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Compressor de Pistão
Compressor de Parafuso
Tratamento de Ar Comprimido
MANUAL DE VENDAS
Compressor de Pistão / Compressor de Parafuso / Tratamento de Ar Comprimido
Elaborado por:
ADEMIR SGROTT
CÂNDIDO JOSÉ SCHONARTH
GILSON R. LOPES
1ª edição - Setembro 1999
O DIREITO A
U
TE
TO
I
PE
RA
RES
E
AD
M de fotocópia, de gravação, ou outros, sem prévia autorização, por escrito, da Schulz S.A.
I
I
D
UL
E A C R I AT I V
MANUAL DE VENDAS
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
COMPRESSOR DE PISTÃO
1. NOÇÕES GERAIS DE COMPRESSORES DE PISTÃO 07
1.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 07
Ar Atmosférico 07
Ar Comprimido 08
Pressão Atmosférica 09
Pressão 09
Vazão Volumétrica 10
Aplicação 10
Classificação Quanto ao Número de Estágios 11
Classificação Quanto à Lubrificação 12
Classificação Quanto ao Acionamento do Bloco Compressor 12
1.2 NOMENCLATURA SCHULZ/WAYNE 13
1.3 CONCEITOS BÁSICOS PARA UMA CORRETA SELEÇÃO 15
Vazão Teórica ou Deslocamento Teórico 15
Vazão Efetiva ou Deslocamento Real 15
Rendimento ou Eficiência Volumétrica 16
Regime de Trabalho 16
1.4 SELEÇÃO 16
1.5 EXTRAÇÃO DE ÁGUA DE POÇOS PROFUNDOS ''AIR LIFT'' 17
Descrição 17
Cálculos 17
Consumo Específico de Ar 18
Pressão 18
Tubulação 18
Injetor ou Difusor 19
Tabela Consumo de Ar Comprimido em Poços Artesianos 20
1.6 EXERCÍCIOS DE SELEÇÃO 21
COMPRESSOR DE PARAFUSO
2. NOÇÕES GERAIS DE COMPRESSORES DE PARAFUSO 35
2.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 35
Classificação dos Compressores 35
Principais Vantagens dos Compressores de Parafuso 36
2.2 NOMENCLATURA SCHULZ/WAYNE 38
2.3 COMPRESSORES DE PARAFUSO X COMPRESSORES DE PISTÃO 39
O Que Perguntar ao Cliente Interessado
em Comprar um Compressor ? 40
ÍNDICE
TRATAMENTO DE AR COMPRIMIDO
3. NOÇÕES GERAIS DE TRATAMENTO DO AR COMPRIMIDO 57
3.1 CONTAMINANTES 57
3.2 COMPONENTES PRINCIPAIS DO TRATAMENTO 58
Secador 58
Pós-Resfriador (After-cooler) 58
Reservatório 59
Purgador 59
Filtro de Partículas 59
Filtro Coalescente 59
Filtro Adsorvente (Carvão Ativado) 59
Resumo 59
Instalações Típicas Conforme ISO 8573 60
3.3 PREPARAÇÃO DO AR COMPRIMIDO 61
FRL - Filtro, Regulador e Lubrificador 61
Considerações Gerais em Uma Rede de Ar Comprimido 61
Procedimento de Otimização e Racionalização do Ar Comprimido 62
Vazamentos em Geral 62
Lay-out de Instalação 62
TABELAS
Fluxo Livre de Ar Comprimido Através de Orifícios em pés3/min 65
Fluxo Livre de Ar Comprimido Através de Orifícios em scfm 66
Fluxo Livre de Ar Comprimido Através de Bicos em pcm 67
3
Consumo de Ar Comprimido em Cilindros Pneumáticos em Ndm
por Ciclo (Avanço e Retorno) por Milímetro de curso 68
Consumo de Ar Comprimido dos Equipamentos Odontológicos 69
Pressões para Calibragem de Pneus em psi 70
Comparativo do Consumo de Ar Comprimido em Equipamentos
de Jateamento em cfm 70
Vazão e Pressão de Trabalho dos Compressores de
Pistão Schulz/Wayne 71
COMPRESSOR DE PISTÃO
Ar Atmosférico
Figura 01 - COMPRESSÃO DO AR
Figura 02 - ASPIRAÇÃO DO AR
Ar Comprimido
Estando as moléculas que formam os gases relativamente distantes entre si, qualquer
fenômeno mecânico que provoque a aproximação delas ao estado normal de "repouso",
imprimi características diferentes ao ar transformando-o em energia mecânica. Para
comprimir o ar é necessário retirá-lo do meio onde se encontra livre, em circuito aberto,
submetendo-o a uma ação mecânica de compressão em circuito fechado.
O desenvolvimento industrial, em função da automação e agilização dos meios de
produção, encarregou-se de colocar o ar comprimido como uma das principais fontes de
energia. E é assim que ele deve ser encarado, como energia.
Em nossos dias uma indústria pára se faltar ar comprimido e as tarefas rudimentares de
limpeza, pintura, encher pneus e outras que sacramentam a idéia de utilização dessa fonte
energética, ainda persistem, mas pertence ao passado a idéia que se fazia sobre a utilidade
de um compressor de ar.
Figura 05 - APLICAÇÕES
Pressão Atmosférica
Como toda matéria concreta o ar tem peso e portanto, vivemos sob este peso.
A atmosfera exerce sobre nós uma força equivalente ao seu peso, mas não a sentimos, pois
ela atua em todos os sentidos e em todas as direções com a mesma intensidade. A isto
chamamos de pressão atmosférica.
O valor da pressão atmosférica ao nível do mar, a uma temperatura de 20ºC e a uma
umidade relativa de 36% é de 1 atm ou 760 mm Hg (coluna de mercúrio) ou então 14,5
2
lbf/pol .
Pressão
* g=(GAUGE)
é a pressão manométrica
(lida no manômetro)
Vazão Volumétrica
Aplicação
Uso doméstico
Consultórios
Borracharias
Oficinas Mecânicas
Serralherias
Marcenarias
Jateamento
Postos de serviço
Poços artesianos
Lava-rápido
Oficinas de pintura
Uso industrial
Este manual lhe fornecerá todos os subsídios para a correta seleção de um compressor.
Estágio de Compressão
Compressores de Um Estágio
Compressores Lubrificados
• Acionamento direto.
• Acionamento indireto.
Polia - Correia - Volante
SCHULZ
M S V 15 N A P / 2 2 0 ?
AD AR DIRETO
V RESERVATÓRIO VERTICAL
OS DEMAIS POSSUEM RESERVATÓRIO HORIZONTAL
SUFIXO
I INTERMITENTE
COM PRESSOSTATO
C CONTÍNUO
COM VÁLVULA PILOTO E VÁLVULA DESCARGA
VL VANGUARD LINE
SA SUPER ADVANCED
LINHA NAP NOVO ALTA PRESSÃO
FORT
MAX
ML MUNDIAL LINE
I 1 PISTÃO
V 2 PISTÕES
W 3 PISTÕES
A UNID. COMPRESSORA EM ALUMÍNIO
L 2 PISTÕES EM LINHA
WV 5 PISTÕES
SCHULZ
METALÚRGICA
WAYNE
W 960 11 H ?
W2
C CONTÍNUO
SUFIXO COM VÁLVULA PILOTO E VÁLVULA DESCARGA
L BAIXA PRESSÃO
100 psi
RESERVATÓRIO HORIZONTAL
COMPRESSOR DUPLO
2 UNIDADES COMPRESSORAS
WAYNE
WV 40 AP/380 ?
AP ALTA PRESSÃO
LINHA
G GERAÇÃO
SL SERVICE LINE
I 1 PISTÃO
V 2 PISTÕES
A UNID. COMPRESSORA EM ALUMÍNIO
L 2 PISTÕES EM LINHA
WAYNE
Importante
• A vazão teórica nunca pode ser atingida
• A vazão efetiva sempre é menor que a teórica
• A vazão efetiva depende da pressão de trabalho do compressor. Quanto maior a
pressão menor será a vazão efetiva.
Regime de Trabalho
1.4 SELEÇÃO
Descrição
Cálculos
Quando da perfuração de qualquer poço, testes de vazão são efetuados para determinar a
máxima vazão d'água produzida pelo poço e os níveis dinâmicos para várias vazões
intermediárias.
A partir destes dados, ficam estabelecidos:
3
Q Vazão d'água em m /h
NE Nível Estático em m Saída de água
ND Nível Dinâmico em m
L Profundidade total do poço em m
SE Submergência Estática em m
SD Submergência Dinâmica em m
ET Elevação Total em m
E
Compressor de ar
SD = L - ND - 1 M
ET
SE = L - NE - 1 M
ET = ND + E
NE
ND
SE
L
SD
Injetor
Consumo Específico de Ar
k
ET Sp TUBO DE AR
f= POR FORA POR DENTRO
k x Log SD + 10,3
( 10,3 ) 75
70
14,92
14,59
13,45
13,12
65 14,18 12,47
Onde: f = Descarga específica de ar (m3/h)
para cada m3/h de água à ser extraída. 60 13,65 11,62
55 12,96 10,68
Então: q = Q.f(m3/h) 50 12,06 9,70
3
Onde: q = vazão de ar comprimido em m /h 45 11,09 8,72
40 10,03 7,54
35 8,80 6,60
Tabela 1 - VALORES DE k EM FUNÇÃO DE Sp
Pressão
SE 2 SD 2
Pressão inicial= em kgf/cm Pressão de trabalho = em kgf/cm
10 10
2
Para pressões de trabalho acima de 6 kgf/cm (85 psi), utilizar um compressor com pressão
de trabalho mínima de 12,3 kgf/cm2 (175 psi). Se a pressão de trabalho estiver acima de 10
kgf/cm2 (150 psi), recomenda-se a instalação de mais um injetor na tubulação de descarga
de água, a 50% do seu comprimento da submergência dinâmica.
Tubulação
Injetor ou Difusor
Vários modelos de injetores são utilizados, alguns com maior ou menor eficiência e outros
de custos mais baixos, porém, sempre definidos de acordo com a capacidade desejada.
A Figura 12 nos dá uma idéia do modelo mais utilizado.
A maneira ideal de se extrair água pelo sistema AIR LIFT está representada na Figura 13.
A distância do tubo de ar até o final da tubulação de água é dada por:
para Sp = acima de 50% a distância = 0,5 m e para Sp = até 49% a distância = 2 m
Na Tabela 2 estão os dados para a confecção do injetor ou difusor mais utilizado.
Pressão
SDm = Submergência dinâmica mínima em "m"
SDi = Submergência dinâmica ideal em "m"
Tabela 3 - CONSUMO DE AR COMPRIMIDO EM pés3/min EM POÇOS ARTESIANOS
MANUAL DE VENDAS
Exercício 1
Um cliente pretende realizar serviços do tipo hobby, com duração máxima de uma hora,
utilizando os equipamentos abaixo relacionados:
01 retífica 1/8" PUMA
01 pistola pintura Arprex modelo 4
01 bico de limpeza c/ orifício de 2 mm que será utilizado a uma pressão de 30 psi
01 grampeador PUMA modelo At 3050
01 pulverizador Arprex modelo 9
01 bico para encher pneus tipo Ar direto.
Qual compressor este cliente deverá adquirir ?
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
Exercício 5
Um posto de serviço com 15 funcionários, possui duas rampas e dois boxes para atender
em média 200 veículos/dia. Necessita adquirir um compressor de ar que abasteça os
seguintes equipamentos:
01 elevador hidropneumático Wayne 4 ton
02 calibradores de pneus Wayne
02 pulverizadores Arprex modelo 11
01 propulsora de graxa pneumática Bozza tipo 11040
02 pistolas de limpeza com furo de ø2 mm
Qual compressor este posto de serviço deverá adquirir ?
Exercício 6
Uma empresa executa serviços de pintura utilizando dois equipamentos Devilbiss JGA 502
com bico 704/FX, operando a uma pressão de 50 psi. Está ampliando a sua capacidade de
prestação de serviços com a aquisição de um equipamento Devilbiss EFX 80, que irá operar
a uma pressão de 100 psi em regime de 24 horas.
Um equipamento JGA 502 opera em regime de 24 horas e o outro opera em horário
comercial. A empresa já possui 2 compressores 20 MAX.
A empresa necessita adquirir um novo compressor para atender às suas necessidades ?
Caso afirmativo, especifique o modelo.
Exercício 7
Uma grande indústria dará início às suas atividades com os seguintes equipamentos
instalados em seu parque fabril:
7.1 Uma esteira transportadora irá operar 24 horas/dia tendo como componentes 08
cilindros pneumáticos de simples efeito a saber:
- 02 com ø2.1/2", haste de ø1" e curso de 150mm, que acionam 15 vezes por minuto
e irão operar a uma pressão de 80 psi;
- 02 com ø100 mm, haste de ø44,5 mm e curso máximo de 20 cm, que acionam 30
vezes por hora e foram calibrados em 7 atmosferas;
- 04 cilindros pesados ø203 mm, haste de ø1 polegada e 3/8" e curso de 4'', que
acionam a cada 2 minutos submetidos a 4 bar.
7.2 Uma linha de fabricação/montagem onde operam as seguintes ferramentas
pneumáticas:
- 02 parafusadeiras Reitz tipo PRR-20/5 PEP;
- 01 tesoura pneumática Bosch referência 0607561105;
- 01 lixadeira PUMA modelo At-70705;
- 01 rebitador PUMA tipo At 6101 que rebitará 10 pontos por minuto;
- 01 engraxadeira PUMA At 6036K;
- 05 pistolas para limpeza com orifício de 3 mm que terão 01 regulador de pressão que
será ajustado em 300 kPa;
- 01 pistola DevilBiss JGA 502 30/EX;
- 02 grampeadores Probel PA 200 S16;
- 02 aplicadores de silicone PUMA modelo At 6050.
7.3 Uma estação de tratamento de efluentes industriais de densidade é 1:3,5, cujos tanques
possuem uma profundidade de 11 metros e somente 10 metros são ocupados por líquido
no qual é injetado ar comprimido para oxigenação, através de uma placa de orifícios
composta de 72 furos ø0,5 mm (tanque nº 1) e 10 furos ø1,5 mm (tanque nº 2)
A pressão de operação é de ________ psi para fazer a oxigenação.
Nota: A estação está distante do parque fabril 200 metros. A cada 4 horas contínuas de
operação da estação é necessário um intervalo de 2 horas para bombeamento do efluente.
Os tanques não possuem cobertura, portanto, o efluente não poderá ser projetado para
fora dos mesmos quando ocorrer a mistura.
Que solução de ar comprimido que você recomenda a esta empresa ? Onde pelo visto a
SCHULZ irá realizar um bom faturamento !
Exercício 7 (cont.)
Exercício 8
Uma indústria beneficiadora de arroz adquiriu oito selecionadoras DeVilla modelo 25C, que
irão operar em regime de 24 horas, e uma empacotadeira Indumak modelo ECM-D/250-S,
que irá operar em horário comercial. Dez bicos de limpeza Arprex que consomem 7 scfm a
2
uma pressão de 40 lbf/pol , estão instalados próximos das máquinas.
De posse desses dados, que solução você recomenda ao distribuidor SCHULZ para
realizar a venda ?
Exercício 9
Foi perfurado um poço artesiano cujo laudo técnico apresenta os seguintes dados:
Profundidade: 80 m
Nível Dinâmico: 25 m
Nível Estático: 10 m
Elevação: 3 m
3
Vazão: 0,6 m /h
Nota: A caixa d'água do cliente tem capacidade para 700 litros e o consumo médio de água
é de 300 litros por dia.
Com o auxílio da Tabela 3 (pág. 20) selecione um compressor para abastecer a caixa
d'água do cliente.
Exercício 10
O laudo técnico de perfuração de um poço artesiano com tubulação por dentro para
atender a comunidade de Santo Anjo, apresenta os seguintes dados:
Profundidade: 125 m
Nível Dinâmico: 46 m
Nível Estático 39 m
Vazão: 8800 l/h
Elevação: 6 m
3
A água irá abastecer 20 residências, onde o volume de cada caixa d'água é de 0,5 m .
Selecione um compressor que abasteça essa comunidade, utilizando-se das
informações das páginas 17 e 18.
Exercício 11
COMPRESSOR DE PARAFUSO
Economia de energia
Os compressores de parafuso produzem mais ar por kW de energia absorvida da rede
elétrica, comparando-os com outros tipos de compressores, exceto os turbocompressores
axiais, atualmente com preços proibitivos e fabricados apenas em maiores potências e
vazões.
A economia de energia é resultante do desempenho mecânico do compressor, que por não
possuir altos atritos como os compressores de pistão e a compressão dar-se de forma
contínua e não intermitente, oferece um saldo de potência líquida para comprimir o ar
superior. Além do mais o tipo de compressão dos compressores de parafuso é isotérmica,
que é superior ao sistema de compressão dos compressores a pistão, predominantemente
adiabática.
Na compressão adiabática, o calor desenvolvido para comprimir o gás não é trocado com o
meio exterior, sendo atenuado este efeito com ventilação forçada para dissipar o calor
transmitido as aletas no caso dos compressores a pistão, porém sem muita eficiência O
resultado é a dilatação do ar, ocupando um maior volume na câmara de compressão.
Na compressão isotérmica o calor gerado na compressão, é absorvido por algum meio
refrigerante presente no interior da câmara de compressão, no caso dos compressores de
parafuso o próprio óleo lubrificante, permitindo que o volume de ar varie de acordo com a
pressão, e não por aumento de temperatura decorrente do processo de compressão,
senão aquela resultante do esforço para efetivamente produzir trabalho.
Confiabilidade
Os compressores de parafuso possuem como peças móveis apenas os rolamentos
dianteiros e traseiros combinados para absorverem esforços radiais e axiais, e os rotores
macho e fêmea. Estes por sua vez, funcionam em sincronismo perfeito sem atrito
metal/metal. Onde existe o toque para que o parafuso acionado por potência conduza o seu
par a girar, um filme de óleo lubrificante executa a função de absorver o esforço.
Não tendo desgaste por atrito, a vida útil de um compressor de parafuso esta diretamente
relacionada a vida útil dos rolamentos, dimensionados para suportarem 20.000 horas de
trabalho em condições normais de operação.
As válvulas que comandam a operacionalidade do sistema quando o compressor está bem
dimensionado para o trabalho, atuam de forma estática, isto é; ficam abertas durante todo
o processo diminuindo o desgaste típico dos acionamentos com intermitência muito
freqüente.
O sistema de monitoramento e proteção é dotado de dispositivos que desligam o
compressor por sobrecarga nos motores da ventilação e do compressor; e também por
alta temperatura ou alta pressão.
Para monitoramento e manutenção possuem indicadores tais como: manômetro indicador
de restrição do filtro de óleo e elemento separador; indicador de manutenção do filtro de
ar; termômetro indicador da temperatura da descarga, e totalizador de horas para
monitorar o programa de manutenção rotineira e preventiva.
Período de garantia
Garantia de um ano para todos os componentes contra defeitos de fabricação e integral
para a unidade compressora de dois anos. Por ser a SCHULZ/WAYNE uma empresa
eminentemente nacional possui a maior rede de Assistência Técnica de Compressores de
Ar do país.
Simplicidade
Esta é uma característica marcante nos compressores de parafuso SCHULZ/WAYNE. O
projeto foi desenvolvido para torná-lo acessível ao usuário, diminuindo ao máximo a
complexibilidade do circuito elétrico e comandos, possibilitando diagnóstico de falhas e
medidas para sanar problemas operacionais sem grandes dificuldades.
SCHULZ
S R P 10 4 0
2040
PARAFUSO
ROTATIVO
SCHULZ
WAYNE
TA 5 0
50 c
ACIONADO POR CORREIA
ACIONAMENTO DIRETO
TECNI-AIR
Via de regra quando uma rede de ar está bem dimensionada a pressão em todo o
sistema baixa de forma proporcional até no máximo menos 15% em relação a fonte
de produção de ar. Ou seja; se no reservatório de ar próximo ao compressor a
pressão acusa 120 psi, admite-se mapeando os pontos de consumo durante o
processo uma queda de pressão para até 102 psi. O diferencial de 15% seria uma
margem satisfatória para perda de carga.
Se com o compressor operando próximo da pressão máxima de trabalho, nos pontos
de consumo a pressão fica muito abaixo da tolerância especificada (15%), existe
problemas na rede de distribuição principal ou em setores específicos com
respectivas ramificações. A rede transforma-se num "capilar" não conseguindo suprir
a necessidade do fluxo solicitado pelos respectivos equipamentos.
Se a pressão estiver próxima ao compressor já baixa 15% ou mais, o diagnóstico
tranquilamente é consumo superior a produção de ar.
Por falta de compreensão destas regras básicas, criou-se um conceito errôneo entre
volume e pressão, sendo comum tentarem corrigir o problema da queda de pressão
colocando unidades compressoras que atuam em maior faixa de pressão. Isto em
parte corrige o problema da perda de carga no sistema com aumento da pressão, e
não com aumento do volume como seria o ideal se constatado que o problema é
gerado por consumo superior a produção de ar. Em redes de ar muito longas, até
poderia ser possível prever o aumento da pressão no sistema para melhorar o fluxo
com a velocidade do ar em pressões mais elevadas, sem a necessidade de aumentar
a bitola das tubulações da rede de distribuição, o que em alguns casos seria
economicamente viável.
2. Normalmente salvo algumas exceções, os equipamentos pneumáticos e as
máquinas são dimensionadas para operarem na pressão de trabalho de 90 psi.
Ocorre que muitos clientes expandiram suas empresas sem um planejamento
coerente na instalação de ar comprimido, e os compressores instalados
normalmente atuam na pressão de 100 ou 120 psi, portanto muito próxima da
mínima, tornando o abastecimento de ar comprimido vulnerável a perdas de carga
por dimensionamento incorreto, por vazamentos, e picos de consumo que requerem
grande volume de ar.
3. A água que encontramos na rede de ar comprimido é o resultado da condensação da
própria umidade existente no ar em forma de vapor. Não há forma eficiente de
impedir o fenômeno da condensação, pois ela ocorrerá inevitavelmente, sendo
atenuada apenas a incidência de água nos pontos de consumo com purgadores,
separadores de condensados, filtros coalescentes, ou a instalação de after coller que
provoque a condensação da umidade em água próxima aos compressores, sendo o
maior volume captado no próprio reservatório de ar.
4. A eliminação da água de forma eficiente ocorre somente secando-se o ar comprimido
por absorção ou refrigeração.
5. Os compressores de parafuso SCHULZ/WAYNE não são isentos de óleo. Em
condições normais de operação podem perder para a rede de ar até 5 miligramas de
óleo por metro cubico de ar produzido.
6. Para elevar a pressão de um compressor de parafuso mantendo-se a mesma potência
é necessário baixar a rotação da unidade compressora. O limite de pressão nas
unidades utilizadas em acionamento por correia é 13 bar. Nas unidades acionadas por
acoplamento direto nas potências de 40 até 75 cv é possível fornecimento sob
encomenda na pressão máxima limite de 16 bar.
7. Sempre que baixa-se a rotação para elevar a pressão, diminui-se proporcionalmente
a vazão.
Para contribuirmos com a fixação dos conceitos até aqui enfocados, e provocarmos o
interesse para conhecer demais detalhes relativos a distribuição, armazenamento e
dimensionamento de um sistema de ar comprimido, atentemos para a história adiante
relatada.
O cliente "X" tem dois compressores MSW-60 AP, e deseja substituí-los por
compressores de parafuso. O motivo é que os seus compressores já estão
"baleados", "batendo biela", e o Assistente Técnico orçou o reparo num valor
absurdo.
Além disso sua empresa está situada no perímetro urbano e trabalha em regime
de 24 horas. O cliente já está sofrendo pressão dos órgãos públicos por
reclamações dos vizinhos quanto ao nível de ruído.
Como usuário o cliente desconhece questões técnicas sobre rede de ar
comprimido, e também que os compressores de parafuso são mais eficientes
que os de pistão. Não verificou que mesmo "baleados" seus compressores
atendem a contento a sua necessidade de ar, pois em ciclos de breve duração
entravam em alívio, demonstrando que o consumo já é inferior a produção de
ar. Seu problema é ruído, e alguns amigos seus adquiriram compressores de
parafuso estando satisfeitos com o investimento.
A rede de ar do cliente é composta por dois reservatórios verticais de 400 litros,
e cerca de duzentos metros lineares de tubulação com seção de 1.1/2", com
ramificações para atender a seção de pintura, montagem com ferramentas
pneumáticas, acionamento de comandos em máquinas operatrízes, bicos de
limpeza, e um jato de areia, que segundo o cliente era o grande vilão quando
entrava em operação.
O cliente desconhecia o fato de que os jatos de areia por lei já são proibidos por
serem os resíduos do processo nocivos a respiração provocando a doença
chamada Silicose, ou então não quis adaptar-se à lei substituindo o seu
equipamento por granalha de aço, ou óxido de alumínio.
O vendedor não perguntou ao cliente:
- Qual o regime de trabalho do jato de areia?
- Que tipo de jato é?
- Qual o bico que utiliza?
- Qual a pressão mínima satisfatória que deve operar o sistema?
- Com o jato de areia inoperante, um só compressor consegue manter o
sistema funcionando?
- Com todos os equipamentos funcionando inclusive o jato de areia, qual a
pressão registrada próxima aos pontos de consumo e no compressor?
- Haverá expansão da fábrica a curto prazo?
etc...
O cliente tinha 30 cv em compressores de pistão instalado, e solicitou um
SRP2030 na pressão de 12 bar. O vendedor não contestou, limitando-se apenas
a perguntar a tensão para formular o orçamento.
Os leitores podem perceber, que a situação que estamos narrando é típica da consulta de
um leigo de posse de catálogos, ou fornecendo via fax ou por telefone as informações que
julga necessárias para aquisição do equipamento. Do outro lado, o vendedor se mantém
passivo em aventar detalhes técnicos, porque ainda está despreparado, limitando-se
apenas a informar preço e condições de pagamento.
O cliente de posse da proposta achou caro o produto, mas como tem
necessidade resolveu consultar a concorrência.
A concorrência por sua vez está com o preço superior como é normal na linha
SRP2000, e o cliente então fecha negócio com o vendedor.
Nesta primeira hipótese foi efetuada apenas mais uma venda, sem que entretanto pelo
aspecto técnico foi realizada uma boa oferta, pois o compressor em questão ficará
superdimensionado, os ciclos de operação de válvulas exigirão muito do comando, e o
dispêndio de energia elétrica por parte do cliente será simplesmente irracional. Se a
concorrência efetuasse um trabalho "in loco" ganharia o pedido ofertando um compressor
de menor potência.
Simulando uma Segunda hipótese nesta venda conjeturemos o seguinte:
O cliente achou que o preço estava além de sua expectativa, os da concorrência
mais ainda, limitando-se a responder que protelaria a decisão de compra, sendo
que o vendedor apenas limitou-se a arquivar a proposta. E poderíamos
perguntar: -Será que os concorrentes também fizeram o mesmo?
Para verificarmos a diferença entre uma venda técnica e uma simples venda, simulemos
uma terceira hipótese.
O cliente não comprou o equipamento alegando protelar a aquisição em função
do investimento.
O vendedor resolve então ir à luta, atender "in loco" o cliente, demonstrando
conhecimentos técnicos, oferecendo soluções, e apontando diversos
argumentos que realmente convençam o cliente sobre o retorno em curto prazo
do investimento. Aliás, esta deveria ser a sua postura desde o início se
possuísse recursos técnicos para o atendimento.
Já no cliente o vendedor conclui que:
A capacidade efetiva de ar instalada era de 72 pcm, ou 2020 l/min, baseado no
seguinte:
Deslocamento nominal 60 pcm x 2 compressores x 0,70 que é o rendimento
volumétrico efetivo dos compressores de pistão de dois estágios X 0,85% que
pode ser um fator de perda de rendimento de compressores ditos "baleados" X
28,3 que é o fator de conversão de pcm para l/min.
A faixa de pressão ideal de trabalho do cliente segundo informações do próprio
é de 100 psi. O vendedor observa que a pressão nos pontos críticos está caindo
apenas 10 psi, comparando-a com a pressão registrada junto ao compressor, e
conclui que a rede de ar está bem dimensionada.
O vendedor pergunta ao cliente: - Porque compressores operando em 175 psi,
se a faixa de operação dos equipamentos é de 100 psi?
O cliente responde que antes tinha apenas um compressor MSW 90, de 20 CV,
cuja faixa de operação era de 110 a 85 psi, portanto com diferencial de 25 psi
entre carga e alívio. Acontece que quando funcionava o jato de areia a pressão
caía para 70 psi, e isto era insuficiente para manter tudo funcionando na fábrica.
O cliente chamou então o Assistente Técnico, que sugeriu transformar o
compressor MSW90 de um estágio apenas, em um MSW60 AP de dois
estágios, com faixa de funcionamento de 175 a 140 psi. Garantiu que o
rendimento dos compressores de dois estágios é maior, e que elevando a
pressão de trabalho no sistema, mesmo caindo atenderia a sua necessidade
que estava em torno de 90 a 100 psi.
Comentou que de fato, após a instalação do compressor já com a alteração da
proposta, a pressão melhorou em toda a fábrica, e que sem o jato de areia
funcionando ficava estabilizada em 150 a 175 psi, sendo que de vez em quando
ouvia os compressores entrarem em regime de alívio, mais ou menos 8 vezes
por hora.
Então solicitou ao cliente que ligassem o jato de areia, e o mesmo informou que
não sabia se já estava na hora. Disse que o jato de areia entra em operação de
duas em duas horas, por intervalos aproximados de 10 a 15 minutos somente,
isto porque tem uma pequena fundição de mancais em alumínio, e assim que
acaba a desmoldagem das caixas de fundição existe a limpeza das peças. O
vendedor pacientemente aguardou "chegar a hora", que por sorte estava
próxima.
Desta forma o jato de areia, denominado "vilão", em 24 horas de trabalho
funciona 12 períodos por dia com intervalo de 1 hora e 45 minutos em cada ciclo
de operação.
O jato de areia começou a funcionar, e lá pelo terceiro minuto de funcionamento
a pressão que flutuava entre 145 a 175 psi, na retomada do compressor em
carga baixou para 140 psi, e lá pelo quinto minuto estabilizou em 135 psi. O
vendedor considerou ótima a pressão com o sistema em plena carga.
Naquele momento, o "velhinho" que durante anos operava o jato de areia,
correu na sala de compressores para ver o que estava acontecendo,
deparando-se lá com o vendedor e o patrão. - "Assim não dá.! a pressão está
muito baixa"...
O vendedor então resolve visitar o "vilão" para saber porque a pressão naquele
ponto estava baixa, se junto ao compressor estava em 135 psi.
Na visita, instalou um manômetro padrão que sempre trazia consigo na maleta,
e verificou que na entrada do equipamento a pressão estava em apenas 85 psi.
Correu rapidamente em alguns pontos da fábrica, e verificou que
homogeneamente a pressão estava entre 125 a 130 psi, portanto com pouca
perda de carga comparado aos 135 psi apurados na fonte de produção do ar.
- Não pode! alguma coisa está errada. Exclamou o vendedor.
Perguntou ao "velhinho": - Que tipo de jato é este? O "velhinho" respondeu: - De
areia Uai...! - Não meu senhor; eu estou perguntando se o jato de areia é por
sucção ou por pressão? - Sabe que eu não sei!...E o cliente exclamou: - Eu
muito menos...
Após um breve telefonema para quem comprou o equipamento, descobriu que
o jato de areia é por pressão. O vendedor sabia que no sistema de jateamento
por sucção o consumo é maior cerca de 20%.
O vendedor perguntou: - Qual o diâmetro do bico? O "velhinho" de pronto
respondeu: - É de 1/8".
Como sempre bem servido de literatura adequada, o vendedor abre a maleta e
consulta suas anotações e tabelas, e descobre que aquele tipo de equipamento
com bico de 1/8" consome 25,7 pcm, ou seja; 727 l/min a uma pressão de 100
psi, e não se conforma que um consumo baixo destes faça a pressão cair tanto
com tanta rapidez. Desconfiou que o bico já estivesse gasto para o diâmetro de
quem sabe 3/16", pois pela sua experiência somente assim seria justificável a
perda de carga. O "velhinho" garantiu que o bico era novo e de 1/8".
O vendedor então procurou a causa na rede de ar, e encontrou um filtro
coalescente de diâmetro 1", com purgador automático de condensado na rede
de ar, antes da descida para o jato de areia, apontou para ele e perguntou: - O
elemento é novo? O "velhinho" respondeu: - Não. Ele já estava instalado aí
quando eu comecei a trabalhar aqui...
O vendedor, com a paciência que lhe era peculiar explicou: - Não meu senhor,
dentro daquele copo tem um filtro a que chamamos elemento, e eu gostaria de
saber se ele foi trocado recentemente. O "velhinho" disse que não sabia, pois
pensava que servia apenas para retirar água da rede de ar.
A minha afirmação consiste no fato de que o seu consumo é de 1063 l/min a 150
psi de pressão, mesmo considerando a atuação contínua do jato de areia. De
acordo com meus cálculos atualmente a sua capacidade efetiva instalada é de
2020 l/min, portanto praticamente o dobro com os dois compressores ligados.
Em minha "modesta" opinião, o que aconteceu com o seu sistema de ar
comprimido foi o seguinte: A faixa de pressão diferencial em que atuava o
primeiro compressor de sua propriedade MSW90, era de 110 a 85 psi, entre
carga/alívio.
Quando o compressor retomava a carga em 85 psi, mesmo estimando que ele
fornecesse uma vazão de 1528 l/min efetiva, a velocidade do ar sendo baixa
com a pressão menor aumentava ainda mais a perda de carga daquele filtro
que há muito estava entupido conforme informações. Consequentemente o
jato de areia funcionava precariamente. O ar não tinha velocidade e diminuía a
capacidade de limpeza da areia com impacto fraco na superfície a ser
trabalhada.
Se hoje aquele compressor ainda estivesse instalado, é possível que atenderia
às suas necessidades, desde que fosse trocado o elemento do filtro
coalescente.
Quando aquele Assistente Técnico transformou o compressor em "alta
pressão", ou seja; dois estágios, o rendimento volumétrico comparativamente é
melhor, mantendo-se as devidas proporções. O grande beneficio foi o aumento
da pressão no sistema que compensou a perda de carga do filtro coalescente a
níveis de pressão considerados satisfatórios, e temporariamente o seu
problema foi resolvido desta forma.
Com o aumento do consumo na automatização de máquinas, a vantagem aos
poucos foi desaparecendo, e é por isso que a pressão no sistema baixava mais
rapidamente quando funcionava o jato de areia.
Vale a pena também comentar que, quando o sistema foi modificado de baixa
para alta pressão, o consumo de ar deve também ter aumentado com o
aumento de velocidade dos equipamentos. Para ser mais explícito a turbina de
uma parafusadeira gira mais rápido com a pressão de 150 psi, do que em 100 psi
e, consequentemente, consome mais ar.
De fato, a produção de um jato de areia aumenta se operar com pressão mais
elevada que a especificada. Entretanto, gasta mais rapidamente o bico de
limpeza, e reduz consideravelmente o tamanho do grão de areia durante o
processo, tornando o ambiente mais tóxico, e reduzindo o número de vezes que
a areia pode ser recuperada para uso eficientemente.
Se a capacidade de ar de um compressor apenas operando, já está segundo os
meus cálculos, empatando com o volume consumido mesmo com o jato de
areia funcionando, o sistema poderia suportar picos de consumo eventual, ou
aumento da perda de carga, que seriam absorvidos pelo volume total de 800
litros de ar depositados nos reservatórios instalados, operando na pressão de
60 psi superior à mínima necessária para o processo.
Em meus cálculos o volume de ar depositado no sistema com este diferencial
de pressão, seria suficiente para suportar um pico de consumo de 400 l/min
superior a capacidade de apenas um compressor operando, durante 8 minutos,
sem comprometer a rede de ar com pressão inferior a 100 psi.
Conforme o Senhor afiançou-me, a opção de compra do compressor de
parafuso é em função do nível de ruído muito elevado das atuais unidades,
principalmente durante o período noturno. Entretanto, citarei outras vantagens
além desta:
Suponhamos uma situação onde o cliente de posse da lista de preços opta em função
do pequeno diferencial de preços por um compressor SRP2015, e adquiri também um
reservatório vertical de 220 litros. Para fixarmos o aprendizado vamos ver o que
ocorreria nesta situação:
O consumo do cliente continuará sendo 336 l/min durante períodos de 1 hora
e 45 minutos.
Com a venda dos compressores usados, a capacidade do reservatório
instalado agora é de 220 litros, inferior portanto 52% ao consumo (336 litros
52% = 220 litros).
Isto significa que se o compressor entrar em alívio em 150 psi, considerando
a taxa de compressão de 1/10, com consumo de 336 l/min, o tempo em alívio
será de aproximadamente 40 segundos.
Se na retomada do compressor em carga ele imediatamente começa a produzir
1472 l/min que é a produção do compressor SRP2015 em 10 bar, é fácil deduzir
matematicamente que: 1472 menos 336 é igual a 1136 l/min, que é o ar
excedente em cada minuto de produção deduzindo-se o consumo.
A produção de 1136 l/min de ar a mais que o consumo, é cinco vezes superior ao
volume de ar no reservatório de 220 litros.
Então a recuperação do sistema de 135 para 150 psi ocorrerá em 1/5 de minuto,
ou seja; o ciclo em carga deste compressor será de 12 segundos, e em alívio de
40 segundos apenas, sendo que este regime prevalecerá durante 21 horas por
dia.
Conforme a situação acima, o desperdício de energia para não produzir ar de 48
segundos por minuto não retorna para o "bolso" do cliente, significando
desgaste prematuro das válvulas, golpes em tubulações com alteração do fluxo
repentino, provocando vazamentos e outros problemas resultantes de um
compressor superdimensionado para a aplicação.
Então poderiam indagar os leitores: Quando um compressor está bem dimensionado?
Quando a capacidade de produção do compressor é superior em cerca de 15 a
20% ao consumo, considerando-se processo e consumo contínuos. A margem
a mais considera-se suficiente para suprir investimentos que gerem a médio
prazo um consumo maior, e também para suprir vazamentos e perda de carga
no sistema.
No caso de picos eventuais de consumo, a instalação de reservatórios cujo
volume de ar absorva esta elevação de consumo naqueles momentos é a
melhor opção. Se o pico de consumo for de um grande volume com breve
tempo de duração e longo período de intervalo, recomenda-se instalar
compressor reserva, solicitado a entrar em operação apenas para cumprir estes
períodos, de forma automática, por recursos elétricos e eletropneumáticos
instalados no sistema.
Aqueles que se mantiveram atentos ao raciocínio até aqui poderão alegar que existe um
contra senso, pois a venda de um compressor SRP2010, que produz 991 l/min na pressão
de 150 psi, é 2,94 vezes superior ao consumo predominante de 336 l/min naquele cliente, e
isto é bem acima dos 15 a 20% considerado como ideal em um dimensionamento bem
realizado.
Cada caso é um caso, e nós não dissemos que o compressor não pode operar em regimes
de alívio, afirmamos somente que o regime deve ser pelo menos racional.
Com o objetivo de fixar bem os conceitos, vamos expor os argumentos de que a proposta
foi bem formulada, embora a opção de 1 compressor de 5 cv, e outro de 7,5 fosse melhor.
A produção de 991 l/min é superior 665 litros ao consumo de ar
predominante na maior parte do tempo.
O volume de ar depositado em reservatórios instalados por sugestão deveria
ser mantido em 800 litros, e o diferencial de pressão no regime de trabalho
carga/alívio sugerido passaria a ser de 115 a 150 psi, portanto; um diferencial de
35 psi ou então 2,4 bar.
Para repor 2,4 volumes de ar de 800 litros (total 1920 litros), produzindo 655
litros de ar a mais que o consumo (991-336=655 litros), o tempo em carga do
compressor será de 2,93 minutos (1920 dividido por 655 l/min); arredondemos
para 3 minutos.
Para sabermos qual será o tempo em alívio do compressor , cujo diferencial de
pressão é de 2,4 bar (35 psi), é só dividir 1920 por 336 l/min que é o consumo
constante do sistema sem o jato de areia funcionando, e concluiremos que o
ciclo de alívio do compressor será de 5,7 minutos; arredondemos para 6
minutos.
Então o tempo total do ciclo carga/alívio será de 9 minutos, diferente portanto
dos 52 segundos anteriormente citados se fosse instalado um reservatório
apenas de 220 litros. Disso deduzimos também a importância do reservatório
no sistema.
Pelo aspecto energético, sabendo-se que 10 cv instalados consomem 7,54 kW,
e que operando em alívio a potência cai cerca de 50%, a média de consumo no
regime de trabalho a que estará submetido o compressor será de 4,97 kW.
A instalação de um compressor de 5 cv, e outro de 7,5 cv que trabalhará por 12
períodos de 15 minutos, terá um consumo médio aproximado de um compressor de
10 cv.
Como podemos perceber a matemática não falha, e está correta a lei de conservação da
energia que ensina a física.
Moral da história:
A venda de dois compressores SRP2010 10 bar foi realizada, sendo uma das unidades
para operar como "stand-by", e também dois reservatórios verticais de 400 litros. O
total do pedido foi de R$ 18.600,00, superior portanto ao preço de um compressor
SRP2030 ofertado por fax pelo primeiro vendedor por R$ 15.300,00 e recusado pelo
cliente.
O vendedor ganhou saindo do escritório e indo à luta. Caso contrário seria
simplesmente mais uma proposta arquivada.
Ganhou a SCHULZ/WAYNE pelo "marketing" realizado com a boa representação do
vendedor, além da venda é lógico.
Ganhou a Assistência Técnica com a colocação no mercado de mais um compressor
para operar de forma adequada, cuja estatística de defeitos é muito menor.
Ganhou o cliente economizando potência, melhorando o nível de ruído, e garantindo
o retorno do investimento pela relação custo/benefício.
Agradecemos a você leitor o interesse com que estudou este trabalho, que tem por
fundamental objetivo deixar bem claro, que o mercado que estamos disputando de
compressores de parafuso tem tecnologia de ponta, e é desta forma que deveremos estar
preparados para representá-lo, em função dos clientes a que nos dirigimos, e dos
concorrentes já com nome e tradição consolidados.
O produto tem um valor razoável, aumentando ainda mais a responsabilidade
de compra do cliente com uma opção que não solucione seus problemas.
Um compressor apenas de parafuso pode substituir vários de pistão instalados,
e em caso de falhas que gerem paradas "o cliente fica sem ar".
O mercado consumidor infelizmente é leigo, desconhece sobre redes de ar
comprimido, confunde vazão com pressão, não conhece sobre perda de carga,
e com exceções, é claro, este é o perfil dos clientes nas potências
compreendidas entre 5 até 15 cv. Nas potências de 20 a 30 cv o nível começa um
pouco a melhorar.
Como leigo, o cliente não precisa somente do compressor, mas de orientação
do que deve comprar, e o contato local com sua realidade pode abrir caminho
para futuros negócios, e a venda de periféricos tais como: filtros, secadores,
reservatórios, etc.
Em muitas situações, estarão nossos vendedores credenciados deparando-se
com compradores técnicos com formação em engenharia, participando de
concorrências públicas, e entrando em contato com pessoas com relativo
conhecimento, suficiente para efetuarem perguntas desejando respostas em
bom nível.
A SCHULZ-WAYNE, reconhecendo a responsabilidade de que estão investidos aqueles que
nos representam no mercado, coloca a disposição da sua equipe de distribuidores e
representantes o auxílio sempre que necessário de sua Engenharia, para dirimir dúvidas,
estudar consultas especiais que atendam à necessidade do cliente, e auxiliá-los no que
concerne a aplicação e dimensionamento de nossos produtos no mercado.
TRATAMENTO DE AR COMPRIMIDO
3.1 CONTAMINANTES
100
75
% 50
25
0
25 50 75 100
T (ºC)
Secador
Tipo
Secador por Refrigeração
Secador por Adsorção
Secadores são equipamentos destinados a remoção do vapor d'água contido no ar e outros
gases comprimidos, que não podem ser removidos pelos filtros pois encontram-se no
estado de vapor.
Dimensionamento
- aplicação;
- consumo de ar a ser tratado;
- pressão e temperatura do ar comprimido;
- temperatura ambiente.
Temperatura Ambiente
T (ºC) 10 35 38 40 42 43
Famb 1 1 1 0,95 0,90 0,80
Temperatura do Ar Comprimido
T (ºC) 30 35 38 40 45 48 Vazão Corrigida = Vn x Famb x Fpressão
Far 1,15 1,10 1 0,90 0,75 0,66 Vn = Vazão nominal do secador
Pressão da Operação
P (bar) 5 6 7 8 9 10 12
Fpressão 0,90 0,95 1 1,03 1,05 1,07 1,11
Pós-resfriador (After-cooler)
Tipo
Refrigeração a ar
Refrigeração à água
É instalado após o compressor. Tem a função de reduzir a temperatura do ar comprimido
através de ventilação forçada, eliminando o condensado formado. A temperatura de saída
do ar comprimido no after-cooler refrigerado à ar é de 10 °C acima da temperatura ambiente
e no à água é de 10 °C acima da água de resfriamento.
Obs: o pós-resfriador está instalado internamente em
todos os Compressores de Parafuso Schulz.
Dimensionamento
- aplicação;
- consumo de ar a ser resfriado.
Reservatório
Purgador
Tipo
Bóia, termodinâmico, eletrônico temporizado ou manual.
Utilizados para drenar o condensado formado.
Filtro de Partículas
Filtro Coalescente
Utilizado para a retirada do odor (cheiro) do óleo através de um material adsorvente (carvão
ativado).
Resumo
Utilizado quando o ar
comprimido entra em
contato com produtos
higroscópicos (cimento, leite
em pó, resinas, liofilizados,
2.3.1 -20 pastilhas efervescentes,
etc.), devido ao risco de
RESERVATÓRIO 2.2.1 0,5 -40 0,001 absorção do vapor d'água e
2.1.1 -70 também quando for
submetido a baixas
temperaturas (atividades
aeroespaciais, criogenia,
etc.), devido ao risco de
congelamento do vapor
d'água.
SECADOR
FILTRO FILTRO POR FILTRO
ADSORÇÃO A combinação de um
baixíssimo ponto de orvalho
com retenção máxima de
FILTRO
partículas é fundamental em
1.3.1 -20 aplicações como a fabricação
RESERVATÓRIO de fibras óticas, circuitos
1.2.1 0,01 -40 0,001 integrados, compact discs,
1.1.1 -70 semi-condutores, no
processamento de filmes, na
instrumentação crítica, na
siderurgia e metalurgia, em
reatores nucleares, etc.
Filtro
Utilizado para filtrar as partículas provenientes da rede de distribuição.
Dimensionamento: aplicação, pressão e vazão.
Regulador de Pressão
Serve para ajustar a pressão do ar comprimido para uma aplicação específica.
Obs.: Utilizar reguladores de pressão nos bicos de limpeza.
Lubrificador
Acrescenta óleo lubrificante para aplicações que necessitam ser lubrificadas, atenuando
assim o atrito
Figura 16 - FILTROS/REGULADORES/LUBRIFICADORES
Compressor de Ar
- fazer a captação do ar ambiente de um local onde a temperatura seja a mais baixa
possível;
- realizar a manutenção rigorosa do compressor de acordo com o manual.
Linha de Ar Comprimido
- procurar adequar o diâmetro da tubulação com a vazão de ar comprimido;
- fazer a manutenção na rede eliminando vazamentos e desobstruindo passagens;
- estudar e otimizar a instalação procurando eliminar componentes desnecessários
(excesso de curvas e cotovelos, válvulas sem função).
Equipamentos de Tratamento
- instalar filtros, reguladores e lubrificadores e fazer a manutenção;
- nunca subdimensioná-los.
Vazamentos em Geral
Lay-out de Instalação
1 Compressor
2 Filtro-regulador p/ pintura
1
3 Filtro-regulador
4 Filtro-regulador e lubrificador
5 Purgador automático
2 3 4
Pintura
5 Funilaria
5
4 4
5
Mecânica
5 3
Mecânica
Escritório
5
TABELAS
65
66
Tabela 5 - FLUXO LIVRE DE AR COMPRIMIDO ATRAVÉS DE ORIFÍCIOS EM scfm
MANUAL DE VENDAS
67
68
Exemplo: Para um cilindro de simples ação com diâmetro de 2.1/2'', haste 1'', pressão de serviço 100 psi, 10 ciclos por minuto e curso de 200mm
O consumo = 1 x (0,045 x 200 x 10) = 90 dm 3 = 90 litros/min = 3,18 pcm (x2 para cilindros de dupla ação)
Tabela 7 - CONSUMO DE AR COMPRIMIDO EM CILINDROS PNEUMÁTICOS EM Ndm3 POR CICLO (AVANÇO E RETORNO) POR MILÍMETRO DE CURSO
(FONTE - DOVER)
MANUAL DE VENDAS
69
70
Tabela 9 - PRESSÕES PARA CALIBRAGEM DE Tabela 10 - COMPARATIVO DO CONSUMO DE AR COMPRIMIDO EM EQUIPAMENTOS
PNEUS EM psi DE JATEAMENTO EM cfm
(FONTE - PIRELLI PNEUS) (FONTE - BLASTIBRAS)
MANUAL DE VENDAS
0800 47-4141
TELEVENDAS
0800 47-7474
025.0220-0
SETEMBRO/99