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Projeto CAPOEIRA ESCOLAR

OBJETIVO GERAL
- Desenvolver nos alunos uma práxis de capoeira sob o enfoque da cultura
corporal, enquanto campo de conhecimento elaborado e reelaborado a partir de
experiências concretas dos homens.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Produzir conhecimento científico da capoeira aplicável à nossa realidade
- Capacitar os alunos para participarem de eventos, que envolvam
apresentações;
- Contribuir para a formação da auto-estima pessoal
- Oferecer subsídios relacionados à práxis da capoeira na escola a fim de fazer
com que os alunos conheçam e pratiquem exercícos de maneira criativa

A capoeira...é dança? É jogo? É luta? É tudo isso ao mesmo tempo? Parece que
sim, e é isso que a torna tão complexa, tão rica e tão surpreendente.
É luta, dissimulada, disfarçada em "brinquedo", jogo de habilidade física, astúcia,
beleza... e muita malícia!
A capoeira é uma manifestação da cultura popular brasileira que reúne
características bem peculiares: mista de luta, jogo, dança, praticada ao som de
instrumentos musicais (berimbau, pandeiro e atabaque), palmas e cânticos. É um
excepcional sistema de auto defesa e treinamento físico, destacando-se entre as
modalidades desportivas por ser a única originalmente brasileira e fundamentada
em nossas tradições culturais.
O clássico "Capoeira Angola" — Ensaio Sócio-Etnográfico (Rego -1968), comprova
que ela é brasileira. Até porque nem um pesquisador conseguiu encontrar nada de
concreto que levasse a crer que a Capoeira fosse africana.
O que se sabe é que na África existia "O Jogo de Zebra", ou N'Golo. Uma dança
que era praticada com bastante violência. Esse jogo fazia parte de um ritual de
passagem da infância para a vida adulta (E fundala) onde os negros lutavam em
um pequeno recinto e os vencedores poderiam desposar as meninas da tribo, que
ficavam "mocinhas", sem o pagamento dos dotes tradicional.
Alguns historiadores alegam que o grande motivo pelo qual não conseguimos
provas documentais para resolver a polêmica se a Capoeira é africana ou
brasileira, é o fato de Rui Barbosa, então ministro da fazenda do governo de
Deodoro da Fonseca, ter mandado queimar todos os documentos com relação à
escravidão no Brasil. Ato que praticou dizendo ser necessário para apagar da
memória da nação o fato de o país ter sido anos antes, escravocrata. No entanto,
sabemos haver outras razões, dentre elas, evitar o pagamento de indenizações aos
senhores de engenho e aos escravos libertos.
Os negros vindos para o Brasil eram de todas as partes da África. Principalmente
de Angola, onde os negros Bantos, diziam-se mais fortes e ágeis, por isto teriam
mais aproveitamento no trabalho. Esses negros deram origem à capoeira, daí o
nome Capoeira de Angola.
A Capoeira é, portanto, uma luta disfarçada em dança que foi criada na era colonial
do Brasil por volta do século XVII. Essa luta foi desenvolvida pelos escravos para
se safarem, quando fugiam, das capturas violentas e cruéis dos chamados
Capitães do Mato.
O nome "CAPOEIRA" deu-se em função do seguinte: Os Escravos ao fugirem
para as matas, tinham no seus encalços esses famigerados Capitães do Mato,
enviados pelos senhores; os escravos em fuga reagiam e os atacavam, nas
clareiras de mato ralo, cujo nome é capoeira, com pés, mãos e cabeças, dando-
lhes surras ou até mesmo matando-os. Porém os que sobreviviam voltavam para
os seus patrões indignados. Estes perguntavam: "Cadê os negros?" e a resposta
era: "Eles nos pegaram na capoeira". Referindo-se ao local onde foram vencidos.
A Capoeira no meio das matas era praticada como luta mortal. Já nas fazendas,
era praticada como brinquedo inofensivo, pois ela estava sendo feita sob os
olhares dos Senhores de Engenho. Naquele momento se transformou em dança.
Para disfarçarem a luta utilizavam a ginga, a base de qualquer "capoeirista"; e é
dela que saem todos os golpes. Esse disfarce foi fundamental para a sobrevivência
dos escravos, pois a Capoeira é, principalmente, na sua origem, uma luta de
resistência.

Resumo
Neste artigo falamos sobre o projeto Capoeira, da implantação da Capoeira na
Educação Física Escolar pelo prof. Roberto, professor da referida disciplina no
colégio João Cionek, município de Santa Maria do Oeste, Paraná, Brasil.
Este relata a aceitação desta prática na escola, a aceitação pelos alunos.
Abordamos também o processo político dessa implantação.

JUSTIFICATIVA
O processo de conscientização quanto ao valor da capoeira já chegou a esfera
governamental federal. O MEC sugere a capoeira com disciplina do Currículo da
Educação Física. A própria Secretaria e Subsecretaria de Educação Física e
Desporto - MEC, lança um Projeto Nacional de Capoeira, visando mobilizar as
academias e círculos capoeirísticos "para realizar um levantamento histórico,
filosófico e científico em médio prazo, para identificar os Anseios da capoeira"
(MEC, 1986).
O projeto Capoeira Escolar busca, além de fortalecer um trabalho que já vem
sendo desenvolvido em outra escola, incluir o ensino da capoeira na mesma.
Esse projeto busca dar ênfase a questões culturais de caráter popular, lutando
pela cidadania, no combate ao preconceito racial, na elevação da auto-estima da
criança e do adolescente; auxiliando na construção de sua identidade social,
buscando reaproximar a escola das culturas populares.
O objetivo fundamental da capoeira escolar não é a performance dos alunos, tão
pouco seu desempenho físico, visando apenas atingir a consciência do aluno.
Não se trata, então, de formar capoeiristas, mas de ajudar na formação de
seres humanos capazes de lidar com a diferença, com a austeridade, tornando-
se mais livre de preconceitos e mais tolerantes.
Conheço a influência da Capoeira em vários domínios da vida de crianças,
adolescentes e jovens e certamente é uma oportunidade ímpar para que esses
alunos entrem em contato com uma parte da cultura brasileira, usufruindo dos
benefícios da prática de Capoeira.

Capoeira Angola

É uma manifestação primitiva que nasceu da necessidade de libertação de um


povo escravizado, oprimido, sofrido e revoltado. Podemos considerá-la a mãe da
Capoeira Regional.A Capoeira Angola é luta, dança e jogo lúdico que envolve
estilo, presença de espírito, flexibilidade e muita estratégia. É nela que o
capoeirista tece movimentos que envolvem espiritualidade e disciplina mental e
física. É a arte e filosofia em um único jogo.
A Angola é muito rítmica e ritualista e como muitas outras tradições africanas é
oralmente transmitida de mestre para discípulo. Foi utilizada pelos escravos
africanos para combater o poder de opressão do colonizador. Tem sua origem no
N'golo uma tradição Bantu que era relativamente pacífica.

A roda de Angola se forma com 3 berimbaus, 2 pandeiros e 1 atabaque, onde


normalmente todos os componentes do ritmo, com exceção do atabaque, são
tocados sentados, podendo ainda serem usados o agogô e o reco-reco. A tradição
nos mostra que os angoleiros costumam jogar calçados, com calça preta e camisa
amarela sendo que muitos mestres se vestem todo de branco.

Como nomes importante no mundo da capoeira Angola podemos citar Mestres


Pastinha, Traíra, Cobra Verde, João Grande, Cobra Mansa, Angolinha, Moraes,
Curió, João Pequeno, Gigante, Boca Rica, Aberrê, entre outros.
Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, nascido em 5 de abril de 1889, em salvador e
filho do espanhol José Senor Pastinha e da negra baiana Eugênia Maria de
Carvalho foi considerado em sua época o mais perfeito lutador de capoeira angola
da Bahia. Sempre foi considerado por muitos mestres como o maior capoeirista de
todos os tempos. Pastinha iniciou a capoeira com dez anos de idade devido a
sempre apanhar de um rival mais forte e de mais idade na rua. Um dia um velho
africano assistiu ao combate por sua janela e vendo Pastinha chorar de raiva
depois de apanhar chamou-o para ir todos os dias à sua casa aprender a capoeira.
Pastinha treinou por quatro anos e depois ensinou quarenta. Aprendeu capoeira
com Benedito até ingressar na marinha de guerra. Foi músico, pintor, poeta
popular, mestre de capoeira, jogador de futebol (pelo ypiranga), alfaiate, engraxate,
fez garimpo e foi leão-de-chácara (em casa de jogo). Faleceu em 1981 aos 92 anos
de idade, dos quais 81 dedicados a capoeira.
Capoeira na Escola
A capoeira foi evoluindo dentro dos princípios básicos
tradicionais até que, em janeiro de 1973, foi oficializada
como uma luta eminentemente brasileira, sob a
Regulamentação Nacional da Capoeira.

O ensino de capoeira representa uma oportunidade para


a integração entre diferentes componentes curriculares
como história, educação física, geografia, física, artes
plásticas, música e outros, além de mobilizar os setores
do desporto, turismo, meio ambiente, saúde, segurança,
para citar alguns.

Ciente de vivermos em uma fusão de culturas e


conhecimentos, procuramos apresentar ensaio do
entendimento de uma metodologia didático-pedagógica,
fundamentada principalmente na prática com as escolas.

HISTÓRIA DA CAPOEIRA NA ESCOLA

Inicialmente, analisaríamos a característica


interdisciplinar no ensino da capoeira de mestre Bimba,
que a lecionava para alunos de diferentes cursos
universitários, embora não o fizesse exatamente nas
universidades. Daí caracterizações como formatura,
diploma, medalhas, paraninfo, sugerindo forte influência
de seus alunos. As seqüências, o primeiro método para
ensinar a capoeira, a introdução desses ensinamentos no
CPOR e outras instituições oficiais (incluindo trabalhos
para presidiários).
Mestre Anzol, professor baiano, aluno de mestre Bimba,
seria o primeiro a ensinar a capoeira em uma
universidade, isso ocorrendo na UFRJ, como projeto de
extensão - atividade extra-curricular.
Um ano depois, com o apoio da Secretaria de Educação
Estadual, começaria o trabalho na UFBA, sendo seguido
pela UFES, através de mestre Xaréu. Finalmente
surgiriam projetos de capoeira que atenderiam aos CIEP's
do Rio de Janeiro, depois denominados CAIC's, hoje
CIAC's.
Também o Estado do Paraná viria a desenvolver algumas
iniciativas de inserção desta disciplina em seu currículo.

Resumo
Neste artigo falamos sobre o projeto Capoeira, da implantação da Capoeira na
Educação Física Escolar pelo prof. Roberto, professor da referida disciplina no
colégio João Cionek, município de Santa Maria do Oeste, Paraná, Brasil.

Este relata a aceitação desta prática na escola, a aceitação pelos alunos.


Abordamos também o processo político dessa implantação.

Unitermos: Capoeira. Educação Física escolar. Cultura brasileira.

JUSTIFICATIVA

O processo de conscientização quanto ao valor da capoeira já chegou a esfera


governamental federal. O MEC sugere a capoeira com disciplina do Currículo da
Educação Física. A própria Secretaria e Subsecretaria de Educação Física e
Desporto - MEC, lança um Projeto Nacional de Capoeira, visando mobilizar as
academias e círculos capoeirísticos "para realizar um levantamento histórico,
filosófico e científico em médio prazo, para identificar os Anseios da capoeira"
(MEC, 1986).
O projeto Capoeira Escolar busca, além de fortalecer um trabalho que já vem
sendo desenvolvido em outra escola, incluir o ensino da capoeira na mesma.

Esse projeto busca dar ênfase a questões culturais de caráter popular, lutando
pela cidadania, no combate ao preconceito racial, na elevação da auto-estima da
criança e do adolescente; auxiliando na construção de sua identidade social,
buscando reaproximar a escola das culturas populares.

O objetivo fundamental da capoeira escolar não é a performance dos alunos, tão


pouco seu desempenho físico, visando apenas atingir a consciência do aluno.
Não se trata, então, de formar capoeiristas, mas de ajudar na formação de
seres humanos capazes de lidar com a diferença, com a austeridade, tornando-
se mais livre de preconceitos e mais tolerantes.

Conheço a influência da Capoeira em vários domínios da vida de crianças,


adolescentes e jovens e certamente é uma oportunidade ímpar para que esses
alunos entrem em contato com uma parte da cultura brasileira, usufruindo dos
benefícios da prática de Capoeira.

No ano de 2003, o professor Roberto Marcos Vidotto resolveu iniciar


uma pesquisa com o intuito de implantar a capoeira no currículo dos
Colégios João Cionek e José de Acnhieta.
Capoeira Angola

É uma manifestação primitiva que nasceu da necessidade de libertação de um povo


escravizado, oprimido, sofrido e revoltado. Podemos considerá-la a mãe da Capoeira
Regional.A Capoeira Angola é luta, dança e jogo lúdico que envolve estilo, presença de
espírito, flexibilidade e muita estratégia. É nela que o capoeirista tece movimentos que
envolvem espiritualidade e disciplina mental e física. É a arte e filosofia em um único
jogo.
A Angola é muito rítmica e ritualista e como muitas outras tradições africanas é
oralmente transmitida de mestre para discípulo. Foi utilizada pelos escravos africanos
para combater o poder de opressão do colonizador. Tem sua origem no N'golo uma
tradição Bantu que era relativamente pacífica.

A roda de Angola se forma com 3 berimbaus, 2 pandeiros e 1 atabaque, onde


normalmente todos os componentes do ritmo, com exceção do atabaque, são tocados
sentados, podendo ainda serem usados o agogô e o reco-reco. A tradição nos mostra
que os angoleiros costumam jogar calçados, com calça preta e camisa amarela sendo
que muitos mestres se vestem todo de branco.
Como nomes importante no mundo da capoeira Angola podemos citar Mestres
Pastinha, Traíra, Cobra Verde, João Grande, Cobra Mansa, Angolinha, Moraes, Curió,
João Pequeno, Gigante, Boca Rica, Aberrê, entre outros.
Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, nascido em 5 de abril de 1889, em salvador e filho
do espanhol José Senor Pastinha e da negra baiana Eugênia Maria de Carvalho foi
considerado em sua época o mais perfeito lutador de capoeira angola da Bahia.
Sempre foi considerado por muitos mestres como o maior capoeirista de todos os
tempos. Pastinha iniciou a capoeira com dez anos de idade devido a sempre apanhar
de um rival mais forte e de mais idade na rua. Um dia um velho africano assistiu ao
combate por sua janela e vendo Pastinha chorar de raiva depois de apanhar chamou-o
para ir todos os dias à sua casa aprender a capoeira. Pastinha treinou por quatro anos
e depois ensinou quarenta. Aprendeu capoeira com Benedito até ingressar na marinha
de guerra. Foi músico, pintor, poeta popular, mestre de capoeira, jogador de futebol
(pelo ypiranga), alfaiate, engraxate, fez garimpo e foi leão-de-chácara (em casa de
jogo). Faleceu em 1981 aos 92 anos de idade, dos quais 81 dedicados a capoeira.

Tratando-se de uma cultura popular, a transmissão de conhecimentos de


geração em geração vem ocorrendo de forma verbal e através da própria
realização da arte. Sua expressão popular faz parte do vasto e rico legado da
cultura brasileira e contém elementos de educação, arte, luta, esporte,
terapia, assim como dança, lazer, folclore, história, ginástica, etc.
A arte na Capoeira se faz presente através da música, do ritmo, do canto, da expressão
corporal, da criatividade de movimentos e da presença cênica. A luta representa sua
origem e sobrevivência através dos tempos na sua forma mais natural, como um
instrumento de defesa pessoal genuinamente brasileiro, e uma estratégia de resistência ao
aniquilamento de uma cultura. Como modalidade esportiva, ela possui elementos que se
identificam culturalmente com seus praticantes, despertando o interesse da comunidade
em geral. A sua prática, como forma de lazer e recreação, representa eventos conhecidos
na comunidade como "rodas de capoeira", sendo evidente os seus efeitos terapêuticos em
termos educacionais, ocupacionais e de reabilitação.

Mestre João Grande

Sendo a angola a arte precursora da capoeira regional


contemporânea seu aprendizado auxilia em muito o
desenvolvimento na regional. Além de que a angola é universal e
onde quer que se jogue capoeira angola ocorre um entendimento
e parceria maior entre os capoeiristas.

É devido a tudo isso que nós não podemos menosprezar a


Capoeira Angola que foi a precursora da Capoeira Regional. Mais
importante que rotular grupos ou pessoas como praticantes da
Angola ou da Regional é buscar a capoeira como algo mais
amplo. É importante ser um capoeirista o mais completo possível,
ou seja, jogando e tocando todo o tipo de capoeira.

A capoeira dividi-se em mais dois grupos, sendo:

 estilo angola – criado por Vicente Ferreira da Silva


(mestre PASTINHA)

 estilo primitivo – criado por Agenor Sampaio


(SINHOSINHO)

A capoeira após grande aceitação social, tornou-se esporte reconhecido


pelo Conselho Nacional de Desportos (CND) em 1972.

A percussão

A capoeira é a única arte marcial, que utiliza instrumentos musicais dentro


de sua prática. Seu som é particular e estão envolvidos:

 o Berimbau
 o Atabaque
 o Pandeiro

Berimbau - de origem indígena é o principal instrumento de sua prática


- formado por um bastão de 1,5 metro, sendo este arcado por um fio de
metal, tendo numa das extremidades, uma caixa de ressonância ligada por um
barbante onde tira-se duas notas.
- seu som é tido por muitos, como místico;
- possui outros nomes como Urucungo, Gunga, Gobo, entre
outros;
- em Cuba é chamado BURU-MBUMBA (habla com los muertos);
- tem o mesmo papel do “Kamissamá” no judô (reverência), pois
antes do jogo, os capoeiristas ajoenham-se junto do Berimbau e se
benzem, fazendo o sinal da cruz.

O berimbau

O berimbau é o instrumento que comanda a roda da capoeira .


Ele é um instrumento de uma só corda composto por uma verga
de madeira (Biriba) , um arame , uma cabaça , um caxixi
(chocalho artesanal) , uma vareta e uma pedra ou dobrão (moeda
de cobre) para emitir seus sons.

Normalmente são utilizados três berimbaus simultâneos na


roda , um gunga ou berra-boi , um médio e um viola que
possuem sons que vão tornando-se mais agudos gradativamente
. O que dá diferentes nomes aos berimbaus é a diferença no
tamanho de suas cabaças sendo que o viola possui a menor
cabaça e o gunga a maior cabaça . Portanto a definição do tipo
do berimbau que está sendo tocado depende diretamente dos
outros berimbaus presentes na roda .

O berimbau varia suas notas musicais através de uma maior ou


menor pressão do dobrão no arame e de se encostar ou não a
cabaça na barriga do tocador . O berimbau é segurado com o
dedo mínimo por debaixo do barbante que prende a cabaça ao
arame por uma das mãos. O dobrão fica entre o polegar e o
indicador desta mesma mão . Com a outra mão, o tocador deve
segurar o caxixi e bater ritmicamente com a vaqueta contra o
arame .

Cabaças :
Tres tipos - Fechada; Gunga ou Berra-Boi; Média; Viola
Os toques

Existem vários toques tradicionais, sendo estes lentos ou rápidos, cada um


com uma finalidade. Por exemplo:
 São Bento Pequeno – jogo amistoso
 São Bento Grande – jogo veloz e arrojado
 Angola – jogo em baixo (no chão)
- toque fúnebre (solenidade e tristeza)
 Amazonas – hino da capoeira
 Santa Maria – jogo com navalha
 Idalina – jogo com faca ou facão
 Cavalaria – aviso de polícia próxima ou do senhor de
engenho

As músicas
 Falam do negro na senzala, do negro livre, da religião, da comunidade,
dos hábitos, seus feitos, cantos de louvor, de tristeza, de revolta, de
desafio, etc.

Reza a tradição que antes de o jogo de capoeira começar, o solista dá o


aviso – “olha a volta ao mundo camará”.

O pandeiro

Pandeiro
Utilizado na velha Índia e Península Ibérica na idade média em
festas de bodas, casamentos e outras cerimônias religiosas. Foi
introduzido no Brasil também pelos portugueses e utilizado
posteriormente em rodas de samba e pelos negros na roda de
capoeira, sendo um instrumento de percussão geralmente mais
agudo que o atabaque.
O atabaque

Atabaque

Instrumento muito antigo de origem oriental, presente entre os


Persas e os Árabes e muito divulgado posteriormente na África.
Chegou ao Brasil introduzido pelos Portugueses para ser usado
em festas e procissões de origem religiosas a princípio. Devido
aos africanos já o conhecerem com o tempo outros tipos foram
trazidos para nosso país chegando aos terreiros e posteriormente
tornando-se um dos componentes do ritmo da roda de capoeira.
É o principal instrumento de percussão da roda marcando o ritmo
e facilitando a sincronia entre os três berimbaus.

A indumentária
Na Bahia, capoeiristas usavam roupas brancas folgadas (calça e camisa),
para se defender das navalhada (aparecia o machucado na luta)

No Rio de Janeiro, incorporou-se o chapéu, paletó e a gravata,


vulgarizando a imagem “malandro”.

Atualmente o uniforme é uma camizeta e calça, ambas brancas e


descalços.

A GRADUAÇÃO
A côr do cordel delimita a graduação e o estágio em que o praticante está.
As cores destes (cordel) são as cores da Bandeira do Brasil (verde,
amarelo, branco e azul).
Os estágios são:
- iniciante (sem cordel)
- 1º cordel verde
- 2º cordel verde-amarelo
- 3º amarelo
- 4º amarelo-azul
- 5º azul
- 6º entrelaçado (verde-amarelo-branco-azul)
- 7º branco-verde (3º contra-mestre)
- 8º branco-amarelo (2º contra-mestre)
- 9º branco-azul (1º contra-mestre)
- 10º Mestre (branco)

Nos primeiros estágios, o capoeirista é considerado aluno. (1º,2º,3º,4º


estágios). À partir do quinto estágio (cordel azul), o capoeirista passa a
ser professor (aluno formado), devendo garantir nesta fase, seu título e
para isto, prestar um exame perante uma banca examinadora, contando
com três membros, sendo um professor de Educação Física, um Mestre de
capoeira e um médico. Na presença destes, será questionado sobre:
- didática da capoeira;
- primeiros socorros.

Principais golpes:
 Aú estrela
 Aú Agulha
 Benção
 Queixada
 Armada
 Meia-lua – de frente
- solta
- de compasso
 Martelo
 Rasteira
 Desprezo (quadril)
Bênção: Golpe desferido frontalmente, batendo o calcanhar no oponente, com um
dos pés (segundo a tradição oral o nome deve-se à reação de escravos quando
obrigados a beijar a mão do senhor-de-engenho). Durante o movimento é feita a
remada.
Martelos:
.Martelo-em-pé: Golpe desferido em três momentos: inicia-se com uma das pernas
encolhida lateralmente; o pé pode bater com a ponta, o peito ou a chapa, na frente.
O retorno se dá da mesma forma que o início e, durante o movimento, há remada.
O pé bate e volta.
.Martelo-no-chão: Parte-se da negativa, podendo-se terminar o movimento em pé
ou continuar no chão. A caracterização do golpe consiste em arremessar o umbigo
para cima e só colocar uma das mãos no chão após o pé, da perna mais encolhida
(de base), atingir o alvo.
.Martelo-passado (rodado): Golpe desferido de pé (da posição vertical), passando o
pé pelo alvo e continuando o giro do corpo, até a posição inicial.
Meias-luas:
.Meia-lua-de-compasso: Golpe desferido com duas mãos no chão, batendo o
calcanhar do pé que se encontra atrás, com a perna esticada. Isso é feito colocando-
se a mão direita no chão, atrás do calcanhar esquerdo e vice-versa. É da torção do
tronco que sairá a potência do golpe. Após o movimento, o praticante retorna à
posição inicial.
.Meia-lua-presa: O mesmo movimento, com apenas um apoio de mão.
Meia-lua-solta: Há três maneiras de se executar a meia-lua-presa sem apoio
(aérea).

Bibliografia
 FALCÃO, José L. Cirqueira. A escolarização da capoeira.
Brasília: ASEFE - Royal Court, 1996.
 FREITAS, Jorge L. Capoeira infantil: a arte de brincar com o
próprio corpo. Curitiba: Expoente, 1997.
 QUERINO, Manuel. A Bahia de outr´ora: vultos e factos
populares. 2º ed. Aumentada. Salvador: Livraria Econômica, 1922.
 REGO, Waldeloir do. Ensaio sócio-etnográfico da capoeira.
Itapoã, Salvador: 1968.
 SANTOS, Luiz Silva, 1957. Educação: Educação física: Capoeira.
Maringá: FUEM, 1990.
 SILVA, Gladson de O. Capoeira: do engenho a universidade. 2º
ed.São Paulo: CEPEUSP, 1995.
 VIEIRA, Luiz Renato. A ideologia do corpo. In: Humanidades, nº
14, 22-23. Universidade de Brasília, 1987.
 ________________. Criatividade e clichês no jogo da capoeira: a
racionalização do corpo na sociedade contemporânea. In: Revista
brasileira de ciência no esporte, v.11,nº1, 58-63. Colégio Brasileiro
de Ciência do Esporte.1989.
 www.efdesportes.com

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