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Torcao em Vigas de Concreto Armado
Torcao em Vigas de Concreto Armado
ESTUDO DA TORÇÃO
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CASOS TÍPICOS PARA O MOMENTO DE TORÇÃO
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GENERALIDADES
Vale a lembrança de que não é todo tipo de momento torçor que precisa ser
considerado para o dimensionamento das vigas. A chamada torção de
compatibilidade, resultante do impedimento à deformação, pode ser desprezada,
desde que a peça tenha capacidade de adaptação plástica. Em outras palavras,
com a fissuração da peça, sua rigidez à torção cai significativamente, reduzindo
também o valor do momento atuante. É o que ocorre em vigas de bordo, que
tendem a girar devido ao engastamento na laje e são impedidas pela rigidez dos
pilares. Por outro lado, se a chamada torção de equilíbrio, que é a resultante da
própria condição de equilíbrio da estrutura, não for considerada no
dimensionamento de uma peça, pode levar à ruína. É o caso de vigas-balcão e de
algumas marquises.
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TEORIA DE BREDT
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τc é a tensão tangencial na parede, provocada pelo momento torçor;
T é o momento torçor atuante;
Ae é a área delimitada pela linha média da parede da seção equivalente;
t é a espessura da parede equivalente.
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INTERAÇÃO DE TORÇÃO, CISALHAMENTO E FLEXÃO
Boa parte dos estudos de torção é relativa a torção pura, isto é, aquela
decorrente da aplicação exclusiva de um momento torçor em uma viga. Essa
situação, entretanto, não é usual. A grande maioria das vigas torcionadas também
está submetida a forças cortantes e momentos fletores, o que dá origem a um
estado de tensões mais complexo e mais difícil de ser analisado.
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faces laterais da peça as diagonais solicitadas pela torção e pelo cisalhamento
são opostas, poderia ser considerado o alívio na resultante de tração no estribo, e
conseqüentemente, reduzir-se sua área.
Na figura 4, apresenta-se uma superfície que mostra a interação dos três tipos de
esforços, com base em resultados experimentais. Qualquer ponto interior a essa
superfície indica que a verificação da tensão na biela foi atendida. Pode-se
observar que, para uma mesma relação
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DIMENSIONAMENTO SEGUNDO A NBR 6118/2004 NO ESTADO LIMITE
ÚLTIMO
A norma pressupõe “um modelo resistente constituído por treliça espacial, definida
a partir de um elemento estrutural de seção vazada equivalente ao elemento estrutural a
dimensionar. As diagonais de compressão dessa treliça, formada por elementos de
concreto, têm inclinação que pode ser arbitrada pelo projeto no intervalo de 30 ° ≤ θ ≤ 45°
”.
Esse modelo é o da treliça espacial generalizada, descrito anteriormente. O
projetista tem a liberdade de escolher o ângulo de inclinação das bielas de
compressão, que deve estar coerente com o ângulo adotado no dimensionamento
à força cortante.
onde:
A NBR 6118/2004 também define como deve ser considerada a seção resistente
de Seções Compostas por Retângulos e de Seções Vazadas.
Torção de Compatibilidade
No caso de torção de compatibilidade a norma diz que “é possível desprezá-la, desde que o
elemento estrutural tenha a adequada capacidade de adaptação plástica e que todos os
outros esforços sejam calculados sem considerar os efeitos por ela provocados”.
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No caso de elementos sob torção com comprimento menor ou igual a duas
vezes a altura (≤ 2 h), com o objetivo de possibilitar a adaptação plástica, a norma
recomenda que a peça tenha a armadura mínima à torção e a força cortante de
cálculo fique limitada a:
Torção de Equilíbrio
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A resistência decorrente dos estribos normais ao eixo do elemento estrutural deve
atender à expressão:
donde, com TSd = TRd,3 de forma semelhante à Eq. 24, calcula-se a área da
armadura transversal:
donde, com TSd = TRd,4 de forma semelhante à Eq. 27, calcula-se a área da
armadura longitudinal:
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onde:
Asl = soma das áreas das seções das barras longitudinais;
u = perímetro de Ae.
Armadura Mínima
Sempre que a torção for de equilíbrio, deve existir armadura resistente aos
esforços de tração, constituída por estribos verticais e barras longitudinais
distribuídas na área correspondente à parede equivalente ao longo do perímetro
da seção resistente. A taxa geométrica mínima de armadura é:
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Fazendo o espaçamento s e o perímetro u iguais a 100 cm, a armadura mínima
fica:
Solicitações Combinadas
Flexão e Torção
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Torção e Força Cortante
Disposições Construtivas
A armadura destinada a resistir aos esforços de tração provocados por torção deve
ser constituída por estribos normais ao eixo da viga, combinados com barras longitudinais
paralelas ao mesmo eixo. Os estribos e as barras da armadura longitudinal devem estar
contidos no interior da parede fictícia da seção vazada equivalente.
Para prevenir a ruptura dos cantos é necessário alojar quatro barras longitudinais
nos vértices das seções retangulares. Segundo LEONHARDT & MÖNNIG (1982), para
seções de grandes dimensões, é necessário distribuir a armadura longitudinal ao longo do
perímetro da seção, a fim de se limitar a fissuração.
Estribos
Os estribos para torção devem ser fechados em todo o seu contorno, envolvendo as
barras das armaduras longitudinais de tração, e com as extremidades adequadamente
ancoradas por meio de ganchos em ângulo de 45º.
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Diâmetro do estribo:
Armadura Longitudinal
A armadura longitudinal de torção de área total Asl pode ter arranjo distribuído ou
concentrado, mantendo-se obrigatoriamente constante a relação ∆Asl/∆u, onde ∆u é o
trecho de perímetro, da seção efetiva, correspondente a cada barra ou feixe de barras de
área ∆Asl .
Nas seções poligonais, em cada vértice dos estribos de torção, deve ser colocada
pelo menos uma barra longitudinal.
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