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Curso: Português
Aula 02 – Verbo
Olá pessoal!
Espero que estejam todos motivados!!!
Este é um assunto muitíssimo importante e bastante complexo.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
Sumário
1 – O que é VERBO
2 – Modo Indicativo
Presente
Utilizamos o presente do indicativo para indicar:
•Exemplos:
•Eu estudo todos os dias da semana.
•É quando Jesus anda sobre as águas.
•Chego amanhã às dez.
Presente do Indicativo
ANDAR IR PODER
eu ando eu vou eu posso
tu andas tu vas tu podes
ele anda ele vai ele pode
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Pretérito Perfeito
Cópia registrada para Jefferson Fernandes (CPF: 332.370.208-50)
Pretérito Imperfeito
eu andava eu ia eu podia
tu andavas tu ias tu podias
ele andava ele ia ele podia
nós andávamos nós íamos nós podíamos
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Pretérito mais-que-perfeito
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Futuro do Presente
Futuro do Pretérito
3 – Modo Subjuntivo
Presente
Ex. Ainda que eu fale com ela, nada vai adiantar.
Presente do Subjuntivo
ANDAR IR PODER
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Pretérito Imperfeito
Ex. Se eu pudesse, iria ao congresso.
ANDAR IR PODER
(se) eu andasse (se) eu fosse (se) eu pudesse
(se) tu andasses (se) tu fosses (se) tu pudesses
(se) ele andasse (se) ele fosse (se) ele pudesse
(se) nós andássemos (se) nós fôssemos (se) nós pudéssemos
(se) vós andásseis (se) vós fôsseis (se) vós pudésseis
(se) eles andassem (se) eles fossem (se) eles pudessem
Futuro
Ex. Quando eu puder, comprarei um carro novo.
Futuro do Subjuntivo
ANDAR IR PODER
(quando) eu andar (quando) eu for (quando) eu puder
(quando) tu andares (quando) tu fores (quando) tu puderes
(quando) ele andar (quando) ele for (quando) ele puder
(quando) nós andarmos (quando) nós formos (quando) nós pudermos
(quando) vós andardes (quando) vós fordes (quando) vós puderdes
(quando) eles andarem (quando) eles forem (quando) eles puderem
4 – Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
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Observação:
O modo imperativo não é conjugado na 1a pessoa do singular, pois não
faria sentido.
Imperativo Afirmativo
ANDAR
anda (tu) – Presente do indicativo (andas)
ande (você) – Presente do subjuntivo (ande)
andemos (nós) – Presente do subjuntivo (andemos)
andai (vós) – Presente do indicativo (andais)
andem (vocês) – Presente do subjuntivo (andem)
IR
vai (tu) – Presente do indicativo (vais)
vá (você) – Presente do subjuntivo (vá)
vamos (nós) – Presente do subjuntivo (vamos)
ide (vós) – Presente do indicativo (ides)
vão (vocês) – Presente do subjuntivo (vão)
Imperativo Afirmativo
FAZER
faze (tu) – Presente do indicativo (fazes)
faça (você) – Presente do subjuntivo (faça)
façamos (nós) – Presente do subjuntivo (façamos)
fazei (vós) – Presente do indicativo (fazeis)
façam (vocês) – Presente do subjuntivo (façam)
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Imperativo Afirmativo
Imperativo Negativo
Ex. Não fale mal dele na minha frente.
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Imperativo Negativo
5 – Tempos Compostos
São formados por dois verbos, verbo principal + verbo auxiliar, e podem
exprimir ideias de forma similar ou equivalente aos tempos simples (formados
por um só verbo).
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ANDAR IR
eu tenho andado eu tenho ido
tu tens andado tu tens ido
ele tem andado ele tem ido
nós temos andado nós temos ido
vós tendes andado vós tendes ido
eles têm andado eles têm ido
ANDAR IR
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ANDAR IR
eu terei andado eu terei ido
tu terás andado tu terás ido
ele terá andado ele terá ido
nós teremos andado nós teremos ido
vós tereis andado vós tereis ido
eles terão andado eles terão ido
ANDAR IR
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•Ex. Ainda que ele tenha errado a questão, ficará entre os primeiros.
ANDAR IR
(que) eu tenha andado (que) eu tenha ido
(que) tu tenhas andado (que) tu tenhas ido
(que) ele tenha andado (que) ele tenha ido
(que) nós tenhamos andado (que) nós tenhamos ido
(que) vós tenhais andado (que) vós tenhais ido
(que) eles tenham andado (que) eles tenham ido
ANDAR IR
(se) eu tivesse andado (se) eu tivesse ido
(se) tu tivesses andado (se) tu tivesses ido
(se) ele tivesse andado (se) ele tivesse ido
(se) nós tivéssemos andado (se) nós tivéssemos ido
(se) vós tivésseis andado (se) vós tivésseis ido
(se) eles tivessem andado (se) eles tivessem ido
ANDAR IR
(quando) eu tiver andado (quando) eu tiver andado
(quando) tu tiveres andado (quando) tu tiveres andado
(quando) ele tiver andado (quando) ele tiver andado
(quando) nós tivermos andado (quando) nós tivermos andado
(quando) vós tiverdes andado (quando) vós tiverdes andado
(quando) eles tiverem andado (quando) eles tiverem andado
MODO INDICATIVO
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Simples Composto
Presente eu ando -
Pret. Imperfeito eu andava -
Pret. Perfeito eu andei eu tenho andado
Pret. Mais-Que-Perfeito eu andara eu tinha andado
Futuro do Presente eu andarei eu terei andado
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MODO SUBJUNTIVO
Simples Composto
Presente (que) eu ande -
Pret. Imperfeito (se) eu andasse -
Pret. Perfeito - (que) eu tenha andado
Pret. Mais-Que-Perf. - (se) eu tivesse andado
Futuro do Presente (quando) eu andar (quando) eu tiver andado
Futuro do Pretérito - -
6 – Formas Nominais
Infinitivo
Gerúndio
Particípio
•Ex. O seu candidato foi eleito. (indica fato passado concluído – voz
passiva)
Entregou o parecer impresso ao contribuinte. (adjetivo)
Ele tinha trabalhado muito naquele dia. (pret. mais-que-perf. composto)
Há alguns verbos, por sua vez que possuem apenas a forma irregular,
eis alguns deles:
Abrir - aberto
Cobrir - coberto
Dizer - dito
Escrever - escrito
Fazer - Feito
Pôr - posto
Ver - visto
Vir - vindo
Amar amado -
Caçar caçado -
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Chamar chamado -
Chover chovido -
Levar levado -
Pescar pescado -
Rezar rezado -
Testar testado -
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7 – Verbos Irregulares
1ª Conjugação
AVERIGUAR = verificar
seguinte:
2ª Conjugação
CABER
PROVER
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PRECAVER
APRAZER
3ª Conjugação
POLIR
8 – Vozes Verbais
Os verbos podem indicar que alguém praticou uma ação, nesse caso
temos o que chamamos de voz ATIVA. Quando o verbo indica que alguém
sofreu uma ação, temos a voz PASSIVA.
ATIVA
Na voz ATIVA, dizemos que o sujeito é agente, pois é ele quem pratica
a ação.
PASSIVA
Exemplos:
Os ladrões estavam cercados pela polícia.
Na voz passiva, o sujeito paciente sofre a ação (“os ladrões”) e quem
pratica a ação é o AGENTE DA PASSIVA, que no exemplo acima é “a polícia”
OBSERVAÇÃO
Apenas os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos
(TD ou TDI) PODEM ser conjugados na voz passiva.
REFLEXIVA
Finalmente, temos casos em que o sujeito pratica e sofre a ação ao
mesmo tempo, é o que chamamos de voz REFLEXIVA.
Para formarmos a reflexiva, precisamos dos pronomes reflexivos me, te,
se, nos, vos, que terão o valor de a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo
(s), a nós mesmos, a vós mesmos.
RECÍPROCA
Exemplos:
Os alunos resolveram a prova. (voz ativa)
A prova foi resolvida pelos alunos. (voz passiva analítica)
Resolveu-se a prova. (passiva sintética)
Observe que:
1. O verbo RESOLVER é transitivo direto (resolver ALGO);
2. As formas verbais “resolveram”, “foi” e “resolveu”, todas estão no
pretérito perfeito do indicativo (mesmo tempo verbal);
3. O agente da passiva é omitido na forma passiva sintética.
Questão de gosto
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando
alguém apela para a tal da “questão de gosto”, é como se dissesse: “chega de
conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou
mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de
colégio.” Questão de gosto.
Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e
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Ufa...
Valeu pessoal, certamente esta é uma das aulas mais pesadas!
Nos exercícios, faremos uma análise técnica das questões para que
vocês fiquem com uma boa base do conhecimento para utilizarem na hora da
prova.
ACONSELHO que procurem UNIR estas informações com o
desenvolvimento do “OUVIDO”. Procurem PERCEBER o que está ERRADO ou
CERTO e DEPOIS analisem TECNICAMENTE.
9 – Questões Comentadas
... para quem Manoel de Barros era comparável a São Francisco de Assis.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima está em:
a) Dizia-se um "vedor de cinema"...
b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no espaço...
c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire.
d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Barros na literatura ...
e) ... para depois casá-las...
Comentários:
Alternativa A – Correta – Na oração “Manoel de Barros era comparável a São
Francisco de Assis”, o verbo SER está flexionado no pretérito imperfeito do
indicativo, assim como na forma verbal “dizia”.
eu dizia eu ia eu era
tu dizias tu ias tu eras
ele dizia ele ia ele era
nós dizíamos nós íamos nós éramos
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•Exemplos:
•Eu estudo todos os dias da semana.
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Presente do Indicativo
ANDAR IR PODER
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(Adaptado de: LA GRANGE, Zelda. Bom dia, Sr. Mandela. Trad. Felipe José
Lindoso. Ribeirão Preto: Novo Conceito, 2015, p. 9)
a) disse.
b) dissera.
c) dizia.
d) diria.
e) dissesse.
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Comentários:
A forma verbal “havia dito” encontra-se conjugada no pretérito mais-que-
perfeito do indicativo – composto, que pode ser formado com os verbos
auxiliares TER e HAVER.
Recapitulando esse modo verbal:
ANDAR IR
eu tinha andado eu tinha ido
tu tinhas andado tu tinhas ido
ele tinha andado ele tinha ido
nós tínhamos andado nós tínhamos ido
vós tínheis andado vós tínheis ido
eles tinham andado eles tinham ido
Gabarito: B
dizer o que é “bem” e “mal” (e por vezes o que não é uma coisa nem outra.),
deparamo-nos com a escolha entre “bem” e “mal”. E a enfrentamos desde o
primeiro momento do encontro com o outro. Isso, por sua vez, significa que,
quer escolhamos quer não, enfrentamos nossas situações como problemas
morais, e nossas opções de vida como dilemas morais.
Esse fato primordial de nosso ser no mundo, em primeiro lugar, como uma
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condição de escolha moral não promete uma vida alegre e despreocupada. Pelo
contrário, torna nossa condição bastante desagradável. Enfrentar a escolha
entre bem e mal significa encontrar-se em situação de ambivalência. Esta
poderia ser uma preocupação relativamente menor, estivesse a ambiguidade de
escolha limitada à preferência direta por bem ou mal, cada um definido de forma
clara e inequívoca; limitada em particular à escolha entre atuar baseado na
responsabilidade pelo outro ou desistir dessa ação – de novo com uma ideia
bastante clara do que envolve “atuar baseado na responsabilidade”.
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interajo com muita gente e público ativamente fotos de minhas fornadas. A vida,
hoje, é digital. Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de
pertencer à esfera privada. Sendo tudo tão novo nessa área, ainda
engatinhamos a respeito de uma etiqueta que equilibre a convivência entre
câmeras, pratos, extroversão, intimidade.
Em meados da década passada, quando a cozinha espanhola de vanguarda
ainda povoava os debates e as fantasias de muitos gourmets, fotografar pratos
envolvia um dilema: devorar ou clicar? A criação saía da cozinha, muitas vezes
verticalizada, comumente finalizada com esferas delicadas, espumas fugazes...
O que fazer, capturá-la em seu melhor instante cenográfico, considerando luzes
e sombras, e comê-la depois, já desfigurada, derretida, escorrida? Ou prová-la
imediatamente, abrindo mão da imagem? Nunca tive dúvidas desse tipo (o que
talvez faça de mim um bom comensal, mas um mau divulgador).
Fotos e quitutes tornaram-se indissociáveis, e acho que já estamos nos
acostumando. Mas será que precisa acontecer durante todo o repasto? Não dá
para fazer só na chegada do prato e depois comer sossegado, à maneira
analógica? Provavelmente não: há o tratamento da imagem, a publicação, os
comentários, as discussões, a contabilidade das curtidas. Reconheço que, talvez
antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver casais e famílias à mesa, nos
salões, cada qual com seu smartphone, sem diálogos presenciais ou interações
reais. A pizza esfria e perde o viço; mas a foto chega tinindo aos amigos de
rede.
(Adaptado de: CAMARGO, Luiz Américo. Comeu e não postou? Então, não
valeu. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/
2017/01/09/opinion/1483977251_216185.html)
culturais.
d) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato
Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado.
e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas.
Comentários:
Alternativa A – Correta – “É produzido” – voz passiva (sofre a ação)
Na voz passiva há sempre um verbo auxiliar (SER) que se flexiona no
passado, presente ou futuro, enquanto o verbo principal vem no particípio.
Chamamos essa forma de voz PASSIVA ANALÍTICA.
Alternativa B – Incorreta – “Essa cultura estadual (sujeito ativo – pratica a ação)
retrata (verbo – voz ativa) uma mistura de várias outras contribuições das
muitas migrações.”
Alternativa C – Incorreta – A forma verbal “é” encontra-se na voz ativa.
Alternativa D – Incorreta – A forma verbal “evidencia” encontra-se na voz
ativa.
Alternativa E – Incorreta – A forma verbal “trazem” encontra-se na voz ativa.
Gabarito: A
9) FCC/TJ/TRE-SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como
poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o
nome de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor
parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes,
o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar,
porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o
quarto do poeta, também "intacta, boiando no ar".
A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e
paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre
discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, no
Brás genérico, no recente Metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato
não exista, porque quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos
carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua cidade
e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do
trenzinho perdido da Cantareira.
(Adaptado de Antonio Candido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas
Cidades, Ed.34, 2002, p.211213)
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português.
No segmento grifado acima, Antonio Candido usou determinada forma verbal
que poderia ser substituída, sem prejuízo para correção e a lógica, por:
a) li.
b) lia.
c) lera.
d) leria.
e) leio.
Comentários:
Alternativa A – Correta – O pretérito perfeito do indicativo composto indica
uma ação habitual ou iniciada no passado e que chega ao presente.
hipótese futura.
Alternativa E – Incorreta – O uso do presente do indicativo leva desarmonia à
correlação verbal.
Gabarito: A
10) FCC/AFCE/TCE-PI/Comum/2014
Instrução: Para responder à questão, considere o texto a seguir.
A cognoscibilidade do planeta
O período histórico atual vai permitir o que nenhum outro período ofereceu ao
homem, isto é, a possibilidade de conhecer o planeta extensiva e
aprofundadamente. Isto nunca existiu antes, e deve-se, exatamente, aos
progressos da ciência e da técnica (melhor ainda, aos progressos da técnica
devidos aos progressos da ciência).
Esse período técnico-científico da história permite ao homem não apenas utilizar
o que encontra na natureza: novos materiais são criados nos laboratórios como
um produto da inteligência do homem, e precedem a produção dos objetos. Até
a nossa geração, utilizávamos os materiais que estavam à nossa disposição.
Mas a partir de agora podemos conceber os objetos que desejamos utilizar e
então produzimos a matéria-prima indispensável à sua fabricação. Sem isso não
teria sido possível fazer os satélites que fotografam o planeta a intervalos
regulares, permitindo uma visão mais completa e detalhada da Terra. Por meio
dos satélites, passamos a conhecer todos os lugares e a observar outros astros.
O funcionamento do sistema solar torna-se mais perceptível, enquanto a Terra
é vista em detalhe; pelo fato de que os satélites repetem suas órbitas, podemos
captar momentos sucessivos, isto é, não mais apenas retratos momentâneos e
fotografias isoladas do planeta. Isso não quer dizer que tenhamos, assim, os
processos históricos que movem o mundo, mas ficamos mais perto de identificar
momentos dessa evolução. Os objetos retratados nos dão geometrias, não
as aves e para outros animais, que vão perder ambientes naturais. E aquelas
que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou até
mesmo a desaparecer", prevê o professor.
(José Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011,
com adaptações)
... se as espécies avaliadas poderiam usar as plantações de tangerina ... (2º
parágrafo)
O emprego da forma verbal grifada acima indica, no contexto,
a) certeza.
b) situação passada.
c) hipótese.
d) fato habitual.
e) ação presente.
Comentários:
O futuro do pretérito indica algo no futuro que depende de alguma
condição, uma hipótese futura ou mesmo um futuro em relação a algo
que já se passou.
Ex. Se não fosse servidor público, seria professor.
Ele me falou que eu seria escolhido.
No caso acima, temos a forma verbal “poderiam” indica uma hipótese futura.
Cópia registrada para Jefferson Fernandes (CPF: 332.370.208-50)
Gabarito: C
c) recomenda - exercendo
d) recomendava - exerce
e) recomende - exerça
Comentários:
Item I – A única forma verbal que preenche a lacuna em harmonia com a forma
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Alternativa D – Correta
Alternativa E – Incorreta – Em qualquer época, era preciso que se oferecesse
ao grande público o melhor que os artistas produzissem.
Gabarito: D
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Comentários:
Direitos (sujeito), por isso, sustentam (VTD) uma espécie de argumentação
pública permanente (OD).
O objeto direto – OD será o sujeito passivo e o sujeito será o agente da passiva.
O tempo verbal será mantido no verbo auxiliar da voz passiva.
Por isso, uma espécie de argumentação pública permanente (sujeito passivo) é
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infinitiva). Imagine que exista o termo “alguém” como sujeito (No caso de
alguém propor um diálogo...) ficou mais fácil
Veja que para usarmos a conjugação do verbo PROPOR no futuro do subjuntivo
é prupuserem, deveríamos adaptar a oração (Caso propuserem um diálogo...).
Além disso, o verbo DIZER deveria ser conjugado no pretérito perfeito (disse),
pois refere-se a um fato ocorrido no passado e já concluído (ele disse que
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Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimas na
história humana, e surgem mais fortes e polêmicas na escala temporal mais
longa da evolução. A história evolutiva pode ser representada como uma espécie
depois da outra. Mas muitos biólogos hão de concordar comigo que se trata de
uma ideia tacanha. Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a
maior parte do que é importante. A evolução rima, padrões se repetem. E não
simplesmente por acaso. Isso ocorre por razões bem compreendidas, sobretudo
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Stephen Jay Gould salientou, com acerto, que um ícone dominante da evolução
na mitologia popular, uma caricatura quase tão ubíqua quanto a de lemingues
atirando-se ao penhasco (aliás, outro mito falso), é a de uma fila de ancestrais
simiescos a andar desajeitadamente, ascendendo na esteira da majestosa figura
que os encabeça num andar ereto e vigoroso: o Homo sapiens sapiens o homem
como a última palavra da evolução (e nesse contexto é sempre um homem, e
não uma mulher), o homem como o alvo de todo o empreendimento, o homem
como um magneto, atraindo a evolução do passado em direção à proeminência.
Obs. lemingues: designação comum a diversos pequenos roedores.
(Richard Dawkins, com a colaboração de Yan Wong, A grande história da
evolução: Na trilha dos nossos ancestrais. Trad. Laura Teixeira Motta. São
Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 1718)
Mas muitos biólogos hão de concordar ...
Diferentemente do que se tem acima, a frase que, consoante o padrão culto
escrito, exige o emprego do verbo "haver" no singular é:
a) Muitas teorias já ...... sido submetidas à sua análise quando ele expressou
essa convicção.
b) Talvez ...... algumas versões da teoria citada, mas certamente poucos as
conhecem.
c) Quantos biólogos ...... pesquisado o assunto e talvez não tenham a mesma
opinião.
d) Alguns mitos falsos ...... merecido representação artisticamente
irrepreensível.
e) Nós ...... de corresponder às expectativas depositadas em nossa equipe.
Comentários:
Mais uma questão do ICMS São Paulo sobre verbos, dessa vez bem mais
tranquila.
Alternativa A – incorreta – O verbo HAVER faz papel de verbo auxiliar e pode
ser substituído pelo verbo TER, portanto flexiona-se normalmente concordando
com o sujeito.
Alternativa B – correta – O verbo HAVER no sentido de existir é impessoal, por
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre os
âmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendo um
provocador de alto nível.
(Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1973)
Está INADEQUADA a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
a) Enquanto não fossem abordados como independentes de fins religiosos e
morais, os fatos humanos jamais seriam compreendidos, acreditava
Montesquieu.
b) Deliberadamente, Montesquieu dispunha-se a permanecer nos estritos
domínios dos fenômenos políticos, e jamais abandonaria tal projeto.
c) Ele mais de uma vez advertiu o leitor contra um possível mal-entendido no
que dizia respeito à palavra "virtude", que empregava amiúde com significado
exclusivamente político.
d) O primeiro aspecto do método excluía da perspectiva social todo valor
religioso, ao passo que o segundo afastasse o autor das abstrações teóricas.
e) Segundo a moral que predomina na época, o desenvolvimento histórico do
homem deve subordinar-se ao cumprimento dos desígnios divinos.
Comentários:
Alternativa A – correta – As formas verbais “fossem”, “seriam” e “acreditava”
estão em harmonia na frase. Perceba que “fossem” (pret. imp. sub.) indica uma
hipótese, que combina plenamente com “seriam” (fut. pret. ind).
Alternativa B – correta – A correlação verbal de “dispunha-se” (pret. imp. ind.)
e “abandonaria” (fut. pret. ind.) está perfeita.
Alternativa C – correta – A forma verbal “advertiu” (pret. perf. ind.) e “dizia”
(pret. imp. ind.) não se chocam.
Comentários:
Espaço 1 – De primeira já vamos eliminar 3 alternativas. Vamos preencher esse
espaço com a forma “estavam” pois o pret. imp. ind. expressa algo que tem
uma determinada duração. No texto, indica como “estava” o pensamento dos
“acadêmicos” e dos “modernistas”.
Espaço 2 – “...estavam convencidos que haveriam de vencer...” Lembre da
expressão popular: “eu hei de vencer”. Como temos o verbo ESTAR no pretérito,
Cópia registrada para Jefferson Fernandes (CPF: 332.370.208-50)
25) FCC/Analista/MPU/Processual/2007
Empregou-se de acordo com o padrão culto a forma grifada em:
a) Provi os voluntários de todos os instrumentos necessários para o bom
Cópia registrada para Jefferson Fernandes (CPF: 332.370.208-50)
atendimento.
b) Se eles se indisporem com o atual diretor, terão problemas no fim do ano.
c) Caso ele se abstém de votar, será difícil justificar sua atitude.
d) Quando satisfazerem plenamente suas vaidades, entenderão que foram
fúteis.
e) Sofreram tantos e tão variados revés na vida, que fortaleceram sua
resistência.
Comentários:
Alternativa A – Correta – O verbo PROVER no pretérito perfeito não segue o
modelo do verbo VER, a partir da 2a pessoa do singular
(provi/proveste/proveu/provemos/provestes/proveram).
Alternativa B – Incorreta – O verbo INDISPOR segue o modelo de PÔR, portanto
escreva-se “indispuserem”.
Alternativa C – Incorreta – Erro no tempo verbal, devendo o verbo ABSTER ser
conjugado no presente do subjuntivo - “abstenha”, pois trata-se de caso de
hipótese.
Alternativa D – Incorreta – A grafia correta é “satisfizerem” (futuro do
subjuntivo). Novamente temos uma hipótese, desta vez no tempo futuro.
Alternativa E – Incorreta – O termo “revés” deveria estra no plural - “reveses”.
Gabarito: A
a) havia adormecido;
b) adormecendo;
c) adormecia;
d) adormeceria;
e) adormecera.
Comentários:
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O texto publicitário utiliza essa forma como uma técnica para instigar ou
incentivar o leitor a fazer o que lhe é sugerido.
Gabarito: B
Vamos lá...
que (sujeito paciente) não podem ser modificadas (verbo voz passiva) por
congressistas (agente da passiva)
que (objeto direto) congressistas (sujeito ativo) não podem modificar (verbo
voz ativa)
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Observe que:
O verbo MODIFICAR é transitivo direto (modificar ALGO), logo, permite a
voz passiva;
As formas verbais “modificar” e “ser”, ambas estão no infinitivo (mesmo
tempo verbal)
Gabarito: B
10 - Lista de Exercícios
b) Gás lacrimogênio foi usado para dispersar os grupos que cultivavam antiga
richa, reforçando a convicção de que dali há anos ainda estariam de lados
opostos.
c) Ficou na dependência de ele redigir tudo o que os acionistas mais antigos se
disporam a oferecer, se, e só se, os mais novos não detiverem o curso das
negociações.
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2) FCC/AJ/TRT 2/Administrativa/2014
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Questão de gosto
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando
alguém apela para a tal da “questão de gosto”, é como se dissesse: “chega de
conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou
mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de
colégio.” Questão de gosto.
Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e
argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da reflexão, afirmando
despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso,
e pronto, estamos conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta
engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se
discute.
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra,
a ausência vale a presença − tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem
valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão
ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa
análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga
as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das
fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas
contradições.
... para quem Manoel de Barros era comparável a São Francisco de Assis.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima está em:
a) Dizia-se um "vedor de cinema"...
b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no espaço...
c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire.
d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Barros na literatura ...
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brancos à custa dos negros em seu próprio país”. Alguns concordaram, outros
protestaram. Até certo ponto acredito que ele tenha levantado uma questão.
Suas atitudes podiam ser percebidas dessa maneira. Ainda assim, em uma
conversa com Richard Stengel, o próprio Madiba* havia dito, muito tempo
antes: “As pessoas sentirão que vejo demais o bem nas pessoas. Então, é uma
crítica que tenho de suportar e à qual tento me ajustar, pois, seja isso verdade
ou não, é algo que penso ser proveitoso. É uma coisa boa de assumir, agir com
base no fato de que... os outros são homens de integridade e honra... porque
você tende a atrair integridade e honra, se é dessa maneira que olha para
aqueles com quem trabalha”.
*um dos nomes pelos quais Nelson Mandela era chamado; refere-se a seu clã e
denota afeto e respeito.
(Adaptado de: LA GRANGE, Zelda. Bom dia, Sr. Mandela. Trad. Felipe José
Lindoso. Ribeirão Preto: Novo Conceito, 2015, p. 9)
controverso.
Sociedades modernas e igualitárias, no entanto, sejam de posicionamento
político democrático ou autoritário, baseiam-se sempre na premissa de que
estão tornando a vida mais feliz; a função declarada do Estado moderno, pelo
menos originalmente, não seria apenas regulamentar as relações sociais, mas
também estabelecer a qualidade e as possibilidades da vida humana em geral.
A felicidade, portanto, torna-se questão política primordial – de alguma
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maneira, a única questão –, e por esse motivo não pode se tornar um problema.
Se um norte-americano ou um russo é infeliz, isso implica certa reprovação da
sociedade a que ele pertence.
Portanto, devido a uma lógica cuja necessidade todos reconhecemos, vira uma
obrigação cidadã ser alegre; se as autoridades acreditam que é necessário, o
cidadão pode até ser compelido a fazer demonstrações públicas, em ocasiões
especiais, de sua felicidade, assim como em tempos de guerra ele pode ser
constrangido a entrar para o exército.
(Adaptado de: WARSHOW, Robert. “O gângster como herói trágico”S, errote,
p. 109)
primeiro momento do encontro com o outro. Isso, por sua vez, significa que,
quer escolhamos quer não, enfrentamos nossas situações como problemas
morais, e nossas opções de vida como dilemas morais.
Esse fato primordial de nosso ser no mundo, em primeiro lugar, como uma
condição de escolha moral não promete uma vida alegre e despreocupada. Pelo
contrário, torna nossa condição bastante desagradável. Enfrentar a escolha
entre bem e mal significa encontrar-se em situação de ambivalência. Esta
poderia ser uma preocupação relativamente menor, estivesse a ambiguidade de
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escolha limitada à preferência direta por bem ou mal, cada um definido de forma
clara e inequívoca; limitada em particular à escolha entre atuar baseado na
responsabilidade pelo outro ou desistir dessa ação – de novo com uma ideia
bastante clara do que envolve “atuar baseado na responsabilidade”.
(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vida em fragmentos: sobre a ética pós-
moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 11-12)
hoje, é digital. Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de
pertencer à esfera privada. Sendo tudo tão novo nessa área, ainda
engatinhamos a respeito de uma etiqueta que equilibre a convivência entre
câmeras, pratos, extroversão, intimidade.
Em meados da década passada, quando a cozinha espanhola de vanguarda
ainda povoava os debates e as fantasias de muitos gourmets, fotografar pratos
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indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora,
podem retratar tipos humanos e costumes da região.
(Adaptado de: CANTU, Gilberto. Disponível em:
http://profgilbertocantu.blogspot.com.br/2013/08/aspectos-culturais-de-
mato-grosso-dosul. html)
9) FCC/TJ/TRE-SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como
poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o
nome de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor
admirado. A ideia foi excelente porque um compositor inventa antes de mais
nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a
realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes
europeias. Adoniran Barbosa é um paulista de cerne que exprime a sua terra
com a força da imaginação alimentada pelas heranças de fora.
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não
concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e
produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do
samba e da canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de
português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.
São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que
nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha
cidadezinha provinciana, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo
lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda
parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes,
o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar,
porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o
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e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do
trenzinho perdido da Cantareira.
(Adaptado de Antonio Candido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas
Cidades, Ed.34, 2002, p.211213)
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português.
No segmento grifado acima, Antonio Candido usou determinada forma verbal
que poderia ser substituída, sem prejuízo para correção e a lógica, por:
a) li.
b) lia.
c) lera.
d) leria.
e) leio.
10) FCC/AFCE/TCE-PI/Comum/2014
Instrução: Para responder à questão, considere o texto a seguir.
A cognoscibilidade do planeta
O período histórico atual vai permitir o que nenhum outro período ofereceu ao
homem, isto é, a possibilidade de conhecer o planeta extensiva e
aprofundadamente. Isto nunca existiu antes, e deve-se, exatamente, aos
progressos da ciência e da técnica (melhor ainda, aos progressos da técnica
devidos aos progressos da ciência).
Esse período técnico-científico da história permite ao homem não apenas utilizar
o que encontra na natureza: novos materiais são criados nos laboratórios como
um produto da inteligência do homem, e precedem a produção dos objetos. Até
a nossa geração, utilizávamos os materiais que estavam à nossa disposição.
sempre em conta os traços culturais que nos caracterizam, que hão de alimentar
a busca de soluções endógenas, que nem sempre têm por que coincidir com as
do mundo altamente industrializado."
O que há de extraordinário nessa citação? Nada, exceto a data. Ela não foi
redigida no princípio do século XIX e sim no dia 29 de maio de 1993, exatamente
um mês antes da redação deste artigo. Trata-se de um documento aprovado
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a) recomendara - exerceram
b) recomenda - exerçam
c) recomenda - exercendo
d) recomendava - exerce
e) recomende - exerça
conhecem.
c) Quantos biólogos ...... pesquisado o assunto e talvez não tenham a mesma
opinião.
d) Alguns mitos falsos ...... merecido representação artisticamente
irrepreensível.
e) Nós ...... de corresponder às expectativas depositadas em nossa equipe.
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[14 de fevereiro]
Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem
que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando
vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada:
− Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
− Quem?
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22) FCC/AC/TCEPR/Jurídica/2011
que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o teu
ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho.
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil,
ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam
consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a
sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de
temas, a própria maneira de ver o mundo.
Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição dos padrões portugueses,
buscando uma expressão mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro.
Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome
oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia
expressões e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar à escrita o
ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual.
Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas
promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos
assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária,
dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna.
(Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da
literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997,
p.1112)
Na luta contra a imposição dos padrões portugueses e dos modelos acadêmicos,
os modernistas ...... convencidos de que ...... de vencer, mas, para que isso de
fato ......, muitas batalhas teriam ainda de ser travadas.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) estavam – houveram - ocorrera
b) estiveram – haveriam - ocorreria
c) estivessem – haviam - ocorresse
25) FCC/Analista/MPU/Processual/2007
Empregou-se de acordo com o padrão culto a forma grifada em:
a) Provi os voluntários de todos os instrumentos necessários para o bom
atendimento.
b) Se eles se indisporem com o atual diretor, terão problemas no fim do ano.
c) Caso ele se abstém de votar, será difícil justificar sua atitude.
d) Quando satisfazerem plenamente suas vaidades, entenderão que foram
fúteis.
e) Sofreram tantos e tão variados revés na vida, que fortaleceram sua
resistência.
O pico da doença, no entanto, ainda não chegou. Isso deve ocorrer entre o fim
de abril e o começo de maio, devido ao comportamento do clima e à
sazonalidade do mosquito transmissor.
(Luiz Carlos Murauskas. Folhapress)
11 – Gabarito
1 E 7 D 13 A 19 B 25 A
2 A 8 A 14 B 20 A 26 C
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3 A 9 A 15 D 21 A 27 E
4 B 10 C 16 B 22 D 28 D
5 A 11 A 17 D 23 D 29 B
6 E 12 C 18 A 24 B 30 B
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12 – Referencial Bibliográfico