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08 22:57:23
ADRIANA DE ARAÚJO
TREINAMENTO
PRÁTICO DE
MEMORIZAÇÃO
SÃO PAULO
2008
© 2008 by Digerati Books
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora,
poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios emprega-
dos: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
Editor Revisão
Tadeu Carmona Marília Ferro
ISBN 978-85-7873-034-5
CDD 418.43
Todos, de uma forma muito querida, estão por perto, nesse momento.
Com total merecimento de minha atenção e com imenso carinho agradeço
ao meu marido Fábio T. Macri por ter me ajudado a realizar vários sonhos e a
tornar mais um desejo possível: a confecção desse livro.
SUMÁRIO
Observe as escolhas que você faz. São conseqüências dos aprendizados ad-
quiridos pelas experiências vividas. Mas a vida é feita do que somos ou do que
poderemos vir a ser? E o nosso futuro depende do que vivemos no presente
ou no passado? Toda vivência marcante se mistura no ontem, no hoje e altera
nossos sonhos e desejos do amanhã. Que cada um desenvolva a competência
necessária para se fazer bom uso do que aprendeu e com isso, possa fazer novas
e melhores escolhas na vida, livre, em paz e efetivamente feliz.
CAPÍTULO 1
COMO SUA
MENTE FUNCIONA?
MEMÓRIA
É a capacidade da mente de guardar, reter, armazenar e recuperar as in-
formações disponíveis. Isso nos permite manipular e compreender o mundo.
É necessário ter tido contato com a informação previamente, seja de forma
consciente ou inconsciente, para poder acessá-la depois. Nossa memória tem
capacidade para realizar muitas operações. Por meio das informações guarda-
das na mente é possível gerar novas idéias que podem ajudar nas tomadas de
decisões diárias e futuras.
Ter boa memória é um bom começo para se ter conhecimento. Mas para
saber usar aquilo que se sabe não basta lembrar o que aprendeu, é preciso estra-
tégia, experiência, prática, agilidade etc. Nossas ações e pensamentos do pre-
sente são, de certa maneira, fruto de aprendizagens, ou seja, são provenientes
da memória do que fizemos, das lembranças vividas (e também das sonhadas),
que ficaram registradas na nossa mente. Isso nos permite identificar e classi-
ficar cheiros, imagens, sons, gostos e sensações. Com isso, somos capazes de
Treinamento Prático de Memorização
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pio que escrevi anteriormente. Sabemos hoje ler e escrever, pois memorizamos
o procedimento por termos treinado o mecanismo e, portanto, somos capazes
de reproduzi-lo. Por meio de alguns exercícios desse livro você poderá “reapren-
der” a ler de forma mais rápida.
Um dos métodos mais conhecidos de memorização é ler e reler várias
vezes um texto para poder lembrar-se dele depois. De fato, é muito útil, mas
nem sempre funciona, pois às vezes, mesmo tendo repetido a leitura, ainda
sim, “dá branco”, por isso, essa não pode ser a única forma de memorizar
algo importante.
Tipos de memória
Não há um consenso absoluto entre os estudiosos sobre esse tema, por isso,
escolhemos a maneira que segue para descrevê-los, embora seja totalmente pos-
sível encontrar em outros livros, artigos e pesquisas outras formas de divisão
da memória:
Memória de procedimento
É ter a aptidão para armazenar e processar as informações que, de certa
maneira, não podem ser verbalizadas, mas podem ser demonstradas por meio
de ações, como tocar um instrumento, andar de bicicleta, dirigir um carro etc.
Tende a ser uma memória mais estável e com maior facilidade de retenção, sen-
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do mais difícil de se perder e esquecer. Possivelmente, vem daí o dito popular:
“É como aprender a andar de bicicleta, a gente nunca esquece.”
Não existe um único lugar no cérebro para armazenar as memórias vividas.
Existem diferentes estruturas cerebrais que estão ligadas a aquisição, armaze-
namento e resgate das diversas informações adquiridas por meio do processo
de aprendizagem (seja por repetição ou associação).
Dentro disso haverá:
Memória imediata
Ocorre quando se consegue reter algo por frações de segundos. A memória
imediata tem capacidade limitada, são poucos os itens que se consegue arma-
zenar e é fácil de esquecer. Por exemplo, quando estamos ao telefone tomando
nota de um recado para outra pessoa e alguém nos diz um número de telefone
e repetimos para verificar se anotamos corretamente. Isso tende a durar pouco
tempo e logo depois não somos capazes de verbalizar o número. Isso é perfei-
tamente normal, principalmente, por não ter despertado nenhuma associação
mental, foi um fato único, isolado, quase que sem significado.
tempo grande na mente, mas se a comida foi exótica, ou mesmo num lugar
novo, é possível até mesmo que fique na mente, na memória de longo prazo
(explicação virá logo a seguir) e também o que aconteceu durante esse mo-
mento pode fazer toda a diferença para a fixação dos fatos. No exemplo das
pessoas que você falou um dia anterior ou horas atrás, o assunto que foi dito
e o tipo de emoção despertada no momento por conseqüência dessa conversa
ou mesmo do que essa pessoa representa para você, ajudam a gravar na mente
esse momento.
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Memória de longo prazo
Ocorre quando se consegue lembrar de algo que aconteceu à meses ou anos
atrás. Para isso é preciso que se tenha percorrido a memória imediata e a de
curto prazo, pois só é possível armazenar as informações que percorreram esse
caminho. O tempo de duração é ilimitado e sua capacidade de armazenamento
também, podendo ficar guardada uma lembrança (aparentemente esquecida,
dentro do inconsciente) por anos e anos até que seja necessário o resgate para o
consciente e seu devido uso. Por exemplo, uma conversa com alguém especial,
falar uma nova língua, a letra de uma música antiga etc. No caso da conversa,
por envolver uma emoção, é mais fácil gravar e reter na mente o conteúdo, isso
pode ocorrer inconscientemente, sem o desejo de memorizar e guardar o fato
ocorrido. Uma nova língua, assim como a letra de uma música, fica na mente
por muito tempo, por ter sido estudada e repetida várias vezes. A repetição é
um excelente método para memorização, mas não é o único. Quanto mais
estímulos significativos estiverem presentes no momento, maior a cadeia de
associações que o cérebro faz e isso dá vários caminhos de acesso ao fato.
Para compreender melhor, imagine um arquivo com várias pastas dentro
dele. E para que você encontre a informação necessária seria preciso olhar ar-
quivo por arquivo. Às vezes, é assim que a memória funciona. Para chegar até
o lugar que se quer é preciso percorrer algumas associações mentais. E esses ca-
minhos acabam sendo formados por repetições e associações mentais que vão
variar de pessoa para pessoa, momento e aprendizados anteriores. Boa parte do
que pensamos é fruto de nossas sensações lembradas e criadas.
Ernest Rossi foi aluno de Milton Erickson (que desenvolveu a hipnose erickso-
niana por meio do aperfeiçoamento de novas e melhores formas de comunicação,
Como sua mente funciona?
tratamento e cura de questões emocionais (ver Capítulo 3). Rossi fala sobre nossa
capacidade de aprendizado e percepção das coisas. Ele cita o S M D L:
• S: State (estado emocional no presente).
• M: Memory (memória, capacidade de se lembrar de situações vividas).
• D: Depend (depende, terá influência).
• L: Learning (aprendizado, capacidade de apreender uma nova informação).
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A pessoa terá sua capacidade de aprendizado e de compreensão momentâ-
nea influenciada pelo estado emocional presente, ou seja, estando bem, será
capaz de “enxergar” o mundo por meio de “lentes coloridas e alegres”, podendo
registrar desse momento boas informações futuras, e isso tudo também terá
influência sobre a memória. Por isso, quando não se está bem, tem-se até difi-
culdade de lembrar-se de momentos bons. Isso faz parte das associações que a
mente é capaz de fazer, pois é diretamente ligada ao humor momentâneo. Só
querer resgatar algo guardado na memória não é tão simples, é preciso estar
num estado adequado para isso.
Assim como as aprendizagens anteriores, ou seja, vivências passadas, tam-
bém influenciam no humor presente e, como se explicou anteriormente. Ex-
periências passadas têm grande importância na maneira como entendemos as
coisas a nossa volta.
Algumas pessoas preferem estudar na última hora, pois tem a impressão de
que memorizam mais facilmente para a “prova do dia seguinte”. De fato, isso
pode acontecer. Mas é mais difícil guardar o conteúdo do que foi estudado por
mais tempo além do que “o dia seguinte”. Dessa forma, a pessoa usa a memória
de curto prazo. E nesse caso, não há espaço para muitas informações e também
é possível registrar um número restrito de dados.
É importante lembrar que ter boa memória não significa a ausência de lap-
sos, esquecimentos, falhas e confusões. Esquecer algumas coisas no dia-a-dia é
normal, mas a ansiedade que isso provoca pode atrapalhar e de fato se tornar um
problema. Essas preocupações são as piores, pois a ansiedade pode se tornar res-
ponsável pelo aumento de estresse. Pequenos esquecimentos não indicam qual-
quer doença grave. Por meio de exercícios específicos você pode reduzir isso.
Atenção e concentração
É um estado de focalização consciente e específica da mente em determina-
Treinamento Prático de Memorização
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ciente) como se fossemos buscar e recarregar as energias para depois poder vol-
tar atenção com a mesma qualidade de antes. A partir disso, Rossi, sugere que
façamos esse movimento de forma consciente, seja no trabalho, nos estudos,
em momentos que exigimos muito de nossa atenção.
A idéia é controlar o tempo do que se faz, ou seja, de 90 em 90 minutos deve-
se fazer uma pequena pausa, em torno de 10 minutos, para que possamos ter um
aproveitamento melhor de nossa capacidade de atenção e concentração e de tudo
que estivermos assimilando naquele momento. Se a pessoa não faz essa pausa de
caso pensado, a mente o faz, mas de forma desordenada, como se fosse um “pe-
dido de socorro” para manter a qualidade do que se estava fazendo.
Exceder esse tempo leva a desgaste, cansaço e desorganização. E mais: sem
esse descanso a mente não é capaz de armazenar com qualidade o que estava re-
cebendo de informação. É como se alimentar e não dar tempo para que o orga-
nismo possa digerir o que recebeu. Isso influenciará diretamente na memória.
Ultrapassar o tempo seguido de estudo pode significar “perder o tempo” e às
vezes ter de refazê-lo, pois pode ser que a mente não dê conta de guardar o que
você estava fazendo. É preciso estudar com a qualidade necessária para poder
usar isso tudo depois. A mente tem um ritmo, se não respeitá-lo, pagamos um
preço pela falta de zelo e cuidado para com nós mesmos. Voltando ao exemplo
da alimentação, imagine se não tivéssemos consciência do processo de digestão
e seguíssemos comendo de forma compulsiva... Certamente, seria um estrago
para o estômago e para o corpo... A mente também precisa de um tempo para
“digerir”, “processar” e “descartar” o que recebe para poder armazenar e fazer
bom uso posterior disso.
Atenção ao seu ritmo: se você não consegue ficar os 90 minutos realizando
uma mesma tarefa, pois percebe que muito antes desse tempo, sua atenção dis-
persa sozinha, você precisa em primeiro lugar começar a perceber quantos mi-
nutos você consegue. Esse é o primeiro passo: observar a si próprio. Saiba onde
“está” para depois estabelecer um caminho para onde você “quer ir”. Comece
adequadamente. Saiba manter o que se tem e aos poucos vá expandindo. Um
passo de cada vez, uma coisa por vez. Insisto em dizer para aceitar seu ritmo,
Como sua mente funciona?
Disciplina
Ter disciplina significa ter uma atitude e comportamento subordinado às
regras estabelecidas para conquistar, obter e manter aquilo que se quer. Às ve-
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zes, significa abrir mão de algumas coisas que se gosta em prol de um objetivo
maior. Antes de se estabelecer uma disciplina, uma regra ou mesmo uma rotina
é preciso saber o que se quer, para depois estabelecer uma forma consciente
de conquistar o que se deseja. A disciplina é um caminho para obtenção de
alguma coisa, podendo seguir numa determinada direção. É preciso uma me-
todologia para poder ajudar na memorização. Uma boa maneira de conseguir
isso é por meio da associação. Para memorizar de forma mais rápida é preciso
associar uma informação nova com uma já armazenada. Nossa forma de pen-
sar baseia-se que: não são fatos isolados, são cadeias de pensamentos associados
por diversos outros pensamentos por intermédio de imagens.
Antes de começar qualquer estudo tenha a organização necessária que permita:
• preparar o ambiente de estudo;
• organizar previamente o material que você vai usar;
• ter uma noção de quanto tempo levará para começar e terminar o que
precisa (saiba em média quanto tempo vai se dedicar ao que vai fazer em
vez de ir fazendo e depois ver no que vai dar);
• programe as pausas necessárias para que possa render melhor nos estudos.
Isso ajuda na manutenção do controle dos seus próprios limites.
Tempo
Usa-se hoje a mesma quantidade de tempo que foi aprendida como sendo
adequada para a leitura. Mas é possível fazer diferente. Como reduzir o tempo
de leitura e mesmo assim memorizar o conteúdo? Para isso, são necessários
concentração no que se faz e um método adequado para a mudança de atitude.
Você aprenderá algumas formas de se fazer isso nesse livro. Agora é com você:
treinar e se dedicar ao sucesso do que quer.
Para memorizar é preciso associar. No Capítulo 5 você aprenderá mais
sobre isso.
Treinamento Prático de Memorização
Cérebro
1. Córtex: camada superficial do cérebro, onde se encontra grande con-
centração de neurônios. Os neurônios são as principais células do cérebro, nas
quais ocorrem reações químicas responsáveis pelas funções cerebrais. O córtex
é a área responsável pelo processamento das informações recebidas pelos órgãos
sensoriais. O processamento consiste em:
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• recebimento;
• interpretação;
• aprendizado;
• armazenamento;
• tomada de decisão.
A seguir, a relação de cada área do cérebro e por quais funções elas são
responsáveis:
• O córtex – o centro da função superior do cérebro:
• Córtex somato-sensorial – tato.
• Córtex motor – controle e coordenação dos músculos.
• Córtex pré-motor – coordenação muscular.
• Córtex pré-frontal – comportamento social, raciocínio abstrato, fun-
Como sua mente funciona?
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• Tálamo – as mensagens sensoriais para o cérebro são divididas no tálamo
e encaminhadas para os centros de recepção apropriados no córtex.
• Hipocampo – essencial na formação e recuperação de memórias e na
criação de mapas mentais.
• Cerebelo – cuida das coordenações físicas.
• Amígdala – centro das emoções.
• Bulbos olfativos – as informações dos bulbos fazem conexão direta com
o córtex, a amígdala (centro emocional) e o hipocampo (memória). Isso
pode explicar as lembranças e emoções fortes que podem ser evocadas por
cheiros.
Treinamento Prático de Memorização
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CAPÍTULO 2
O QUE É
PNL, HIPNOSE
ERICKSONIANA E
COACHING DE VIDA?
“A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo.”
Merleau-Ponty (1908-1961), escritor e filósofo líder do
pensamento fenomenológico na França.
O QUE É PROGRAMAÇÃO
NEUROLÍNGÜÍSTICA (PNL)
John Grinder e Richard Bandler, na década de 70, desenvolveram a PNL
por meio de estudos de alguns profissionais respeitados na época:
• Fritz Perls (Gestalt);
• Virginia Satir (terapeuta familiar);
• Milton Erickson (hipnose).
Uma excelente técnica da PNL que você pode fazer sozinho e que certa-
mente lhe ajudará e muito nesse processo de aprendizagem é ancoragem. Você
vai “ancorar” um estado positivo e de grande motivação para que possa fazer
uso dele quando bem quiser e não apenas quando acontecem coisas externas
que lhe dão esse “empurrãozinho” nas emoções.
Primeiramente, escolha um sinal com as mãos, pode ser um movimento das
mãos, fechadas ou abertas, uma posição específica dos dedos. Você deve esco-
lher um sinal que seja fácil de repetir, que você possa fazer em qualquer lugar
Treinamento Prático de Memorização
que precisar e o mais importante: tem de ser um sinal neutro, ou seja, um sinal
que não seja usado sempre para que não tenha uma memória anterior desse
gesto. Por ser neutro, você registrará nele as emoções que quer, simples assim.
Você, sem dúvida, tem uma memória de uma música, um cheiro, um objeto.
Mas você provavelmente não escolheu essa associação. Sente um cheiro e de
imediato se lembra de uma pessoa ou de um lugar. E isso foi algo aprendido ao
acaso. O que estamos fazendo agora é criar algo que acontece naturalmente.
Você tomará posse dessa associação na sua vida e, portanto, conseguirá criar a
sua memória por meio do sinal criado por você.
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Em segundo lugar, você vai escolher um sentimento. Algo que você queira re-
gistrar. Por exemplo, tranqüilidade. Lembre-se então de momentos que se sentiu
tranqüilo, sereno e calmo. Fixe sua atenção nessa memória por um tempo.
Essa técnica é muito simples e você poderá se beneficiar dela no momento que
quiser. De tão fácil, pode parecer até “simplista”, mas é uma técnica fácil, rápida e
altamente eficaz. Essa técnica pode ajudar a guardar com você o estado emocio-
nal que desejar. Quer estudar com mais concentração? Ancore esse estado! Você
pode e consegue! Quer rapidez? Tranqüilidade? Você poderá dizer o que lhe falta
para melhorar seu desempenho e com isso poderá alcançar o que quer.
Num terceiro momento, você fará o sinal combinado todas as vezes que se
sentir tranqüilo. Não há necessidade de ser algo “fora do comum”. É importan-
te registrar o sentimento. Se ficar tranqüilo quando vê tv, faça o sinal, se con-
centre e memorize a sensação do corpo, a sensação psicológica com o gesto que
você escolheu. A partir disso, repita várias vezes. Todas as vezes que sentir essas
sensações boas ligadas ao tema que escolheu você deve fazer o sinal, assim,
criará uma associação do estado desejado e desse novo sinal com as mãos.
A última etapa é opcional, você também poderá fazer “empilhamento de
ancoragem”, ou seja, registrar mais de um sentimento junto ao sinal. Para lei-
tura dinâmica, seguem alguns exemplos, mas lembre-se: você pode e deve criar
o seu modelo.
• concentração;
• sucesso/realização;
• serenidade;
• agilidade.
HIPNOSE ERICKSONIANA
O termo hipnose ericksoniana tem esse nome por causa do seu criador Mil-
ton Erickson (1901-1980), médico americano que estudou, desenvolveu e aper-
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feiçoou a comunicação durante os atendimentos com seus pacientes. A hipnose
fez parte desse processo de trabalho. Ao compreender as histórias, vivências e
formas únicas de cada pessoa se relacionar com as outras, com o mundo e com
elas próprias, Erickson foi se aperfeiçoando no método de excelência ao ajudar
as pessoas a mudarem padrões repetitivos e desnecessários.
A hipnose é um estado modificado de consciência, mas nem sempre essa
mudança é perceptível. Nesse momento de atenção “diferente”, ocorrem fenô-
menos hipnóticos, pela comunicação entre hipnoterapeuta e sujeito. Por uma
fala específica, a pessoa vai focalizando sua atenção, muitas vezes, sem nem
mesmo perceber, e acaba por direcionar seus pensamentos. Esse processo faz
com que a atividade cerebral se intensifique, podendo ocorrer a partir disso um
transe leve, médio ou profundo. Importante lembrar que essa variação pode
ser pessoal ou até mesmo momentânea, ou seja, pessoas diferentes reagem de
maneira distinta aos estímulos apresentados e também a própria pessoa pode
reagir diferente de um momento para outro. A hipnose é uma forma de comu-
nicação que pode provocar mudanças no pensamento, sentimento e compor-
tamento.
Existem CDs de hipnose que você pode comprar para ouvir na sua casa,
no site: www.qveditora.com.br. Você encontrará muitas revistas de diferentes
assuntos que vêm com um CD de hipnose, são vários os autores que parti-
ciparam. Pode também confeccionar seu próprio material, lembrando que a
repetição pode lhe ser útil, uma vez que em diferentes momentos as pessoas
apresentam respostas únicas para os estímulos. Segue uma pequena indução
que você pode gravar com sua voz, de forma lenta, serena, tranqüila e pausa-
damente, entre as frases e palavras, para ter um melhor resultado no tempo da
leitura de livros, apostilas etc., e também na memorização do conteúdo estuda-
do. Lembre-se de ouvir num momento tranqüilo. Esteja concentrado no CD,
em silêncio. Faça sua parte:
Treinamento Prático de Memorização
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seguir um pouco de relaxamento. Escolha o quanto você pode, que é capaz de
alcançar. Nem mais, nem menos. Escolha o tempo correspondente ao que você
poderá conseguir agora. Algumas pessoas relaxam rapidamente, outras pessoas
conseguem com o passar do tempo. Escolha a maneira com que você se sinta
capaz, lembre-se: você está no comando e pode fazer as escolhas que lhe forem
melhores agora (respire de forma tranqüila).
Escolha um pensamento agradável. Imagine um lugar para pensar. Pode
ser uma praia, um campo, uma casa, um jardim, não importa. Concentre seu
pensamento nesse lugar agradável. Um lugar que te faça bem de imaginar, de
estar ou de pensar. Pode ser um lugar que você já foi, que já teve o prazer de
conhecer, um lugar que queira ir, que você sonha, imagina e gostaria de poder
estar; um lugar imaginário, um lugar na sua mente, no seu pensamento, do jei-
to que te faz bem. Assim que conseguir essa imagem, sensação ou sentimento,
concentre-se no bem-estar que pode produzir no seu pensamento. Não tenha
pressa, às vezes isso acontece de forma bem rápida; outras vezes, realmente ne-
cessita de mais tempo. Respeite seu ritmo, seu tempo, seu corpo. Em harmonia
com você.
Agora, lembre-se de um aprendizado que você fez. Algo que você aprendeu
e tomou posse. Um aprendizado que esteja firme na sua mente, um sentimento
de realização, de ter conseguido algo por seu próprio mérito (dê um tempo
de silêncio para que você possa pensar sobre isso). Na vida, todas as pessoas
aprendem muitas coisas, mas nem sempre dão o devido valor. E você pode ago-
ra dar esse valor, esse sentimento bom, essa forma de valorizar cada pequeno
passo dado. Se concentre em lembrar das formas, das etapas que você vivenciou
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novo método, se sentindo concentrado, motivado e feliz, essa nova maneira de
lidar com os livros, revistas, artigos etc. lhe fará muito bem. Permaneça assim
por alguns minutos, com calma e serenidade, sinta o bem-estar do pensamen-
to, se concentre na sua respiração. Guarde esse momento com você. Guarde a
sensação boa desse exercício.
Respire uma, duas ou três vezes, de forma tranqüila, lenta e se concentran-
do no ar que sai. Vá voltando sua atenção para o seu corpo, para os sons ex-
ternos, para o ambiente à sua volta. Vá lentamente mexendo o corpo, um bom
espreguiçar sempre é bem-vindo, vai abrindo os olhos e voltando para o dia
de hoje, para esse momento. Ponha em prática o que você está fazendo nesse
exercício, transforme em realidade. Comece e viverá!”
1. Pense agora o que você quer. Ler mais rápido? Memorizar melhor sua leitu-
ra? O que você efetivamente quer?
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2. Para que você quer isso? (Atenção: não é por que, é “para que”, isso faz toda
a diferença) – para render melhor nos estudos, no trabalho? O que vai ter quando
conseguir o que quer? O que mudará? (Para cada resposta dada, avalie se é viável
e se é possível ter o que se quer com o que se está querendo mudar).
3. Como fará para alcançar o que quer? Quais são seus planejamentos? Um
deles, provavelmente é a leitura desse livro, mas só a leitura não muda muita coisa.
É preciso ação! Como mudar o comportamento para agir segundo as orientações
que escrevo aqui? Pense num planejamento seu. Aja coerentemente com o que pla-
nejou. Quando começar, lembre-se também de avaliar diariamente se você está no
caminho certo. Cheque seus passos e avalie seus resultados. Você está alcançando o
que quer? Se sim, mantenha; se não, refaça seus planos.
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so? Afinal, muitos processos constituem em um passo de cada vez (“De grão em grão
a galinha enche o papo” – ditado popular).
6. Existem outras questões que podem lhe ajudar a ter o que quer, por exemplo,
à medida que se entende se existe algo que lhe impede de alcançar o que deseja, o
que você fará para solucionar essa questão?
Treinamento Prático de Memorização
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CAPÍTULO 3
CADA UM APRENDE
DE UMA MANEIRA
DIFERENTE...
“É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe”.
Epíteto (55 – 135 d.C), filósofo grego.
Como compreender o mundo e seus sinais? O mundo em que vivemos e
percebemos não é necessariamente o mundo verdadeiro e único, pois a análise
que fazemos passa pela nossa interpretação que é recheada de nossos valores
e sentimentos. Podemos dizer que o “mapa não é o território” (idéia básica
da PNL). Aquilo que as pessoas conseguem ouvir, ver e sentir daquilo que
recebem passa por uma espécie de “filtro”, que é formado pelos aprendizados
prévios e pelos canais de percepção de cada pessoa. Portanto, cada um tem sua
própria maneira de aprender a aprender. Conhecer seu estilo de aprendizado
faz com que você seja capaz de usar melhor seu potencial para que absorva de
forma mais rápida e com maior facilidade as informações recebidas.
Percebemos o mundo por meio dos cinco sentidos: audição, visão, paladar,
olfato e tato.
A partir disso somos capazes de dar interpretações aos fatos. Mas cada pes-
soa já tem uma maneira de pensar única e ao decodificar aquilo que o mundo
oferece cada um é capaz de entender de um jeito próprio o que está sendo feito.
Por isso, é bom lembrar de que cada pessoa é capaz de aprender ou de ensinar
de acordo com que apreende a informação que recebe.
Colhemos as informações dos fatos e eventos vividos como se fossem “len-
tes coloridas”, que através de cada cor é possível perceber de forma diferente o
mundo. Afinal, a realidade não é única e pode variar mediante muitos fatores.
Duas pessoas podem viver o mesmo evento, mas cada uma poderá entender de
Treinamento Prático de Memorização
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Quando isso acontece, de fato, dá mais trabalho, mas também pode ser muito
rica a aprendizagem proveniente disso, afinal, serão novas formas de compreen-
são e novas idéias.
AUDITIVO
Está ligado à audição e ao estilo de palavras e frases comumente usadas:
Auditiva
Palavras Frases
Tabela 3.1.
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boas com as palavras, pois se expressam com clareza e precisão. A respiração é
mais equilibrada, uniforme.
O sistema auditivo tem boa representação por meio de sons, de uma me-
lodia interna, às vezes falar sozinho (seja em voz alta ou voz interna, ou seja,
mental) e repetir internamente os sons, vozes de outra pessoa ou mesmo as con-
versas tidas ao longo do dia. Pessoas com características auditivas costumam se
interessar por escrever, ouvir música, aprender línguas e falar em público.
VISUAL
Está ligado à visão, às imagens que passam rapidamente na mente para formar
as interpretações necessárias para a compreensão e expressão dos sentimentos:
Visual
Treinamento Prático de Memorização
Palavras Frases
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Observar “Com olhos da mente, da alma.”
Perspectiva “Você enxerga a solução?”
Tabela 3.2.
Dica de estudo: usar mais de uma cor para grifar e escrever o que está
sendo estudado. Isso ajuda fazendo diferenciações entre os temas e suas
formas. Uso de vídeos, fotos, imagens, gráficos, mapa mental, ajudam
na memorização. Use a criatividade para inventar uma nova maneira de
estudar aproveitando a habilidade visual de compreensão do mundo.
Dentro do cérebro: a imagem entra através do nervo óptico, passa pelo Cada um aprende de uma maneira diferente...
quiasma, depois pelo trato óptico e então vai em direção ao córtex occi-
pital (córtex primeiro da visão). Parte das fibras do nervo óptico direto
seguem em direção ao hemisfério esquerdo e vice-versa, o que tende a
uniformizar as conexões entre cada olho e áreas secundárias dos hemis-
férios direito e esquerdo.
Sendo assim, não há preferência ou maior habilidade de um determinado
olho para uma determinada tarefa, o que não impede a existências de se ter
a visão de um olho mais apurada que o outro (olho dominante). Durante o
processo de leitura dinâmica serão usados e treinados os dois olhos.
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SINESTÉSICO
Está ligado ao paladar, olfato, tato e sensações:
Sinestésico
Palavras Frases
Tabela 3.3.
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morizar. Desfrute das idéias criativas que você pode ter para aprender e
usar as informações posteriormente utilizar usando seu canal de predi-
leção que é o sinestésico.
Dentro do cérebro:
• Paladar: a presença de determinadas substâncias nos alimentos provo-
cará a formação de impulsos elétricos, por meio de sensores que existem
na língua, que serão interpretados pelo cérebro como sabor. O córtex
primário do paladar encontra-se no giro pós-central.
• Olfato: a partir de alguns gases ou partículas suspensas no ar, sensores
existentes no nariz produzirão impulsos elétricos que serão interpreta-
dos pelo cérebro como cheiro. O córtex primário do olfato é composto
por cinco estruturas: núcleo olfatório anterior, amídala, córtex pirifor-
me e periamigdalóide, tubérculo olfatório e córtex entorrinal.
• Tato: na nossa pele também existem sensores de vários tipos, sendo
cada um especializado em uma espécie de sensibilidade: dor, pressão,
temperatura e a tátil propriamente dita. Esses sensores, ao entrar em
contato com o ambiente, promovem a formação de impulsos elétricos
que serão interpretados pelo cérebro. O córtex primário do tato encon-
tra-se no giro pós-central.
• Sensação: quando vimos algo, ouvimos algum som ou sentimos al-
gum cheiro, isso desencadeia algum tipo de sensação, por exemplo, ale-
gria, excitação ou ansiedade, então sabemos que a informação recebida
por meio do sentido já foi processada pelo córtex primário e enviada a
áreas secundárias para interpretação e encaminhada para centros neuro- Cada um aprende de uma maneira diferente...
vegetativos, responsáveis por alteração do batimento cardíaco, pressão
arterial, salivação etc., e também para áreas frontais, tornando o fato
consciente para a tomada de decisão.
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aprendizado. Essas características interferem na postura corporal, na
respiração, no ritmo da fala e no tom, nos movimentos oculares e na
linguagem própria. Esses canais de percepção, de certa forma, dão as
características necessárias para a construção da personalidade e dos as-
pectos individuais de cada um. Para se conseguir um melhor resultado
com relação à empatia, rapport e sintonia com as pessoas, com toda
certeza, será preciso desenvolver com excelência a capacidade de com-
preensão e adaptação às diferentes maneiras de pensar de cada pessoa.
1 Importante lembrar que esse exercício não é um teste psicológico com cunho cien-
tífico. Não tem uma validação, pois até o momento, não foi estudado e pesquisado
para isso. Mesmo assim, diferentes autores criaram testes parecidos com esse, pois dá
para compreender bem a proposta do exercício, no sentido de auto-avaliação e princi-
palmente de poder escolher os melhores caminhos de compreensão e identificação da
percepção de mundo.
34
b. oralmente
c. por tarefas
35
12. Quando se lembra de um filme que você assistiu, facilmente vem à sua mente:
a. cenas
b. diálogos
c. sensações
c. confortável
36
b. fala algo
c. convida para participar de algo
Nossa compreensão dos assuntos tem influência nesses três canais de per-
cepção descritos anteriormente. Durante a leitura pode haver também distor-
ções sobre o que o autor realmente quis passar. O que interfere nessa decodifi-
cação é o grau do conhecimento e experiência prévios de cada leitor. Para poder
aprender e memorizar algo com mais rapidez será necessário usar mais de um
canal de percepção: visão, audição, tato, paladar e olfato.
O cheiro é o que mais ajuda a estimular a memória, independente do canal
de preferência sensorial usado por cada um. O simples fato de lembrar-se de
algo que contém um cheiro traz à tona várias outras lembranças que foram
arquivadas juntas, no mesmo período e época do fato ocorrido.
Quando eu era criança, uma das minhas amigas da escola aprendeu com
a mãe a seguinte receita para ir bem na prova: quando você estiver estudando,
pegue a metade de um chiclete e masque. Na hora da prova você masca a outra
metade que ficou guardada.
O cheiro e o gosto (paladar) trazem as associações em cadeia feita por nossa
memória. Por isso, na verdade, essa receita deixa de ser uma simples simpatia
para se tornar uma possibilidade real de ajuda na construção da memória. Essa
técnica não dá garantia de boas notas. É necessário mais do que isso. Em pri-
meiro lugar, é preciso compreensão do que se está estudando. Depois é preciso Cada um aprende de uma maneira diferente...
que mente e corpo estejam em perfeito funcionamento e harmonia para facili-
tar o armazenamento das novas informações.
Eu acrescentaria algumas coisas importantes nessa receita da mãe da minha
amiga: que o chiclete tenha um sabor exclusivo, que seja diferente, ajudando
para que aquele cheiro e gosto estejam associados ao estudo e que não tenham
várias outras associações na mente. Ressalto também a importância de que
para cada estudo seja usado um sabor diferente. Uma vez entendido o princí-
pio, é possível fazer adaptações, por exemplo, de uma bala, um tempero, per-
fume, incenso, ou mesmo a mistura desses estímulos. Esses princípios são bem
semelhantes à forma de “ancoragem” (técnica da programação neurolingüística
37
explicada no Capítulo 2, página 20 deste livro).
No cérebro, existe grande quantidade de conexões entre as áreas do olfato e
da memória, além da proximidade anatômica. A área de projeção do olfato no
córtex é composta por várias estruturas, entre elas a amídala e o córtex entor-
rinal rostral, que por sua vez, tem íntimo contato com a formação hipocampal
(estrutura diretamente relacionada com a formação e evocação da memória).
Possivelmente isso pode ter contribuído para nossa sobrevivência durante al-
gum período de nossa evolução.
Howard Gardner, psicólogo americano, nascido em 1943, foi um dos pri-
meiros a falar da teoria das múltiplas inteligências. São as habilidades que as
pessoas possuem. Mas o seu desenvolvimento depende não só da capacidade,
mas também do estímulo, do treino, da cultura e da família. A pessoa pode
ou não ter sido adequadamente estimulada para que houvesse um desenvol-
vimento nesse sentido. Com o treino e foco adequados é possível avançar nas
habilidades que descrevo a seguir:
1. Lingüística: ligada à fala, escrita e comunicação. Ex.: escritores, atores,
palestrantes, professores.
2. Lógica e matemática: ligada ao pensar de forma lógica e abstrata com o
uso de números. Ex.: matemáticos, engenheiros, economistas, contadores.
3. Visual e espacial: ligada à criação de imagens, desenho e orientação
espacial. Ex: arquitetos, fotógrafos, artistas plásticos.
4. Musical: ligada à música, instrumentos musicais e canção. Ex.: músicos,
cantores, compositores.
5. Corporal ou sinestésica: ligada à habilidade corporal. Ex: dançarinos,
atletas, artesãos.
6. Interpessoal ou social: ligada à capacidade de relacionar-se com as pes-
soas com habilidade de persuasão (habilidade de extroversão). Ex.: psicólogos,
professores, vendedores.
Treinamento Prático de Memorização
38
CAPÍTULO 4
DICAS DO QUE
AJUDA NO BOM
APRENDIZADO
“O primeiro problema para todos nós, homens e mulheres, não é aprender, mas
sim desaprender. É saber mudar os paradigmas internos e externos; entender
que o método que nos deu o sucesso pode ser o início de nosso fracasso.”
Heráclito (540-470 a.C.), filósofo éfeso, considerado o “pai da dialética”.
Estado atual Estado desejado
Comportamento
Aprenda a escolher novas formas de agir para que seu comportamento seja a
ponte que liga “onde você” está para “onde você quer ir”. Você poderá aprender
confortavelmente os próximos exercícios para que possa compreender cada vez
melhor o que estiver estudando e conhecendo daqui para frente.
40
Para um bom aprendizado é preciso ter:
• Qualidade do sono: o cansaço e a fadiga são extremamente prejudiciais
à memória. Quando se dorme acontecem alterações bioquímicas que são
reparadoras. Se você não faz esse processo adequadamente, não só a memó-
ria, mas outras alterações como humor, disposição, inteligência etc. poderão
ficar prejudicados. Substâncias estimulantes, como cafeína (que pode ser
encontrada no café e no refrigerante), pó de guaraná, taurina (energéticos)
em pequenas quantidades, podem ter efeito positivo desde que usados num
período em que seu organismo não teria real necessidade do sono. Por exem-
plo, se seu horário de dormir é por volta da meia noite, para fazer uma leitura
por volta das dez da noite, uma xícara de café poderá te manter mais alerta
nesse período. Mas se você pretende estudar até altas horas, para se manter
acordado você precisará de uma dose muito elevada desses estimulantes, que
poderá piorar a ansiedade, principalmente se estiver na véspera de uma pro-
va. Isso tudo poderá diminuir seu rendimento. Portanto, cuidado! Respeite
seu ritmo, sua necessidade de sono e sua tolerância a essas substâncias.
• Atividade física: quando se pratica atividade física há a liberação da en-
dorfina, uma das substâncias responsavéis pelo bem-estar. Com esse pro-
cesso químico acontecendo no cérebro, as pessoas tendem a dormir melhor,
se sentirem bem de maneira geral e por conseqüência a memória pode se
apresentar boa e com bastante qualidade também. Cuidar da sua saúde
física e mental é fundamental para a harmonia e bom funcionamento do
organismo. Faça uma avaliação médica para saber quais são as atividades
físicas que você pode praticar e comece já!
• Alimentação: a formação da memória se dá a partir de reações químicas
no cérebro. Para que tais reações ocorram é necessária uma grande varie-
dade de substâncias, e uma alimentação inadequada pode ocasionar falta
de substâncias essenciais. No período de desenvolvimento, seja no período
Dicas do que ajuda no bom aprendizado
41
• Equilíbrio emocional: para ter uma boa memória é importante que o
estado emocional seja de equilíbrio e tranqüilidade. Sintomas de depressão,
ansiedade, hiperatividade e déficit de atenção podem contribuir de forma
significativa para um mau funcionamento da mente e, por conseqüência,
da retenção de informações. Dificuldade de memorizar, sensação de estar
disperso, normalmente, tem a ver com ansiedade. Se esse é o seu problema,
busque ajuda em um tratamento. Cuide da qualidade dos pensamentos,
eles têm muito mais influência na sua vida do que você pensa.
Pensamento é um momento
Que nos leva à emoção
Pensamento positivo
Que faz bem ao coração
O mal não
O mal não
O mal não
E o pensamento é o fundamento
Eu ganho o mundo sem sair do lugar
Eu fui para o Japão
Com a força do pensar
Passei pelas ruínas
42
E parei no Canadá
Subi o Himalaia
Pra no alto cantar
Com a imaginação que faz
Você viajar, todo mundo
Estou sem lenço e o documento
Meu passaporte é visto em todo lugar
Recitem
Dicas do que ajuda no bom aprendizado
43
• Local: escolha um lugar calmo, tranqüilo, com poucos estímulos para
facilitar a atenção e concentração no que estiver fazendo. Procure estar em
silêncio ou com uma música de fundo calma e que não desvie a atenção.
Dê preferência para músicas instrumentais sem letras. Lembre-se de que
você certamente conseguirá estudar se estiver ouvindo as músicas que gos-
ta (até mesmo aceleradas), mas isso não lhe ajudará na memória. Todos
nós somos capazes de fazer mais de uma coisa por vez, mas isso desvia
atenção e consome nossa energia. O ambiente certo é fundamental para
uma melhor qualidade nos estudos. Quando eu tinha 14 anos, eu achava
que estudava muito bem ouvindo rock, mas eu não sabia que isso poderia
me atrapalhar a memorizar, por mais tempo que eu ficasse ali, dedicando
várias horas de estudo.
• Estado emocional: para começar a estudar procure preparar a sua mente
para receber a informação necessária. É preciso estar tranqüilo, relaxado
e em paz. Se estiver ansioso ou agitado é preciso cuidar disso primeiro. A
ansiedade leva à agitação e principalmente a dispersão. A mente memoriza
mais facilmente quando está preparada para isso, ou seja, equilibrada, sere-
na e com os pensamentos leves.
• Disciplina: como escolher o que vai estudar? Divida seu tempo e or-
ganize as matérias. Usar várias cores para grifar ou mesmo escrever ajuda
a memorizar. A memória funciona melhor com associações e dessa ma-
neira, você terá o conteúdo e cores a serem associados. Lembre-se do seu
canal de preferência e monte um esquema de estudo que mais valorize
suas habilidades.
2. Se for uma prova escrita, pule a questão, volte nela mais tarde, pois o
tempo pode ajudar a resolver esse problema.
44
3. Se for uma apresentação, fale o que você lembra e sabe, e volte, se neces-
sário, mais tarde nesse ponto.
45
CAPÍTULO 5
EXERCÍCIOS PARA
MELHORAR A CON-
CENTRAÇÃO, MEMÓRIA
E LEITURA DINÂMICA
“O homem não pensa naturalmente.
Pensar é arte que se aprende como todas as outras e até mais dificilmente.”
Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778), filósofo franco-suíço,
escritor, teórico político e compositor musical autodidata.
Você certamente aprenderá a ler mais rápido ao treinar os exercícios seguin-
tes. Entretanto, lembre-se: nem todos os textos que você lerá será em altíssima
velocidade. Textos científicos, contratos, documentos, novas idéias e autores
que escrevem de forma confusa podem contribuir para uma diminuição da sua
velocidade. Isso é muito normal.
Você lerá mais rápido se: já tiver lido o texto previamente, mesmo de forma
rápida sem a devida compreensão; conhecer um pouco sobre o tema que está
lendo; perceber o que você pode pular e deixar de dar atenção (isso acontece
em partes dos textos).
Você lerá mais lentamente: textos novos, com assuntos que não lhe são
familiares; quando perceber a importância de uma parte do texto que necessita
de muita atenção; quando detectar uma informação a ser memorizada.
Para treinar a mente é preciso:
• Envolver um ou mais dos cincos sentidos num novo processo: exem-
plo – a) tomar parte do banho de olhos fechados; b) escovar os dentes ou se
alimentar com a mão oposta ao que se está acostumado.
• Concentrar, perceber e focar a atenção naquilo que se estabeleceu
para fazer: exemplo – a) ouvir novos estilos de música; b) participar de
jogos, como xadrez, dobradura, quebra-cabeça etc.
• Transformar algo comum, rotineiro, em algo inusitado, criativo e
diferente: exemplo – a) mudar o caminho para se chegar a algum lugar do
cotidiano; b) experimentar novos sabores: temperos, comidas e bebidas.
1.
48
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
1º exemplo:
1. cachorro
Se você precisa decorar, por exemplo, o número 123.986, pode criar uma
associação para cada número e palavra correspondente. Pode ser com uma his-
tória, uma letra de música, use sua criatividade! Essas histórias costumam não
ter muito sentido, mas são facilmente gravadas na memória quando se monta
uma imagem:
“Um cachorro (1) mordeu a mão (2) do meu tio, que derrubou o
disco (3) que ele estava segurando. Nisso passou um carro (9)
49
e todo mundo saiu correndo e um fotógrafo ali parado ficou de
olho (8), pois queria bater uma fotografia (6) dessa cena.”
Se você precisa decorar, por exemplo, que: “deve-se virar à direita na casa
amarela e depois à esquerda na rua Xavier”, pode usar da seguinte maneira esse
mesmo método: Direita casa Amarela depois Esquerda na rua Xavier: DA EX.
Você pode pegar as primeiras letras de cada palavra para decorar.
Agora você deve treinar. Crie suas 10 palavras e siga em frente no seu treino!
Você também pode usar o mesmo princípio da associação para decorar no-
mes. Você pode associar a pessoas que você já conhece que tem o mesmo nome,
pensar poe meio de imagens, ou mesmo criá-las, por exemplo:
1. Amanda – amada
2. Margarida – uma flor
3. Marcel – mar e céu
4. Marilia – mar e ilha
5. Pedro – pedra
6. Marcelo – martelo
7. Carla – carta
8. Ricardo – “Ricardão” – amante
9. Maurício – “Mauricinho” – almofadinha, engomado, rico etc
10. Carlos – car (carro em inglês) + los
11. Fábio – Fá (nota musical) + bio (biologia)
12. Raquel – ralador – queijo – lavado
Acima você leu muitas formas diferentes de associações. Crie as que lhe
forem melhores e mais fáceis de lembrar.
Segue agora a primeira avaliação de leitura. Para ler esse texto do próximo
subitem, é preciso ter um relógio ou cronômetro para contar o tempo que você
levará para lê-lo e compreendê-lo por completo.
Treinamento Prático de Memorização
O QUE É HIPNOSE?
50
A hipnose é um método rápido e eficaz na solução de diversos problemas
psicológicos e que podem influenciar até na eliminação do peso, por exemplo.
Hipnose é um estado modificado de consciência, no qual ocorrem fenômenos
hipnóticos1, por meio da comunicação entre hipnoterapeuta e sujeito. O indi-
víduo focaliza sua atenção e direciona seus pensamentos; com isso, intensifica
a atividade cerebral. Uma pessoa hipnotizada pode entrar em um transe leve,
médio ou profundo e essa variação é pessoal e momentânea, mas não faz com
que a pessoa perca a consciência.
Durante o tratamento psicológico é possível que haja:
• um processo educativo;
• orientação;
• recuperação e modificação das causas que levam a pessoa a ter o compor-
tamento indesejado perante a comida;
• ajustamento psicológico de modo a tornar efetiva a superação e solução de
conflitos e problemas diversos que podem estar influenciando no peso, tais
como: ansiedade, depressão, medos, insegurança, angústia, falta de pers-
pectiva, mudanças de humor etc.
51
“Nem no ar, nem no meio do oceano,
nem nas profundezas das montanhas,
nem em nenhuma outra parte desse vasto mundo,
não existe lugar onde o homem possa escapar
às conseqüências de seus atos.”
Buda (563 - 483 a.C.), líder espiritual, fundador do Budismo.
Esse método vai ajudá-lo a viver melhor, vai aumentar seu poder pessoal,
sua auto-imagem será mais coerente e menos crítica; vai superar crenças limi-
tadoras, sensações inadequadas, fortalecendo sua auto-estima. Vai ajudá-lo a
desenvolver hábitos mais saudáveis, adquirir novas alternativas e novos cami-
nhos em sua vida.
A hipnose são comandos que das primeiras vezes a mente pode tender a re-
sistir. Isso acontece, pois a própria mente foi treinada de forma oposta ao longo
dos anos, na sua grande maioria sem a intenção desse condicionamento. Agora
é necessário descondicionar o que não tem mais funcionalidade. A conscienti-
zação e o treino ajudam nesse sentido.
der a seus clientes. Logo cedo ele percebeu que cada indivíduo respondia diferente-
mente às técnicas e aos estímulos apresentados, e por isso passou a utilizar a hipnose
de forma única, adaptada à realidade individual apresentada pelo paciente.
Milton Erickson direcionava a atenção de seu cliente para aspectos de inte-
resse e utilizava a linguagem pessoal (a forma como cada pessoa se comunica
com ela mesma), métodos indiretos que ajudam a acessar com menor resistên-
cia o consciente.
52
A hipnose é uma forma de comunicação que pode provocar mudanças
no pensamento, sentimento e comportamento. Embora as pessoas procu-
rassem Milton Erickson com dificuldades, problemas e doenças aparen-
temente iguais aos manifestados por tantas outras, os motivos da queixa
eram diferentes para cada paciente. E, à medida que se respeita essa indivi-
dualidade, sem seguir padrões preestabelecidos acerca do comportamento
humano, muda-se o estado, proporcionando a esperada remissão dos sin-
tomas. Ele utilizava aquilo que o próprio paciente trazia como ferramenta
para a cura e o encontro de novas saídas. Milton Erickson contava histó-
rias, usava metáforas, propunha tarefas e sugeria atividades como forma de
intervenção.
As pessoas ao passarem pelo transe hipnótico são capazes de desenvolver
novas aprendizagens, reformular o pensamento, aprender outros hábitos, e
redescobrir qualidades aparentemente adormecidas. Para que haja o pro-
cesso de mudança é necessário refletir sobre a própria realidade para que
se possa adquirir e/ou desenvolver o reconhecimento da responsabilidade
sobre si mesmo. Esse aprendizado possibilita a reconstrução contínua das
experiências vividas ou imaginárias, pois é através dos recursos internos
que a pessoa poderá compreender, solucionar e adaptar-se diante de antigas
e novas experiências.
53
Questionário
1. Do que se trata o texto?
4. O que é hipnose?
Treinamento Prático de Memorização
54
6. Em qual século Milton Erickson viveu?
“É justamente a possibilidade
de realizar um sonho
que torna a vida interessante.”
Richard Bach (1936), escritor norte-americano.
55
“E se diante de suas adversidades você soubesse que pode olhar o mundo de
forma diferente, que pode desacelerar o tempo...
E apreciar com maior clareza a situação, o que você faria?
Teria coragem para mergulhar dentro de si?
E descobrir quão forte você é?
Então, concentre-se, confie e enfrente, vá além, supere.
A adversidade faz você questionar suas limitações, convidando-o a ultrapas-
sar a fina camada que impede de conhecer a intensidade da vida.
É possível transformar adversidades em conquista e realização humana di-
zendo sim à vida, apesar de tudo.
Então, prepare-se, demonstre confiança e faça o que tem que ser feito: supere.
Ninguém vai muito longe sozinho...
Precisamos um dos outros para voar.
Eleve-se.
Enfrente o desconhecido.
Encontre o silêncio.
Há sempre uma luz indicando uma nova possibilidade de se sobrepor e apre-
ciar suas condições da vida descobrindo assim que o potencial de realização.
Está em nossas próprias mãos.
Fortaleça-se com a vida, vai mais longe quem tem um propósito, e quem se
prepara para o impossível.
‘Quem tem um porquê enfrenta qualquer como.’”
Viktor Frankl (1905 - 1997), idealizador da Logoterapia, abordagem psico-
terápica focada no sentido da vida.
56
“Qualquer coisa que você possa fazer,
ou sonha que possa fazer,
comece a fazê-la.
A ousadia tem em si genialidade, força e magia.”
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), es-
critor, cientista e filósofo alemão.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
VOCÊ LÊ SÍLABA POR SÍLABA, POIS FOI ASSIM QUE VOCÊ
18 19 20 21 22
APRENDEU A LER.
23 24 25 26 27 28 29 30 31
A VELOCIDADE É LENTA.
43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55
E ISSO FAZ COM QUE VOCÊ SE DESCONCENTRE...
Você pode começar a treinar sua mente e seus olhos a ler palavra por palavra:
1 2 3 4 5 6
VOCÊ PODE LER PALAVRA POR PALAVRA.
7 8 9 10
ISSO AUMENTA SUA VELOCIDADE
11 12 13 14
DE LEITURA E CONCENTRAÇÃO.
57
Depois de treinado e aprendido a ler palavra por palavra, você poderá ler
em grupo as palavras e isso lhe ajudará a ganhar velocidade e concentração:
1 2 3 4 5
6 7
“De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em
qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol
bçguana que vcoê cnocseguee anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não
lmeos cdaa ltrea szoinha, mas a plravaa cmoo um tdoo. Lgeal, não é msemo?”
Escrevo o mesmo conteúdo acima, mas agora da forma correta: “De acordo
com uma pesquisa de uma universidade inglesa, não importa em qual ordem
as letras de uma palavra estão, a única coisa importante é que a primeira e a
última letras estejam no lugar certo. O resto pode ser uma total bagunça que
Treinamento Prático de Memorização
você consegue ainda ler sem problema. Isso é porque nós não lemos cada letra
sozinha, mas a palavra como um todo. Legal, não é mesmo?”
Importante lembrar que as palavras menores são mais facilmente entendi-
das, mas com treino, fica fácil independente do tamanho das palavras. Seguin-
do o mesmo princípio, se você quiser, pode montar seus textos, preservando a
primeira e a última letra, e perceberá que será capaz de compreender todo o
texto ou boa parte dele. Mais uma vez eu ressalto: treino é fundamental.
Você pode completar os textos. Essa é mais uma maneira de você treinar
sua mente:
58
“Era *** vez um homem muito feliz *** sua família. Mas veio * guerra e ele teve
*** partir. Durante ** anos que ficou fora, seus filhos cresceram *** saudade do
pai. Quando * guerra acabou e * homem voltou para casa, pôde ficar *** sua
esposa * seus filhos. Mas ** meninos pareciam se exibir de toda a forma para
chamar sua atenção: queriam provar *** eram melhores e *** sabiam fazer
qualquer coisa muito bem. * mais novo era ótimo ** pesca, o ** meio, excelente na
corrida, e * mais velho, muito bom *** números. E isso só fazia crescer ** brigas
entre eles. Mas * pai, na verdade, não queria essa competição ** casa * foi logo
dizendo * união faz * força e eu amo vocês como são, mas sem competições.”
“Existe* *uitas fo*mas de se ap*ender algo. Vo*ê po*e encontra* o seu camin*o.
Co*o rea*mente se ap*ende algo no*o? Somen*e atravé* *e repeti*ão? Ain*a
be* que *ão! Ma* é importan*e lembra* *ue esse é um óti*o, e*celente e mai*
comu* proces*o de memoriza*ão. *ocê es*á treinan*o mai* de uma *orma
de reaprende* o que já *abe: ler e memori*ar. Ago*a, atravé* dessa leitu*a
59
Figura 5.1.
Para fazer esse exercício deve-se passar os olhos de forma lenta e gradual-
mente aumentar o ritmo. Isso ajuda a treinar os olhos. Na seqüência, você deve
fazer esse outro movimento a seguir. Deve-se fazê-lo depois que o primeiro es-
tiver treinado. Lembrando que para um novo aprendizado é necessário dedicar
tempo para um treinamento eficaz.
60
Figura 5.2.
Deve-se fazer uma leitura em que os olhos “passeiam” pelas palavras e não
“palavra por palavra”. Esse último jeito, só faz perder tempo. Para praticar me-
lhor os exercícios que estão descritos acima, deve-se fazer também esse movi-
mento ocular ao ler um livro, um texto ou algo escrito. No primeiro momento,
não há necessidade de se preocupar com o conteúdo e sim com o treino ocular.
Lembrando de fazer isso com textos que já foram lidos, com assuntos que não
sejam de extrema importância nesse momento. Tenha disciplina e ordem que
certamente há de alcançar o que você quer.
Figura 5.3.
61
62
Treinamento Prático de Memorização
V
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Q
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63
64
Treinamento Prático de Memorização
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Exercícios para melhorar a concentração, memória e leitura dinâmica
65
X
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Faça o mesmo que você fez no exercício anterior, fixe seu olhar no asterisco,
e leia as letras a volta sem mover o olhos.
AW
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Treinamento Prático de Memorização
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66
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Treinamento Prático de Memorização
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Exercícios para melhorar a concentração, memória e leitura dinâmica
69
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A G C
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Treinamento Prático de Memorização
W U L
70
X Q K
S M N
T X F
I O L
Seus olhos devem se manter nas letras do centro, sem movê-los para as late-
rais. Você deve perceber as letras do lado esquerdo e do lado direto.
MA R OI
HU A JL
71
MA F OI
HU E JL
FR L HQ
WQ O DC
AY B PJ
VI C SA
Treinamento Prático de Memorização
Você deve olhar as letras do centro, sem mover os olhos para as laterais, mas
deve conseguir ler as palavras do lado esquerdo e do lado direto.
RUA V CIDADE
72
VILAREJO I SABER
GOSTO C PROGRAMA
AMOR E CAMA
SABOR N TELEFONE
MÚSICA E RÁDIO
VITÓRIA A SUCESSO
73
A
UM
MÊS
TRÊS
MESMO
QUANTO
ATENÇÃO
PALAVRAS
MOVIMENTO
APRENDENDO
JACAREPAGUÁ
APRENDIZAGEM
COMPROMISSADO
TRANSPORTADORA
Treinamento Prático de Memorização
ITAQUAQUECETUBA
INTELIGENTEMENTE
Siga com olhos (sem mover a cabeça) as palavras e treine a agilidade. De-
pois em outro momento a compreensão, ou seja, passar os olhos e depois ler
de forma rápida. Por isso, faça várias vezes a leitura. Esse é um exercício de
movimentação dos olhos com duas palavras (com sentido).
74
* * *
sol brilhante carro azul girassol amarelo
* * *
fruta azeda torneira pingando prato sujo
* * *
caixa preta televisão colorida porta cd
* * *
janela aberta vento gelado botão duro
* * *
amarelo claro brinquedo de criança chocolate amargo
* * *
trevo da sorte cafezinho doce pão duro
* * *
rádio relógio mar calmo envelope pardo
75
* * *
blusa justa pé descalço Internet rápida
* * *
música lenta sala quente vidro transparente
* * *
porta barulhenta viagem longa bolsa pesada
* * *
família feliz bola vazia som alto
* * *
cobertor azul sapato virado unha cortada
* * *
controle remoto projetor pequeno sofá reclinável
Treinamento Prático de Memorização
* * *
chão escorregadio anel largo escada estreita
* * *
ouro vermelho prata velha criado mudo
76
* * *
telefone quebrado garrafa vazia água gelada
* * *
edredon quente agenda vermelha lapiseira verde
* * *
carta importante porta treco elástico frouxo
* * *
guarda-roupa desodorante cheiroso caixa quadrada
* * *
gelo seco colchão duro cadeira confortável
* * *
porta retrato régua diferente batom vermelho
Próximo exercício de movimentos oculares com duas palavras que não ne-
cessariamente tenham sentido.
77
* * *
lar brilhante esforço torneira orientação veloz
* * *
espera foto pato teatro alerta dinâmica
* * *
regra mar sola elefante amar sonho
* * *
colher cotovelo moldura remédio mimar salão
* * *
capítulo ordem margem nervos ruína alemão
* * *
rosto sal maça óculos exemplo queimado
Treinamento Prático de Memorização
* * *
esbanjar doído dinâmico leite pimenta garantia
* * *
principal luar jamais direito manga submarino
78
* * *
queimado quadro lareira chão novo correndo
* * *
esquema técnica pagamento falar único topo
* * *
verdade remédio consciência população acordo perigo
* * *
uva conspirar jogos saída gato grampo
* * *
trigo colheita disco banheiro calórico estrela
* * *
cadência desenho fundo forma pintura seta
* * *
paralelepípedo triângulo pincel papel relógio tomada
79
* * *
celular cordão teclado dedo colar unha
* * *
barba brinco dente árvore parede madeira
* * *
metal correspondência etiqueta batente sacola espelho
* * *
acabamento agulha calendário dia estudante geladeira
* * *
vidro piso saliva cílios lâmpada dourado
* * *
disquete microfone penteado sorriso luminária almofada
Treinamento Prático de Memorização
* * *
salto caviar margens conduta dever ingerir
80
* *
olho de tigre arco-íris no céu
* *
perna de pau copo de suco
* *
caixa de som dvd de filme
* *
música ao vivo programa de rádio
* *
loja em liquidação com uma perna
* *
manga da camisa ler com pressa
* *
eis a questão fiz de tudo
81
* *
coração de lata medo do escuro
* *
gesto sem sentido mercado de ações
* *
carga pesada entra e sai
* *
mesmo sem querer eu quero apenas
* *
somente a verdade o lado inconsciente
* *
tendo andado distraído quem vai pilotar
Treinamento Prático de Memorização
* *
imagine o que conversa bem fiada
* *
fim de semana lua de mel
82
* *
manteiga de cacau chocolate em pó
* *
leite condensado puro meus sinceros sentimentos
* *
felicidade a todos nessa data querida
* *
eu sempre quis fantasia de criança
* *
copa e cozinha quem disse isso
* *
muitos anos atrás na hora certa
Continue com o exercício para treinar a rapidez dos olhos. Agora com fra-
ses curtas.
83
* *
jogos de cartas mágica com baralho
* *
batom cor de boca sabe-se lá o que
* *
eu falei que pode talvez seja assim mesmo
* *
você bem sabe o que e por que não fazer
* *
quando ele vem aqui nada pode ser assim
* *
quero desse jeito tem tudo a ver com você
Treinamento Prático de Memorização
* *
quem arrisca, petisca até parece que é
* *
carnaval de rua coisa de gênio
84
* *
é uma excelente idéia gosto muito de caminhar
* *
lendo cada vez mais rapidez adquire-se com treino
* *
muita velocidade nos olhos mudança requer disciplina
* *
você pode se treinar faça bem feito até o fim
* *
quem diz o que quer escute a voz do coração
* *
lado inconsciente sábio mente equilibrada com exercícios
* *
pratique esportes regularmente confie na sua capacidade
85
* *
estudo o que for preciso planejamento é fundamental
* *
posso agora e depois quero ainda mais
* *
eu me cuido com carinho escolho o que é bom para todos
* *
viver em plena paz poder de uma outra maneira
* *
sucesso no que se faz alcance do que se pode
* *
seu merecido reconhecimento viver em boa harmonia
Treinamento Prático de Memorização
* *
cuidar da saúde mental boa forma de se relacionar
* *
amigos sempre presentes andando no caminho certo
86
Você pode estar estudando por prazer e interesse, obrigação ou necessidade.
Independente do seu motivo, o aprendizado se dá por estes três processos, e por
meio da repetição, constância ou mesmo por aborrecimento.
Mantenha a seqüência dos próximos exercícios. Outra tarefa para movi-
mentar os olhos com frases um pouco mais extensas que as de cima.
1 2
3 4
5 6
7 8
9 10
11 12
13 14
87
15 16
17 18
19 20
21 22
23 24
25 26
27 28
29 30
31 32
88
33 34
35 36
37 38
39 40
41 42
45 46
47 48
Esta será sua segunda avaliação de leitura. Para iniciar a leitura deste texto,
é preciso ter um relógio ou cronômetro para que você possa contar em quanto
tempo se consegue ler o texto que se segue abaixo por completo:
89
Tempo, mudança e realidade:
liberdade na resolução de
problemas x círculo do retorno eterno
“O tempo é uma unidade de medida que se pode utilizar para mensurar
a vida. Com toda certeza, viver é muito mais do que isso. Se a vida é feita de
momentos, pode-se dizer que também é feita de mudanças e reconhecê-las
faz parte da aceitação do real. De acordo com Schiller, o que nunca em lugar
algum aconteceu, somente isso jamais envelhece. Portanto, qualquer fato, uma
vez acontecido, fica registrado. A recordação já não é mais o mesmo e o tempo
traz em si a transformação. Adaptar-se a essas variações não pode ser conside-
rado apenas como sabedoria, mas sim, uma necessidade.
Segundo o filósofo francês André Comte-Sponville, a sanidade psíquica
talvez seja a capacidade de enfrentar o real e o verdadeiro sem perder toda a for-
ça, toda a alegria, toda a liberdade. Um aspecto da força é o de gerar movimen-
to; da alegria, o prazer em desfrutar uma determinada situação. Kant definiu
liberdade como sendo o poder de começar por si mesmo (sem causas antece-
dentes) uma série de modificações. Dentro desse conceito, pode-se entender a
sanidade psíquica como a capacidade de questionar os próprios pensamentos,
de tal forma que isso não se torne um sofrimento.
O que fazer, então, para lidar melhor com essas modificações? Afinal, além
de serem inevitáveis, todos tem questões a serem resolvidas, mas a forma como
cada um busca solucioná-las é que difere um ser humano do outro.
Quando se tem um problema, costuma-se tentar solucioná-lo da maneira
que se resolveu da última vez, pois aprendeu-se que era uma forma de obter um
resultado satisfatório. Quando a dificuldade é nova, normalmente, busca-se
respostas que deram certo com questões semelhantes. Mas, nem sempre isso
é suficiente. Na busca da superação de um conflito, algumas vezes, entra-se
Treinamento Prático de Memorização
90
por si mesmo, quanto por outros. Ao identificar isso, o ser humano fica mais
próximo dos princípios que regem sua unidade psíquica. Esse processo possibi-
lita o governar de si mesmo.”
Fonte: www.curadalma.com.br.
Questionário
91
3. Segundo o texto, o que é sanidade psíquica?
pois dependendo do material que está sendo lido, nem sempre se tem imagens
rapidamente associadas às palavras. Para memorizar algo, de fato a criação de
imagens facilita bastante.
Treine sua capacidade de visualização. Para cada palavra escrita abaixo,
crie uma imagem. Só passe para a palavra seguinte depois de ter uma figura
formada na mente. Esse exercício deve ser realizado com bastante atenção, sem
pressa, pois envolve a capacidade de criação e o trabalho de imagens. É dife-
rente dos exercícios que foram feitos até agora de treinamento de movimento
rápido dos olhos. Isso ajuda na retenção do conteúdo lido.
92
1. caixa. 18. degrau 35. tapete
2. cachorro 19. cadeira 36. ventilador
3. giz 20. boneca 37. lâmpada
4. laranja 21. vela 38. raquete
5. água 22. flor 39. pizza
6. boca 23. celular 40. mesa
7. carro 24. prego 41. mão
8. televisão 25. prateleira 42. régua
9. geladeira 26. mochila 43. papel
10. cabelo 27. chaveiro 44. anel
11. patins 28. abelha 45. armário
12. telefone 29. bicicleta 46. dente
13. vaso 30. lareira 47. garrafa
14. dicionário 31. botão 48. envelope
15. quadro 32. interruptor 49. fio
16. computador 33. bola 50. brinco
17. portão 34. pedra
Agora crie as imagens que, para você podem representar as palavras abaixo.
Esse exercício contribui para melhora da memória:
93
Independente das listas das palavras que você leu e pensou por meio de
imagens, você pode fazer isso durante o seu dia-a-dia como forma de treino,
por exemplo, um texto na Internet, ou mesmo uma matéria de revista. Esse
livro é um guia para que você possa posteriormente explorar melhor seu conhe-
cimento, sua capacidade e compreensão.
Treine sua capacidade de associação:
1. Psicologia: mente, corpo, equilíbrio, alma, psique, consultório, felicida-
de, harmonia.
2. História: passado, futuro, tempo, revolução, sistema, evolução, finan-
ças, economia.
3. Matemática: números, cálculo, soma, subtração, resultado, ciência,
poupança.
4. Atenção: transe, hipnose, compreensão, discernimento, capacidade, in-
teligência.
5. Bruxo: feiticeiro, tarô, profeta, vidência, futuro, previsão, ervas, adivi-
nhação.
6. Felicidade: sorte, merecimento, sucesso, vida, acontecimento, escolhas,
paz.
7. Animal: bichos, mata, planta, floresta, Amazônia, flores, fauna, flora,
verde, vivo.
8. Estrada: evolução, tempo, rapidez, pressa, velocidade, carros, cami-
nhões, asfalto.
9. Família: casa, carro, filhos, marido, esposa, mãe, pai, avós, tios, primos,
netos.
10. Televisão: programa, olhos, atenção, vendas, informação, úteis, inú-
teis, divertimento.
11. Shopping Center: compras, estacionamento, ofertas, preço, produtos,
serviços.
Treinamento Prático de Memorização
94
16. Presente: embrulhar, laço, conteúdo, lembrança, carinho, aniversário,
merecimento.
17. Apartamento: elevador, escada, varanda, quartos, família, moradia,
garagem, vista.
18. Futebol: bola, jogador, grama, trave, juiz, arquibancada, torcida, ban-
deira, time.
19. Show: música, banda, artista, iluminação, criatividade, estádio, mul-
tidão, energia.
20. Escola: conteúdo, professor, explicação, sucesso, inovação, esporte, teo-
ria, alunos.
Figura 5.4.
Você provavelmente imagina que o círculo está se mexendo, mas isso não cor-
responde à realidade, é apenas uma distorção da mente. O círculo está parado.
95
Figura 5.5.
As linhas são retas, mas será que é isso mesmo que você vê no primeiro
momento?
Você deve continuar treinando, pois o tempo de leitura pode e deve melhorar
com sua persistência.
96
Será que a felicidade é algo que vem e vai na vida das pessoas? Ela pode esco-
lher em quem habitar ou será que cada um pode optar por ser feliz? E como os
indivíduos fazem essa escolha?
Muitas pessoas dizem: ‘Serei feliz quando...’ e esperam quase que eterna-
mente algo acontecer. E porque não agora, aproveitando o que se tem ao trans-
formar sonhos em realidade? Será que a felicidade aparece quando se chega lá,
ou se manifesta, quase que por si só, durante o caminhar?
Definir felicidade é uma tarefa complexa, principalmente porque o que
agrada algumas pessoas pode desagradar outras. Entretanto, algumas coisas
são de senso comum. Há uma música do compositor e cantor Guilherme Aran-
tes, que diz: ‘Eu daria tudo por meu mundo e nada mais.’ Dentro desse contex-
to, pode-se entender felicidade, como sendo a realização pessoal. E não apenas
a concretização dos objetivos, mas todo o seu trajeto. É fundamental saber
usufruir do que se tem em cada momento da vida, para só depois desejar algo
novo. O que ocorre, muitas vezes, é o contrário: as pessoas não desfrutam do
que possuem e justamente por isso, desejam algo diferente. Mas, se enganam
com a perspectiva de felicidade futura. E talvez a questão seja trabalhar esse
tempo entre o querer e o ter, pois evitar que esse tempo exista é humanamente
impossível. Aprender a lidar com esse período é uma aprendizagem. Sempre se
pode descobrir algo diferente no presente, de tal forma que isso ajude na trans-
97
produto de alguma outra coisa que as pessoas estão fazendo. Todos os outros
desejos são, na verdade, apenas uma ponte, um caminho para alcançá-la. Dessa
maneira, esse querer se torna um meio para tentar atingi-la. As pessoas querem
possuir dinheiro, amor e saúde, pois acreditam que ao alcançá-los e desfrutá-los
descobrirão automaticamente o que é ser feliz. E muitas vezes se esquecem de
que ser feliz é estar e não apenas o chegar lá.
É fundamental desfrutar de momentos agradáveis, bem como aprender a
lidar com a falta do que se almeja, respeitando o tempo para alcançar o que se
quer, e tendo flexibilidade para mudar os caminhos que se escolheu, caso haja
necessidade. Aprender a conviver com a falta é, mais do que uma escolha, uma
obrigação de quem quer ser e é feliz.”
Fonte: www.curadalma.com.br.
Questionário
Treinamento Prático de Memorização
98
2. Do que se trata o texto?
Nesse livro, você já treinou seus olhos, sua capacidade de imaginação, e agora
pode treinar também o estabelecimento de metas e seu cumprimento. É poder
construir uma “ponte” que levará você de onde está para onde quer chegar.
Existem vários métodos de alcance de objetivos. Muitas empresas usam
esses métodos para alcançar o que querem. Vou dar um exemplo:
99
• P: Planning (planejar).
• D: Doing (fazer).
• C: Check (checar).
• A: Action (agir).
P – planejar
Saiba exatamente o que quer. Você quer ler e memorizar o que lê, não é
mesmo? Por isso deve treinar a mente e os olhos. Como vai conseguir alcançar
seu objetivo? Escolha os exercícios que vai fazer, quantas vezes, quais dias etc.
D – fazer
Ponha em prática as metas diárias que você escolheu, pois de nada adianta
apenas querer, tem de fazer acontecer.
C – checar
Treinamento Prático de Memorização
Avalie suas ações. Você está seguindo o roteiro que estabeleceu? E tendo os
resultados que você se propôs? Se você está cada vez mais perto de alcançar o
que quer, continue; caso contrário, reavalie o planejamento que você escolheu.
Não culpe, nem você, nem os outros. O que você deve fazer é entender o que
está acontecendo e atuar sobre esse ponto. Por exemplo, uma das causas de
baixa capacidade de concentração e memorização são problemas emocionais,
como ansiedade e depressão. Se isto está acontecendo, cuide de você, existem
muitos tratamentos com ótimos resultados.
100
“Os erros são, no mínimo,
um sinal de que estamos saindo da estrada principal
e experimentando outros caminhos.”
Roger von Oech, é autor de livros, inventor e palestrante.
A – agir
Este livro é o início do aprendizado. Você pode treinar mais de uma vez os
exercícios aqui apresentados, ou mesmo entender os princípios e depois treinar
com outras leiutras. Nesse momento, o real aprendizado vai depender da sua
dedicação, treinamento e interesse por conhecer outras técnicas mais avança-
101
das de leitura dinâmica e memorização. Existem muitas formas e maneiras,
são inúmeras as técnicas que podem lhe orientar a seguir nesse novo caminho
de agilidade na leitura e capacidade de retenção do que lê. Você vai, a partir de
agora, se tornar um autodidata, pois não existe um método único que é bom e
se encaixa para todas as pessoas. Você, certamente, encontrará o seu! Sucesso!
Treinamento Prático de Memorização
102
CAPÍTULO 6
HISTÓRIAS E
METÁFORAS
pela janela e clarear de maneira especial aquele ambiente até então escuro e um
pouco sombrio.
- “É isso, mestre! Você tem razão! Esse é o real sentido da vida! Devemos nos
esforçar para conseguir tirar as arestas que nos impedem de ver e sentir a beleza
da vida! Devemos “limpar” o que nos impede de ser feliz! É preciso que deixemos
que nossas vidas sejam iluminadas pela verdade e transformação! É isso! Obriga-
da, mestre! Obrigada por sua sabedoria! Agora eu preciso contar isso para todo
mundo!” – disse o discípulo empolgado e muito feliz. Tão feliz que saiu correndo
da sala e mal deu tempo que mais alguma coisa acontecesse por ali.
104
O mestre, então, tirou o capuz de sua cabeça, sorriu e disse bem baixinho:
“Muito mais importante do que o que uma pessoa ensina é o que o outro en-
tende... Eu, na verdade, só queria que ele pegasse o pano que havia caído no
chão e colocasse no lugar...”
Que você possa fazer bom uso dos ensinamentos desse livro, pois mais im-
portante do que está escrito aqui, será o que você fará com o que aprendeu!
Tudo de bom e sucesso a você!
Desejo que você tenha muito sucesso no encontro de um estudo com mais
rendimento, leitura com mais rapidez, concentração e qualidade.
Histórias e Metáforas
105
CAPÍTULO 7
CIENTIFICAMENTE
FALANDO
“Nada mais sabe o homem além do que aprende pela própria experiência.”
Christoph Martin Wieland (1733-1813), poeta alemão
“Enhancing Healthcare Education With Accelerated Learning Techni-
ques”. Sally A. Henry, MA, RN, FHCE, and Roger G. Swartz, MSEd, MPA.
Journal of Nursing Staff Development. Volume 11, número 1, 21-24. 1995, J. B.
Lippincott Company.
108
Bibliografia
BIBLIOGRAFIA
ROBBINS, Anthony. Poder sem Limites. 9ª edição. São Paulo: Best Seller,
1987.
Vídeos:
• Quem Somos Nós? – Um e Dois (repetição de padrão).
• Janela da Alma – (percepções de mundo).
• Gênio Indomável – (domar a mente e treinar).
• Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças – (memória).
Sites:
• www.psiclinica.com.br.
Treinamento Prático de Memorização
• www.curadalma.com.br.
• www.youtube.com.
110