendicular à superfície
|DUm|
• Força eletromotriz induzida numa espira metálica .............................................. |fi| = —–—–
DUm – variação do fluxo magnético que atravessa a superfície delimitada Dt
pela espira, no intervalo de tempo Dt

• Lei de Snell-Descartes para a refração .................................................................... n1 sin a1 = n 2 sin a2


n1, n2 – índices de refração dos meios 1 e 2, respetivamente
a1, a2 – ângulos entre a direção de propagação da onda e a normal
à superfície separadora no ponto de incidência, nos meios 1 e 2, respetivamente

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TABELA PERIÓDICA
1 18
1
2
H He
1,01
2 13 14 15 16 17 4,00

Número atómico
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B C N O F Ne
6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
Massa atómica relativa

11 12 13 14 15 16 17 18

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Na Mg A Si P S C Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 97,91 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
57-71
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,21 208,98 [208,98] [209,99] [222,02]

87 88 104 105 106 107 108 109 110 111


89-103
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg
Actinídeos
[223] [226] [261] [262] [266] [264] [277] [268] [271] [272]

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36 151,96 157,25 158,92 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04 174,98

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
[227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escreva, na folha de respostas, o
número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Nas respostas aos itens em que é pedida a apresentação de todas as etapas de resolução, explicite todos os
cálculos efetuados e apresente todas as justificações ou conclusões solicitadas.
Utilize unicamente valores numéricos das grandezas referidas na prova (no enunciado dos itens, na tabela de
constantes e na tabela periódica).
Utilize os valores numéricos fornecidos no enunciado dos itens.

GRUPO I

Eis-nos diante desse divertimento popular chamado montanha-russa. Um carrinho, levado ao ponto mais
alto de uma linha de carris e aí abandonado à força da gravidade, cai, subindo e descendo depois pela linha
fantasticamente curva, dando aos que vão dentro dele todas as sensações violentas das súbitas mudanças
de velocidade… Partindo sempre do ponto mais alto, situado, por exemplo, a cem metros do chão, em parte
nenhuma do percurso alcança ponto mais alto do que aquele.
Vamos supor que alguém descobriu como eliminar totalmente as forças dissipativas e quer aplicar a sua
descoberta à construção de uma montanha-russa. Nessa construção, deve seguir uma regra muito simples:
não deve haver pontos situados a uma altura superior à do ponto de partida, embora a linha de carris possa ter
qualquer comprimento. Se o carrinho puder mover-se livremente até ao final da linha de carris, poderá, no seu
percurso, atingir várias vezes cem metros de altura, mas nunca poderá ultrapassar esse valor.
Nas montanhas-russas reais, não será assim: depois de abandonado, o carrinho nunca atingirá a altura do
ponto de partida, devido à ação das forças dissipativas.

A. Einstein, L. Infeld, A Evolução da Física, Lisboa,


Livros do Brasil, pp. 43-45 (adaptado)

1. No texto, são referidas «todas as sensações violentas das súbitas mudanças de velocidade».

Qual é o nome da grandeza a que se refere a expressão em itálico?

2. Um carrinho, abandonado no ponto mais alto da linha de carris de uma montanha-russa em que as forças
dissipativas tenham sido totalmente eliminadas, passa no ponto mais baixo dessa linha, situado ao nível
do chão, com uma velocidade cujo módulo é

(A) diretamente proporcional à energia mecânica inicial do sistema carrinho + Terra.

(B) diretamente proporcional à altura do ponto de partida.

(C) independente da massa do carrinho.

(D) independente do módulo da aceleração gravítica local.

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3. O trabalho realizado pelo peso do carrinho, entre o ponto de partida e o final da linha de carris,

(A) é independente do comprimento da linha de carris.

(B) depende do número de vezes que o carrinho atinge o ponto mais alto.

(C) é independente da massa do carrinho.

(D) depende da intensidade das forças dissipativas que atuem no carrinho.

4. Explique porque é que, nas montanhas-russas reais, «depois de abandonado, o carrinho nunca atingirá a
altura do ponto de partida».

GRUPO II

1. A Figura 1 representa um plano inclinado, no topo do qual se abandonou uma bola. A bola desce o plano
com aceleração constante.

Considere que a bola pode ser representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

Figura 1

Na tabela seguinte, estão registados os tempos, t, que a bola demorou a percorrer distâncias, d,
sucessivamente maiores, sobre esse plano, assim como os quadrados desses tempos, t 2.

d/m t/s t 2 / s2

0,80 2,14 4,580


1,00 2,40 5,760
1,20 2,63 6,917
1,40 2,84 8,066
1,60 3,03 9,181

Calcule o módulo da aceleração da bola, no movimento considerado, a partir da equação da reta que
melhor se ajusta ao conjunto dos valores de d e de t 2 registados na tabela.

Apresente todas as etapas de resolução.

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2. Numa outra situação, uma bola é abandonada de uma certa altura em relação ao solo, caindo verticalmente
em condições nas quais a resistência do ar pode ser considerada desprezável.

Considere que a bola pode ser representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

2.1. Considere um referencial unidimensional Oy, vertical, com origem no solo e sentido positivo de baixo
para cima.

Qual é o esboço do gráfico que pode representar a componente escalar da velocidade da bola, vy , em
relação ao referencial considerado, em função do tempo, t , desde o instante em que é abandonada
até chegar ao solo?

(A) vy (B) vy

0 0
t t

(C) vy (D) vy

0 0
t t

2.2. A bola cai e ressalta no solo.



Nos esquemas seguintes, o vetor ad representa a aceleração da bola num ponto da descida situado
a uma determinada altura em relação ao solo.


Em qual dos esquemas seguintes o vetor as representa a aceleração da bola no ponto da subida
situado à mesma altura?

"
as
(A) (B)
descida descida "
as

subida subida

"
ad "
ad
solo solo

(C) descida subida (D) descida subida

"
as
"
ad "
ad "
as
solo solo

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GRUPO III

Com o objetivo de estabelecer o balanço energético de um sistema gelo + água líquida, um grupo de alunos
realizou uma experiência, na qual adicionou 30,0 g de gelo fragmentado, à temperatura de 0,0 ºC, a 260,0 g
de água líquida, a 20,0 ºC.

Os alunos consultaram tabelas de constantes físicas e registaram os seguintes valores:

c água líquida (capacidade térmica mássica da água líquida) = 4,18 × 103 J kg-1 ºC-1
ΔH fusão gelo (variação de entalpia (ou calor) de fusão do gelo) = 3,34 × 105 J kg-1

1. Identifique a fonte e o recetor, quando se inicia o processo de transferência de energia que ocorre no
interior do sistema considerado.

2. Qual das expressões seguintes permite calcular a energia, em joules (J ), necessária para fundir
completamente o gelo?

(A) ^30,0 × 3,34 × 10 5 h J

3,34 × 10 5
(B) c mJ
0,0300

(C) ^0,0300 × 3,34 × 10 5 h J

3,34 × 10 5
(D) c mJ
30,0

3. Com base nos resultados obtidos experimentalmente, os alunos estabeleceram o balanço energético do
sistema.

3.1. Em que lei se baseia o estabelecimento do balanço energético do sistema?

3.2. Os alunos calcularam a energia recebida pelo gelo, desde que este foi adicionado à água líquida até
toda a mistura ter ficado à mesma temperatura de 11,0 ºC, tendo obtido 1,140 × 104 J.

Calcularam também a energia cedida pela água líquida, inicialmente a 20,0 ºC, no mesmo intervalo de
tempo. Com base nos resultados obtidos, concluíram que, naquele intervalo de tempo, tinha ocorrido
transferência de energia entre o sistema considerado e o exterior.

Conclua, justificando, em que sentido terá ocorrido aquela transferência de energia.

Apresente todas as etapas de resolução.

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–––—––––––––––—–——–—— Página em branco ––––––––—–—–—–————–-––

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GRUPO IV

A medição do índice de refração de soluções aquosas pode ser usada na determinação da concentração
do soluto. Esta técnica de análise quantitativa requer o traçado de curvas de calibração, que relacionam os
índices de refração, n, de soluções desse soluto com as respetivas concentrações, c.

A Figura 2 representa uma curva de calibração, obtida a partir de várias soluções aquosas de ácido
acético de diferentes concentrações. Os índices de refração das soluções, para uma determinada radiação
monocromática, foram medidos à temperatura de 20 ºC.

n
1,3520

1,3500

1,3480

1,3460

1,3440

1,3420

1,3400

1,3380

1,3360

1,3340

1,3320
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50

c / mol dm−3

Figura 2

1. Das várias soluções aquosas de ácido acético a partir das quais se obteve a curva de calibração
representada na Figura 2, considere as soluções de concentração 0,50 mol dm-3 e 1,34 mol dm-3 .

Sobre cada uma dessas soluções, a 20 ºC, fez-se incidir um feixe, muito fino, da radiação monocromática
referida, segundo um mesmo ângulo.

A velocidade de propagação dessa radiação será maior na solução de concentração

(A) 1,34 mol dm-3 , e o ângulo de refração será menor na mesma solução.

(B) 1,34 mol dm-3 , e o ângulo de refração será maior na mesma solução.

(C) 0,50 mol dm-3 , e o ângulo de refração será menor na mesma solução.

(D) 0,50 mol dm-3 , e o ângulo de refração será maior na mesma solução.

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2. A Figura 3 representa uma tina contendo uma solução aquosa
de ácido acético de concentração 1,20 mol dm-3 , à temperatura
de 20 ºC, sobre a qual incide um feixe, muito fino, da radiação 40,0º )
monocromática referida, segundo a direção representada.

Determine o ângulo de refração que se deverá observar.

Apresente todas as etapas de resolução. Figura 3

nar (índice de refração do ar) = 1,000

3. Quando a luz se propaga numa solução de ácido acético e incide na superfície de separação entre a
solução e o ar, segundo um ângulo superior ao ângulo crítico, ocorre reflexão total da luz.

O ângulo crítico depende do

(A) ângulo de incidência.


(B) ângulo de refração.
(C) índice de refração da solução.
(D) volume da solução.

4. As soluções aquosas de ácido acético a partir das quais se obteve a curva de calibração representada na
Figura 2 foram preparadas a partir de uma solução inicial de concentração 4,50 mol dm-3.

Qual é o fator de diluição a considerar na preparação da solução de ácido acético de concentração


0,50 mol dm-3 ?

(A) 9
(B) 5
(C) 4
(D) 2

5. A densidade de uma solução de ácido acético de concentração 0,50 mol dm-3 é 1,0025 × 103 g dm-3,
a 20 ºC.

Qual das expressões seguintes permite calcular a quantidade de ácido acético que existe em 100 g da
solução?

0,50 × 100
(A) c m mol (B) c 100
m mol
1,0025 × 10 3 0,50 × 1,0025 × 10 3

1,0025 × 10 3 0,50 × 1,0025 × 10 3


(C) c m mol (D) c m mol
0,50 × 100 100

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GRUPO V

O ácido acético, CH3COOH(aq), é um ácido monoprótico fraco, cuja ionização em água pode ser traduzida
por

CH3COOH(aq) + H2O(l ) ? CH3COO - (aq) + H3O+ (aq)

1. Nesta reação, podem ser identificados dois pares conjugados de ácido-base, segundo a teoria de
Brönsted-Lowry.

O que é uma base conjugada de um ácido de Brönsted-Lowry?

2. Considere uma solução aquosa de ácido acético de concentração 0,100 mol dm-3, à qual foi sendo
adicionada uma solução aquosa de hidróxido de sódio, NaOH(aq).

A tabela seguinte apresenta os valores de pH, a 25 ºC, da solução inicial e das soluções resultantes das
adições efetuadas, em função do volume total de NaOH(aq) adicionado.

Volume total de
pH
NaOH(aq) / cm3

0,00 2,88
10,00 4,16
25,00 4,76
40,00 5,36
50,00 8,73

2.1. Determine a percentagem de ácido acético não ionizado na solução inicial.

Apresente todas as etapas de resolução.

2.2. Quando o volume total de NaOH(aq) adicionado é 40,00 cm3, verifica-se que a concentração
hidrogeniónica, em relação ao valor inicial, diminui cerca de

(A) duas vezes.

(B) três vezes.

(C) trezentas vezes.

(D) mil vezes.

2.3. O ácido acético é um ácido fraco e, assim, a sua ionização em água ocorrerá em pequena extensão.

Conclua, justificando com base no Princípio de Le Châtelier, se a ionização deste ácido em água é
favorecida pela adição de NaOH(aq).

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 12/ 16


GRUPO VI

1. O ácido acético (M = 60,06 g mol-1) pode formar-se a partir do etanal, CH3CHO (M = 44,06 g mol-1),
segundo uma reação que pode ser traduzida por

5 CH3CHO(l) + 2 MnO4- (aq) + 6 H 3O+ (aq) " 5 CH3COOH(aq) + 2 Mn 2+ (aq) + 9 H2O(l)

1.1. Na reação considerada, o número de oxidação do manganês (Mn)

(A) aumenta, atuando o ião permanganato ( MnO4- ) como redutor.

(B) aumenta, atuando o ião permanganato ( MnO4- ) como oxidante.

(C) diminui, atuando o ião permanganato ( MnO4- ) como redutor.

(D) diminui, atuando o ião permanganato ( MnO4- ) como oxidante.

1.2. Considere uma amostra impura de CH3CHO, de massa 1,0 × 103 g, que contém 64% (em massa) de
CH3CHO.

Qual das expressões seguintes permite calcular a massa, em gramas (g), de CH3COOH que se
poderia formar a partir da reação de todo o CH3CHO existente na referida amostra?

64 × 60,06 × 10 3
(A) c mg
44,06

0,64 × 60,06 × 10 3
(B) c mg
44,06

0,64 × 44,06 × 10 3
(C) c mg
60,06

64 × 44,06 × 10 3
(D) c mg
60,06

1.3. Admita agora que, noutras condições, o rendimento da reação considerada é 85%.

Determine a massa de CH3CHO que tem de reagir para que se possa obter, na prática, 15 g de
CH3COOH.
Apresente todas as etapas de resolução.

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 13/ 16


2. A molécula de CH3COOH pode ser representada através da notação de Lewis por

H
O

••

——
••
H — C — C


O — H

••
H

••
A molécula de CH3COOH apresenta, no total,

(A) 24 eletrões de valência.

(B) 16 eletrões de valência.

(C) 12 eletrões de valência.

(D) 8 eletrões de valência.

3. Quantos átomos de hidrogénio existem em 5,0 moles de moléculas de ácido acético, CH3COOH?

(A) 2,4 × 10 25

(B) 3,0 × 10 24

(C) 2,4 × 10 24

(D) 1,2 × 10 25

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GRUPO VII

1. «Por oposição a estado fundamental, que é o estado natural dos átomos, existem estados que correspondem
à excitação dos átomos por fornecimento de energia.»
J. L. da Silva, P. F. da Silva, A Importância de Ser Eletrão, Lisboa, Gradiva, p. 99, 2009

1.1. O que se designa por estado fundamental de um átomo?

1.2. Considere um átomo do elemento que pertence ao 2.º período e ao grupo 15 da tabela periódica.

Quantos valores diferenciados de energia apresentam os eletrões de valência desse átomo no estado
fundamental?

(A) Dois.

(B) Três.

(C) Quatro.

(D) Cinco.

1.3. Considere um átomo do elemento cujo número atómico é 8.

Qual das configurações eletrónicas seguintes pode corresponder a esse átomo num estado excitado?

(A) 1s2 2s1 2px3 2py1 2p1z


(B) 1s2 2s1 2px2 2py2 2p1z
(C) 1s2 2s2 2px1 2py2 2p1z
(D) 1s1 2s3 2px2 2py1 2p1z

2. «Existem vários átomos cujas configurações eletrónicas de valência são semelhantes, diferindo apenas
no facto de envolverem diferentes números quânticos principais.»
J. L. da Silva, P. F. da Silva, A Importância de Ser Eletrão, Lisboa, Gradiva, p. 101, 2009

Esta afirmação refere-se a átomos de elementos de um mesmo _______________ da tabela periódica,


que apresentam um número _______________ de eletrões de valência.

(A) período … igual

(B) grupo … diferente

(C) período … diferente

(D) grupo … igual

3. Explique porque é que a energia de ionização dos átomos dos elementos representativos da tabela
periódica diminui ao longo de um mesmo grupo (à medida que o número atómico aumenta).

FIM

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 15/ 16


COTAÇÕES

GRUPO I GRUPO V
1. ................................................... 5 pontos 1. ................................................... 5 pontos
2. ................................................... 5 pontos 2.
3. ................................................... 5 pontos 2.1. ........................................... 10 pontos
4. ................................................... 15 pontos 2.2. ........................................... 5 pontos
30 pontos 2.3. ........................................... 10 pontos
30 pontos
GRUPO II
1. ................................................... 10 pontos
2. GRUPO VI
2.1. ........................................... 5 pontos 1.
2.2. ........................................... 5 pontos 1.1. ........................................... 5 pontos
20 pontos 1.2. ........................................... 5 pontos
1.3. ........................................... 10 pontos
GRUPO III 2. ................................................... 5 pontos
1. ................................................... 5 pontos 3. ................................................... 5 pontos
2. ................................................... 5 pontos 30 pontos
3.
3.1. ........................................... 5 pontos
3.2. ........................................... 15 pontos GRUPO VII
30 pontos 1.
1.1. ........................................... 5 pontos
GRUPO IV 1.2. ........................................... 5 pontos
1. ................................................... 5 pontos 1.3. ........................................... 5 pontos
2. ................................................... 10 pontos 2. ................................................... 5 pontos
3. ................................................... 5 pontos 3. ................................................... 10 pontos
4. ................................................... 5 pontos 30 pontos
5. ................................................... 5 pontos
30 pontos TOTAL ...................................... 200 pontos

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 16/ 16


Exame disponível em http://www.gave.min-edu.pt.
Resolução do Teste Intermédio de Física e Química A (11.º ano), 2014 (12-2)
Resolução do Exame de Física e Química A (11.º ano), 2014, 2.ª Fase

Grupo I Como a situação descrita corresponde a um movi-


10,02 × 103 J + 1,38 × 103 J = 11,40 × 103 J
1. cotação: 5 mento retilíneo com aceleração constante, a distância
percorrida é dada por: Portanto, a água do gelo recebeu maior quantidade de
Aceleração. energia (11,40 × 103 J) do que a que foi cedida pela
1
A aceleração é, por definição, a grandeza física que d = a t2 água (9,78 × 103 J) que se encontrava inicialmente
mede a taxa instantânea de variação de velocidade. 2
no sistema. Logo, houve transferência de energia do
Note-se que a velocidade é uma grandeza vetorial. Desprezando a ordenada na origem (que surge exterior (ambiente) para o sistema.
Deste modo, para haver aceleração, deve haver devido à incerteza nas diversas medições), podemos Como se pode verificar, a energia cedida pelos
mudança de velocidade (aumentar, ou diminuir, e/ou concluir que, em unidades SI: 260,0 g de água líquida nem seria suficiente para
mudar de direção). 1 fundir o gelo.
a = 0,1738
2. cotação: 5 2
(C) Logo, a magnitude da aceleração é: Grupo IV
À medida que o carrinho diminui de altura, a sua m/s 1. cotação: 5
energia potencial diminui proporcionalmente à altura a = 0,3476
s (D)
(Ep = m g h). Não havendo forças dissipativas, a
m/s Índices de refração das duas soluções:
diminuição de energia potencial surge como energia = 0,348
cinética, Ec = ½ m v2: s 1,3350 para a solução de c = 0,50 mol/L
1,3385 para a solução de c = 1,34 mol/L
1 2
m g h = m v2 O índice de refração n de um meio é definido pelo
2 quociente
2.1. cotação: 5
Resolvendo em ordem a v, vem: c
(B) n=
1 O referencial tem origem no solo e o eixo Oy aponta v
g h = v2
2 para cima. sendo c a velocidade da luz no vácuo e v a velocida-
v = 2g h A velocidade inicial é nula; a aceleração aponta de da luz nesse meio.
para baixo. A velocidade aumenta, à medida que a Quanto maior for a velocidade da luz v no meio,
Portanto, a velocidade v após a queda da altura h
bola cai; no eixo referido, a componente escalar da menor é o índice de refração n e menor é a “quebra”
depende da aceleração gravítica g e da altura h, mas
velocidade é cada vez mais negativa, assim que se ou refração dos raios de luz quando transitam do ar
não depende da massa do carrinho.
inicia o movimento. para esse meio.
3. cotação: 5 Assim, a velocidade da luz será maior na solução que
2.2. cotação: 5
(A) tem menor indíce de refração (1,3350), a solução de
(D)
Por definição, o trabalho do peso (força gravíti- menor concentração (c = 0,50 mol/L). Se tem menor
Com excepção do pequeno intervalo de tempo em
ca) quando o corpo se move entre dois pontos é índice de refração, a luz não “quebra tanto” e o ângu-
que se dá a colisão com o solo, no movimento de res-
simétrico da variação de energia potencial. Portanto, lo de refração será maior (ângulo entre a reta normal
salto do bola a aceleração aponta sempre para baixo
como a variação de energia potencial só depende da no ponto de incidência e o raio refratado).
e é igual à aceleração da gravidade, que é constante,
diferença da altura dos pontos, o trabalho do peso 2. cotação: 10
quer na subida, quer na descida.
não depende do comprimento da linha de carris mas
sim da diferença de alturas entre o ponto de partida e Grupo III O ângulo de incidência i (ângulo entre a perpendicu-
o ponto de chegada. 1. cotação: 5 lar no ponto de incidência e o raio incidente) vale:
90º – 40º = 50º
4. cotação: 15 Fonte: 260,0 g de água líquida, inicialmente à tempe- Segundo a lei de Snell-Descartes, tem-se:
Nas montanhas-russas reais há forças dissipativas no ratura de 20,0 °C.
nar × sin i = nsol × sin r
movimento do carrinho: forças de atrito no contacto Recetor: 30,0 g de gelo fragmentado, inicialmente à
entre as rodas e os carris, forças de atrito nos eixos e temperatura de 0,0 ºC. 1,00 × sin50º = 1,3380 × sin r
forças de resistência do ar. 2. cotação: 5 Donde:
Quando o carrinho é abandonado, diminui de altura (C) 1,00 × 0,766 = 1,3380 × sin r
e, portanto, diminui de energia potencial. Havendo O calor de fusão do gelo é: 1,00 × 0,766
conservação da energia mecânica, a diminuição sin r =
3,34 × 105 J 1,3380
de energia potencial é compensada pelo aumento
da energia cinética, em igual valor. Não havendo kg = 0,5725
conservação da energia mecânica, devido às forças Para fundir 30,0 g = 0,0300 kg é necessário fornecer O ângulo de refração r (ângulo entre a perpendicular
dissipativas, a energia cinética na parte mais baixa a energia de: no ponto de incidência e o raio refratado), cujo seno
do percurso será inferior à energia potencial na parte é 0,5725 vale:
3,34 × 105 J r = arcsin0,5725
mais alta do percurso. × 0,030 kg = 3,34 × 105 × 0,030 J
Assim, quando o carrinho inicia a subida, inicia-a kg
= 34,9º
com um menor valor de energia mecânica. Não 3.
havendo intervenção exterior, nunca conseguirá 3. cotação: 5
regressar ao ponto de partida, que corresponderia a 3.1. cotação: 5 (C)
atingir um valor de energia mecânica superior ao que Lei da conservação da energia (1.ª Lei da Termodi- Segundo a lei de Snell-Descartes, tem-se (note-se
teria no início da subida. nâmica). que a luz provém da solução e emerge no ar):
Grupo II 3.2. cotação: 15 nsol × sin i = nar × sin r
1. cotação: 10 Diminuição de temperatura da água líquida: Donde:
Determinação do modelo matemático (reta ou função 20,0 ºC – 11,0 °C = 9,0 °C nar × sin r
linear) que descreve d em função de t2: Energia cedida pela água quando arrefeceu: sin i =
nsol
J
4,18 × 103 × 0,260 kg × 9,0 ºC = 9,78 × 103 J O ângulo crítico de incidência i corresponde a um
kg × ºC
ângulo de refração de 90º, cujo seno é 1. Portanto,
Aumento de temperatura da água do gelo, após a tem-se, para o ângulo crítico:
fusão: n
11,0 °C – 0,0 °C = 11,0 °C sin i = ar
nsol
Energia recebida pela água do gelo após a fusão:
J 4. cotação: 5
4,18 × 103 × 0,030 kg × 11,0 ºC = 1,38 × 103 J
kg × ºC (A)
Energia recebida pela água do gelo durante a fusão: A concentração vai diminuir 9 vezes:
3,34 × 105 J 0,50 mol/L 1
=
× 0,030 kg = 10,02 × 103 J
kg 4,50 mol/L 9
Energia total recebida pela água do gelo:
5. cotação: 5 desta base aumenta a concentração de 3. cotação: 5
(A) CH3COO– (aq). (D)
Volume de 100 g da solução de ácido acético: Grupo VI Por cada molécula, há 4 átomos de H. Por cada mole
1,0025 × 103 g 100 g 1. de moléculas há:
=
1L V 4 × 6 × 1023 átomos = 24 × 1023 átomos
1.1. cotação: 5
100 g × 1 L 100 (D)
Por cada 5 moles de moléculas há:
V= = L
1,0025 × 103 g 1,0025 × 103 Número de oxidação do manganês em MnO4–: 5 × 4 × 6 × 1023 átomos = 120 × 1023 átomos
Quantidade de matéria, em moles, deste volume de n + 4 × (–2) = – 1 = 1,2 × 1025 átomos
solução: n=–1+8
n=+7 Grupo VII
0,50 mol n
= Número de oxidação do manganês em Mn2+: 1.
1L 100
L +2
1,0025 × 103 O número de oxidação diminuiu de + 7 para + 2. 1.1. cotação: 5
100 Portanto, o ião permanganato reduziu-se e oxidou o Por definição, o estado fundamental do átomo é o
0,50 mol × L etanal.
1,0025 × 103 estado de menor energia dos eletrões.
n=
1L 1.2. cotação: 5 1.2. cotação: 5
100 (B) (A)
= 0,50 × mol
1,0025 × 103 Massas molares: 2.º período, grupo 15... é o elemento N, azoto ou ni-
g trogénio (ver tabela periódica), de número atómico 7.
M CH = 60,06 Tem 2 eletrões no nível 1 e 5 no nível 2.
3COOH mol
Grupo V Dos 5 que estão no nível 2, dois eletrões estão no
g
1. cotação: 5 M CH CHO = 44,06 orbital 2s e três eletrões em 3 orbitais 2p, degenera-
3 mol
das (têm as três a mesma energia).
Uma base conjugada de um ácido, de acordo com a Na reação, a proporção é de 5 moles de CH3CHO Os eletrões de valência estão pois em dois níveis de
definição de Brönsted-Lowry, é uma espécie química para 5 moles de CH3COOH, isto é, de 1 mol para energia, isto é, dois valores diferenciados de energia.
que resulta da perda de um protão pelo respetivo 1 mol.
ácido. 1.3. cotação: 5
Em massa, essa proporção é de 44,06 g de CH3CHO
Por exemplo, o ião acetato CH3COO– é a base conju- para 60,06 de CH3COOH. (B)
gada do ácido acético CH3COOH. A amostra impura contém Opção (A) errada, 3 eletrões num orbital 2p...
2. 64 Opção (C) errada, não há eletrões que não estejam no
1,0 × 103 g × = 0,64 × 103 g estado fundamental…
2.1. cotação: 10 100
Opção (D) errada, 3 eletrões num orbital 2s...
O pH da solução inicial (na tabela) é 2,88. de CH3CHO.
2. cotação: 5
Por definição de pH, tem-se, para a concentração de Portanto, com esta massa de CH3CHO obtém-se:
3
0,64 × 10 g de CH 3CHO
(D)
[H3O+] na solução inicial: 44,06 g de CH 3CHO
=
+
“Existem vários átomos cujas configurações
pH = − log[H 3O ] 60,06 g de CH 3COOH m de CH 3COOH
eletrónicas de valência são semelhantes”: portanto,
44,06 g 0,64 × 103 g pertencem ao mesmo grupo.
2,88 = − log[H 3O+ ] =
60,06 g m “(…) diferindo apenas no facto de envolverem
log[H 3O+ ] = −2,88 0,64 × 103 × 60,06 diferentes números quânticos principais”: portanto,
m= g
+ −2,88 44,06 pertencem a períodos diferentes.
[H 3O ] = 10
1.3. cotação: 10 3. cotação: 10
mol
= 1,318 × 10−3 Ao longo de um mesmo grupo ou coluna da tabela
L Simplificando a reação, tem-se:
periódica (em particular nos chamados elementos
A dissociação do ácido acético dá-se de acordo com 5 CH 3CHO (l) + ... → 5 CH 3COOH (aq) + ...
representativos), à medida que o número atómico
a equação: Esta proporção estequiométrica também pode ser aumenta, os eletrões de valência encontram-se em
CH 3COOH (aq) + H 2O (aq) ! CH 3COO− (aq) + H 3O+ (aq) escrita como: orbitais com número quântico principal cada vez
mol CH 3CHO (l) + ... → CH 3COOH (aq) + ... maior, em átomos que tendem a ter maior raio.
0,100 mol
1,318 × 10−3 A força de atração entre o núcleo atómico e esses
L L Para se obter 15 g de CH3COOH com 85% de rendi- eletrões tende, portanto, a diminuir.
num litro, há... mento é necessário obter 17,6 g: Deste modo, é de esperar que a energia mínima
0,100 mol 1,318 × 10−3 mol 1,318 × 10−3 mol CH 3CHO (l) + ... → CH 3COOH (aq) + ... necessária para remover um dos eletrões de valência
quantidade não ionizada: g g (energia de ionização) tenda também a diminuir.
0,100 mol − 1,318 × 10−3 mol 44,06 60,06
mol mol
Portanto, a percentagem de ácido acético não ioni-
zado é: 44,06 g 60,06 g
0,100 mol − 1,318 × 10−3 mol
× 100% = 98,7% 15 g m
0,100 mol =
85% 100%
2.2. cotação: 5
m = 17,6 g
(C)
O pH passou de 2,88 para 5,36. Comparando as Para se obter 17,6 g de ácido acético (CH3COOH), a
concentrações correspondentes, tem-se: massa de CH3CHO necessária seria:
44,06 g de CH 3CHO m de CH 3CHO
10−2,88 =
= 302 60,06 g de CH 3COOH 17,6 g de CH 3COOH
10−5,36
44,06 g m
2.3. cotação: 10 =
60,06 g 17,6 g
Adicionando NaOH (aq) a uma solução aquosa de 44,06 × 17,6
ácido acético provoca a diminuição da concentração m= g
60,06
de H3O+ (aq) devido à presença do ião OH– (aq), que
reage com H3O+ (aq) para formar moléculas de água, = 12,9 g
H2O (l). 2. cotação: 5
De acordo com o Princípio de Le Châtelier, o sistema
tende a contrariar a perturbação. Portanto, é favoreci- (A)
da a reação que conduz a um aumento da concentra- 4 átomos de H, 4 × 1 = 4 eletrões de valência.
ção de H3O+ (aq). 2 átomos de O, 2 × 6 = 12 eletrões de valência.
A ionização do ácido acético na água é, pois, favo- 2 átomos de C, 2 × 4 = 8 eletrões de valência.
recida pela adição de NaOH (aq). Ou seja, a adição Total: 4 + 12 + 8 = 24 eletrões de valência.
EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova Escrita de Física e Química A


10.º e 11.º Anos de Escolaridade

Prova 715/2.ª Fase 16 Páginas

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2013

VERSÃO 1

Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2).
A ausência dessa indicação implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de
escolha múltipla.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Pode utilizar régua, esquadro, transferidor e máquina de calcular gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo
que pretende que não seja classificado.

Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respetivas respostas. As respostas
ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com zero pontos.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:


•  o número do item;
•  a letra que identifica a única opção escolhida.

Nos itens de construção de cálculo, apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos
os cálculos efetuados e apresentando todas as justificações e/ou conclusões solicitadas.

A prova inclui uma tabela de constantes na página 2, um formulário nas páginas 2 e 3, e uma
tabela periódica na página 4.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 1/ 16


TABELA DE CONSTANTES
Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,00 × 108 m s-1
Módulo da aceleração gravítica de um corpo junto
g = 10 m s-2
à superfície da Terra
Constante de Gravitação Universal G = 6,67 × 10-11 N m2 kg-2
Constante de Avogadro NA = 6,02 × 1023 mol-1
Constante de Stefan-Boltzmann v = 5,67 × 10-8 W m-2 K-4
Produto iónico da água (a 25 °C) Kw = 1,00 × 10-14
Volume molar de um gás (PTN) Vm = 22,4 dm3 mol-1

FORMULÁRIO
• Conversão de temperatura (de grau Celsius para kelvin) ....................................... T = i + 273,15
T – temperatura absoluta (temperatura em kelvin)
i – temperatura em grau Celsius
m
• Densidade (massa volúmica) .......................................................................................... t = —
m – massa V
V – volume

• Efeito fotoelétrico ............................................................................................................. Erad = Erem + Ec


Erad – energia de um fotão da radiação incidente no metal
Erem – energia de remoção de um eletrão do metal
Ec – energia cinética do eletrão removido
n
• Concentração de solução ................................................................................................ c = —
n – quantidade de soluto V
V – volume de solução

• Relação entre pH e concentração de H3O+ ........................................... pH = -log {[H3O+] / mol dm-3}

• 1.ª Lei da Termodinâmica ............................................................................................... DU = W + Q + R


DU – variação da energia interna do sistema (também representada por DEi )
W – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de trabalho
Q – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de calor
R – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de radiação

• Lei de Stefan-Boltzmann ................................................................................................. P = e v AT 4


P – potência total irradiada pela superfície de um corpo
e – emissividade da superfície do corpo
v – constante de Stefan-Boltzmann
A – área da superfície do corpo
T – temperatura absoluta da superfície do corpo

• Energia ganha ou perdida por um corpo devido à variação


da sua temperatura ............................................................................................ E = m c DT
m – massa do corpo
c – capacidade térmica mássica do material de que é constituído o corpo
DT – variação da temperatura do corpo

• Taxa temporal de transferência de energia, sob a forma Q A


de calor, por condução ....................................................................................... –— = k –— DT
Q – energia transferida, sob a forma de calor, por condução, Dt l
através de uma barra, no intervalo de tempo D t
k – condutividade térmica do material de que é constituída a barra
A – área da secção da barra, perpendicular à direção de transferência de energia
l – comprimento da barra
DT – diferença de temperatura entre as extremidades da barra

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 2/ 16


®
• Trabalho realizado por uma força constante, F , que atua
sobre um corpo em movimento retilíneo .................................................................... W = Fd cosa
d – módulo do deslocamento do ponto de aplicação da força
a – ângulo definido pela força e pelo deslocamento
1
• Energia cinética de translação ....................................................................................... Ec = — mv 2
m – massa 2
v – módulo da velocidade

• Energia potencial gravítica em relação a um nível de referência .......................... Ep = m g h


m – massa
g – módulo da aceleração gravítica junto à superfície da Terra
h – altura em relação ao nível de referência considerado

• Teorema da energia cinética ........................................................................................... W = DEc


W – soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam num corpo,
num determinado intervalo de tempo
DEc – variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no mesmo
intervalo de tempo
m1 m 2
• Lei da Gravitação Universal ............................................................................................ Fg = G –—–—
r2
Fg – módulo da força gravítica exercida pela massa pontual m1 (m2)
na massa pontual m2 (m1)
G – constante de Gravitação Universal
r – distância entre as duas massas
® ®
• 2.ª Lei de Newton ...............................................................................................................
®
F =ma
F – resultante das forças que atuam num corpo de massa m
®
a – aceleração do centro de massa do corpo
1
• Equações do movimento retilíneo com aceleração constante ................................ x = x0 + v0 t + — at 2
x – valor (componente escalar) da posição 2
v – valor (componente escalar) da velocidade v = v0 + at
a – valor (componente escalar) da aceleração
t – tempo

• Equações do movimento circular com velocidade linear


v2
de módulo constante .................................................................................................... ac = —
r
ac – módulo da aceleração centrípeta
2rr
v – módulo da velocidade linear v = ——
T
r – raio da trajetória
2r
T – período do movimento ~ = ——
T
~ – módulo da velocidade angular
v
• Comprimento de onda ................................................................................................. m=—
f
v – módulo da velocidade de propagação da onda
f – frequência do movimento ondulatório

• Função que descreve um sinal harmónico ou sinusoidal ................................... y = A sin(~t)


A – amplitude do sinal
~ – frequência angular
t – tempo

• Fluxo magnético que atravessa uma superfície, de área A,


®
em que existe um campo magnético uniforme, B ............................................... Um = B A cosa
a – ângulo entre a direção do campo e a direção perpendicular à superfície
|DUm|
• Força eletromotriz induzida numa espira metálica .............................................. |fi| = —–—–
DUm – variação do fluxo magnético que atravessa a superfície delimitada Dt
pela espira, no intervalo de tempo Dt

• Lei de Snell-Descartes para a refração .................................................................... n1 sin a1 = n 2 sin a2


n1, n2 – índices de refração dos meios 1 e 2, respetivamente
a1, a2 – ângulos entre a direção de propagação da onda e a normal
à superfície separadora no ponto de incidência, nos meios 1 e 2, respetivamente

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 3/ 16


TABELA PERIÓDICA
1 18
1
2
H He
1,01
2 13 14 15 16 17 4,00

Número atómico
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B C N O F Ne
6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
Massa atómica relativa

11 12 13 14 15 16 17 18

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 4/ 16


Na Mg A Si P S C Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 97,91 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
57-71
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,21 208,98 [208,98] [209,99] [222,02]

87 88 104 105 106 107 108 109 110 111


89-103
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg
Actinídeos
[223] [226] [261] [262] [266] [264] [277] [268] [271] [272]

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36 151,96 157,25 158,92 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04 174,98

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
[227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, B, C ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.
Se apresentar mais do que uma opção, a resposta será classificada com zero pontos, o mesmo acontecendo
se a letra transcrita for ilegível.
Utilize unicamente valores numéricos das grandezas referidas na prova (no enunciado, na tabela de constantes
e na tabela periódica).
Utilize os valores numéricos fornecidos no enunciado.

GRUPO I

Em 1945, Arthur C. Clarke, numa revista de eletrónica amadora, avançou com uma das maiores ideias
das ciências espaciais: o satélite geoestacionário. O artigo especulava sobre a possibilidade de uma rede de
satélites fornecer uma cobertura radiofónica à escala mundial.
Um satélite geoestacionário devia situar-se numa órbita especial, a chamada órbita de Clarke. Essa órbita,
sobre o equador da Terra e a cerca de 3,6 ×104 km de altitude, está hoje povoada de satélites, não só de
comunicações, como de meteorologia. Porquê 3,6 ×104 km? É só fazer as contas, usando a segunda lei de
Newton e a lei da gravitação universal. Aprende-se na Física do 11.º ano que um satélite a essa altitude demora
um dia a dar a volta à Terra. Como a Terra também dá uma volta completa em torno do seu eixo nesse intervalo
de tempo, um satélite geoestacionário é visto do equador da Terra como estando permanentemente parado.

Carlos Fiolhais, «Arthur C. Clarke: da órbita ao elevador espacial»,


Gazeta de Física, vol. 30, n.º 3/4, 2007 (adaptado)

1. Considere um local à superfície da Terra situado a 3,6 × 104 km de um satélite geoestacionário.

Qual das expressões seguintes permite calcular o tempo, em segundos (s), que um sinal eletromagnético
enviado por esse satélite demora a chegar àquele local?

3,6 × 10 4
(A) s
3,00 × 10 8
3,6×10 4 ×10 3
(B) s
3,00 × 10 8
3,00 × 10 8
(C) s
3,6×10 4
3,00 × 10 8
(D) s
3,6×10 4 ×10 3

2. Verifique, partindo da segunda lei de Newton e da lei da gravitação universal, que um satélite a
3,6 × 104 km de altitude demora um dia a dar a volta à Terra.
Apresente todas as etapas de resolução.

raio da Terra = 6,4 × 106 m


massa da Terra = 5,98 × 1024 kg

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 5/ 16


3. Os satélites estão, geralmente, equipados com painéis fotovoltaicos, que produzem energia elétrica para
o funcionamento dos sistemas de bordo.

Considere que a intensidade média da radiação solar, ao nível da órbita de um satélite geoestacionário, é
1,3 × 103 W m -2.

3.1. Para que a intensidade média da radiação solar incidente num painel colocado num satélite
geoestacionário seja 1,3 × 103 W m -2, esse painel terá de estar orientado segundo um plano

(A) perpendicular à direção da radiação incidente, e poderá ter uma área diferente de 1 m2 .

(B) perpendicular à direção da radiação incidente, e terá que ter uma área de 1 m2 .

(C) paralelo à direção da radiação incidente, e terá que ter uma área de 1 m2 .

(D) paralelo à direção da radiação incidente, e poderá ter uma área diferente de 1 m2 .

3.2. Admita que um satélite geoestacionário está equipado com um conjunto de painéis fotovoltaicos,
adequadamente orientados, de rendimento médio 20% e de área total 12 m2 .

Determine a energia elétrica média, em quilowatt-hora (kW h), produzida por aquele conjunto de
painéis fotovoltaicos durante um dia.

Apresente todas as etapas de resolução.

4. As comunicações via satélite utilizam, geralmente, radiações na gama das micro-ondas.

Indique duas características dessas radiações que as tornam adequadas às comunicações via satélite.

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 6/ 16


GRUPO II

Nos finais do século XVIII, elevaram-se na atmosfera os primeiros balões, do


tipo representado na Figura 1. A história destes balões foi contada por Rómulo
de Carvalho no livro História dos Balões (Atlântida, 1959).

1. Para fazer subir o primeiro balão, de volume aproximado 800 m3,


«os inventores colocaram na boca do balão uma grelha de ferro, sobre a
qual dispuseram palha e pedaços de lã, [...] aos quais lançaram fogo», o que
Figura 1
permitiu aquecer gradualmente o ar nele contido.

1.1. Identifique o principal processo de transferência de energia, como calor, que permite o aquecimento
de todo o ar contido no balão e descreva o modo como essa transferência ocorre.

1.2. Considere que o ar contém cerca de 21%, em volume, de oxigénio e que Vm representa o volume
molar de um gás, em dm3 mol-1, em quaisquer condições de pressão e de temperatura.

Qual das expressões seguintes permite calcular a quantidade aproximada de oxigénio que existia
no balão?

800 × 10 × 0,21
(A) e o mol
Vm

(B) c 800 ×10 × Vm m mol


0,21

800 × 10 3 × 0,21
(C) c m mol
Vm
3
(D) c 800 ×10 × Vm m mol
0,21

2. Jacques Charles (1746-1823), pioneiro do estudo dos gases, conseguiu estimar a variação da altitude de
um balão, admitindo que a pressão atmosférica diminuía cerca de 1,32 × 10-3 atm por cada 10 m subidos.

Assim, um balão que tivesse sido largado de um local onde a pressão atmosférica fosse 1,00 atm e que se
encontrasse num local onde a pressão atmosférica fosse 0,60 atm, teria subido cerca de

(A) 1,0 × 103 m

(B) 3,0 × 103 m

(C) 4,5 × 103 m

(D) 7,5 × 103 m

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 7/ 16


3. A Figura 2 representa um balão, de massa m, que subiu 2,0 × 103 m na vertical e que foi depois desviado
pelo vento, deslocando-se 1,0 × 103 m na horizontal.

1,0 × 103 m

m
10 3
2,0 × 103 m

×
2,2
Figura 2

Qual das expressões seguintes, onde g representa o módulo da aceleração gravítica, permite calcular o

trabalho realizado, no deslocamento considerado, pela força gravítica, Fg , que atua no balão?

(A) WF→g = -2,0 × 103 m g

(B) WF→g = -1,0 × 103 m g

(C) WF→g = -3,0 × 103 m g

(D) WF→g = -2,2 × 103 m g

4. Qual é o esboço do gráfico que pode representar, globalmente, a temperatura do ar na troposfera, em


função da altitude?

(A) (B) (C) (D)


temperatura

temperatura

temperatura
temperatura

0 altitude 0 altitude 0 altitude 0 altitude

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 8/ 16


GRUPO III

1. Considere uma bola que, tendo sido abandonada, no instante t = 0,0 s, de uma determinada altura em
relação ao solo, cai em queda livre.

Em qual dos seguintes diagramas se encontram corretamente marcadas as posições da bola nos instantes
t = 0,0 s, t = 0,2 s e t = 0,4 s, em relação ao referencial unidimensional representado?

(A) (B) (C) (D)

0,0 0,0 0,0 0,0

0,5 0,5 0,5 0,5

1,0 1,0 1,0 1,0

1,5 1,5 1,5 1,5

2,0 2,0 2,0 2,0

y /m y /m y /m y /m

2. Considere agora uma bola, de massa 4,0 g, que cai verticalmente, acabando por atingir uma velocidade
terminal.

Admita que a bola pode ser representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

Calcule a energia dissipada pelo sistema bola + Terra quando a bola percorre 50,0 cm com velocidade
terminal.

Apresente todas as etapas de resolução.

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 9/ 16


3. A Figura 3 representa um plano inclinado, no topo do qual se colocou um sensor de movimento, S. Uma
pequena bola foi lançada de modo a subir o plano, segundo uma trajetória retilínea com a direção do eixo
Ox do referencial unidimensional representado na figura.
Admita que a bola pode ser representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

0
S x/m

Figura 3

3.1. Em qual dos seguintes esquemas se encontram corretamente representados os vetores velocidade,
→ →
v , e aceleração, a , num instante em que a bola se encontra a subir o plano?

(A) (B)

→ →
v →
a a →
v

(C) (D)

→ →
v a → →
a v

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 10/ 16


3.2. Se as forças dissipativas forem desprezáveis, a altura máxima atingida pela bola sobre o plano será

(A) diretamente proporcional ao módulo da velocidade de lançamento.

(B) inversamente proporcional ao quadrado do módulo da velocidade de lançamento.

(C) inversamente proporcional ao módulo da velocidade de lançamento.

(D) diretamente proporcional ao quadrado do módulo da velocidade de lançamento.

3.3. A partir dos dados adquiridos com o sensor de movimento, concluiu-se que, durante a subida,
a componente escalar, segundo o eixo Ox, da posição, x, da bola sobre o plano variava com o
tempo, t, de acordo com a equação

x = 1,5 t 2 − 2,4 t + 2,0 ^SIh

Apresente o gráfico da componente escalar da posição, x, da bola em função do tempo, t, desde o


instante em que a bola foi lançada ( t = 0 s ) até ao instante em que, sobre o plano, a bola inverteu o
sentido do movimento.

Utilize a calculadora gráfica.

Na sua resposta, deve reproduzir o gráfico obtido com a calculadora, no intervalo de tempo
considerado, indicando no gráfico:
•  as grandezas representadas e as respetivas unidades;
•  as coordenadas dos pontos que correspondem ao instante em que a bola foi lançada e ao instante
em que, sobre o plano, a bola inverteu o sentido do movimento.

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GRUPO IV

1. O trióxido de enxofre, SO3, pode decompor-se, em fase gasosa, originando dióxido de enxofre, SO2, e
oxigénio, O2 . A reação pode ser traduzida por

2 SO3(g) ? 2 SO2(g) + O2(g)

1.1. Considere que num recipiente de 2,0 dm3 se introduziram 4,0 mol de SO3(g), à temperatura T .
Depois de o sistema químico atingir o equilíbrio, verificou-se que apenas 40% da quantidade inicial
de SO3(g) tinha reagido.

Determine a constante de equilíbrio, Kc , da reação considerada, à temperatura T .


Apresente todas as etapas de resolução.

1.2. A reação de decomposição do SO3(g) é uma reação endotérmica, em que o sistema químico absorve
9,82 × 104 J por cada mole de SO3 que se decompõe.
A variação de energia, em joule (J ), associada à decomposição de duas moles de SO3(g) será

(A) - ^9,82 × 10 4 × 2h J

9,82 ×10 4 m
(B) + c J
2

(C) + ^9,82 × 10 4 × 2h J

9,82 ×10 4 m
(D) - c J
2

2. Quantas vezes é que a densidade do SO3(g) é maior do que a densidade do SO2(g), nas mesmas condições
de pressão e de temperatura?

Apresente o resultado com três algarismos significativos.

3. O SO3(g) é usado na preparação do ácido sulfúrico comercial, por reação com vapor de água. A reação
que ocorre pode ser traduzida por

SO3(g) + H2O(g) ? H2SO4(aq)

Considere que se obtém uma solução concentrada de ácido sulfúrico, de densidade 1,84 g cm-3, que
contém 98%, em massa, de H2SO4.

Determine a massa de H2SO4 que existe em 100 cm3 da solução.


Apresente todas as etapas de resolução.

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GRUPO V

1. Considere que se representa a molécula de O2 utilizando a notação de Lewis.

Quantos pares de eletrões de valência não ligantes devem ser representados em cada um dos átomos de
oxigénio?

(A) Um par. (B) Dois pares.

(C) Três pares. (D) Quatro pares.

2. Um dos eletrões de valência menos energéticos de um átomo de oxigénio, no estado fundamental, pode
ser caracterizado pelo conjunto de números quânticos

(A) c 2, 1, 0, + 1 m
2

(B) c 2, 0, 0, – 1 m
2

(C) c 2, 1, 2, + 1 m
2

(D) c 2, 0, 1, – 1 m
2

3. A energia de ionização do átomo de oxigénio, isolado e em fase gasosa, é a energia mínima necessária
para que, a partir do átomo no estado fundamental, se forme o ião

(A) O-(g) (B) O2-(g)

(C) O+(g) (D) O2+(g)

4. O lítio é um elemento químico que, na tabela periódica, está situado no mesmo período do oxigénio, mas
que pertence ao grupo 1.

Na Figura 4, está representado, a preto e branco, o espectro de emissão atómico do lítio, na região do
visível.

Figura 4

Represente, utilizando a mesma escala, o espectro de absorção atómico do lítio, na região do visível.

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GRUPO VI

O nitrato de potássio, KNO3, é um sal inorgânico muito solúvel em água.

O equilíbrio que se estabelece entre o sal sólido e os iões resultantes da dissolução do sal em água pode ser
traduzido por

-
KNO3(s) ? K+(aq) + NO3 (aq)

1. Considere que se prepara uma solução aquosa de KNO3 por dissolução do soluto sólido.

1.1. O intervalo de tempo necessário à dissolução completa do KNO3(s)

(A) não depende do estado de divisão do sólido, nem da agitação da solução.

(B) não depende do estado de divisão do sólido, mas depende da agitação da solução.

(C) depende do estado de divisão do sólido e da agitação da solução.

(D) depende do estado de divisão do sólido, mas não depende da agitação da solução.

1.2. Admita que a solução aquosa de KNO3 preparada é uma solução saturada e que s é a solubilidade
do KNO3 em água, expressa em mol dm- 3, à temperatura a que se encontra a solução.

-
Qual é a relação entre a solubilidade, s, e as concentrações dos iões K+(aq) e NO3 (aq), também
expressas em mol dm- 3, nessa solução?

(A) s = 6K + @ = 6 NO 3 @

(B) s = 6 K + @ = 6 NO 3 @ 2
2 −

6K + @ 6 NO 3 @

(C) s = =
2 2

(D) s = 6 K + @ = 6 NO 3 @

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 14/ 16


2. Na Figura 5, está representada a curva que traduz a solubilidade do KNO3 em água, expressa em massa
de sal, em gramas (g), por 100 g de água, em função da temperatura.

solubilidade / (massa de sal (g) / 100g de água)


110

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

temperatura / ºC

Figura 5

2.1. Que massa, em gramas (g) , de KNO3 é possível dissolver em 50 g de água à temperatura de 40 ºC?

2.2. Considere que, ao fazer o estudo experimental da solubilidade do KNO3 em água em função da
temperatura, um grupo de alunos obteve o valor de 55 g de KNO3 por 100 g de água à temperatura
de 30 ºC.

Determine o erro relativo, em percentagem, deste valor experimental.

Apresente todas as etapas de resolução.

2.3. Conclua, justificando, se a dissolução do KNO3(s) em água é um processo endotérmico ou um


processo exotérmico.

FIM

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COTAÇÕES

GRUPO I
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 15 pontos
3.
3.1. .................................................................................................. 5 pontos
3.2. .................................................................................................. 10 pontos
4. ........................................................................................................... 10 pontos
45 pontos

GRUPO II
1.
1.1. .................................................................................................. 15 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4. ........................................................................................................... 5 pontos
35 pontos

GRUPO III
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 10 pontos
3.
3.1. .................................................................................................. 5 pontos
3.2. .................................................................................................. 5 pontos
3.3. .................................................................................................. 10 pontos
35 pontos

GRUPO IV
1.
1.1. .................................................................................................. 10 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 10 pontos
30 pontos

GRUPO V
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4. ........................................................................................................... 5 pontos
20 pontos

GRUPO VI
1.
1.1. .................................................................................................. 5 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 10 pontos
2.3. .................................................................................................. 10 pontos
35 pontos

TOTAL ......................................... 200 pontos

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Exame disponível em http://www.gave.min-edu.pt.

Resolução do Exame de Física e Química A (11.º ano), 2013, 2.ª Fase

Grupo I 3.2. cotação: 10 4. cotação: 5

Facilidade de cada item: cotação média, numa escala de 0 a 1.


; facilidade: 0,37 ; facilidade: 0,60
1. cotação: 5 ; facilidade: 0,71 Intensidade da radiação em kW por metro quadrado: (C)
(B) W kW Na troposfera, a temperatura diminui quando a
1,3× 103 2 = 1,3 2 altitude aumenta.
d m m
v=
t Grupo III
Potência incidente nos painéis de 12 m2:
4 1. cotação: 5
km 3,6 × 10 km kW ; facilidade: 0,44
300 000 = 1,3 2 × 12 m 2 = 15,6 kW
s t m (D)
m 3,6 × 10 × 10 m4 3 Em queda livre, a aceleração é 10 (m/s)/s. No refe-
3,00 × 105 × 103 = Energia obtida em kWh durante um dia (24 h), com rencial indicado, a posição y da bola é:
s t um rendimento de 20%:
1
3,6 × 104 × 103 20 y = g t2
t= s 15,6 kW × 24 h × = 74,88 kWh → 75 kWh 2
3,00 × 105 × 103 100 1
= × 10 × t 2
3,6 × 104 × 103 4. cotação: 10 ; facilidade: 0,22 2
= s
3,00 × 108 As micro-ondas na atmosfera terrestre: (1) não se re- Assim, ao fim de 0,2 s e de 0,4 s a posição y da bola,
fletem significativamente; (2) são pouco absorvidas. considerada como uma partícula, é, respetivamente:
2. cotação: 15 ; facilidade: 0,30
1
Grupo II y = × 10 × 0,22 = 0,2 m
Admite-se que o satélite tem uma órbita circular com 2
centro no centro da Terra. O raio dessa órbita é: 1.
1
r = 6,4 + 106 m + 3,6 × 104 × 103 m = 4,24 × 107 m 1.1. cotação: 15 ; facilidade: 0,42
y = × 10 × 0,42 = 0,8 m
2
Como a força gravítica no satélite, dada pela lei da Convecção do ar.
gravitação universal, é a única força no satélite, vem, 2 cotação: 10 ; facilidade: 0,17
O ar próximo da chama aquece. Esse ar quente tem
de acordo com a segunda lei de Newton: menor densidade e origina uma corrente ascendente Quando a bola de 4,0 g = 0,0040 kg percorre 50,0 cm
m × mTerra no interior do balão. Essa corrente ascendente “em- = 0,500 m, a soma das forças na bola é nula, porque
m× a = G a bola mantém a sua energia cinética (vai com velo-
r2 purra o ar” no interior do balão, originando uma cor-
rente descendente de ar frio, com maior densidade. cidade constante, a velocidade terminal).
m O trabalho do peso da bola é positivo (a força e o
a = G Terra Estas correntes, ascendente de ar quente e descen-
r2 dente de ar frio, explicam a transferência de energia deslocamento apontam ambos para baixo):
5,98 × 1024 para todo o ar do balão. W = m g h = 0,0040 × 10 × 0,500 = 0,020 J
= 6,67 × 10−11 O trabalho do peso não provoca o aumento da
(4,24 × 10 )
2
7 1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,76
energia cinética da bola porque ela se move com
(C) velocidade constante, a velocidade terminal. Este
= 0,22 m/s2 dm 3 volume do gás trabalho é, pois, dissipado.
volume molar = Vm = Portanto, a energia dissipada é
Esta aceleração permite-nos calcular a velocidade do mol quantidade de substância
satélite (constante em magnitude e tangente à trajetó- 0,020 J = 2,0 × 10–2 J .
dm 3 0,21× 800 m 3
ria), uma vez que a aceleração centrípeta é dada por: Vm = 3.
mol quantidade de substância
v2
a= 3.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,65
r dm 3 0,21× 800 m 3
Vm = (A)
mol n
Donde: Enquanto a bola estiver a subir o plano, já depois
v = a×r 0,21× 800 m 3
n= de ter sido lançada, a aceleração aponta para trás e a
dm 3 velocidade para a frente. Deste modo, a velocidade
= 0.2219 × 4.24 × 107 Vm
mol vai diminuindo até a bola atingir a altura máxima: o
= 3067 m/s movimento é retardado.
0,21× 800 × 103 dm 3
Conhecendo a velocidade e a distância percorrida =
dm 3 3.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,43
numa volta completa, podemos calcular o tempo que Vm
mol (D)
demora a percorrer essa volta completa:
A energia potencial da bola, na altura máxima vai
d 0,21× 800 × 103
v= = mol depender da energia cinética inicial da bola, se se
t Vm desprezarem as forças dissipativas.
d A energia potencial é diretamente proporcional à
t= 2. cotação: 5 ; facilidade: 0,74
v altura. Como a energia cinética inicial é diretamente
(B) proporcional ao quadrado da velocidade inicial, a
2× π×r
= altura máxima é também diretamente proporcional ao
v 1,32 × 10−3 atm 1,00 atm − 0,60 atm
7
= quadrado da velocidade inicial.
2 × π × 4.24 × 10 10 m h
= 3.3. cotação: 10
3067 0,40 atm × 10 m ; facilidade: 0,50
h=
= 86 862 s 1,32 × 10−3 atm A origem do eixo Ox está no cimo do plano e o eixo
aponta para baixo paralelamente ao plano.
86 862 s = 3,0 × 10 m 3
= Nesse eixo, a coordenada x é dada por, em unidades
3600 s/h SI:
= 24.1 h → 24 h 3. cotação: 5 ; facilidade: 0,57 x = 1,5 t2 – 2,4 t + 2,0
(A) Tendo em conta a equação geral da posição num
3. A força gravítica apenas realiza trabalho no percurso movimento retilíneo com aceleração constante,
3.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,35 vertical porque no percurso horizontal é perpendicu- 1
lar ao deslocamento. x = ax t 2 + v0x t + x0
(A) 2
No percurso vertical, ascendente, a força gravítica
O painel não pode estar paralelo à direção da podemos concluir que: (a) a componente escalar
aponta para baixo e o deslocamento é para cima: o
radiação solar: se estivesse, a sua potência por metro da aceleração é ax = 3,0 (m/s)/s; (b) a componente
ângulo entre a força e o deslocamento é de 180°.
quadrado seria nula porque não incidiria radiação no escalar da velocidade inicial (velocidade no instante
Assim, o trabalho da força gravítica é dado por:
painel (as opções C e D não fazem sentido). ! em que se começa a medir o tempo) é v0x = –2,4 m/s;
O painel não necessita de ter uma área de 1 m2 para W = Fg × Δr × cos α
(c) a posição inicial é x0 = 2,0 m.
ter uma intensidade de 1,3 × 103 watts por metro = m g × 2,0 × 103 m × cos180º Assim, a equação da velocidade desse movimento,
quadrado. Se o painel estiver numa direção inclinada, no referencial indicado, é:
mas não perpendicular, necessitará de uma área = m g × 2,0 × 103 m × −1 ( ) v x = ax t + v0x
maior para receber a mesma potência. 3
= −2,0 × 10 m g v x = 3,0 t − 2,4
O tempo decorrido até a velocidade se anular, no
ponto mais alto da trajetória, é tal que: 1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,67 maior for o estado de agitação da mistura.
0 = 3,0 t − 2,4 (C) 1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,60
Donde, t = 0,8 s. Ao fim desse tempo, a partícula está Reação endotérmica: a variação de energia interna (D)
na posição: do sistema é positiva, as opções (A) e (D) não fazem A solubilidade s de um sal em água é a concentração
1 sentido. do sal dissolvido numa solução aquosa saturada.
x = ax t 2 + v0x t + x0 Se o sistema absorve 9,82 × 104 J por cada mole de
2 No caso do nitrato de potássio, KNO3, a proporção
SO3 que se decompõe, então absorve o dobro por entre os iões K+ e NO3– é de 1 para 1. Logo, as
1
x = 3,0 t 2 − 2,4 t + 2,0 cada duas moles. concentrações dos iões potássio e nitrato são iguais à
2
2. cotação: 5 ; facilidade: 0,38 concentração do nitrato de potássio que se dissolveu
1
2
( )
2
= 3,0 × 0,8 − 2,4 × 0,8 + 2,0 As massas molares das duas espécies químicas são: e, portanto, à solubilidade.
g 2.
= 1,04 m → 1,0 m
(
M SO = 32,07 + 3× 16,00
3 mol
)
O gráfico de x entre t = 0 s e t = 0,8 s, obtido com a 2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,59
g
calculadora, é: (
M SO = 32,07 + 2 × 16,00
2 mol
) Cada mm da escala vertical corresponde a 2 unida-
des. Por leitura direta, conclui-se que à temperatura
Admitindo amostras destes gases com volume igual de 40 °C, a solubilidade é 62 g de KNO3 por 100 g
ao volume molar, as massas destas amostras são, de água.
respetivamente: Ou seja, para 50 g de água, a massa de KNO3 para
(
m SO = 32,07 + 3× 16,00 g
3
) se obter uma solução saturada é metade de 62 g, isto
é, 31 g.
m SO = ( 32,07 + 2 × 16,00 ) g 2.2 cotação: 10 ; facilidade: 0,46
2

Comparando estas massas, comparamos as densi- Por leitura direta do gráfico verifica-se que a 30 ºC
dades dos dois gases, uma vez que se referem ao a solubilidade de KNO3 é 46 g por 100 g de água.
mesmo volume: Assumimos este valor como valor tabelado, exato.
(32,07 + 3× 16,00) g = 1,25 O valor medido pelo grupo de alunos é 55 g, o que
representa um erro absoluto de 9 g face ao valor
(32,07 + 2 × 16,00) g exato.
O esboço do gráfico, tendo em conta as grandezas Portanto, a densidade do SO3 é 1,25 vezes maior do Em percentagem, este erro é:
representadas e as respetivas unidades, é: que a densidade do SO2. 9g
× 100% = 20%
x/m 3. cotação: 10 ; facilidade: 0,64 46 g
2,0 m Como a densidade da solução é 1,84 g/cm3, o volume Portanto, o erro relativo é de 20%.
de 100 cm3 da solução tem a massa de: 2.3 cotação: 10 ; facilidade: 0,31
1,0 m g
1,84 3 × 100 cm 3 = 184 g Do gráfico conclui-se que à medida que a tempe-
0m cm ratura da solução aumenta, a solubilidade aumenta
0s 0,8 s t/s
Se a percentagem, em massa, de ácido sulfúrico na também. Ou seja, o aumento da temperatura favorece
Grupo IV solução é de 98%, destes 184 g apenas 98% corres- a dissolução de KNO3.
pondem ao ácido: O Princípio de Le Châtelier estabelece que quando
1.
se perturba um sistema em equílibrio, este reage à
98
1.1 cotação: 10 ; facilidade: 0,31 × 184 g = 180,3 g → 180 g perturbação, contrariando-a, até atingir um novo
100 estado de equilíbrio.
2 SO!
2 SO3 (g) SO223!
32(g) (g)
SO 2!
SO223SO
(g)
SO 2+
!
3 (g) O!
2(g)
SO 22+(g)
SO2O +
2SO
(g)
2 (g)
2O +2 (g)
(g) O+2 (g)
O2 (g)
Grupo V Aumentando a temperatura fornece-se energia ao
no início
sistema (solução) e este reage de modo a contrariar
4,0 mol 1. cotação: 5 ; facilidade: 0,65
essa perturbação, isto é, o sistema tende a contrariar
reagiram 40 % da quantidade (B)
inicial de SO3
o aumento de temperatura, o que implica favorecer o
Notação de Lewis da molécula O2: processo endotérmico.
40% de 4,0 mol =
= 0,40 × 4,0 mol = 1,60 mol
O O Portanto, a dissolução de KNO3 é um processo
Em cada átomo de oxigénio há dois pares de eletrões endotérmico.
no equilíbrio de valência não ligantes.
4,0 mol – 1,60 mol = 2,40 mol 2. cotação: 5 ; facilidade: 0,45

1,60 mol (B)


a proporção é de 2 moles de Configuração eletrónica do átomo de oxigénio no
SO3 para 2 moles de SO2
estado fundamental: (1s)2(2s)2(2p)4.
0,80 mol Os eletrões de valência estão no nível 2. Desses, os
a proporção é de 2 moles de de menor energia são os da orbital 2s, cujos números
SO3 para 1 mole de O2 quânticos são (2, 0, 0, + ½) e (2, 0, 0, – ½). Portanto,
só a opção (B) pode estar correta.
Como o volume do recipiente é 2,0 dm3, as concen-
trações de equilíbrio são:
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,24
2,40 mol
⎡⎣SO3 ⎤⎦ = (C)
eq
2,0 dm 3
A energia de ionização é a energia mínima necessária
1,60 mol para se formar um ião monopositivo a partir do
⎡⎣SO2 ⎤⎦ =
eq
2,0 dm 3 átomo no seu estado fundamental.
0,80 mol 4. cotação: 5 ; facilidade: 0,64
⎡⎣O2 ⎤⎦ =
eq
2,0 dm 3 Esquema do espectro de absorção (as zonas a branco
devem ser coloridas, de acordo com o respetivo
Tendo em conta a estequiometria da reação, as
c.d.o., e as zonas a preto são “interrupções” nas
concentrações no equilíbrio e o facto da constante de
zonas coloridas):
equilíbrio não ter unidades, por definição, vem:
2
⎛ 1,60 ⎞ 0,80
⎜⎝ 2,0 ⎟⎠ × 2,0
Kc = 2 Grupo VI
⎛ 2,40 ⎞
⎜⎝ 2,0 ⎟⎠ 1.

0,802 × 0,40 1.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,80


= 2 (C)
1,20
A dissolução é tanto mais rápida: (a) quanto maior
= 0,18 for o estado de divisão do soluto sólido; (b) quanto
EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho

Prova Escrita de Física e Química A


10.º e 11.º Anos de Escolaridade

Prova 715/1.ª Fase 16 Páginas

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2013

VERSÃO 1

Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2).
A ausência dessa indicação implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de
escolha múltipla.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Pode utilizar régua, esquadro, transferidor e máquina de calcular gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo
que pretende que não seja classificado.

Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respetivas respostas. As respostas
ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com zero pontos.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:


•  o número do item;
•  a letra que identifica a única opção escolhida.

Nos itens de construção de cálculo, apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos
os cálculos efetuados e apresentando todas as justificações e/ou conclusões solicitadas.

A prova inclui uma tabela de constantes na página 2, um formulário nas páginas 2 e 3, e uma
tabela periódica na página 4.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 1/ 16


TABELA DE CONSTANTES
Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,00 × 108 m s-1
Módulo da aceleração gravítica de um corpo junto
g = 10 m s-2
à superfície da Terra
Constante de Gravitação Universal G = 6,67 × 10-11 N m2 kg-2
Constante de Avogadro NA = 6,02 × 1023 mol-1
Constante de Stefan-Boltzmann v = 5,67 × 10-8 W m-2 K-4
Produto iónico da água (a 25 °C) Kw = 1,00 × 10-14
Volume molar de um gás (PTN) Vm = 22,4 dm3 mol-1

FORMULÁRIO
• Conversão de temperatura (de grau Celsius para kelvin) ....................................... T = i + 273,15
T – temperatura absoluta (temperatura em kelvin)
i – temperatura em grau Celsius
m
• Densidade (massa volúmica) .......................................................................................... t = —
m – massa V
V – volume

• Efeito fotoelétrico ............................................................................................................. Erad = Erem + Ec


Erad – energia de um fotão da radiação incidente no metal
Erem – energia de remoção de um eletrão do metal
Ec – energia cinética do eletrão removido
n
• Concentração de solução ................................................................................................ c = —
n – quantidade de soluto V
V – volume de solução

• Relação entre pH e concentração de H3O+ ........................................... pH = -log {[H3O+] / mol dm-3}

• 1.ª Lei da Termodinâmica ............................................................................................... DU = W + Q + R


DU – variação da energia interna do sistema (também representada por DEi )
W – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de trabalho
Q – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de calor
R – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de radiação

• Lei de Stefan-Boltzmann ................................................................................................. P = e v AT 4


P – potência total irradiada pela superfície de um corpo
e – emissividade da superfície do corpo
v – constante de Stefan-Boltzmann
A – área da superfície do corpo
T – temperatura absoluta da superfície do corpo

• Energia ganha ou perdida por um corpo devido à variação


da sua temperatura ............................................................................................ E = m c DT
m – massa do corpo
c – capacidade térmica mássica do material de que é constituído o corpo
DT – variação da temperatura do corpo

• Taxa temporal de transferência de energia, sob a forma Q A


de calor, por condução ....................................................................................... –— = k –— DT
Q – energia transferida, sob a forma de calor, por condução, Dt l
através de uma barra, no intervalo de tempo D t
k – condutividade térmica do material de que é constituída a barra
A – área da secção da barra, perpendicular à direção de transferência de energia
l – comprimento da barra
DT – diferença de temperatura entre as extremidades da barra

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 2/ 16


®
• Trabalho realizado por uma força constante, F , que atua
sobre um corpo em movimento retilíneo .................................................................... W = Fd cosa
d – módulo do deslocamento do ponto de aplicação da força
a – ângulo definido pela força e pelo deslocamento
1
• Energia cinética de translação ....................................................................................... Ec = — mv 2
m – massa 2
v – módulo da velocidade

• Energia potencial gravítica em relação a um nível de referência .......................... Ep = m g h


m – massa
g – módulo da aceleração gravítica junto à superfície da Terra
h – altura em relação ao nível de referência considerado

• Teorema da energia cinética ........................................................................................... W = DEc


W – soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam num corpo,
num determinado intervalo de tempo
DEc – variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no mesmo
intervalo de tempo
m1 m 2
• Lei da Gravitação Universal ............................................................................................ Fg = G –—–—
r2
Fg – módulo da força gravítica exercida pela massa pontual m1 (m2)
na massa pontual m2 (m1)
G – constante de Gravitação Universal
r – distância entre as duas massas
® ®
• 2.ª Lei de Newton ...............................................................................................................
®
F =ma
F – resultante das forças que atuam num corpo de massa m
®
a – aceleração do centro de massa do corpo
1
• Equações do movimento retilíneo com aceleração constante ................................ x = x0 + v0 t + — at 2
x – valor (componente escalar) da posição 2
v – valor (componente escalar) da velocidade v = v0 + at
a – valor (componente escalar) da aceleração
t – tempo

• Equações do movimento circular com velocidade linear


v2
de módulo constante .................................................................................................... ac = —
r
ac – módulo da aceleração centrípeta
2rr
v – módulo da velocidade linear v = ——
T
r – raio da trajetória
2r
T – período do movimento ~ = ——
T
~ – módulo da velocidade angular
v
• Comprimento de onda ................................................................................................. m=—
f
v – módulo da velocidade de propagação da onda
f – frequência do movimento ondulatório

• Função que descreve um sinal harmónico ou sinusoidal ................................... y = A sin(~t)


A – amplitude do sinal
~ – frequência angular
t – tempo

• Fluxo magnético que atravessa uma superfície, de área A,


®
em que existe um campo magnético uniforme, B ............................................... Um = B A cosa
a – ângulo entre a direção do campo e a direção perpendicular à superfície
|DUm|
• Força eletromotriz induzida numa espira metálica .............................................. |fi| = —–—–
DUm – variação do fluxo magnético que atravessa a superfície delimitada Dt
pela espira, no intervalo de tempo Dt

• Lei de Snell-Descartes para a refração .................................................................... n1 sin a1 = n 2 sin a2


n1, n2 – índices de refração dos meios 1 e 2, respetivamente
a1, a2 – ângulos entre a direção de propagação da onda e a normal
à superfície separadora no ponto de incidência, nos meios 1 e 2, respetivamente

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 3/ 16


TABELA PERIÓDICA
1 18
1
2
H He
1,01
2 13 14 15 16 17 4,00

Número atómico
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B C N O F Ne
6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
Massa atómica relativa

11 12 13 14 15 16 17 18

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 4/ 16


Na Mg A Si P S C Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 97,91 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
57-71
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,21 208,98 [208,98] [209,99] [222,02]

87 88 104 105 106 107 108 109 110 111


89-103
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg
Actinídeos
[223] [226] [261] [262] [266] [264] [277] [268] [271] [272]

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36 151,96 157,25 158,92 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04 174,98

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
[227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, B, C ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.
Se apresentar mais do que uma opção, a resposta será classificada com zero pontos, o mesmo acontecendo
se a letra transcrita for ilegível.
Utilize unicamente valores numéricos das grandezas referidas na prova (no enunciado, na tabela de constantes
e na tabela periódica).
Utilize os valores numéricos fornecidos no enunciado.

GRUPO I

Quando um sistema químico, no qual ocorra uma reação química reversível, se encontra num estado
de equilíbrio – o que, em rigor, só é possível se não houver trocas, nem de matéria nem de energia, entre
o sistema e o exterior –, as concentrações dos reagentes e dos produtos envolvidos na reação mantêm-se
constantes ao longo do tempo, não existindo alterações visíveis no sistema.
O facto de as propriedades macroscópicas de um sistema químico em equilíbrio não sofrerem alteração pode
sugerir que terá deixado de ocorrer qualquer reação. No entanto, a nível molecular, tanto a reação direta, na
qual os reagentes se convertem em produtos, como a reação inversa, na qual os produtos se convertem
em reagentes, continuam efetivamente a dar-se, em simultâneo, ocorrendo ambas à mesma velocidade. O
equilíbrio químico não significa, portanto, ausência de reação.
Assim, num sistema químico em equilíbrio, os reagentes e os produtos encontram-se todos presentes, em
simultâneo, em concentrações que não variam ao longo do tempo.

Baseado em A. Pereira e F. Camões, Química 12.º ano, 2001

1. Identifique uma das «propriedades macroscópicas» a que o texto se refere.

2. O equilíbrio que se estabelece num sistema químico é dinâmico porque

(A) as concentrações dos reagentes e dos produtos se mantêm constantes ao longo do tempo.

(B) não existem alterações visíveis no sistema.

(C) tanto a reação direta como a reação inversa se continuam a dar.

(D) os reagentes e os produtos se encontram todos presentes, em simultâneo.

3. A Figura 1 apresenta o esboço do gráfico da concentração, em função do


tempo, de três espécies que participam numa reação química.
concentração

Transcreva do texto a afirmação que permite justificar que o esboço do


gráfico apresentado não pode traduzir o estabelecimento de um estado
de equilíbrio químico.

0
0 tempo

Figura 1

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 5/ 16


4. «[...] se não houver trocas, nem de matéria nem de energia, entre o sistema e o exterior [...]», o sistema
químico será um sistema

(A) fechado e a sua energia interna manter-se-á constante.

(B) isolado e a sua energia interna manter-se-á constante.

(C) fechado e a sua energia interna variará.

(D) isolado e a sua energia interna variará.

5. A Figura 2 apresenta o gráfico que traduz a evolução da concentração, ao longo do tempo, das espécies
A, B e C que intervêm numa reação química em fase gasosa, à temperatura T.
concentração

B
0
0 tempo

Figura 2

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 6/ 16


5.1. Na tabela seguinte, estão registadas concentrações de equilíbrio das espécies A, B e C, relativas a um
mesmo estado de equilíbrio do sistema químico, à temperatura T.

Concentração
Espécie
de equilíbrio/ mol dm–3

A 0,144

B 0,0238

C 0,432

Determine a constante de equilíbrio, Kc , da reação considerada, à temperatura T.

Apresente todas as etapas de resolução.

5.2. Considere que a reação de formação da espécie C é uma reação exotérmica.

Conclua, justificando, como variará a constante de equilíbrio, Kc , da reação considerada se a


temperatura aumentar.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 7/ 16


GRUPO II

1. Uma lata contendo um refrigerante foi exposta à luz solar até ficar em equilíbrio térmico com a sua
vizinhança.

1.1. Sob que forma foi transferida a energia do Sol para a lata?

1.2. Quando o sistema lata + refrigerante ficou em equilíbrio térmico com a sua vizinhança, a temperatura
média do sistema passou a ser constante.

Estabelecido o equilíbrio térmico, o sistema

(A) deixou de absorver energia do exterior.

(B) deixou de trocar energia com o exterior.

(C) passou a emitir e a absorver energia à mesma taxa temporal.

(D) passou a emitir e a absorver energia a taxas temporais diferentes.

1.3. A lata continha 0,34 kg de um refrigerante de capacidade térmica mássica 4,2 × 103 J kg-1 ºC-1.
Considere que a área da superfície da lata exposta à luz solar era 1,4 × 102 cm2 e que a intensidade
média da radiação solar incidente era 6,0 × 102 W m-2.

Verificou-se que, ao fim de 90 min de exposição, a temperatura do refrigerante tinha aumentado


16,5 ºC.

Determine a percentagem da energia incidente na área da superfície da lata exposta à luz solar que
terá contribuído para o aumento da energia interna do refrigerante, no intervalo de tempo considerado.

Apresente todas as etapas de resolução.

2. Uma cafeteira com água previamente aquecida foi abandonada sobre uma bancada até a água ficar à
temperatura ambiente.

Conclua, justificando, se a taxa temporal de transferência de energia como calor, através das paredes
da cafeteira, aumentou, diminuiu ou se manteve constante, desde o instante em que se abandonou a
cafeteira com água sobre a bancada até ao instante em que a água ficou à temperatura ambiente.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 8/ 16


GRUPO III

A Figura 3 representa um feixe de luz monocromática, muito


fino, que incide na superfície de separação de dois meios
transparentes, I e II. Uma parte do feixe incidente sofre reflexão
nessa superfície e outra parte é refratada, passando a propagar-
70º
-se no meio II. Meio I
Meio II

Figura 3
1. Qual é o ângulo entre o feixe incidente e o feixe refletido?

(A) 20º

(B) 40º

(C) 60º

(D) 70º

2. Admita que, para a radiação considerada, o índice de refração do meio I é o dobro do índice de refração
do meio II.

2.1. Comparando o módulo da velocidade de propagação dessa radiação nos meios I e II, respetivamente
v I e v II , e o seu comprimento de onda nos meios I e II, respetivamente mI e mII , conclui-se que

(A) v I = 2 v II e mI = 2 mII

1
(B) v I = 2 v II e mI = – mII
2
1
(C) v I = – v II e mI = 2mII
2
1 1
(D) v I = – v II e mI = – mII
2 2

2.2. Qual é o ângulo de incidência a partir do qual ocorre reflexão total da radiação considerada na
superfície de separação dos meios I e II?

(A) 10º

(B) 28º

(C) 30º

(D) 40º

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GRUPO IV

1. O carbono é um elemento químico que entra na constituição de um grande número de compostos.

1.1. Quantos valores diferenciados de energia apresentam os eletrões de um átomo de carbono no


estado fundamental?

(A) Seis.

(B) Quatro.

(C) Três.

(D) Dois.

1.2. Qual das configurações eletrónicas seguintes pode corresponder a um átomo de carbono num estado
excitado?

(A) 1s2 2s2 2px1 2py1 2pz0

(B) 1s2 2s1 2px1 2py1 2pz1

(C) 1s2 2s2 2px1 2py0 2pz1

(D) 1s2 2s1 2px0 2py0 2pz3

2. O ião cianeto, CN -, constituído pelos elementos químicos carbono e nitrogénio, é muito tóxico.

2.1. O ião cianeto apresenta, no total, o mesmo número de eletrões que a molécula N2.

O ião CN - apresenta, assim, no total,

(A) catorze eletrões, seis dos quais são de valência.

(B) dez eletrões, sete dos quais são de valência.

(C) dez eletrões, seis dos quais são de valência.

(D) catorze eletrões, dez dos quais são de valência.

2.2. No ião cianeto, a ligação entre o átomo de carbono e o átomo de nitrogénio é uma ligação covalente
tripla, tal como a ligação entre os átomos de nitrogénio na molécula N2.

Preveja, justificando com base nas posições relativas dos elementos carbono e nitrogénio na tabela
periódica, qual das ligações, C ≡ N ou N ≡ N, apresentará maior energia de ligação.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 10/ 16


3. O cianeto de hidrogénio, HCN, que tem um cheiro característico a amêndoa amarga, apresenta um ponto
de ebulição de 26 ºC, à pressão de 1 atm.

3.1. Um teor de HCN , no ar, de 0,860 ppm corresponde a um teor, expresso em percentagem em
massa, de

(A) 8,60 × 10-7 %

(B) 8,60 × 10- 5 %

(C) 8,60 × 10- 2 %

(D) 8,60 × 10 3 %

3.2. Considere que a densidade do HCN (g) (M = 27,03 g mol-1), à pressão de 1 atm e à temperatura
de 30 ºC, é 1,086 g dm-3.

Qual das expressões seguintes permite calcular a quantidade de HCN (g) que existe numa amostra
pura de 5,0 dm3 desse gás, nas condições de pressão e de temperatura referidas?

1,086 × 5,0
(A) e o mol
27,03

27,03
(B) e o mol
1,086 × 5,0

1,086
(C) e o mol
27,03 × 5,0

27,03 × 5,0
(D) e o mol
1,086

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 11/ 16


GRUPO V

O cianeto de hidrogénio dissolve-se em água, dando origem ao ácido cianídrico, HCN(aq), um ácido
monoprótico fraco, cuja constante de acidez é 4,9 × 10-10, a 25 ºC.

A reação do ácido cianídrico com a água pode ser traduzida por

HCN(aq) + H2O(l ) ? CN -(aq) + H3O+ (aq)

1. Escreva a equação química que traduz a reação do ião cianeto, CN -(aq), com a água.

Refira, justificando, se esse ião se comporta, nessa reação, como um ácido ou como uma base segundo
Brönsted-Lowry.

2. O ácido nitroso, HNO2(aq), é outro ácido monoprótico fraco, cuja constante de acidez é 4,5 × 10-4, a 25 ºC.

A reação do ácido nitroso com a água pode ser traduzida por

HNO2 (aq) + H2O(l ) ? NO-2 (aq) + H3O+ (aq)

2.1. Comparando, em termos das respetivas ordens de grandeza, a força do ácido nitroso com a força do
ácido cianídrico, conclui-se que o ácido nitroso é cerca de

(A) 106 vezes mais forte do que o ácido cianídrico.

(B) 104 vezes mais forte do que o ácido cianídrico.

(C) 106 vezes mais fraco do que o ácido cianídrico.

(D) 104 vezes mais fraco do que o ácido cianídrico.

2.2. Considere uma solução de ácido nitroso cujo pH, a 25 ºC, é 2,72.

Determine a concentração inicial de HNO2 na solução, à mesma temperatura.

Apresente todas as etapas de resolução.

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GRUPO VI
2,5

Colocou-se um balão cheio de ar (com


alguns feijões no seu interior) sob um 2,0
sensor de movimento ligado a um
sistema de aquisição de dados adequado.

vy / m s -1
1,5
Seguidamente, largou-se o balão, de modo
que caísse verticalmente segundo uma
1,0
trajetória retilínea, coincidente com o
eixo Oy de um referencial unidimensional.
0,5
A Figura 4 representa o gráfico da
componente escalar, segundo o eixo Oy,
da velocidade, vy, do balão em função do 0
0,5 1,0 1,5 2,0 t /s
tempo, t, no intervalo de tempo em que os
dados foram registados. Figura 4

1. Considere o deslocamento do balão, de massa 4,8 g , no intervalo de tempo [1,3 ; 1,7] s.

Determine o trabalho realizado pelo peso do balão nesse deslocamento.

Apresente todas as etapas de resolução.

2. No intervalo de tempo [0,4 ; 1,7] s, a energia mecânica do sistema balão + Terra


(A) diminuiu sempre.
(B) diminuiu e depois manteve-se constante.
(C) aumentou sempre.
(D) aumentou e depois manteve-se constante.

3. Considere o solo como nível de referência da energia potencial gravítica.

Qual é o esboço do gráfico que pode representar a energia potencial gravítica do sistema balão + Terra em
função da altura, h, em relação ao solo?

(A) Ep (B) Ep

0 h 0 h

(C) Ep (D) Ep

0 h 0 h

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GRUPO VII

Para estudar a relação entre o módulo da velocidade de lançamento horizontal de uma esfera e o seu
alcance, um grupo de alunos montou, sobre uma mesa, uma calha polida, que terminava num troço
horizontal, situado a uma determinada altura em relação ao solo, tal como esquematizado na Figura 5
(a figura não se encontra à escala). Junto à posição B, os alunos colocaram uma célula fotoelétrica ligada a
um cronómetro digital e, no solo, colocaram uma caixa com areia onde a esfera, E, deveria cair.

A
h máx
B

y E

O x

d
Figura 5

Os alunos realizaram vários ensaios nos quais abandonaram a esfera de diversas posições sobre a calha,
medindo, em cada ensaio, o tempo, Δt, que a esfera demorava a passar em frente à célula fotoelétrica e o
alcance do lançamento horizontal.

1. Num primeiro conjunto de ensaios, os alunos abandonaram a esfera, de diâmetro 27,0 mm, sempre da
posição A sobre a calha. A tabela seguinte apresenta os tempos, Δt, que a esfera demorou a passar em
frente à célula fotoelétrica.

Δt /s
Ensaio
(± 0,0001 s)

1.º 0,0150

2.º 0,0147

3.º 0,0147

Calcule o valor mais provável do módulo da velocidade com que a esfera passa na posição B, em frente
à célula fotoelétrica, quando é abandonada da posição A.

Apresente todas as etapas de resolução.

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2. Os alunos realizaram, ainda, outros conjuntos de ensaios, em cada um dos quais abandonaram a esfera
de uma mesma posição sobre a calha. Para cada um desses conjuntos de ensaios, determinaram o
módulo da velocidade de lançamento da esfera (módulo da velocidade com que a esfera passava na
posição B) e o respetivo alcance.

Os valores obtidos estão registados na tabela seguinte.

Módulo da velocidade
Alcance/ m
de lançamento / m s–1

1,98 0,929

1,86 0,873

1,79 0,840

1,60 0,750

1,48 0,695

Os alunos traçaram, na calculadora gráfica, o gráfico do alcance em função do módulo da velocidade de


lançamento, obtendo a equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de valores apresentados na
tabela.

2.1. Qual é o significado físico do declive da reta obtida?

2.2. Considere que a distância d representada na Figura 5 é 1,10 m.

Considere que são desprezáveis todas as forças dissipativas e admita que a esfera pode ser
representada pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

Calcule a altura máxima, hmáx , em relação ao tampo da mesa, da qual a esfera pode ser abandonada,
de modo a cair na caixa com areia.

Comece por apresentar a equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de valores apresentados
na tabela.

Apresente todas as etapas de resolução.

FIM

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COTAÇÕES

GRUPO I
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4. ........................................................................................................... 5 pontos
5.
5.1. .................................................................................................. 10 pontos
5.2. .................................................................................................. 10 pontos
40 pontos

GRUPO II
1.
1.1. .................................................................................................. 5 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
1.3. .................................................................................................. 10 pontos
2. ........................................................................................................... 10 pontos
30 pontos

GRUPO III
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 5 pontos
15 pontos

GRUPO IV
1.
1.1. .................................................................................................. 5 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 15 pontos
3.
3.1. .................................................................................................. 5 pontos
3.2. .................................................................................................. 5 pontos
40 pontos

GRUPO V
1. ........................................................................................................... 10 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 10 pontos
25 pontos

GRUPO VI
1. ........................................................................................................... 10 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
20 pontos

GRUPO VII
1. ........................................................................................................... 10 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 15 pontos
30 pontos

TOTAL ......................................... 200 pontos

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15  
11.5   12.0   11.1  
% 8.6  
9.5  
10   7.7   8.0  
Exame disponível em http://www.gave.min-edu.pt. 4.8   5.6   4.8  
4.0   3.2  
5   2.5   1.9  
1.6   1.4   0.9  
0.0   0.2   0.5   0.2  

Resolução do Exame de Física e Química A (11.º ano), 2013, 1.ª Fase 0  


0   1   2   3   4   5   6   7   8   9   10   11   12   13   14   15   16   17   18   19   20  

média = 8,1; desvio-padrão = 3,7; N.º de alunos (internos) = 30 499


GRUPO I Intensidade média da radiação solar na lata: Donde:

Facilidade de cada item: cotação média, numa escala de 0 a 1.


1. cotação: 5 ; facilidade: 0,53 6,0 × 102J 2 × nII =
c
Concentrações de reagentes. 6,0 × 102 W s vI
=
[OU concentrações de produtos OU temperatura do m2 m2 c c
sistema OU pressão no sistema OU cor do sistema.] 2× =
Área A da superfície da lata: vII vI
2. cotação: 5 ; facilidade: 0,72
⎛ 1 ⎞
2
1 1
1,4 × 102 cm 2 = 1,4 × 102 ⎜ m 2× =
(C) Quando se atinge o equilíbrio, a reação direta ⎝ 100 ⎟⎠ vII vI
e a reação inversa continuam a dar-se, à mesma
1 1
velocidade. = 1,4 × 102 × m2 v = vI
104 2 II
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,68

(…) num sistema químico em equilíbrio, os reagen- = 1,4 × 10−2 m 2 A velocidade e o comprimento de onda, para uma
certa frequência (a frequência não se altera na refra-
tes e os produtos encontram-se todos presentes, em Tempo de aquecimento da lata:
ção), são diretamente proporcionais:
simultâneo (…) 90 × 60 s = 5400 s
Aumento de temperatura da lata: vI = λ I f
4. cotação: 5 ; facilidade: 0,85
16,5 °C vII = λ II f
(B) Não havendo trocas de massa e de energia, o sis- Energia da radiação incidente na superfície da lata
tema é isolado. Num sistema isolado, por definição, a Logo, a relação entre os comprimentos de onda é a
durante os 90 minutos:
energia interna é constante. mesma que entre as velocidades:
6,0 × 102J
5. 1
s λ = λI
× 1,4 × 10−2 m 2 × 5400 s 2 II
5.1. cotação: 10 ; facilidade: 0,10 m2
As espécies A e B podem ser considerados como rea- = 4,54 × 104J 2
gentes: a respetiva concentração diminui. A espécie Calor recebido pelo refrigerante no interior da lata 2.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,49
C será então o produto: a sua concentração aumenta. durante os 90 minutos: (C) O ângulo crítico corresponde ao ângulo de refra-
No gráfico, pode estimar-se que por cada mole de A, Q = m c Δθ ção de 90º. Utilizando a lei da refração, vem:
reage 1 mole de B e formam-se 2 moles de C:
4,2 × 103 J nI × sin θ = nII × sin90º
= 0,34 kg × × 16,5 °C
kg × °C 2nII × sin θ = nII × sin90º
= 2,36 × 104 J 2nII × sin θ = nII × 1
1 unidade
2 unidades

Percentagem da energia incidente na lata que contri- 1


sin θ =
1 unidade

buiu para o aumento da energia interna do refrigeran- 2


te no interior da lata: θ = 30°
2,36 × 104 J índice de refração nI = 2 nII
× 100 = 52%
A reação pode pois ser escrita como: 4,54 × 104J
A (g) + B (g) ! 2 C (g)
2. cotação: 10 ; facilidade: 0,16
Meio I
Cálculo da constante de equilíbrio:
A taxa de transferência de energia é diretamente
[C]e 2 0,4322 90º Meio II
proporcional à diferença de temperatura entre a água
Kc = = = 54,5
[A]e × [B] e 0,144 × 0,0238 da cafeteira e o ambiente, se tudo o resto se mantiver índice de refração nII
inalterável. Como a água da cafeteira vai arrefecen-
5.2. cotação: 10 ; facilidade: 0,25 do, diminui a diferença de temperatura entre a água GRUPO IV
e o ambiente. 1
A reação A (g) + B (g) ! 2 C (g) é exotérmica. Portanto, a taxa temporal de transferência de energia,
Aumentando a temperatura, de acordo com o como calor, através das paredes da cafeteira, diminui 1.1 cotação: 5 ; facilidade: 0,27
Princípio de Le Châtelier, o sistema reage de modo à medida que a água da cafeteira arrefece. (C) A configuração eletrónica do átomo de carbono
a diminuir a temperatura, isto é, favorece-se a no estado fundamental é (1s)2 (2s)2 (2p)2.
reação que aumenta a concentração das espécies A Há eletrões com três valores diferentes de energia: os
e B. Aumentando essas concentrações, aumenta o GRUPO III
dois da orbital 1s, os dois da orbital 2s e os dois de
denominador e diminui o numerador de Kc. Portanto, 1. cotação: 5 ; facilidade: 0,62
duas orbitais 2p, que são degeneradas, isto é, as três
a constante de equilíbrio diminui. (B) O ângulo de incidência (ângulo entre a normal no orbitais 2p têm a mesma energia.
GRUPO II ponto de incidência e o feixe incidente) é de 1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,57
1. 90° – 20º = 70°. Logo, o ângulo de reflexão é
também de 20º. O ângulo entre o feixe incidente e o (B) As opções (A) e (C) representam a configuração
1.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,49 feixe refletido é pois 20º + 20º = 40º). no estado fundamental. A opção (B) indica um estado
excitado em que um eletrão 2s transitou para uma
Radiação. orbital 2p. A opção (D) tem três eletrões num orbital,
20º 20º
1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,87 o que é impossível.
(C) Quando se atinge o equilíbrio térmico, a tempe- 2.
ratura do sistema lata + refrigerante permanece cons-
tante. Como a energia interna depende da tempera- 2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,49

tura, também a energia interna se mantém constante. (D) No ião cianeto CN– há 4 eletrões de valência
Para que a energia interna se mantenha constante, do carbono (n.º atómico 6, configuração (1s)2 (2s)2
a energia emitida por unidade de tempo tem de ser 2. (2p2), 5 eletrões de valência do nitrogénio (n.º
igual à energia absorvida por unidade de tempo. atómico 7, configuração (1s)2 (2s)2 (2p)3 e 1 eletrão
2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,36
adicional.
1.3. cotação: 10 ; facilidade: 0,52
(D) Como o índice de refração do meio I é o dobro No total, há 6 + 7 + 1 = 14 eletrões, dos quais
intensidade da radiação do do meio II, pode escrever-se: 4 + 5 + 1 = 10 são eletrões de valência.
6,0 × 102J nI = 2 × nII A molécula N2 tem 7 + 7 = 14 eletrões, dos quais
6,0 × 102 W s 5 + 5 = 10 são eletrões de valência.
= Tendo em conta a definição de índice de refração,
m2 m2 2.2. cotação: 15 ; facilidade: 0,15
tem-se:
c O raio atómico tende a diminuir ao longo de um
área da lata = A nI = período. O nitrogénio é o elemento que se segue ao
vI
aquecimento durante 90 min carbono no mesmo período, logo é de prever que
aumento de temperatura = 16,5 °C c o raio atómico do nitrogénio seja menor do que o
nII =
vII raio atómico do carbono. É, pois, possível que o
comprimento da ligação N ≡ N seja menor do que o mol A energia mecânica é a soma da energia cinética com
comprimento da ligação C ≡ N. [H 3O+ ] = 10−pH a energia potencial. À medida que o balão descia, a
L
Quando o comprimento da ligação é menor, há uma diminuição de energia potencial não correspondia
mol
ligação mais forte. A energia de ligação N ≡ N deve = 10−2,72 exatamente ao aumento de energia cinética, devido
ser maior do que a energia de ligação C ≡ N. L à resistência do ar. Na fase final de descida, a
mol diminuição de energia potencial não correspondia a
3. = 1,905 × 10−3
L qualquer aumento de energia cinética, uma vez que a
3.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,52
A estequiometria da reação é: velocidade era constante.
(B) “ppm” significa 1 parte por milhão. Logo, vem: HNO2 (aq) + H 2O (l) ! NO2 − (aq) + H 3O+ (aq) 3. cotação: 5 ; facilidade: 0,40
1 (D) A energia potencial gravítica do sistema balão +
0,860 ppm = 0,860 × 6 Desprezando a autoionização da água (que é muito
10 Terra é diretamente proporcional à altura h medida
pequena) e tendo em conta a estequiometria da
1 1 em relação ao nível de referência.
= 8,60 × × 6 reação, tem-se:
10 10 GRUPO VII
[NO2 − ] = [H 3O+ ]
= 8,60 × 10−7 1. cotação: 10 ; facilidade: 0,50
A concentração inicial de HNO2 pode ser calculada a
Em percentagem, este valor é Valor médio do intervalo de tempo na célula:
partir das concentrações de equilíbrio e da constante
8,60 × 10 −7
× 100 = 8,60 × 10 −5
% de acidez, tendo igualmente em conta a estequiome- 0,0150 + 0,0147+ 0,0147
s = 0,0148 s
tria da reação. Assumindo um volume de solução de 3
3.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,78 1 L, e representando por x a quantidade de substância Módulo da velocidade v da esfera em B:
(A) Massa molar do HCN (g): inicial de HNO2, temos, no início e no equilíbrio,
27,0 × 10−3 m
27,03 g respetivamente (em moles): = 1,82 m/s
HNO2 (aq) + H 2O (l) ! NO2 − (aq) + H 3O+ (aq)
0,0148 s
mol
x 0 0 2.
Densidade do HCN (g) à pressão de 1 atm e à tempe-
x − 1,905 × 10−3 1,905 × 10−3 1,905 × 10−3
ratura de 30 °C: 2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,26
1,086 g Portanto, as concentrações de equilíbrio são:

dm 3 [HNO2 ]eq =
( x − 1,905 × 10 ) mol = ( x − 1,905 × 10 ) mol
−3
−3
Tempo de voo da esfera entre B e E.
A coordenada horizontal da posição x da esfera no
Massa m de HCN (g) em 5,0 dm3: 1L L referencial indicado é dada por x = v0x t sendo v0x a
1,086 g m 1,905 × 10−3 mol mol componente horizontal da velocidade de lançamento
= [H 3O+ ]eq = [NO2 − ]eq = = 1,905 × 10−3
1L L no ponto B. No eixo Ox a componente da velocidade
dm 3 5,0 dm 3 é constante porque a aceleração é vertical. Represen-
1,086 g Como, por definição, a constante de acidez não tem
tando o alcance por xE, a equação anterior pode ser
m= × 5,0 dm 3 unidades, vem:
dm 3 escrita como xE = v0x t. O alcance é, pois, diretamente
[NO2 − ]eq × [H 3O+ ]eq proporcional à velocidade de lançamento v0x, sendo t
= 1,086 × 5,0 g Ka =
[HNO2 ]eq a constante de proporcionalidade.
Quantidade de substância n em 5,0 dm3 de HCN (g):
2.2. cotação: 15 ; facilidade: 0,24
27,03 g 1,086 × 5,0 g 1,905 × 10−3 × 1,905 × 10−3
= 4,5 × 10−4 = Utilizando a calculadora para obter o declive t:
mol n x − 1,905 × 10−3
1,086 × 5,0 g × mol
(1,905 × 10 )
2
n= −3
27,03 g
4,5 × 10−4 =
1,086 × 5,0 x − 1,905 × 10−3
= mol
27,03 x = 0,0099695
GRUPO V x = 0,010 = 1,0 × 10−2
1. cotação: 10 ; facilidade: 0,49 Concluindo: no volume de 1 L a quantidade de
− − substância inicial de HNO2 é 1,0 × 10–2 mol. Logo, a O declive é 0,4691 s, que é o tempo de voo entre B
CN (aq) + H 2O (l) ! HCN (aq) + HO (aq) concentração inicial de HNO2 é: e E. Este valor é sempre o mesmo, qualquer que seja
a velocidade de lançamento horizontal (e a esfera
O ião CN– comporta-se como uma base segundo 1,0 × 10−2 mol mol
Brönsted-Lowry, uma vez que aceita um protão H+ [HNO2 ]inicial = = 1,0 × 10−2 seja lançada sempre da mesma altura), uma vez que
1L L apenas há aceleração na vertical.
da água, originando o ácido cianídrico HCN.
GRUPO VI Se o alcance for de 1,10 m, a velocidade de lança-
2.
mento é:
1. cotação: 10 ; facilidade: 0,28
1,10 = v × 0,4691
2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,71
Do gráfico, conclui-se que no intervalo [1,3; 1,7] s a 1,10
(A) Comparando a força dos dois ácidos, calculando v=
velocidade é constante e igual a 1,7 m/s.
o quociente das respetivas constantes de acidez, vem: 0,4691
Portanto, nesse intervalo de 0,4 s, o balão desloca-se
Ka, HNO2 4,5 × 10−4 verticalmente para baixo na distância de: = 2,345 m/s
=
Ka, HCN 4,9 × 10−10 d = v×t No percurso de A para E desprezam-se as forças dis-
−4 m sipativas e considera-se a esfera como uma partícula.
4,5 10 = 1,7 × 0,4 s Assim, tem-se, considerando que o nível do ponto B
= × s
4,9 10−10 é o nível de referência para a energia potencial:
= 0,68 m
10−4 energia potencial em A = energia cinética em B
≈ O peso do balão é: Donde:
10−10 N
Fg = 4,8 × 10−3 kg × 10 1
1 m g hmáx = m v 2
= kg 2
10−6
= 4,8 × 10−2 N v2
= 106 hmáx =
O peso realiza trabalho positivo (o peso aponta para 2g
O ácido nitroso HNO2 é, pois, aproximadamente 106
baixo, tal como o deslocamento, na mesma direção, 2,3452
vezes mais forte do que o ácido cianídrico HCN. =
ângulo nulo entre o peso e o deslocamento):
2.2. cotação: 10 ; facilidade: 0,32
2 × 10
W = Fg × d × cos0° = 0,275 m
O pH da solução de HNO2 a 25 ºC é:
pH = 2,72 = 4,8 × 10−2 N × 0,68 m × 1
Com este valor de pH, a concentração de H3O+ é, = 3,3× 10−2 J
tendo em conta a definição de pH:
2. cotação: 5 ; facilidade: 0,20

(A) O balão desceu, inicialmente como velocidade


crescente e depois velocidade constante. A aceleração
não foi, pois, constante, pelo que a resistência do ar
não pode ser desprezada.
EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março

Prova Escrita de Física e Química A


10.º e 11.º Anos de Escolaridade

Prova 715/2.ª Fase 16 Páginas

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2012

VERSÃO 1

Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2).
A ausência dessa indicação implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de
escolha múltipla.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Pode utilizar régua, esquadro, transferidor e máquina de calcular gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo
que pretende que não seja classificado.

Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respetivas respostas. As respostas
ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com zero pontos.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:


•  o número do item;
•  a letra que identifica a única opção escolhida.

Nos itens de construção de cálculo, apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos
os cálculos efetuados e apresentando todas as justificações e/ou conclusões solicitadas.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

A prova inclui uma tabela de constantes na página 2, um formulário nas páginas 2 e 3, e uma
tabela periódica na página 4.

A ortografia dos textos e de outros documentos segue o Acordo Ortográfico de 1990.

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 1/ 16


TABELA DE CONSTANTES
Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,00 × 108 m s-1
Módulo da aceleração gravítica de um corpo junto à
g = 10 m s-2
superfície da Terra
Constante de Gravitação Universal G = 6,67 × 10-11 N m2 kg-2
Constante de Avogadro NA = 6,02 × 1023 mol-1
Constante de Stefan-Boltzmann s = 5,67 × 10-8 W m-2 K-4
Produto iónico da água (a 25 °C) Kw = 1,00 × 10-14
Volume molar de um gás (PTN) Vm = 22,4 dm3 mol-1

FORMULÁRIO
• Conversão de temperatura (de grau Celsius para kelvin) ....................................... T = q + 273,15
T – temperatura absoluta (temperatura em kelvin)
q – temperatura em grau Celsius
m
• Densidade (massa volúmica) .......................................................................................... r=—
m – massa V
V – volume

• Efeito fotoelétrico ............................................................................................................. Erad = Erem + Ec


Erad – energia de um fotão da radiação incidente no metal
Erem – energia de remoção de um eletrão do metal
Ec – energia cinética do eletrão removido
n
• Concentração de solução ................................................................................................ c = —
n – quantidade de soluto V
V – volume de solução

• Relação entre pH e concentração de H3O+ ........................................... pH = -log {[H3O+] / mol dm-3}

• 1.ª Lei da Termodinâmica ............................................................................................... DU = W + Q + R


DU – variação da energia interna do sistema (também representada por DEi )
W – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de trabalho
Q – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de calor
R – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de radiação

• Lei de Stefan-Boltzmann ................................................................................................. P = e s AT 4


P – potência total irradiada pela superfície de um corpo
e – emissividade da superfície do corpo
s – constante de Stefan-Boltzmann
A – área da superfície do corpo
T – temperatura absoluta da superfície do corpo

• Energia ganha ou perdida por um corpo devido à variação


da sua temperatura ............................................................................................ E = m c DT
m – massa do corpo
c – capacidade térmica mássica do material de que é constituído o corpo
DT – variação da temperatura do corpo

• Taxa temporal de transferência de energia, sob a forma Q A


de calor, por condução ....................................................................................... –— = k –— DT
Q – energia transferida, sob a forma de calor, por condução, Dt l
através de uma barra, no intervalo de tempo Dt
k – condutividade térmica do material de que é constituída a barra
A – área da secção da barra, perpendicular à direção de transferência de energia
l – comprimento da barra
DT – diferença de temperatura entre as extremidades da barra

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 2/ 16


®
• Trabalho realizado por uma força constante, F , que atua
sobre um corpo em movimento retilíneo .................................................................... W = Fd cos a
d – módulo do deslocamento do ponto de aplicação da força
a – ângulo definido pela força e pelo deslocamento
1
• Energia cinética de translação ....................................................................................... Ec = — mv 2
m – massa 2
v – módulo da velocidade

• Energia potencial gravítica em relação a um nível de referência .......................... Ep = m g h


m – massa
g – módulo da aceleração gravítica junto à superfície da Terra
h – altura em relação ao nível de referência considerado

• Teorema da energia cinética ........................................................................................... W = DEc


W – soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam num corpo,
num determinado intervalo de tempo
DEc – variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no mesmo
intervalo de tempo
m1 m 2
• Lei da Gravitação Universal ............................................................................................ Fg = G –—–—
r2
Fg – módulo da força gravítica exercida pela massa pontual m1 (m2)
na massa pontual m2 (m1)
G – constante de Gravitação Universal
r – distância entre as duas massas
® ®
• 2.ª Lei de Newton ...............................................................................................................
®
F =ma
F – resultante das forças que atuam num corpo de massa m
®
a – aceleração do centro de massa do corpo
1
• Equações do movimento retilíneo com aceleração constante ................................ x = x0 + v0 t + — at 2
x – valor (componente escalar) da posição 2
v – valor (componente escalar) da velocidade v = v0 + at
a – valor (componente escalar) da aceleração
t – tempo

• Equações do movimento circular com velocidade linear


v2
de módulo constante .................................................................................................... ac = —
r
ac – módulo da aceleração centrípeta
2p r
v – módulo da velocidade linear v = ——
T
r – raio da trajetória
2p
T – período do movimento w = ——
T
w – módulo da velocidade angular
v
• Comprimento de onda ................................................................................................. l=—
f
v – módulo da velocidade de propagação da onda
f – frequência do movimento ondulatório

• Função que descreve um sinal harmónico ou sinusoidal ................................... y = A sin(w t)


A – amplitude do sinal
w – frequência angular
t – tempo

• Fluxo magnético que atravessa uma superfície, de área A,


®
em que existe um campo magnético uniforme, B ............................................... Fm = B A cos a
a – ângulo entre a direção do campo e a direção perpendicular à superfície
|DFm|
• Força eletromotriz induzida numa espira metálica .............................................. |ei| =  —–—–
DFm – variação do fluxo magnético que atravessa a superfície delimitada Dt
pela espira, no intervalo de tempo D t

• Lei de Snell-Descartes para a refração .................................................................... n1 sin a 1 = n 2 sin a 2


n1, n2 – índices de refração dos meios 1 e 2, respetivamente
a 1, a 2 – ângulos entre a direção de propagação da onda e a normal
à superfície separadora no ponto de incidência, nos meios 1 e 2, respetivamente

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 3/ 16


TABELA PERIÓDICA
1 18
1
2
H He
1,01
2 13 14 15 16 17 4,00

Número atómico
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B C N O F Ne
6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
Massa atómica relativa

11 12 13 14 15 16 17 18

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Na Mg A Si P S C Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 97,91 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
57-71
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,21 208,98 [208,98] [209,99] [222,02]

87 88 104 105 106 107 108 109 110 111


89-103
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg
Actinídeos
[223] [226] [261] [262] [266] [264] [277] [268] [271] [272]

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36 151,96 157,25 158,92 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04 174,98

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
[227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, B, C ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.
Se apresentar mais do que uma opção, a resposta será classificada com zero pontos, o mesmo acontecendo
se a letra transcrita for ilegível.

GRUPO I

Qualquer que seja a temperatura a que se encontre, um corpo emite sempre radiação eletromagnética,
devido aos movimentos de agitação térmica das partículas que o constituem.
O espectro da radiação térmica emitida por um corpo é um espectro contínuo em que o comprimento
de onda da radiação de máxima intensidade emitida depende da temperatura a que o corpo se encontra:
à medida que a temperatura, T, do corpo aumenta, o comprimento de onda ao qual ocorre a emissão de
radiação de máxima intensidade, l máxima , diminui proporcionalmente.
A taxa temporal de emissão de energia de um corpo, sob a forma de radiação térmica, a partir da sua
superfície, é proporcional à quarta potência da temperatura absoluta da superfície do corpo, dependendo
também da sua área superficial e de uma constante chamada emissividade.
Ao mesmo tempo que emite, um corpo também absorve radiação eletromagnética da sua vizinhança.
Quando um corpo está em equilíbrio com a sua vizinhança, emite e absorve energia, como radiação, à
mesma taxa temporal.
. A. Ser a , . . e ett, r., Princípios de Física, vol. II,
Pioneira Thomson Learning, 2004 (adaptado)

1. A Figura 1 apresenta uma parte do gráfico da intensidade da radiação emitida por um corpo, a uma
determinada temperatura, em função do comprimento de onda.
Intensidade da radiação

Comprimento de onda

Figura 1

À temperatura considerada, o corpo emite

(A) apenas radiação visível.


(B) radiação de máxima intensidade no visível.
(C) apenas radiação ultravioleta.
(D) radiação de máxima intensidade no ultravioleta.

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 5/ 16


2. Traduza por uma expressão matemática a lei enunciada no final do segundo parágrafo do texto.

3. Qual é a unidade do Sistema Internacional em que se exprime a taxa temporal de emissão de energia de
um corpo?

4. Se a temperatura absoluta da superfície de um corpo aumentar duas vezes, a taxa temporal de emissão
de energia do corpo, sob a forma de radiação térmica, a partir da sua superfície, aumentará

(A) duas vezes.

(B) quatro vezes.

(C) oito vezes.

(D) dezasseis vezes.

5. A Terra emite e absorve radiação a uma taxa temporal __________, pelo que a temperatura média da sua
superfície __________.

(A) igual ... varia

(B) diferente ... varia

(C) igual ... não varia

(D) diferente ... não varia

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 6/ 16


GRUPO II

A composição do gás natural depende, entre outros fatores, da localização do reservatório subterrâneo a
partir do qual se faz a sua extração. No entanto, o gás natural é sempre maioritariamente constituído por
metano, CH4(g), embora possa conter outros gases, como, por exemplo, metilbutano, dióxido de carbono,
vapor de água e sulfureto de hidrogénio.

1. Considere que se extrai, de um determinado reservatório subterrâneo, gás natural contendo 70%, em
volume, de metano.

Determine o número de moléculas de metano que existem numa amostra de 5,0 dm3 do gás natural, nas
condições normais de pressão e de temperatura.

Apresente todas as etapas de resolução.

2. Qual das fórmulas de estrutura seguintes pode representar a molécula de metilbutano?

(A) (B) (C) (D)

H H H H H CH3 H H H H H H H H

H C C C C H H C C C H H C C C C H H C C C H

H CH3 H H H CH3 H H H
CH3 H H H H C H

CH3

3. Explique porque é que a geometria da molécula de dióxido de carbono, CO2, é linear.

4. As moléculas de água, H2O, e de sulfureto de hidrogénio, H2S, apresentam geometria semelhante.

Preveja, justificando com base nas posições relativas dos elementos oxigénio e enxofre na tabela periódica,
qual das ligações, H – O ou H – S, terá maior comprimento, na respetiva molécula.

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 7/ 16


GRUPO III

O ácido sulfídrico, H2S(aq), é um ácido diprótico muito fraco, cuja ionização global em água ocorre em duas
etapas sucessivas.

A primeira etapa da ionização ocorre em muito maior extensão do que a segunda e pode ser traduzida por

H2S(aq) + H2O(l) ? HS-(aq) + H3O+(aq)

A constante de acidez do H2S(aq), definida para a reação anterior, é 1,32 × 10-7, a 25 ºC.

1. Considere 250,0 cm3 de uma solução de ácido sulfídrico cujo pH, a 25 ºC, é 3,94.

Determine a quantidade de ácido sulfídrico não ionizado que existe naquele volume de solução,
considerando apenas a contribuição da reação acima indicada para a ionização do ácido em água.

Apresente todas as etapas de resolução.

2. O ião sulfureto, S2-(aq), é a base conjugada da espécie HS-(aq) na reação que corresponde à segunda
etapa da ionização do ácido sulfídrico em água.

A reação entre o ião S2-(aq) e a água pode ser traduzida por

(A) S2-(aq) + H2O(l) ? H2S(aq) + 2 H3O+(aq)

(B) S2-(aq) + 2 H2O(l) ? H2S(aq) + 2 OH-(aq)

(C) S2-(aq) + H2O(l) ? H2S(aq) + 2 OH-(aq)

(D) S2-(aq) + 2 H2O(l) ? H2S(aq) + 2 H3O+(aq)

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GRUPO IV

1. O etanol, C2H5OH (M = 46,08 g mol-1), pode reagir com o cloro, Cl2 (M = 70,90 g mol-1), formando-se um
composto orgânico denominado cloral, CCl3CHO (M = 147,38 g mol-1), e cloreto de hidrogénio, HCl(g).
A reação pode ser traduzida por

C2H5OH(l) + 4 Cl2(g) " CCl3CHO(l) + 5 HCl(g)

1.1. Considere que se fez reagir 3,0 mol de etanol com 10,0 mol de cloro.

Identifique, justificando, o reagente limitante.

1.2. Determine, numa outra situação, a massa de etanol que é necessário fazer reagir para se obter, na
prática, 1,5 kg de cloral, admitindo que aquela reação apresenta um rendimento médio de 30%.

Apresente todas as etapas de resolução.

2. Considere a reação traduzida por

Cl2(g) + 2 Na(s) " 2 NaCl(s)

Nesta reação, o cloro atua como

(A) oxidante, oxidando-se.


(B) oxidante, reduzindo-se.
(C) redutor, reduzindo-se.
(D) redutor, oxidando-se.

3. Considere que a energia necessária para dissociar uma mole de moléculas de Cl2(g) é 242,7 kJ.

A variação de energia associada à formação de duas moles de átomos de cloro, em fase gasosa, a partir
de uma mole de Cl2(g) é

(A) + (2 × 242,7) kJ

(B) - (2 × 242,7) kJ

(C) + 242,7 kJ

(D) - 242,7 kJ

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 9/ 16


4. Considere átomos de cloro no estado fundamental.

4.1. Num átomo de cloro, no estado fundamental, existem, no total,

(A) cinco eletrões de valência distribuídos por três orbitais.

(B) cinco eletrões de valência distribuídos por duas orbitais.

(C) sete eletrões de valência distribuídos por duas orbitais.

(D) sete eletrões de valência distribuídos por quatro orbitais.

4.2. Uma das orbitais de valência mais energéticas de um átomo de cloro, no estado fundamental, pode
ser caracterizada pelo conjunto de números quânticos

(A) (3, 1, 0)

(B) (3, 0, 1)

(C) (3, 0, 0)

(D) (3, 1, 2)

4.3. Como se designa a energia mínima necessária para remover um eletrão de um átomo de cloro,
isolado e em fase gasosa, no estado fundamental?

GRUPO V

Um pequeno objeto de papel, abandonado de uma certa altura, cai verticalmente até ao solo, segundo uma
trajetória retilínea, coincidente com o eixo Oy de um referencial unidimensional.
Admita que o objeto de papel pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da partícula material).

1. Considere, numa primeira situação, que o objeto de papel cai no ar.

Na Figura 2, está representado o gráfico da componente escalar, segundo o eixo Oy, da posição, y, do objeto
de papel em função do tempo, t. Os dados registados foram adquiridos com um sensor de movimento.

1,40

1,20

1,00
y/m

0,80

0,60

0,40

0,20

0,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 t/s

Figura 2

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 10/ 16


1.1. Qual é o esboço do gráfico que pode representar a distância percorrida pelo objeto de papel durante
o intervalo de tempo em que os dados foram registados?

(A) (B)

Distância percorrida
Distância percorrida

0 Tempo 0 Tempo

(C) (D)

Distância percorrida
Distância percorrida

0 Tempo 0 Tempo

1.2. Em qual dos esquemas seguintes estão corretamente representadas, para o intervalo de tempo
[0,90; 1,30] s , as forças que atuam no objeto de papel?

(A) (B) (C) (D)

Fresistência do ar F =0
Fresistência do ar resistência do ar
Fresistência do ar
+

+
Fgravítica Fgravítica Fgravítica Fgravítica

1.3. Admita que a massa do objeto de papel é 0,23 g.

Calcule a energia dissipada pelo sistema objeto de papel + Terra no intervalo de tempo [0,90; 1,30] s.

Apresente todas as etapas de resolução.

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 11/ 16


2. Considere agora, numa segunda situação, que o objeto de papel, abandonado da mesma altura, tem um
movimento de queda livre.

Admita que o eixo Oy do referencial tem origem no solo e sentido positivo de baixo para cima.

2.1. Apresente o esboço do gráfico da componente escalar, segundo o eixo Oy , da posição, y, do objeto de
papel em função do tempo, t, desde o instante em que é abandonado até chegar ao solo.

2.2. A equação v(t ) da componente escalar, segundo o eixo Oy , da velocidade, vy , do objeto de papel é

(A) vy = 10 t
(B) vy = -10 t
(C) vy = 1,20 - 10 t
(D) vy = 1,20 + 10 t

2.3. Qual das expressões seguintes permite calcular o tempo, em segundos (s), que o objeto de papel
demorará a chegar ao solo se a altura da qual é abandonado se reduzir a metade?

2 # 1, 20
(A)
g
1, 20
(B)
2g

1, 20
(C) 2
g
1, 20
(D)
g

2.4. Admita que, em simultâneo com o objeto de papel, se abandona da mesma altura uma esfera metálica
de maior massa.

Se o objeto de papel e a esfera metálica caírem livremente, a esfera chegará ao solo com velocidade de

(A) igual módulo e energia cinética maior.

(B) igual módulo e energia cinética igual.

(C) maior módulo e energia cinética igual.

(D) maior módulo e energia cinética maior.

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–––—––––––––––—–—–—–——— Página em branco ––––––––––—–—–—–————–-––

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GRUPO VI

Com o objetivo de determinar experimentalmente a velocidade de propagação do som no ar, um grupo de


alunos fez uma montagem semelhante à representada na Figura 3, na qual utilizou um osciloscópio, um
gerador de sinais, um microfone, um altifalante com suporte e fios de ligação.

Osciloscópio Gerador de sinais

Microfone Altifalante

Figura 3

Os alunos começaram por ligar o gerador de sinais ao osciloscópio para produzir um sinal elétrico que
registaram no osciloscópio. Ligaram depois o altifalante ao gerador de sinais e o microfone ao osciloscópio,
tendo o cuidado de alinhar sempre o altifalante e o microfone, no decorrer das experiências que realizaram.

O valor tabelado da velocidade de propagação do som no ar, nas condições em que foram realizadas as
experiências, é 342,3 m s-1.

1. Indique a razão pela qual os alunos ligaram o altifalante ao gerador de sinais e a razão pela qual ligaram
o microfone ao osciloscópio.

2. Os alunos mantiveram o altifalante e o microfone à mesma distância um do outro.

A Figura 4 representa o ecrã do osciloscópio onde estão registados os sinais obtidos no decorrer da
experiência.

!"#$

Figura 4

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 14/ 16


2.1. Os sinais registados no ecrã do osciloscópio apresentam

(A) igual amplitude e igual frequência.

(B) igual amplitude e diferente frequência.

(C) diferente amplitude e diferente frequência.

(D) diferente amplitude e igual frequência.

2.2. Quanto tempo demorou o sinal sonoro a percorrer a distância entre o altifalante e o microfone?

(A) 10 ms

(B) 2 ms

(C) 1 ms

(D) 0,5 ms

3. Os alunos afastaram depois gradualmente o microfone do altifalante e mediram, para cada distância entre
estes, o tempo que o sinal sonoro demorava a percorrer essa distância.

Os valores obtidos estão registados na tabela seguinte.

Distância / m Tempo / ms

0,200 0,54
0,400 1,26
0,600 1,77
0,800 2,52
1,000 2,98

Determine o erro relativo, em percentagem, do valor experimental da velocidade de propagação do som


no ar.

Comece por obter o valor experimental da velocidade de propagação do som no ar, em metro por
segundo (m s–1), a partir do declive da reta que melhor se ajusta ao conjunto de valores apresentados na
tabela (utilize a calculadora gráfica).

Apresente todas as etapas de resolução.

FIM

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 15/ 16


COTAÇÕES

GRUPO I
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4. ........................................................................................................... 5 pontos
5. ........................................................................................................... 5 pontos
25 pontos

GRUPO II

1. ........................................................................................................... 10 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 10 pontos
4. ........................................................................................................... 15 pontos
40 pontos

GRUPO III

1. ........................................................................................................... 10 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
15 pontos

GRUPO IV
1.
1.1. .................................................................................................. 10 pontos
1.2. .................................................................................................. 10 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4.
4.1. .................................................................................................. 5 pontos
4.2. .................................................................................................. 5 pontos
4.3. .................................................................................................. 5 pontos
45 pontos

GRUPO V
1.
1.1. .................................................................................................. 5 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
1.3. .................................................................................................. 15 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 5 pontos
2.3. .................................................................................................. 5 pontos
2.4. .................................................................................................. 5 pontos
45 pontos

GRUPO VI

1. ........................................................................................................... 10 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 5 pontos
3. ........................................................................................................... 10 pontos
30 pontos

TOTAL ......................................... 200 pontos

Prova 715.V1/2.ª F. • Página 16/ 16


Exame disponível em http://www.gave.min-edu.pt.

Resolução do Exame de Física e Química A (11.º ano), 2012, 2.ª Fase

Grupo I (a) a raiz “but-” informa que a molécula deve ter 4

Facilidade de cada item: cotação média, numa escala de 0 a 1.


⎡ HS− ⎤ × ⎡ H O+ ⎤
1. cotação: 5 ; facilidade: 0,65 átomos de carbono na cadeia mais longa. As opções ⎣ ⎦eq ⎣ 3 ⎦eq
B e D não respeitam esta regra porque têm apenas 3 Ka =
(D)
e 5 átomos de carbono na cadeia principal, respeti- ⎣⎡ H 2S ⎤⎦ eq
O c.d.o. da radiação mais intensa antecede a zona
ultravioleta. O corpo emite radiação de c.d.o. inferior
vamente; −7 1,148 × 10−4 × 1,148 × 10−4
(b) a raiz “met-” refere-se a uma ramificação onde 1,32 × 10 =
ao ultravioleta, radiação visível e radiação ultraver- ⎡⎣ H 2S ⎤⎦
há uma ligação com um só átomo de carbono; eq
melha.
acrescenta-se “-il” para indicar quando está numa Donde:
2. cotação: 5
(1,148 × 10 )
; facilidade: 0,26 ramificação. 2
−4
“(...) à medida que a temperatura, T, do corpo A opção C é, na realidade, um pentano e não um
butano porque tem 5 carbonos na cadeia principal, ⎡⎣ H 2S ⎤⎦ =
aumenta, o comprimento de onda ao qual ocorre a eq
1,32 × 10−7
emissão de radiação de máxima intensidade, λmáxima, como se ilustra na imagem seguinte, depois de “reor-
mol
diminui proporcionalmente”: ganizada” a fórmula de estrutura: = 9,984 × 10−2
L
constante H H H H
λmáxima = Como se pretende a quantidade de H2S, tendo em
T H C C C C H conta que o volume é 1/4 de L (250,0 cm3), vem:
Esta equação representa a chamada lei de Wien. A
CH3 H H H mol 1 9,984 × 10−2
constante de proporcionalidade inversa é designada 9,984 × 10−2 × L= mol
por constante de Boltzmann e representa-se por k. L 4 4
H H H H H
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,36 = 2,50 × 10−2 mol
H C C C C C H
Unidade de energia do SI: joule, J. 2. cotação: 5 ; facilidade: 0,80
Unidade de tempo do SI: segundo, s. H H H H H
(B)
Unidade da taxa temporal de emisão de energia:
A opção B representa a estrutura do dimetilpropano Primeira etapa da ionização:
joule por segundo, ou watt:
joule e as opções C e D representam a mesma molécula, H2S (aq) + H2O (l) ! HS– (aq) + H3O+ (aq)
= watt n-pentano. Segunda etapa da ionização:
segundo
J 3. cotação: 10 ; facilidade: 0,13 HS– (aq) + H2O (l) ! S2– (aq) + H3O+ (aq)
=W Molécula de CO2: o átomo central é o átomo de
s O ião S2– (aq) é a base conjugada do ácido HS– (aq):
carbono, que tem 4 eletrões de valência; cada um dos o ácido HS– cede um protão H+ para a água, transfor-
4. cotação: 5 ; facilidade: 0,51 dois átomos de oxigénio tem 6 eletrões de valência. mando-se na base S2–.
(D) Esta base S2– pode receber protões da molécula de
O C O
A taxa temporal de emissão de energia de um corpo, água:
sob a forma de radiação, é proporcional a T4, sendo T A teoria da ligação química é baseada na ideia de que
a temperatura absoluta da superfície do corpo. S2– (aq) + 2 H2O (l) ! H2S (aq) + 2 OH– (aq)
os pares de eletrões se repelem uns aos outros. Deste
Portanto, se a temperatura absoluta aumentar 2 vezes, A opção (A) não respeita a conservação da carga
modo, os pares ligantes no átomo de C repelem-se
de T para 2T, a taxa temporal de emissão de energia elétrica: há duas cargas negativas do lado esquerdo e
mutuamente. Para se afastarem o máximo possível,
aumentará 16 vezes: das cargas positivas do lado direito.
a molécula tem de ser linear, com os átomos de O e
As opções (C) e (D) não respeitam a conservação da
( 2T )4 = 24 T 4 de C segundo uma linha reta, tendo as ligações um
ângulo de 180º:
massa.
= 16 T 4 180°
Grupo IV
1.
5. cotação: 5 ; facilidade: 0,51

(C) 1.1. cotação: 10 ; facilidade: 0,58

A Terra está em equilíbrio térmico: a temperatura Estequiometria e quantidades na reação:


média global do planeta mantém-se aproximadamen- C2 H 5OH (l) + 4 Cl2 (g) → CCl3CHO (l) + 5 HCl (g)
te constante por longos períodos de tempo, apesar 4. cotação: 15 ; facilidade: 0,22 1 mol 4 mol 1 mol 5 mol
de estar continuamente a receber energia do Sol. Molécula de H2O: um átomo central de oxigénio,
Portanto, a Terra, como um todo, absorve energia do 3 mol
duas ligações O—H formando um ângulo superior
Sol e emite energia, como radiação, para o espaço, à a 90°. Portanto, 3,0 mol de etanol necessitaria de 3 × 4 mol
mesma taxa temporal. Molécula de H2S: um átomo central de enxofre, duas de cloro = 12 mol de cloro.
Grupo II ligações S—H formando um ângulo superior a 90°. Utilizando apenas 10,0 mol de cloro, este é o reagen-
Oxigénio e enxofre: pertencem ao grupo 16 da tabela te limitante.
1. cotação: 10 ; facilidade: 0,65
periódica, oxigénio no 2.º período e enxofre no 3.º 1.2. cotação: 10 ; facilidade: 0,43
Volume da amostra de gás natural, V = 5,0 dm3.
período. A quantidade de cloral, em moles, que se pretende
Desta amostra, 70%, em volume, é metano. Portanto,
O raio atómico num mesmo grupo tende a aumentar obter é:
o volume de metano na amostra é:
com o número atómico: o enxofre deve ter maior raio
70 147,38 g 1,5 × 103 g
× 5,0 dm 3 = 3,50 dm 3 atómico do que o oxigénio. O maior raio atómico do =
100 enxofre deve corresponder a um maior comprimento mol n
Tendo em conta que este volume de metano está nas da ligação S—H. 1,5 × 103 g × mol
n=
condições normais de pressão e temperatura e que Grupo III 147,38 g
o volume molar nessas condições é 22,4 dm3/mol, = 10,18 mol
1. cotação: 10 ; facilidade: 0,28
podemos calcular a quantidade de substância n de
metano na amostra: Sabendo o pH da solução, calcula-se a concentração Como o rendimento é apenas 30%, necessita-se de:
3 3 do ião hidrónio: 10,18 mol n
22,4 dm 3,50 dm =
= ⎡ H O+ ⎤ = 10−pH = 10−3,94 = 1,148 × 10−4 mol 0,30 1
1 mol n
⎣ 3 ⎦ L 10,18 mol
3,50 dm 3 × 1 mol n= ×1
n= Considerando apenas a contribuição da primeira 0,30
22,4 dm 3 ionização de H2S (aq), tem-se: = 33,93 mol
= 0,156 mol ⎡ H O+ ⎤ = ⎡ HS− ⎤ Estequiometria e quantidades na reação:
⎣ 3 ⎦eq ⎣ ⎦eq
O número de moléculas de metano na amostra é, C2 H 5OH (l) + 4 Cl2 (g) → CCl3CHO (l) + 5 HCl (g)
pois: Tendo em conta a constante de acidez, vem:
1 mol 4 mol 1 mol 5 mol
0,156 × 6,02 × 1023 = 9,4 × 1022
33,93 mol
2. cotação: 5 ; facilidade: 0,25 Portanto, a quantidade necessária de etanol é
(A) 33,93 mol, porque a proporção é de 1 mol para
De acordo com a nomenclatura da IUPAC: 1 mol.
Esta quantidade de etanol corresponde à massa energia potencial perdida deveria surgir como ener- 1
de: gia cinética. Mas como a velocidade é constante, essa 0 = 1,20 − g t 2
2
46,08 g energia potencial é dissipada.
× 33,93 mol = 1563,5 g → 1,56 kg A variação de energia potencial é, pois: 2 × 1,20
mol t=
ΔEp = −m g h g
2. cotação: 5 ; facilidade: 0,57
m/s Diminuindo a altura inicial para metade, vem:
(B) = −0,23× 10−3 kg × 10 × 0,56 m 1,20
N.º de oxidação do cloro: passa de 0 para –1. s 2×
2 = 1,20
N.º de oxidação do sódio: passa de 0 para +1. = −1,29 × 10−3 J t=
g g
O cloro reduz-se e actua como oxidante. Esta quantidade de energia é dissipada devido à
O sódio oxida-se e actua como redutor. resistência do ar. A força de resistência do ar aponta 2.4. cotação: 5 ; facilidade: 0,51
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,19 para cima e realiza trabalho negativo, precisamente (A)
(C) igual a esta variação de energia potencial. Como a aceleração da gravidade não depende da
Para se formarem 2 mol de átomos de cloro é De acordo com a lei da conservação da energia, se a massa do corpo e caem ambos da mesma altura,
necessário dissociar 1 mol de moléculas de cloro. É, energia potencial diminui –1,29 ×10−3 J e a energia atingem o solo com a mesma velocidade.
pois, necessário fornecer energia: opções (B) e (D) cinética não aumenta, então a energia dissipada é A energia cinética é diretamente proporcional à
erradas. 1,29 ×10−3 J massa do corpo. Portanto, a esfera metálica terá, para
Como 1 mol de Cl2 (g) produz 2 mol de átomos de 2. a mesma velocidade, maior energia cinética.
Cl (g), apenas a opção (C) faz sentido, uma vez que Grupo VI
2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,17
se pretende a energia associada à formação de duas 1. cotação: 10 ; facilidade: 0,34
moles de átomos de cloro. O eixo Oy tem origem no solo e aponta para cima.
A posição inicial é + 1,20 m, que é a altura do objeto. Altifalante: ligado ao gerador de sinais pode emitir
4. um sinal sonoro com uma certa frequência.
Sendo o movimento em queda livre, a velocidade
4.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,50 aumenta de modo uniforme. Logo, o declive de y em Microfone: ligado ao osciloscópio pode registar o
função de t é cada vez maior, em valor absoluto. som emitido pelo altifalante.
(D)
A componente escalar da velocidade no eixo Oy é O desfasamento entre o som emitido pelo gerador
Átomo de cloro: 3.º período, grupo 17, 7 eletrões de
negativa e não há velocidade inicial. A componente de sinais e o som captado pelo microfone permite
valência.
escalar da aceleração também é negativa. calcular a velocidade do som.
Configuração dos eletrões de valência:
(3s)2 (3p)5 A equação da posição y é, em unidades SI: 2.
Existem três orbitais p (3px, 3py e 3pz). 1
y = y0 + v0 y t + a y t 2 2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,67
Duas orbitais ficam preenchidas e uma fica semi- 2
preenchida. 1 (D)
Portanto, os 7 eletrões de valência distribuem-se por
y = 1,2 + × −10 t 2
2
( ) Como as escalas dos dois sinais são iguais, nos dois
4 orbitais: a orbital 3s e as três orbitais 3p. eixos, os sinais têm diferentes amplitudes (metade da
Fazendo o gráfico na calculadora, obtém-se, para um diferença entre o valor máximo e o valor mínimo),
valor de t maior que 0 s e até y atingir o valor 0 m, medidas no eixo vertical, e igual período, medido no
4.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,59 que corresponde ao solo: eixo horizontal (intervalo de tempo entre dois picos
(A) sucessivos).
Configuração dos eletrões de valência: (3s)2 (3p)5. 2.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,39
O número quântico principal n das quatro orbitais
é 3. O número quântico secundário l pode ser 0, ..., (D)
n–1, isto é, pode ser 0, 1 ou 2. O desfasamento é de metade da divisão de 1 milise-
O número quântico magnético m pode ser –l, …, +l, gundo. Logo, o atraso entre os dois sinais é 0,5 ms,
para cada orbital. que corresponde ao tempo que demorou a percorrer a
A opção (B) não respeita a regra anterior: se o nú- distância entre o altifalante e o microfone.
mero quântico secundário for 0, o número quântico 3. cotação: 10 ; facilidade: 0,21
magnético só pode ser 0. Declive da reta de ajuste ao gráfico da distância d
A opção (C) refere-se à orbital 3s, de número expressa em metros entre o microfone e o altifalante
quântico secundário 0, que tem menor energia que as em função do tempo t expresso em segundos:
orbitais p, as orbitais de valência mais energéticas.
Portanto, um esboço do gráfico pode ser o seguinte:
A opção (D) não respeita as regras: se o número
quântico secundário for 1, o número quântico magné- y/m
tico só pode ser –1, 0 ou 1.
1,20 m
4.3. cotação: 5 ; facilidade: 0,45

Energia de ionização do átomo de cloro.


Grupo V
1.
0,49 s t/s
1.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,64

(B) 2.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,59


O objeto mantém-se parado durante aproximada-
mente 0,5 s (distância percorrida: nula…) e depois (B)
percorre a distância de 1,20 m até ao solo (aumenta a A velocidade inicial é nula e a aceleração aponta para
baixo (sentido negativo de Oy): Este declive (324,0 m/s) representa a velocidade do
distância percorrida…), ficando parado após 1,45 s.
v y = v0 y + a y t som, determinada na experiência, uma vez que, para
1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,32 movimentos com velocidade constante, se tem:
(C) (
v y = 0 + −10 t ) d
No intervalo [0,90; 1,30] s a velocidade é constante v=
= −10 t t
(declive constante no gráfico da posição em função
2.3. cotação: 5 Como o valor tabelado da velocidade do som, para as
do tempo). Logo, o objeto não acelera. Se não acele- ; facilidade: 0,39
condições da experiência, é 342,3 m/s, o erro relativo
ra, a soma das forças que nele atuam deve ser nula, (D) é, em percentagem:
como representado no diagrama da opção (C). Equação da posição no referencial indicado:
342,3 m/s − 324,0 m/s
1.3. cotação: 15 ; facilidade: 0,14 1 × 100 = 5,35%
y = y0 + v0 y t + a y t 2 342,3 m/s
No eixo vertical, há 5 divisões entre 0 m e 0,20 m. 2
Portanto, cada divisão vale 0,20 m / 5 = 0,04 m. 1 2
y = 1,20 − g t
No eixo horizontal, há 4 divisões entre 0 s e 0,20 s. 2
Portanto, cada divisão vale 0,20 s / 4 = 0,05 s.
Quando atinge o solo, tem-se:
Entre 0,90 s e 1,30 s, o objeto passa da altura de
0,76 m para a altura de 0,20 m. Ou seja, cai 0,56 m.
Se houvesse conservação da energia mecânica, a
EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março

Prova Escrita de Física e Química A


10.º e 11.º Anos de Escolaridade

Prova 715/1.ª Fase 16 Páginas

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2012

VERSÃO 1

Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2).
A ausência dessa indicação implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de
escolha múltipla.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Pode utilizar régua, esquadro, transferidor e máquina de calcular gráfica.

Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo
que pretende que não seja classificado.

Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respetivas respostas. As respostas
ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com zero pontos.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:


•  o número do item;
•  a letra que identifica a única opção escolhida.

Nos itens de construção de cálculo, apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos
os cálculos efetuados e apresentando todas as justificações e/ou conclusões solicitadas.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

A prova inclui uma tabela de constantes na página 2, um formulário nas páginas 2 e 3, e uma
tabela periódica na página 4.

A ortografia dos textos e de outros documentos segue o Acordo Ortográfico de 1990.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 1/ 16


TABELA DE CONSTANTES
Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,00 × 108 m s-1
Módulo da aceleração gravítica de um corpo junto
g = 10 m s-2
à superfície da Terra
Constante de Gravitação Universal G = 6,67 × 10-11 N m2 kg-2
Constante de Avogadro NA = 6,02 × 1023 mol-1
Constante de Stefan-Boltzmann s = 5,67 × 10-8 W m-2 K-4
Produto iónico da água (a 25 °C) Kw = 1,00 × 10-14
Volume molar de um gás (PTN) Vm = 22,4 dm3 mol-1

FORMULÁRIO
• Conversão de temperatura (de grau Celsius para kelvin) ....................................... T = q + 273,15
T – temperatura absoluta (temperatura em kelvin)
q – temperatura em grau Celsius
m
• Densidade (massa volúmica) .......................................................................................... r=—
m – massa V
V – volume

• Efeito fotoelétrico ............................................................................................................. Erad = Erem + Ec


Erad – energia de um fotão da radiação incidente no metal
Erem – energia de remoção de um eletrão do metal
Ec – energia cinética do eletrão removido
n
• Concentração de solução ................................................................................................ c = —
n – quantidade de soluto V
V – volume de solução

• Relação entre pH e concentração de H3O+ ........................................... pH = -log {[H3O+] / mol dm-3}

• 1.ª Lei da Termodinâmica ............................................................................................... DU = W + Q + R


DU – variação da energia interna do sistema (também representada por DEi )
W – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de trabalho
Q – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de calor
R – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de radiação

• Lei de Stefan-Boltzmann ................................................................................................. P = e s AT 4


P – potência total irradiada pela superfície de um corpo
e – emissividade da superfície do corpo
s – constante de Stefan-Boltzmann
A – área da superfície do corpo
T – temperatura absoluta da superfície do corpo

• Energia ganha ou perdida por um corpo devido à variação


da sua temperatura ............................................................................................ E = m c DT
m – massa do corpo
c – capacidade térmica mássica do material de que é constituído o corpo
DT – variação da temperatura do corpo

• Taxa temporal de transferência de energia, sob a forma Q A


de calor, por condução ....................................................................................... –— = k –— DT
Q – energia transferida, sob a forma de calor, por condução, Dt l
através de uma barra, no intervalo de tempo Dt
k – condutividade térmica do material de que é constituída a barra
A – área da secção da barra, perpendicular à direção de transferência de energia
l – comprimento da barra
DT – diferença de temperatura entre as extremidades da barra

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 2/ 16


®
• Trabalho realizado por uma força constante, F , que atua
sobre um corpo em movimento retilíneo .................................................................... W = Fd cos a
d – módulo do deslocamento do ponto de aplicação da força
a – ângulo definido pela força e pelo deslocamento
1
• Energia cinética de translação ....................................................................................... Ec = — mv 2
m – massa 2
v – módulo da velocidade

• Energia potencial gravítica em relação a um nível de referência .......................... Ep = m g h


m – massa
g – módulo da aceleração gravítica junto à superfície da Terra
h – altura em relação ao nível de referência considerado

• Teorema da energia cinética ........................................................................................... W = DEc


W – soma dos trabalhos realizados pelas forças que atuam num corpo,
num determinado intervalo de tempo
DEc – variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no mesmo
intervalo de tempo
m1 m 2
• Lei da Gravitação Universal ............................................................................................ Fg = G –—–—
r2
Fg – módulo da força gravítica exercida pela massa pontual m1 (m2)
na massa pontual m2 (m1)
G – constante de Gravitação Universal
r – distância entre as duas massas
® ®
• 2.ª Lei de Newton ...............................................................................................................
®
F =ma
F – resultante das forças que atuam num corpo de massa m
®
a – aceleração do centro de massa do corpo
1
• Equações do movimento retilíneo com aceleração constante ................................ x = x0 + v0 t + — at 2
x – valor (componente escalar) da posição 2
v – valor (componente escalar) da velocidade v = v0 + at
a – valor (componente escalar) da aceleração
t – tempo

• Equações do movimento circular com velocidade linear


v2
de módulo constante .................................................................................................... ac = —
r
ac – módulo da aceleração centrípeta
2p r
v – módulo da velocidade linear v = ——
T
r – raio da trajetória
2p
T – período do movimento w = ——
T
w – módulo da velocidade angular
v
• Comprimento de onda ................................................................................................. l=—
f
v – módulo da velocidade de propagação da onda
f – frequência do movimento ondulatório

• Função que descreve um sinal harmónico ou sinusoidal ................................... y = A sin(w t)


A – amplitude do sinal
w – frequência angular
t – tempo

• Fluxo magnético que atravessa uma superfície, de área A,


®
em que existe um campo magnético uniforme, B ............................................... Fm = B A cos a
a – ângulo entre a direção do campo e a direção perpendicular à superfície
|DFm|
• Força eletromotriz induzida numa espira metálica .............................................. |ei| =  —–—–
DFm – variação do fluxo magnético que atravessa a superfície delimitada Dt
pela espira, no intervalo de tempo D t

• Lei de Snell-Descartes para a refração .................................................................... n1 sin a 1 = n 2 sin a 2


n1, n2 – índices de refração dos meios 1 e 2, respetivamente
a 1, a 2 – ângulos entre a direção de propagação da onda e a normal
à superfície separadora no ponto de incidência, nos meios 1 e 2, respetivamente

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 3/ 16


TABELA PERIÓDICA
1 18
1
2
H He
1,01
2 13 14 15 16 17 4,00

Número atómico
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B C N O F Ne
6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
Massa atómica relativa

11 12 13 14 15 16 17 18

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Na Mg A Si P S C Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 97,91 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
57-71
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,21 208,98 [208,98] [209,99] [222,02]

87 88 104 105 106 107 108 109 110 111


89-103
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg
Actinídeos
[223] [226] [261] [262] [266] [264] [277] [268] [271] [272]

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36 151,96 157,25 158,92 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04 174,98

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
[227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]
Para responder aos itens de escolha múltipla, selecione a única opção (A, B, C ou D) que permite obter uma
afirmação correta ou responder corretamente à questão colocada.
Se apresentar mais do que uma opção, a resposta será classificada com zero pontos, o mesmo acontecendo
se a letra transcrita for ilegível.

GRUPO I

Um átomo é formado quase completamente por espaço vazio. Toda a sua massa se deve ao diminuto
núcleo central. O espaço que o rodeia estende-se até uma distância de cerca de 10 mil vezes o diâmetro do
núcleo e é ocupado por uma mão-cheia de eletrões – seis, por exemplo, no caso do átomo de carbono.
O vazio extranuclear é, porém, a sede da personalidade de um elemento – o núcleo é um observador
passivo, responsável por dirigir o conjunto de eletrões em seu redor, dos quais apenas alguns participam nas
reações químicas.
Os cientistas não puderam resistir à tentação de supor que os eletrões eram como planetas para o núcleo-
-estrela. No entanto, este modelo planetário, adotado, entre outros, por Niels Bohr, estava errado. A verificação
de que os eletrões não são apenas partículas no sentido comum, mas possuem também um carácter
ondulatório intrínseco, permite atribuir-lhes um carácter duplo, que implica que seja totalmente inapropriado
visualizar os eletrões como partículas em órbitas bem definidas.
Por volta de 1926, Erwin Schrödinger desenvolveu uma equação que, quando resolvida, permite obter
informação acerca do comportamento dos eletrões nos átomos. As soluções desta equação permitem calcular
a probabilidade de encontrar o eletrão numa dada região do espaço e não a sua localização precisa em cada
instante, como na física clássica.
P. Atkins, O Dedo de Galileu – As dez grandes ideias da Ciência,
Gradiva, 1.ª ed., 2007 (adaptado)

1. Como se designam os eletrões que participam nas reações químicas?

2. Qual das configurações eletrónicas seguintes pode corresponder a um átomo de carbono no estado
fundamental?

(A) 1s2 2s1 2p1x 2p1y 2p1z

(B) 1s2 2s2 2p1x 2p0y 2p1z

(C) 1s2 2s2 2px2

(D) 1s2 2s1 2p2x 2p1y

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 5/ 16


3. Os átomos dos isótopos 12 e 13 do carbono têm

(A) números atómicos diferentes.

(B) números de massa iguais.

(C) igual número de eletrões.

(D) igual número de neutrões.

4. Como se designa uma região do espaço onde, em torno do núcleo de um átomo, existe uma elevada
probabilidade de encontrar um eletrão desse átomo?

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 6/ 16


GRUPO II

1. O sulfureto de hidrogénio, H2S(g), é um gás incolor que tem um cheiro característico a ovos podres.

1.1. A tabela seguinte apresenta os volumes, V, de diferentes amostras de H2S(g) e as respetivas


massas, m, à pressão de 1 atm e à temperatura de 55 ºC.

V /dm3 m/g

3,4 4,3

6,7 8,5

10,1 12,8

13,5 17,1

Determine o volume molar do gás, nas condições de pressão e de temperatura referidas.

Comece por obter a densidade (ou massa volúmica) do gás, a partir do declive da reta que melhor se
ajusta ao conjunto de valores apresentados na tabela (utilize a calculadora gráfica).

Apresente todas as etapas de resolução.

1.2. Considere uma amostra de H2S(g) com o dobro do volume de uma amostra de metano, CH4(g), nas
mesmas condições de pressão e de temperatura.

Nessas condições, as amostras contêm

(A) o mesmo número de moléculas.

(B) a mesma quantidade de moléculas.

(C) o mesmo número de átomos de hidrogénio.

(D) a mesma quantidade de átomos.

1.3. O H2S(g) libertado pelos vulcões reage, a temperaturas elevadas, com o oxigénio do ar, formando-se
dióxido de enxofre, SO2(g), e água, H2O(g).

Escreva a equação química que traduz esta reação e justifique o facto de a emissão de SO2(g) para
a atmosfera contribuir para o aumento da acidez da água da chuva.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 7/ 16


2. O sulfureto de hidrogénio dissolve-se em água, dando origem ao ácido sulfídrico, H2S(aq).

2.1. Se o teor de sulfureto de hidrogénio numa solução aquosa for 22 ppm, a massa, expressa em mg,
de H2S em 1 kg dessa solução é

(A) 22 # 10 6

(B) 22

(C) 22 # 10 -3

(D) 22 # 10 3

2.2. O mau cheiro de uma solução contendo H2S(aq) pode ser removido pela adição de cloro, Cl2(aq), a
essa solução. A reação que ocorre é traduzida por

H2S(aq) + Cl2(aq) " S(s) + 2 HCl(aq)

Nesta reação, o agente redutor é o

(A) H2S(aq) que é oxidado pelo Cl2(aq).

(B) Cl2(aq) que é oxidado pelo H2S(aq).

(C) H2S(aq) que é reduzido pelo Cl2(aq).

(D) Cl2(aq) que é reduzido pelo H2S(aq).

3. O ácido sulfídrico, H2S(aq), é um ácido diprótico muito fraco. A reação deste ácido com a água pode ser
traduzida por

H2S(aq) + 2 H2O(l) ? S2–(aq) + 2 H3O+(aq)

A constante de acidez do H2S(aq), definida para a reação anterior, é 6,8 × 10–23, a 25 ºC.

3.1. A uma dada temperatura, o ácido sulfídrico

(A) ioniza-se tanto mais quanto menor for o pH do meio.

(B) ioniza-se tanto mais quanto maior for o pH do meio.

(C) dissocia-se tanto mais quanto maior for o pH do meio.

(D) dissocia-se tanto mais quanto menor for o pH do meio.

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3.2. O sulfureto de ferro, FeS, é um sal bastante insolúvel em água, cujo produto de solubilidade é
6,3 × 10–18, a 25 ºC. A precipitação deste sal, em solução aquosa, pode ser traduzida por

Fe2+(aq) + S2–(aq) ? FeS(s)

Admita que se pretende precipitar sulfureto de ferro a partir de uma solução que contém 4,47 g de ião
Fe2+(aq) (M = 55,85 g mol-1) por dm3, utilizando ácido sulfídrico de concentração 0,10 mol dm–3, que
é mantida constante ao longo da reação.

Determine a concentração hidrogeniónica necessária para que o sulfureto de ferro possa precipitar.

Apresente todas as etapas de resolução.

4. As moléculas de H2S e de H2O têm ambas geometria angular, apresentando o mesmo número de
eletrões de valência.

Na molécula de H2S existem, no total, __________ eletrões de valência, sendo __________ deles não
ligantes.

(A) oito ... dois

(B) seis ... quatro

(C) seis ... dois

(D) oito ... quatro

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 9/ 16


GRUPO III

As curvas representadas no gráfico da Figura 1 traduzem a concentração, c , ao longo do tempo, t, das


espécies A, B e C que intervêm numa reação química em fase gasosa. O sistema químico atinge um estado
de equilíbrio a uma temperatura T.

c/mol dm–3

1,00

0,49 A

C
0,23 B

0,00
0 t1 t2 t3 t4

t/ unidades arbitrárias

Figura 1

1. Em que proporção reagem entre si as espécies A e B?

(A) 2 mol A : 1 mol B

(B) 3 mol A : 2 mol B

(C) 1 mol A : 2 mol B

(D) 2 mol A : 3 mol B

2. O instante a partir do qual se pode considerar que o sistema químico atinge um estado de equilíbrio é

(A) t 1
(B) t 2
(C) t 3
(D) t 4

3. Considere que num determinado instante, depois de atingido o estado de equilíbrio à temperatura T, se
aumenta a concentração da espécie A.

Conclua, justificando, como variará o quociente da reação, após o aumento da concentração da espécie A,
até ser atingido um novo estado de equilíbrio, à mesma temperatura.

Prova 715.V1/1.ª F. • Página 10/ 16


GRUPO IV

Com o objetivo de determinar a capacidade térmica mássica do


cobre e do alumínio, um grupo de alunos utilizou sucessivamente 1031+%'40
/0-60%&/$%&
blocos calorimétricos desses metais, numa montagem semelhante à
representada na Figura 2.
%01"1/23,"&
40'&5$0,"-03/+
Os alunos começaram por introduzir um sensor de temperatura, ligado
a um sistema de aquisição de dados, num dos orifícios de um desses )*+,+
blocos calorimétricos e uma resistência de aquecimento no outro ,&*+%"-./%",+

orifício. Tiveram, ainda, o cuidado de proceder de modo a otimizar o -&/0%"&*


"1+*&4+%
contacto térmico do bloco, quer com o sensor, quer com a resistência,
e a minimizar a taxa de dissipação de energia do bloco. Seguidamente,
os alunos montaram um circuito elétrico, ligando a resistência de
!"#$%&'(
aquecimento a uma fonte de alimentação, a um voltímetro, a um
amperímetro e a um interruptor.

1. Qual dos esquemas seguintes pode representar o circuito elétrico montado pelos alunos?

!"# !&#

! "

" !

!$# !%#

!
"

"

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2. Os alunos ligaram o interruptor do circuito elétrico e iniciaram, simultaneamente, o registo da temperatura
do bloco de cobre em função do tempo.

2.1. Identifique uma das grandezas que os alunos tiveram de medir para calcularem a potência dissipada
pela resistência de aquecimento.

2.2. A potência dissipada pela resistência de aquecimento na experiência realizada foi 1,58 W.

A Figura 3 apresenta o gráfico da temperatura do bloco de cobre, de massa 1,00 kg, em função do
tempo.

!(#%%

!"#)%

!"#(%
)*+,*%&)$%&'-'!"

!"#"%

!"#'%

!"#&%

!"#$%
% &% !%% !&%
)*+,.'-'#

!"#$%&'(

Determine, a partir dos resultados da experiência, o valor da capacidade térmica mássica do cobre.

Apresente todas as etapas de resolução.

3. Seguidamente, os alunos repetiram a experiência,


nas mesmas condições, substituindo apenas o bloco
)*+,*%&)$%&'-'!"

2.3%*
de cobre por outro de alumínio, aproximadamente
com a mesma massa.

A Figura 4 apresenta o esboço dos gráficos da


&/$+01".
temperatura de cada um dos blocos, em função do
tempo.

Conclua, justificando, qual dos dois metais, cobre ou


)*+,.'-'#
alumínio, terá maior capacidade térmica mássica.
!"#$%&'(

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GRUPO V

Um carrinho de brincar desloca-se sobre uma pista que pode ser montada com diferentes formatos.

1. Considere que a pista é montada de modo que o carrinho descreva sobre ela uma trajetória circular, num
mesmo plano horizontal, com velocidade de módulo constante.

1.1. Caracterize os vetores velocidade e aceleração do carrinho quanto à sua direção e quanto ao seu
sentido, relativamente à trajetória descrita.

1.2. Considere que a trajetória circular descrita pelo carrinho tem 50,0 cm de diâmetro e que o carrinho
demora, em média, 47,6 s a descrever 5 voltas completas.

Determine o módulo da aceleração do carrinho.

Apresente todas as etapas de resolução.

1.3. Admita que se colocaram sobrecargas de massa sucessivamente maior no carrinho e que os
conjuntos carrinho + sobrecarga se deslocaram sobre a pista demorando o mesmo tempo a descrever
uma volta completa.

Qual das opções seguintes apresenta os esboços dos gráficos que podem representar corretamente
o módulo da aceleração, a, dos conjuntos carrinho + sobrecarga e a intensidade da resultante das
forças neles aplicadas, F, em função da massa, m, daqueles conjuntos?

(A) (B) (C) (D)

a a a a

0 0 0 0
m m m m

F F F F

0 0 0 0
m m m m

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2. Considere que a pista é agora montada formando uma rampa sobre a qual o carrinho percorre trajetórias
retilíneas no sentido descendente ou no sentido ascendente.

2.1. Na Figura 5, apresenta-se o esboço do gráfico que pode representar a W


soma dos trabalhos realizados pelas forças aplicadas no carrinho, W, em
função da distância, d, percorrida pelo carrinho, à medida que este desce
a rampa.

Qual é o significado físico do declive da reta representada?


0
d

2.2. Conclua, justificando, se existe conservação da energia mecânica


Figura 5
do sistema carrinho + Terra quando o carrinho sobe a rampa com
velocidade constante.

3. A Figura 6 representa o espectro do som emitido pela buzina do carrinho.


!"#$%&'()*+)$,&%-,

! "!! #!!! #"!! $!!! $"!! %!!! %"!! &!!! &"!!

.+)1'234%,*5'()

.%/'+,*0

O espectro representado permite concluir que o som emitido pela buzina do carrinho é

(A) puro, resultando da sobreposição de várias frequências.

(B) intenso, porque algumas das suas frequências são muito elevadas.

(C) harmónico, podendo ser descrito por uma função sinusoidal.

(D) complexo, resultando da sobreposição de vários harmónicos.

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GRUPO VI

1. A Figura 7 representa parte do trajeto de um feixe de luz monocromática que se propaga no ar e que incide
numa face de um paralelepípedo de vidro Flint, propagando-se depois no interior do vidro.

Os ângulos de incidência e de refração são, respetivamente, 24,0º e 16,0º.

Figura 7

1.1. Determine a velocidade de propagação do feixe de luz monocromática no interior do vidro Flint.

Apresente todas as etapas de resolução.

nar (índice de refração do ar) = 1,00

1.2. Qual dos esquemas seguintes pode representar o trajeto do feixe de luz monocromática ao
propagar-se do interior do vidro Flint novamente para o ar?

(A) (B) (C) (D)

2. A reflexão total da luz ocorre quando esta incide na superfície de separação entre um meio e outro de

(A) maior índice de refração, com um ângulo de incidência superior ao ângulo crítico.

(B) menor índice de refração, com um ângulo de incidência inferior ao ângulo crítico.

(C) maior índice de refração, com um ângulo de incidência inferior ao ângulo crítico.

(D) menor índice de refração, com um ângulo de incidência superior ao ângulo crítico.

FIM

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COTAÇÕES

GRUPO I
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4. ........................................................................................................... 5 pontos
20 pontos

GRUPO II
1.
1.1. .................................................................................................. 10 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
1.3. .................................................................................................. 10 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 5 pontos
3.
3.1. .................................................................................................. 5 pontos
3.2. .................................................................................................. 15 pontos
4. ........................................................................................................... 5 pontos
60 pontos

GRUPO III
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 10 pontos
20 pontos

GRUPO IV
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 10 pontos
3. ........................................................................................................... 10 pontos
30 pontos

GRUPO V
1.
1.1. .................................................................................................. 10 pontos
1.2. .................................................................................................. 10 pontos
1.3. .................................................................................................. 5 pontos
2.
2.1. .................................................................................................. 5 pontos
2.2. .................................................................................................. 15 pontos

3. ........................................................................................................... 5 pontos
50 pontos

GRUPO VI
1.
1.1. .................................................................................................. 10 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
20 pontos

TOTAL ......................................... 200 pontos

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Exame disponível em http://www.gave.min-edu.pt.

Resolução do Exame de Física e Química A (11.º ano), 2012, 1.ª Fase

Grupo I por sua vez reage com a água líquida formando ácido Desta equação, obtém-se a concentração hidrogenió-

Facilidade de cada item: cotação média, numa escala de 0 a 1.


1. cotação: 5 ; facilidade: 0,67 sulfúrico, H2SO4 (aq). nica na solução saturada:
Estes ácidos aumentam consideravelmente a acidez 6,8 × 10−23 × ⎡⎣ H 2S ⎤⎦ 2
Eletrões de valência. da água da chuva. = ⎡ H 3O+ ⎤
⎡S
2− ⎤ ⎣ ⎦
2. cotação: 5 ; facilidade: 0,50
2. ⎣ ⎦
(B)
2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,36 6,8 × 10−23 × ⎡⎣ H 2S ⎤⎦
O n.º atómico do carbono é 6. Cada átomo de carbo- ⎡ H O+ ⎤ =
no tem 6 eletrões. (B) ⎣ 3 ⎦ ⎡S2− ⎤
⎣ ⎦
No estado fundamental, os eletrões estão nas orbitais Teor de H2S é 22 ppm, isto é, 22 partes por milhão.
de menor energia. Assim, a configuração eletrónica Num quilograma (1 000 g = 1 000 000 mg), há Se a concentração de H2S for 0,10 mol/dm3 e a de
de C no estado fundamental é: 22 mg de H2S. S2– for 7,88 × 10–17 mol/dm3, vem:
(1s)2(2s)2(2p)2. −23
Os dois eletrões 2p podem distribuir-se pelas três
2.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,49
⎡ H O+ ⎤ = 6,8 × 10 × 0,10
(A) ⎣ 3 ⎦ 7,88 × 10−17
orbitais 2p. Como cada orbital pode ter no máximo
dois eletrões, e todas têm a mesma energia, um ele- Nesta reação: mol
(a) o n.º de oxidação do cloro passa de 0 para –1; = 2,9 × 10−4
trão está numa orbital e o outro noutra orbital 2p. dm 3
(b) o n.º de oxidação do enxofre passa de –2 para 0.
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,49 Portanto, o cloro é reduzido e o enxofre é oxidado. Portanto, para concentrações hidrogeniónicas inferio-
(C) Ou seja, o H2S é oxidado pelo Cl2. res a 2,9 × 10–3 mol/dm3 (a que corresponde um pH
Os isótopos de um mesmo elemento têm o mesmo de 2,54), há precipitação do sulfureto de ferro.
3.
número atómico. Logo, têm o mesmo número de 4. cotação: 5 ; facilidade: 0,51
eletrões. 3.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,35
(D)
4. cotação: 5 ; facilidade: 0,24 (B) Átomo de H: 1 eletrão de valência.
Orbital. Opção (A), errada: quanto menor for o pH, maior é a Átomo de S: 6 eletrões de valência (é do grupo 16).
concentração de H3O+, logo maior é a concentração Na molécula H2S há 2 × 1 + 6 = 8 eletrões de valên-
de S2– resultante da ionização de H2S. cia no total.
Grupo II Opção (B), correta: quanto maior for o pH, menor O átomo de S estabelece ligações covalentes simples
1. é a concentração de H3O+, logo menor é a concen- com os dois átomos de H.
tração de S2– resultante da ionização de H2S. Como No átomo de S restam 4 eletrões (2 pares) não
1.1. cotação: 10 ; facilidade: 0,35 §
a concentração dos produtos é menor, o H2S que é ligantes.
Equação da reta: reagente tem que se ionizar mais.
Grupo III
Opção (C), errada: não há dissociação, uma vez que
H2S é uma espécie molecular e não uma espécie 1. cotação: 5 ; facilidade: 0,25
iónica. (D)
Opção (D), errada: idem
3.2. cotação: 15 ; facilidade: 0,18

Solução com 4,47 g de Fe2+ (aq) por dm3.


ΔA = 1− 0,49 = 0,51
Estes 4,47 g correspondem a:
55,85 g 4,47 g
=
mol n
O declive é 1,267 g/dm3, uma vez que m está expres- ΔB = 1− 0,23 = 0,77
so em gramas e V em dm3. Este valor é a densidade n = 8,00 × 10−2 mol
do H2S. Portanto, a concentração do é: Fe2+
A massa molar de H2S é: mol
⎡ Fe ⎤ = 8,00 × 10
2+ −2
M = (2 × 1,01 + 32,07)g/mol = 34,09 g/mol ⎣ ⎦ dm 3
Portanto, 1 mol de H2S tem a massa de 34,09 g. Esta
massa corresponde ao seguinte volume: Numa solução saturada de FeS, tem-se:
34,09 g 1,267 g Ks = ⎡ Fe 2+ ⎤ × ⎡S2− ⎤ 0,51 de A 51 de A 2 de A
= ≈
= ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ 0,77 de B 77 de B 3 de B
V 1 dm 3
6,3× 10−18 = ⎡ Fe 2+ ⎤ × ⎡S2− ⎤
34,09 g × 1 dm 3 ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ 2. cotação: 5 ; facilidade: 0,85
=V
1,267 g A concentração de S2– numa solução saturada de FeS (C)
é, pois: Antes de t3 as concentrações de reagentes e produtos
V = 26,9 dm 3 −18 ainda não estão constantes. Podemos considerar que
Ou seja, o volume molar do H2S é, à pressão e tem- ⎡S2− ⎤ = 6,3× 10
⎣ ⎦ ⎡ Fe 2+ ⎤ em t3 as concentrações já estabilizaram, mantendo-se
peratura referida: ⎣ ⎦ constantes no decurso do tempo.
26,9 dm 3 Se nessa solução saturada a concentração de Fe2+ for 3. cotação: 10 ; facilidade: 0,38
Vm =
1 mol 8,00 × 10−2 mol/dm3, a concentração de S2– é: Depois de se atingir o equilíbrio, aumentando a
−18
= 26,9 dm 3 /mol ⎡S2− ⎤ = 6,3× 10 espécie A está-se a aumentar a quantidade de um
⎣ ⎦ 8,00 × 10−2 reagente da reação (no gráfico pode ver-se que A e B
1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,48 diminuíram ao longo da reação e que C aumentou).
mol
(C) = 7,88 × 10−17 Segundo a lei de Le Châtelier, o sistema reage de
A amostra de H2S (g) tem o dobro do volume da dm 3 modo a contrariar essa perturbação. Assim, o sistema
amostra de CH4 (g), nas mesmas condições de pres- A reação do ácido sulfídrico com a água, tende a atingir um novo equilíbrio, diminuindo a
são e temperatura. H 2S (aq) + 2 H 2O (l) ! S2− (aq) + 2 H 3O+ (aq) concentração de A e favorecendo a formação de C.
De acordo com a lei de Avogadro, a amostra de H2S Como no numerador do quociente da reação se
tem o dobro do n.º de moléculas da amostra de CH4. tem como constante de acidez o valor 6,8 × 10–23: encontra a concentração do produto C e no denomi-
Como cada molécula H2S tem 2 átomos de H e cada ⎡S2− ⎤ × ⎡ H O+ ⎤
2 nador a multiplicação das concentrações de A e B, os
Ka = ⎣ ⎦ ⎣ 3 ⎦
molécula CH4 tem 4 átomos de H, a amostra de H2S reagentes, conclui-se que se aumenta o numerador do
e a amostra de CH4 têm o mesmo n.º de átomos de H. ⎣⎡ H 2S ⎤⎦ quociente de reação e diminui-se o denominador. Ou
1.3. cotação: 10 ; facilidade: 0,43 2
seja, o quociente, aumenta.
⎡S2− ⎤ × ⎡ H O+ ⎤ Concluindo: o quociente da reação aumenta até que
2 H2S (g) + 3 O2 (g) → 2 SO2 (g) + 2 H2O (g) 6,8 × 10−23 = ⎣ ⎦ ⎣ 3 ⎦
volte a ser igual à constante de equilíbrio à tempe-
O dióxido de enxofre, SO2 (g), resultante desta ⎡⎣ H 2S ⎤⎦
ratura T.
reação reage:
(a) com a água líquida formando ácido sulfuroso,
H2SO3 (aq);
(b) com o oxigénio do ar formando SO3 (g) — que
Grupo IV sendo sempre tangente à trajectória. Grupo VI
1. cotação: 5 ; facilidade: 0,47 O raio da trajetória circular é de 1.
(B) 0,50 m
r= = 0,25 m 1.1. cotação: 10 ; facilidade: 0,62
O amperímetro, ligado em série, mede a intensidade 2
da corrente que percorre o circuito, incluindo o resis- De acordo com a lei da refração, lei de Snell-Descar-
A magnitude da aceleração centrípeta é dada por:
tor de aquecimento. O voltímetro, ligado em paralelo tes, podemos escrever:
v2
aos terminais do resistor, mede a d.d.p. nos terminais ac =
r
( )
n1 × sin α1 = n2 × sin α 2 ( )
do gerador e, em simultâneo, nos extremos do resis-
A distância percorrida em cada volta é igual ao perí- Substituindo valores e resolvendo em ordem ao
tor, uma vez que não há mais resistores no circuito.
metro da circunferência: índice de refração no vidro, vem:
2.
d = 2π × r ( )
1,00 × sin 24º = n2 × sin 16,0º ( )
2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,19
= 6,28 ×
0.50 m
n2 =
( )
1,00 × sin 24º
A diferença de potencial elétrico (ou tensão) V. 2 sin (16,0º )
[Ou a intensidade da corrente elétrica I.] = 1,58 m
= 1,476
2.2. cotação: 10 ; facilidade: 0,22 Cada volta demora
Por definição, o índice de refração n de um certo
O resistor ou resistência de aquecimento dissipa 1,58 47,6 s
watts, ou seja 1,58 joules por segundo: = 9,52 s meio é dado por
5
c
J A magnitude da velocidade é, pois: n=
1,85 W = 1,58 v
s 1,58 m
Tendo em conta os dados do gráfico, conclui-se, por v= = 0,1650 m/s sendo c a velocidade da luz no vácuo e v a velocida-
9,52 s de da luz nesse meio.
exemplo, que entre 50 s e 150 s a temperatura do
Portanto, a magnitude da aceleração é: Portanto, a velocidade v da luz no vidro é:
bloco de cobre de 1,00 kg aumenta:
17,94 ° – 17,56 °C = 0,38 °C v2 3,00 × 108 m/s
ac = 1,476 =
r v
0,16502 3,00 × 108 m/s
17,94
= v=
0,25 1,476
m/s = 2,03× 108 m/s
= 0,109
s
1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,60
17,56 1.3. cotação: 5 ; facilidade: 0,59
(B)
(A) Do ar para o vidro: o feixe de luz aproxima-se da
A magnitude da aceleração é diretamente propor- normal à superfície de separação dos dois meios,
cional ao quadrado da velocidade e inversamente porque a velocidade da luz no vidro é inferior.
100 s proporcional ao raio. Não depende, pois, da massa Do vidro para o ar: o feixe de luz afasta-se da normal
Nesses 100 s, a energia fornecida ao resistor foi: do carrinho. à superfície de separação dos dois meios.
J A magnitude da soma das forças é diretamente As duas faces opostas do paralelepípedo são parale-
1,58 × 100 s = 158 J
s proporcional à massa do carrinho, de acordo com a las. O ângulo de refração na passagem da luz do ar
Como a energia foi transferida como calor, vem: 2.ª lei de Newton. para o vidro tem de ser igual ao ângulo de incidência
Q = m c Δθ 2. na passagem da luz do vidro para o ar.
Portanto, o feixe que sai do vidro para o ar na segun-
158 J = 1,00 kg × c × 0,38 °C 2.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,13 da face é paralelo ao feixe incidente na primeira face
Resolvendo em ordem a c, a capacidade térmica Por definição, o trabalho W da soma das forças é do vidro.
mássica do cobre, obtém-se: dado por 2. cotação: 5 ; facilidade: 0,45
158 J W = F d cos(α)
c= (D)
1,00 kg × 0,38 °C sendo F a magnitude da soma ou resultante das
Esquema de uma reflexão total:
forças, d a magnitude do deslocamento e α o ângulo
158 J
= entre a soma das forças e o deslocamento.
0,38 kg × °C Quando o carrinho está a descer o plano, a soma das meio com maior velo- ex.: ar
J forças aponta paralelamente ao plano, para baixo, tal cidade da luz e menor
= 416
kg × °C como o deslocamento. O ângulo α é, pois, nulo. O índice de refração 1
seu co-seno é 1.
3. cotação: 10 ; facilidade: 0,48 A equação anterior pode então ser escrita como: 2
A capacidade térmica mássica de uma substância é W=Fd 3
3
dada por: Representando o trabalho W em função da distância 2
Q percorrida d, que é igual à magnitude do desloca-
c= mento, concluímos que F é o declive o gráfico. 1
m Δθ
2.2. cotação: 15 ; facilidade: 0,22 meio com menor velo- ex.: água
A capacidade térmica mássica c é, pois, inversamente
proporcional à variação de temperatura, ∆θ. Quando o carro sobe a rampa com velocidade cons- cidade da luz e maior
Os dois blocos, de Cu e Al, recebem a mesma quanti- tante, a sua energia cinética mantém-se constante, índice de refração
dade de energia Q, no mesmo intervalo de tempo. uma vez que a energia cinética é proporcional a v2.
Como se pode observar no gráfico, para a mesma Como a altura do carro aumenta na subida da rampa, Numa reflexão total, a luz propaga-se de um meio
quantidade de energia, a variação de temperatura ∆θ a energia potencial gravítica aumenta também, uma com maior refrangência para um meio menor refran-
do alumínio é menor. Logo, o alumínio tem maior vez que esta é diretamente proporcional à altura. gência (com menor índice de refração).
capacidade térmica mássica. Ou seja, a energia mecânica, soma da energia poten- Se o ângulo de incidência for superior ao ângulo
cial e da energia cinética, aumenta. Portanto, não há crítico (ângulo de incidência do raio 2), a luz não se
Grupo V refrata para o segundo meio. A partir desse ângulo,
conservação da energia mecânica.
1. observa-se o fenómeno de reflexão total.
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,60
1.1. cotação: 10 ; facilidade: 0,28 (D)
Trajectória circular. O gráfico (espectro sonoro) mostra que o som emi-
Velocidade: direção tangente à trajetória; sentido, tido contém mais do que uma frequência. É, pois, o
aponta para o lado do movimento. espectro de um som complexo.
Aceleração: direção radial; sentido centrípeto, aponta
para o centro da trajetória.
1.2. cotação: 10 ; facilidade: 0,62

Num movimento circular com aceleração centrípeta


de magnitude constante, a magnitude da velocidade
é constante: apenas varia a direção da velocidade,
ExAmE NAcioNAl do ENsiNo sEcuNdário

Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março

Prova Escrita de Física e Química A


10.º e 11.º Anos de Escolaridade

Prova 715/2.ª Fase 15 Páginas

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2011

VERSÃO 1

Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova. A ausência dessa indicação
implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de escolha múltipla.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Pode utilizar régua, esquadro, transferidor e máquina de calcular gráfica.

Não é permitido o uso de corrector. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo
que pretende que não seja classificado.

Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respectivas respostas. As
respostas ilegíveis ou que não possam ser identificadas são classificadas com zero pontos.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:


•  o número do item;
•  a letra que identifica a única opção escolhida.

Nos itens de construção de cálculo, apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos
os cálculos efectuados e apresentando todas as justificações e/ou conclusões solicitadas.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

A prova inclui uma Tabela de Constantes na página 2, um Formulário nas páginas 2 e 3, e uma
Tabela Periódica na página 4.

Prova 715.V1 • Página 1/ 15


TABElA dE coNsTANTEs
Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,00 × 108 m s-1
Módulo da aceleração gravítica de um corpo
g = 10 m s-2
junto à superfície da Terra
Constante de Gravitação Universal G = 6,67 × 10-11 N m2 kg-2
Constante de Avogadro NA = 6,02 × 1023 mol-1
Constante de Stefan-Boltzmann s = 5,67 × 10-8 W m-2 K-4
Produto iónico da água (a 25 °C) Kw = 1,00 × 10-14
Volume molar de um gás (PTN) Vm = 22,4 dm3 mol-1

Formulário
• Conversão de temperatura (de grau Celsius para kelvin) ....................................... T = q + 273,15
T – temperatura absoluta (temperatura em kelvin)
q – temperatura em grau Celsius
m
• Densidade (massa volúmica) .......................................................................................... r = —
m – massa V
V – volume

• Efeito fotoeléctrico ........................................................................................................... Erad = Erem + Ec


Erad – energia de um fotão da radiação incidente no metal
Erem – energia de remoção de um electrão do metal
Ec – energia cinética do electrão removido
n
• Concentração de solução ................................................................................................ c = —
n – quantidade de soluto V
V – volume de solução

• Relação entre pH e concentração de H3O+ .......................................... pH = -log {[H3O+] / mol dm-3}

• 1.ª Lei da Termodinâmica ............................................................................................... DU = W+Q +R


DU – variação da energia interna do sistema (também representada por DEi )
W – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de trabalho
Q – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de calor
R – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de radiação

• Lei de Stefan-Boltzmann ................................................................................................. P = es AT 4


P – potência total irradiada pela superfície de um corpo
e – emissividade da superfície do corpo
s – constante de Stefan-Boltzmann
A – área da superfície do corpo
T – temperatura absoluta da superfície do corpo

• Energia ganha ou perdida por um corpo devido à variação


da sua temperatura ............................................................................................ E = m c DT
m – massa do corpo
c – capacidade térmica mássica do material de que é constituído o corpo
DT – variação da temperatura do corpo

• Taxa temporal de transferência de energia, sob a forma Q A


de calor, por condução ....................................................................................... –— = k –— DT
Q – energia transferida, sob a forma de calor, por condução, Dt l
através de uma barra, no intervalo de tempo Dt
k – condutividade térmica do material de que é constituída a barra
A – área da secção da barra, perpendicular à direcção de transferência de energia
l – comprimento da barra
DT – diferença de temperatura entre as extremidades da barra

Prova 715.V1 • Página 2/ 15


®
• Trabalho realizado por uma força constante, F , que actua
sobre um corpo em movimento rectilíneo .................................................................. W = Fd cosa
d – módulo do deslocamento do ponto de aplicação da força
a – ângulo definido pela força e pelo deslocamento
1
• Energia cinética de translação ....................................................................................... Ec = — mv 2
m – massa 2
v – módulo da velocidade

• Energia potencial gravítica em relação a um nível de referência .......................... Ep = m g h


m – massa
g – módulo da aceleração gravítica junto à superfície da Terra
h – altura em relação ao nível de referência considerado

• Teorema da energia cinética ........................................................................................... W = DEc


W – soma dos trabalhos realizados pelas forças que actuam num corpo,
num determinado intervalo de tempo
DEc – variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no mesmo
intervalo de tempo
m1 m 2
• Lei da Gravitação Universal ............................................................................................ Fg = G –—–—
Fg – módulo da força gravítica exercida pela massa pontual m1 (m2) r2
na massa pontual m2 (m1)
G – constante de Gravitação Universal
r – distância entre as duas massas
® ®
• 2.ª Lei de Newton ...............................................................................................................
®
F = ma
F – resultante das forças que actuam num corpo de massa m
®
a – aceleração do centro de massa do corpo
1
• Equações do movimento rectilíneo com aceleração constante .............................. x = x0 + v0t + — at 2
x – valor (componente escalar) da posição 2
v – valor (componente escalar) da velocidade v = v0 + at
a – valor (componente escalar) da aceleração
t – tempo

• Equações do movimento circular com velocidade linear v2


de módulo constante .................................................................................................... ac = —
r
ac – módulo da aceleração centrípeta
2pr
v – módulo da velocidade linear v = ——
T
r – raio da trajectória
2p
T – período do movimento w = ——
T
w – módulo da velocidade angular
v
• Comprimento de onda ................................................................................................. l=—
f
v – módulo da velocidade de propagação da onda
f – frequência do movimento ondulatório

• Função que descreve um sinal harmónico ou sinusoidal ................................... y =A sin(wt)


A – amplitude do sinal
w – frequência angular
t – tempo

• Fluxo magnético que atravessa uma superfície, de área A,


®
em que existe um campo magnético uniforme, B .............................................. Fm = B A cos a
a – ângulo entre a direcção do campo e a direcção perpendicular à superfície
|DFm|
• Força electromotriz induzida numa espira metálica ............................................ |ei| = —–—–
DFm – variação do fluxo magnético que atravessa a superfície delimitada Dt
pela espira, no intervalo de tempo Dt

• Lei de Snell-Descartes para a refracção .................................................................. n1 sin a1 = n 2 sin a2


n1, n2 – índices de refracção dos meios 1 e 2, respectivamente
a1, a2 – ângulos entre a direcção de propagação da onda e a normal
à superfície separadora no ponto de incidência, nos meios 1 e 2, respectivamente

Prova 715.V1 • Página 3/ 15


TABELA PERIÓDICA
1 18
1
2
H He
1,01
2 13 14 15 16 17 4,00

Número atómico
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B C N O F Ne

Prova 715.V1 • Página 4/ 15


6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
Massa atómica relativa

11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg A Si P S C Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 97,91 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
57-71
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,21 208,98 [208,98] [209,99] [222,02]

87 88 104 105 106 107 108 109 110 111


89-103
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg
Actinídeos
[223] [226] [261] [262] [266] [264] [277] [268] [271] [272]

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36 151,96 157,25 158,92 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04 174,98

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
[227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]
Para responder aos itens de escolha múltipla, seleccione a única opção (A, B, C ou D) que permite obter
uma afirmação correcta ou responder correctamente à questão colocada.
Se apresentar mais do que uma opção, a resposta será classificada com zero pontos, o mesmo acontecendo
se a letra transcrita for ilegível.

GRUPO I

O espectro da radiação electromagnética, que abrange uma enorme gama de frequências, compreende
um pequeno segmento que corresponde a uma sequência de cores – violeta, azul, verde, amarelo, laranja e
vermelho.
Mas há muito mais luz do que aquela que vemos nesse pequeno segmento do espectro. Nas frequências
mais altas, para lá do violeta, fica uma parte do espectro chamada ultravioleta: uma espécie de luz, invisível
aos nossos olhos, mas perfeitamente real. Para lá do ultravioleta fica a parte de raios X do espectro e para lá
dos raios X ficam os raios gama.
Nas frequências mais baixas, do outro lado do vermelho, fica a parte infravermelha do espectro. Foi
descoberta colocando um termómetro nessa zona do espectro: a temperatura subiu, o que significava que
havia radiação a incidir no termómetro. Nas frequências ainda mais baixas, fica a vasta região espectral das
ondas de rádio.
Dos raios gama às ondas de rádio, todos são tipos respeitáveis de luz. Mas, em virtude das limitações
dos nossos olhos, temos uma espécie de preconceito a favor daquele pequeno segmento de arco-íris a que
chamamos espectro da luz visível.
Carl Sagan, Cosmos, Gradiva, 1984 (adaptado)

1. Apresente um esquema que traduza a sequência dos vários tipos de radiação no espectro electromagnético,
com base na informação dada no texto.

2. O espectro da luz visível pode ser obtido fazendo incidir radiação solar num prisma de vidro.

Admita que o índice de refracção, n, do vidro de que é constituído um prisma é 1,51 para uma radiação
vermelha e 1,53 para uma radiação violeta.

Conclua, justificando, qual destas radiações se propaga com maior velocidade no interior do prisma.

Prova 715.V1 • Página 5/ 15


3. Considere um feixe laser, muito fino, que se propaga no ar e que incide numa das faces de um prisma de
vidro.

Em qual das figuras seguintes está representada parte de um trajecto possível desse feixe no interior do
prisma?

!"# !$# !%# !&#

4. Os colectores solares térmicos são dispositivos que permitem aproveitar o efeito térmico da radiação que
nos chega do Sol.

Pretende-se instalar um sistema solar térmico com colectores orientados de modo que neles incida, por
cada metro quadrado (m2), radiação de energia média diária de 1,0 × 107 J. O sistema, com um rendimento
médio de 35%, destina-se a aquecer 300 kg de água.

Calcule a área de colectores que deve ser instalada, caso se pretenda que o aumento médio diário da
temperatura da água seja 40 ºC.

Apresente todas as etapas de resolução.

c (capacidade térmica mássica da água) = 4,18 × 103 J kg-1 ºC-1

5. Admitindo que as estrelas se comportam como corpos negros, o comprimento de onda da radiação de
máxima intensidade emitida por uma estrela será tanto maior quanto

(A) maior for a temperatura a que esta se encontra.

(B) menor for a temperatura a que esta se encontra.

(C) maior for a área da sua superfície.

(D) menor for a área da sua superfície.

Prova 715.V1 • Página 6/ 15


GRUPO II

1. Na Figura 1, está representado o espectro da estrela Rigel na região do visível.

Figura 1

1.1. Seleccione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços
seguintes.

O espectro representado na Figura 1 resulta da sobreposição de um espectro de ____________


contínuo e de um conjunto de riscas negras resultantes da ____________ de radiação pelas espécies
presentes na atmosfera da estrela.

(A) absorção … absorção


(B) emissão … emissão
(C) absorção … emissão
(D) emissão … absorção

1.2. O espectro da estrela Rigel apresenta uma risca negra bem definida a um comprimento de onda
de 486 nm.

Qual das expressões seguintes permite calcular a frequência, f , em hertz (Hz), da radiação que, no
vácuo, tem aquele comprimento de onda?

4, 86 # 10 −7 3, 00 # 108
(A) f = Hz (B) f = Hz
3, 00 # 108 4, 86 # 10 −7

3, 00 # 108 486
(C) f = Hz (D) f = Hz
486 3, 00 # 108

1.3. O espectro de emissão do hélio atómico na região do visível apresenta, entre outras, uma risca a
587 nm e uma risca a 667 nm .
Conclua, justificando a partir da informação fornecida, se é provável que o hélio esteja presente na
atmosfera da estrela Rigel.

Prova 715.V1 • Página 7/ 15


2. O espectro de emissão do átomo de hidrogénio apresenta uma risca vermelha originada por uma transição
electrónica que envolve a emissão de radiação de energia igual a 3,03 × 10-19 J.

O número quântico principal, n, do nível energético para o qual o electrão transita e a variação de energia,
DE, associada a essa transição electrónica são, respectivamente,

(A) n = 3 e DE = + 3,03 × 10-19 J

(B) n = 2 e DE = + 3,03 × 10-19 J

(C) n = 2 e DE = – 3,03 × 10-19 J

(D) n = 3 e DE = – 3,03 × 10-19 J

GRUPO III

O oxigénio, O2 (g), é um dos componentes principais da atmosfera terrestre.

1. Considere o período da Tabela Periódica onde se encontra o elemento oxigénio.

Qual é o elemento desse período cujos átomos apresentam maior raio atómico?

2. Represente a molécula O2 , utilizando a notação de Lewis.

3. Na termosfera, pode ocorrer a ionização de O2 (g) por absorção de, pelo menos, 1,18 × 103 kJ mol-1.

Para que ocorra a ionização de uma molécula de O2 (g), deverá ser absorvida, pelo menos, uma energia,
em joule (J), igual a

1, 18 # 10 3
(A) J
10 3 # 6, 02 # 10 23

(B) 10 3 J
1, 18 # 10 3
# 6, 02 # 10 23

6, 02 # 10 23
(C) J
1, 18 # 10 3 # 10 3

1, 18 # 10 3 # 10 3
(D) J
6, 02 # 10 23

Prova 715.V1 • Página 8/ 15


4. A tabela seguinte apresenta a composição de uma amostra de ar.

Gás Quantidade / mol

N2 0,174

O2 0,047

Outros gases 0,002

Qual das expressões seguintes permite calcular a fracção molar de O2 (g), x O2, nessa amostra?

0, 047
(A) x O2 =
0, 174 # 0, 047 # 0, 002

0, 047
(B) x O2 =
0, 174 + 0, 047 + 0, 002

0, 174 # 0, 047 # 0, 002


(C) x O2 =
0, 047

0, 174 + 0, 047 + 0, 002


(D) x O2 =
0, 047

5. A reacção de combustão do butano, C4H10 (g) (M = 58,14 g mol-1), no ar, pode ser traduzida por

2 C4H10 (g) + 13 O2 (g) → 8 CO2 (g) + 10 H2O(g)

Calcule o volume de O2 (g) necessário para que ocorra a combustão completa de 23,26 g de butano, em
condições normais de pressão e de temperatura (PTN).

Apresente todas as etapas de resolução.

6. Considere um som harmónico que se propaga no ar.

Se esse som se propagar na água, terá

(A) a mesma frequência e o mesmo comprimento de onda.

(B) a mesma frequência e o mesmo período.

(C) o mesmo período e o mesmo comprimento de onda.

(D) o mesmo período e a mesma velocidade de propagação.

Prova 715.V1 • Página 9/ 15


GRUPO IV

1. O produto iónico da água, Kw , é a constante de equilíbrio definida para a reacção de auto-ionização da


água que pode ser traduzida por

2 H2O (l) H3O+ (aq) + OH- (aq)

O gráfico da Figura 2 representa o produto iónico da água, Kw, em função da temperatura.

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Figura 2

1.1. Determine o pH de uma amostra pura de água à temperatura de 40 ºC.

Apresente todas as etapas de resolução.

1.2. Seleccione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços
seguintes.

O pH de uma amostra pura de água ____________ à medida que a temperatura aumenta,


____________ alteração do carácter neutro da água.

(A) aumenta … havendo

(B) diminui … não havendo

(C) diminui … havendo

(D) aumenta … não havendo

1.3. Conclua, justificando, se a reacção de auto-ionização da água é endotérmica ou exotérmica.

Prova 715.V1 • Página 10/ 15


2. A água é uma espécie química anfotérica (ou anfiprótica), porque, em reacções de ácido-base,

(A) se comporta sempre como um ácido.

(B) se comporta sempre como uma base.

(C) se pode comportar como um ácido ou como uma base.

(D) nunca se comporta como um ácido nem como uma base.

3. Numa solução aquosa ácida, a 25 ºC, verifica-se a relação

(A) 7H3 O + A = 7OH − A # 1, 0 # 10 −14

(B) 7H3 O + A # 7OH − A 1 1, 0 # 10 −14

(C) 7H3 O + A # 7OH − A 2 1, 0 # 10 −14

(D) 7H3 O + A # 7OH − A = 1, 0 # 10 −14

4. Atendendo apenas à estequiometria do composto, a molécula H2O poderia assumir uma geometria linear.
No entanto, aquela molécula apresenta uma geometria angular.

Explique por que é que a geometria da molécula de água é angular.

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GRUPO V

Para investigar como varia a energia cinética de um corpo com a distância percorrida sobre um plano inclinado,
um grupo de alunos montou uma prancha flexível, de modo que uma parte formasse uma rampa com uma
certa inclinação em relação à horizontal, como está representado na Figura 3. Os alunos abandonaram um
carrinho, de massa 457,0 g , em diversos pontos da rampa, medindo, em cada caso, a distância, d, percorrida
até ao final da rampa e o valor da velocidade, v, com que o carrinho aí chegava.

Figura 3

1. Em três ensaios, realizados nas mesmas condições, os alunos mediram, com um sensor, os valores da
velocidade, v , que se encontram registados na tabela seguinte.

Ensaio v / m s-1

1 0,846

2 0,853

3 0,842

Obtenha o resultado da medição da velocidade.

Exprima esse resultado em função do valor mais provável e da incerteza absoluta.

Apresente todas as etapas de resolução.

2. Admita que era pedido aos alunos que determinassem o valor da velocidade, v , do carrinho no final da
rampa, não com um sensor, mas tendo que utilizar obrigatoriamente um cronómetro e uma fita métrica.

Descreva uma metodologia adequada à tarefa pedida aos alunos, explicitando os passos necessários
àquela determinação.

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3. Na Figura 4, está representado o gráfico da energia cinética do carrinho no final da rampa, para diversos
valores da distância percorrida, d.

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Figura 4

O valor da velocidade, v , em metro por segundo (m s-1), com que o carrinho chegará ao final da rampa,
se, sobre esta, percorrer 2,00 m, pode ser calculado pela expressão

2 # 0, 170 2 # 0, 180
(A) v = m s −1 (B) v = m s −1
0, 4570 0, 4570

0, 4570 # 0, 180 0, 4570 # 0, 170


(C) v = m s −1 (D) v = m s −1
2 2

4. Os alunos repetiram a experiência, colocando uma sobrecarga sobre o carrinho.

Em qual das figuras seguintes se encontram correctamente esboçados os gráficos da energia cinética do
carrinho (sem e com sobrecarga) no final da rampa, em função da distância percorrida?

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Prova 715.V1 • Página 13/ 15


GRUPO VI

Considere um carrinho que se move segundo uma trajectória rectilínea, coincidente com o eixo Ox de um
referencial unidimensional.

Na Figura 5, encontra-se representado o gráfico da componente escalar, segundo esse eixo, da velocidade, v ,
do carrinho em função do tempo, t , obtido em laboratório com um sistema de aquisição de dados.

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Figura 5

1. Houve inversão do sentido do movimento do carrinho no intervalo de tempo

(A) [1,6 ; 2,0] s

(B) [3,4 ; 3,8] s

(C) [4,8 ; 5,2] s

(D) [5,6 ; 6,0] s

2. Calcule a distância percorrida pelo carrinho no intervalo de tempo [0,0 ; 1,4] s .

Apresente todas as etapas de resolução.


3. Em qual dos seguintes esquemas se encontram correctamente representados os vectores velocidade, v ,

e aceleração, a , no instante t = 3,4 s ?

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FIM

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COTAÇÕES

GRUPO I
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 10 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4. ........................................................................................................... 15 pontos
5. ........................................................................................................... 5 pontos
40 pontos

GRUPO II
1.
1.1. .................................................................................................. 5 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
1.3. .................................................................................................. 10 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
25 pontos

GRUPO III
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4. ........................................................................................................... 5 pontos
5. ........................................................................................................... 10 pontos
6. ........................................................................................................... 5 pontos
35 pontos

GRUPO IV
1.
1.1. .................................................................................................. 10 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
1.3. .................................................................................................. 10 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4. ........................................................................................................... 10 pontos
45 pontos

GRUPO V
1. ........................................................................................................... 10 pontos
2. ........................................................................................................... 15 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
4. ........................................................................................................... 5 pontos
35 pontos

GRUPO VI
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 10 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
20 pontos

TOTAL ......................................... 200 pontos

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Exame disponível em http://www.gave.min-edu.pt.

Resolução do Exame de Física e Química A (11.º ano), 2011, 2.ª Fase

Grupo I Grupo II 3. cotação: 5

Facilidade de cada item: cotação média, numa escala de 0 a 1.


; facilidade: 0,59
1. cotação: 5 ; facilidade: 0,64 1. (D)
Ordenando a radiação por ordem crescente de com- 1.1. cotação: 5 1,18 × 103 kJ
primento de onda (e ordem decrescente de frequên-
; facilidade: 0,58
1,18 × 103 kJ mol−1 =
(D) mol
cia), temos:
Espectro de emissão: conjunto de radiações emitidas 1,18 × 103 × 103 J
=

frequência decrescente
radiação gama
(em geral, riscas de cor num fundo negro). 6,02 × 1023
radiação X

c.d.o. crescente
Espectro de absorção: conjunto de radiações absorvi-
radiação ultravioleta
das (em geral, riscas negras num fundo de cor). 4. cotação: 5 ; facilidade: 0,69
radiação visível
radiação infravermelha 1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,60 (B)
ondas de rádio FM e AM quantidade de O2
(B) fracção molar de O 2 =
quantidade de todas as espécies
c=λ f
0,047 mol
c xO =
2. cotação: 10 ; facilidade: 0,27 f = 2 0,174 mol + 0,047 mol + 0,002 mol
λ 0,047
O índice de refracção para um meio óptico é dado =
3,00 × 108 m/s 0,174 + 0,047 + 0,002
por =
1
c 486 × 9 m 5. cotação: 10 ; facilidade: 0,59
n= 10
v Massa de butano: 23,26 g
8
3,00 × 10 m/s Quantidade de matéria de butano:
onde c é a velocidade da luz no vácuo e v a velocida- =
de da luz nesse meio. 1
4,86 × 102 × 9 m 1 mol n
Portanto, quanto menor for o índice de refracção n 10 =
58,14 g 23,26 g
maior é a velocidade da luz v, uma vez que são duas 3,00 × 108 m/s
= 1 mol
grandezas inversamente proporcionais. Ou seja, a 1 n= × 23,26 g
radiação vermelha (índice de refracção 1,51, menor 4,86 × 7 m 58,14 g
que 1,53, índice da radiação violeta) propaga-se com 10 = 0,4001 mol
maior velocidade no vidro do que a radiação violeta. 3,00 × 108 1
= × Proporção estequiométrica:
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,56 4,86 × 10−7 s
2 mol 13 mol 8 mol 10 mol
(A) 3,00 × 108
A velocidade da luz no vidro é menor do que a ve- = −7
Hz
4,86 × 10 2 C4 H10 (g) + 13 O2 (g) → 8 CO2 (g) + 10 H 2 O (g)
locidade da luz no ar. Logo, o feixe aproxima-se da
normal à superfície de separação ar-vidro no ponto
58,14 g
de incidência. 1.3. cotação: 10 ; facilidade: 0,29
mol
Espectro de emissão do hélio: inclui riscas de 587 nm
4. cotação: 15 ; facilidade: 0,50 e de 667 nm. 23,36 g
Energia média diária necessária para o aquecimento Espectro de absorção da estrela Rigel:
0,4001 mol
da água, sob a forma de calor: ≈ 667 nm
Q = m c Δθ
Cálculo da quantidade de matéria de oxigénio O2
J necessário para a combustão completa de 23,26 g
= 300 kg × 4,18 × 103 × 40 °C
kg × °C (0,4001 mol) de butano:
= 5,02 × 107 J 2 mol de C4 H10 0,4001 mol
=
13 mol de O2 n de O2
Como o rendimento é de apenas 35%, é necessário
utilizar maior quantidade de energia da radiação, de ≈ 587 nm 0,4001 mol × 13 mol
n=
acordo com a proporção: 2 mol
No espectro de absorção, as riscas de um certo
5,02 × 107 J E elemento têm os mesmos comprimentos de onda do = 2,601 mol
=
35% 100% espectro de emissão desse elemento. Cálculo do volume correspondente a 2,601 mol de
Donde: Portanto, como no espectro de Rigel surgem riscas O2 em condições PTN:
negras que correspondem à absorção de radiação dos 22,4 L V
5,02 × 107 J =
E= × 100% comprimentos de onda referidos para o espectro de mol 2,601 mol
35% hélio, podemos concluir que é provável a presença de
22,4 L
= 1,43× 108J hélio na atmosfera da estrela Rigel. V= × 2,601 mol
mol
Cada colector, por m2 e por dia, recebe 1,0 × 107 J. 2. cotação: 5 ; facilidade: 0,47
= 58,3 L
Portanto, a área de colectores que se pretende é dada (C)
por: Para o átomo de H, a emissão de radiação na zona 6. cotação: 5 ; facilidade: 0,48
1,0 × 107 J 1,43× 108J do visível ocorre nas transições de níveis n > 2 para (B)
= o nível n = 2. Portanto, apenas as opções (B) e (C)
1 m2 A Som harmónico: uma única frequência.
podem estar corretas. Se o som se propagar na água a sua velocidade é
Donde: Na emissão de radiação, o átomo perde energia: a maior do que no ar. O período e a frequência do som
1,43× 108J × 1 m 2 variação de energia associada à transição é negativa, mantêm-se (são caraterísticos do som) mas como a
A= como indicado na opção (C).
1,0 × 107 J velocidade é maior, o comprimento de onda é menor.
Grupo III Grupo IV
= 14 m 2
1. cotação: 5 ; facilidade: 0,64 1.
5. cotação: 5 ; facilidade: 0,38
Lítio.
(B) 1.1. cotação: 10 ; facilidade: 0,45
O raio atómico tende a diminuir ao longo de cada
A temperatura de um corpo negro depende apenas período: o elemento com maior raio atómico deverá Por leitura do gráfico, obtém-se o valor de Kw:
da radiação emitida por esse corpo negro. De acordo ser o primeiro de cada período. O oxigénio está no
com a lei de Wien, o comprimento de onda da radia- 2.º período e o lítio é o primeiro elemento do 2.º
ção de máxima intensidade emitida por um corpo período.
negro é inversamente proporcional à sua temperatura.
2. cotação: 5 ; facilidade: 0,41

Esquema da molécula de O2:

O O
As concentrações dos iões hidrónio e hidróxido na Grupo V Grupo VI
água pura são iguais: [H O+] = [OH−] 1. cotação: 10 ; facilidade: 0,44 1. cotação: 5 ; facilidade: 0,58
Cálculo da concentração do ião hidrónio:
Valor médio da velocidade (valor mais provável): (C)
K w = ⎡ H 3O+ ⎤ × ⎡OH − ⎤ 0,846 + 0,853+ 0,842 A menor divisão no eixo do tempo vale 0,2 s. Po-
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
v= m/s de-se estimar valores de meia divisão: 0,1 s.
−14 ⎡
3,0 × 10 = H 3O × OH+⎤ ⎡ −⎤ 3
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ Ao fim de 3,3 s, a velocidade atinge um valor máxi-
= 0,847 m/s
mo, apontando para o lado positivo do eixo.
3,0 × 10−14 = c × c Desvio máximo, em módulo, entre o valor médio e Ao fim desse tempo, a velocidade diminui até se anu-
3,0 × 10−14 = c 2 cada um dos valores medidos: lar, quando já tinham passado 3,9 s, passando a partir
0,847 − 0,853 m/s = 0,006 m/s daí a apontar para o lado negativo do eixo, durante
c = 3,0 × 10−14
Este desvio máximo pode ser considerado como a aproximadamente mais 0,2 s, de 3,9 s a 4,1 s.
mol De 4,1 s a 5,0 s, a velocidade aponta para o lado
= 1,73× 10−7 incerteza absoluta da velocidade:
L v = (0,847 ± 0,006) m/s negativo, mas é cada vez mais próxima de zero.
O pH correspondente a esta concentração é: Ao fim de 5,0 s, a velocidade anula-se e passa a
2. cotação: 15
( )
; facilidade: 0,40
apontar para o lado positivo, aumentando e diminuin-
pH = − log 1,73× 10−7 O cronómetro mede intervalos de tempo. Com o do até se anular novamente ao fim de 6,3 s.
(
= − −6,76 ) cronómetro podiam medir o tempo t que demora a
percorrer a distância d, que podia ser medida com a
Há inversão do sentido do movimento quando a velo-
cidade se anula e passa a apontar para o lado oposto
= 6,8 fita métrica. ao lado para que apontava, antes de se anular.
Assumindo aceleração constante de magnitude a ao Dos intervalos referidos nas opções, tal sucede ape-
1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,34
longo do plano, tem-se (o carrinho é deixado cair, nas no intervalo (C).
(B) sem velocidade inicial): 2. cotação: 10 ; facilidade: 0,21
O carácter neutro da água é independente da tempe- 1
ratura. d = a t2 Entre 0,0 s e 1,4 s a aceleração é praticamente cons-
2 tante e vale:
Do gráfico, conclui-se que Kw aumenta com a tempe-
ratura: logo, a concentração de H3O+ (e, claro, a de Conhecendo d e t podiam calcular a:
OH–) também aumenta com a temperatura. Quanto 2d
maior for a concentração de H3O+, menor é o pH. a= 2
t
1.3. cotação: 10 ; facilidade: 0,19
Uma vez obtido o valor de a, que é constante, como a
Do gráfico, conclui-se que Kw aumenta com a tem- distância d é percorrida no tempo t, podiam calcular
peratura. a velocidade v ao fim desse tempo t:
Aumentando Kw, aumentam as concentrações de v=at
H3O+ e OH–. Isto é, favorece-se a reação direta: Ou, tendo em conta a expressão que permite calcular
2 H 2 O (l) ! H 3O+ (aq) + OH − (aq) a aceleração:
v=at
De acordo com a lei de Le Châtelier, o aumento de 2d
temperatura favorece a reação que tende a diminuir a = 2 ×t 0,40 m/s m/s
t = 0,286
temperatura, ou seja, a reação endotérmica. 1,4 s s
Portanto, conclui-se que a reação de autoionização da 2d
= Sendo a aceleração constante e a velocidade inicial
água é endotérmica. t
nula, a distância d percorrida ao fim do tempo t é
2. cotação: 5 ; facilidade: 0,87 Concluindo: para calcular a velocidade no final da dada por:
rampa, multiplicavam a distância d percorrida pelo
(C) 1
As moléculas de água tanto podem ceder como
carrinho por 2 e dividiam por t, o tempo que demo- d = a t2
rou a descida da rampa. 2
receber iões H+. 1
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,55 = × 0,286 × 1,42
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,62 2
(A) = 0,28 m
(D)
Do gráfico, obtém-se, por extrapolação:
3. cotação: 5 ; facilidade: 0,49

(B)
Ao fim de 3,4 s, a velocidade está a diminuir, apon-
tando para o lado positivo do eixo Ox.
Como a velocidade está a diminuir, a aceleração
aponta para o lado oposto ao lado para onde aponta
a velocidade. Aponta, pois, para o lado negativo do
eixo.
Apenas a opção (B) está de acordo com a situação
descrita.

4. cotação: 10 ; facilidade: 0,20


Ec = 0,170 J

Molécula de água: um átomo central de O e duas 1


m v 2 = 0,170
ligações covalentes simples O–H. 2
No átomo de O há dois pares de eletrões não ligantes. Resolvendo em ordem a v, temos:
A teoria da ligação química relaciona a geometria 1
das moléculas com as forças de atração e de repulsão 0,4570 v 2 = 0,170
2
(eletrões-núcleos; eletrões-eletrões; núcleos-nú-
cleos). As forças que se estabelecem entre os pares 2 × 0,170
v= m/s
de eletrões não ligantes e os dois pares de eletrões li- 0,4570
gantes (ligações O—H) e os três núcleos fazem com
4. cotação: 5 ; facilidade: 0,40
que o ângulo de ligação H–O–H seja inferior a 180º,
assumindo a molécula uma geometria angular. (A)
A energia cinética é diretamente proporcional à
massa e ao quadrado da velocidade. Portanto, à
medida que a massa tende para 0, a energia cinética
tende também para 0: o gráfico da energia cinética
tem de passar pela origem. As opções (C) e (D) estão
erradas.
Colocando uma sobrecarga no carrinho, aumenta-se a
massa, logo aumenta-se a energia cinética. É o que se
representa na opção (A).
ExAmE NAcioNAl do ENsiNo sEcuNdário

Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março

Prova Escrita de Física e Química A


10.º e 11.º Anos de Escolaridade

Prova 715/1.ª Fase 16 Páginas

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

2011

VERSÃO 1

Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova. A ausência dessa indicação
implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de escolha múltipla.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Pode utilizar régua, esquadro, transferidor e máquina de calcular gráfica.

Não é permitido o uso de corrector. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo
que pretende que não seja classificado.

Escreva de forma legível a numeração dos itens, bem como as respectivas respostas. As
respostas ilegíveis ou que não possam ser identificadas são classificadas com zero pontos.

Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.

Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:


•  o número do item;
•  a letra que identifica a única opção escolhida.

Nos itens de construção de cálculo, apresente todas as etapas de resolução, explicitando todos
os cálculos efectuados e apresentando todas as justificações e/ou conclusões solicitadas.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

A prova inclui uma Tabela de Constantes na página 2, um Formulário nas páginas 2 e 3, e uma
Tabela Periódica na página 4.

Prova 715.V1 • Página 1/ 16


TABElA dE coNsTANTEs
Velocidade de propagação da luz no vácuo c = 3,00 × 108 m s-1
Módulo da aceleração gravítica de um corpo
g = 10 m s-2
junto à superfície da Terra
Constante de Gravitação Universal G = 6,67 × 10-11 N m2 kg-2
Constante de Avogadro NA = 6,02 × 1023 mol-1
Constante de Stefan-Boltzmann s = 5,67 × 10-8 W m-2 K-4
Produto iónico da água (a 25 °C) Kw = 1,00 × 10-14
Volume molar de um gás (PTN) Vm = 22,4 dm3 mol-1

Formulário
• Conversão de temperatura (de grau Celsius para kelvin) ....................................... T = q + 273,15
T – temperatura absoluta (temperatura em kelvin)
q – temperatura em grau Celsius
m
• Densidade (massa volúmica) .......................................................................................... r = —
m – massa V
V – volume

• Efeito fotoeléctrico ........................................................................................................... Erad = Erem + Ec


Erad – energia de um fotão da radiação incidente no metal
Erem – energia de remoção de um electrão do metal
Ec – energia cinética do electrão removido
n
• Concentração de solução ................................................................................................ c = —
n – quantidade de soluto V
V – volume de solução

• Relação entre pH e concentração de H3O+ .......................................... pH = -log {[H3O+] / mol dm-3}

• 1.ª Lei da Termodinâmica ............................................................................................... DU = W+Q +R


DU – variação da energia interna do sistema (também representada por DEi )
W – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de trabalho
Q – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de calor
R – energia transferida, entre o sistema e o exterior, sob a forma de radiação

• Lei de Stefan-Boltzmann ................................................................................................. P = es AT 4


P – potência total irradiada pela superfície de um corpo
e – emissividade da superfície do corpo
s – constante de Stefan-Boltzmann
A – área da superfície do corpo
T – temperatura absoluta da superfície do corpo

• Energia ganha ou perdida por um corpo devido à variação


da sua temperatura ............................................................................................ E = m c DT
m – massa do corpo
c – capacidade térmica mássica do material de que é constituído o corpo
DT – variação da temperatura do corpo

• Taxa temporal de transferência de energia, sob a forma Q A


de calor, por condução ....................................................................................... –— = k –— DT
Q – energia transferida, sob a forma de calor, por condução, Dt l
através de uma barra, no intervalo de tempo Dt
k – condutividade térmica do material de que é constituída a barra
A – área da secção da barra, perpendicular à direcção de transferência de energia
l – comprimento da barra
DT – diferença de temperatura entre as extremidades da barra

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®
• Trabalho realizado por uma força constante, F , que actua
sobre um corpo em movimento rectilíneo .................................................................. W = Fd cosa
d – módulo do deslocamento do ponto de aplicação da força
a – ângulo definido pela força e pelo deslocamento
1
• Energia cinética de translação ....................................................................................... Ec = — mv 2
m – massa 2
v – módulo da velocidade

• Energia potencial gravítica em relação a um nível de referência .......................... Ep = m g h


m – massa
g – módulo da aceleração gravítica junto à superfície da Terra
h – altura em relação ao nível de referência considerado

• Teorema da energia cinética ........................................................................................... W = DEc


W – soma dos trabalhos realizados pelas forças que actuam num corpo,
num determinado intervalo de tempo
DEc – variação da energia cinética do centro de massa do corpo, no mesmo
intervalo de tempo
m1 m 2
• Lei da Gravitação Universal ............................................................................................ Fg = G –—–—
Fg – módulo da força gravítica exercida pela massa pontual m1 (m2) r2
na massa pontual m2 (m1)
G – constante de Gravitação Universal
r – distância entre as duas massas
® ®
• 2.ª Lei de Newton ...............................................................................................................
®
F = ma
F – resultante das forças que actuam num corpo de massa m
®
a – aceleração do centro de massa do corpo
1
• Equações do movimento rectilíneo com aceleração constante .............................. x = x0 + v0t + — at 2
x – valor (componente escalar) da posição 2
v – valor (componente escalar) da velocidade v = v0 + at
a – valor (componente escalar) da aceleração
t – tempo

• Equações do movimento circular com velocidade linear v2


de módulo constante .................................................................................................... ac = —
r
ac – módulo da aceleração centrípeta
2pr
v – módulo da velocidade linear v = ——
T
r – raio da trajectória
2p
T – período do movimento w = ——
T
w – módulo da velocidade angular
v
• Comprimento de onda ................................................................................................. l=—
f
v – módulo da velocidade de propagação da onda
f – frequência do movimento ondulatório

• Função que descreve um sinal harmónico ou sinusoidal ................................... y =A sin(wt)


A – amplitude do sinal
w – frequência angular
t – tempo

• Fluxo magnético que atravessa uma superfície, de área A,


®
em que existe um campo magnético uniforme, B .............................................. Fm = B A cos a
a – ângulo entre a direcção do campo e a direcção perpendicular à superfície
|DFm|
• Força electromotriz induzida numa espira metálica ............................................ |ei| = —–—–
DFm – variação do fluxo magnético que atravessa a superfície delimitada Dt
pela espira, no intervalo de tempo Dt

• Lei de Snell-Descartes para a refracção .................................................................. n1 sin a1 = n 2 sin a2


n1, n2 – índices de refracção dos meios 1 e 2, respectivamente
a1, a2 – ângulos entre a direcção de propagação da onda e a normal
à superfície separadora no ponto de incidência, nos meios 1 e 2, respectivamente

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TABELA PERIÓDICA
1 18
1
2
H He
1,01
2 13 14 15 16 17 4,00

Número atómico
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be Elemento B C N O F Ne

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6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
Massa atómica relativa

11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg A Si P S C Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 97,91 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
57-71
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,21 208,98 [208,98] [209,99] [222,02]

87 88 104 105 106 107 108 109 110 111


89-103
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg
Actinídeos
[223] [226] [261] [262] [266] [264] [277] [268] [271] [272]

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36 151,96 157,25 158,92 162,50 164,93 167,26 168,93 173,04 174,98

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
[227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]
Para responder aos itens de escolha múltipla, seleccione a única opção (A, B, C ou D) que permite obter
uma afirmação correcta ou responder correctamente à questão colocada.
Se apresentar mais do que uma opção, a resposta será classificada com zero pontos, o mesmo acontecendo
se a letra transcrita for ilegível.

GRUPO I

Suponhamos que alguém vai a empurrar um carrinho por uma estrada rectilínea e horizontal e que,
subitamente, o larga. Antes de se imobilizar, o carrinho ainda percorrerá uma curta distância. Surge a
pergunta: como será possível aumentar essa distância? Há vários meios, como por exemplo, olear o eixo e
tornar a estrada mais lisa. Quanto mais lisa for a estrada e mais facilmente girarem as rodas, maior será a
distância percorrida. O que acontece em consequência da lubrificação do eixo e do alisamento da estrada?
Apenas isto: o efeito do que chamamos atrito diminui, tanto no contacto do eixo com as rodas, como no das
rodas com a estrada. Isto já é uma interpretação teórica da evidência observável. Imaginemos uma estrada
perfeitamente lisa e um sistema de eixos e rodas em que não houvesse atrito. Neste caso, nada interferiria no
carrinho, que se moveria perpetuamente. Formulamos esta conclusão unicamente por força do pensamento,
idealizando uma experiência que não pode ter realidade, visto ser impossível eliminar o atrito, mas que nos
permite compreender melhor a relação entre forças e movimento.
A. Einstein, L. Infeld, A Evolução da Física, Livros do Brasil (adaptado)

1. «Neste caso, nada interferiria no carrinho, que se moveria perpetuamente.»

Qual seria o tipo de movimento do carrinho na situação descrita?

2. Das forças que actuam sobre o carrinho em movimento sobre uma superfície horizontal, a força gravítica,
® ®
Fg , e a força normal, FN , exercida pela estrada, são forças com intensidades

(A) iguais, que constituem um par acção-reacção.

(B) diferentes, que constituem um par acção-reacção.

(C) diferentes, que não constituem um par acção-reacção.

(D) iguais, que não constituem um par acção-reacção.

3. Fundamente a afirmação de Einstein e Infeld segundo a qual se pode aumentar a distância percorrida pelo
carrinho, na situação descrita no texto, tornando a estrada mais lisa.

4. Considere que, movendo-se o carrinho com velocidade aproximadamente constante, uma das rodas dá
5,0 voltas em 4,0 s.
Calcule o valor da velocidade angular dessa roda em radianos por segundo (rad s-1).

Apresente todas as etapas de resolução.

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5. Um eixo em rotação pode fazer rodar uma espira condutora numa região do espaço onde exista um campo
®
magnético uniforme, B .

Qual das figuras seguintes representa a situação em que é maior o módulo do fluxo magnético que
atravessa a superfície delimitada pela espira?

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GRUPO II

Com o objectivo de identificar factores que influenciam a intensidade da força de atrito que actua sobre um
corpo que desliza ao longo de um plano inclinado, um grupo de alunos montou uma prancha, com uma certa
inclinação em relação à horizontal.

Os alunos realizaram vários ensaios nos quais abandonaram, sobre o plano inclinado, um paralelepípedo de
madeira, tendo, em cada ensaio, efectuado as medições necessárias.

1. Em algumas das medições efectuadas, usaram uma fita métrica com uma escala cuja menor divisão
é 1 mm.

Qual é a incerteza associada à escala dessa fita métrica?

2. Numa primeira série de ensaios, os alunos abandonaram o paralelepípedo em diferentes pontos do


plano, de modo que aquele percorresse, até ao final do plano, distâncias sucessivamente menores
(d1 > d2 > d3 > d4).
Calcularam, para cada distância percorrida, a energia dissipada e a intensidade da força de atrito que
actuou no paralelepípedo.

Os valores calculados encontram-se registados na tabela seguinte.

Intensidade da força
/Distância percorrida/ Energia dissipada / J
de atrito /N
d1 1,578 1,05
d2 1,305 1,04
d3 1,052 1,05
d4 0,593 1,04

O que pode concluir-se acerca da relação entre cada uma das grandezas calculadas e a distância
percorrida, apenas com base nos resultados registados na tabela?

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3. Numa segunda série de ensaios, os alunos colocaram sobrecargas sobre o paralelepípedo e abandonaram
esses conjuntos sempre no mesmo ponto do plano.

3.1. Admita que os alunos abandonaram os conjuntos


paralelepípedo + sobrecarga num ponto situado a uma ()*#
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altura de 47,00 cm em relação à base do plano, de modo
que esses conjuntos percorressem uma distância de
125,00 cm até ao final do plano, como esquematizado na
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Figura 1.

Num dos ensaios, usaram um conjunto paralelepípedo + sobrecarga de massa 561,64 g , tendo
verificado que este conjunto chegava ao final do plano com uma velocidade de 1,30 m s-1 .

Calcule a intensidade da força de atrito que actuou sobre o conjunto nesse ensaio.

Apresente todas as etapas de resolução.

3.2. Os alunos colocaram sobrecargas sobre o paralelepípedo, para averiguar se a intensidade da força
de atrito depende

(A) da compressão exercida na rampa pelo conjunto paralelepípedo + sobrecarga.

(B) dos materiais de que são constituídos o plano e o paralelepípedo.

(C) da inclinação da rampa em relação à horizontal.

(D) do coeficiente de atrito cinético do par de materiais em contacto.

GRUPO III

Considere um sinal sonoro que se propaga no ar.

Na Figura 2, está representada graficamente a pressão do ar, em função do tempo, t , num ponto onde o som
foi detectado.
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Figura 2

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1. Por leitura directa do gráfico da Figura 2, é possível obter, relativamente ao som detectado,

(A) o comprimento de onda.


(B) a velocidade de propagação.
(C) o período.
(D) a frequência.

2. Se a frequência de vibração da fonte que origina o sinal sonoro aumentasse para o dobro, no mesmo meio
de propagação, verificar-se-ia, relativamente ao som detectado, que

(A) o comprimento de onda diminuiria para metade.

(B) o comprimento de onda aumentaria para o dobro.

(C) a velocidade de propagação aumentaria para o dobro.

(D) a velocidade de propagação diminuiria para metade.

GRUPO IV

O metano, CH4, é o mais simples dos alcanos, sendo a sua molécula constituída por um átomo de carbono
e quatro átomos de hidrogénio.

1. O carbono é um elemento químico formado nas estrelas a partir de reacções nucleares. Uma dessas
reacções envolve a fusão de três núcleos de hélio-4.
Quais devem ser os valores de X e de Y para que o esquema seguinte possa representar a reacção de
fusão nuclear referida?

3 42He → X
YC

(A) X = 4
Y=6

(B) X = 12
Y=6

(C) X = 6
Y = 12

(D) X = 6
Y=4

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2. O átomo de hidrogénio no estado fundamental apresenta um electrão na orbital 1s .

Do conjunto de números quânticos que descreve aquela orbital, o número quântico principal, n , está
relacionado com

(A) a energia da orbital.


(B) a orientação espacial da orbital.
(C) a simetria da orbital.
(D) o número de electrões na orbital.

3. A molécula CH4 apresenta uma geometria tetraédrica.

Indique as posições relativas dos átomos constituintes da molécula CH4 no tetraedro e refira o tipo de
ligações que se estabelecem entre o átomo de carbono e os átomos de hidrogénio.

4. O triclorofluorometano, CFCl3 , é um derivado halogenado do metano.

4.1. Seleccione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços
seguintes.

Na molécula CFCl3 ____________ pares de electrões de valência não ligantes, apresentando a


molécula um total de ____________ pares de electrões de valência ligantes.

(A) existem … oito

(B) existem … quatro

(C) não existem … oito

(D) não existem … quatro

4.2. A energia média da ligação C - F é 467 kJ mol-1.

O valor médio da energia, em joule (J), que é libertada quando se estabelece uma ligação C - F é

6, 02 # 1023
(A) J
467 # 103

(B) 103 J
467 # 6, 02 # 1023

467 # 6, 02 # 1023
(C) J
103

(D) 467 # 103 J


6, 02 # 1023

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4.3. Preveja, justificando com base nas configurações electrónicas de valência dos átomos de flúor (F)
e de cloro (Cl) no estado fundamental, em qual desses átomos a remoção de um dos electrões de
valência mais energéticos deverá requerer menor energia.

5. O hidrogénio é produzido industrialmente a partir do metano, segundo uma reacção que pode ser
representada por

CH4(g) + H2O(g) CO(g) + 3 H2(g)

5.1. Considere que a constante de equilíbrio, Kc , desta reacção é 292, à temperatura T .

Na tabela seguinte, estão registadas as concentrações de equilíbrio, à temperatura T , de três dos


gases envolvidos naquela reacção.

/Gás/ Concentração / mol dm-3

CH4 5,00
H2O 5,00
H2 12,0

Calcule a concentração de equilíbrio de monóxido de carbono, CO(g), à temperatura T .

Apresente todas as etapas de resolução.

5.2. Conclua, justificando, qual é o efeito, na quantidade de H2(g), da diminuição da pressão provocada por
um aumento do volume do sistema em equilíbrio, admitindo que a temperatura se mantém constante.

6. Considere uma amostra de 8,24 mol de CH4(g) e uma amostra de 0,398 mol de CO(g), nas mesmas
condições de pressão e de temperatura.

Quantas vezes é que o volume ocupado pela amostra de metano é maior do que o volume ocupado pela
amostra de monóxido de carbono?

Apresente o resultado com três algarismos significativos.

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GRUPO V

O gás natural, muito utilizado como combustível, é uma mistura cujo principal constituinte é o metano.

1. Um dos componentes minoritários que pode existir no gás natural é o azoto, N2(g).

A composição em N2(g), expressa em partes por milhão em volume, de uma amostra de gás natural que
contém 1,3%, em volume, de azoto, pode ser determinada a partir da expressão

1, 3 # 106
(A)
102

1, 3 # 102
(B)
106

(C) 106
1, 3 # 102

(D) 102
1, 3 # 106

2. Procedeu-se ao aquecimento de 0,800 kg de água, usando como combustível gás natural, que, por cada
metro cúbico (m3 ) consumido, fornece uma energia de 4,0 × 107 J.

A Figura 3 apresenta o gráfico da temperatura dessa amostra de água em função do volume, V , de gás
natural consumido.

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Figura 3

Determine o rendimento do processo de aquecimento dessa amostra de água.


Apresente todas as etapas de resolução.

c (capacidade térmica mássica da água) = 4,18 × 103 J kg-1 ºC-1

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3. A Figura 4 representa o esboço do gráfico da temperatura de duas amostras de água, A e B, aquecidas
nas mesmas condições, em função da energia que lhes foi fornecida.

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2,+(%&-3

Seleccione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes.

Comparando as ___________ das amostras A e B, podemos concluir que a massa da amostra A


é ___________ à massa da amostra B.

(A) temperaturas finais … superior

(B) temperaturas finais … inferior

(C) variações de temperatura … superior

(D) variações de temperatura … inferior

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GRUPO VI

1. Colocaram-se pequenos pedaços de zinco (Zn) em cada uma de duas soluções aquosas contendo catiões
metálicos em concentrações semelhantes: uma solução de sulfato de cobre (II), CuSO4, e uma solução
de nitrato de magnésio, Mg(NO3)2.

Os resultados obtidos encontram-se na tabela seguinte.

Catião metálico
Cu2+ Mg2+
Metal

Houve reacção e formou-se


um depósito sobre o zinco,
apresentando este metal um
Zn aspecto bastante corroído. Não houve reacção.
A solução inicial era azul e,
no final, ficou praticamente
incolor.

1.1. A semi-reacção de redução que ocorre pode ser traduzida por

(A) Zn → Zn2+ + 2 e-

(B) Zn2+ + 2 e- → Zn

(C) Cu2+ + 2 e- → Cu

(D) Cu → Cu2+ + 2 e-

1.2. Qual dos três metais (Zn, Cu, Mg ) apresenta maior poder redutor ?

2. O ião Cu2+ confere à chama uma cor verde azulada, que resulta da sobreposição das radiações

(A) emitidas pelos iões Cu2+ em processos de excitação.

(B) emitidas pelos iões Cu2+ em processos de desexcitação.

(C) absorvidas pelos iões Cu2+ em processos de excitação.

(D) absorvidas pelos iões Cu2+ em processos de desexcitação.

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3. Uma moeda de cobre de massa 4,10 g foi introduzida numa solução aquosa de nitrato de prata,
AgNO3(aq). Ocorreu uma reacção que pode ser traduzida por

Cu(s) + 2 Ag +(aq) → Cu2+(aq) + 2 Ag(s)

Obteve-se 2,65 g de prata sólida.

Calcule a quantidade de cobre que reagiu.

Apresente todas as etapas de resolução.

4. O cloreto de prata, AgCl, é um sal cujo produto de solubilidade é, a 25 ºC, 1,8 × 10-10.

Numa solução aquosa contendo iões Ag+ e Cl- , a 25 ºC, formar-se-á um precipitado de AgCl, se

(A) as concentrações daqueles iões forem inferiores à solubilidade do AgCl.

(B) as concentrações daqueles iões forem iguais à solubilidade do AgCl.

(C) o produto das concentrações daqueles iões for superior a 1,8 × 10-10.

(D) o produto das concentrações daqueles iões for inferior a 1,8 × 10-10.

FIM

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COTAÇÕES

GRUPO I
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 15 pontos
4. ........................................................................................................... 10 pontos
5. ........................................................................................................... 5 pontos
40 pontos

GRUPO II
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 10 pontos
3.
3.1. .................................................................................................. 10 pontos
3.2. .................................................................................................. 5 pontos
30 pontos

GRUPO III
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
10 pontos

GRUPO IV
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 10 pontos
4.
4.1. .................................................................................................. 5 pontos
4.2. .................................................................................................. 5 pontos
4.3. .................................................................................................. 10 pontos
5.
5.1. .................................................................................................. 10 pontos
5.2. .................................................................................................. 10 pontos
6. ........................................................................................................... 5 pontos
65 pontos

GRUPO V
1. ........................................................................................................... 5 pontos
2. ........................................................................................................... 15 pontos
3. ........................................................................................................... 5 pontos
25 pontos

GRUPO VI
1.
1.1. .................................................................................................. 5 pontos
1.2. .................................................................................................. 5 pontos
2. ........................................................................................................... 5 pontos
3. ........................................................................................................... 10 pontos
4. ........................................................................................................... 5 pontos
30 pontos

TOTAL ......................................... 200 pontos

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Exame disponível em http://www.gave.min-edu.pt.

Resolução do Exame de Física e Química A (11.º ano), 2011, 1.ª Fase

Grupo I 4.

Facilidade de cada item: cotação média, numa escala de 0 a 1.


1
1. cotação: 5 ; facilidade: 0,80
Ec = m v2
2 4.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,51
Movimento retilíneo uniforme. 1
Se nada interfere no carrinho, a soma das forças é
= × 0,56164 × 1,30
2
( )2 (B)
Representação da molécula:
nula. Logo, não há aceleração, por definição. Não = 0,4746 J Cl Cl
acelerando, ou se está parado ou em movimento
retilíneo uniforme. A energia dissipada foi, pois: F C Cl F C Cl
2,640 J – 0,4746 J = 2,1654 J
2. cotação: 5 ; facilidade: 0,38 Cl Cl
Esta energia foi dissipada devido ao trabalho da força
(D) de atrito, que aponta para cima, paralelamente ao Há 4 pares de eletrões ligantes e diversos pares de
Força gravítica: exercida pela Terra no carrinho, plano. eletrões não ligantes, pertencentes aos vários átomos.
aponta para baixo, verticalmente. Como o deslocamento vale 1,2500 m, tem-se, para o 4.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,66
Força normal: exercida pela superfície horizontal no trabalho da força de atrito (este trabalho é negativo; o
(D)
carrinho, aponta para cima, verticalmente. ângulo entre a força e o deslocamento é de 180º):
467 × 103
Sendo ambas aplicadas no carrinho não constituem −2,1654 = Fa × 1,2500 × cos 180º ( ) 467
kJ
= J
um par ação-reação. mol 6,02 × 1023
Estas duas forças são simétricas: a sua soma é nula Resolvendo esta equação vem:
porque têm intensidades iguais. −2,1654 = Fa × 1,2500 × −1 ( ) 4.3. cotação: 10 ; facilidade: 0,47

Configurações eletrónicas dos átomos:


2,1654 = Fa × 1,2500
3. cotação: 15 ; facilidade: 0,31 Flúor, 9F — (1s)2(2s)2(2p)5
2,1654 Cloro, 17Cl — (1s)2(2s)2(2p)6(3s)2(3p)5
O “alisamento da estrada” faria com que a intensi- Fa =
1,2500 Estas configurações são semelhantes: os átomos de F
dade da força de atrito entre o carrinho e a estrada
= 1,73 N e Cl têm o mesmo número de eletrões de valência: 7.
fosse menor.
No Cl, os eletrões de valência estão no nível 3,
Como a força gravítica e a força normal se equili-
3.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,73 enquanto no F estão no nível 2.
bram, a força de atrito seria igual à soma das forças
(A) A energia de remoção dos eletrões de valência tende
no carrinho. Diminuindo a força de atrito, diminui-se
A sobrecarga aumenta a força de compressão exerci- a ser menor quanto maior for o nível de energia
a aceleração do carrinho, que aponta para o lado
da na rampa pelo corpo. desses eletrões, uma vez que quanto maior é o
oposto à velocidade. Com menor aceleração neste
A sobrecarga não tem qualquer influência no tipo de nível mais afastados do núcleo estão os eletrões de
movimento retardado, maior tempo decorrerá até o
materiais em contacto, na inclinação e no coeficiente valência.
carrinho parar e maior será a distância percorrida.
de atrito cinético. É, pois, de prever que a energia de remoção dos
4. cotação: 10 ; facilidade: 0,73 electrões de valência do cloro seja menor do que a
Grupo III
Cada roda demora 4,0 s / 5 = 0,80 s a dar uma volta. do flúor.
Portanto, o período de rotação da roda é de 0,80 s. 1. cotação: 5 ; facilidade: 0,70
5.
Numa rotação completa, a roda descreve 360º, ou (C)
seja, 2π radianos = 6,28 radianos. No eixo das abcissas pode ler-se quanto tempo 5.1. cotação: 10 ; facilidade: 0,72
A velocidade angular é, pois: demora a pressão a ter o mesmo valor, nas mesmas Tendo em conta a estequiometria da reação e as
6,28 rad condições. Isto é, pode medir-se o período do sinal. concentrações de equilíbrio, vem:
= 7,85 rad/s 3
0,80 s 2. cotação: 5 ; facilidade: 0,72 ⎡⎣CO ⎤⎦ × ⎡⎣ H 2 ⎤⎦
e e
(A) Kc =
5. cotação: 5 ; facilidade: 0,62 ⎡⎣CH 4 ⎤⎦ × ⎡⎣ H 2O ⎤⎦
e e
λ comprimento de onda
(C) v= = Substituindo valores, obtém-se:
O fluxo do campo magnético numa espira é máximo T período
quando as linhas de campo atravessam a espira A velocidade v de propagação manter-se-ia — é uma ⎡⎣CO ⎤⎦ × 12,03
e
292 =
perpendicularmente. E é nulo se as linhas de campo propriedade do meio. 5,00 × 5,00
forem paralelas à espira. Aumentando a frequência f para o dobro, o período T 292 × 5,00 × 5,00
diminuiria para metade. ⎡⎣CO ⎤⎦ =
Grupo II e
12,03
Portanto, para manter a velocidade v, se o denomi-
1. cotação: 5 ; facilidade: 0,49 mol
nador T diminuir para metade o numerador λ tem = 4,22
Metade da menor divisão da régua, ou seja: também de diminuir para metade. L
1 mm Grupo IV
= 0,5 mm 5.2. cotação: 10 ; facilidade: 0,30
2 1. cotação: 5 ; facilidade: 0,90 O Princípio de Le Châtelier estabelece que o sistema
2. cotação: 10 ; facilidade: 0,68 (B) evolui de modo a contrariar a perturbação.
Energia dissipada: quanto menor for a distância Cada átomo do isótopo de He indicado tem 2 Na situação descrita, o sistema evolui de modo a
percorrida, menor é a energia dissipada. protões e 2 neutrões: número de massa 4 e número aumentar a pressão no sistema, contrariando a dimi-
Intensidade da força de atrito: é a mesma, qualquer atómico 2. nuição de pressão devido ao aumento de volume.
que seja a distância percorrida. Os 3 átomos de He têm 3 × 2 = 6 protões. Portanto, Para aumentar a pressão, o sistema deve evoluir de
o número atómico de C (representado por Y), tem de modo a aumentar o número de moléculas. Isto é,
3. evolui no sentido da reação direta porque por cada 2
ser 6 porque há conservação da carga elétrica.
3.1. cotação: 10 ; facilidade: 0,29 Os 3 átomos de He têm 3 × 2 = 6 neutrões. Portanto, moles de reagentes que se consomem formam-se 4
o número de massa de C (representado por X), tem moles de produtos. A quantidade de H2 irá aumentar.
O desnível é de 47,00 cm = 0,4700 m.
O trabalho da força gravítica numa descida com este de ser 12 porque há conservação do número de 6. cotação: 5 ; facilidade: 0,39
desnível é positivo e simétrico da variação de energia partículas no núcleo.
CH4 (g): 8,24 mol
potencial: 2. cotação: 5 ; facilidade: 0,62 CO (g): 0,398 mol
m g h = 0,56164 × 10 × 0,4700 (A) Nas mesmas condições de pressão e temperatura, o
= 2,640 J Número quântico: associado à energia da orbital. volume de qualquer gás é diretamente proporcional
Número quântico secundário ou de momento angu- ao número de moléculas.
Se não houvesse dissipação de energia, devido ao tra-
lar: associado à simetria da orbital. Portanto, comparando o número de moléculas destas
balho das forças de atrito, a energia cinética no final
Número quântico magnético: associado à orientação duas amostras de gás obtém-se:
do plano devia ser igual a este valor.
Chegou ao final do plano com v = 1,30 m/s. Portanto,
espacial da orbital. 8,24 mol 8,24 × 6,02 × 1023
=
a energia cinética era: 3. cotação: 10 ; facilidade: 0,39 0,398 mol 0,398 × 6,02 × 1023
Molécula de CH4: átomo de C no centro do tetraedro. 8,24
Os 4 átomos de H nos vértices do tetraedro, cada =
0,398
um com ligações covalentes simples ao átomo de C
= 20,7
(partilha de um par de eletrões entre cada H e C).
O volume de 8,24 mol de CH4 (g) é, pois, 20,7 vezes
maior do que o volume de 0,398 mol de CO (g), nas 2. cotação: 5 ; facilidade: 0,43
mesmas condições de pressão e temperatura. (B)
Grupo V Há emissão de radiação nos processos de desexcita-
1. cotação: 5 ; facilidade: 0,45 ção dos eletrões que estavam em estados excitados
(estados de maior energia que o estado fundamental).
(A)
Como há 1,3% em volume, há 1,3 L de N2 em cada 3. cotação: 10 ; facilidade: 0,42
100 L de gás natural. A quantidade de matéria n de prata obtida é:
Num milhão de litros (106) há: 107,87 g 2,65 g
=
1,3 L V 1 mol n
=
100 L 106 L 2,65 g × 1 mol
1,3 L n=
V= × 106 L 107,87 g
100 L
= 2,457 × 10−2 mol
1,3× 106
= L Tendo em conta a estequiometria da reação, a propor-
102 ção é de 1 mol de Cu para 2 mol de Ag.
Portanto, em ppm em volume, a composição do gás Portanto, a quantidade de cobre que reagiu é:
natural em N2 é: 1 mol de Cu n
=
1,3× 106 2 mol de Ag 2,457 × 10−2 mol
ppm
102 2,457 × 10−2 mol
n=
2. cotação: 15 ; facilidade: 0,48 2
No eixo vertical, a menor divisão vale 2 ºC. = 1,23× 10−2 mol
No eixo horizontal, a menor divisão vale
0,2 × 10–3 m3. 4. cotação: 5 ; facilidade: 0,67

A temperatura aumenta de 22 °C para 52 °C, ou seja, (C)


aumenta 30 ºC, quando se consome 6,0 × 10–3 m3 de O produto de solubilidade do cloreto de prata é dado
gás natural. por:
Como cada m3 de gás natural fornece 4,0 × 107 J Ks = ⎡ Ag + ⎤ × ⎡Cl− ⎤
de energia, a quantidade de energia obtida, sob a ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
forma de calor, Q, na queima de 6,0 × 10–3 m3 de gás −10 ⎡
1,8 × 10 = Ag × Cl+⎤ ⎡ −⎤
natural é: ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
4,0 × 107 J Q A solubilidade do cloreto de prata é a concentração
3
= −3 3 do cloreto de prata no equilíbrio com o solvente,
1m 6,0 × 10 m
numa solução saturada de Ag+Cl– (aq).
4,0 × 107 J Se o produto das concentrações de Ag+ e Cl– for su-
Q= × 6,0 × 10−3m 3
1 m3 perior ao valor do produto de solubilidade ultrapas-
saram-se os valores máximos de concentração desses
= 2,4 × 105J iões na solução e forma-se cloreto de prata sólido,
Esta energia é transferida para a água. Tendo em que precipita.
conta o aumento de temperatura e a massa de água, o
calor recebido pela água é:
Q = m c Δθ
J
= 0,800 kg × 4,18 × 103 × 30 °C
kg × °C
= 1,0 × 105J
O rendimento da transferência é, pois, em percenta-
gem:
1,0 × 105J
× 100 = 42%
2,4 × 105J

3. cotação: 5 ; facilidade: 0,62

(C)
Para a mesma quantidade de energia fornecida, a
amostra A sofre menor aumento de temperatura.
A amostra A deve ter pois maior massa que a amostra
B.
Grupo VI
1.
1.1. cotação: 5 ; facilidade: 0,53

(C)
O zinco metálico reage com a solução onde há iões
Cu2+, formando-se iões zinco, Zn2+. Os átomos de
Zn fornecem eletrões aos iões Cu2+, que se transfor-
mam em átomos de Cu.
O zinco metálico é oxidado e o cobre (na forma de
ião positivo) é reduzido, formando cobre metálico:
Cu2+ + 2e– → Cu
1.2. cotação: 5 ; facilidade: 0,40

O magnésio Mg é o metal que tem maior poder


redutor.
Zinco vs. cobre: o zinco tem maior poder redutor do
que o cobre, porque oxida-se quando em presença de
ião cobre.
Zinco vs. magnésio: o zinco tem menor poder redu-
tor do que o magnésio, porque na presença do ião
magnésio não ocorre reação.

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