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Curso: Português – Técnico MPU

Teoria e Questões Comentadas


Prof. Bruno Spencer - Aula 11
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Aula 11 – Ortografia, Acentuação e o Novo Acordo Ortográfico


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Professor: Bruno Spencer

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Olá pessoal!
Espero que estejam todos bem e motivados para os estudos.
Nesta aula, vamos fazer uma breve revisão das regras de acentuação
gráfica, ver alguns pontos que podem gerar dúvidas com relação à ortografia
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e, claro, as mudanças trazidas pelo novo acordo ortográfico, que entraram


em vigor, de forma obrigatória e geral a partir de 01/01/2016.
Bons estudos!

Sumário

1 – Acentuação ...................................................................................... 3
2 – As mudanças do Novo Acordo Ortográfico ............................................ 6
3 – Ortografia – Homônimos e Parônimos .................................................. 9
4 – Questões Comentadas ..................................................................... 18
5 - Lista de Exercícios ........................................................................... 46
6 – Gabarito ......................................................................................... 65
7 – Referencial Bibliográfico ................................................................... 65

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1 – Acentuação

Como todos nós já estudamos nos tempos do ensino fundamental,


existem três classificações com relação à localização da sílaba tônica nas
palavras (sílaba de som mais forte).
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•Têm a última sílaba tônica.


Oxítonas
•Ex. café, giló, tupi, açai, avião, Carajás,
céu , caju, parabéns

•Têm a penúltima sílaba tônica.


Paroxítonas
•Ex. banana, cano, verbo, túnel, pólen,
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órgão, jiboia, grátis, essência

•Têm a antepenúltima sílaba tônica.


Proparoxítonas
•ex. tônica, sílaba, árabe, médico,
ortopédico, gramática, lógica, bíblia

As palavras OXÍTONAS são acentuadas quando terminadas em a(s),


e(s), o(s) e em ou ens.

•Ex. café, jiló, Carajás, parabéns

Observe que café, jiló, Carajás e parabéns são acentuados, enquanto tupi, caju
e açaí não o são.

OBSERVAÇÃO
Os monossílabos tônicos seguem a regra de acentuação das OXÍTONAS.
Ex.pá, já, gás, fé, mês, pó, Jó e etc.

São acentuados os ditongos abertos EI, OI, EU (som aberto!) das palavras
oxítonas.
Ex. herói, véu, céu, papéis

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As palavras PAROXÍTONAS são as que possuem mais regras de acentuação,


portanto, vamos lançar mão de um recurso minemônico para nos auxiliar a
gravá-las.
Minha professora da 5ª série ensinava uma palavra mágica que possui todas as
sílabas que, quando terminam a palavra, levam-na a ser acentuada. É coisa de
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criança, mas resolve... ela disse que era nome de um coelhinho, kkkk, até hoje
não esqueci! Taí de presente para vocês.
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L - I – N – IS – UM – R – US – X – Ã – PS - DITONGO
Leia-se: LINISUMRUSXÃ PS DITONGO

Vamos ver se dá certo?


L – saudável, incrível, nível, fácil, imóvel
I(s) – táxi, epóxi, júri
N – pólen, elétron, hífen, quórum
IS – lápis, grátis, tênis
UM/UNS – álbum, álbuns, Vênus
R – éter, caráter
US – vírus, bônus
X – tórax, látex, dúplex, índex
Ã(s) – ímã, órfã
PS – bíceps, tríceps, fórceps
DITONGO – órgão, imóveis, hóquei, secretária, série, água

Observe que as terminações que acentuam as OXÍTONAS (a(s), e(s), o(s),


em/ens) NÃO acentuam as PAROXÍTONAS. Portanto, esse também é um
ótimo recurso para saber se uma palavra paroxítona deve ser acentuada.

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ATENÇÃO
Quando as semivogais “i” e “u” TÔNICAS formam hiato, são acentuadas.
As semivogais “i” e “u” devem estar sozinhas na sílaba ou acompanhadas
de “s” apenas e não seguidas de “NH”
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Exemplos:
sa-ú-de / sa-í-da / Pa-ra-í-ba / e-go-ís-mo
ra-i-nha (repare que esta palavra não é acentuada devido ao “nh”)

Os ditongos abertos EI, OI, EU, estes são sempre acentuados, exceto
nos casos trazidos pelo novo acordo ortográfico, que veremos adiante.
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•Ex. céu (repare que, mesmo sendo oxítona terminada em U, a palavra


“céu” é acentuada, devido ao ditongo aberto EU).
•réu, anzóis, lençóis, anéis, papéis e etc.

Todas as palavras PROPAROXÍTONAS são acentuadas.

•Ex. próprio, lâmpada, apócrifo

1) FGV/AJ/TRE-PA/Judiciária/2011

Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que
distribuídos.

a) sócio

b) sofrê-lo

c) lúcidos

d) constituí

e) órfãos

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Comentários:

A palavra “distribuídos” é acentuada, pois acentuamos as palavras que possuem


“i” e “u” tônicos, formando hiato.

Alternativa A – Incorreta – A palavra “sócio” é acentuada por ser uma


paroxítona terminada em ditongo crescente. Acentuamos as paroxítonas
terminadas em: L - I – N – IS – UM – R – US – X – Ã – PS – DITONGO.
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Alternativa B – Incorreta – A palavra “sofrê” é acentuada, pois se trata de uma


oxítona terminada em A(s), E(s), O(s), EM/ENS.

Alternativa C – Incorreta – A palavra “lúcidos” é acentuada, pois acentuamos


todas as proparoxítonas.

Alternativa D – Correta - A palavra “constituí” é acentuada, pois acentuamos as


palavras que possuem “i” e “u” tônicos, formando hiato.
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Alternativa E – Incorreta - A palavra “órfão” é acentuada por ser uma


paroxítona terminada em ditongo. Acentuamos as paroxítonas terminadas
em: L - I – N – IS – UM – R – US – X – Ã – PS – DITONGO.

Gabarito: D

2 – As mudanças do Novo Acordo Ortográfico

Desde o dia 1 de janeiro de 2016 as regras do novo acordo ortográfico,


firmado por diversos países de língua portuguesa, estão em validade no Brasil,
agora em caráter obrigatório.
O acordo foi assinado por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe na cidade de Lisboa, em
16 de dezembro de 1990. No Brasil, foram instituídas as mudanças em caráter
transitório desde 2009, agora, suas regras passam a ser obrigatórias, assim,
precisamos atualizar-nos o quanto antes, pois esse pode e deve ser um ponto
a ser abordado nos próximos concursos.
O que muda?
Tivemos, basicamente 5 mudanças principais relacionadas os seguintes temas:
alfabeto, trema, ditongos abertos, acento diferencial e uso do hífen.
Vamos a elas!

1- Alfabeto
Foram acrescentadas as letras K, W, Y que há tempos são utilizadas em
palavras como show, Wilson, km, kg, Yves e etc.

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2- Trema
O acento trema, que utilizávamos em palavras como lingüiça foi
EXTINTO para substantivos comuns, devendo ser utilizado, a partir de então,
apenas em nomes próprios. Portanto, devemos passar a escrever linguiça,
aguentar e frequência.
Gisele Bündchen continua com o seu trema!
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3- Ditongos abertos
Deixam de ser acentuados os ditongos abertos EI e OI das palavras
PAROXÍTONAS.
Exemplos:
Ideia (i-dei-a), assembleia (as-sem-blei-a), heroico (he-roi-co), joia (joi-
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a), jiboia (ji-boi-a).

Continuam acentuadas as palavras oxítonas contendo os mesmos


ditongos abertos. Ex. herói, dói, papéis.

4- Acento Diferencial
Foram abolidos os acentos diferenciais, aqueles que serviam para
distinguir palavras com a mesma grafia como para (preposição) para (verbo
parar).
Também deixam de receber acento diferencial as palavras seguintes:
pelo (substantivo) – pelo(a) (verbo pelar) – pelo(a) (preposição per + artigo
“a”)
pera (substantivo) – pera (preposição arcáica)
polo (substantivo) – polo ( modo arcaico de rescrever pôr+lo)
Observe que a pronúncia das palavras continua a mesma de antes.

Veja se entende a frase a seguir:


• Quando pelo os cachorros, fica muito pelo pelo chão.
OBSERVAÇÃO
Foi mantido o acento diferencial do verbo PÔR e da forma verbal PÔDE
(passado de poder).

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5- Hiatos
Foram abolidos os acentos circunflexos das palavras com os hiatos OO
e EE. As palavras enjôo, vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem,
vêem, TODAS perderam os acentos e passam a ser grafadas da seguinte
maneira: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem.
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6- I e U tônicos
As palavras que possuem as vogais I e U tônicas quando vierem depois
de ditongo não serão mais acentuadas.

As palavras baiúca, feiúra e bocaiúva passam a ser escritos baiuca, feiura


e bocaiuva.
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7- Hífen
Vamos ver como fica o uso do hífen.

a. Antes de palavras com R e S

Quando o prefixo terminar em vogal e o sufixo iniciar com R ou S estas


serão “dobradas” e não usaremos o hífen.

•Ex. Contrarregra, minissaia, antisséptico, autorretrato, antissocial,


antirrugas, arquirrival, autorregulamentação, autossugestão,
ultrassonografia, suprarrenal e etc.

b. Mesma vogal

Quando o prefixo terminar com a mesma vogal que inicia o sufixo,


passaremos a utilizar o hífen.

•Ex. anti-ibérico, anti-inflamatório, arqui-inimigo, micro-ondas, micro-


ônibus.

c. Vogais diferentes

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O hífen deixará de ser utilizado, quando o prefixo terminar com vogal


diferente daquela que inicia o sufixo.

•Ex. autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola,


autoestrada, coautor, contraindicação, contraordem, extraoficial,
infraestrutura, intraocular, intrauterino, semiaberto, semiárido.
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ATENÇÃO – CONTINUAMOS usando o hífen após os prefixos PRÉ, PRÓ,


PÓS.

•Ex. pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore, pró-africano, pró-


europeu, pós-graduação e etc.

d. Sufixo iniciado por H

Sempre que o sufixo for iniciado por H, a palavra deverá conter o hífen.

•Ex. super-homem, anti-higiênico, sub-humano, pré-histórico.

3 – Ortografia – Homônimos e Parônimos

Neste quesito de ortografia, vamos evitar discorrer sobre as inúmeras


“regras” de utilização de “s” ou “z”, ou mesmo “c” ou “ç” ou “ss” e etc e suas
intermináveis exceções. Utilizo o juízo de que grafia de palavras é um assunto
que se aprende ao longo da vida, portanto julgo bem mais producente, e a nossa
eficiência é algo muitíssimo importante para um concurso público, focarmos algo
que realmente podemos aprender com a simples leitura de uma apostila ou de
um livro.
Então, vamos ao que interessa... Um assunto recorrente e bastante
abordado por diversas bancas de concurso são os famosos homônimos e
parônimos. Mas quem são esses dois?

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HOMÔNIMOS são palavras que têm a mesma pronúncia mas


significados diferentes.

Os homônimos perfeitos têm, além da mesma pronúncia, a mesma


grafia.
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•Ex. Eu cedo minha vez a você. (verbo ceder)


•Chegamos cedo. (advérbio de tempo)

•Ele ficou são. (adjetivo sinônimo de sadio)


•Que horas são? (verbo ser)
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•Gosto de comer manga. (fruta)


•Ele só usa camisas de manga curta. (parte da roupa)

Os homônimos imperfeitos têm mesma pronúncia, porém grafias


diferentes.

•Ex. acender (ato de colocar fogo em algo) X ascender (sinônimo de


subir)
•censo (contagem normalmente de pessoas) X senso (juízo)

Outro caso muito importante a ser estudado é o dos parônimos.

Parônimos são vocábulos com pronúncia e grafia diferentes, porém


semelhantes e com sentidos também diferentes.

•Ex. eminente (alto) X iminente (prestes a ocorrer)


•cumprimento (saudação) X comprimento (medida)

Leiam com carinho a tabela abaixo com diversos exemplos de


homônimos e parônimos, pois ela pode ajudá-los a somarem mais alguns
pontos em suas provas.
Sei que é um pouco grande, mas não tenha pressa!

absolver (perdoar, inocentar) absorver (aspirar, sorver)

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acender (colocar fogo) ascender (subir)

acento (sinal gráfico) assento (local onde se senta)

acerto (ato de acertar) asserto (afirmação)

apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)


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apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido)

aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)

arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)

asar (guarnecer de asas) azar (má sorte)


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ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)

bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)

brocha (tipo de prego) broxa (tipo de pincel)

bucho (estômago) buxo (arbusto)

caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito)

cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)

cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar)

cela (pequeno quarto) sela (forma do verbo selar; arreio)

censo (recenseamento, contagem) senso (entendimento, juízo)

céptico (descrente) séptico (que causa infecção)

cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar)

cerrar (fechar) serrar (cortar)

cervo (veado) servo (criado)

cessão (ato de ceder) sessão (reunião)

chá (bebida) xá (antigo soberano do irã)

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cheque (ordem de pagamento) xeque (lance no jogo de xadrez)

círio (vela) sírio (natural da síria)

cito (forma do verbo citar) sito (situado)

comprimento (extensão) cumprimento (saudação)


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concerto (sessão musical) conserto (reparo)

concílio (assembleia católica) consílio (conselho)

coser (costurar) cozer (cozinhar)

decente (decoroso) descente (que desce)


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deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)

deferir (atender, conceder) diferir (adiar)

delatar (denunciar) dilatar (alargar)

descrição (ato de descrever) discrição (virtude de ser discreto)

descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)

despensa (cômodo da cozinha) dispensa (ato de dispensar)

docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)

emergir (vir à superfície) imergir (mergulhar)

emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)

eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)

esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)

esotérico (oculto) exotérico (que se expõe em público)

espectador (aquele que assiste) expectador (que tem expectativa)

esperto (perspicaz) experto (experiente, perito)

espiar (observar) expiar (pagar pena)

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espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)

estático (imóvel) extático (admirado)

esterno (osso do peito) externo (exterior)

estrato (camada) extrato (o que se extrai)


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estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar)

flagrante (evidente) fragrante (perfumado)

fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)

fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)


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imergir (afundar) emergir (vir à tona)

incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido)

incipiente (principiante) insipiente (ignorante)

inflação (alta dos preços) infração (violação)

infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)

laço (nó) lasso (frouxo)

mandado (ordem judicial) mandato (procuração)

peão (domador de cavalos) pião (tipo de brinquedo)

procedente (proveniente; c/
precedente (que vem antes)
fundamento)

ratificar (confirmar) retificar (corrigir)

recrear (divertir) recriar (criar novamente)

ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da rússia)

serva (criada) cerva (fêmea do cervo)

sesta (descanso após o almoço) sexta (numeral/dia da semana)

soar (produzir som) suar (transpirar)

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sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)

sustar (suspender) suster (sustentar)

tacha (prego pequeno) taxa (espécie de tributo)

tachar (censurar, por defeito) taxar (cobrar taxa)


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tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)

vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)

viagem (jornada) viajem (subjuntivo do verbo viajar)

vultoso (volumoso) vultuoso (inchado)


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2) FGV/Tec Ges Adm/ALE-MA/Revisor/2013

Assinale a alternativa cuja lacuna é corretamente preenchida pela primeira


palavra entre parênteses.

a) A dona de casa decidiu _____ toda a roupa no final de semana. (coser /


cozer)

b) Todas as sextas, ia à _____ espírita. (cessão / seção / sessão)

c) O dono do carro queria providenciar o _____ do forro do _____. (concerto /


conserto) (acento / assento)

d) O deputado teve seu mandato _____ (caçado / cassado)

e) Quem tem bom _____ não perde tempo. (censo / senso)

Comentários:

Alternativa A – Correta – coser (costurar); cozer (cozinhar)

Alternativa B – Incorreta – cessão (ato de ceder); secção (corte); sessão


(reunião)

Alternativa C – Incorreta – concerto (sessão musical); conserto (reparo);


acento (sinal gráfico); assento (local onde se senta)

Alternativa D – Incorreta – caçar (perseguir animais); cassar (tornar sem


efeito)

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Alternativa E – Incorreta – censo (recenseamento, contagem); senso


(entendimento, juízo)

Gabarito: A

Vamos ver alguns casos muito importantes de expressões homônimas!


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MAL/BEM X MAU/BOM
A palavra MAU é adjetivo e é o oposto de BOM.
Ex. Ele é um cara mau, mas seu irmão é um bom rapaz.
A palavra MAL pode ser um substantivo ou um advérbio e é o oposto de
BEM.
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Ex. Marta sempre joga bem, enquanto Denise sempre joga mal. (advérbios)
O mal há de ser suprimido pelo bem. (substantivos)

MAL x BEM •substantivo ou advérbio

MAU x BOM •adjetivo

POR QUE
Utilizamos esta forma em perguntas diretas e indiretas ou quando
podemos substituí-lo pela expressão “PELO QUAL”.
Exemplos:
Por que você não foi embora?
Ela quis saber por que ele não foi embora. (= por que motivo)
Esse é o motivo por que não fui embora.(= pelo qual)

POR QUÊ
Utilizamos esta forma em perguntas diretas e indiretas quando no final da
frase (antes de um ponto).
Exemplos:
Não fez a tarefa por quê?

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PORQUE
Esta forma é uma conjunção causal ou explicativa e é utilizada para resposta
de perguntas e explicações em geral.
Exemplos:
Ele não foi embora porque a ama muito.
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PORQUÊ
Esta forma é um substantivo e tem o significado de motivo ou razão.
Exemplos:
Qual o porquê de estarmos todos aqui? (= motivo, razão)
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VAMOS RESUMIR??

•Perguntas diretas e indiretas (por que


POR QUE
motivo/pelo qual)

•Perguntas diretas e indiretas, quando no


POR QUÊ
final da frase (antes do ponto)

PORQUE •Respostas e explicações.

•Substantivo sinônimo de razão ou


PORQUÊ
motivo.

Acerca de = sobre / a respeito de


Ex. Falávamos acerca dos grandes inventores da humanidade.

A cerca de ou cerca de = aproximadamente / mais ou menos


Ex. Moro a cerca de um quilômetro do meu trabalho.

Há cerca de = “faz aproximadamente” para indicar tempo passado


Ex. Isso aconteceu há cerca de dois anos.

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RESUMO:

ACERCA DE •sobre / a respeito de

CERCA DE •aproximadamente / mais ou menos


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•aproximadamente indicando tempo


HÁ CERCA DE
passado

Formação das Palavras

Observe o quadro abaixo:


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•PREFIXAL - adição de prefixo


•SUFIXAL - adição de sufixo
DERIVAÇÃO •PARASSINTETICA - prefixo e sufixo
•REGRESSIVA - redução do radical
•IMPRÓPRIA - mudança de classe gramatical

•JUSTAPOSIÇÃO - não se alteram os radicais


COMPOSIÇÃO
•AGLUTINAÇÃO - os radicais fundem-se

•HIBRIDISMO - palavras de origens diferentes


OUTROS •ONOMATOPÉIA - sons ou ruídos
•REDUÇÃO - abreviação

Vamos aos exercícios!!!

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4 – Questões Comentadas

3) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O meu antigo companheiro de pensão Amadeu Amaral Júnior, um homem louro
e fornido, tinha costumes singulares que espantavam os outros hóspedes.
Amadeu Amaral Júnior vestia-se com sobriedade: usava uma cueca preta e
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calçava medonhos tamancos barulhentos. Alimentava-se mal, espichava-se na


cama, roncava o dia inteiro e passava as noites acordado, passeando, agitando
o soalho, o que provocava a indignação dos outros pensionistas. Quando se
cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da
noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a
artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos
jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa diferente daquela e pagar
ao barbeiro.
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

Mudamo-nos, separamo-nos, perdemo-nos de vista. Creio que os artigos de


psicologia não foram publicados, pois há tempo li este anúncio num semanário:
“Intelectual desempregado. Amadeu Amaral Júnior, em estado de desemprego,
aceita esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido. Também aceita trabalho”.
O anúncio não produziu nenhum efeito.
Muita gente se espanta com o procedimento desse amigo. Não sei por quê. Eu,
por mim, acho que Amadeu Amaral Júnior andou muito bem. Todos os
jornalistas necessitados deviam seguir o exemplo dele. O anúncio, pois não. E,
em duros casos, a propaganda oral, numa esquina, aos gritos. Exatamente
como quem vende pomada para calos.
Graciliano Ramos. Um amigo em talas. In: Linhas tortas. Rio de Janeiro:
Record, 1983, p. 125 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas,


julgue o item que se segue.
Sem prejuízo para a correção gramatical do período, a expressão “por quê”
poderia ser substituída por o porquê.
Certo
Errado
Comentários:
O termo “por quê”, tal qual “por que” significa por qual motivo, porém, por
estar no final da frase, ele recebe o acento circunflexo.
Já o vocábulo “porquê” significa motivo ou razão.
Vejamos:
Não sei por quê. = Não sei por qual motivo.

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Não sei o porquê. Não sei o motivo/a razão.


Note que as duas frases são equivalentes, não havendo prejuízo à correção
gramatical ou mesmo alteração no sentido.

•Perguntas diretas e indiretas (por que


POR QUE
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

motivo/pelo qual)

•Perguntas diretas e indiretas, quando no


POR QUÊ
final da frase (antes do ponto)

PORQUE •Respostas e explicações.

•Substantivo sinônimo de razão ou


Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

PORQUÊ
motivo.

Gabarito: Certo

4) CESPE/ATA/DPU/2016
No início da colonização portuguesa no Brasil, a defesa das pessoas pobres
perante os tribunais era considerada uma obra de caridade, com fortes traços
religiosos.
Anteriormente à primeira Constituição pátria, a de 1824, vigoraram as
Ordenações Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas. Destas, somente as
Ordenações Filipinas, sancionadas em 1595 e que construíram a base do direito
português até o século XIX, com vigência de 1603 até o Código Civil brasileiro
de 1916, trazem, em seu texto, algo que remete ao entendimento de concessão
de justiça gratuita, prevendo que, se o agravante fosse tão pobre que jurasse
não ter bens móveis, nem bens de raiz, nem como pagar o agravo e se rezasse,
na audiência, uma vez, a oração do Pai-Nosso pela alma do rei de Portugal,
seria considerado quitado o pagamento das custas de então.
Ainda com relação ao aspecto da gratuidade, em particular, o colonizador
português trouxe para o território brasileiro a praxe forense de acordo com a
qual os advogados deveriam assistir, de maneira gratuita e voluntária, pro bono,
os pobres que a solicitassem. Essa obrigação era admitida como um dever moral
do ofício, diferenciando-se do voluntariado por ser exercida com caráter e
competência profissionais, embora fosse uma atividade não remunerada.
Essas duas formas de gratuidade no acesso à justiça não se confundem. A
advocacia pro bono é definida como a prestação gratuita de serviços jurídicos
na promoção do acesso à justiça, ao passo que a assistência jurídica pública
gratuita, atualmente prevista na Constituição Federal, no artigo 5.º, inciso

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LXXIV, e no artigo 134, é um dever intransferível do Estado e, na maior parte


das vezes, é realizada na atuação das Defensorias Públicas da União e dos
estados e por meio de convênios entre esses órgãos e a Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB).
Enfim, a importância dessas duas formas de assistência jurídica gratuita reside
no fato de que o maior beneficiário dessa prerrogativa é a pessoa com
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insuficiência de recursos que tenha de demandar em juízo.


Internet: <www.ambitojuridico. com.br> e <www.probono.org.br> (com
adaptações).

Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado,


julgue o seguinte item.
Presentes no texto, os vocábulos “caráter”, “intransferível” e “órgãos” são
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acentuados em decorrência da regra gramatical que classifica as palavras


paroxítonas.
Certo
Errado
Comentários:
As três palavras são paroxítonas, com terminações em R, L e ditongo.
Acentuamos as PAROXÍTONAS terminadas em:
L - I – N – IS – UM – R – US – X – Ã – PS - DITONGO

Gabarito: Certo

5) CESPE Tec GT/TELEBRAS/Assistente Técnico/2015


A revolução digital está relacionada à nossa capacidade de conhecer
determinadas informações e delas dispor, bem como de agir procurando a
compreensão simples de fenômenos complexos. A nova sociedade do
conhecimento requer acesso fácil à informação e ao saber. A “nuvem” —
tecnologia capaz de gerenciar de forma inteligente enormes quantidades de
dados —, a conectividade móvel e as redes sociais levam alguns especialistas a
afirmar que estamos no início da quarta revolução digital. Esse é um avanço de
maior transcendência que o das três revoluções anteriores (os primeiros
computadores empresariais, o computador pessoal e a Internet).
Os territórios inteligentes apostam em uma tecnologia digital mais adequada e
que esteja a serviço da qualidade de vida, do acesso à informação e da
potencialização da economia criativa. O desenvolvimento das tecnologias da
informação, das telecomunicações e da Internet tem facilitado o nascimento de

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fluxos e redes que favorecem a conexão entre pessoas, instituições e empresas,


apesar da distância física entre elas. No futuro, a revolução digital poderá ser o
detonador da economia criativa e de uma melhora substancial da
competitividade das cidades.
Alfonso Vegara. Os territórios inteligentes. Internet:
<http://bibliotecadigital.fgv.br> (com adaptações).
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Julgue o próximo item, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto


Os territórios inteligentes.
A palavra “está” recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que
determina o emprego do acento no vocábulo “três”.
Certo
Errado
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Comentários:
A palavra “está” é acentuada por ser uma oxítona terminada em “A”, enquanto
“três” recebe a acentuação por ser um monossílabo tônico terminado em
“ES”.
Note que mesmo os monossílabos tônicos seguindo a mesma regra das oxítonas
em relação às terminações, trata-se de duas regras diferentes.

As palavras OXÍTONAS são acentuadas quando terminadas em a(s),


e(s), o(s) e em ou ens.

•Ex. café, jiló, Carajás, parabéns

Os monossílabos tônicos seguem a regra de acentuação das OXÍTONAS. Ex.


pá, já, gás, fé, mês, pó, Jó e etc.
Gabarito: Errado

6) CESPE/Tec/MPU/Segurança Institucional e Transporte/2015


O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do Estado brasileiro e da
democracia. A sua história é marcada por processos que culminaram
consolidando-o como instituição e ampliando sua área de atuação.
No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito lusitano. Não havia o
Ministério Público como instituição. Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e
as Ordenações Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores de justiça,
atribuindo-lhes o papel de fiscalizar a lei e de promover a acusação criminal.
Existiam ainda o cargo de procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa)
e o de procurador da Fazenda (defensor do fisco).

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Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império, iniciou-


se a sistematização das ações do Ministério Público. Na República, o Decreto n.º
848/1890, ao criar e regulamentar a justiça federal, dispôs, em um capítulo,
sobre a estrutura e as atribuições do Ministério Público no âmbito federal.
Foi na área cível, com a Constituição Federal de 1988, que o Ministério Público
adquiriu novas funções, com destaque para a sua atuação na tutela dos
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interesses difusos e coletivos. Isso deu evidência à instituição, tornando-a uma


espécie de ouvidoria da sociedade brasileira.
Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações).

Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se


segue.
A palavra “cível” recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que
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determina o emprego de acento em amável e útil.


Certo
Errado
Comentários:
Perfeito! Ambas são paroxítonas terminadas em L.
Acentuamos as PAROXÍTONAS terminadas em:
L - I – N – IS – UM – R – US – X – Ã – PS - DITONGO
Gabarito: Certo

7) CESPE/Tec/FUB/Laboratório/Biologia/2015
Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o verão não é sinônimo apenas
de praia, corpos à mostra e pele bronzeada. O calor extremo provocado por
massas de ar quente ― fenômeno comum nessa época do ano, mas acentuado
na última década pelas mudanças climáticas ― traz desconfortos e riscos à
saúde. Não se trata somente de desidratação e insolação. Um estudo da
Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito
até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações
por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras
enfermidades. “Embora tenhamos feito o estudo apenas nos EUA, as ondas de
calor são um fenômeno mundial. Portanto, os resultados podem ser
considerados universais”, diz Francesca Domininci, professora de bioestatística
da faculdade e principal autora do estudo, publicado no jornal Jama, da
Associação Médica dos Estados Unidos. No Brasil, não há estudos específicos
que associem as ondas de calor a tipos de internações. “Não é só aí. No mundo
todo, há pouquíssimas investigações a respeito dessa relação”, afirma
Domininci. “Precisamos

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que os colegas de outras partes do planeta façam pesquisas semelhantes para


compreendermos melhor essa importante questão para a saúde pública”,
observa.
Internet: <www.correioweb.com.br> (com adaptações).

Com relação às ideias e às estruturas do texto acima, julgue o item que se


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

segue.
Os acentos gráficos das palavras “bioestatística” e “específicos” têm a mesma
justificativa gramatical.
Certo
Errado
Comentários:
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

Ambas são proparoxítonas.

Todas as palavras PROPAROXÍTONAS são acentuadas.

•Ex. próprio, lâmpada, apócrifo

Gabarito: Certo

8) CESPE/APF/DEPEN/Área 1/2015
Os condenados no Brasil são originários, na maioria das vezes, das classes
menos favorecidas da sociedade. Esses indivíduos, desde a mais tenra infância,
são pressionados e oprimidos pela sociedade, vivem nas favelas, nos morros,
nas regiões mais pobres, em precárias condições de vida, em meio ao esgoto,
à discriminação social, à completa ausência de informações e de escolarização.
Sem o repertório de uma mínima formação educacional e social, o preso, mesmo
antes de se tornar um delinquente, já ocupa uma posição social inferior.
O regime penitenciário deve empregar os meios curativos, educativos, morais,
espirituais, e todas as formas de assistência de que possa dispor com o intuito
de reduzir o máximo possível as condições que enfraquecem o sentido de
responsabilidade do recluso, o respeito à dignidade de sua pessoa e a sua
capacidade de readaptação social.
Internet: <www.joaoluizpinaud.com> (com adaptações).

Julgue o próximo item, relativo às ideias e às estruturas linguísticas do texto.


As palavras “indivíduos” e “precárias” recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.

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Certo
Errado
Comentários:
Ambas são paroxítonas terminadas em ditongo ou “falsas
proparoxítonas”.
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Acentuamos as PAROXÍTONAS terminadas em:


L - I – N – IS – UM – R – US – X – Ã – PS - DITONGO
Gabarito: Errado

9) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2015
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

No dia 4 de maio de 2015, a Lei Complementar Federal n.º 101/2000, conhecida


como Lei de Responsabilidade Fiscal ou simplesmente LRF, completou quinze
anos.
Embora devamos comemorar a consolidação de uma nova cultura de
responsabilidade fiscal por grande parte dos nossos gestores, o momento
também é propício para reflexões sobre o futuro desse diploma.
Para a surpresa de muitas pessoas, acostumadas a ver em nosso país tantas
leis que não saem do papel, a LRF, logo nos primeiros anos, atinge boa parte
de seus objetivos, notadamente em relação à observância dos limites da
despesa com pessoal, o que permitiu uma descompressão da receita líquida e
propiciou maior capacidade de investimento público. O regulamento marca
avanços também no controle de gastos em fins de gestão e em relação ao novo
papel que as leis de diretrizes orçamentárias passaram a desempenhar.
Não obstante todos os avanços, o momento exige cautela e reflexões. Como
toda debutante, a LRF passa por alguns importantes conflitos existenciais. É
quase consenso, no meio acadêmico e entre os órgãos de controle, a
necessidade de seu aperfeiçoamento em alguns pontos. Há que se ponderar,
contudo, sobre o melhor momento para os necessários ajustes normativos.
Realizar mudanças permanentes na lei por conta de circunstâncias excepcionais
e episódicas não parece recomendar o bom senso.
Valdecir Pascoal. Os 15 anos da Lei de Responsabilidade Fiscal. In: O Estado
de S.Paulo, 5/maio/2015. Internet: <http://politica.estadao.com.br> (com
adaptações).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o
item.
As palavras “líquida”, “público”, “órgãos” e “episódicas” obedecem à mesma
regra de acentuação gráfica.
Certo

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Errado
Comentários:
As palavras “líquida”, “público” e “episódicas” recebem acentos por serem
proparoxítonas, enquanto “órgãos” é acentuada por ser paroxítona
terminada em ditongo.
Gabarito: Errado
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10) CESPE/Diplomata/IRBr/2014
Texto II: para a questão
Por mais que se escoem
coisas para a lata do lixo,
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clipes, cãibras, suores,


restos do dia prolixo,
por mais que a mesa imponha
o frio irrevogável do aço,
combatendo o que em mim contenha
a linha flexível de um abraço,
sei que um murmúrio clandestino
circula entre o rio de meus ossos:
janelas para um marabrigo
de marasmos e destroços.
Na linha anônima do verso
aposto no oposto de meu sim,
apago o nome e a memória
num Antônio antônimo de mim.
Antonio Carlos Secchin. Autoria. In: Todos os ventos. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2002, p. 612.

Em relação ao poema acima, julgue (C ou E) o item subsequente.


No verso “num Antônio antônimo de mim”, o poeta explora o fato de que tanto
“Antônio” quanto “antônimo” compartilham a mesma raiz etimológica, que
indica oposição, como em antissemita e antialérgico.
Certo
Errado

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Comentários:
A afirmativa procede apenas para o nome “antônimo” (anti+ônimo = contrário
nome), nome de significado contrário, trata-se de formação linguística de
derivação prefixal (prefixo grego anti), ao passo que o nome próprio “Antônio”
(que significa inestimável) tem origem latina.

•PREFIXAL - adição de prefixo


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•SUFIXAL - adição de sufixo


DERIVAÇÃO •PARASSINTETICA - prefixo e sufixo
•REGRESSIVA - redução do radical
•IMPRÓPRIA - mudança de classe gramatical

•JUSTAPOSIÇÃO - não se alteram os radicais


COMPOSIÇÃO
•AGLUTINAÇÃO - os radicais fundem-se
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•HIBRIDISMO - palavras de origens diferentes


OUTROS •ONOMATOPÉIA - sons ou ruídos
•REDUÇÃO - abreviação

Gabarito: Errado

11) CESPE/Perito/PF/2000
O texto abaixo foi modificado intencionalmente, mediante a retirada de vírgulas
e a introdução de erros de grafia, de regência e de concordância.
As notas frias de Caxias
Uma pratica tão ilegal quanto comum nas prefeituras do interior do pais chamou
à atenção da Polícia Federal no Maranhão. No municipio de Caxias a 350
quilometros de São Luís o que poderia ser um crime administrativo banal vem
ganhando indissios de uma verdadeira farra orçamentaria. O atual prefeito da
cidade Hélio Queiroz (PSDB) recolheu centenas de notas fiscais que garante
serem frias e que teriam permitido a seu antessessor Paulo Marinho (PFL)
desviar mais de R$ 1 milhão do caixa municipal.
Boa parte desses documentos foram emitidos pela Sercil Engenharia uma
pequena firma de propriedade do engenheiro José Ribamar Costa Serra que
admitiu o crime. O esquema que serviria para enriquecer-lhe só comprometeu
ainda mas suas finanças. Paulo Marinho hoje deputado federal defende-se das
acusações. O inquérito da Polícia Federal vai dizer quem está falando a verdade.
Istoé, 27/10/1999 (com adaptações).
Julgue o item a seguir com relação ao texto.

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No terceiro período, há um erro gráfico na palavra "antessessor".


Certo
Errado
Comentários:
Questão bem simples e direta cobrando conhecimento da forma correta de
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grafia da palavra ANTECESSOR, que é escrita corretamente com C e não com


“SS”.
Gabarito: Certo

12) CESPE/TJ/TRE ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011


Julgue o próximo item, com relação ao correto emprego de porque, porquê, por
que e por quê.
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

Se me perguntam por que sou favorável ao voto distrital, qual o motivo porque
defendo tal sistema, explico de pronto: porque com ele diminui a briga interna
dos partidos em cada distrito. Além disso, porque o voto distrital dá ao eleitor a
possibilidade de controlar quem foi por ele eleito.
Certo
Errado
Comentários:
“Se me perguntam por que sou favorável ao voto distrital, qual o motivo
porque defendo tal sistema, explico de pronto: porque com ele diminui a briga
interna dos partidos em cada distrito. Além disso, porque o voto distrital dá ao
eleitor a possibilidade de controlar quem foi por ele eleito.”
No trecho acima, temos quatro ocorrências do termo “porque”.
Na primeira ocorrência a palavra “por que” está grafada corretamente, pois se
trata de uma forma interrogativa indireta. O “por que” separado serve para
formas interrogativas diretas e indiretas.
Já o segundo “porque”, deveria vir separado, pois tem o sentido de “pelo qual”
(o motivo pelo qual defendo tal sistema), sendo o “que” um pronome relativo.
Nas duas últimas, ele foi empregado corretamente, pois serve para responder
uma pergunta. Ambos são conjunções com função explicativa, devendo
ser grafados juntos e sem acento (PORQUE).

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•Perguntas diretas e indiretas (por que


POR QUE
motivo/pelo qual)

•Perguntas diretas e indiretas, quando no


POR QUÊ
final da frase (antes do ponto)

PORQUE •Respostas e explicações.


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

•Substantivo sinônimo de razão ou


PORQUÊ
motivo.

Gabarito: Errado

13) CESPE/TRACA/ANCINE/2012
No dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

Paris —, um homem de teatro que trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi
falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho,
e Lumière desencorajou-o, dizendo-lhe que o cinematógrafo não tinha o menor
futuro como espetáculo, era um instrumento científico para reproduzir o
movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no início,
se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière
enganou-se.
Naquele 28 de dezembro, o que apareceu na tela do Grand Café? Uns filmes
curtinhos, filmados com a câmara parada, em preto e branco e sem som. Um
em especial emocionou o público: a vista de um trem chegando à estação,
filmada de tal forma que a locomotiva vinha de longe e enchia a tela, como se
fosse projetar-se sobre a plateia.
A novidade não consistia em ver na tela um trem em movimento. Todos os
espectadores sabiam que não havia nenhum trem verdadeiro na tela, logo não
havia por que assustar-se.
A imagem na tela era em preto e branco e não fazia ruídos; portanto, não podia
haver dúvida, não se tratava de um trem de verdade. Só podia ser uma ilusão.
A novidade residia aí: na ilusão.
Jean Claude Bernadet. O que é cinema? Internet: <http://pt.scribd.com>
(com adaptações).
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a
seguir.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “por que” pelo
termo porquê.
Certo
Errado
Comentários:

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“logo não havia por que assustar-se”


O termo “por que” está empregado corretamente, pois significa motivo por
que/motivo para, completando adequadamente a frase. Além disso o “por
que” trata-se de uma conjunção integrante que liga as duas orações do período.
não havia (oração principal) por que assustar-se (oração subordinada
substantiva objetiva direta)
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Já o termo “porquê” é um substantivo que tem o mesmo significado de


motivo ou razão, dessa forma, não é adequada, pois faltaria uma conjunção
para ligar as orações no período.

•Perguntas diretas e indiretas (por que


POR QUE
motivo/pelo qual)
•Perguntas diretas e indiretas, quando no
POR QUÊ
final da frase (antes do ponto)
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PORQUE •Respostas e explicações.

•Substantivo sinônimo de razão ou


PORQUÊ
motivo.

Gabarito: Errado

14) CESPE/Adm/PF/2014
A história constitucional brasileira está repleta de referências difusas à
segurança pública, mas, até a Constituição Federal de 1988 (CF), esse tema
não era tratado em capítulo próprio nem previsto mais detalhadamente no texto
constitucional.
A constitucionalização traz importantes consequências para a legitimação da
atuação estatal na formulação e na execução de políticas de segurança. As leis
acerca de segurança, nos três planos federativos de governo, devem estar em
conformidade com a CF, assim como as respectivas estruturas administrativas
e as próprias ações concretas das autoridades policiais. Devem ser
especialmente observados os princípios constitucionais fundamentais — a
república, a democracia, o estado de direito, a cidadania, a dignidade da pessoa
humana — bem como os direitos fundamentais — a vida, a liberdade, a
igualdade, a segurança. O art. 144 deve ser interpretado de acordo com o
núcleo axiológico do sistema constitucional em que se situam esses princípios
fundamentais.
Cláudio Pereira de Souza Neto. A segurança pública na Constituição Federal de
1988: conceituação constitucionalmente adequada, competências federativas
e órgãos de execução das políticas. Internet: <www.oab.org.br> (com
adaptações).
Com relação às ideias e a aspectos gramaticais desse texto, julgue o item.

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Mantendo-se a coerência e a correção gramatical do texto, o trecho “em que se


situam esses princípios fundamentais” poderia ser substituído por aonde se
situam esses princípios fundamentais.
Certo
Errado
Comentários:
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O termo “aonde” significa para onde, por isso deve ser empregado em orações
em que a regência verbal exija as preposições “a” ou “para”.
Ex. vou aonde sou chamado.
(quem vai, vai a algum lugar – a regência do verbo ir (transitivo indireto) exige
a preposição “a”)
Esse é o lugar onde nasci. (o verbo nascer é intransitivo, por isso não exige
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preposição)
O termo “em que”, por sua vez, é equivalente ao termo “onde”, porém este
último só poderá substituí-lo para referir-se a um lugar.
Ex. Aquela é a casa em que morou Machado de Assis.
= Aquela é a casa onde morou Machado de Assis.
Repare que “casa” é um LUGAR, um espaço físico.
Portanto, não cabe a substituição sugerida no enunciado da questão.
Gabarito: Errado

15) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem
Especialidade"/2011
A expansão do agronegócio, segundo as Contas Regionais do Brasil 2004-2008,
divulgadas pelo IBGE, foi um notável vetor de crescimento das regiões menos
desenvolvidas. A cana-de-açúcar, a soja e o café ajudaram Rondônia; as
lavouras temporárias empurraram o Acre; o Amazonas sofreu percalços na área
industrial, mas ganhou com a criação de gado, o café e o cultivo de frutas
cítricas.
Em Roraima, municípios como Normandia e Pacaraima deram alento ao cultivo
de cereais. Também no Tocantins, no Maranhão, no Ceará, em Pernambuco, na
Bahia e no Piauí o agronegócio teve peso decisivo. A produtividade da soja, no
Piauí, foi a maior do país (3.231 kg/ha). A agropecuária contribuiu para as
economias de Minas Gerais e, ainda mais, do Mato Grosso do Sul, do Mato
Grosso e de Goiás. No Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte, problemas
climáticos afetaram o setor e, consequentemente, as economias locais.
Em todo o país, os setores da construção civil e os serviços contribuíram para o
aumento da riqueza. Eles indicam aumento da oferta de crédito e renda dos

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trabalhadores e acesso da população a serviços públicos e pessoais,


comunicações, hotelaria e transporte.
Idem, ibidem.
Julgue o item que se segue, a respeito dos sentidos e de aspectos textuais e
gramaticais do texto acima.
Em "contribuíram", o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de
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ditongo em sílaba tônica.


Certo
Errado
Comentários:
A palavra “contribuíram” é paroxítona, portanto, não seria acentuada em
função de sua terminação “AM” (lembre-se: não está no LINISUMRUSXÃ-PS-
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DITONGO).
Porém, ela é acentuada em função de outra regra, pelo HIATO que forma a letra
“i” com a letra u (com-tri-bu-í-ram).
Lembre-se de que o hiato é um caso de encontro vocálico em que as duas vogais
separam-se em sílabas diferentes.
ATENÇÃO
Quando as semivogais “i” e “u” TÔNICAS formam hiato, são acentuadas.
As semivogais “i” e “u” devem estar sozinhas na sílaba ou acompanhadas de “s”
apenas e não seguidas de “NH”
Exemplos:
sa-ú-de / sa-í-da / Pa-ra-í-ba / e-go-ís-mo
ra-i-nha (repare que esta palavra não é acentuada devido ao “nh”)
Gabarito: Errado

16) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem
Especialidade"/2011
A COP-16, em Cancún, no México, é mais uma rodada global sobre as ações
para impedir uma catástrofe climática na Terra. Infelizmente, as expectativas
de progresso estão muito aquém das necessidades. Achar uma notícia
animadora em relação ao meio ambiente é tarefa árdua. Por exemplo, as
emissões de CO2, o mais abundante dos gases-estufa, caíram 1,3% em 2009
devido à recessão mundial. Mas isso foi apenas a metade do esperado. E a
previsão dos cientistas é de que a liberação, por queima de carvão, petróleo e
gás, atinja o pico histórico já este ano. Além disso, a concentração de dióxido
de carbono, metano e óxido nitroso atingiu, em 2009, o maior nível desde a
Revolução Industrial, segundo a Organização Meteorológica Mundial.

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Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma


relativa decepção: não conseguiu produzir um documento tornando obrigatórias
as metas de redução da emissão de poluentes, mas houve consensos. Todos os
compromissos ali assumidos são voluntários. Os participantes da COP-16 bem
poderiam, para avançar, inspirar-se na última reunião sobre biodiversidade, em
outubro, em Nagoia, Japão. Ali, apesar de persistentes dificuldades, delegados
de quase 200 países concordaram em frear a perda de espécies no planeta, com
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novas metas até 2020.


O Globo, 28/11/2010.
Acerca dos sentidos e de aspectos estruturais e gramaticais do texto acima,
julgue o item seguinte.
As palavras "catástrofe" e "climática" recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.
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Certo
Errado
Comentários:
ca-tás-tro-fe / cli-má-ti-ca
As duas palavras acima são proparoxítonas, recebem acentuação na
antepenúltima sílaba. Portanto, a justificativa para a acentuação de ambas é a
mesma, toda palavra proparoxítona é acentuada.
Gabarito: Errado

17) CESPE/TA/ANCINE/2012
Texto para o item
Compreende-se que a festa, representando tal paroxismo de vida e rompendo
de um modo tão violento com as pequenas preocupações da existência
cotidiana, surja ao indivíduo como outro mundo, em que ele se sente amparado
e transformado por forças que o ultrapassam. A sua atividade diária, colheita,
caça, pesca, ou criação de gado, limita-se a preencher o seu tempo e a prover
as suas necessidades imediatas. É certo que ele lhe dedica atenção, paciência,
habilidade, mas, mais profundamente, vive na recordação de uma festa e na
expectativa de outra, pois a festa figura para ele, para a sua memória e para o
seu desejo o tempo das emoções intensas e da metamorfose do seu ser.
Roger Caillois. O homem e o sagrado. Lisboa: Edições 70, 1988, p. 967 (com
adaptações).
Com referência a aspectos gramaticais do texto, julgue o item subsequente.
Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem acento gráfico com
base na mesma regra de acentuação gráfica.

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Certo
Errado
Comentários:
In-di-ví-duo / di-á-ria / pa-ci-ên-cia
As três palavras acima são paroxítonas terminadas em ditongo, por isso
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recebem a acentuação.
Lembrem-se sempre do nosso amigo LINISUNRUSXÃ-PS-DITONGO, que nos
diz as terminações das palavras paroxítonas acentuadas.
São também chamadas de proparoxítonas aparentes estas paroxítonas
terminadas em ditongos crescentes (ea, eo, ia, ie, io, oa, ua, uo).
Repare que por um momento você pode até ficar em dúvida se a última sílaba
separa-se ou não, por isso o nome “aparente” (in-di-ví-du-o, di-á-ri-a, pa-ci-
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ên-ci-a).
Gabarito: Certo

18) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2013
Texto
O Tribunal de Contas da União (TCU) avaliou ações para a elaboração de
diagnóstico e suporte à educação básica. A auditoria conferiu aspectos relativos
ao Plano de Ações Articuladas, à assistência técnica prestada pelo Ministério da
Educação (MEC) e ao levantamento de dados necessários à formação e ao
cálculo do índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB).
A auditoria identificou baixo nível de implementação das ações para provimento
de infraestrutura e de recursos pedagógicos, que vão desde a implantação de
laboratório de informática e conexão à Internet ao fornecimento de água potável
e energia elétrica.
A análise do IDEB apontou a necessidade de aperfeiçoamento da metodologia
de obtenção desse índice. Segundo avalia o ministro relator do processo, “O
IDEB é um importante instrumento para a aferição da qualidade da educação,
por isso deve ser aprimorado de forma a permitir um diagnóstico mais fidedigno
dos sistemas de ensino”.
Outro instrumento de gestão educacional avaliado foi o sistema integrado de
monitoramento do MEC, que, segundo a auditoria, também deve ser melhorado.
Parte dos dados encontra-se desatualizada.
TCU avalia gestão da educação básica em municípios brasileiros. Notícia
publicada em 12/9/2013. Internet: <www.tcu.gov.br/> (com adaptações).
Em relação ao texto apresentado, julgue o seguinte item.

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Os vocábulos “assistência”, “potável” e “elétrica” são acentuados de acordo com


a mesma regra de acentuação gráfica.
Certo
Errado
Comentários:
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as-sis-tên-cia / po-tá-vel / e-lé-tri-ca


“Assistência” recebe acento, pois é paroxítona terminada em ditongo
(proparoxítona aparente).
“Potável” recebe acento, pois é paroxítona terminada em L (LINISUNRUSXÃ-
OS-DITONGO).
Elétrica recebe acento, pois é proparoxítona.
Portanto, vemos que a regra de acentuação é diferente para cada uma das
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palavras.
Gabarito: Errado

19) CESPE/Ag Adm/MDIC/2014


Os números mais recentes divulgados pela Associação dos Fabricantes de
Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) demonstram que, mês a mês, recua nos
investimentos a participação dos produtos fabricados no país. Desde 2009, a
fatia da produção local recua sistematicamente. Em setembro, os importados
representaram 66% da demanda. Em 2007, quando a desindustrialização se
acentuava na economia brasileira, o índice já era elevado, mas não tanto (52%).
As vendas do setor, contudo, voltaram a crescer desde a criação de uma linha
de crédito subsidiado do BNDES ao custo de 3% ao ano. No acumulado entre
janeiro e setembro de 2013, a demanda cresceu 7,1% na comparação com o
mesmo período de 2012. E o segmento fechará 2013 com um déficit comercial
de cerca de 20 bilhões de dólares.
“O setor passa por uma desindustrialização que podemos chamar de silenciosa”,
diz o diretor da ABIMAQ. A classificação teria a ver com o fato de o faturamento
e o nível de empregos das empresas do setor terem-se mantido relativamente
estáveis, à medida que as fabricantes, a partir dos anos 90 do século passado,
tornavam-se principalmente montadoras de itens importados. “A indústria de
eletrodomésticos é pro forma, pois, na verdade, é importadora. Isso ocorre em
todos os segmentos da indústria de transformação e, com certeza, no setor de
bens de capital.”.
Só na aparência. In: CartaCapital, 6/11/2013, p. 567 (com adaptações).
Com relação a aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item
a seguir.

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O emprego do acento gráfico nos vocábulos “índice” e “período” justifica-se


com base na mesma regra de acentuação gráfica.
Certo
Errado
Comentários:
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ín-di-ce / pe-rí-o-do
Ambas as palavras são proparoxítonas, portanto devem ser acentuadas.
Repare que é importantíssima a correta separação das sílabas, para que
possamos identificar a regra aplicada em cada palavra.
Gabarito: Certo
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20) CESPE/PT/PM CE/2014


Mundo animal
No morro atrás de onde eu moro vivem alguns urubus. Eles decolam juntos,
cerca de dez, e aproveitam as correntes ascendentes para alcançar as nuvens
sobre a Lagoa Rodrigo de Freitas. Depois, planam de volta, dando rasantes na
varanda de casa. O grupo dorme na copa das árvores e lembra o dos carcarás
do Mogli. Às vezes, eles costumam pegar sol no terraço. Sempre que dou de
cara com um, trato-o com respeito. O urubu é um pássaro grande, feio e mal-
encarado, mas é da paz. Ele não ataca e só vai embora se alguém o afugenta
com gritos.
Recentemente, notei que um bem-te-vi aparecia todos os dias de manhã para
roubar a palha da palmeira do jardim. De vez em quando, trazia a senhora para
ajudar no ninho. Comecei a colocar pão na mesa de fora, e eles se habituaram
a tomar o café conosco. Agora, quando não encontram o repasto, cantam,
reclamando do atraso.
Um outro casal descobriu o banquete, não sei a que gênero esses dois
pertencem. A cor é um verde-escuro brilhante, o tamanho é menor do que o do
bem-te-vi e o Pavarotti da dupla é o macho.
A ideia de prender um passarinho na gaiola, por mais que ele se acostume com
o dono, é muito triste. Comprei um periquito, uma vez, criado em cárcere
privado, e o soltei na sala. Achei que ele ia gostar de ter espaço. Saí para
trabalhar e, quando voltei, o pobre estava morto atrás da poltrona. Ele tentou
sair e morreu dando cabeçadas no vidro. Carrego a culpa até hoje. De boas
intenções o inferno está cheio.
O Rio de Janeiro existe entre lá e cá, entre o asfalto e a mata atlântica, mas a
fauna daqui é mais delicada do que a africana e a indiana. Quem tem janela
perto do verde conhece bem o que é conviver com os micos. Nos meus tempos

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de São Conrado, eu costumava acordar com um monte deles esperando a boia.


Foi a primeira vez que experimentei cativar espécies não domesticadas.
Lanço aqui a campanha: crie vínculos com um curió, uma paca ou um
formigueiro que seja. Eles são fiéis e conectam você com a mãe natureza.
Experimente, ponha um pãozinho no parapeito e veja se alguém aparece.
Fernanda Torres. In: Veja Rio, 2/12/2012 (com adaptações).
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Com relação às ideias e às suas estruturas linguísticas do texto apresentado,


julgue o item a seguir.
O emprego do acento gráfico na palavra “atrás” justifica-se com base na mesma
regra que justifica o emprego do acento gráfico em “fiéis”.
Certo
Errado
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Comentários:
a-trás / fi-éis
A palavra “atrás” recebe acento porque é oxítona terminada em A(s).
Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em e ens.
Por sua vez, a palavra “fiéis” é acentuada porque é uma oxítona terminada em
ditongo aberto EI, OI, EU.
Lembre-se de que o acordo ortográfico aboliu a acentuação nos ditongos
abertos EI e OI das PAROXÍTONAS (ideia, paranoia, jiboia, geleia), mas não
das oxítonas.
Enfim, a justificativa é uma para cada caso.
Gabarito: Errado

21) CESPE/AA/ICMBio/2014
De acordo com uma lista da International Union for the Conservation of Nature,
o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas de
extinção, com um total de 123 espécies sofrendo risco real de desaparecer da
natureza em um futuro não tão distante. A Mata Atlântica concentra cerca de
80% de todas as aves ameaçadas no país, fato que resulta de muitos anos de
exploração e desmatamentos. Atualmente, restam apenas cerca de 10% da
floresta original, não sendo homogênea essa proporção de floresta
remanescente ao longo de toda a Mata Atlântica. A situação é mais séria na
região Nordeste, especialmente nos estados de
Alagoas e Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituída
por plantações de cana-de-açúcar.
É nessa região que ainda podem ser encontrados os últimos exemplares das
aves mais raras em todo o país, como o criticamente ameaçado limpa-folha-do-

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nordeste (Philydor novaesi). Essa pequena ave de dezoito centímetros vive no


estrato médio e dossel de florestas bem conservadas e ricas em bromélias, onde
procura artrópodes dos quais se alimenta. Atualmente, as duas únicas
localidades onde a espécie pode ser encontrada são a Estação Ecológica de
Murici, em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco.
Pedro F. Develey et al. O Brasil e suas aves. In: Scientific American Brasil,
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2013 (com adaptações).


Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos estruturais do texto
acima.
A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocábulos “homogênea”,
“médio” e “bromélias”.
Certo
Errado
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Comentários:
ho-mo-gê-nea / mé-dio / bro-mé-lias
As três palavras acima recebem acento pois são paroxítonas terminadas em
ditongo (se preferir, pode dizer que são as proparoxítonas aparentes).
Gabarito: Certo

22) CESPE/Ag Adm /CADE/2014


Esta é uma pergunta que supõe polos opostos. Qual o valor supremo a ser
realizado pelo ensino?
A prioridade concedida à informação percorre caminhos diferentes do projeto
de formar o cidadão consciente, o espírito crítico, o ser humano solidário?
Até certo ponto sim. Entupir a cabeça do aluno (penso no jovem que se prepara
para um vestibular) com dados, nomes, números e esquemas, o que significa
em termos de formar uma pessoa justa, verdadeira, compassiva, democrática?
A aspiração de Montaigne continua viva, mais do que nunca: a criança não deve
ser um vaso que se encha, mas uma vela que se acenda.
Para não descambar no puro ceticismo, lembro que o exercício constante das
ciências físico-matemáticas, das ciências biológicas e da pesquisa histórica pode
contribuir para a formação de hábitos de atenção e rigor que, provavelmente,
irão propiciar o respeito à verdade, o que é sempre um progresso moral. Digo
“provavelmente” porque os numerosos exemplos de transgressão da ética
científica, movidos por interesses e paixões, não permitem expressões de
otimismo exagerado.
Permanece inquietante a questão de formar a criança e o jovem para valores
que ainda constituem o ideal do nosso tão sofrido bípede implume. O malogro
da educação liberal-capitalista nos aflige como, em outro contexto, nos teria

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afligido um projeto de educação totalitária. Esta impõe, mediante a violência do


Estado, a passividade inerme do cidadão, ao qual só resta obedecer aos ditames
do partido dominante. Conhecemos o que foi a barbárie nazifascista, a barbárie
stalinista, a barbárie maoísta.
De outra natureza é a barbárie que vivemos no aqui-e-agora do consumismo
irresponsável, dos lobbies farmacêuticos, do desrespeito ao ambiente, das
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violações dos direitos humanos fundamentais, da imprensa facciosa e venal, dos


partidos de aluguel, da intolerância ideológica dos grupelhos, da arrogância dos
formadores de opinião espalhados pela mídia e pelas universidades.
Um plano oficial de educação pouco poderia fazer para alterar esse iminente
risco de desintegração que afeta a sociedade civil, atingindo classes e
estamentos diversos; mas que ao menos se faça esse pouco!
Alfredo Bosi. A valorização dos docentes é a única forma de construir uma
escola eficiente. Chega de proletários do giz. In: Carta Capital. Ano XIX, n.º
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781, p. 29 (com adaptações).


Acerca das ideias desenvolvidas no texto acima e das estruturas linguísticas
nele empregadas, julgue o item.
Sem prejuízo para o sentido original do texto, o termo “iminente” (l.18) poderia
ser substituído por elevado.
Certo
Errado
Comentários:
Uma coisa “iminente” é que está prestes a acontecer. Para designarmos algo
elevado devemos utilizar a palavra EMINENTE.
Gabarito: Errado

23) FCC/AFF/TCE-SP/"Sem Área"/2012


Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam inventado a
democracia ocidental com seus valores, na verdade, legaram-nos apenas um
valor fundamental: a suspeita de si.
O que se destaca na frase acima está grafado em conformidade com o padrão
culto escrito, assim como o está o destacado em:
a) Cumprimentou-o efusivamente por que tem por ele grande carinho.
b) Vive me remedando, não sei bem o porque.
c) Porque você fez isso eu nem imagino.
d) Isso quer dizer exatamente o quê?
e) Em quê eu posso ajuda-lo?

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Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Utilizamos a forma porque para respostas e
explicações.
Alternativa B – Incorreta – Utilizamos a forma porquê, substantivo, quando o
termo tem o significado de motivo ou razão.
Alternativa C – Incorreta – Utilizamos a forma por que para perguntas diretas
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e indiretas (por que motivo) ou quando podemos substituí-lo pela expressão


“pelo qual”.
Alternativa D – Correta - O termo QUÊ, assim como no caso dos porquês, é
acentuado porque vem no final da frase (antes do ponto).
Alternativa E – Incorreta – O termo QUE, assim como no caso dos porquês, só
seria acentuado caso viesse no final da frase (antes do ponto).
Gabarito: D
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24) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012


O elemento em destaque está empregado corretamente na frase:
a) O desempenho de um mau aluno deixa a desejar.
b) Um mal professor não é capaz de incentivar os alunos.
c) O aluno respondeu mau aos questionamentos do professor.
d) O mau desse curso reside na falta de bibliotecas.
e) O curso presencial foi mau recebido pelos alunos.
Comentários:
Alternativa A – Correta – A palavra MAU foi grafada corretamente com U, pois
é um adjetivo (oposto de BOM).
Alternativa B – Incorreta – A palavra MAU deveria ser grafada com U, por se
tratar de um adjetivo (oposto de BOM).
Alternativa C – Incorreta – Nesta frase o termo MAL é advérbio devendo ser
grafado com L (oposto de BEM).
Alternativa D – Incorreta - O termo MAL (oposto de BEM) é substantivo,
podendo ser pelo nome problema, devendo ser grafado com L.
Alternativa E – Incorreta - Nesta frase o termo MAL é advérbio devendo ser
grafado com L (oposto de BEM).
A palavra MAU é adjetivo e é o oposto de BOM.
A palavra MAL pode ser um substantivo ou um advérbio e é o oposto de
BEM.
Gabarito: A

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25) FCC/AFTM-SP/Pref SP/Gestão Tributária/2012


A única frase que, do ponto de vista semântico, NÃO está comprometida é:
a) Delatou a pupila há meia hora, por isso não está enxergando bem.
b) Há muito tempo o rapaz está submerso; se ele demorar mais para imergir,
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pode correr perigo de morte.


c) Nunca vi uma chuva que não dá um minuto de trégua; essa intermitência me
angustia.
d) Distratava tanto a cunhada, que ela deixou de visitá-los.
e) Quando o temporal se anunciou, mandou arrear o cavalo e partiu
imediatamente.
Comentários:
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Alternativa A – Incorreta – A palavra delatou significa denunciar, a palavra


adequada ao trecho seria dilatar (aumentar de tamanho).
Alternativa B – Incorreta – A palavra imergir significa mergulhar, a palavra
adequada ao trecho seria emergir (voltar à superfície).
Alternativa C – Incorreta – A palavra intermitência significa periodicidade, não
sendo coerente com o sentido da frase. Seriam adequadas palavras com sentido
de constância, continuidade ou persistência.
Alternativa D – Incorreta – distratar = desfazer um trato; destratar = tratar
mal
Alternativa E – Correta – arrear = pôr arreios; arriar = descer, cair
Gabarito: E

26) FGV/Ana T/DETRAN-MA/2013

“Ora, por que não podam a árvore? Porque é preciso uma autorização formal da
prefeitura,...”; nesse segmento do texto há uma diferente e correta grafia do
vocábulo sublinhado.

Assinale a frase a seguir em que esse mesmo vocábulo é grafado de forma


incorreta.

a) Não se sabe bem o porquê de chover tanto em São Paulo.

b) Queria saber por que os governos não atuam eficientemente.

c) Os semáforos não funcionam por que?

d) Os semáforos não funcionam porque choveu muito.

e) Porque as autoridades não agem, o povo sofre.

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Comentários:

Alternativa A – Correta – O “porquê está corretamente grafado junto e


acentuado pois é um nome equivalente a MOTIVO.

Alternativa B – Correta – O “por que” foi utilizado corretamente, pois se trata


de uma pergunta indireta.
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Alternativa C – Incorreta – Como o “por que” está posicionado no final da


frase, deve ser acentuado (por quê).

Alternativa D – Correta – O “porque” junto e sem acento é uma conjunção causal


ou explicativa e é utilizada para resposta de perguntas e explicações em
geral.

Alternativa E – Correta - O “porque” junto e sem acento é uma conjunção causal


ou explicativa e é utilizada para resposta de perguntas e explicações em
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

geral.

Gabarito: C

27) FGV/Ana /DPE-MT/Administrador/2015

A partir do fragmento a seguir, responda à questão.

Diminuir a higiene pessoal

Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando


sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água,
porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar
usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para
cozinhar (levar a panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de
reuso no vaso sanitário.

“levar a panela à mesa em vez de usar um refratário”

Seria conveniente que não se confundisse a expressão sublinhada com “ao invés
de”, como ocorre na seguinte frase

a) “Os fregueses bebem suco se frutas em vez de água.”

b) “Preferimos lanches em vez de grandes jantares.”

c) “Muitos casais viajam em vez de ficar em casa.”

d) “Comeram churrasco em vez de feijoada.”

e) “Usam os celulares em vez de telefones fixos.”

Comentários:

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Alternativa A – Incorreta – Quando os dois termos não são opostos, usamos


“em vez de” = no lugar de.

Alternativa B – Incorreta – Quando os dois termos não são opostos, usamos


“em vez de” = no lugar de.

Alternativa C – Correta – A expressão “ao invés de” é utilizada quando os dois


termos em questão são opostos.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Alternativa D – Incorreta - Quando os dois termos não são opostos, usamos


“em vez de” = no lugar de.

Alternativa E – Incorreta - Quando os dois termos não são opostos, usamos


“em vez de” = no lugar de.

Gabarito: C
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28) FGV/AL/SEN/Apoio Técnico e Administrativo/Tradução e


Interpretação/2008

A palavra presidenciáveis, caso no singular, seria acentuada seguindo a mesma


regra que:

a) glória.

b) Difícil

c) diálogo

d) déficit

e) pétreas

Comentários:

A palavra PRESIDENCIÁVEL (singular) é acentuada pois é uma paroxítona


terminada em L. Acentuamos as paroxítonas terminadas em: L - I – N – IS –
UM – R – US – X – Ã – PS – DITONGO.

Alternativa A – Incorreta – A palavra “glória” é acentuada por ser uma


paroxítona terminada em ditongo. Acentuamos as paroxítonas terminadas
em: L - I – N – IS – UM – R – US – X – Ã – PS – DITONGO.

Alternativa B – Correta – Assim como a palavra “presidenciável” a palavra


“difícil” é uma paroxítona terminada em L, por isso é acentuada.

Alternativa C – Incorreta – A palavra “diálogo” (di-á-lo-go) é acentuada pois


acentuamos todas as proparoxítonas.

Alternativa D – Incorreta - A palavra “déficit” foi acentuada pois acentuamos


todas as proparoxítonas.

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ATENÇÃO: A palavra DEFICIT, assim como SUPERAVIT, deixaram de ser


acentuados pois passaram a ser tratados como “termos latinos” pelo Novo
Acordo Ortográfico.

As palavras se tornam invariáveis sendo os seus plurais: os deficit e os


superavit.

Alternativa E – Incorreta - A palavra “glória” é acentuada por ser uma


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paroxítona terminada em ditongo crescente.

Gabarito: B

29) FGV/Tec Ges Adm/ALE-MA/Revisor/2013

Indique a alternativa cujos vocábulos tiveram sua acentuação gráfica alterada


em função do último acordo ortográfico.
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a) têm – vêm

b) heroico – saúde

c) colmeia – herói

d) veem – leem

e) para(v.) – pôr(v.)

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Os verbos TER e VER na 3ª pessoa do plural


(presente do indicativo) continuam sendo acentuados.

Alternativa B – Incorreta – Deixam de ser acentuados os ditongos abertos EI


e OI das palavras PAROXÍTONAS.
Ex. Ideia, assembleia, heroico, joia, jiboia, colmeia.
As palavras que possuem as vogais I e U tônicas quando vierem depois de
ditongo não serão mais acentuadas. As palavras baiúca, feiúra e bocaiúva
passam a ser escritos baiuca, feiura e bocaiuva.

OBSERVAÇÃO – Nos demais “i” e “u” tônicos, formando hiato, o acento


continua. Ex. saída, gaúcho, saúde.
Alternativa C – Incorreta – Deixam de ser acentuados os ditongos abertos EI
e OI das palavras PAROXÍTONAS.
Ex. Ideia, assembleia, heroico, joia, jiboia, colmeia

Continuam acentuadas as palavras oxítonas contendo os mesmos ditongos


abertos. Ex. herói, dói, papéis.

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Alternativa D – Correta - Foram abolidos os acentos circunflexos das palavras


com os hiatos OO e EE. As palavras enjôo, vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem,
dêem, lêem, vêem, TODAS perderam os acentos e passam a ser grafadas da
seguinte maneira: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem,
leem, veem.

Alternativa E – Incorreta - Foram abolidos os acentos diferenciais, aqueles


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que serviam para distinguir palavras com a mesma grafia como para
(preposição) para (verbo parar). Note que a forma verbal “para” não merece
acentuação segundo a regra das paroxítonas, sendo antes acentuada
unicamente com essa função diferencial.
OBSERVAÇÃO
Foi mantido o acento diferencial do verbo PÔR e da forma verbal PÔDE
(passado de poder).
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Gabarito: D

30) FGV/Ana Amb/INEA/Administrador/2013

Só falta a política de redução de riscos

Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres
no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas,
mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram
algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os
mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos,
não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças
naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de
vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à
dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto
significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que
ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.

A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política


brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas
não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos
bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos.

Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série


de iniciativas importantes ocorreu. Criou‐se o Centro Nacional de Monitoramento
e Alerta de Desastres Naturais, a Força‐Tarefa de Apoio Técnico e Emergência,
a Força Nacional do SUS e reestruturou‐se o Centro Nacional de Gerenciamento
de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no
monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas
para redução de riscos.

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Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano
municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de
500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual
superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20
mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma
situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e
drástica nos municípios de pequeno porte.
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Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam


suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação
e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da
vida “cotidiana”, não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto.

(Carlos Machado – O Globo, 01/04/2013)

Assinale a alternativa que indica os vocábulos do texto que não são acentuados
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pela mesma regra de acentuação gráfica.

a) após / só

b) Petrópolis / óbitos

c) possuíam / constituídas

d) através / também

e) vácuo / municípios

Comentários:

Alternativa A – Correta – “Após” é acentuada por ser oxítona terminada em


A(s), E(s), O(s), EM/ENS, enquanto “só” recebe acento por ser um
monossílabo tônico.

Alternativa B – Incorreta – Ambas as palavras são acentuadas por serem


proparoxítonas.

Alternativa C – Incorreta – Ambas são acentuadas por serem palavras que


possuem “i” e “u” tônicos, formando hiato.

Alternativa D – Incorreta - Ambas são acentuadas por serem palavras oxítonas


terminadas em A(s), E(s), O(s), EM/ENS.

Alternativa E – Incorreta - Ambas as palavras são acentuadas por serem


paroxítonas terminadas em ditongo. Acentuamos as paroxítonas
terminadas em: L - I – N – IS – UM – R – US – X – Ã – PS – DITONGO.

Gabarito: A

É isso amigos!

Um grande abraço a todos, CONFIANÇA e constância nos estudos!!!

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5 - Lista de Exercícios

1) FGV/AJ/TRE-PA/Judiciária/2011

Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que
distribuídos.
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a) sócio

b) sofrê-lo

c) lúcidos

d) constituí

e) órfãos
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2) FGV/Tec Ges Adm/ALE-MA/Revisor/2013

Assinale a alternativa cuja lacuna é corretamente preenchida pela primeira


palavra entre parênteses.

a) A dona de casa decidiu _____ toda a roupa no final de semana. (coser /


cozer)

b) Todas as sextas, ia à _____ espírita. (cessão / seção / sessão)

c) O dono do carro queria providenciar o _____ do forro do _____. (concerto /


conserto) (acento / assento)

d) O deputado teve seu mandato _____ (caçado / cassado)

e) Quem tem bom _____ não perde tempo. (censo / senso)

3) CESPE/Ana/FUNPRESP/Administrativa/2016
O meu antigo companheiro de pensão Amadeu Amaral Júnior, um homem louro
e fornido, tinha costumes singulares que espantavam os outros hóspedes.
Amadeu Amaral Júnior vestia-se com sobriedade: usava uma cueca preta e
calçava medonhos tamancos barulhentos. Alimentava-se mal, espichava-se na
cama, roncava o dia inteiro e passava as noites acordado, passeando, agitando
o soalho, o que provocava a indignação dos outros pensionistas. Quando se
cansava, sentava-se a uma grande mesa ao fundo da sala e escrevia o resto da
noite. Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a
artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos
jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa diferente daquela e pagar
ao barbeiro.

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Mudamo-nos, separamo-nos, perdemo-nos de vista. Creio que os artigos de


psicologia não foram publicados, pois há tempo li este anúncio num semanário:
“Intelectual desempregado. Amadeu Amaral Júnior, em estado de desemprego,
aceita esmolas, donativos, roupa velha, pão dormido. Também aceita trabalho”.
O anúncio não produziu nenhum efeito.
Muita gente se espanta com o procedimento desse amigo. Não sei por quê. Eu,
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por mim, acho que Amadeu Amaral Júnior andou muito bem. Todos os
jornalistas necessitados deviam seguir o exemplo dele. O anúncio, pois não. E,
em duros casos, a propaganda oral, numa esquina, aos gritos. Exatamente
como quem vende pomada para calos.
Graciliano Ramos. Um amigo em talas. In: Linhas tortas. Rio de Janeiro:
Record, 1983, p. 125 (com adaptações).
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Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas,


julgue o item que se segue.
Sem prejuízo para a correção gramatical do período, a expressão “por quê”
poderia ser substituída por o porquê.
Certo
Errado

4) CESPE/ATA/DPU/2016
No início da colonização portuguesa no Brasil, a defesa das pessoas pobres
perante os tribunais era considerada uma obra de caridade, com fortes traços
religiosos.
Anteriormente à primeira Constituição pátria, a de 1824, vigoraram as
Ordenações Afonsinas, as Manuelinas e as Filipinas. Destas, somente as
Ordenações Filipinas, sancionadas em 1595 e que construíram a base do direito
português até o século XIX, com vigência de 1603 até o Código Civil brasileiro
de 1916, trazem, em seu texto, algo que remete ao entendimento de concessão
de justiça gratuita, prevendo que, se o agravante fosse tão pobre que jurasse
não ter bens móveis, nem bens de raiz, nem como pagar o agravo e se rezasse,
na audiência, uma vez, a oração do Pai-Nosso pela alma do rei de Portugal,
seria considerado quitado o pagamento das custas de então.
Ainda com relação ao aspecto da gratuidade, em particular, o colonizador
português trouxe para o território brasileiro a praxe forense de acordo com a
qual os advogados deveriam assistir, de maneira gratuita e voluntária, pro bono,
os pobres que a solicitassem. Essa obrigação era admitida como um dever moral
do ofício, diferenciando-se do voluntariado por ser exercida com caráter e
competência profissionais, embora fosse uma atividade não remunerada.

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Essas duas formas de gratuidade no acesso à justiça não se confundem. A


advocacia pro bono é definida como a prestação gratuita de serviços jurídicos
na promoção do acesso à justiça, ao passo que a assistência jurídica pública
gratuita, atualmente prevista na Constituição Federal, no artigo 5.º, inciso
LXXIV, e no artigo 134, é um dever intransferível do Estado e, na maior parte
das vezes, é realizada na atuação das Defensorias Públicas da União e dos
estados e por meio de convênios entre esses órgãos e a Ordem dos Advogados
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do Brasil (OAB).
Enfim, a importância dessas duas formas de assistência jurídica gratuita reside
no fato de que o maior beneficiário dessa prerrogativa é a pessoa com
insuficiência de recursos que tenha de demandar em juízo.
Internet: <www.ambitojuridico. com.br> e <www.probono.org.br> (com
adaptações).
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Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado,


julgue o seguinte item.
Presentes no texto, os vocábulos “caráter”, “intransferível” e “órgãos” são
acentuados em decorrência da regra gramatical que classifica as palavras
paroxítonas.
Certo
Errado

5) CESPE Tec GT/TELEBRAS/Assistente Técnico/2015


A revolução digital está relacionada à nossa capacidade de conhecer
determinadas informações e delas dispor, bem como de agir procurando a
compreensão simples de fenômenos complexos. A nova sociedade do
conhecimento requer acesso fácil à informação e ao saber. A “nuvem” —
tecnologia capaz de gerenciar de forma inteligente enormes quantidades de
dados —, a conectividade móvel e as redes sociais levam alguns especialistas a
afirmar que estamos no início da quarta revolução digital. Esse é um avanço de
maior transcendência que o das três revoluções anteriores (os primeiros
computadores empresariais, o computador pessoal e a Internet).
Os territórios inteligentes apostam em uma tecnologia digital mais adequada e
que esteja a serviço da qualidade de vida, do acesso à informação e da
potencialização da economia criativa. O desenvolvimento das tecnologias da
informação, das telecomunicações e da Internet tem facilitado o nascimento de
fluxos e redes que favorecem a conexão entre pessoas, instituições e empresas,
apesar da distância física entre elas. No futuro, a revolução digital poderá ser o
detonador da economia criativa e de uma melhora substancial da
competitividade das cidades.

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Alfonso Vegara. Os territórios inteligentes. Internet:


<http://bibliotecadigital.fgv.br> (com adaptações).

Julgue o próximo item, a respeito das ideias e estruturas linguísticas do texto


Os territórios inteligentes.
A palavra “está” recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que
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determina o emprego do acento no vocábulo “três”.


Certo
Errado

6) CESPE/Tec/MPU/Segurança Institucional e Transporte/2015


O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do Estado brasileiro e da
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democracia. A sua história é marcada por processos que culminaram


consolidando-o como instituição e ampliando sua área de atuação.
No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito lusitano. Não havia o
Ministério Público como instituição. Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e
as Ordenações Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores de justiça,
atribuindo-lhes o papel de fiscalizar a lei e de promover a acusação criminal.
Existiam ainda o cargo de procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa)
e o de procurador da Fazenda (defensor do fisco).
Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império, iniciou-
se a sistematização das ações do Ministério Público. Na República, o Decreto n.º
848/1890, ao criar e regulamentar a justiça federal, dispôs, em um capítulo,
sobre a estrutura e as atribuições do Ministério Público no âmbito federal.
Foi na área cível, com a Constituição Federal de 1988, que o Ministério Público
adquiriu novas funções, com destaque para a sua atuação na tutela dos
interesses difusos e coletivos. Isso deu evidência à instituição, tornando-a uma
espécie de ouvidoria da sociedade brasileira.
Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações).

Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se


segue.
A palavra “cível” recebe acento gráfico em decorrência da mesma regra que
determina o emprego de acento em amável e útil.
Certo
Errado

7) CESPE/Tec/FUB/Laboratório/Biologia/2015

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Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o verão não é sinônimo apenas
de praia, corpos à mostra e pele bronzeada. O calor extremo provocado por
massas de ar quente ― fenômeno comum nessa época do ano, mas acentuado
na última década pelas mudanças climáticas ― traz desconfortos e riscos à
saúde. Não se trata somente de desidratação e insolação. Um estudo da
Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito
até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações
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por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras
enfermidades. “Embora tenhamos feito o estudo apenas nos EUA, as ondas de
calor são um fenômeno mundial. Portanto, os resultados podem ser
considerados universais”, diz Francesca Domininci, professora de bioestatística
da faculdade e principal autora do estudo, publicado no jornal Jama, da
Associação Médica dos Estados Unidos. No Brasil, não há estudos específicos
que associem as ondas de calor a tipos de internações. “Não é só aí. No mundo
todo, há pouquíssimas investigações a respeito dessa relação”, afirma
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Domininci. “Precisamos
que os colegas de outras partes do planeta façam pesquisas semelhantes para
compreendermos melhor essa importante questão para a saúde pública”,
observa.
Internet: <www.correioweb.com.br> (com adaptações).

Com relação às ideias e às estruturas do texto acima, julgue o item que se


segue.
Os acentos gráficos das palavras “bioestatística” e “específicos” têm a mesma
justificativa gramatical.
Certo
Errado

8) CESPE/APF/DEPEN/Área 1/2015
Os condenados no Brasil são originários, na maioria das vezes, das classes
menos favorecidas da sociedade. Esses indivíduos, desde a mais tenra infância,
são pressionados e oprimidos pela sociedade, vivem nas favelas, nos morros,
nas regiões mais pobres, em precárias condições de vida, em meio ao esgoto,
à discriminação social, à completa ausência de informações e de escolarização.
Sem o repertório de uma mínima formação educacional e social, o preso, mesmo
antes de se tornar um delinquente, já ocupa uma posição social inferior.
O regime penitenciário deve empregar os meios curativos, educativos, morais,
espirituais, e todas as formas de assistência de que possa dispor com o intuito
de reduzir o máximo possível as condições que enfraquecem o sentido de

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responsabilidade do recluso, o respeito à dignidade de sua pessoa e a sua


capacidade de readaptação social.
Internet: <www.joaoluizpinaud.com> (com adaptações).

Julgue o próximo item, relativo às ideias e às estruturas linguísticas do texto.


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As palavras “indivíduos” e “precárias” recebem acento gráfico com base em


justificativas gramaticais diferentes.
Certo
Errado

9) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria
Governamental/2015
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No dia 4 de maio de 2015, a Lei Complementar Federal n.º 101/2000, conhecida


como Lei de Responsabilidade Fiscal ou simplesmente LRF, completou quinze
anos.
Embora devamos comemorar a consolidação de uma nova cultura de
responsabilidade fiscal por grande parte dos nossos gestores, o momento
também é propício para reflexões sobre o futuro desse diploma.
Para a surpresa de muitas pessoas, acostumadas a ver em nosso país tantas
leis que não saem do papel, a LRF, logo nos primeiros anos, atinge boa parte
de seus objetivos, notadamente em relação à observância dos limites da
despesa com pessoal, o que permitiu uma descompressão da receita líquida e
propiciou maior capacidade de investimento público. O regulamento marca
avanços também no controle de gastos em fins de gestão e em relação ao novo
papel que as leis de diretrizes orçamentárias passaram a desempenhar.
Não obstante todos os avanços, o momento exige cautela e reflexões. Como
toda debutante, a LRF passa por alguns importantes conflitos existenciais. É
quase consenso, no meio acadêmico e entre os órgãos de controle, a
necessidade de seu aperfeiçoamento em alguns pontos. Há que se ponderar,
contudo, sobre o melhor momento para os necessários ajustes normativos.
Realizar mudanças permanentes na lei por conta de circunstâncias excepcionais
e episódicas não parece recomendar o bom senso.
Valdecir Pascoal. Os 15 anos da Lei de Responsabilidade Fiscal. In: O Estado
de S.Paulo, 5/maio/2015. Internet: <http://politica.estadao.com.br> (com
adaptações).
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o
item.
As palavras “líquida”, “público”, “órgãos” e “episódicas” obedecem à mesma
regra de acentuação gráfica.

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Certo
Errado

10) CESPE/Diplomata/IRBr/2014
Texto II: para a questão
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Por mais que se escoem


coisas para a lata do lixo,
clipes, cãibras, suores,
restos do dia prolixo,
por mais que a mesa imponha
o frio irrevogável do aço,
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combatendo o que em mim contenha


a linha flexível de um abraço,
sei que um murmúrio clandestino
circula entre o rio de meus ossos:
janelas para um marabrigo
de marasmos e destroços.
Na linha anônima do verso
aposto no oposto de meu sim,
apago o nome e a memória
num Antônio antônimo de mim.
Antonio Carlos Secchin. Autoria. In: Todos os ventos. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2002, p. 612.

Em relação ao poema acima, julgue (C ou E) o item subsequente.


No verso “num Antônio antônimo de mim”, o poeta explora o fato de que tanto
“Antônio” quanto “antônimo” compartilham a mesma raiz etimológica, que
indica oposição, como em antissemita e antialérgico.
Certo
Errado

11) CESPE/Perito/PF/2000
O texto abaixo foi modificado intencionalmente, mediante a retirada de vírgulas
e a introdução de erros de grafia, de regência e de concordância.

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As notas frias de Caxias


Uma pratica tão ilegal quanto comum nas prefeituras do interior do pais chamou
à atenção da Polícia Federal no Maranhão. No municipio de Caxias a 350
quilometros de São Luís o que poderia ser um crime administrativo banal vem
ganhando indissios de uma verdadeira farra orçamentaria. O atual prefeito da
cidade Hélio Queiroz (PSDB) recolheu centenas de notas fiscais que garante
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serem frias e que teriam permitido a seu antessessor Paulo Marinho (PFL)
desviar mais de R$ 1 milhão do caixa municipal.
Boa parte desses documentos foram emitidos pela Sercil Engenharia uma
pequena firma de propriedade do engenheiro José Ribamar Costa Serra que
admitiu o crime. O esquema que serviria para enriquecer-lhe só comprometeu
ainda mas suas finanças. Paulo Marinho hoje deputado federal defende-se das
acusações. O inquérito da Polícia Federal vai dizer quem está falando a verdade.
Istoé, 27/10/1999 (com adaptações).
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Julgue o item a seguir com relação ao texto.


No terceiro período, há um erro gráfico na palavra "antessessor".
Certo
Errado

12) CESPE/TJ/TRE ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011


Julgue o próximo item, com relação ao correto emprego de porque, porquê, por
que e por quê.
Se me perguntam por que sou favorável ao voto distrital, qual o motivo porque
defendo tal sistema, explico de pronto: porque com ele diminui a briga interna
dos partidos em cada distrito. Além disso, porque o voto distrital dá ao eleitor a
possibilidade de controlar quem foi por ele eleito.
Certo
Errado

13) CESPE/TRACA/ANCINE/2012
No dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em
Paris —, um homem de teatro que trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi
falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho,
e Lumière desencorajou-o, dizendo-lhe que o cinematógrafo não tinha o menor
futuro como espetáculo, era um instrumento científico para reproduzir o
movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no início,
se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière
enganou-se.

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Naquele 28 de dezembro, o que apareceu na tela do Grand Café? Uns filmes


curtinhos, filmados com a câmara parada, em preto e branco e sem som. Um
em especial emocionou o público: a vista de um trem chegando à estação,
filmada de tal forma que a locomotiva vinha de longe e enchia a tela, como se
fosse projetar-se sobre a plateia.
A novidade não consistia em ver na tela um trem em movimento. Todos os
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espectadores sabiam que não havia nenhum trem verdadeiro na tela, logo não
havia por que assustar-se.
A imagem na tela era em preto e branco e não fazia ruídos; portanto, não podia
haver dúvida, não se tratava de um trem de verdade. Só podia ser uma ilusão.
A novidade residia aí: na ilusão.
Jean Claude Bernadet. O que é cinema? Internet: <http://pt.scribd.com>
(com adaptações).
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a


seguir.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “por que” pelo
termo porquê.
Certo
Errado

14) CESPE/Adm/PF/2014
A história constitucional brasileira está repleta de referências difusas à
segurança pública, mas, até a Constituição Federal de 1988 (CF), esse tema
não era tratado em capítulo próprio nem previsto mais detalhadamente no texto
constitucional.
A constitucionalização traz importantes consequências para a legitimação da
atuação estatal na formulação e na execução de políticas de segurança. As leis
acerca de segurança, nos três planos federativos de governo, devem estar em
conformidade com a CF, assim como as respectivas estruturas administrativas
e as próprias ações concretas das autoridades policiais. Devem ser
especialmente observados os princípios constitucionais fundamentais — a
república, a democracia, o estado de direito, a cidadania, a dignidade da pessoa
humana — bem como os direitos fundamentais — a vida, a liberdade, a
igualdade, a segurança. O art. 144 deve ser interpretado de acordo com o
núcleo axiológico do sistema constitucional em que se situam esses princípios
fundamentais.
Cláudio Pereira de Souza Neto. A segurança pública na Constituição Federal de
1988: conceituação constitucionalmente adequada, competências federativas
e órgãos de execução das políticas. Internet: <www.oab.org.br> (com
adaptações).

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Com relação às ideias e a aspectos gramaticais desse texto, julgue o item.


Mantendo-se a coerência e a correção gramatical do texto, o trecho “em que se
situam esses princípios fundamentais” poderia ser substituído por aonde se
situam esses princípios fundamentais.
Certo
Errado
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15) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem
Especialidade"/2011
A expansão do agronegócio, segundo as Contas Regionais do Brasil 2004-2008,
divulgadas pelo IBGE, foi um notável vetor de crescimento das regiões menos
desenvolvidas. A cana-de-açúcar, a soja e o café ajudaram Rondônia; as
lavouras temporárias empurraram o Acre; o Amazonas sofreu percalços na área
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

industrial, mas ganhou com a criação de gado, o café e o cultivo de frutas


cítricas.
Em Roraima, municípios como Normandia e Pacaraima deram alento ao cultivo
de cereais. Também no Tocantins, no Maranhão, no Ceará, em Pernambuco, na
Bahia e no Piauí o agronegócio teve peso decisivo. A produtividade da soja, no
Piauí, foi a maior do país (3.231 kg/ha). A agropecuária contribuiu para as
economias de Minas Gerais e, ainda mais, do Mato Grosso do Sul, do Mato
Grosso e de Goiás. No Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte, problemas
climáticos afetaram o setor e, consequentemente, as economias locais.
Em todo o país, os setores da construção civil e os serviços contribuíram para o
aumento da riqueza. Eles indicam aumento da oferta de crédito e renda dos
trabalhadores e acesso da população a serviços públicos e pessoais,
comunicações, hotelaria e transporte.
Idem, ibidem.
Julgue o item que se segue, a respeito dos sentidos e de aspectos textuais e
gramaticais do texto acima.
Em "contribuíram", o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de
ditongo em sílaba tônica.
Certo
Errado

16) CESPE/TJ/TRE-ES/Administrativa/"Sem
Especialidade"/2011
A COP-16, em Cancún, no México, é mais uma rodada global sobre as ações
para impedir uma catástrofe climática na Terra. Infelizmente, as expectativas
de progresso estão muito aquém das necessidades. Achar uma notícia

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animadora em relação ao meio ambiente é tarefa árdua. Por exemplo, as


emissões de CO2, o mais abundante dos gases-estufa, caíram 1,3% em 2009
devido à recessão mundial. Mas isso foi apenas a metade do esperado. E a
previsão dos cientistas é de que a liberação, por queima de carvão, petróleo e
gás, atinja o pico histórico já este ano. Além disso, a concentração de dióxido
de carbono, metano e óxido nitroso atingiu, em 2009, o maior nível desde a
Revolução Industrial, segundo a Organização Meteorológica Mundial.
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Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma


relativa decepção: não conseguiu produzir um documento tornando obrigatórias
as metas de redução da emissão de poluentes, mas houve consensos. Todos os
compromissos ali assumidos são voluntários. Os participantes da COP-16 bem
poderiam, para avançar, inspirar-se na última reunião sobre biodiversidade, em
outubro, em Nagoia, Japão. Ali, apesar de persistentes dificuldades, delegados
de quase 200 países concordaram em frear a perda de espécies no planeta, com
novas metas até 2020.
Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

O Globo, 28/11/2010.
Acerca dos sentidos e de aspectos estruturais e gramaticais do texto acima,
julgue o item seguinte.
As palavras "catástrofe" e "climática" recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.
Certo
Errado

17) CESPE/TA/ANCINE/2012
Texto para o item
Compreende-se que a festa, representando tal paroxismo de vida e rompendo
de um modo tão violento com as pequenas preocupações da existência
cotidiana, surja ao indivíduo como outro mundo, em que ele se sente amparado
e transformado por forças que o ultrapassam. A sua atividade diária, colheita,
caça, pesca, ou criação de gado, limita-se a preencher o seu tempo e a prover
as suas necessidades imediatas. É certo que ele lhe dedica atenção, paciência,
habilidade, mas, mais profundamente, vive na recordação de uma festa e na
expectativa de outra, pois a festa figura para ele, para a sua memória e para o
seu desejo o tempo das emoções intensas e da metamorfose do seu ser.
Roger Caillois. O homem e o sagrado. Lisboa: Edições 70, 1988, p. 967 (com
adaptações).
Com referência a aspectos gramaticais do texto, julgue o item subsequente.
Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem acento gráfico com
base na mesma regra de acentuação gráfica.

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Certo
Errado

18) CESPE/AUFC/TCU/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2013
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Texto
O Tribunal de Contas da União (TCU) avaliou ações para a elaboração de
diagnóstico e suporte à educação básica. A auditoria conferiu aspectos relativos
ao Plano de Ações Articuladas, à assistência técnica prestada pelo Ministério da
Educação (MEC) e ao levantamento de dados necessários à formação e ao
cálculo do índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB).
A auditoria identificou baixo nível de implementação das ações para provimento
de infraestrutura e de recursos pedagógicos, que vão desde a implantação de
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laboratório de informática e conexão à Internet ao fornecimento de água potável


e energia elétrica.
A análise do IDEB apontou a necessidade de aperfeiçoamento da metodologia
de obtenção desse índice. Segundo avalia o ministro relator do processo, “O
IDEB é um importante instrumento para a aferição da qualidade da educação,
por isso deve ser aprimorado de forma a permitir um diagnóstico mais fidedigno
dos sistemas de ensino”.
Outro instrumento de gestão educacional avaliado foi o sistema integrado de
monitoramento do MEC, que, segundo a auditoria, também deve ser melhorado.
Parte dos dados encontra-se desatualizada.
TCU avalia gestão da educação básica em municípios brasileiros. Notícia
publicada em 12/9/2013. Internet: <www.tcu.gov.br/> (com adaptações).
Em relação ao texto apresentado, julgue o seguinte item.
Os vocábulos “assistência”, “potável” e “elétrica” são acentuados de acordo com
a mesma regra de acentuação gráfica.
Certo
Errado

19) CESPE/Ag Adm/MDIC/2014


Os números mais recentes divulgados pela Associação dos Fabricantes de
Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) demonstram que, mês a mês, recua nos
investimentos a participação dos produtos fabricados no país. Desde 2009, a
fatia da produção local recua sistematicamente. Em setembro, os importados
representaram 66% da demanda. Em 2007, quando a desindustrialização se
acentuava na economia brasileira, o índice já era elevado, mas não tanto (52%).

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As vendas do setor, contudo, voltaram a crescer desde a criação de uma linha


de crédito subsidiado do BNDES ao custo de 3% ao ano. No acumulado entre
janeiro e setembro de 2013, a demanda cresceu 7,1% na comparação com o
mesmo período de 2012. E o segmento fechará 2013 com um déficit comercial
de cerca de 20 bilhões de dólares.
“O setor passa por uma desindustrialização que podemos chamar de silenciosa”,
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diz o diretor da ABIMAQ. A classificação teria a ver com o fato de o faturamento


e o nível de empregos das empresas do setor terem-se mantido relativamente
estáveis, à medida que as fabricantes, a partir dos anos 90 do século passado,
tornavam-se principalmente montadoras de itens importados. “A indústria de
eletrodomésticos é pro forma, pois, na verdade, é importadora. Isso ocorre em
todos os segmentos da indústria de transformação e, com certeza, no setor de
bens de capital.”.
Só na aparência. In: CartaCapital, 6/11/2013, p. 567 (com adaptações).
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Com relação a aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item
a seguir.
O emprego do acento gráfico nos vocábulos “índice” e “período” justifica-se
com base na mesma regra de acentuação gráfica.
Certo
Errado

20) CESPE/PT/PM CE/2014


Mundo animal
No morro atrás de onde eu moro vivem alguns urubus. Eles decolam juntos,
cerca de dez, e aproveitam as correntes ascendentes para alcançar as nuvens
sobre a Lagoa Rodrigo de Freitas. Depois, planam de volta, dando rasantes na
varanda de casa. O grupo dorme na copa das árvores e lembra o dos carcarás
do Mogli. Às vezes, eles costumam pegar sol no terraço. Sempre que dou de
cara com um, trato-o com respeito. O urubu é um pássaro grande, feio e mal-
encarado, mas é da paz. Ele não ataca e só vai embora se alguém o afugenta
com gritos.
Recentemente, notei que um bem-te-vi aparecia todos os dias de manhã para
roubar a palha da palmeira do jardim. De vez em quando, trazia a senhora para
ajudar no ninho. Comecei a colocar pão na mesa de fora, e eles se habituaram
a tomar o café conosco. Agora, quando não encontram o repasto, cantam,
reclamando do atraso.
Um outro casal descobriu o banquete, não sei a que gênero esses dois
pertencem. A cor é um verde-escuro brilhante, o tamanho é menor do que o do
bem-te-vi e o Pavarotti da dupla é o macho.

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A ideia de prender um passarinho na gaiola, por mais que ele se acostume com
o dono, é muito triste. Comprei um periquito, uma vez, criado em cárcere
privado, e o soltei na sala. Achei que ele ia gostar de ter espaço. Saí para
trabalhar e, quando voltei, o pobre estava morto atrás da poltrona. Ele tentou
sair e morreu dando cabeçadas no vidro. Carrego a culpa até hoje. De boas
intenções o inferno está cheio.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

O Rio de Janeiro existe entre lá e cá, entre o asfalto e a mata atlântica, mas a
fauna daqui é mais delicada do que a africana e a indiana. Quem tem janela
perto do verde conhece bem o que é conviver com os micos. Nos meus tempos
de São Conrado, eu costumava acordar com um monte deles esperando a boia.
Foi a primeira vez que experimentei cativar espécies não domesticadas.
Lanço aqui a campanha: crie vínculos com um curió, uma paca ou um
formigueiro que seja. Eles são fiéis e conectam você com a mãe natureza.
Experimente, ponha um pãozinho no parapeito e veja se alguém aparece.
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Fernanda Torres. In: Veja Rio, 2/12/2012 (com adaptações).


Com relação às ideias e às suas estruturas linguísticas do texto apresentado,
julgue o item a seguir.
O emprego do acento gráfico na palavra “atrás” justifica-se com base na mesma
regra que justifica o emprego do acento gráfico em “fiéis”.
Certo
Errado

21) CESPE/AA/ICMBio/2014
De acordo com uma lista da International Union for the Conservation of Nature,
o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas de
extinção, com um total de 123 espécies sofrendo risco real de desaparecer da
natureza em um futuro não tão distante. A Mata Atlântica concentra cerca de
80% de todas as aves ameaçadas no país, fato que resulta de muitos anos de
exploração e desmatamentos. Atualmente, restam apenas cerca de 10% da
floresta original, não sendo homogênea essa proporção de floresta
remanescente ao longo de toda a Mata Atlântica. A situação é mais séria na
região Nordeste, especialmente nos estados de
Alagoas e Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituída
por plantações de cana-de-açúcar.
É nessa região que ainda podem ser encontrados os últimos exemplares das
aves mais raras em todo o país, como o criticamente ameaçado limpa-folha-do-
nordeste (Philydor novaesi). Essa pequena ave de dezoito centímetros vive no
estrato médio e dossel de florestas bem conservadas e ricas em bromélias, onde
procura artrópodes dos quais se alimenta. Atualmente, as duas únicas

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localidades onde a espécie pode ser encontrada são a Estação Ecológica de


Murici, em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco.
Pedro F. Develey et al. O Brasil e suas aves. In: Scientific American Brasil,
2013 (com adaptações).
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos estruturais do texto
acima.
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A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocábulos “homogênea”,


“médio” e “bromélias”.
Certo
Errado

22) CESPE/Ag Adm /CADE/2014


Cópia registrada para Luan Silva Melo (CPF: 149.350.147-09)

Esta é uma pergunta que supõe polos opostos. Qual o valor supremo a ser
realizado pelo ensino?
A prioridade concedida à informação percorre caminhos diferentes do projeto
de formar o cidadão consciente, o espírito crítico, o ser humano solidário?
Até certo ponto sim. Entupir a cabeça do aluno (penso no jovem que se prepara
para um vestibular) com dados, nomes, números e esquemas, o que significa
em termos de formar uma pessoa justa, verdadeira, compassiva, democrática?
A aspiração de Montaigne continua viva, mais do que nunca: a criança não deve
ser um vaso que se encha, mas uma vela que se acenda.
Para não descambar no puro ceticismo, lembro que o exercício constante das
ciências físico-matemáticas, das ciências biológicas e da pesquisa histórica pode
contribuir para a formação de hábitos de atenção e rigor que, provavelmente,
irão propiciar o respeito à verdade, o que é sempre um progresso moral. Digo
“provavelmente” porque os numerosos exemplos de transgressão da ética
científica, movidos por interesses e paixões, não permitem expressões de
otimismo exagerado.
Permanece inquietante a questão de formar a criança e o jovem para valores
que ainda constituem o ideal do nosso tão sofrido bípede implume. O malogro
da educação liberal-capitalista nos aflige como, em outro contexto, nos teria
afligido um projeto de educação totalitária. Esta impõe, mediante a violência do
Estado, a passividade inerme do cidadão, ao qual só resta obedecer aos ditames
do partido dominante. Conhecemos o que foi a barbárie nazifascista, a barbárie
stalinista, a barbárie maoísta.
De outra natureza é a barbárie que vivemos no aqui-e-agora do consumismo
irresponsável, dos lobbies farmacêuticos, do desrespeito ao ambiente, das
violações dos direitos humanos fundamentais, da imprensa facciosa e venal, dos
partidos de aluguel, da intolerância ideológica dos grupelhos, da arrogância dos
formadores de opinião espalhados pela mídia e pelas universidades.

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Um plano oficial de educação pouco poderia fazer para alterar esse iminente
risco de desintegração que afeta a sociedade civil, atingindo classes e
estamentos diversos; mas que ao menos se faça esse pouco!
Alfredo Bosi. A valorização dos docentes é a única forma de construir uma
escola eficiente. Chega de proletários do giz. In: Carta Capital. Ano XIX, n.º
781, p. 29 (com adaptações).
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Acerca das ideias desenvolvidas no texto acima e das estruturas linguísticas


nele empregadas, julgue o item.
Sem prejuízo para o sentido original do texto, o termo “iminente” (l.18) poderia
ser substituído por elevado.
Certo
Errado
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23) FCC/AFF/TCE-SP/"Sem Área"/2012


Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam inventado a
democracia ocidental com seus valores, na verdade, legaram-nos apenas um
valor fundamental: a suspeita de si.
O que se destaca na frase acima está grafado em conformidade com o padrão
culto escrito, assim como o está o destacado em:
a) Cumprimentou-o efusivamente por que tem por ele grande carinho.
b) Vive me remedando, não sei bem o porque.
c) Porque você fez isso eu nem imagino.
d) Isso quer dizer exatamente o quê?
e) Em quê eu posso ajuda-lo?

24) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012


O elemento em destaque está empregado corretamente na frase:
a) O desempenho de um mau aluno deixa a desejar.
b) Um mal professor não é capaz de incentivar os alunos.
c) O aluno respondeu mau aos questionamentos do professor.
d) O mau desse curso reside na falta de bibliotecas.
e) O curso presencial foi mau recebido pelos alunos.

25) FCC/AFTM-SP/Pref SP/Gestão Tributária/2012


A única frase que, do ponto de vista semântico, NÃO está comprometida é:

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a) Delatou a pupila há meia hora, por isso não está enxergando bem.
b) Há muito tempo o rapaz está submerso; se ele demorar mais para imergir,
pode correr perigo de morte.
c) Nunca vi uma chuva que não dá um minuto de trégua; essa intermitência me
angustia.
d) Distratava tanto a cunhada, que ela deixou de visitá-los.
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e) Quando o temporal se anunciou, mandou arrear o cavalo e partiu


imediatamente.

26) FGV/Ana T/DETRAN-MA/2013

“Ora, por que não podam a árvore? Porque é preciso uma autorização formal da
prefeitura,...”; nesse segmento do texto há uma diferente e correta grafia do
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vocábulo sublinhado.

Assinale a frase a seguir em que esse mesmo vocábulo é grafado de forma


incorreta.

a) Não se sabe bem o porquê de chover tanto em São Paulo.

b) Queria saber por que os governos não atuam eficientemente.

c) Os semáforos não funcionam por que?

d) Os semáforos não funcionam porque choveu muito.

e) Porque as autoridades não agem, o povo sofre.

27) FGV/Ana /DPE-MT/Administrador/2015

A partir do fragmento a seguir, responda à questão.

Diminuir a higiene pessoal

Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando


sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água,
porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar
usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para
cozinhar (levar a panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de
reuso no vaso sanitário.

“levar a panela à mesa em vez de usar um refratário”

Seria conveniente que não se confundisse a expressão sublinhada com “ao invés
de”, como ocorre na seguinte frase

a) “Os fregueses bebem suco se frutas em vez de água.”

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b) “Preferimos lanches em vez de grandes jantares.”

c) “Muitos casais viajam em vez de ficar em casa.”

d) “Comeram churrasco em vez de feijoada.”

e) “Usam os celulares em vez de telefones fixos.”


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28) FGV/AL/SEN/Apoio Técnico e Administrativo/Tradução e


Interpretação/2008

A palavra presidenciáveis, caso no singular, seria acentuada seguindo a mesma


regra que:

a) glória.

b) Difícil
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c) diálogo

d) déficit

e) pétreas

29) FGV/Tec Ges Adm/ALE-MA/Revisor/2013

Indique a alternativa cujos vocábulos tiveram sua acentuação gráfica alterada


em função do último acordo ortográfico.

a) têm – vêm

b) heroico – saúde

c) colmeia – herói

d) veem – leem

e) para(v.) – pôr(v.)

30) FGV/Ana Amb/INEA/Administrador/2013

Só falta a política de redução de riscos

Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres
no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas,
mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram
algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os
mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos,
não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças

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naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de
vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à
dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto
significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que
ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.

A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política


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brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas


não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos
bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos.

Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série


de iniciativas importantes ocorreu. Criou‐se o Centro Nacional de Monitoramento
e Alerta de Desastres Naturais, a Força‐Tarefa de Apoio Técnico e Emergência,
a Força Nacional do SUS e reestruturou‐se o Centro Nacional de Gerenciamento
de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no
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monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas


para redução de riscos.

Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano
municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de
500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual
superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20
mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma
situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e
drástica nos municípios de pequeno porte.

Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam


suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação
e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da
vida “cotidiana”, não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto.

(Carlos Machado – O Globo, 01/04/2013)

Assinale a alternativa que indica os vocábulos do texto que não são acentuados
pela mesma regra de acentuação gráfica.

a) após / só

b) Petrópolis / óbitos

c) possuíam / constituídas

d) através / também

e) vácuo / municípios

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6 – Gabarito

1 D 7 C 13 E 19 C 25 E
2 A 8 E 14 E 20 E 26 C
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3 C 9 E 15 E 21 C 27 C
4 C 10 E 16 E 22 E 28 B
5 E 11 C 17 C 23 D 29 D
6 C 12 E 18 E 24 A 30 A
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7 – Referencial Bibliográfico

1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua


Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 2009.
3. Manual de Redação, PUC-RS.

Prof. Bruno Spencer 65 de 65


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