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ASSUNTO 01: LUTAS DO BRASIL: CAPOEIRA

A identidade do ser humano se inicia a partir da


interação do meio em que vive, uma construção que
ocorre em razão das diferenças culturais. A cada
experiência vivida, a cada problema enfrentado, estamos
enriquecendo o nosso processo de construção cultural.
Hoje, vamos aprender sobre a capoeira e sua história.
Com isso, conheceremos também a história do Brasil e
de como os negros, através da sua cultura, contribuíram
para a construção da identidade do povo brasileiro.

O QUE É A CAPOEIRA?
Segundo o site UOL, a “capoeira é uma representação cultural que mistura esporte, luta,
dança, cultura popular, música e brincadeira. Caracteriza-se por movimentos ágeis e complexos,
onde são utilizados os pés, as mãos e elementos ginástico-acrobáticos.” A palavra capoeira se
refere às áreas de mata rasteira do interior brasileiro. Ela foi criada no século XVII pelos africanos
e se difundiu por todo o Brasil. Atualmente, é considerada um dos maiores símbolos da cultura do
nosso país.

SUA HISTÓRIA
A capoeira surgiu no Brasil durante a escravidão.
Muitos negros foram trazidos da África e obrigados a
trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar, nas casas
dos senhores de engenhos, como também nas fazendas
de café. O escravo negro não tinha nenhum direito. Ele
apenas trabalhava e ainda assim era muito castigado.
Foi nesse ambiente hostil que nasceu a capoeira, em
meio a um espírito de camaradagem entre os escravos.
Através da música, do batuque, da dança e das histórias
contadas nas rodas, a identidade africana crescia em
terras brasileiras. Era um momento de alegria, um dos poucos que ainda lhes restava. Desse
modo, a capoeira surgiu entre os escravos como um grito de liberdade, sendo uma forma de luta e
de resistência.

FUNDAMENTOS
Os cantos da capoeira narram as histórias sofridas
durante a escravidão. A cultura negra trouxe o batuque, os
instrumentos musicais e o gingado, que tornam esse povo
único. Com os escravos vieram ainda a religião, os trajes
típicos, a sua culinária e a sua língua. Existem algumas
regras muito observadas durante a sua prática que são:
respeitar o mestre e agir com disciplina, obedecer ao
comando do berimbau durante a prática, não perder os
movimentos do parceiro de vista, zelar pela segurança de todos os participantes e jamais utilizar os
conhecimentos adquiridos com a prática para integrar brigas de rua. Os seus principais
instrumentos utilizados na prática são o berimbau, o atabaque, o pandeiro, o agogô e o reco-reco.
TIPOS DE CAPOEIRA
Os dois principais tipos de capoeira são Angola e Regional. Angola é vista como a capoeira
antiga, é o estilo mais próximo dos antigos negros escravos. Seu jogo é mais lento, com muita
malemolência (faz que vai, mas não vai). Ela é considerada uma capoeira menos agressiva e de
golpes baixos, tendo as mãos no chão como base. Seu primeiro grande mestre foi o Mestre
Pastinha. Já a capoeira regional tem como característica movimentos rápidos. Seu primeiro mestre
foi o Mestre Bimba, que trouxe para a capoeira uma metodologia, criando sequências de golpes e
de ensino, tentando dar ao esporte uma característica mais de luta do que de dança, incorporando
novos golpes.

CONCLUSÃO
Atualmente a capoeira é uma das expressões culturais mais conhecidas no Brasil. Em 2014, a
capoeira recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. No dia 20
de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra, dedicado à reflexão sobre a inserção do
negro na sociedade brasileira. Quem pratica capoeira aprende a lutar, a jogar, a cantar e também a
tocar os seus instrumentos típicos. Uma baiana chamada Ru Aisó escreveu: "Quem pratica
capoeira, nunca é órfão, afinal temos uma eterna família. Meu Mestre: um pai, a Capoeira: uma
mãe, os grupos do Brasil e do mundo, meus e seus irmãos."

ASSUNTO 02: GINÁSTICA: CIRCUITO FUNCIONAL

O que é Circuito Funcional?


Para muitas pessoas, frequentar uma academia e realizar
exercícios repetitivos torna-se algo monótono e maçante com o
passar do tempo. Os treinos funcionais são uma alternativa mais
dinâmica e divertida que vem se tornando bastante popular entre
quem busca por um pouco mais de energia e alto astral ao
treinar.
Dentro dos treinos funcionais, temos uma modalidade
chamada de Circuito Funcional, que nada mais é do que uma
série de exercícios funcionais que são realizadas dentro de um
percurso.
São estabelecidos os números de repetição ou o tempo de cada um dos exercícios que o aluno
irá realizar. Quando essa meta é cumprida, ele passa rapidamente para a próximo até completar o
circuito.
O local de realização de cada um dos exercícios recebe o nome de estação e fica marcado para
que o aluno identifique cada uma. Pode se tratar apenas de um espaço delimitado para um exercício
livre ou de um local com colchonete, tatame, escadas de agilidade, cones, cordas, halteres ou outro
acessório que sirva para realização de cada exercício. Tudo depende do que é estipulado pelo
instrutor.
Os circuitos funcionais podem ser feitos individualmente ou de forma coletiva, onde cada aluno
ocupa uma estação e elas vão sendo trocadas a cada etapa. O uso de música é comum para deixar
tudo mais dinâmico ainda.
Quais são os objetivos de um circuito funcional? Os circuitos podem ter objetivos diversos,
isso porque os exercícios realizados vão ser estipulados pelo personal trainer, de acordo com as
necessidades do aluno. A base desta modalidade são os exercícios funcionais, que podem ser
destinados a:
 Perda de peso;
 Ganho de flexibilidade;
 Ganho de equilíbrio corporal;
 Aumento da resistência cardiovascular;
 Aumento da força muscular;
 Ganho de resistência muscular;
 Melhora da coordenação motora.

Portanto, podemos entender que este não é um tipo de treino


especifico, ou seja, ele pode ser adaptado, alternando os exercícios a serem realizados. Benefícios
do circuito funcional
1. É dinâmico e motivador;
2. É desafiador, o que estimula o aluno;
3. São trabalhadas habilidades funcionais diversas;
4. Trabalha a agilidade e a memória;
5. Estimula o metabolismo;
6. Favorece a queima de gordura;
7. Aumento da força e da resistência muscular;
8. Melhora a coordenação motora e o equilíbrio corporal;
9. É estimulante.
Porque o circuito funcional pode ser bom para você? Se você chegou até aqui, percebeu
que esta modalidade atende diversos objetivos e é capaz de promover uma série de benefícios.
Se você está entre o grupo de pessoas que busca por atividades mais estimulantes, dinâmicas,
pois está cansado dos treinos repetitivos e maçantes das academias, então esta é uma
oportunidade para conhecer algo que vai transformar a forma como você se exercita.
Vale lembrar que os circuitos funcionais podem acontecer dentro das academias, mas também
em parques, praças, em casa e até na praia. A Sim Saudável pode proporcionar esta liberdade para
os seus treinos.

GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO: 10 BENEFÍCIOS DE PRATICAR


Praticar exercícios e levar um estilo de vida mais ativo requer esforço e tempo, mas definitivamente
vale a pena. De fato, a ginástica de condicionamento físico pode ser uma opção ideal para você
que quer ter uma vida mais saudável com exercícios leves e moderados.
Contudo, muitas pessoas ainda não conhecem os benefícios da ginástica de condicionamento
físico. É por isso que, ao ler esse artigo, você poderá descobrir mais sobre e seus benefícios para
a saúde.
Os benefícios de praticar ginástica de condicionamento físico
1. Ao se exercitar, você se sentirá melhor
O exercício físico regular é uma das maneiras de se sentir melhor consigo mesmo. Por que isso
acontece?
As atividades mais intensas nos fazem sentir melhor graças ao fato de que elas geram mais
estresse no corpo.
Isso libera endorfinas e nos induz a uma maior sensação de felicidade após a atividade. É por isso
que quando voltamos para casa depois de uma sessão de exercícios, nos sentimos tão bem.
2. O exercício físico é uma solução eficaz para acalmar a ansiedade
Praticar exercícios é uma das soluções mais práticas e eficazes para acalmar a ansiedade.
Exercícios regulares são sempre bons para reduzir os sintomas causados pela ansiedade.
Todos nós dizemos que não temos tempo para nos exercitar, mas não há desculpas, se você
quiser um pouco mais de bem-estar, inscreva-se em uma aula de ginástica de condicionamento
físico.
3. O exercício constante ativa as baterias
Os começos são sempre mais difíceis. A exaustão é especialmente perceptível nas primeiras
semanas de treinamento, no entanto, com o passar dos dias, essa sensação de fadiga será
substituída por uma injeção de energia.
Em breve, você sentirá que ir à aula e fazer exercícios recarrega suas baterias e começará a
enfrentar seu dia a dia com muito mais energia.
4. Fazer ginastica melhora a qualidade do seu sono
O exercício regular ajuda a manter bons ritmos de vida. Assim como recarrega suas baterias,
também faz com que você fique descarregado ao chegar na cama.
E lembre-se, evite ir praticar exercícios pouco antes de dormir, planeje treinar durante o dia.
Chegar em casa tarde com um corpo muito ativo pode dificultar o sono.
5. O exercício fortalece os músculos e ossos
Aqueles que se exercitam constantemente desde tenra idade atingem uma maior densidade óssea,
alcançando assim um nível mais alto de força óssea.
O mesmo acontece com os músculos, o que ajuda a prevenir quedas e fraturas, o que, no caso de
idosos, é especialmente importante.
6. Exercitar-se ajuda a melhorar sua imagem
Você quer perder esses quilos extras? Ganhar massa muscular? Você poderá reduzir sua
porcentagem de gordura com a ginástica de condicionamento físico.
Você também pode melhorar sua tonificação e hipertrofia. Seja qual for o seu objetivo, você será
capaz de melhorar sua figura de acordo com seus objetivos.
7. O exercício ajuda a combater o estresse
Desconectar-se do dia a dia agitado é muito importante para combater o estresse, e ir à ginástica
de condicionamento físico é uma boa estratégia para alcançá-lo. Isso ajudará você a relaxar mental
e fisicamente, em suma, fará você se sentir melhor.
8. Treinar com seus colegas de ginástica é divertido
A ginastica visa melhorar o bem-estar das pessoas, misturando exercícios e uma boa atmosfera.
Quando a aula se torna um lugar para se conectar com seus amigos, conhecer novas pessoas e
aproveitar as atividades, benefícios muito bons são alcançados.
Para fazer isso, há uma infinidade de atividades direcionadas, a melhor maneira de treinar em
equipe e se divertir, nas quais sua condição física ou experiência não importa.
9. Isso melhorará sua força de vontade e disciplina
A consistência e a força de vontade melhorarão em todas as áreas da sua vida se você conseguir
manter bons hábitos de ir às aulas. Você conquistará essa rotina, que também é aplicável a
estudos ou trabalhos.
10. Boa comida e exercício andam de mãos dadas
Alimentos e exercícios físicos são um conjunto inseparável. Começar a praticar ginastica significa
que a queima de calorias aumentará.
Para isso você terá que reabastecer todas essas calorias de maneira saudável com uma boa dieta,
alcançando assim um estilo de vida totalmente saudável.

MÉTODO CALISTÉNICO
 Que usa o peso do próprio corpo como resistência. A calistenia começou a
desenvolver-se na França no século XVIII. A calistenia define-se como um conjunto de exercícios
que trabalham vários grupos musculares com o objetivo último de desenvolver a agilidade, a força
física e a flexibilidade. Colocar o corpo em movimento através da mobilização musculo-articular e
ligamentar, melhorar a postura, tonificar grupos musculares e cuidar as articulações podem ser os
motivos que levam a prática da calistenia. Podemos, apenas recorrendo a este método,
desenvolver um treino em circuito com elevada intensidade que promove também uma melhoria da
resistência aeróbia, cardio-vascular.

ASSUNTO 03: ESPORTE DE MARCA: ATLETISMO

O esporte Atletismo surgiu na Grécia antiga. Desde o


início da existência da humanidade, o homem é motivado
pelo desejo de competição, correr, saltar, lançar, com isso,
diversas modalidades com o intuito de alimentar essa
necessidade foram desenvolvidas, uma delas é o
Atletismo.
A Origem do nome Atletismo
A palavra atletismo é derivada da raiz grega ATHI, que
significa competição.
A história do Atletismo está ligada à fantástica
mitologia grega, pois Homero, em seu poema épico, a
Ilíada, conta que Aquiles realizou competições esportivas,
em uma de suas passagens, o poeta cita uma corrida “Filho de Oileu e, Ájax tomou a dianteira,
sobre seus passos lançou-se o divino Ulisses…”. Os gregos tinham o costume de realizar
competições esportivas para honrar os deuses e homenagear os visitantes.
QUANDO SURGIU O ATLETISMO
O Atletismo surgiu em 776 a.C, mas já em 884 a.C, Pítia sugeriu ao rei da Élida, Ífito, trazer de
volta os jogos, para que assim, os deuses pusessem fim a peste que atingia o Peloponeso. No
entanto, só houveram registros desses jogos 108 anos depois.
AS MODALIDADES DO ATLETISMO ANTIGO
O atletismo foi um dos esportes que fizeram parte dos jogos olímpicos antigos, inicialmente se
subdividindo em 3 (três) modalidades:
A CORRIDA:
A Corrida é uma das provas mais tradicionais do atletismo e do esporte mundial, ela era
disputada no estádio, em um percurso de 192,27 metros, o qual os gregos deram um nome
peculiar, a chamavam de 600 pés de Hércules, como uma forma de homenagear o semideus.
Segundo Homero, a primeira prova de Corrida considerada esportiva foi organizada por
Hércules, que após realizar seus 12 trabalhos, fez moradia na ilha de Creta e construiu seu
estádio, no qual eram feitas disputas esportivas.
Inicialmente, a corrida era disputada em duas voltas na pista, eles nomearam essa modalidade
de diualo. Posteriormente, eles passaram a realizar corridas mais longas que consistiam em 12
voltas completas, a qual chamaram de dólico.

A origem do Bloco de Partida


Os corredores, faziam uns orifícios no chão para um melhor impulso
no início da corrida. Vem daí então a origem do que conhecemos hoje
como bloco de partida no atletismo.

LANÇAMENTOS
Na antiguidade, os lançamentos eram realizados do Discóbolo, que era uma barreira feita de
terra, na qual os atletas se posicionavam acima para fazer os arremessos.
Os lançamentos eram feitos com dardos, que mediam aproximadamente 1,80m, contendo uma
parte de ferro afiada em sua ponta, isto auxiliava a lança na
perfuração do solo, dessa forma, podendo ser feita a medição da
distância alcançada no lançamento.
Além dos dardos, os lançamentos também eram feitos com
pedras e discos de ferro ou bronze.
SALTOS
Os saltos eram uma das modalidades do atletismo antigo e é
mantido até hoje. Neles, os atletas poderiam correr até a linha e
saltar de modo que seus pés não tocassem a linha que separava a
pista do local onde eles deveriam cair. Cada competidor poderia saltar três vezes e o vencedor da
prova era o que conseguisse uma distância maior no salto. Essa distância era a soma total dos três
saltos.
O FIM DO ATLETISMO
Após os romanos tomarem Grécia, no século I d.C, os jogos tiveram continuidade, mas eram
mais recreativos que competitivos. Além disso, os atletas não eram um cidadãos livres, eram
escravos ou prisioneiros de guerra, e a prática não era feita para venerar deuses ou visitantes.
Percebe-se então uma grande decadência no atletismo durante a transição da cultura grega
para a romana. Só isso, já foi uma grande perda para o que realmente representava o esporte, no
entanto, no ano 394 d.C o então imperador Teodósio, responsável pela morte de 10 mil gregos,
decidiu converter-se ao cristianismo, e aboliu os jogos, já que foram criados pelos pagãos, fazendo
com que ficassem abolidos durante 8 séculos.
Após isso, realizaram-se práticas do atletismo discretas pelo mundo, como na Inglaterra.
Porém na Europa durante a idade medieval direcionava seus interesses aos treinamentos militares,
pois enfrentavam uma época de guerra e era mais útil ao povo aprender a lutar do que praticar
esportes.
A VOLTA DO ATLETISMO
A partir de 1892, em uma reunião realizada em Sorbonne, localizada em Paris, Pierri Fredi,
apresentou o projeto que visava a recriação do atletismo e dos jogos olímpicos extintos pelo rei
Teodósio. A proposta visava aprimorar o caráter dos jovens e crianças, e despertar o espírito de
equipe e o gosto pela competição.
A CRIAÇÃO DO COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL
A História do Atletismo em muitos momentos se confunde com a história dos Jogos Olímpicos.
E em 1894, em um congresso em Sorbonne, com a participação de 14 representantes de
diferentes países foi criado o COI (Comitê Olímpico Internacional).
O PRIMEIRO PROGRAMA DE ATLETISMO OLÍMPICO
O primeiro programa olímpico de Atletismo das
olimpíadas moderna manteve a essência do atletismo grego,
pois possuía corridas; saltos em distância e altura, triplo e
com vara; lançamentos de peso e disco.
A CRIAÇÃO DA MARATONA
Uma modalidade de corrida especial foi criada, a
Maratona, que consiste em um percurso de 42 km. Foi uma
homenagem a distância que, teria percorrido um soldado
grego, Filípides, para anunciar que os gregos haviam vencido
a guerra contra os persas. A distância percorrida pelo
soldado foi por volta de 35 km, após o percurso, ele veio a óbito por causa da exaustão.

CURIOSIDADES SOBRE A HISTÓRIA DO ATLETISMO


 As mulheres só puderam começar no atletismo e nos jogos em 1928.
 O primeiro vencedor de uma prova registrada do atletismo foi o grego Corebo, de Élida. Ele
ganhou a corrida em 776 a.C, que Ífito promoveu com o intuito de agradar os deuses.
 Muito antes dos gregos, os egípcios já se ocupavam de provas de luta com paus. Dez
séculos depois, os cretenses começaram a usar do esporte como competição e recreação, como a
dança, o pugilato, e a corrida a pé.
 Em 1936 das Olimpíadas, realizada em Berlim, na Alemanha, em plena Segunda Guerra
Mundial. O atleta negro Jesse Owens, frustrou as expectativas de Hitler. Owens conquistou quatro
ouros nas provas de 100 m e 200 m rasos, no revezamento 4 x 100 m e no salto em distância.
 O primeiro brasileiro que consegui ganhar uma prova de atletismo olímpica foi Adhemar
Ferreira da Silva, no salto triplo, na olimpíada de 1952 em Helsinque.

AS MODALIDADES DO ATLETISMO

As Corridas do atletismo
As corridas são consideradas as modalidades do atletismo mais nobres e populares, elas se
subdividem em corridas Rasas e com Barreiras. As Corridas Rasas são disputada numa pista lisa e
livre de obstáculos. Já a corrida com barreiras são disputadas ultrapassando
obstáculos como fossas e cavaletes.
Corridas Rasas Curtas ou de Velocidade
As Corridas Rasas são as corridas de curta duração e de velocidade.
Regras Relacionadas as Corridas Rasas Curtas
 Durante as corrida rasas curtas no atletismo os atletas não podem podem pisar
fora da sua raia ou sair do bloco de largada antes do tiro de partida (queimar a largada), caso isso
aconteça, o atleta será eliminado.
 Nos 200 metros e 400 metros as posições de largada não são alinhadas, para
compensar as curvas.
Exemplos de Corridas Rasas Curtas no Atletismo: 100 metros, 200 metros e 400 metros rasos.

Corridas Rasas de Meio-Fundo


As Corridas Meio-Fundo são corridas de média distância e velocidade.
Regras Relacionadas as corridas rasas de meio-fundo
 Nos 800 metros os atletas podem sair de suas raias e se misturar na pista após a
primeira curva
 Nos 1500 metros os atletas podem sair de suas raias e se misturar na pista logo após a
largada.
Exemplos de Corridas Rasas de Meio-Fundo no Atletismo: são os 800 metros e 1.500 metros
Corridas Rasas de Fundo
As Corridas de Fundo são corridas de longa distâncias e baixa velocidade.
Regras Relacionadas as Corridas Rasas de Fundo
 Nas provas de 5.000 metros e 10.000 metros os atletas podem sair de sua raia e
se misturar na pista logo após a largada.
 A Maratona não é disputada em pista, portanto os atletas largam misturados, não
há raias.
Exemplos de Corridas Rasas de Fundo no Atletismo: 5.000 metros, 10.000 metros, a meia
maratona, a Maratona (42,195 km).
Distância das provas rasas masculina e feminina
Não existe variação nas Corridas Rasas masculinas
e femininas no Atletismo.
As Corridas Com barreiras
As Corridas com Barreiras são modalidades do
atletismo que exigem bastante dos atletas, pois além de
tentarem manter uma boa velocidade e tempo, devem saltar
os obstáculos existentes na pista.
Regras Relacionadas as Corridas com Barreiras
 É permitido aos atletas encostar e derrubar as barreiras durante as provas com barreiras
 Nas corridas com obstáculos os atletas não podem derrubar os obstáculos
 Os atletas devem permanecer em suas raias nas provas de 100, 110 e 400 metros com
barreiras

Provas Curtas com Barreiras


As provas curtas com Barreiras no Atletismo são 100 metros para mulheres, 110 metros para
homens e 400 metros para ambos os sexos.
Regras para provas curtas com Barreiras
 A altura das Barreiras nas provas de 100 e 110 metros é 1,06 metros para homens e 0,84
metros para mulheres
 Nas provas de 100 e 110 metros os atletas devem passar por 10 barreiras
 Na prova de 400 metros a altura das barreiras são de 0,91 metros para homens e de 0,76
metros para mulheres
 Na prova de 400 metros os atletas devem passar por 10 barreiras

Prova com Obstáculo no Atletismo


As prova com obstáculo são provas longas, os atletas devem saltar cavaletes e fossas nessa
modalidade do atletismo.
Regras Relacionadas as Provas com Obstáculos
 O tamanho do percurso dessa prova do Atletismo é de 3.000 metros
 A altura do obstáculo é 91,4 centímetro para os homens e de 71,2 centímetros para
mulheres
 A quantidade de obstáculos nessa prova é de 28 obstáculos chamados de cavaletes e 7
fossas para cada competidor.
Corridas com revezamento
As corridas de revezamentos são uma das modalidades do Atletismo mais charmosas. São
realizadas por equipes, cada equipe é composta por 4 corredores, cada membro da equipe é
responsável por percorrer uma parte do percurso da prova.
Regras do Atletismo para provas de Revezamento
 Cada equipe deve carregar um bastão do início até o final da prova
 O Bastão só pode ser passado numa área chamada de Zona de Transição
 Se o Bastão cair ou for passado fora da zona de transição a equipe será eliminada
São provas de revezamento do Atletismo:
 Revezamento 4×100 metros (4 por 100)
 Revezamento 4×400 metros (4 por 400)

Marcha atlética
A Marcha Atlética sem dúvidas é uma das modalidades do atletismo mais curiosas ou exóticas
do atletismo devido a forma como os atletas correm nessa prova.
Regras Relacionadas a Marcha Atlética no Atletismo
 Os atletas não podem levantar os 2 pés do chão ao mesmo tempo
 A passada deve ser dada primeiramente com o calcanhar e a perna de apoio não pode estar
flexionada.
 Existem juízes que fiscalizam a prova, para que as regras não sejam quebradas
 Se um atleta violar as regras por 3 vezes será eliminado

Provas da marcha Atlética no Atletismo


As provas da Marcha Atlética no Atletismo são 20 km e 50 km para homens e de 20 km para
mulheres.
AS PROVAS DE SALTOS DO ATLETISMO
Diferente das corridas, os saltos são modalidades do atletismo que possuem as mesmas
provas para atletas do sexo masculino e feminino. Os saltos no Atletismo são divididos em dois
tipos, cada um com 2 modalidades.
Os saltos em que o objetivo é atingir maior altura são:
SALTO EM ALTURA
No Salto em Altura o esportista não terá nada para auxiliar na sua impulsão, ele terá 3
tentativas para saltar acima de uma barra suspendida por 2 postes para cada altura do sarrafo.

SALTO COM VARA


No Salto com Vara o atleta corre em uma pequena pista e utiliza uma vara para pegar seu
impulso, ao saltar ele deve ultrapassar Sarrafo, que é a barra colocada como obstáculo. Os
competidores só podem derrubar o Sarrafo 3 vezes. Existe uma “caixa de apoio” para que a vara
não escorregue no momento do salto.

Os saltos em que se deve atingir maior comprimento no salto são:


SALTO EM DISTÂNCIA:
O salto em distância é realizado após uma breve corrida para ganhar impulso, o atleta chega a
tábua, que separa a pista da caixa de areia, o atleta deve saltar o mais longe possível. O Atleta não
pode pisar na tábua no momento do solto (queimar o salto).
SALTO TRIPLO
No Salto Triplo, o atleta deverá correr na pista até a primeira linda, nela ele dará 2 saltos em
forma de corrida usando a mesma perna, tentando chegar o mais próximo possível da caixa de
areia, onde irá realizar o terceiro salto usando uma perna diferente que usou nos dois primeiros
saltos e buscando atingir a maior distância possível.

PROVAS DE LANÇAMENTOS DO ATLETISMO


Essas são chamadas provas de força, nela os atletas devem arremessar os objetos de modo
que alcancem uma longa distância. Esses objetos são
O PESO
Os atletas devem arremessar 7,26 kg na prova masculina e 4 kg na prova feminina. O Atleta
não pode lançar o Peso para fora da zona autorizada de arremesso e nem sair do círculo de
lançamento antes do Peso tocar o chão.
O DISCO
Os Atletas devem arremessar um disco que pesa 2 kg na prova masculina e 1 kg na prova
feminina. O Atleta não pode lançar o Disco para fora da zona autorizada de arremesso e nem sair
do círculo de lançamento antes do Disco tocar o chão.

O MARTELO
Os atletas devem arremessar o martelo que pesa 7,26 kg na prova masculina e 4 kg na prova
feminina. A área de arremesso é praticamente a mesma usada no arremesso de disco. O Atleta
não pode lançar o Martelo para fora da zona autorizada de arremesso e nem sair do círculo de
lançamento antes do Martelo tocar o chão.
O DARDO
Os atletas devem lançar um dardo que pesa 800 g na prova masculina e 600 g na prova
feminina. O Atleta não pode lançar o Dardo para fora da zona autorizada de arremesso e nem sair
da pista de lançamento antes do Dardo tocar o chão.

OUTRAS MODALIDADES DO ATLETISMO: DECATLO E O HEPTATLO


Além das modalidades do atletismo citadas antes, existem as provas do Decatlo e o Heptatlo
que são combinadas.
Decatlo
É a prova combinada masculina e compreende 10 provas – Corrida (100 metros), salto em
distância, salto em altura, lançamento de peso, 400 metros, 110 metros com barreira, lançamento
de disco, lançamento de dardo, salto com vara e corrida de 1500 metros.
Heptatlo
Essa é a prova combinada feminina, compreende 7 provas – 100 metros com barreira,
lançamento de peso, lançamento de dardo, salto em altura, salto em distância, corrida de 200
metros e 800 metros.
ASSUNTO 04: DANÇAS URBANAS: CARIMBÓ

O carimbó é um gênero musical de origem indígena, mas que, com o tempo, recebeu
influências africanas e portuguesas. É típica da região amazônica, do Norte do país.
Marcado por movimentos giratórios, o carimbó
é assim chamado em razão de um instrumento
musical, chamado de curimbó, que nada mais é que
um tambor artesanal muito usado nesse estilo
musical.
Acredita-se que ele foi criado por volta do
século XVII, no estado do Pará.
ORIGEM DO CARIMBÓ
A palavra carimbó é de origem indígena e
significa “pau que produz o som”. Essa palavra faz
referência ao curimbó, o instrumento mais utilizado
nessa expressão artística.
O curimbó é um instrumento indígena que
emite som com o tocar das mãos. Produzido a partir da manipulação de um tronco até que ele
fique oco, o curimbó é uma espécie de tambor.
Com uma origem ainda incerta, o carimbó começou a ser dançado no estado do Pará, nas
cidades de Curuçá e Marapanim. De acordo com o historiador Agripino da Conceição, essa
manifestação cultural surgiu em Marapanim.
Belém foi a cidade em que o carimbó mais se desenvolveu, tornando-se um ritmo popular
bastante tocado nas festas da cidade e nas rádios.

TIPOS DE CARIMBÓ
Em razão da amplitude do estado do Pará, o carimbó se dividiu em três grupos, conforme
suas localizações. Com isso, os estilos do carimbó surgem em decorrência das atividades
profissionais desenvolvidas nas regiões que darão origem às letras das músicas que buscam
retratar o cotidiano em forma de canções.
Sendo assim, surgiram três tipos de carimbó: o carimbó rural, carimbó praieiro e o carimbó
pastoril. Além dos tipos citados, foram adotadas duas correntes do carimbó, uma tradicional e a
outra moderna.
A tradicional é representada pelo cantor Verequete. Ela se caracteriza por manter as
referências de Marapanim.
Já a moderna modificou a estrutura carimbótica adotando um ritmo mais moderno.
Representada pelo cantor Pinduca, essa corrente causou um grande alvoroço entre os seguidores
da tradição e os defensores da modernidade.

INSTRUMENTOS DO CARIMBÓ
O principal instrumento tocado no carimbó é o curimbó, essencial para a execução do gênero
musical. Além dele, outros instrumentos são utilizados:
 Reco-reco
 Pandeiro
 Maracá
 Ganzá
 Flauta
 Banjo
 Afoxé
ROUPA DE CARIMBÓ
As roupas usadas para a apresentação do carimbó são uma das características que mais se
destacam. A dançarina se veste com uma saia de carimbó longa, volumosa, rodada e bastante
colorida. A blusa é mais simples, geralmente de uma cor só.
Descalça, ela utiliza adereços nos cabelos e enfeites nos pulsos e pescoço, com o intuito de
chamar a atenção e se destacar no momento na dança. Assim como as mulheres, os homens se
apresentam descalços. No entanto, eles se vestem de maneira mais simples, com calças dobradas
ou curtas.
COREOGRAFIA DE CARIMBÓ
A coreografia do carimbó é desenvolvida em pares. Para convidar a moça para a dança, o
rapaz bate palmas diante dela.
As mulheres realizam movimentos circulares com as saias. A dança é executada em uma
roda.
Existem passos que reproduzem movimentos de animais. A dança do peru é um passo
realizado quando a dançarina deixa um lenço no chão que deve ser pego pelo dançarino utilizando
apenas a boca.
Se ele conseguir pegar o pano, é aplaudido pelos outros dançarinos e público. Se não, ele
tem que abandonar a dança, embalado por vaias.

Apresentação de Carimbó.
CURIOSIDADES
Vejamos algumas curiosidades sobre o carimbó:
 Em 2014, o carimbó se tornou Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
 Em 2015, essa dança recebeu o título de Patrimônio Cultural do Brasil.
 Desde 2004, o dia 26 de agosto é o Dia Municipal do Carimbó, no Pará. Essa
data foi escolhida por ser o dia do aniversário do Mestre Verequete.

ASSUNTO 05: ESPORTES RADICAIS DE AVENTURA URBANA: SLACKLINE

O Slackline é uma atividade física executada em uma fita estreita e flexível de nylon ou de
poliéster, presa em dois pontos fixos, onde são realizados movimentos em cima dela, esses
movimentos podem ser estáticos ou dinâmicos.
É um esporte considerado completo pois ele
alia a resistência física, a consciência corporal e a
concentração. Além disso, sua prática contribui para
aperfeiçoamento de outros esportes como a corrida,
a escalada, o skate e o surf.
O Slackline teve origem na década de 1980
nos EUA nos campos de escalada do Vale de
Yosemite, as pessoas que realizavam escaladas
estavam acampadas. Surgiu então, a ideia de esticar
uma fita de seus equipamentos de escalar e
treinavam tentando equilibrar sobre elas, o que era para aperfeiçoar uma modalidade esportiva
tronou-se um esporte mundial.
O Slackline é conhecido também como corda bamba e o seu significado é linha folgada e por
muitas vezes é comparado ao cabo de aço por artistas circenses.
Esse esporte ficou inexplorável durante muito tempo aqui no Brasil e sua tendência ganhou
forças em 2010 nas praias brasileiras com surgimento de centros de treinamento e aprendizado de
Slackline.
Modalidades
São várias as modalidades de slackline cada uma com suas particularidades, estáticas ou
dinâmicas segue a lista das mesmas:
Slackline
O Slackline é por onde se inicia este esporte, ou seja, se você nunca praticou Slackline vai
começar pelo básico e o básico é essa modalidade. O objetivo é atravessar a fita ou ficar parado se
equilibrando nela o tempo que for necessário sem cair.
Longline
É uma das modalidades pioneiras do esporte e consiste em aumentar a distância do percurso e
assim aumenta também o grau de dificuldade, já que a fita da modalidade slackline é bem menor.
Quanto maior a distância maior instabilidade e maior a força corporal para se preservar o
equilíbrio. Diferentes de algumas modalidades, o longline não tem competição, ou seja, você é o seu
próprio adversário. Portanto, a disputa é aprender a superar os próprios limites e conseguir
atravessar a mais longa fita.
O longline diferentemente do trickline manuseia uma fita de 25 mm. Este tipo de fita auxilia no
longline pelo fato de que não sofre tanta mudança externa, por exemplo, o vento e pelo fato de que
se move apenas lateralmente já que por ser fina a variação em seu próprio eixo é quase que
indiferente comparada a de 50 mm. Por ser mais complexa para os iniciantes, essa modalidade é
praticada por Slackliners mais experientes.
Highline
É a modalidade mais radical e desafiadora do slackline. Com o significado de linha alta, o
esporte é praticado nas alturas. O maior desafio é enfrentar o medo. Os principais locais de prática
do esporte cheio de adrenalina são nas montanhas, nos prédios e em pontes. Para ser considerado
highline, a altura é de no mínimo 6 metros.
Por ser um esporte de risco exige-se uma segurança maior, como por exemplo, uma corda de
apoio que passa por baixo da fita tencionada como cautela em caso de rompimento da fita principal,
um boldrié ligado à corda reserva e a fita com uma corda de pelo menos 80 cm e é muito usado
pelos atletas caso ocorra uma queda, o atleta possa ser assegurado.
O Highline possui uma modalidade ou vertente bem desafiadora e perigosa chamada
de freesolo, ou seja, a prática de highline é realizada sem nenhum equipamento de segurança, por
isso, o praticante tem que ser um atleta muito experiente e ter domínio sobre a fita, tanto fisicamente
como mentalmente. Será que vale a pena o risco?
Waterline
Nesta modalidade usa-se tanto a fita de 25 mm quanto a de 50 mm, sobre a água, ou seja, o
medo de queda já diminui bastante já que temos a água como amortecedor de queda. Essa
modalidade também é uma das mais antigas, o que a diferencia das outras é que não é só ter
o domínio da fita e das manobras, cair também faz parte do pacote de diversão, e por ter a água
como suporte você pode tentar movimentos inusitados sem medo de se machucar.
Jumpline
O tipo de fita para essa modalidade é de 3 cm de largura, sendo bem elástica para impulsionar
o atleta para o alto, contribuindo para saltos e giros perfeitos. São inúmeros movimentos criados
dentro dessa modalidade, auxiliando numa queima calórica bastante alta.
Os movimentos lembram bem os movimentos da cama elástica e o comprimento da fita é
menor chegando a 15 metros e a altura também é menor entre 50 cm a 1 metro no máximo do chão,
facilitando a entrada e saída da fita.
Trickline
Essa modalidade foi criada recentemente se comparadas às demais e, no entanto é a mais
popular de todas. E sabe por que é tão popular?
Porque é a única que tem competição e, portanto atraí um público maior. Ela também possui
um sistema de armação menos complicado em relação às demais.
Essa modalidade possui sua própria federação a WsFed que organiza os campeonatos oficiais.
Na Trickline a fita utilizada é de 50 mm e catraca como sistema para produzir tensão contribuindo
para manobras e movimentos diversificados, uma vez que acaba machucando menos, além de que
a catraca produz mais tensão e menos esforço do que outros sistemas. Porém este tipo de fita é
mais complicado em relação à de 25 mm, pois o movimento ocorre lateralmente movendo se no
mesmo eixo o que ocasiona instabilidade.
Baseline
Esta modalidade possui os mesmos princípios que o highline com o diferencial de que os
equipamentos de segurança são substituídos por uma mochila de paraquedas nas costas. Logo,
além de ter domínio no slackline, é preciso também ser conhecedor em paraquedismo.
Shortline
De todas as modalidades essa sem dúvida é a mais segura, já que a fita é colocada em nível
baixo e com as ancoragens próximas. O shortilne é indicado principalmente para iniciantes, por não
exigir tanto esforço e habilidade específica em relação às outras modalidades.
Yogaline
Como o nome sugere, essa modalidade tem como finalidade fazer movimentos de Yoga na
fita, exigindo mais concentração para todos os movimentos. Os praticantes trabalham bem as
pernas e a mente.
Objetivos
Um dos principais objetivos do Slackline é:
 A busca por harmonia corporal;
 A busca por harmonia da mente;
 Manter o equilíbrio fazendo o percurso completo sobre a fita;
 Treinar o corpo através do equilíbrio e da concentração;
Benefícios do Slackline
De acordo com HUBER, KLEINDL ; 2010, o slackline está dividido em dois exercícios:
 Movimento: caminhar na fita e fazer manobras como saltos e giros;
 Estático: sentar, tentar um novo movimento, levantar um pé;
Algumas regiões do corpo são trabalhadas com frequência como as pernas, abdômen e
braços. Por ser um esporte de baixo impacto as articulações são preservadas.
E não pense porque é um esporte de baixo impacto que a queima calórica é baixa, chega-se a
consumir de 400 a 700 calorias durante um treino, além de trabalhar vários músculos e
fortalecimento de algumas articulações do corpo, segue alguns benefícios:
 Exercita o equilíbrio estático e dinâmico, e a consciência corporal;
 Trabalha os distúrbios de concentração;
 Desenvolve os reflexos, aumentando a velocidade de reação corporal;
 Atua na musculatura proprioceptiva e a coordenação motora fina;
 Trabalha a preparação e resistência física;
 Trabalha desinibição;
 O esporte beneficia ainda os conceitos essenciais para a vida nos dias atuais, tais como:
amizade, solidariedade, consciência ecológica, esporte como fator agregador, superação de
desafios, entre outros.
A seguir vamos explicar os principais benefícios que o Slackline pode propiciar ao atleta:
Equilíbrio
O equilíbrio é a principal habilidade motora desenvolvida durante a prática do Slackline, pois o
balanço da fita nos obriga a manter o corpo o mais ereto.
De acordo com, KELLER; 2012 o sistema de equilíbrio do atleta de slackline é dado pela
combinação dos pontos de ancoragem da fita, dos pontos de apoio da pessoa sobre a fita e do
centro de massa alinhados pela força da gravidade. A elasticidade da fita faz com que o atleta
busque a postura e o alinhamento corporal usando os braços e as pernas, mantendo a estabilidade.
Neste esporte, o corpo e a mente articulam-se como unidade inerente inteirando sobre os
limites e gerando possibilidades para superá-los. MAHAFFLEY, em 2009, demonstra que uma das
funções mais significativas do sistema do controle postural humano é o equilíbrio do corpo sobre a
pequena base de apoio fornecida pelos pés. Isto resulta na ligação entre a variação da área de
deslocamento do centro de gravidade e o centro de pressão. Ou seja, o ponto de apoio dos pés na
fita afeta significamente a consecução do equilíbrio sob a fita.
Força
Como destacamos acima, o slackline traz vantagens e benefícios para a coordenação motora e
o controle do corpo. Isso ajuda muito no fortalecimento das articulações como o tornozelo e o joelho.
A prática equivale ao treino funcional já que muitos músculos são solicitados como o glúteo e o
quadríceps, além dos músculos estabilizadores. Este esporte por trabalhar bem essas regiões
musculares age de forma preventiva em relação a lesões, diminuindo o risco ou contribuindo para a
melhora de complicações.
Musculares
O Slackline atua nos músculos profundos que se estabilizam, protegendo e mantendo nosso
corpo em equilíbrio postural já que muitas dores relacionadas à falta da ativação dessa musculatura
sobrecarregam os músculos maiores, assumindo uma função de não movimento.
O tronco ereto e os músculos abdominais também em contração são fundamentais para o
equilíbrio geral e os braços, ombros e costas serão solicitados, fazendo um contrabalanço corporal
ao movimentarem-se de um lado para outro, trazendo a percepção de que as maiorias dos grandes
músculos corporais participam ativamente, durante a prática de caminhar sobre o Slack.
Portanto, a harmonia no funcionamento entre esses grupos musculares oferece proteção
contra lesões e torções articulares. O simples fato de subir na fita, recebe inúmeros estímulos
preventivos.
Concentração
É sem dúvida uma necessidade de quem pratica slackline, trabalha-se muito a concentração.
Somente concentrados é que vamos conseguir atravessar a fita, portanto torna-se uma prática
constante o trabalhar a concentração.
Claro que ao desenvolvermos a concentração estaremos estimulando outras áreas como o
equilíbrio emocional através da persistência e determinação de repetir várias vezes o mesmo
movimento. A prática proporciona diversas quedas no começo, porém insistir fortalecerá a
autoestima, a coragem e diminuindo ou vencendo outros sentimentos contrários como o medo e o
constrangimento.
Postura
Por envolver diversos grupos musculares, sobretudo a parte inferior, mais até do que a parte
superior do corpo é possível entender e aprender sobre a distribuição de forças e peso do próprio
corpo, o que melhora a postura no dia-a-dia.
Além disso, com a melhora do equilíbrio e aumento de força nos músculos do core e das
costas, torna-se mais fácil manter um alinhamento da coluna, diminuindo as dores nas costas e
pescoço, por exemplo.
Psicológico
Ao treinar slackline estamos estimulando nossa capacidade cognitiva, ou seja, estamos
desenvolvendo o raciocínio lógico, a atenção, a disciplina e a determinação, além de aperfeiçoarmos
a capacidade de planejar. Dependendo das posições, trabalhamos também a calma e o equilíbrio
mental e é claro a concentração constantemente.
Como começar?
O ideal é procurar escolas ou locais de prática do esporte para pedir dicas e orientação. Segue
algumas dicas para quem quer se aventurar no esporte:
 Ao começar, monte o equipamento a 50 cm do chão até conseguir dominar ou se
sentir seguro no esporte, então aumente aos
poucos a altura do equipamento;
 O ideal para quem está
começando é colocar tapetes de EVA ou
colchonetes no chão sob a fita para amortecer a
queda e evitar lesões mais sérias.
 Faça o esporte descalço para
poder sentir melhor a fita e também assim é mais
fácil obter equilíbrio, a posição inicial é colocar um
pé no meio da fita slackline;
 O ideal para iniciantes é sempre
começar do meio, caso ocorra à queda, que neste
caso é inevitável, você não cai próximo a obstáculos;
 Para o pé tremer menos, respire fundo e relaxe;
 Fixe o olhar em um ponto próximo à ancoragem, auxiliando no equilíbrio e
estabilidade;
 Tente colocar o peso todo do corpo sob o pé que está na fita e abra os braços
buscando o equilíbrio corporal;
 Flexione um pouco a perna para conseguir achar com mais facilidade o centro da
gravidade;
 E é claro pratique, pratique e pratique sempre.
Material da fita
A priori para saber qual fita comprar e o material mais apropriado são necessários saber o grau
de experiência que a pessoa tem com o Slackline e também qual a intenção dela no esporte, por
exemplo, se ela tem intenção de praticar apenas o equilíbrio e poses estáticas ou se pretende fazer
manobras com saltos e giros? Existem três principais tipos de fitas além do comprimento e
espessuras:
Estático
São fitas pouco elásticas para evitar que a mesma se movimente muito, portanto sua
característica é firmeza e invariabilidade. Esse tipo de material é recomendável para quem está
começando no esporte. Neste material é possível executar alguns saltos básicos com pouco
movimento.
Elástico
Ao contrário das fitas estáticas essa é bem mais flexível e elástica, ideal para andar sobre ela
bem como treinar movimentos estáticos, como por exemplo, posições de Yoga.
Trampolim
O material é o mesmo da cama elástica, possui maior balanço, além de ser mais fina também.
Muito utilizada para manobras, pois exige mais equilíbrio e experiência.
Comprimento e espessura
 Comprimento: São vários tamanhos, pois a fita é ajustável pelo comprimento. Para pessoas
iniciantes o ideal são comprimentos menores, pois o grau de dificuldade também é menor. As fitas
variam de 12 a 30 metros e o comprimento é usado de acordo com a experiência e modalidade. Por
exemplo: para quem pratica longline o ideal são fitas de comprimento maior, pois esse é o objetivo
dessa modalidade.
 Espessura: existem dois tipos de espessuras:
1. A espessura padrão do slackline é de 1 polegada por ser mais flexível, proporcionando a
sensação de estar solta. Esta característica faz com que o grau de dificuldade seja perfeito para
poses estáticas e para caminhar sobre a fita.
2. A de 2 polegadas permite maior margem para erro no posicionamento dos pés. Portanto
mais recomendada para iniciantes e para quem faz movimentos de manobras.
Conclusão
O Slackline está cada vez mais popular, aquecendo o mercado na área esportiva, além de que
cada dia mais cresce o número de adeptos e de profissionais que se especializam nessa área. Hoje
existem várias escolas de Slackline que é considerado um esporte radical de acordo com a
Confederação Internacional de Esportes Radicais, ele é um componente formador da cultura
corporal de movimento influenciando novos hábitos e novo lazer esportivo em todo mundo.
Por isso, a necessidade de novas pesquisas e estudos
envolvendo outras singularidades do meio esportivo que expõe
de condição mais aberta como o slackline está se caracterizando
nos dias atuais e como o esporte modifica os aspectos
psicológico, nutricional e fisiológico do atleta.

ASSUNTO 06: ESPORTE DE INVASÃO: FUTEBOL

O futebol já foi um ritual de guerra, mas o modelo que


conhecemos hoje foi organizado na Inglaterra em 26 de
outubro de 1863. Essa é a data da fundação da Football Association, em Londres e o início da
profissionalização do esporte no mundo.
A prática, contudo, é muito antiga, com registros na China, Japão, América pré-hispânica,
Grécia, Roma e Itália. No Brasil, Charles Miller introduziu oficialmente o esporte em 1894, no Rio
de Janeiro. O futebol era um ritual
Na China, por volta de 2.600 a.C., um ritual denominado "TsüTsü" consistia no uso da cabeça
do chefe de inimigos, por parte das tribos vencedoras, para ser chutada.
Os guerreiros acreditavam que pelo pé assimilariam a inteligência, valentia, força, habilidade
e liderança do inimigo. Relatos semelhantes são encontrados na Europa Medieval e no século X,
na Inglaterra.
Também por volta de 2.600 a.C., começa no Japão a prática do "Kemari", cujo objetivo é o
controle da bola com os pés, revelando plasticidade, delicadeza e elegância. Essa cerimônia que
ainda existe no país, celebra o autoconhecimento, o autocontrole e a autoaprendizagem. Serve,
ainda, de base para a disciplina.
No período compreendido entre 1.200 e 1.600 a.C., a América pré-hispânica inicia a prática
do "Tlachtli", jogado com uma bola de borracha dura e cuja finalidade era representar a batalha
entre a luz e a escuridão. Ao fim da disputa, um dos jogadores era decapitado, seu corpo colocado
ao lado do campo e o sangue usado para purificar o espaço.
O FUTEBOL COMO ESPORTE DA ARISTOCRACIA
Menos violento eram o "Epyskiros" e o "Harpastum", praticados na Grécia a partir do século
IV a.C. e em Roma. As disputas eram marcadas pelo jogador que deveria, com os pés, levar a bola
até o lado adversário.
O esporte era reservado aos aristocratas, mas a plebe estava liberado para a prática em
festas para homenagear Baco, o deus do vinho. Mais parecido com o modelo praticado nos dias de
hoje, o "Calcio storico" era praticado na Itália no século XIV pela nobreza.
Os jogadores deviam respeitar um espaço de 120 metros por 180 metros marcados por
balizas de madeira nas extremidades. As equipes tinham entre 25 a 30 integrantes cada.
Claramente, o objetivo do jogo era fazer a bola atravessar a trave do adversário. Foi este o
modelo levado para a Inglaterra no século XVII por partidários de Carlos II exilados na Itália.
A INGLATERRA REGULAMENTA O FUTEBOL
Em solo inglês, o futebol era praticado por vários colégios entre os anos de 1810 e 1840, mas
cada qual seguia um regulamento distinto. Assim, em 1863, uma reunião a Freemason's Tavern,
sediada na rua Great Queen, organizou a prática. Na ocasião, 11 colégios participaram da
discussão. Esta seria a explicação do porquê deste ser o número de jogadores definido para cada
uma das equipes em campo.
O FUTEBOL NO BRASIL
No Brasil, o futebol chegou através dos britânicos que dedicavam-se ao negócio têxtil no País.
Desta maneira, os diretores passaram a praticar o esporte com os funcionários de suas fábricas.
Atribui-se ao brasileiro descendente de escoceses Charles Miller a introdução oficial d futebol
no Brasil.Miller nasceu em 1874, em São Paulo e estudou na Inglaterra. Em 1894, retornou ao país
e trouxe na bagagem duas bolas de futebol, dois uniformes completos, uma bomba de ar e um livro
de regras do futebol.
No entanto, esta afirmação é contestada por alguns historiadores, pois a primeira agremiação
que teve o futebol incluído foi o Rio Cricket, em 1880, no Rio de Janeiro.
Caberia Oscar Cox, descendente de ingleses, organizar em 1º de agosto de 1901 a primeira
partida oficial de futebol do país no campo do Rio Cricket & Associação Atlética, em Niterói (RJ).
Em campo, uma equipe de brasileiros enfrentou um time de jogadores ingleses e a partida
terminou em 1X1.
Na mesma época, o professor alemão Hans Nobiling fundou, em 1899, em São Paulo o Sport
Club Germania – hoje Pinheiros – e Cox funda o Fluminense Football Club, em 1902. A partir de
então, Miller e Cox passam a incentivar a criação de clubes em São Paulo e Rio de Janeiro,
promovem partidas e disseminam o esporte pelo país.
AS PRIMEIRAS LIGAS BRASILEIRAS DE FUTEBOL

As ligas do esporte são fundadas primeiramente em São Paulo, 1901; Rio de Janeiro, 1905; e
em 1915 já são registradas ligas na Bahia, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e no Rio Grande do
Sul. São Paulo e Rio de Janeiro iniciam a partir de 1915 uma intensa disputa para representarem o
futebol brasileiro no exterior. Cada um deles cria sua própria entidade, a Federação Brasileira de
Futebol em São Paulo e a Federação Brasileira de Esportes no Rio de Janeiro. O impasse foi
resolvido com a criação da Federação Brasileira de Sports (FBS) em 8 de junho de 1914.
Mais tarde, em 1916, a Argentina decide organizar um campeonato com diversas equipes sul-
americanas. Como não havia uma entidade nacional reconhecida pelas federações estaduais, o
Brasil corria o risco de não participar da competição.
O impasse foi resolvido pelo Ministro das Relações Exteriores do Brasil na época, Lauro
Müller. As diferentes entidades de futebol foram extintas e reunidas na Confederação Brasileira de
Desportos (CBD) em 21 de junho de 1916. A CBD foi reconhecida oficialmente pela FIFA
(Federação Internacional de Futebol) dois anos depois. Em 1930, ocorre a primeira Copa do
Mundo, disputada no Uruguai, que foi campeão.
Na ocasião, a equipe brasileira ficou na sexta posição. A primeira conquista do Brasil
aconteceu somente na sexta Copa do Mundo na Suécia, em 1958, quando a Seleção Brasileira
venceu o time da casa por 5X1.
Os destaques eram os jogadores Pelé, que tinha 17 anos na época, e Garrincha.

Pelé e Garrincha, dois ícones do futebol brasileiro. Fonte: Museu da Pelada


O FUTEBOL ERA PROIBIDO AOS NEGROS

No início, o futebol profissional era proibido aos negros. O primeiro clube no Brasil a permitir
que jogadores negros integrassem o time foi Bangu Atlético Club, em 1905, no Rio de Janeiro.
Ainda assim, em 1921, o então presidente Epitácio Pessoa pediu que não fossem convocados
atletas negros para a equipe do Brasil que disputaria o campeonato sul-americano na Argentina.
Além dos jogadores, os integrantes da delegação também não podiam ser negros. O governo
alegava que a seleção brasileira deveria mostrar "o melhor da sociedade brasileira" ao mundo.
Posteriormente, o Clube de Regatas Vasco da Gama conquistou o campeonato carioca em
1923 com a maioria da sua equipe composta por negros. O sucesso do Vasco incentivou outros
times a também
aceitarem atletas
negros no quadro
de
jogadores.

MEDIDAS DO CAMPO DE FUTEBOL


ASSUNTO 07: JOGOS E BRINCADEIRAS: TACOBOL

Esportes de campo e taco são modalidades que


têm como objetivo rebater a bola o mais longe possível
para se percorrer o maior número de vezes as bases e,
assim, somar pontos. São exemplos dessa modalidade:
tacobol e beisebol. Essas modalidades não fazem parte
do universo de esporte praticados no Brasil, por isso que
não são tão conhecidos. Vamos conhecer hoje os
principais.
O Tacobol é um jogo de rua que derivou e do
"cricket" britânico, ganhando uma versão popularizada
no Brasil como jogo ou brincadeira de rua. O objetivo principal do jogo é rebater a bola lançada
pelo jogador adversário, sendo que durante o tempo em que o adversário corre atrás da bola, a
dupla que rebateu deve cruzar os Betes, também chamados de taco ou remos, no centro do
campo, fazendo assim um ponto cada vez que cruzam os tacos. Tem muitos adeptos, na maioria
crianças.
O Beisebol é uma modalidade praticada entre duas equipes, cada equipe tem nove
jogadores que alternam as posições de defesa e ataque. O objetivo do jogo é fazer a maior
quantidade de pontos, os “runs”. O campo tem forma de semicírculo. Dentro desse semicírculo
existe um quadrado com quatro bases, uma em cada ponto de encontro com o círculo. O jogo é
dividido em turnos. São nove ao todo, eles se alternam entre ataque e defesa. Um turno chega ao
término quando os três batedores de um mesmo time
não marcam pontos e são substituídos. O objetivo é
que algum jogador do time adversário pegue a bola
antes do batedor chegar a um destino. Caso ele
consiga passar por todas as bases, será computado
um ponto. (Fonte: www.educamaisbrasil.com.br)

CONCLUSÃO
Os esportes de campo e taco reúnem
modalidades que caracterizam por rebater a bola
lançada pelo adversário o mais longe possível, para
tentar percorrer o maior número de vezes as bases
ou a maior distância possível entre as bases, enquanto os defensores não recuperam o controle
da bola, e assim, somar pontos.

ASSUNTO 08: ESPORTE DE REDE: VOLEIBOL

O voleibol é uma modalidade com mais de 100 anos e que se renova de tempos em tempos.
HISTÓRIA
Ao observarmos a dimensão que o vôlei ocupa no cenário mundial, fica difícil imaginar que ele
foi criado no longínquo ano de 1895. Isso aconteceu no dia 9 de fevereiro, em Holyoke, cidade do
estado norte-americano de Massachusetts. O novo jogo foi desenvolvido na Associação Cristã de
Moços, pelo diretor de Educação Física William George Morgan. O desporto foi batizado
de MINTONETTE e reunia conceitos de beisebol, tênis, handebol e basquete.
Ao criar a modalidade, Morgan tinha como intuito fazer o público mais velho praticar atividade
física, já que o esporte da moda naquele momento, o basquete, tinha muito contato físico e era
intenso demais. Graças ao excelente trabalho da ACM, o vôlei cresceu de maneira espetacular
após a virada do século, mas foi a partir da Primeira Guerra Mundial que ele se propagou de vez
pela Europa e, depois, pela Ásia, principalmente pela prática constante dos soldados norte-
americanos nas bases militares.
REGRAS BÁSICAS DO VOLEIBOL
O objetivo do jogo é não deixar a bola cair no próprio lado da quadra e, mais do que isso,
fazê-la cair na quadra adversária. É um jogo muito dinâmico, pois, ao mesmo tempo que um time
realiza a defesa, coordena o contra-ataque.
MEDIDAS
Essa modalidade esportiva é disputada em uma quadra de 9 metros de largura por 18 metros
de comprimento. A única diferença nas competições oficiais entre as categorias feminina e
masculina é a altura da rede: 2,24 metros para as mulheres e 2,43 metros para os homens.

TEMPO DE JOGO
Não existe tempo predeterminado para
uma partida de vôlei. Os jogos são
disputados em melhor de cinco sets, e cada
set termina quando uma equipe atinge 25
pontos ou mais (lembrando que é necessária
a diferença de dois pontos para se ganhar o
set). Caso ocorra empate nos quatro
primeiros sets, disputa-se um quinto set,
conhecido como tie-break, até que uma das
equipes atinja 15 pontos.
NÚMERO DE JOGADORES
Em partidas oficiais, é permitida a participação de 12 atletas no jogo, sendo seis titulares e
seis reservas. No vôlei, não há limite de substituições.
NÚMERO DE TOQUES NA BOLA
Cada equipe pode tocar três vezes consecutivas na bola para tentar marcar ponto, e vale
lembrar que o toque do bloqueio não entra nessa conta. Ou seja, se uma equipe realizar o bloqueio
e permanecer com a posse de bola, ela ainda pode realizar três toques para tentar pontuar.
TOQUE NA REDE OU NA ANTENA
Ao realizar um ataque próximo à rede, o atleta necessita de muita técnica, pois é proibido
tocar qualquer parte do corpo na rede ou na antena.
POSIÇÕES DOS JOGADORES
LÍBERO
Posição introduzida no voleibol a partir de 1993, com função, especificamente, de recepção e
defesa. Um jogador que atua nessa posição não pode sacar nem concluir uma ação de ataque.
Atualmente, pode ser capitão da equipe.
LEVANTADOR
Essa posição tem como principal objetivo passar a bola da melhor
maneira para quem está atacando, ou seja, quanto melhor for a técnica do
levantador, mais fácil será para o atacante marcar o ponto.
ATACANTE DE MEIO OU CENTRAL
Além de ter papel fundamental no ataque, o jogador auxilia também na defesa, pois costuma
ter altura privilegiada, facilitando o bloqueio do ataque adversário.

ATACANTE DE PONTA OU PONTEIRO PASSADOR


Assim como a posição anterior, os atacantes de ponta ou ponteiros passadores também têm
função dupla. Além de se preocuparem com as ações ofensivas, têm função defensiva importante.
Geralmente, são atletas que apresentam bom passe.

OPOSTO
Jogador especialista em ações ofensivas da equipe. Recebe esse nome justamente pelo fato
de o jogador atuar na posição oposta à do levantador.
FUNDAMENTOS DO VOLEIBOL
SAQUE
Além de ser a ação que inicia o jogo, o saque também é a
primeira ação após o término de uma jogada. A equipe que marcou
o ponto no último rali disputado permanece com a posse de bola e
a chance de sacar.
RECEPÇÃO
Trata-se de uma ação direta contra o saque adversário e consiste em receber e controlar esse
ataque da melhor maneira possível, amortecendo a bola, com o intuito de fazê-la chegar, por
exemplo, às mãos do levantador para que ele efetue o levantamento.
LEVANTAMENTO
É a ação do jogo que prepara para a finalização de um ataque e costuma ser o segundo
toque dos três que a equipe pode realizar. Por ser um fundamento que exige muita habilidade,
técnica e percepção de jogo, os levantadores são considerados “a alma” da equipe.
ATAQUE
É o fundamento que finaliza uma jogada de ataque. Sua execução começa desde o momento
da recepção até a ação do levantamento e, normalmente, esse movimento encerra o rali.
BLOQUEIO
Consiste no ato de impedir, próximo à rede, que o adversário concluir o ataque com sucesso.
Esse fundamento tem papel muito importante no jogo, pois, dependendo da maneira como é
utilizado, pode ter tanto função ofensiva como defensiva.
DEFESA
Como o próprio nome diz, esse fundamento tem como base defender e impedir o ataque
adversário quando o bloqueio não foi capaz de fazê-lo. Vale lembrar que é permitido usar qualquer
parte do corpo para realizar uma defesa.
ASSUNTO 09: JOGOS E BRINCADEIRAS: DAMA

De acordo com a Revista Super Interessante, O JOGO DE DAMAS


tem esse nome por que, na Idade Média, era um passatempo quase
exclusivamente feminino. Enquanto a complexidade do xadrez era
recomendada somente aos homens da aristocracia, o “sexo frágil” deveria
se limitar a essa alternativa mais “simples”. A origem do jogo remonta ao
Egito antigo, de 2000 a.C. – mas ele era considerado um instrumento de
adivinhação mística, não uma forma de lazer. De lá, foi levado para a
Grécia. Os árabes também ajudaram a difundi-lo, já com o nome de
alquerque, quando invadiram a Espanha no início do século 8. As trocas
entre europeus, gregos e egípcios enfim popularizaram-no Europa afora
e, como era praticamente restrito às mulheres, acabou rebatizado.
No Brasil, foi oficializado como esporte para ambos os
gêneros a partir de 1930. O jogo de damas, como esporte, teve seu início no Brasil nos idos de
1935 a 1940, pelas mãos de Geraldino Izidoro. Grande parte das provas realizadas naquela
época estão registradas no livro “Ciência e Técnica do Jogo de Damas”, de autoria de G. Izidoro
J. Cardoso. A partir de 1940, a prática do jogo de damas de uma forma organizada, entrou em
recesso. Não há registros de movimento damístico até 1954, quando, com o advento do mestre
russo W. Bakumenko, um novo surto começou a surgir, no tabuleiro de 64 casas. Radicado em
São Paulo, W. Bakumenko, egresso de uma escola damística evoluída, campeão da URSS em
1927, deu início à criação de um núcleo damístico. Por sua vez, G. Izidoro, que sempre manteve
seu interesse pelo jogo de damas, ao saber da presença de Bakumenko, o procurou. Isto gerou
um encontro famoso entre as equipes de São Paulo e Rio de Janeiro, que praticamente marcou o
reinício das atividades damísticas no país. Esta prova foi realizada no Rio de Janeiro, no dia 02 de
maio de 1954.

REGRAS DO JOGO DAMA:


O jogo de damas é praticado em um tabuleiro de 64 casas, claras e escuras. A grande
diagonal (escura), deve ficar sempre à esquerda de cada jogador. O objetivo do jogo é imobilizar
ou capturar todas as peças do adversário.
O jogo de damas é praticado entre dois parceiros, com 12 pedras brancas de um lado e
com 12 pedras pretas de outro lado. O lance inicial cabe sempre a quem estiver com as peças
brancas. Também joga-se dama em um tabuleiro de 100 casas, com 20 pedras para cada lado -
Damas Internacional.
A pedra anda só para frente, uma casa de cada vez. Quando a pedra atinge a oitava
linha do tabuleiro ela é promovida à dama.
A dama é uma peça de movimentos mais amplos. Ela anda para frente e para trás,
quantas casas quiser. A dama não pode saltar uma peça da mesma cor.
A captura é obrigatória. Não existe sopro. Duas ou mais peças juntas, na mesma
diagonal, não podem ser capturadas.
A pedra captura a dama e a dama captura a pedra. Pedra e dama têm o mesmo valor
para capturarem ou serem capturadas.
A pedra e a dama podem capturar tanto para frente como para trás, uma ou mais peças.
Se no mesmo lance se apresentar mais de um modo de capturar, é obrigatório executar
o lance que capture o maior número de peças (Lei da Maioria).
A pedra que durante o lance de captura de várias peças, apenas passe por qualquer
casa de coroação, sem aí parar, não será promovida à dama.
Na execução do lance do lance de captura, é permitido passar mais de uma vez pela
mesma casa vazia, não é permitido capturar duas vezes a mesma peça.
Na execução do lance de captura, não é permitido capturar a mesma peça mais de uma
vez e as peças capturadas não podem ser retiradas do tabuleiro antes de completar o lance de
captura.
Empate:
Após 20 lances sucessivos de damas, sem captura ou deslocamento de pedra, a partida é declarada
empatada.
Finais de: 2 damas contra 2 damas; 2 damas contra uma;2 damas contra uma dama e uma pedra;
uma dama contra uma dama e uma dama contra uma dama e uma pedra, são declarados
empatados após 5 lances.

ASSUNTO 10: JOGOS E BRINCADEIRAS: XADREZ

A HISTÓRIA DO XADREZ
A invenção do jogo de xadrez se relaciona diretamente com a matemática, a partir de um
antigo pergaminho que relata o seguinte: Estava enfermo certo Rei na Índia e lhe indicaram que
deveria se distrair com algo agradável. Para ele Dahir al-Hindi elaborou o jogo de xadrez.
Depois de ter expressado sua alegria pela invenção, o Rei disse: "Peça uma recompensa".
Dahir al-Hindi pediu um dirhem (moeda de prata utilizada pelos árabes na Idade Média) para a
primeira casa do tabuleiro e que fosse dobrando progressivamente este número a cada uma das
casinhas restantes, a que o Rei comentou: "Me assombra que um homem como você, capaz de
criar um jogo tão maravilhoso, aceite recompensa tão pequena. Que receba o que pede". Mas
quando o assunto chegou aos ouvidos de seu Vizir, este se apresentou diante o Rei e disse:
"Precisas saber, oh Rei, que mesmo vivendo mil anos e recolhendo para ti todos os tesouros da
Terra, não poderá pagar o que lhe foi pedido”. A quantidade
que resulta de dobrar o primeiro número para cada uma das
casas do tabuleiro resulta em: 18.446.744.073.709.551.615.
Esta lenda já foi contada de muitas maneiras, trocando os
nomes dos protagonistas e até o motivo da recompensa.
Porém, os ancestrais do xadrez provavelmente surgiu a 40
séculos antes de nossa era, dada a escrita pictórica e escultura,
que servem para iniciar as investigações sobre o jogo. Ainda
que a informação mais divulgada durante os últimos três
séculos, sustenta que o xadrez foi inventado na Ásia Central, no noroeste da Índia.
Foi no último período da Idade Média, que o xadrez recebe sua denominação atual. O
processo de difusão do jogo ocorre entre os séculos VI e IX quando chega a Europa com a
invasão dos mouros pela península ibérica, Itália e Grécia. Na Espanha o jogo teve grande
desenvolvimento e contou com apoio oficial. Como conseqüência da assimilação cultural entre os
mulçumanos e os católicos. Nesta etapa se publica o Libro de ajedrez, em 1232, durante o
reinado de Alfonso X, o Sábio, que fora o seu autor.
HISTÓRIA DO XADREZ BRASILEIRO
Seguramente, as primeiras partidas de xadrez no Brasil, foram jogadas durante a estada de
Pedro Álvares Cabral e sua frota, na época do descobrimento – 1500 – na época, o jogo de
xadrez era largamente praticado na Europa principalmente pela nobreza como principal diversão.
Pero Vaz de Caminha, por sua vez, inegavelmente era aficionado do jogo, pois, por diversas
vezes, faz referência às peças e ao tabuleiro de xadrez.
Também, não seria de estranhar a presença de enxadristas na comitiva de D. João VI,
quando veio para o Brasil com mais de quinze mil súditos, na maioria pertencentes à nobreza. É
certo, que D. Pedro I era um entusiasta do jogo. Entre as evidências dessa época, “há no Museu
Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, algumas peças de rico jogo modelo chinês e um grande e
artístico tabuleiro, que pertenceram a D. Pedro I.” (COSTA, Waldemar).

XADREZ PARA TODOS


Torres eram representadas por senhoritas da
sociedade; os Reis Bispos e Cavalos, por homens ilustres
e os Peões por crianças de ambos os sexos.
O xadrez se joga sobre um tabuleiro quadrado,
composto por oito linhas de oito casas, que são de cores
claras e escuras alternadamente. Como sabemos, o
xadrez é uma batalha entre dois reinos, e esta batalha
acontece em um campo de batalha, o tabuleiro. E aquele
que melhor conhecer o terreno onde suas tropas irão duelar, terá uma vantagem enorme sobre o
seu oponente. As oito linhas de casas horizontais se chamam filas. As oito linhas de casas
verticais se chamam colunas, e são numeradas como em um jogo de batalha naval, onde cada
fila é identificada por uma letra (a-h) e cada coluna é identificada por um número (1-8). Portanto, o
tabuleiro tem 64 casas, que formam 8 filas, 8 colunas e 26 diagonais!
Movimento das peças
TORRE
A torre se movimenta para frente e para trás, para a direita e

para a esquerda, quantas casas quiser, mas não pode pular

nenhuma outra peça.


BISPO
O bispo se movimenta na diagonal mantendo-se sempre nas

casas de mesma cor que se encontrava no início do jogo,

podendo ir para frente e para trás, quantas casas quiser, mas

não pode pular nenhuma outra peça.

CAVALO
O cavalo tem um movimento especial que parece a letra L. O

cavalo se movimenta 2 casas para frente ou para trás e em

seguida 1 casa para a direita ou para a esquerda, ou 2 casas

para a direita ou para a esquerda e em seguida 1 casa para

frente ou para trás. O cavalo é a única peça do xadrez que pode pular outras

peças.

RAINHA
A Rainha, também conhecida como Dama, é a peça mais

poderosa do xadrez, ela pode ir para frente ou para trás, para

direita ou para a esquerda, ou na diagonal, quantas casas quiser, mas não pode

pular nenhuma outra peça.

REI
O Rei movimenta-se apenas 1 casa em qualquer direção. O Rei nunca pode se

movimentar para uma casa que esteja sob ataque ou capturar uma peça que

esteja defendida por uma peça adversária. No diagrama o rei preto só pode ir

para cima, pois indo para a esquerda ou em diagonal estará sob ataque da torre

branca. Quando estudarmos os movimentos especiais veremos que existe uma

situação em que o rei pode andar 2 casas.

PEÃO
O peão só se movimenta para frente, sendo a única peça que

não se move para trás. No primeiro lance de cada peão ele

pode avançar 1 ou 2 casas. À partir do segundo lance de cada

peão ele irá movimenta-se apenas 1 casa.

ASSUNTO 11: LUTAS – LUTA MARAJOARA

Luta Marajoara ou Agarrada Marajoara é um tipo de combate corpo-a-corpo semelhante ao


wrestling, praticado no norte do Brasil, principalmente nas festividades dos povoados do
arquipélago do Marajó, no município de Cachoeira do Ararí, onde o objetivo do combate é projetar
o corpo do oponente de costas ao chão e dominá-lo. Há uma indefinição quanto a origem real
desta arte marcial.
Alguns escritores já citaram as práticas do povo
indígena Aruás e a influência dos escravos africanos
na sua criação. Outras teses, com maior poder de
coerência e proximidade com o que é praticado nos
combates atuais, a influência das brigas entre búfalos
observadas e reproduzidos por caboclos, a exemplo do
que fizeram os orientais criando estilos de luta
baseadas nos movimentos de ataques e defesas de animais (como a serpente, o leopardo etc.)
ou amistosos confrontos feito por vaqueiros, em atividades de lazer para aquecimento do corpo
ao final do dia. Passando a ser tradição na festividade do Glorioso São Sebastião, de Cachoeira
do Arari. As duas teses se fundem numa única dentro do contexto do lúdico, quando a prática
ainda era chamada pelos nomes de: agarrada, cabeçada, lambuzada ou derrubada.
Nomes registrados ainda hoje nos municípios de Cachoeira do Arari e Santa Cruz do Arari,
possíveis áreas onde a arte foi iniciada, sendo remanescente em Salvaterra, Chaves e
principalmente Soure, que devido a grande incidência de propriedades pecuaristas, predominou a
cultura da criação de búfalos, animal que pode ter influenciado na criação da luta. Se levarmos
em consideração que a chegada dos búfalos no Brasil deu-se através da ilha do Marajó, na última
década do século XVIII, numa ação do
pecuarista Vicente Chermont de Miranda,
então poderemos dizer que esta luta pode
ter seu surgimento referendado também por
este episódio, em datas próximas.
A referência histórica para o século XVIII
é corroborada por estudos realizados sobre
a Luta Marajoara, os quais, partindo da
análise de Vicente Salles em sua obra O
negro na formação da sociedade paraense:
textos reunidos, de 2004 , destaca que entre
os séculos XVIII e XIX no Pará, a visualização de sua prática por negros, vaqueiros e mulatos nos
campos marajoaras coincidiu com os eventos do movimento da Cabanagem ocorridos no estado.
É em Cachoeira do Arari durante a procissão dos mastros pelas ruas da cidade, na Festividades
do Glorioso São Sebastião, os devotos banham-se e praticam a luta marajoara na lama das
primeiras chuvas do ano, durante o inverno marajoara no mês de janeiro.
A festividade, que funde o profano com o religioso, ocorre sempre de 10 a 20 de janeiro, com a
chegada das chuvas, o ano que poderá ser de fartura, caso chova muito ou de dificuldades caso
chova pouco ou não chova. Com a chuva forma-se grande quantidade de lama pelas ruas da
cidade e é lá que a lambuzada se faz presente. Eles sujam-se, uns aos outros, na lama
considerada abençoada. E quem não se lambuza não terá a proteção do santo chamado pelos
devotos apenas como “Bastião”.
Somente na metade da década de 90 esta prática começou a receber uma nova denominação,
agora sim, como Luta marajoara, devido a iniciativa de órgãos públicos que passaram a promover
torneios com lutadores devidamente preparados e com premiação de destaque para aquele que
seria considerado campeão. Saindo então aí, o elemento lúdico e entrando a prática desportiva de
rendimento, com a necessidade de regras mais especificas e rígidas que permitissem a ação de
arbitragem para mediar os combates.
Tipos
Existem dois tipos de luta marajoara, a tradicional e a esportiva. A tradicional é praticada
nas fazendas da região em solo com areia, argila ou grama (para evitar grandes lesões), e a
esportiva nos eventos organizados pelo Governo Municipal e conta com apoio de organizações que
regulamentam a prática, definem as regras e organizam campeonatos. Até o momento a Luta
Marajoara não tem graduação e também não foi estilizada.
Algumas Regras
O ambiente comum para que ocorram as disputas, deve ter solo com areia, argila ou grama,
pois a regra básica do combate é derrubar o oponente no chão e encostar suas costas o suficiente
para que seja considerado dominado. O sinal escolhido pelos caboclos e mantido pelos
desportistas. Para definir o combate, observa-se os detritos do solo, seja argila ou grama, nas
costas do lutador.
Alguns torneios convencionam regras para as disputas o que acaba por permitir práticas com
normativas diferenciadas de um município ou evento para outro. Porém, o mais comum é:
1. Mínimo duas categorias de lutadores com base no peso, até 80 kg e superior a 80 kg; além
dos gêneros, onde o lutador tem oponente do mesmo sexo; e o respeito a faixa etária,
discriminando o Amador (até 35 anos) e o Master (acima de 35 anos);
2. O “pé casado” deverá ser a posição inicial de luta e servirá também para reinicio de
combate em caso de intervenção da arbitragem;
3. Um circulo com raio de pelo menos dois metros deve ser desenhado no chão para servir de
área de combate, não podendo os lutadores saírem desta área.
4. Proibido o uso de óleos ou qualquer tipo de adereço sólido no corpo, muito menos unhas
destacadas.
5. Proibido o uso de atos contundentes com qualquer parte dos membros: socos, chutes e
tapas. E estrangulamentos, como chaves de braços ou pernas.
6. A luta deverá desenvolver predominantemente em pé, buscando sempre a projeção através
de agarradas, empurradas e puxadas, desequilibrando o adversário rumo ao solo. Nos casos em
que ocorrerem a derrubada sem que a costa seja posta em contato suficiente com o solo para a
finalização do combate, deverá o árbitro permitir a luta de chão somente o tempo suficiente para
que o esforço na finalização seja concluído. A falta de progresso na disputa pela finalização dará
ao árbitro a condição de intervenção, solicitando os dois lutadores para que voltem a posição de
“pé casado” em pé, reiniciando a disputa.
7. A equipe de arbitragem deverá ser composta por até três técnicos conhecedores das
regras. Sendo dois árbitros auxiliares que permanecem do lado de fora do circulo observando toda
a movimentação, para indicar ações irregulares ou auxiliar na decisão final, caso a luta não seja
finalizada no tempo comum. O arbitro principal é o responsável pela integridade física e moral dos
atletas e pela aplicação correta das regras, permanecendo para isso dentro do circulo de combate.
Cabe somente a ele a responsabilidade de iniciar, interromper ou encerrar o combate.
8. A luta ocorrerá em round único, com tempo de até cinco minutos. Caso a luta não seja
definida neste tempo (empate), os árbitros votam para desempatar; podendo ser dada uma
prorrogação de até três minutos.
Em síntese, o desenvolvimento da Luta Marajoara se baseia em princípios que condicionam a
prática de todas as lutas, de um modo geral.
a) O contato proposital, que na Luta Marajoara se dá por meio da agarrada;
b) A fusão ataque e defesa, sendo o ataque a ação de desequilíbrio do adversário de modo a
projetá-lo ao chão de costas, e a defesa, a ação de impedimento da agarrada;
c) A imprevisibilidade, caracterizada pela inesperada ação de movimentos do adversário e a
qual, na Luta Marajoara, se expressa na ação de agarrada advinda do oponente;
d) Oponente/alvo, a condição real acerca do lutador adversário na Luta Marajoara, com o
objetivo de dominá-lo e projetá-lo ao chão de costas, sujando-as.
e) Regras, as quais na Luta Marajoara são caracterizadas pela derrubada do oponente de
costas ao chão a partir do início em “pé casado”, espécie de rito que demarca a posição inicial na
luta e seu reinício.
Golpes
Movimentos de Ataque
Cabeçada: similar ao Double leg, o lutador agarrara as pernas do adversário e empurrara o
abdome projetando-o no chão.
Calçada: É similar a uma rasteira feita na perna da frente do adversário.
Movimentos de Defesa
Espalhada: Estica-se as pernas a fim de pesar o peito sobre o adversário, sendo similar
ao spraw do wrestling.
Golpes Proibidos
Alguns golpes são considerados perigosos de serem aplicados em combate, teriam sido
criados pelos caboclos nos primórdios. Estes golpes já teriam sido registrados como letais e levado
a morte alguns praticantes, basicamente por fratura de cervical, são eles: Boi Laranjeira, Fincada e
Recolhida.
A Luta nas Artes Marciais Mistas
Dois marajoaras conseguiram projeção internacional, graças a suas entradas na prática das
artes marciais através da Luta Marajoara. São eles, os irmãos Alcântara, Yuri e Ildemar Marajó.
Integrantes atualmente do card de lutadores do Ultimate Fighting Championship, o maior evento
de MMA do mundo. Os dois iniciaram suas atividades com as artes marciais, quando ainda
moravam na Fazenda Tapera, em Soure, uma das mais tradicionais fazendas da região.
O pai era feitor da fazenda e a mãe desenvolvia atividade como professora. Os meninos
eram levados pelo pai a se envolverem nas disputas de luta marajoara com outros meninos da
comunidade, e contam os dois que quando perdiam recebiam castigo do pai. Isso fez eles se
aplicarem cada vez mais. Cresceram com esta determinação e tornaram-se os melhores
praticantes, consagrando-se vitoriosos em vários torneios da região. Passaram depois a praticar
outras artes marciais buscando aperfeiçoar suas
técnicas até chegarem ao MMA.
Mais recentemente, Deiveson Figueiredo,
praticante de longa data da disciplina, conquistou
o cinturão dos moscas do UFC. Creditando a sua
experiência com a luta marajoara como um dos
fatores que lhe auxiliaram no sucesso no MMA.
Reconhecimento da Luta Marajoara em
espaços educacionais
Dada sua importância histórica e cultural, aliada
a caracterização da Luta Marajoara como prática
corporal brasileira por documentos curriculares, como a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), a referida luta figura como conteúdo cultural a ser desenvolvido em escolas do país. Em
virtude disso, o reconhecimento de seu saber, especialmente na Educação Física escolar [9],
precisa ser alçado a um posto de relevância para que atividades pedagógicas com a luta possam
ser realizadas e, consequentemente, sua prática possa ser reconhecida nos mais variados
espaços sociais.
A formação de professores, nesse sentido, ganha um papel de destaque, pois compreende
espaço de formação profissional de futuros docentes que tratarão conteúdos relevantes para a
sociedade, como a própria Luta Marajoara na Educação Física. No entanto, o que se observa é a
ausência[3] de socialização de seu saber nos currículos de formação, fato que pode resultar na
própria ausência da Luta Marajoara nas escolas. Para isso, o reconhecimento do saber desta luta
no currículo da formação de professores de Educação Física de universidades da região
paraense e demais regiões é necessário, de modo que, de fato, a Luta Marajoara possa ter sua
tradição reafirmada nos tempos contemporâneos e sua prática presente em diferentes espaços
educacionais.

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