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Bacharelado e Licenciatura em Letras • UEMS/Campo Grande
Mestrado em Letras • UEMS / Campo Grande
ISSN: 2178-1486 • Volume 3 • Número 9 • março 2013
Edição Especial • Homenageada
PROFESSORA DOUTORA MARIA LUIZA BRAGA
RESUMO: Na historia dos métodos de ensino de língua estrangeira, percebemos evolução das
metodologias pelas quais se pode aprender uma nova língua, vários métodos surgiram ao longo do tempo
a fim de aprimorar o ensino. As analises feitas entre a da assimilação natural e do estudo formal,
ressaltam a importância e necessidade de um ensino comunicativo, baseado nas estratégias da abordagem
comunicativa, pois a língua deve ser aprendida para comunicação, por isso a necessidade de assimilá-la e
não aprendê-la formalmente. Conclui-se que um ensino significativo é aquele em que há interação e
conteúdos inseridos em contextos reais de comunicação para que ocorra a aquisição da língua alvo.
ABSTRACT: In the history of foreign language teaching methods, we can see evolution of
methodologies with which one can learn another language. Over the time, several methods arose in order
to improve the language teaching. Analysis between natural acquisition and formal study show the
importance and necessity of a communicative teaching, based on strategies of the communicative
approach, since a language must be leant for communication purpose, therefore the necessity of
assimilating it instead of learning it formally. Thus, a significant method of teaching is the one in which
interaction and content are inserted in real communicative situations, in order to have a successful
acquisition of the target language.
1 INTRODUÇÃO
1
Professora da rede privada de ensino de São Luís – Maranhão, Graduada em Letras pela Faculdade
Atenas Maranhense – FAMA. nayroviski@yahoo.com.br
2
Bolsista da CAPES, Mestrando em Educação pela Universidade Católica de Brasília (UCB), Professor
da rede pública Estadual e Municipal do Maranhão e pesquisador da Cátedra Unesco de Juventude,
Educação e Sociedade da UCB e do grupo de linguagens, Cultura e Identidade da UFMA.
nicomedes@gmail.com
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2.6.2 Suggestopedia
O método Silent Way teve suas bases em teorias cognitivas e foi caracterizado
como uma abordagem de solução de problemas de aprendizado. Richards e Rodgers
(1986) sintetizam suas características da seguinte forma:
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O método foi criado por Asher (1977), que acreditava que o aprendizado da
língua deveria estar associado a atividades físicas, ou seja, a psicomotricidade. Para ele,
os princípios infantis de assimilação da linguagem eram importantes, pois o modo como
as crianças assimilam a língua é o norteador de qualquer aprendizado.
Segundo algumas pesquisas dele, todo o desenvolvimento da linguagem são
divididas em duas partes: o lado direito é responsável pela atividade motora e o
esquerdo processa a linguagem. Esse fator explica porque as crianças trabalham
primeiramente com a audição e apresentam suas respostas através de ações, movimentos
e olhares, já que não tem uma linguagem de palavras, mas de gestos. De acordo com
Asher o aprendizado de língua estava cercado de ansiedade, então criou-se um método
onde professores e alunos se sentissem à vontade para aprender e ensinar.
Assim como os outros métodos, este apresentava falhas: quando os alunos
atingissem níveis mais elevados, os procedimentos eram os mesmos de qualquer aula
comunicativa. As atividades de escrita e leitura eram baseadas na conversação
desenvolvida em sala de aula. No entanto os alunos sentiriam necessidades da
espontaneidade da língua e não de um aprendizado ensaiado.
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3. MOVIMENTO COMUNICATIVO
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tendo como destaque a função de cada parte desta. Berns (1930 apud Mathesius, 1990),
ressalta que as necessidades comunicativas e expressivas do discurso funcionam como
ponto de partida para uma análise lingüística.
De acordo com Firth (1929 apud BERNS, 1930), a língua deve ser vista como
parte do processo social, pois seu papel é de interação entre as pessoas. Esse estudioso
também ressalta a grande importância do significado e do contexto, onde o primeiro
representa a função que a língua desempenha no contexto e está ligado ao uso de
algumas formas e elementos lingüísticos em contextos específicos, e o segundo
constitui no ambiente de uma situação, levando em consideração a relação entre língua e
todos os vários aspectos da situação em que ela é usada.
Já o lingüista Halliday (2005), influenciado pelas correntes funcionalistas da
Escola de Praga e da Tradição Britânica, desenvolveu uma gramática sistêmico-
funcional. Halliday, através desta gramática, propõe estabelecer relações entre todas as
escolhas semanticamente relevantes feitas na língua como um todo. Desta forma o autor
afirma que os falantes escolhem determinados itens disponíveis naquela língua para
fazer o seu enunciado.
Enquanto este autor apresenta sua gramática sistêmico-funcional, Chomsky
(1965) exibe sua teoria chomskyana, com seus pressupostos especialmente voltados
para o inatismo e para a competência lingüística, contribuindo para a mudança no
ensino de línguas estrangeiras e direcionando para uma nova abordagem. Segundo
Chomsky (1965), o inatismo seria a capacidade adquirida que o indivíduo tem para
absorver a linguagem através do Language Acquisition Device (LDA), órgão que
juntamente com outros propiciaria a aquisição da língua materna.
A competência lingüística seria a capacidade que todo falante nativo tem de
adquirir a gramática implícita universal, comum a todos os falantes. O enfoque desta
teoria se concentrava nas habilidades abstratas que os falantes possuem capacitando-os
a produzir sentenças gramaticalmente corretas em uma língua.
A teoria chomskyana não chegou a desenvolver nenhum método; entretanto a
visão de que a competência lingüística não estava relacionada à formação de hábitos,
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Brown (1973), afirma que a criança que está aprendendo Inglês como primeira
língua aprende primeiro os morfemas “ing” (que marca o tempo progressivo) e o “s”
referente ao plural. Somente depois ela adquire o “s” referente à 3ª pessoa do singular e
o caso genitivo.
Krashen defende que a ordem de aquisição para uma segunda língua não é a
mesma que a ordem de aquisição para a língua materna. No entanto existem
semelhanças e, embora a Língua Inglesa seja a mais estudada nesse sentido, estudos
com outras línguas demonstram que existe uma sequência natural para a aquisição de
uma língua, não importa se ela é língua materna, língua estrangeira ou segunda língua.
Outro fator a ser abordado sobre a hipótese da ordem natural é que ela se aplica
somente no caso de aquisição da língua, pois a aprendizagem ocorre de forma diferente
e não possui uma ordem significativa.
3.1.3 Monitor
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adquirido. Dessa forma sua função é limitada, então o estudo sobre a língua ou
aprendizagem não produz aquisição.
Assim a aquisição não é fruto da aprendizagem, pois existem vários casos de
pessoas que adquiriram uma nova língua sem nenhum conhecimento formal da mesma,
e isso comprova que esta observação está correta. Há ainda os inúmeros casos em que a
aprendizagem não produz aquisição. Muitos falantes de inglês como segunda língua,
que são conhecedores das regras, cometem erros gramaticais na maioria das vezes bem
primários. O que é interessante observar é que estes falantes aprenderam e praticaram
intensivamente estas regras, mas apesar da prática, esses itens ainda estão além da
capacidade de aquisição (1 + 1) do falante.
Krashen deixa claro que o monitor só é colocado em prática a partir de duas
questões essenciais: foco na forma e conhecimento das regras, ou seja, o falante só se
corrige se estiver consciente de seu erro e se desejar ou for solicitado a corrigir-se.
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Para que o insumo fornecido seja compreensível este deve ser apresentado
através da situação contextualizada. O insumo pode advir do professor, dos materiais e
do próprio conhecimento dos alunos. Krashen enfatiza que apenas a alta freqüência de
exposição a certas estruturas não fará com que estas sejam adquiridas mais rapidamente:
De acordo com Krashen (1982, apud SCHÜTZ, 2006, p.58):
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Para Krashen (1987) o filtro afetivo é a primeira barreira que o insumo encontra
antes de ser processado e internalizado. A hipótese do filtro afetivo refere-se à função
que fatores como motivação intrínseca, ansiedade e autoconfiança desempenham no
processo de aquisição de uma segunda língua. Essas variáveis afetivas foram
relacionadas à aquisição mais do que à aprendizagem, através de testes comunicativos
que mexem mais com o sistema adquirido do que com o aprendido.
A hipótese baseia-se na observação de que indivíduos com atitudes positivas e
grande interesse em relação à língua estrangeira aprenderão com mais sucesso, pois
tendem a buscar mais input e, consequentemente, o input recebido penetrará naquela
parte do cérebro que é responsável pela aquisição da linguagem. Logo, segundo o
pesquisador, esses alunos teriam um filtro afetivo baixo e absorveriam insumo com
mais facilidade, ao contrário dos alunos tensos, ansiosos e com baixa estima, que
tendem a elevar o filtro afetivo e a formar uma espécie de bloqueio mental, diminuindo
sua capacidade de internalizar insumos. É importante destacar que esses fatores
afetivos, embora importantes, são externos ao dispositivo de aquisição, pois impedem
ou facilitam o recebimento de input. O filtro afetivo explica porque, apesar da exposição
a uma grande quantidade de insumo, pode-se não atingir antes esse nível.
Em sala de aula, a hipótese do filtro afetivo defende que a aula deve encorajar os
alunos e diminuir as barreiras psicológicas (ansiedade, a inibição ou falta de confiança).
Ainda segundo Krashen (1981), a motivação é a chave do aprendizado pois é ela que
impulsiona a busca do insumo. Conseqüentemente, o melhor professor de língua é
aquele que fornece o input correto e que torna esse input o mais compreensível possível.
Krashen conclui que, tanto em segunda língua como em língua materna,
aquisição é mais importante que aprendizagem, e que as duas condições vitais para
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4. A ABORDAGEM COMUNICATIVA
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possuem utilidade e podem ser usadas no cotidiano. Além disso, poderão desenvolver as
quatro habilidades da língua (listening, reading, writing e speaking).
Para Souza (2005, p. 57), o ensino de línguas na Abordagem Comunicativa é
concentrado nas seguintes funções:
[...] uma maior preocupação com o próprio aluno enquanto sujeito e agente
no processo de formação através da língua estrangeira, ou seja, menor ênfase
no ensinar e mais aprofundamento naquilo que permita ao aluno a
possibilidade de se reconhecer nas práticas do que faz sentido para a sua vida
do que faz diferença para o seu futuro como pessoa.
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Nunan (1985 apud BROWN, 2000, p.85) descreve cinco características comuns
na abordagem comunicativa:
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Para que o ensino comunicativo ocorra de fato, tanto o professor quanto o aluno
precisam estar envolvidos efetivamente no processo. Inicialmente o professor deve
adequar-se à turma, conhecer os alunos e analisar o ambiente escolar.
Geralmente os alunos apresentam certa rejeição à língua estrangeira. Isso é
ocasionado por vários motivos. Para eles não há finalidade no aprendizado de língua
estrangeira, então o professor terá que mostrar quais os motivos para estudar a língua.
Se o professor ensina a língua formalmente, os alunos não verão motivos em conhecer a
língua, mas se ele defende a aquisição da língua, certamente os alunos encontrarão
sentido para estudá-la.
O professor deve facilitar o contato do aluno com a língua, e isso significa levar
aos alunos exposições compreensíveis, considerando a importância do contexto. Se
necessário, o professor pode usar expressões faciais e/ou gestos para que o aluno
entenda melhor.
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questões simples, como por exemplo, What’s your name? Finalmente, eles participam
mais ativamente, dão opiniões, expressando idéias e informações pessoais e resolvendo
problemas em grupo.
Conclui-se que a abordagem natural está ligada estritamente ao ensino de línguas
comunicativo porque:
a) Os conteúdos estudados devem ser compreensíveis e significativos para o aluno e
portanto, devem estar relacionados ao cotidiano dos mesmos;
b) O ensino de línguas estrangeiras está atrelado a funções comunicativas; logo
prioriza a comunicação interativa entre os aprendizes da língua em sala de aula.
Entendemos que a abordagem comunicativa e a abordagem natural respeitam a
evolução individual e natural do aprendizado de cada aluno; assim, certamente o
processo de ensino-aprendizagem terá mais êxito.
5. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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