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1.

A partir de «Se a acrobacia é uma arte, então exprime sentimentos» e de «A


acrobacia não exprime sentimentos», por modus tollens, infere-se que

(A) se algo exprime sentimentos, então é arte.

(B) a acrobacia nunca poderá exprimir sentimentos.

(C) a acrobacia é uma arte, mas não exprime sentimentos.

(D) é falso que a acrobacia seja uma arte.

2. Dicionário

P- Sócrates é filósofo

Q – Sócrates é político

R – Sócrates é jurista.

Escreva as fórmulas que traduzem as proposições seguintes.

a) Sócrates é filósofo ou político.

b) É falso que Sócrates não seja Filósofo

c) Se Sócrates é filósofo, então não é político nem é jurista

3. Se J. K. Rowling deseja ocupar um lugar de destaque entre os escritores


britânicos, então tem ambição literária.
Mas J. K. Rowling não deseja ocupar um lugar de destaque entre os escritores britânicos. Isso
mostra que J. K. Rowling não tem ambição literária.

O argumento é inválido. Porquê?

4. Atente na proposição complexa expressa pela frase seguinte. “Quer Schubert


quer Schumann eram compositores.”

Identifique a conectiva que liga as duas proposições simples que a constituem.

5. Recorrendo ao dicionário apresentado, formalize a proposição


seguinte.

Se Cristiano Ronaldo ganhar quatro Botas de Ouro ou três Ligas dos Campeões,
ficará na história do desporto.

Dicionário: P: Cristiano Ronaldo ganha quatro Botas de Ouro. Q: Cristiano Ronaldo


ganha três Ligas dos Campeões.
R: Cristiano Ronaldo fica na história do desporto.

6. Mostre que a forma argumentativa seguinte é inválida, recorrendo ao método


das tabelas de verdade.

AVB
A
∴ ¬B

7. Interprete a fórmula seguinte, tendo em conta o dicionário apresentado.

P = Francis Bacon é filósofo. Q = Francis Bacon é político. R = Francis Bacon é


pintor. (P V Q) → ¬R

8. O que se segue da afirmação dada, aplicando uma das leis de De Morgan? “É


falso que Hume seja inglês ou irlandês.”

9. Construa um argumento, com a forma modus ponens, cuja primeira premissa


seja “ Se tenho livre arbítrio então não existe destino”.

10. Sabendo que A é uma proposição verdadeira e C é falsa determine o valor de


verdade de uma proposição com a forma “ A→ (B^C)”. Justifique a sua resposta.

11. Negue as seguintes proposições:

“Todos os vampiros são personagens de ficção.”

“Nenhum veículo a gasolina é ecológico.”


GRUPO I

Aplicação do quadrado lógico à negação de


proposições

1. Aplica o quadrado lógico à negação das proposições que se seguem.


a- Existem pessoas a viver em pobreza extrema que não têm acesso a água potável.
b- As pessoas dos países pobres não têm acesso a água potável.
2. As proposições «O auxílio aos países pobres é responsabilidade dos governos.» e «O auxílio
aos países pobres não é responsabilidade dos governos.» podem ser simultaneamente
verdadeiras? E simultaneamente falsas? Porquê?
3. A proposição «Alguns animais não humanos são pessoas.» e a proposição ____________ são
inconsistentes.
A. «Todos os animais não humanos são pessoas.»
B. «Nenhum animal não humano é pessoa.»
C. «Alguns animais não humanos são pessoas.»

GRUPO II

Operadores ou Conectivas proposicionais |


Avaliação de proposições

4. Traduz para linguagem proposicional as proposições que se seguem.


Para cada uma das alíneas, começa por apresentar um dicionário adequado.
a- A esperança de vida nos países ricos atinge em média os 78 anos, enquanto nos mais pobres
é inferior a 50 anos.
b- Caso o argumento de Peter Singer a favor da obrigação de auxílio seja sólido, temos a
obrigação de reduzir a pobreza absoluta.

5. Considera o seguinte dicionário:


P: Nelson Évora é campeão.
Q: Telma Monteiro é campeã.
R: Jéssica Augusto é campeã.
a- Escreve em linguagem simbólica as proposições:
a) Nelson Évora não é campeão.
b) Todos são campeões.
c) Telma Monteiro é campeã, mas Jéssica Augusto não.
d) Nelson Évora ou Telma Monteiro serão campeões, quando Jéssica Augusto não o for.
e) É falso que Telma Monteiro ou Jéssica Augusto sejam campeãs.
f) Telma Monteiro é campeã, caso Jéssica Augusto e Nelson Évora sejam.
g) Se Nelson Évora é campeão, Telma Monteiro também o será e reciprocamente.

6. Considera o seguinte dicionário:


P: A pena de morte é cruel.
Q: A pena de morte é uma punição reversível.
R: A pena de morte reduz o ser humano a um ato.
a- Traduz para linguagem natural as fórmulas proposicionais:
a)
b)

7. Considera os seguintes enunciados:


1. Dado que a proposição é falsa podemos determinar que o valor lógico de P é V.
2. Sabendo que a proposição é verdadeira, infere-se que o valor lógico de S é V.
3. Dado que o valor lógico de R é V, a proposição não pode ser falsa.
4. Sabendo que o valor lógico de Q é V, conclui-se que é verdadeira.
Podemos afirmar que:
A. 4 é correto; 1, 2 e 3 são incorretos.
B. 1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto.
C. 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.
D. 1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos.

8. Dada a proposição «Há deveres, caso tenha direitos.»


a- Começa por colocar a proposição dada na forma canónica ou padrão.
b- Apresenta um dicionário adequado.
c- Traduz a proposição para a linguagem proposicional.
d- Descreve, fundamentadamente, um mundo possível que refute a proposição dada.

9. Mostra, recorrendo a uma tabela de verdade, se a proposição que se segue é uma tautologia,
contradição ou contingência.

GRUPO III

Tradução e avaliação de argumentos

10. Considera o argumento seguinte:

Se houvesse uma necessidade de vida ou de morte que os seres humanos só pudessem


satisfazer matando baleias, haveria razões éticas a favor da caça à baleia. Porém não há qualquer
necessidade humana essencial que obrigue a matar baleias. Tudo o que obtemos das baleias
pode ser obtido sem crueldade. Por conseguinte, a caça à baleia é imoral.

a- Formaliza o argumento dado e testa a sua validade, com auxílio de um inspetor de


circunstâncias. Na tua resposta começa por apresentar um dicionário adequado.

Correcção

1.1. R: A negação da proposição «Algumas pessoas a viver em pobreza extrema não têm acesso
a água potável.» é «Todas as pessoas a viver em pobreza extrema têm acesso a água potável.»
1.2. R: A negação da proposição «Nenhuma pessoa dos países pobres tem acesso a água
potável.» é «Algumas pessoas dos países pobres tem acesso a água potável.»
2. R: As proposições dadas não podem ser simultaneamente verdadeiras. Trata-se de
proposições contrárias. Se for verdadeira a proposição «Todo o auxílio aos países pobres é
responsabilidade dos governos.», terá de ser forçosamente falsa a sua contrária, isto é, que
«Nenhum auxílio aos países pobres é responsabilidade dos governos.». Contudo, é
perfeitamente possível que estas proposições sejam simultaneamente falsas, pois não se tratam
de proposições inconsistentes. Pode ser verdade que «Algum auxílio aos países pobres seja da
responsabilidade dos governos.» e que «Algum auxílio aos países pobres não seja da
responsabilidade dos governos.»
3. B
4.1. Dicionário
P: A esperança de vida nos países ricos atinge em média os 78 anos.
Q: A esperança de vida nos países mais pobres é inferior a 50 anos.
Formalização:
4.2. Dicionário
P: O argumento de Peter Singer a favor da obrigação de auxílio é sólido.
Q: Temos a obrigação de reduzir a pobreza absoluta.
Formalização:
5.1.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
6.1.
a) A pena de morte é cruel, se e somente se, é irreversível e reduz o ser humano a um ato.
b) Se a pena de morte reduz o ser humano a um ato, então é falso que seja uma punição reversível
ou não reduza o ser humano a um ato.
7. A
8.1. Se tenho direitos, então há deveres.
8.2.
P: Tenho direitos.
Q: Há deveres.
8.3.
8.4. R: Uma proposição condicional (ou implicação) será falsa se a antecedente (neste caso, P,
tenho direitos.) for verdadeira e a consequente (neste caso, Q, há deveres) for falsa. Pensemos
no caso dos bebés, nos seres humanos com deficiências profundas ou no caso dos animais não
humanos. Em todos estes casos existem direitos consagrados (a antecedente é verdadeira), mas
não há deveres (a consequente é falsa). Este exemplo refuta a proposição dada, pois mostra que
ter direitos não é uma condição suficiente (que baste só por si), nem necessária (que seja
precisa), para ter deveres.
9.
P Q
V V F V V
V F F V F
F V V F F
F F V F F

A proposição é uma contingência.

10.
Dicionário
P: Há necessidades essenciais que os seres humanos só podem satisfazer matando baleias.
Q: Há razões éticas a favor da caça à baleia.
Formalização
,

P Q
V V V F F
V F F F V
F V V V F
F F V V V

Dizemos que um argumento é válido quando é impossível as premissas serem verdadeiras e a


conclusão falsa. Existem duas circunstâncias (linhas três e quatro) em que as premissas são
verdadeiras. Na linha três a conclusão é falsa. O argumento apresentado é, portanto, inválido.

Como traduzir o argumento?


Nota bem:
«Se houvesse uma necessidade de vida ou de morte que os seres humanos só pudessem
satisfazer matando baleias, haveria razões éticas a favor da caça à baleia.
Porém não há qualquer necessidade humana essencial que obrigue a matar baleias. Tudo o que
obtemos das baleias pode ser obtido sem crueldade.
Por conseguinte, a caça à baleia é imoral.»
Exercícios:

1. Traduza as seguintes proposições para linguagem proposicional

1. O Pedro é aluno da Escola Secundária D. João II.


2. O Pedro é pontual e não gosta de faltar às aulas.
3. Não é verdade que o Pedro é preguiçoso ou divertido.
4. O Pedro gosta de matemática ou de filosofia, mas não de ambas.
5. Se o Pedro gosta de matemática ou de filosofia, então não gosta de história.
6. O Pedro ganhou o prémio do melhor ensaio de filosofia, a não ser que a Teresa o tenha ganho.
7. Se o Pedro ou a Teresa tiveram boa nota no teste, e foi o Pedro que teve boa nota, então não foi a Teresa.
8. O Pedro gosta da Teresa, se e só se, não gosta da Ana e do Ricardo.
9. O Pedro e a Ana são alunos da Escola Secundária D. João II, mas só um deles é aluno do 10º ano.
10. O Pedro e a Ana fizeram um desenho e uma pintura, respetivamente.

oluções

1. O Pedro não é aluno da Escola Secundária D. João II

Dicionário:

P- O Pedro é aluno da escola Secundária D. João II

¬P

2. O Pedro é pontual e não gosta de faltar às aulas.

Dicionário:

P- O Pedro é pontual
Q- O Pedro gosta de faltar às aulas

(P ∧ ¬ Q)

3. Não é verdade que o Pedro é preguiçoso ou divertido.

Dicionário

P- O Pedro é preguiçoso
Q- O Pedro é divertido

¬ (P V Q)

4. O Pedro gosta de matemática ou de filosofia, mas não de ambas.

Dicionário:

P - O Pedro gosta de matemática


Q- O Pedro gosta de filosofia

(P v Q) ∧ ¬ (P ∧ Q)

5. Se o Pedro gosta de matemática ou de filosofia, então não gosta de história.

Dicionário:

P- O Pedro gosta de matemática


Q- O Pedro gosta de filosofia
R- O Pedro gosta de história

((P V Q) → ¬ R)

6. O Pedro ganhou o prémio do melhor ensaio de filosofia, a não ser que a Teresa o tenha ganho.

Dicionário:

P- O Pedro ganhou o prémio do melhor ensaio de filosofia


Q - A Teresa ganhou o melhor prémio do melhor de filosofia

( ¬ Q → P)

7. Se o Pedro ou a Teresa tiveram boa nota no teste, e foi o Pedro que teve boa nota, então não foi a Teresa.

Dicionário:

P- O Pedro teve boa nota no teste


Q - A Teresa teve boa nota no teste

(( P V Q) ∧ P → ¬ Q))

8. O Pedro gosta da Teresa, se e só se, não gosta da Ana nem do Ricardo.

Dicionário:

P- O Pedro gosta da Teresa


Q- O Pedro gosta da Ana
R - O Pedro gosta do Ricardo

((P ↔ ( ¬ Q ∧ ¬ R))

9. O Pedro e a Ana são alunos da Escola Secundária D. João II, mas só um deles é aluno do 10º ano.

Dicionário:

P- O Pedro é aluno da Escola Secundária D. João II


Q- A Ana é aluna da Escola Secundária D. João II
R - O Pedro é aluno do 10º ano
S - A Ana é aluna do 10º ano

((P ∧ Q) ∧ ( R V S))

10. O Pedro e a Ana fizeram um desenho e uma pintura, respetivamente.

Dicionário:

P - O Pedro é aluno do 10º ano


Q - A Ana é aluna do 10º ano

((P ∧ Q)
2. Formalize os seguintes argumentos:

1. Se somos livres, então poderemos agir de modo diferente. As pessoas não podem agir de modo diferente.
Logo, as pessoas não são livres.

2. Se somos livres, podemos escolher as nossas ações. Se podemos escolher as nossas ações, então não
somos determinados. Portanto, se somos livres, não somos determinados.

3. Se a existência é uma perfeição e Deus por definição tem todas as perfeições, então Deus por definição tem
de existir. Mas a existência é uma perfeição. Além disso, é verdade que Deus tem por definição todas as
perfeições. Logo, Deus por definição tem de existir.
ormalização e avaliação de argumentos
Formalize os seguintes argumentos:

1. Se somos livres, então poderemos agir de modo diferente. As pessoas não podem agir de modo diferente.
Logo, as pessoas não são livres.

Forma canónica:

(1) Se somos livres, então não podemos agir de modo diferente.


(2) As pessoas não podem agir de modo diferente.
(3) Logo, as pessoas não são livres.

Dicionário:

P - Somos livres
Q- Podemos agir de modo diferente

Formalização:

(P → Q), ¬Q ∴ ¬P

2. Se somos livres, podemos escolher as nossas ações. Se podemos escolher as nossas ações, então não somos
determinados. Portanto, se somos livres, não somos determinados.

Forma canónica:

(1) Se somos livres podemos escolher as nossas ações.


(2) Se podemos escolher as nossas ações, então não somos determidados.
(3) Logo, se somos livres, não somos determinados.

Dicionário:

P- Somos livres
Q- Podemos escolher as nossas ações.
R- Somos determinados.

Formalização:

(P → Q), (Q → ¬R) ∴ (P → ¬R)

3. Se a existência é uma perfeição e Deus por definição tem todas as perfeições, então Deus por definição
tem de existir. Mas a existência é uma perfeição. Além disso, é verdade que Deus tem por definição todas
as perfeições. Logo, Deus por definição tem de existir.

Forma canónica:

(1) Se a existência é uma perfeição e Deus por definição tem todas as perfeições, então Deus por definição
tem de existir.
(2) A existência é uma perfeição.
(3) Deus tem por definição todas as perfeições.
(4) Logo, Deus por definição tem de existir.

Dicionário:

P- A existência é uma perfeição.


Q- Deus por definição tem todas as perfeições
R- Deus por definição tem de existir.
Formalização:

((P∧Q) → R), P, Q ∴ R)

Ficha de trabalho para a próxima aula de apoio das turmas A e C do 11º ano.

1. Indique quais das seguintes frases exprimem proposições:

A. Esta frase não exprime uma proposição.

B. O que é uma proposição?

C. As proposições são expressas por frases interrogativas.

D. Vai já estudar filosofia.

2. Coloque na expressão canónica:

A. Terás positiva no teste, caso estudes muito.

B. As teorias filosóficas embora sejam racionais são discutíveis.

C. Para a vida ter sentido, basta Deus existir.

D. Uma ação tem valor moral se é feita por dever e vice-versa.

E. A inteligência é hereditária, a não ser que seja a emotividade.

3. Elabore o dicionário e formalize:

A. Deus não existe e a vida não tem sentido.

B. Não é verdade que Deus exista e a vida tenha sentido.

C. Se a pena de morte é moralmente errada, então o aborto e a eutanásia


também são moralmente errados.

D. Não é verdade que o livre-arbítrio não existe.

E. Os governos não democráticos não são legítimos.

4. Indique o que existe de errado nas seguintes formas proposicionais.

A. P v Q → R

B. PQ

C. P ¬ ∧ Q

5. Traduza as seguintes formas proposicionais a partir do dicionário apresentado:


A. P ∧ ¬ Q

B. ¬ P → Q

P: Os valores são relativos.

Q: A crítica de costumes alheios é legítima.

6. A negação correta de “¬ P → ¬ Q” será “¬ P ∧ Q” ou “P → Q”? Justifique a sua


resposta construindo tabelas de verdade das formas proposicionais apresentadas.

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