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INSTITUTO DE QUÍMICA
SÃO PAULO
Objetivo
- Forma: cristais
- Cor: branco
- Odor: inodoro
- Temperatura de Fusão: 169 - 170ºC
- Solubilidade: em água: muito solúvel
-Produto não perigoso
- Efeitos adversos à saúde humana: A inalação, ingestão ou o contato com os olhos ou a pele
pode causar irritação, podendo ser nocivo
- Efeitos ambientais e perigos físicos e químicos: não apresenta risco
Pepsi Cola:
-Carboidratos: 39 g em 350mL -> 0.1114 g/mL
-Sódio: 10mg em 350mL -> 10.10-3 g em 350mL -> 2.857.10-5 g/mL
Skin Cola:
-Carboidratos: 28 g em 250mL -> 0,112 g/mL
-Sódio: 20mg em 250mL -> 20.10-3g em 250mL ->8.10-5 g/mL
Resultados e discussão
A partir dos dados de massa e volume das soluções de sacarose preparadas por cada
dupla, organizamos uma tabela. As medidas foram feitas em temperatura de 23,5ºC.
Tabela 1: Dados experimentais no preparo das soluções de sacarose
Desvio da
Número do Massa Sac.1 Concentr. Sac. Massa solução Densidade
densidade
ponto ( ± 0,001 g) (g/mL) ( ± 0,001 g) (± 0,005 g/mL)
(g/mL)
1 0 0 9,962 0,9962 0
2 0,756 0,03024 9,766 0,9766
3 0,752 0,03008 9,956 0,9956 0,009592358
4 0,744 0,02976 9,838 0,9838
5 3 0,06 10,07 1,007
6 1,492 0,05968 10,258 1,0258 0,010038094
7 1,499 0,05996 10,225 1,0225
8 2,001 0,08004 10,424 1,0424
9 2,004 0,08016 10,197 1,0197 0,020635649
10 2,004 0,08016 10,012 1,0012
11 2,51 0,1004 10,684 1,0684
12 2,502 0,10008 11,189 1,1189 0,054651288
13 2,501 0,10004 10,097 1,0097
14 3,001 0,12004 10,255 1,0255
15 3 0,12 10,132 1,0132 0,006559217
16 3 0,12 10,154 1,0154
17 7,002 0,14004 10,289 1,0289
18 3,525 0,141 10,829 1,0829 0,028499357
19 3,498 0,13992 10,401 1,0401
20 4,008 0,16032 10,192 1,0192
21 4,006 0,16024 10,483 1,0483 0,015033407
22 3,997 0,15988 10,272 1,0272
23 4,5 0,18 10,456 1,0456
24 4,499 0,17996 10,374 1,0374 0,018305191
25 4,464 0,17856 10,724 1,0724
26 5,002 0,20008 10,407 1,0407
27 5,033 0,20132 10,57 1,057 0,020470039
28 5,001 0,20004 10,795 1,0795
29 5,038 0,20152 10,333 1,0333
1- Sac: sacarose.
*Pesou-se o dobro da massa, pois foi utilizado balão volumétrico de 50 mL.
B – Curva padrão
Com base nos dados da tabela, obtemos o gráfico da densidade da solução de sacarose
versus concentração da solução:
Gráfico 1: Densidade da solução de sacarose x concentração da solução
y = 0,3049x + 0,9963
R² = 0,3266
1,14
Densidade da solução de sacarose (g/mL)
1,12
1,1
1,08
1,06
1,04
1,02
0,98
0,96
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2 0,22
Primeiramente, uma análise visual indica que os pontos encontram-se bem dispersos
pela área do gráfico. Isso demonstra certo descuido ao preparar as amostras, já que os dados
deveriam estar bem mais próximos da reta. Isso também dificulta no momento de definir uma
reta padrão para a densidade da solução de sacarose, já que não há como identificar ao certo
quais pontos são erros e quais se aproximam da densidade real.
Além disso, ao analisarmos o R2, que indica a qualidade do ajuste linear feito, vemos
que está em torno de 0,3, o que indica que os valores do gráfico tem uma alta taxa de
variabilidade, ou seja, não estão definidos com uma boa precisão.
Porém, nesse caso, não seria possível fazer uma média dos pontos, porque cada um tem
uma informação diferente, seja em massa ou em concentração e tirar uma média faria com que
perdêssemos pontos experimentais, podendo levar à informação errada. Levando em
consideração a grande dispersão, seria equivocado tomar alguma conclusão com base na média
de pontos dispersos, pois isso poderia gerar uma margem de erro ainda maior.
O que poderia ser feito para obter um ajuste fino nos dados é tirar determinados pontos
do gráfico. Isso porque, apesar de perder informação experimental, o ponto a ser eliminado pode
estar disperso o suficiente para que o identifiquemos como erro aleatório.
No caso do gráfico 1, ao retirar os pontos 11, 12, 18, 25 e 29, os mais acima e distantes
da reta, obtemos:
Gráfico 2: Ajuste- Densidade da solução de sacarose x concentração da solução
y = 0,2696x + 0,9911
1,07 R² = 0,6328
Densidade da solução de sacarose (g/mL)
1,06
1,05
1,04
1,03
1,02
1,01
1
0,99
0,98
0,97
0,96
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2 0,22
Observamos que ao retirar os pontos, o R2 sobe para 0,63, o que indica que o ponto
retirado estava influenciando na variabilidade dos dados. Esse ajuste linear pode ser considerado
melhor já que retiramos um ponto disperso, sendo que o coeficiente linear não variou muito de
seu valor esperado de 0,9974 (densidade da água a 23,5ºC, fonte: CRC Handbook of Chemistry
and Physics).
Não seria ideal retirar mais pontos do gráfico, já que é precipitado concluir quais pontos
representam erro, considerando que temos grande dispersão dos pontos. E, ao fazer o teste e
retirar mais pontos acima, o coeficiente linear acaba tendo uma maior variação, o que não é o
desejado.
No geral, o resultado da regressão linear nos permite concluir que a qualidade
experimental da turma como um todo não foi relativamente satisfatório, visto que os pontos
deveriam estar próximos à região linear da curva padrão. Ou seja, houve vários fatores que
levaram a uma discrepância significativa entre os valores. Dentre eles, podemos citar a
diferença de precisão das balanças do laboratório, falha na transferência quantitativa que
acarreta em perda do material, erro humano ao determinar o ponto do menisco no balão e pipeta
volumétricos.
Assim, o método proposto talvez não seja o mais adequado para determinar a
concentração de sacarose, visto que está sujeito ao acúmulo de erros experimentais, o que
poderia levar a resultados imprecisos e conclusões precipitadas.
C – Determinação da concentração de sacarose nas amostras
Amostra 1:
1,0187−0,9911
X1 = => x1 = 0,10237 g/mL
0,2696
O fabricante indicou que há 37g de sacarose em 350mL, ou seja, 0,1057g/mL. O valor
obtido foi próximo ao esperado, com erro de ± 0,003 g/mL.
Amostra 2:
1,0223−0,9911
X2 = => x2 = 0,1157 g/mL
0,2696
O fabricante informou que há 39g de sacarose em 350mL, então 0,1114g/mL. O valor
obtido também foi próximo, com erro de ± 0,004 g/mL.
Amostra 3:
1,0178−0,9911
X3 = => x3 = 0,099g/mL
0,2696
Os resultados das três amostras se encontram coerentes com os valores indicados pelos
fabricantes. A maior discrepância foi obtida com a amostra 3, de 0,02g/mL, o que é um ótimo
resultado tendo em vista os métodos empregados e a curva padrão obtida. Apesar ser um
método que inclui perdas através de transferência de material e erros com relação ao uso das
vidrarias, além da curva encontrada a partir do gráfico com diversos pontos dispersos, pudemos
obter resultados bem próximos ao esperado.
Uma provável causa para a discrepância da terceira amostra é a ambientação incorreta
da pipeta volumétrica, visto que era a última amostra a ser analisada e faltava pouco tempo para
o término da aula.
Os demais componentes do refrigerante não influenciam significativamente no resultado
final, visto que a quantidade desses componentes é relativamente baixa em relação à quantidade
de sacarose em um mesmo volume de amostra.
O que poderia vir a interferir na análise é o gás carbônico presente nos refrigerantes. O
gás carbônico na água determinaria um valor maior da massa de 10 mL das amostras, o que não
seria levado em conta, já que assumimos as amostras como solução de sacarose, e assim
chegaríamos a um resultado maior de concentração de sacarose, levando à imprecisão do
processo.
Portanto, é imprescindível o tratamento das amostras para eliminar todo gás carbônico
que poderia influenciar no experimento, tornando-as degaseificadas e adequadas para a pesagem
de 10 mL.