Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Olá pessoal!
Espero que estejam todos bem e motivados para os estudos.
Nesta aula, vamos fazer uma breve revisão das regras de acentuação
gráfica, ver alguns pontos que podem gerar dúvidas com relação à ortografia
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Sumário
1 – Acentuação ...................................................................................... 3
2 – As mudanças do Novo Acordo Ortográfico ............................................ 6
3 – Ortografia – Homônimos e Parônimos .................................................. 9
4 – Questões Comentadas ..................................................................... 18
5 - Lista de Exercícios ........................................................................... 46
6 – Gabarito ......................................................................................... 65
7 – Referencial Bibliográfico ................................................................... 65
1 – Acentuação
Observe que café, jiló, Carajás e parabéns são acentuados, enquanto tupi, caju
e açaí não o são.
OBSERVAÇÃO
Os monossílabos tônicos seguem a regra de acentuação das OXÍTONAS.
Ex.pá, já, gás, fé, mês, pó, Jó e etc.
São acentuados os ditongos abertos EI, OI, EU (som aberto!) das palavras
oxítonas.
Ex. herói, véu, céu, papéis
criança, mas resolve... ela disse que era nome de um coelhinho, kkkk, até hoje
não esqueci! Taí de presente para vocês.
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
L - I – N – IS – UM – R – US – X – Ã – PS - DITONGO
Leia-se: LINISUMRUSXÃ PS DITONGO
ATENÇÃO
Quando as semivogais “i” e “u” TÔNICAS formam hiato, são acentuadas.
As semivogais “i” e “u” devem estar sozinhas na sílaba ou acompanhadas
de “s” apenas e não seguidas de “NH”
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
Exemplos:
sa-ú-de / sa-í-da / Pa-ra-í-ba / e-go-ís-mo
ra-i-nha (repare que esta palavra não é acentuada devido ao “nh”)
Os ditongos abertos EI, OI, EU, estes são sempre acentuados, exceto
nos casos trazidos pelo novo acordo ortográfico, que veremos adiante.
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
1) FGV/AJ/TRE-PA/Judiciária/2011
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que
distribuídos.
a) sócio
b) sofrê-lo
c) lúcidos
d) constituí
e) órfãos
Comentários:
Gabarito: D
1- Alfabeto
Foram acrescentadas as letras K, W, Y que há tempos são utilizadas em
palavras como show, Wilson, km, kg, Yves e etc.
2- Trema
O acento trema, que utilizávamos em palavras como lingüiça foi
EXTINTO para substantivos comuns, devendo ser utilizado, a partir de então,
apenas em nomes próprios. Portanto, devemos passar a escrever linguiça,
aguentar e frequência.
Gisele Bündchen continua com o seu trema!
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
3- Ditongos abertos
Deixam de ser acentuados os ditongos abertos EI e OI das palavras
PAROXÍTONAS.
Exemplos:
Ideia (i-dei-a), assembleia (as-sem-blei-a), heroico (he-roi-co), joia (joi-
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
4- Acento Diferencial
Foram abolidos os acentos diferenciais, aqueles que serviam para
distinguir palavras com a mesma grafia como para (preposição) para (verbo
parar).
Também deixam de receber acento diferencial as palavras seguintes:
pelo (substantivo) – pelo(a) (verbo pelar) – pelo(a) (preposição per + artigo
“a”)
pera (substantivo) – pera (preposição arcáica)
polo (substantivo) – polo ( modo arcaico de rescrever pôr+lo)
Observe que a pronúncia das palavras continua a mesma de antes.
5- Hiatos
Foram abolidos os acentos circunflexos das palavras com os hiatos OO
e EE. As palavras enjôo, vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem,
vêem, TODAS perderam os acentos e passam a ser grafadas da seguinte
maneira: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
6- I e U tônicos
As palavras que possuem as vogais I e U tônicas quando vierem depois
de ditongo não serão mais acentuadas.
7- Hífen
Vamos ver como fica o uso do hífen.
b. Mesma vogal
c. Vogais diferentes
Sempre que o sufixo for iniciado por H, a palavra deverá conter o hífen.
procedente (proveniente; c/
precedente (que vem antes)
fundamento)
Comentários:
Gabarito: A
MAL/BEM X MAU/BOM
A palavra MAU é adjetivo e é o oposto de BOM.
Ex. Ele é um cara mau, mas seu irmão é um bom rapaz.
A palavra MAL pode ser um substantivo ou um advérbio e é o oposto de
BEM.
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Ex. Marta sempre joga bem, enquanto Denise sempre joga mal. (advérbios)
O mal há de ser suprimido pelo bem. (substantivos)
POR QUE
Utilizamos esta forma em perguntas diretas e indiretas ou quando
podemos substituí-lo pela expressão “PELO QUAL”.
Exemplos:
Por que você não foi embora?
Ela quis saber por que ele não foi embora. (= por que motivo)
Esse é o motivo por que não fui embora.(= pelo qual)
POR QUÊ
Utilizamos esta forma em perguntas diretas e indiretas quando no final da
frase (antes de um ponto).
Exemplos:
Não fez a tarefa por quê?
PORQUE
Esta forma é uma conjunção causal ou explicativa e é utilizada para resposta
de perguntas e explicações em geral.
Exemplos:
Ele não foi embora porque a ama muito.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
PORQUÊ
Esta forma é um substantivo e tem o significado de motivo ou razão.
Exemplos:
Qual o porquê de estarmos todos aqui? (= motivo, razão)
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
VAMOS RESUMIR??
RESUMO:
4 – Questões Comentadas
3) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O meu antigo companheiro de pensão Amadeu Amaral Júnior, um homem louro
e fornido, tinha costumes singulares que espantavam os outros hóspedes.
Amadeu Amaral Júnior vestia-se com sobriedade: usava uma cueca preta e
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
motivo/pelo qual)
PORQUÊ
motivo.
Gabarito: Certo
4) CESPE/ATA/DPU/2016
No início da colonização portuguesa no Brasil, a defesa das pessoas pobres
perante os tribunais era considerada uma obra de caridade, com fortes traços
religiosos.
Anteriormente à primeira Constituição pátria, a de 1824, vigoraram as
Ordenações Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas. Destas, somente as
Ordenações Filipinas, sancionadas em 1595 e que construíram a base do direito
português até o século XIX, com vigência de 1603 até o Código Civil brasileiro
de 1916, trazem, em seu texto, algo que remete ao entendimento de concessão
de justiça gratuita, prevendo que, se o agravante fosse tão pobre que jurasse
não ter bens móveis, nem bens de raiz, nem como pagar o agravo e se rezasse,
na audiência, uma vez, a oração do Pai-Nosso pela alma do rei de Portugal,
seria considerado quitado o pagamento das custas de então.
Ainda com relação ao aspecto da gratuidade, em particular, o colonizador
português trouxe para o território brasileiro a praxe forense de acordo com a
qual os advogados deveriam assistir, de maneira gratuita e voluntária, pro bono,
os pobres que a solicitassem. Essa obrigação era admitida como um dever moral
do ofício, diferenciando-se do voluntariado por ser exercida com caráter e
competência profissionais, embora fosse uma atividade não remunerada.
Essas duas formas de gratuidade no acesso à justiça não se confundem. A
advocacia pro bono é definida como a prestação gratuita de serviços jurídicos
na promoção do acesso à justiça, ao passo que a assistência jurídica pública
gratuita, atualmente prevista na Constituição Federal, no artigo 5.º, inciso
Gabarito: Certo
Comentários:
A palavra “está” é acentuada por ser uma oxítona terminada em “A”, enquanto
“três” recebe a acentuação por ser um monossílabo tônico terminado em
“ES”.
Note que mesmo os monossílabos tônicos seguindo a mesma regra das oxítonas
em relação às terminações, trata-se de duas regras diferentes.
7) CESPE/Tec/FUB/Laboratório/Biologia/2015
Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o verão não é sinônimo apenas
de praia, corpos à mostra e pele bronzeada. O calor extremo provocado por
massas de ar quente ― fenômeno comum nessa época do ano, mas acentuado
na última década pelas mudanças climáticas ― traz desconfortos e riscos à
saúde. Não se trata somente de desidratação e insolação. Um estudo da
Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito
até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações
por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras
enfermidades. “Embora tenhamos feito o estudo apenas nos EUA, as ondas de
calor são um fenômeno mundial. Portanto, os resultados podem ser
considerados universais”, diz Francesca Domininci, professora de bioestatística
da faculdade e principal autora do estudo, publicado no jornal Jama, da
Associação Médica dos Estados Unidos. No Brasil, não há estudos específicos
que associem as ondas de calor a tipos de internações. “Não é só aí. No mundo
todo, há pouquíssimas investigações a respeito dessa relação”, afirma
Domininci. “Precisamos
segue.
Os acentos gráficos das palavras “bioestatística” e “específicos” têm a mesma
justificativa gramatical.
Certo
Errado
Comentários:
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Gabarito: Certo
8) CESPE/APF/DEPEN/Área 1/2015
Os condenados no Brasil são originários, na maioria das vezes, das classes
menos favorecidas da sociedade. Esses indivíduos, desde a mais tenra infância,
são pressionados e oprimidos pela sociedade, vivem nas favelas, nos morros,
nas regiões mais pobres, em precárias condições de vida, em meio ao esgoto,
à discriminação social, à completa ausência de informações e de escolarização.
Sem o repertório de uma mínima formação educacional e social, o preso, mesmo
antes de se tornar um delinquente, já ocupa uma posição social inferior.
O regime penitenciário deve empregar os meios curativos, educativos, morais,
espirituais, e todas as formas de assistência de que possa dispor com o intuito
de reduzir o máximo possível as condições que enfraquecem o sentido de
responsabilidade do recluso, o respeito à dignidade de sua pessoa e a sua
capacidade de readaptação social.
Internet: <www.joaoluizpinaud.com> (com adaptações).
Certo
Errado
Comentários:
Ambas são paroxítonas terminadas em ditongo ou “falsas
proparoxítonas”.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
9) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2015
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Errado
Comentários:
As palavras “líquida”, “público” e “episódicas” recebem acentos por serem
proparoxítonas, enquanto “órgãos” é acentuada por ser paroxítona
terminada em ditongo.
Gabarito: Errado
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
10) CESPE/Diplomata/IRBr/2014
Texto II: para a questão
Por mais que se escoem
coisas para a lata do lixo,
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Comentários:
A afirmativa procede apenas para o nome “antônimo” (anti+ônimo = contrário
nome), nome de significado contrário, trata-se de formação linguística de
derivação prefixal (prefixo grego anti), ao passo que o nome próprio “Antônio”
(que significa inestimável) tem origem latina.
Gabarito: Errado
11) CESPE/Perito/PF/2000
O texto abaixo foi modificado intencionalmente, mediante a retirada de vírgulas
e a introdução de erros de grafia, de regência e de concordância.
As notas frias de Caxias
Uma pratica tão ilegal quanto comum nas prefeituras do interior do pais chamou
à atenção da Polícia Federal no Maranhão. No municipio de Caxias a 350
quilometros de São Luís o que poderia ser um crime administrativo banal vem
ganhando indissios de uma verdadeira farra orçamentaria. O atual prefeito da
cidade Hélio Queiroz (PSDB) recolheu centenas de notas fiscais que garante
serem frias e que teriam permitido a seu antessessor Paulo Marinho (PFL)
desviar mais de R$ 1 milhão do caixa municipal.
Boa parte desses documentos foram emitidos pela Sercil Engenharia uma
pequena firma de propriedade do engenheiro José Ribamar Costa Serra que
admitiu o crime. O esquema que serviria para enriquecer-lhe só comprometeu
ainda mas suas finanças. Paulo Marinho hoje deputado federal defende-se das
acusações. O inquérito da Polícia Federal vai dizer quem está falando a verdade.
Istoé, 27/10/1999 (com adaptações).
Julgue o item a seguir com relação ao texto.
Se me perguntam por que sou favorável ao voto distrital, qual o motivo porque
defendo tal sistema, explico de pronto: porque com ele diminui a briga interna
dos partidos em cada distrito. Além disso, porque o voto distrital dá ao eleitor a
possibilidade de controlar quem foi por ele eleito.
Certo
Errado
Comentários:
“Se me perguntam por que sou favorável ao voto distrital, qual o motivo
porque defendo tal sistema, explico de pronto: porque com ele diminui a briga
interna dos partidos em cada distrito. Além disso, porque o voto distrital dá ao
eleitor a possibilidade de controlar quem foi por ele eleito.”
No trecho acima, temos quatro ocorrências do termo “porque”.
Na primeira ocorrência a palavra “por que” está grafada corretamente, pois se
trata de uma forma interrogativa indireta. O “por que” separado serve para
formas interrogativas diretas e indiretas.
Já o segundo “porque”, deveria vir separado, pois tem o sentido de “pelo qual”
(o motivo pelo qual defendo tal sistema), sendo o “que” um pronome relativo.
Nas duas últimas, ele foi empregado corretamente, pois serve para responder
uma pergunta. Ambos são conjunções com função explicativa, devendo
ser grafados juntos e sem acento (PORQUE).
Gabarito: Errado
13) CESPE/TRACA/ANCINE/2012
No dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Paris —, um homem de teatro que trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi
falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho,
e Lumière desencorajou-o, dizendo-lhe que o cinematógrafo não tinha o menor
futuro como espetáculo, era um instrumento científico para reproduzir o
movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no início,
se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière
enganou-se.
Naquele 28 de dezembro, o que apareceu na tela do Grand Café? Uns filmes
curtinhos, filmados com a câmara parada, em preto e branco e sem som. Um
em especial emocionou o público: a vista de um trem chegando à estação,
filmada de tal forma que a locomotiva vinha de longe e enchia a tela, como se
fosse projetar-se sobre a plateia.
A novidade não consistia em ver na tela um trem em movimento. Todos os
espectadores sabiam que não havia nenhum trem verdadeiro na tela, logo não
havia por que assustar-se.
A imagem na tela era em preto e branco e não fazia ruídos; portanto, não podia
haver dúvida, não se tratava de um trem de verdade. Só podia ser uma ilusão.
A novidade residia aí: na ilusão.
Jean Claude Bernadet. O que é cinema? Internet: <http://pt.scribd.com>
(com adaptações).
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a
seguir.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “por que” pelo
termo porquê.
Certo
Errado
Comentários:
Gabarito: Errado
14) CESPE/Adm/PF/2014
A história constitucional brasileira está repleta de referências difusas à
segurança pública, mas, até a Constituição Federal de 1988 (CF), esse tema
não era tratado em capítulo próprio nem previsto mais detalhadamente no texto
constitucional.
A constitucionalização traz importantes consequências para a legitimação da
atuação estatal na formulação e na execução de políticas de segurança. As leis
acerca de segurança, nos três planos federativos de governo, devem estar em
conformidade com a CF, assim como as respectivas estruturas administrativas
e as próprias ações concretas das autoridades policiais. Devem ser
especialmente observados os princípios constitucionais fundamentais — a
república, a democracia, o estado de direito, a cidadania, a dignidade da pessoa
humana — bem como os direitos fundamentais — a vida, a liberdade, a
igualdade, a segurança. O art. 144 deve ser interpretado de acordo com o
núcleo axiológico do sistema constitucional em que se situam esses princípios
fundamentais.
Cláudio Pereira de Souza Neto. A segurança pública na Constituição Federal de
1988: conceituação constitucionalmente adequada, competências federativas
e órgãos de execução das políticas. Internet: <www.oab.org.br> (com
adaptações).
Com relação às ideias e a aspectos gramaticais desse texto, julgue o item.
O termo “aonde” significa para onde, por isso deve ser empregado em orações
em que a regência verbal exija as preposições “a” ou “para”.
Ex. vou aonde sou chamado.
(quem vai, vai a algum lugar – a regência do verbo ir (transitivo indireto) exige
a preposição “a”)
Esse é o lugar onde nasci. (o verbo nascer é intransitivo, por isso não exige
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
preposição)
O termo “em que”, por sua vez, é equivalente ao termo “onde”, porém este
último só poderá substituí-lo para referir-se a um lugar.
Ex. Aquela é a casa em que morou Machado de Assis.
= Aquela é a casa onde morou Machado de Assis.
Repare que “casa” é um LUGAR, um espaço físico.
Portanto, não cabe a substituição sugerida no enunciado da questão.
Gabarito: Errado
15) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem
Especialidade"/2011
A expansão do agronegócio, segundo as Contas Regionais do Brasil 2004-2008,
divulgadas pelo IBGE, foi um notável vetor de crescimento das regiões menos
desenvolvidas. A cana-de-açúcar, a soja e o café ajudaram Rondônia; as
lavouras temporárias empurraram o Acre; o Amazonas sofreu percalços na área
industrial, mas ganhou com a criação de gado, o café e o cultivo de frutas
cítricas.
Em Roraima, municípios como Normandia e Pacaraima deram alento ao cultivo
de cereais. Também no Tocantins, no Maranhão, no Ceará, em Pernambuco, na
Bahia e no Piauí o agronegócio teve peso decisivo. A produtividade da soja, no
Piauí, foi a maior do país (3.231 kg/ha). A agropecuária contribuiu para as
economias de Minas Gerais e, ainda mais, do Mato Grosso do Sul, do Mato
Grosso e de Goiás. No Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte, problemas
climáticos afetaram o setor e, consequentemente, as economias locais.
Em todo o país, os setores da construção civil e os serviços contribuíram para o
aumento da riqueza. Eles indicam aumento da oferta de crédito e renda dos
DITONGO).
Porém, ela é acentuada em função de outra regra, pelo HIATO que forma a letra
“i” com a letra u (com-tri-bu-í-ram).
Lembre-se de que o hiato é um caso de encontro vocálico em que as duas vogais
separam-se em sílabas diferentes.
ATENÇÃO
Quando as semivogais “i” e “u” TÔNICAS formam hiato, são acentuadas.
As semivogais “i” e “u” devem estar sozinhas na sílaba ou acompanhadas de “s”
apenas e não seguidas de “NH”
Exemplos:
sa-ú-de / sa-í-da / Pa-ra-í-ba / e-go-ís-mo
ra-i-nha (repare que esta palavra não é acentuada devido ao “nh”)
Gabarito: Errado
16) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem
Especialidade"/2011
A COP-16, em Cancún, no México, é mais uma rodada global sobre as ações
para impedir uma catástrofe climática na Terra. Infelizmente, as expectativas
de progresso estão muito aquém das necessidades. Achar uma notícia
animadora em relação ao meio ambiente é tarefa árdua. Por exemplo, as
emissões de CO2, o mais abundante dos gases-estufa, caíram 1,3% em 2009
devido à recessão mundial. Mas isso foi apenas a metade do esperado. E a
previsão dos cientistas é de que a liberação, por queima de carvão, petróleo e
gás, atinja o pico histórico já este ano. Além disso, a concentração de dióxido
de carbono, metano e óxido nitroso atingiu, em 2009, o maior nível desde a
Revolução Industrial, segundo a Organização Meteorológica Mundial.
Certo
Errado
Comentários:
ca-tás-tro-fe / cli-má-ti-ca
As duas palavras acima são proparoxítonas, recebem acentuação na
antepenúltima sílaba. Portanto, a justificativa para a acentuação de ambas é a
mesma, toda palavra proparoxítona é acentuada.
Gabarito: Errado
17) CESPE/TA/ANCINE/2012
Texto para o item
Compreende-se que a festa, representando tal paroxismo de vida e rompendo
de um modo tão violento com as pequenas preocupações da existência
cotidiana, surja ao indivíduo como outro mundo, em que ele se sente amparado
e transformado por forças que o ultrapassam. A sua atividade diária, colheita,
caça, pesca, ou criação de gado, limita-se a preencher o seu tempo e a prover
as suas necessidades imediatas. É certo que ele lhe dedica atenção, paciência,
habilidade, mas, mais profundamente, vive na recordação de uma festa e na
expectativa de outra, pois a festa figura para ele, para a sua memória e para o
seu desejo o tempo das emoções intensas e da metamorfose do seu ser.
Roger Caillois. O homem e o sagrado. Lisboa: Edições 70, 1988, p. 967 (com
adaptações).
Com referência a aspectos gramaticais do texto, julgue o item subsequente.
Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem acento gráfico com
base na mesma regra de acentuação gráfica.
Certo
Errado
Comentários:
In-di-ví-duo / di-á-ria / pa-ci-ên-cia
As três palavras acima são paroxítonas terminadas em ditongo, por isso
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
recebem a acentuação.
Lembrem-se sempre do nosso amigo LINISUNRUSXÃ-PS-DITONGO, que nos
diz as terminações das palavras paroxítonas acentuadas.
São também chamadas de proparoxítonas aparentes estas paroxítonas
terminadas em ditongos crescentes (ea, eo, ia, ie, io, oa, ua, uo).
Repare que por um momento você pode até ficar em dúvida se a última sílaba
separa-se ou não, por isso o nome “aparente” (in-di-ví-du-o, di-á-ri-a, pa-ci-
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
ên-ci-a).
Gabarito: Certo
palavras.
Gabarito: Errado
ín-di-ce / pe-rí-o-do
Ambas as palavras são proparoxítonas, portanto devem ser acentuadas.
Repare que é importantíssima a correta separação das sílabas, para que
possamos identificar a regra aplicada em cada palavra.
Gabarito: Certo
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Comentários:
a-trás / fi-éis
A palavra “atrás” recebe acento porque é oxítona terminada em A(s).
Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em e ens.
Por sua vez, a palavra “fiéis” é acentuada porque é uma oxítona terminada em
ditongo aberto EI, OI, EU.
Lembre-se de que o acordo ortográfico aboliu a acentuação nos ditongos
abertos EI e OI das PAROXÍTONAS (ideia, paranoia, jiboia, geleia), mas não
das oxítonas.
Enfim, a justificativa é uma para cada caso.
Gabarito: Errado
21) CESPE/AA/ICMBio/2014
De acordo com uma lista da International Union for the Conservation of Nature,
o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas de
extinção, com um total de 123 espécies sofrendo risco real de desaparecer da
natureza em um futuro não tão distante. A Mata Atlântica concentra cerca de
80% de todas as aves ameaçadas no país, fato que resulta de muitos anos de
exploração e desmatamentos. Atualmente, restam apenas cerca de 10% da
floresta original, não sendo homogênea essa proporção de floresta
remanescente ao longo de toda a Mata Atlântica. A situação é mais séria na
região Nordeste, especialmente nos estados de
Alagoas e Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituída
por plantações de cana-de-açúcar.
É nessa região que ainda podem ser encontrados os últimos exemplares das
aves mais raras em todo o país, como o criticamente ameaçado limpa-folha-do-
Comentários:
ho-mo-gê-nea / mé-dio / bro-mé-lias
As três palavras acima recebem acento pois são paroxítonas terminadas em
ditongo (se preferir, pode dizer que são as proparoxítonas aparentes).
Gabarito: Certo
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Utilizamos a forma porque para respostas e
explicações.
Alternativa B – Incorreta – Utilizamos a forma porquê, substantivo, quando o
termo tem o significado de motivo ou razão.
Alternativa C – Incorreta – Utilizamos a forma por que para perguntas diretas
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
“Ora, por que não podam a árvore? Porque é preciso uma autorização formal da
prefeitura,...”; nesse segmento do texto há uma diferente e correta grafia do
vocábulo sublinhado.
Comentários:
geral.
Gabarito: C
Seria conveniente que não se confundisse a expressão sublinhada com “ao invés
de”, como ocorre na seguinte frase
Comentários:
Gabarito: C
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
a) glória.
b) Difícil
c) diálogo
d) déficit
e) pétreas
Comentários:
Gabarito: B
a) têm – vêm
b) heroico – saúde
c) colmeia – herói
d) veem – leem
e) para(v.) – pôr(v.)
Comentários:
que serviam para distinguir palavras com a mesma grafia como para
(preposição) para (verbo parar). Note que a forma verbal “para” não merece
acentuação segundo a regra das paroxítonas, sendo antes acentuada
unicamente com essa função diferencial.
OBSERVAÇÃO
Foi mantido o acento diferencial do verbo PÔR e da forma verbal PÔDE
(passado de poder).
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Gabarito: D
Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres
no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas,
mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram
algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os
mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos,
não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças
naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de
vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à
dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto
significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que
ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.
Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano
municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de
500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual
superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20
mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma
situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e
drástica nos municípios de pequeno porte.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
Assinale a alternativa que indica os vocábulos do texto que não são acentuados
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
a) após / só
b) Petrópolis / óbitos
c) possuíam / constituídas
d) através / também
e) vácuo / municípios
Comentários:
Gabarito: A
É isso amigos!
5 - Lista de Exercícios
1) FGV/AJ/TRE-PA/Judiciária/2011
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que
distribuídos.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
a) sócio
b) sofrê-lo
c) lúcidos
d) constituí
e) órfãos
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
3) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O meu antigo companheiro de pensão Amadeu Amaral Júnior, um homem louro
e fornido, tinha costumes singulares que espantavam os outros hóspedes.
Amadeu Amaral Júnior vestia-se com sobriedade: usava uma cueca preta e
calçava medonhos tamancos barulhentos. Alimentava-se mal, espichava-se na
cama, roncava o dia inteiro e passava as noites acordado, passeando, agitando
o soalho, o que provocava a indignação dos outros pensionistas. Quando se
cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da
noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a
artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos
jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa diferente daquela e pagar
ao barbeiro.
por mim, acho que Amadeu Amaral Júnior andou muito bem. Todos os
jornalistas necessitados deviam seguir o exemplo dele. O anúncio, pois não. E,
em duros casos, a propaganda oral, numa esquina, aos gritos. Exatamente
como quem vende pomada para calos.
Graciliano Ramos. Um amigo em talas. In: Linhas tortas. Rio de Janeiro:
Record, 1983, p. 125 (com adaptações).
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
4) CESPE/ATA/DPU/2016
No início da colonização portuguesa no Brasil, a defesa das pessoas pobres
perante os tribunais era considerada uma obra de caridade, com fortes traços
religiosos.
Anteriormente à primeira Constituição pátria, a de 1824, vigoraram as
Ordenações Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas. Destas, somente as
Ordenações Filipinas, sancionadas em 1595 e que construíram a base do direito
português até o século XIX, com vigência de 1603 até o Código Civil brasileiro
de 1916, trazem, em seu texto, algo que remete ao entendimento de concessão
de justiça gratuita, prevendo que, se o agravante fosse tão pobre que jurasse
não ter bens móveis, nem bens de raiz, nem como pagar o agravo e se rezasse,
na audiência, uma vez, a oração do Pai-Nosso pela alma do rei de Portugal,
seria considerado quitado o pagamento das custas de então.
Ainda com relação ao aspecto da gratuidade, em particular, o colonizador
português trouxe para o território brasileiro a praxe forense de acordo com a
qual os advogados deveriam assistir, de maneira gratuita e voluntária, pro bono,
os pobres que a solicitassem. Essa obrigação era admitida como um dever moral
do ofício, diferenciando-se do voluntariado por ser exercida com caráter e
competência profissionais, embora fosse uma atividade não remunerada.
do Brasil (OAB).
Enfim, a importância dessas duas formas de assistência jurídica gratuita reside
no fato de que o maior beneficiário dessa prerrogativa é a pessoa com
insuficiência de recursos que tenha de demandar em juízo.
Internet: <www.ambitojuridico. com.br> e <www.probono.org.br> (com
adaptações).
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
7) CESPE/Tec/FUB/Laboratório/Biologia/2015
Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o verão não é sinônimo apenas
de praia, corpos à mostra e pele bronzeada. O calor extremo provocado por
massas de ar quente ― fenômeno comum nessa época do ano, mas acentuado
na última década pelas mudanças climáticas ― traz desconfortos e riscos à
saúde. Não se trata somente de desidratação e insolação. Um estudo da
Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito
até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras
enfermidades. “Embora tenhamos feito o estudo apenas nos EUA, as ondas de
calor são um fenômeno mundial. Portanto, os resultados podem ser
considerados universais”, diz Francesca Domininci, professora de bioestatística
da faculdade e principal autora do estudo, publicado no jornal Jama, da
Associação Médica dos Estados Unidos. No Brasil, não há estudos específicos
que associem as ondas de calor a tipos de internações. “Não é só aí. No mundo
todo, há pouquíssimas investigações a respeito dessa relação”, afirma
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Domininci. “Precisamos
que os colegas de outras partes do planeta façam pesquisas semelhantes para
compreendermos melhor essa importante questão para a saúde pública”,
observa.
Internet: <www.correioweb.com.br> (com adaptações).
8) CESPE/APF/DEPEN/Área 1/2015
Os condenados no Brasil são originários, na maioria das vezes, das classes
menos favorecidas da sociedade. Esses indivíduos, desde a mais tenra infância,
são pressionados e oprimidos pela sociedade, vivem nas favelas, nos morros,
nas regiões mais pobres, em precárias condições de vida, em meio ao esgoto,
à discriminação social, à completa ausência de informações e de escolarização.
Sem o repertório de uma mínima formação educacional e social, o preso, mesmo
antes de se tornar um delinquente, já ocupa uma posição social inferior.
O regime penitenciário deve empregar os meios curativos, educativos, morais,
espirituais, e todas as formas de assistência de que possa dispor com o intuito
de reduzir o máximo possível as condições que enfraquecem o sentido de
9) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2015
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Certo
Errado
10) CESPE/Diplomata/IRBr/2014
Texto II: para a questão
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
11) CESPE/Perito/PF/2000
O texto abaixo foi modificado intencionalmente, mediante a retirada de vírgulas
e a introdução de erros de grafia, de regência e de concordância.
serem frias e que teriam permitido a seu antessessor Paulo Marinho (PFL)
desviar mais de R$ 1 milhão do caixa municipal.
Boa parte desses documentos foram emitidos pela Sercil Engenharia uma
pequena firma de propriedade do engenheiro José Ribamar Costa Serra que
admitiu o crime. O esquema que serviria para enriquecer-lhe só comprometeu
ainda mas suas finanças. Paulo Marinho hoje deputado federal defende-se das
acusações. O inquérito da Polícia Federal vai dizer quem está falando a verdade.
Istoé, 27/10/1999 (com adaptações).
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
13) CESPE/TRACA/ANCINE/2012
No dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em
Paris —, um homem de teatro que trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi
falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho,
e Lumière desencorajou-o, dizendo-lhe que o cinematógrafo não tinha o menor
futuro como espetáculo, era um instrumento científico para reproduzir o
movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no início,
se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière
enganou-se.
espectadores sabiam que não havia nenhum trem verdadeiro na tela, logo não
havia por que assustar-se.
A imagem na tela era em preto e branco e não fazia ruídos; portanto, não podia
haver dúvida, não se tratava de um trem de verdade. Só podia ser uma ilusão.
A novidade residia aí: na ilusão.
Jean Claude Bernadet. O que é cinema? Internet: <http://pt.scribd.com>
(com adaptações).
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
14) CESPE/Adm/PF/2014
A história constitucional brasileira está repleta de referências difusas à
segurança pública, mas, até a Constituição Federal de 1988 (CF), esse tema
não era tratado em capítulo próprio nem previsto mais detalhadamente no texto
constitucional.
A constitucionalização traz importantes consequências para a legitimação da
atuação estatal na formulação e na execução de políticas de segurança. As leis
acerca de segurança, nos três planos federativos de governo, devem estar em
conformidade com a CF, assim como as respectivas estruturas administrativas
e as próprias ações concretas das autoridades policiais. Devem ser
especialmente observados os princípios constitucionais fundamentais — a
república, a democracia, o estado de direito, a cidadania, a dignidade da pessoa
humana — bem como os direitos fundamentais — a vida, a liberdade, a
igualdade, a segurança. O art. 144 deve ser interpretado de acordo com o
núcleo axiológico do sistema constitucional em que se situam esses princípios
fundamentais.
Cláudio Pereira de Souza Neto. A segurança pública na Constituição Federal de
1988: conceituação constitucionalmente adequada, competências federativas
e órgãos de execução das políticas. Internet: <www.oab.org.br> (com
adaptações).
15) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem
Especialidade"/2011
A expansão do agronegócio, segundo as Contas Regionais do Brasil 2004-2008,
divulgadas pelo IBGE, foi um notável vetor de crescimento das regiões menos
desenvolvidas. A cana-de-açúcar, a soja e o café ajudaram Rondônia; as
lavouras temporárias empurraram o Acre; o Amazonas sofreu percalços na área
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
16) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem
Especialidade"/2011
A COP-16, em Cancún, no México, é mais uma rodada global sobre as ações
para impedir uma catástrofe climática na Terra. Infelizmente, as expectativas
de progresso estão muito aquém das necessidades. Achar uma notícia
O Globo, 28/11/2010.
Acerca dos sentidos e de aspectos estruturais e gramaticais do texto acima,
julgue o item seguinte.
As palavras "catástrofe" e "climática" recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.
Certo
Errado
17) CESPE/TA/ANCINE/2012
Texto para o item
Compreende-se que a festa, representando tal paroxismo de vida e rompendo
de um modo tão violento com as pequenas preocupações da existência
cotidiana, surja ao indivíduo como outro mundo, em que ele se sente amparado
e transformado por forças que o ultrapassam. A sua atividade diária, colheita,
caça, pesca, ou criação de gado, limita-se a preencher o seu tempo e a prover
as suas necessidades imediatas. É certo que ele lhe dedica atenção, paciência,
habilidade, mas, mais profundamente, vive na recordação de uma festa e na
expectativa de outra, pois a festa figura para ele, para a sua memória e para o
seu desejo o tempo das emoções intensas e da metamorfose do seu ser.
Roger Caillois. O homem e o sagrado. Lisboa: Edições 70, 1988, p. 967 (com
adaptações).
Com referência a aspectos gramaticais do texto, julgue o item subsequente.
Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem acento gráfico com
base na mesma regra de acentuação gráfica.
Certo
Errado
Texto
O Tribunal de Contas da União (TCU) avaliou ações para a elaboração de
diagnóstico e suporte à educação básica. A auditoria conferiu aspectos relativos
ao Plano de Ações Articuladas, à assistência técnica prestada pelo Ministério da
Educação (MEC) e ao levantamento de dados necessários à formação e ao
cálculo do índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB).
A auditoria identificou baixo nível de implementação das ações para provimento
de infraestrutura e de recursos pedagógicos, que vão desde a implantação de
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
Com relação a aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item
a seguir.
O emprego do acento gráfico nos vocábulos “índice” e “período” justifica-se
com base na mesma regra de acentuação gráfica.
Certo
Errado
A ideia de prender um passarinho na gaiola, por mais que ele se acostume com
o dono, é muito triste. Comprei um periquito, uma vez, criado em cárcere
privado, e o soltei na sala. Achei que ele ia gostar de ter espaço. Saí para
trabalhar e, quando voltei, o pobre estava morto atrás da poltrona. Ele tentou
sair e morreu dando cabeçadas no vidro. Carrego a culpa até hoje. De boas
intenções o inferno está cheio.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
O Rio de Janeiro existe entre lá e cá, entre o asfalto e a mata atlântica, mas a
fauna daqui é mais delicada do que a africana e a indiana. Quem tem janela
perto do verde conhece bem o que é conviver com os micos. Nos meus tempos
de São Conrado, eu costumava acordar com um monte deles esperando a boia.
Foi a primeira vez que experimentei cativar espécies não domesticadas.
Lanço aqui a campanha: crie vínculos com um curió, uma paca ou um
formigueiro que seja. Eles são fiéis e conectam você com a mãe natureza.
Experimente, ponha um pãozinho no parapeito e veja se alguém aparece.
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
21) CESPE/AA/ICMBio/2014
De acordo com uma lista da International Union for the Conservation of Nature,
o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas de
extinção, com um total de 123 espécies sofrendo risco real de desaparecer da
natureza em um futuro não tão distante. A Mata Atlântica concentra cerca de
80% de todas as aves ameaçadas no país, fato que resulta de muitos anos de
exploração e desmatamentos. Atualmente, restam apenas cerca de 10% da
floresta original, não sendo homogênea essa proporção de floresta
remanescente ao longo de toda a Mata Atlântica. A situação é mais séria na
região Nordeste, especialmente nos estados de
Alagoas e Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituída
por plantações de cana-de-açúcar.
É nessa região que ainda podem ser encontrados os últimos exemplares das
aves mais raras em todo o país, como o criticamente ameaçado limpa-folha-do-
nordeste (Philydor novaesi). Essa pequena ave de dezoito centímetros vive no
estrato médio e dossel de florestas bem conservadas e ricas em bromélias, onde
procura artrópodes dos quais se alimenta. Atualmente, as duas únicas
Esta é uma pergunta que supõe polos opostos. Qual o valor supremo a ser
realizado pelo ensino?
A prioridade concedida à informação percorre caminhos diferentes do projeto
de formar o cidadão consciente, o espírito crítico, o ser humano solidário?
Até certo ponto sim. Entupir a cabeça do aluno (penso no jovem que se prepara
para um vestibular) com dados, nomes, números e esquemas, o que significa
em termos de formar uma pessoa justa, verdadeira, compassiva, democrática?
A aspiração de Montaigne continua viva, mais do que nunca: a criança não deve
ser um vaso que se encha, mas uma vela que se acenda.
Para não descambar no puro ceticismo, lembro que o exercício constante das
ciências físico-matemáticas, das ciências biológicas e da pesquisa histórica pode
contribuir para a formação de hábitos de atenção e rigor que, provavelmente,
irão propiciar o respeito à verdade, o que é sempre um progresso moral. Digo
“provavelmente” porque os numerosos exemplos de transgressão da ética
científica, movidos por interesses e paixões, não permitem expressões de
otimismo exagerado.
Permanece inquietante a questão de formar a criança e o jovem para valores
que ainda constituem o ideal do nosso tão sofrido bípede implume. O malogro
da educação liberal-capitalista nos aflige como, em outro contexto, nos teria
afligido um projeto de educação totalitária. Esta impõe, mediante a violência do
Estado, a passividade inerme do cidadão, ao qual só resta obedecer aos ditames
do partido dominante. Conhecemos o que foi a barbárie nazifascista, a barbárie
stalinista, a barbárie maoísta.
De outra natureza é a barbárie que vivemos no aqui-e-agora do consumismo
irresponsável, dos lobbies farmacêuticos, do desrespeito ao ambiente, das
violações dos direitos humanos fundamentais, da imprensa facciosa e venal, dos
partidos de aluguel, da intolerância ideológica dos grupelhos, da arrogância dos
formadores de opinião espalhados pela mídia e pelas universidades.
Um plano oficial de educação pouco poderia fazer para alterar esse iminente
risco de desintegração que afeta a sociedade civil, atingindo classes e
estamentos diversos; mas que ao menos se faça esse pouco!
Alfredo Bosi. A valorização dos docentes é a única forma de construir uma
escola eficiente. Chega de proletários do giz. In: Carta Capital. Ano XIX, n.º
781, p. 29 (com adaptações).
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
a) Delatou a pupila há meia hora, por isso não está enxergando bem.
b) Há muito tempo o rapaz está submerso; se ele demorar mais para imergir,
pode correr perigo de morte.
c) Nunca vi uma chuva que não dá um minuto de trégua; essa intermitência me
angustia.
d) Distratava tanto a cunhada, que ela deixou de visitá-los.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
“Ora, por que não podam a árvore? Porque é preciso uma autorização formal da
prefeitura,...”; nesse segmento do texto há uma diferente e correta grafia do
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
vocábulo sublinhado.
Seria conveniente que não se confundisse a expressão sublinhada com “ao invés
de”, como ocorre na seguinte frase
a) glória.
b) Difícil
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
c) diálogo
d) déficit
e) pétreas
a) têm – vêm
b) heroico – saúde
c) colmeia – herói
d) veem – leem
e) para(v.) – pôr(v.)
Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres
no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas,
mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram
algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os
mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos,
não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças
naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de
vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à
dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto
significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que
ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.
Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano
municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de
500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual
superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20
mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma
situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e
drástica nos municípios de pequeno porte.
Assinale a alternativa que indica os vocábulos do texto que não são acentuados
pela mesma regra de acentuação gráfica.
a) após / só
b) Petrópolis / óbitos
c) possuíam / constituídas
d) através / também
e) vácuo / municípios
6 – Gabarito
1 D 7 C 13 E 19 C 25 E
2 A 8 E 14 E 20 E 26 C
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
3 C 9 E 15 E 21 C 27 C
4 C 10 E 16 E 22 E 28 B
5 E 11 C 17 C 23 D 29 D
6 C 12 E 18 E 24 A 30 A
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)
7 – Referencial Bibliográfico