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Aula 02 - Verbo
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Teoria e Questões Comentadas
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Teoria e Questões Comentadas
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Aula 02 – Verbo

Olá pessoal!
Espero que estejam todos motivados!!!
Este é um assunto muitíssimo importante e bastante complexo.
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Vamos trazer algumas informações que lhes servirão como revisão do


assunto e focaremos as principais situações que podem gerar dúvidas e por
isso são muito cobradas em provas de concursos públicos.
Boa aula!!!
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Sumário

1 – O que é VERBO ................................................................................. 3


2 – Modo Indicativo ................................................................................ 3
3 – Modo Subjuntivo ............................................................................... 6
4 – Modo Imperativo ............................................................................... 8
5 – Tempos Compostos ......................................................................... 10
6 – Formas Nominais ............................................................................ 14
7 – Verbos Irregulares........................................................................... 18
8 – Vozes Verbais ................................................................................. 25
9 – Questões Comentadas ..................................................................... 30
10 - Lista de Exercícios .......................................................................... 66
11 – Gabarito ....................................................................................... 90
12 – Referencial Bibliográfico ................................................................. 90

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1 – O que é VERBO

É a palavra que designa uma ação, estado, fato ou fenômeno. É ele


quem indica o que está acontecendo, já aconteceu ou acontecerá (presente,
passado e futuro).
Os verbos apresentam-se em três conjugações:
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 1a conjugação - terminados em AR - ex. andar, falar, amar


 2a conjugação - terminados em ER ou OR – ex. moer, fazer, ser, pôr (o
verbo pôr originalmente era escrito poer)
 3a conjugação - terminados em IR – ex. ir, rir, agir

São três as pessoas do discurso:


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 1a pessoa - quem fala


 2a pessoa – quem escuta
 3a pessoa – de quem se fala

São três os modos em que se flexionam:


 indicativo, subjuntivo e imperativo.
Cada um deles possui as suas particularidades que vamos estudar a seguir.

2 – Modo Indicativo

Indica FATOS situados no passado, presente ou futuro. Pressupõe-se a


CERTEZA de uma ação, estado ou fenômeno.

Presente
Utilizamos o presente do indicativo para indicar:

Algo que acontece no momento presente ou com habitualidade.


Também podemos usá-lo para avivar um fato do passado (presente
histórico) ou para expressar um fato futuro próximo que acontecerá
com certeza.

•Exemplos:
•Eu estudo todos os dias da semana.
•É quando Jesus anda sobre as águas.
•Chego amanhã às dez.

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Presente do Indicativo

ANDAR IR PODER
eu ando eu vou eu posso
tu andas tu vas tu podes
ele anda ele vai ele pode
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nós andamos nós vamos nós podemos


vós andais vós ides vós podeis
eles andam eles vão eles podem

Pretérito Perfeito
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Indica algo ocorrido e já concluído.

•Ex. Eu estudei muito para passar no concurso.

Pretérito Perfeito do Indicativo

eu andei eu fui eu pude


tu andaste tu foste tu pudeste
ele andou ele foi ele pôde
nós andamos nós fomos nós pudemos
vós andastes vós fostes vós pudestes
eles andaram eles foram eles puderam

Pretérito Imperfeito

Indica algo no passado que têm uma duração ou habitualidade.

•Ex. Ele estudava antes mesmo de sair o edital do concurso.

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Pretérito Imperfeito do Indicativo

eu andava eu ia eu podia
tu andavas tu ias tu podias
ele andava ele ia ele podia
nós andávamos nós íamos nós podíamos
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vós andáveis vós íeis vós podíeis


eles andavam eles iam eles podiam

Pretérito mais-que-perfeito
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Indica um fato anterior a outro também passado.

•Ex. O ladrão fugira antes que a polícia chegasse.

Pretérito Mais Que Perfeito do Indicativo

eu andara eu fora eu pudera


tu andaras tu foras tu puderas
ele andara ele fora ele pudera
nós andáramos nós fôramos nós pudéramos
vós andáreis vós fôreis vós pudéreis
eles andaram eles foram eles puderam

Futuro do Presente

Afirma algo que ocorrerá com certeza no tempo futuro.

•Ex. Passarei para lhe pegar às dezoito horas.

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Futuro do Presente do Indicativo

eu andarei eu irei eu poderei


tu andarás tu irás tu poderás
ele andará ele irá ele poderá
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nós andaremos nós iremos nós poderemos


vós andareis vós ireis vós podereis
eles andarão eles irão eles poderão
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Futuro do Pretérito

Indica algo no futuro que depende de alguma condição ou mesmo um


futuro em relação a algo que já se passou.

•Ex. Se não fosse servidor público, seria professor.


•Ele me falou que eu seria escolhido.

Futuro do Pretérito do Indicativo

eu andaria eu iria eu poderia


tu andarias tu irias tu poderias
ele andaria ele iria ele poderia
nós andaríamos nós iríamos nós poderíamos
vós andaríeis vós iríeis vós poderíamos
eles andariam eles iriam eles poderiam

3 – Modo Subjuntivo

O modo subjuntivo indica fatos possíveis, prováveis, hipotéticos ou


mesmo duvidosos.
Normalmente são acompanhados de palavras que indicam dúvida ou
possibilidade, tais como: se, caso, quando, ainda que, mesmo que e etc.

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Presente
Ex. Ainda que eu fale com ela, nada vai adiantar.

Presente do Subjuntivo

ANDAR IR PODER
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(que) eu ande (que) eu vá (que) eu possa


(que) tu andes (que) tu vás (que) tu possas
(que) ele ande (que) ele vá (que) ele possa
(que) nós andemos (que) nós vamos (que) nós possamos
(que) vós andeis (que) vós vades (que) vós possais
(que) eles andem (que) eles vão (que) eles possam
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Pretérito Imperfeito
Ex. Se eu pudesse, iria ao congresso.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

ANDAR IR PODER
(se) eu andasse (se) eu fosse (se) eu pudesse
(se) tu andasses (se) tu fosses (se) tu pudesses
(se) ele andasse (se) ele fosse (se) ele pudesse
(se) nós andássemos (se) nós fôssemos (se) nós pudéssemos
(se) vós andásseis (se) vós fôsseis (se) vós pudésseis
(se) eles andassem (se) eles fossem (se) eles pudessem

Futuro
Ex. Quando eu puder, comprarei um carro novo.

Futuro do Subjuntivo

ANDAR IR PODER
(quando) eu andar (quando) eu for (quando) eu puder
(quando) tu andares (quando) tu fores (quando) tu puderes
(quando) ele andar (quando) ele for (quando) ele puder
(quando) nós andarmos (quando) nós formos (quando) nós pudermos
(quando) vós andardes (quando) vós fordes (quando) vós puderdes
(quando) eles andarem (quando) eles forem (quando) eles puderem

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4 – Modo Imperativo

Serve para expressarmos ordens, instruções, conselhos ou pedidos.

Imperativo Afirmativo
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Ex. Fala o que quiseres, que eu te escuto.

Regra prática para conjugação do imperativo afirmativo.

2as pessoas •conjugamos no presente do indicativo e


(singular e plural) cortamos o “S”
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demais pessoas •conjugamos no presente do subjuntivo

Observação:
 O modo imperativo não é conjugado na 1a pessoa do singular, pois não
faria sentido.

Imperativo Afirmativo

ANDAR
anda (tu) – Presente do indicativo (andas)
ande (você) – Presente do subjuntivo (ande)
andemos (nós) – Presente do subjuntivo (andemos)
andai (vós) – Presente do indicativo (andais)
andem (vocês) – Presente do subjuntivo (andem)

IR
vai (tu) – Presente do indicativo (vais)
vá (você) – Presente do subjuntivo (vá)
vamos (nós) – Presente do subjuntivo (vamos)
ide (vós) – Presente do indicativo (ides)
vão (vocês) – Presente do subjuntivo (vão)
Imperativo Afirmativo

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FAZER
faze (tu) – Presente do indicativo (fazes)
faça (você) – Presente do subjuntivo (faça)
façamos (nós) – Presente do subjuntivo (façamos)
fazei (vós) – Presente do indicativo (fazeis)
façam (vocês) – Presente do subjuntivo (façam)
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Imperativo Afirmativo

Imperativo Negativo
Ex. Não fale mal dele na minha frente.
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O imperativo negativo conjuga-se igualmente ao presente do subjuntivo.

Imperativo Negativo

não andes (tu) – Presente do subjuntivo (andes)


não ande (você) – Presente do subjuntivo (ande)
não andemos (nós) – Presente do subjuntivo (andemos)
não andeis (vós) – Presente do subjuntivo (andeis)
não andem (vocês) – Presente do subjuntivo (andem)

não vás (tu) – Presente do subjuntivo (vás)


não vá (você) – Presente do subjuntivo (vá)
não vamos (nós) – Presente do subjuntivo (vamos)
não vades (vós) – Presente do subjuntivo (vades)
não vão (vocês) – Presente do subjuntivo (vão)
Imperativo Afirmativo

não faças (tu) – Presente do subjuntivo (faças)


não faça (você) – Presente do subjuntivo (faça)
não façamos (nós) – Presente do subjuntivo (façamos)
não façais (vós) – Presente do subjuntivo (façais)
não façam (vocês) – Presente do subjuntivo (façam)
Imperativo Afirmativo

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5 – Tempos Compostos

São formados por dois verbos, verbo principal + verbo auxiliar, e podem
exprimir ideias de forma similar ou equivalente aos tempos simples (formados
por um só verbo).
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Pretérito Perfeito do Indicativo - Composto

Indica uma ação habitual ou iniciada no passado e que chega ao


presente.

•Ex. Tenho falado muito desse assunto em minhas aulas.


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Observe que, enquanto o pretérito perfeito do indicativo simples indica


uma ação concluída, a sua forma composta indica ação habitual ou iniciada
no passado e que chega até o presente.

AUXILIAR (presente do indicativo) + PRINCIPAL (particípio)

Pretérito Perfeito do Indicativo - Composto

ANDAR IR
eu tenho andado eu tenho ido
tu tens andado tu tens ido
ele tem andado ele tem ido
nós temos andado nós temos ido
vós tendes andado vós tendes ido
eles têm andado eles têm ido

Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo - Composto

Indica, igualmente à forma simples, fato anterior a outro também no


passado.

•Ex. Antes de passar nesse concurso, já tinha sido reprovado algumas


vezes.

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AUXILIAR (pretérito imperfeito do indicativo) + PRINCIPAL (particípio)

Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo - Composto

ANDAR IR
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eu tinha andado eu tinha ido


tu tinhas andado tu tinhas ido
ele tinha andado ele tinha ido
nós tínhamos andado nós tínhamos ido
vós tínheis andado vós tínheis ido
eles tinham andado eles tinham ido
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Futuro do Presente Indicativo - Composto

Indica a ocorrência de um fato anterior a outro também no futuro ou


um fato futuro inciado no presente.

•Ex. Quando chegares onde estou, já terei subido mais adiante.


•Em 2018, terei liquidado todas as minhas dívidas.

AUXILIAR (futuro do presente do indicativo) + PRINCIPAL (particípio)

Futuro do Presente do Indicativo - Composto

ANDAR IR
eu terei andado eu terei ido
tu terás andado tu terás ido
ele terá andado ele terá ido
nós teremos andado nós teremos ido
vós tereis andado vós tereis ido
eles terão andado eles terão ido

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Futuro do Pretérito do Indicativo - Composto

Indica algo no futuro que depende de alguma condição ou mesmo um


futuro em relação a algo que já se passou, igualmente à forma
simples.

•Ex. Se não fosse servidor público, teria sido professor.


•Ele me falou que eu teria sido escolhido.
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AUXILIAR (futuro do pretérito do indicativo) + PRINCIPAL (particípio)

Futuro do Pretérito do Indicativo - Composto

ANDAR IR
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eu teria andado eu teria ido


tu terias andado tu terias ido
ele teria andado ele teria ido
nós teríamos andado nós teríamos ido
vós teríeis andado vós teríeis ido
eles teriam andado eles teriam ido

Pretérito Perfeito do Subjuntivo - Composto

Indica um fato hipotético no passado.

•Ex. Ainda que ele tenha errado a questão, ficará entre os primeiros.

AUXILIAR (presente do subjuntivo) + PRINCIPAL (particípio)

Pretérito Perfeito do Subjuntivo - Composto

ANDAR IR
(que) eu tenha andado (que) eu tenha ido
(que) tu tenhas andado (que) tu tenhas ido
(que) ele tenha andado (que) ele tenha ido
(que) nós tenhamos andado (que) nós tenhamos ido
(que) vós tenhais andado (que) vós tenhais ido
(que) eles tenham andado (que) eles tenham ido

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Pretérito Mais-Que–Perfeito do Subjuntivo - Composto

Indica uma hipótese anterior a um fato também no passado.

•Ex. Se eu tivesse seguido o seu conselho, teria evitado muitos


problemas.
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OBS - Note que há uma semelhança com o pret. mais-que-perfeito do


indicativo, porém, tratando-se de uma hipótese.

AUXILIAR (pretérito do subjuntivo) + PRINCIPAL (particípio)


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Pretérito Mais-que-Perfeito do Subjuntivo - Composto

ANDAR IR
(se) eu tivesse andado (se) eu tivesse ido
(se) tu tivesses andado (se) tu tivesses ido
(se) ele tivesse andado (se) ele tivesse ido
(se) nós tivéssemos andado (se) nós tivéssemos ido
(se) vós tivésseis andado (se) vós tivésseis ido
(se) eles tivessem andado (se) eles tivessem ido

Futuro do Presente do Subjuntivo - Composto

Indica uma hipótese no futuro.


•Ex. Quando eu tiver completado setenta anos, estarei aposentado.

AUXILIAR (futuro do subjuntivo) + PRINCIPAL (particípio)

Futuro do Presente do Subjuntivo - Composto

ANDAR IR
(quando) eu tiver andado (quando) eu tiver andado
(quando) tu tiveres andado (quando) tu tiveres andado
(quando) ele tiver andado (quando) ele tiver andado
(quando) nós tivermos andado (quando) nós tivermos andado
(quando) vós tiverdes andado (quando) vós tiverdes andado
(quando) eles tiverem andado (quando) eles tiverem andado

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Vamos fazer uma comparação dos tempos compostas com os simples.

TEMPOS SIMPLES X TEMPOS COMPOSTOS

MODO INDICATIVO
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Simples Composto
Presente eu ando -
Pret. Imperfeito eu andava -
Pret. Perfeito eu andei eu tenho andado
Pret. Mais-Que-Perfeito eu andara eu tinha andado
Futuro do Presente eu andarei eu terei andado
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Futuro do Pretérito eu andaria eu teria andado

MODO SUBJUNTIVO

Simples Composto
Presente (que) eu ande -
Pret. Imperfeito (se) eu andasse -
Pret. Perfeito - (que) eu tenha andado
Pret. Mais-Que-Perf. - (se) eu tivesse andado
Futuro do Presente (quando) eu andar (quando) eu tiver andado
Futuro do Pretérito - -

OBSERVAÇÃO - No modo IMPERATIVO NÃO há tempo composto.

6 – Formas Nominais

Os verbos podem assumir três formas nominais: infinitivo, gerundio e


particípio.
Descrevem os fatos de maneira impessoal, imprecisa ou vaga e são
chamados de formas nominais porque nestas formas assumem funções de
nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios).

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Infinitivo

Pode apresentar-se da maneira pessoal, quando tem sujeito, ou


impessoal quando não há.
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A forma impessoal será sempre não flexionada, enquanto a forma


pessoal pode ser flexionada ou não.

•Ex. Fechem a porta ao sairem. / Fechem a porta ao sair.

A oração acima tem sujeito? Sim, sujeito oculto “vocês”.


Portanto a forma infinitiva é pessoal e pode ser flexionada concordando
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com o sujeito ou simplesmente não flexionada.


Nesses exemplos o infinitivo exerce a função de verbo.

Vamos a outro exemplo:


 O brincar faz parte da infância.
Temos acima a forma infinitiva na função de substantivo.
Lembram da aula de artigos?? O artigo “o” antes do verbo no infinitivo
atribui-lhe o valor nominal.
A forma acima é impessoal pois não tem sujeito (é o próprio sujeito) e,
portanto, não flexionada.

É facultativa a flexão da forma infinitiva quando antecedida por


preposição.

•Ex. O objetivo era obrigar os colonos a completar/a completarem o


serviço.

Flexiona-se o infinitivo quando tem sujeito diferente do sujeito da


oração principal.

•Ex. Nós faremos o possível para os nossos filhos estarem bem.


•Ele viu seus sonhos desabarem.
•É expressamente proibido os funcionários (sujeito) utilizarem os
elevadores.

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O infinitivo não será flexionado, quando forma locução verbal, ou


quando tem o mesmo sujeito da oração principal.

•Ex. As crianças devem dormir cedo.


•Nós queremos, no futuro, celebrar nossas vitórias.
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Gerúndio

Dá a ideia de continuidade, de algo que está em andamento.


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É muito usado em locuções verbais e pode vir na forma simples ou


composta.

•Ex. Ele vive plantando batatas. (verbo)


Chegou atrasado mesmo tendo saído mais cedo. (forma composta)
Terminando os estudos, pode passear. (adjunto adverbial de condição
= caso termine).
Viviam cantando. = Viviam a cantar. (em locuções, pode ser
substituído pelo infinitivo precedido da preposição “a”)

Particípio

Essa forma é muito usada para designar algo no passado, um fato já


concluído, muitas vezes serve como adjetivo, na formação dos tempos
verbais compostos e da voz passiva.

•Ex. O seu candidato foi eleito. (indica fato passado concluído – voz
passiva)
Entregou o parecer impresso ao contribuinte. (adjetivo)
Ele tinha trabalhado muito naquele dia. (pret. mais-que-perf. composto)

O particípio pode ser regular (terminados em “ado” ou “ido”) ou irregular.


Alguns verbos possuem apenas uma das duas formas, enquanto outros
possuem as duas. A forma regular, porém, é a mais frequente.

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Eis alguns verbos que possuem as duas formas:

Verbo Particípio Regular Particípio Irregular

Aceitar aceitado aceito


Acender acendido aceso
Anexar anexado anexo
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Despertar despertado desperto


Entregar entregado entregue
Expelir expelido expulso
Imprimir imprimido impresso
Limpar limpado limpo
Nascer nascido nato
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Pagar pagado pago


Romper rompido roto
Submergir submergido submerso
Soltar soltado solto
Surpreender surpreendido surpreso

Normalmente, o particípio regular é acompanhado pelos verbos


auxiliares TER e HAVER, e os irregulares por SER e ESTAR.
As formas irregulares, porém, são flexíveis em relação ao uso dos
verbos auxiliares.

Há alguns verbos, por sua vez que possuem apenas a forma irregular,
eis alguns deles:

Verbo Particípio Regular Particípio Irregular

Abrir - aberto
Cobrir - coberto
Dizer - dito
Escrever - escrito
Fazer - Feito
Pôr - posto
Ver - visto
Vir - vindo

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Finalmente, vamos a alguns exemplos de que aceitam apenas a forma


regular.

Verbo Particípio Regular Particípio Irregular

Amar amado -

Caçar caçado -
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Chamar chamado -

Chover chovido -

Levar levado -

Pescar pescado -

Rezar rezado -

Testar testado -
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7 – Verbos Irregulares

São verbos muito utilizados pelas bancas examinadoras para testar os


nossos conhecimentos, pois possuem algumas particularidades em suas
conjugações.
Vamos ver os mais cobrados e agrupá-los de acordo com os respectivos
“paradigmas” que são, nada mais que, modelos de conjugação (paradigmas).
Novamente, aconselho que não gastem tempo decorando todas as
conjugações e verbos, mas que se familiarizem com a maneira que cada um
é conjugado. Nos exercícios terão facilidade em reconhecer quando aparecer
algo fora do lugar!

1ª Conjugação

AVERIGUAR = verificar

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo


eu averiguo (que) eu averigúe
tu averiguas (que) tu averigúes
ele averigua (que) ele averigúe
nós averiguamos (que) nós averiguemos
vós averiguais (que) vós averigueis
eles averiguam (que) eles averigúem

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VOAR, SOAR, MAGOAR, ABOTOAR, DOAR, ABENÇOAR

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo


eu voo (que) eu voe
tu voas (que) tu voes
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ele voa (que) ele voe


nós voamos (que) nós voemos
vós voais (que) vós voeis
eles voam (que) eles voem

Todos os verbos acima, além de outros terminados em “oar” conjugam


dessa mesma maneira.
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SEMEAR, NOMEAR, ATEAR, CEAR, PASSEAR, BLOQUEAR, HASTEAR...

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo


eu semeio (que) eu semeie
tu semeias (que) tu semeies
ele semeia (que) ele semeie
nós semeamos (que) nós semeemos
vós semeais (que) vós semeeis
eles semeiam (que) eles semeiem

ANSIAR, INCENDIAR, ODIAR, REMEDIAR, MEDIAR...

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo


eu anseio (que) eu anseie
tu anseias (que) tu anseies
ele anseia (que) ele anseie
nós ansiamos (que) nós ansiemos
vós ansiais (que) vós ansieis
eles anseiam (que) eles anseiem

ATENÇÃO: Nem todos os verbos terminados em “IAR” são irregulares como os


citados acima. O verbos CRIAR, ARRIAR, MIAR, COPIAR, PRESENCIAR,
ABREVIAR e outros são REGULARES, portanto conjugam-se da maneira

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seguinte:

CRIAR, ARRIAR, MIAR, COPIAR, PRESENCIAR, ABREVIAR...

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo


eu crio (que) eu crie
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

tu crias (que) tu cries


ele cria (que) ele crie
nós criamos (que) nós criemos
vós criais (que) vós crieis
eles criam (que) eles criem
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2ª Conjugação

PÔR, COMPOR, CONTRAPOR, ANTEPOR, DECOMPOR, DEPOR, APOR,


DESCOMPOR, DISPOR, EXPOR, IMPOR, PROPOR, RECOMPOR, REPOR,
SUPOR, TRANSPOR...

Presente do Presente do Pret. Perf. do Futuro do Pres.


Indicativo Subjuntivo Indicativo Indicativo
eu ponho (que) eu ponha eu pus eu porei
tu pões (que) tu ponhas tu puseste tu porás
ele põe (que) ele ponha ele pôs ele porá
nós pomos (que) nós ponhamos nós pusemos nós poremos
vós pondes (que) vós ponhais vós pusestes vós porais
eles põem (que) eles ponham eles puseram eles porão

CABER

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Pret. Perf. do Indicativo


eu caibo (que) eu caiba eu coube
tu cabes (que) tu caibas tu coubeste
ele cabe (que) ele caiba ele coube
nós cabemos (que) nós caibamos nós coubemos
vós cabeis (que) vós caibais vós coubestes
eles cabem (que) eles caibam eles couberam

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ROER, DOER, MOER, REMOER, CORROER...

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Pret. Perf. do Indicativo


eu roo (que) eu roa eu roí
tu róis (que) tu roas tu roeste
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

ele rói (que) ele roa ele roeu


nós roemos (que) nós roamos nós roemos
vós roeis (que) vós roais vós roestes
eles roem (que) eles roam eles roeram

PROVER
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Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Pret. Perf. do Indicativo


eu provejo (que) eu proveja eu provi
tu provês (que) tu provejas tu proveste
ele provê (que) ele proveja ele proveu
nós provemos (que) nós provejamos nós provemos
vós provedes (que) vós provejais vós provestes
eles proveem (que) eles provejam eles proveram

O verbo PROVER, segue o modelo de conjugação do verbo VER em alguns


tempos, porém no pretérito perfeito do indicativo e nos seus tempos
derivados, ele segue conjugação própria.

PRECAVER

Presente do Indicativo Pret. Perf. do Indicativo


eu - eu precavi
tu - tu precaveste
Presente do Subjuntivo
ele - ele precaveu
NÃO HÁ
nós precavemos nós precaemos
vós precaveis vós precavestes
eles - eles precaveram

O verbo PRECAVER é defectivo, portanto atente que não existem as


formas eu precavenho ou que eu me precavenha.

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APRAZER

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Pret. Perf. do Indicativo


eu aprazo (que) eu apraza eu aprouve
tu aprazes (que) tu aprazas tu aprouveste
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

ele apraze (que) ele apraza ele aprouveu


nós aprazemos (que) nós aprazamos nós aprouvemos
vós aprazeis (que) vós aprazais vós aprouvestes
eles aprazem (que) eles aprazam eles aprouveram
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3ª Conjugação

VIR, ADVIR, CONVIR, INTERVIR, PROVIR...

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Pret. Perf. do Indicativo


eu venho (que) eu venha eu vim
tu vens (que) tu venhas tu vieste
ele vem (que) ele venha ele veio
nós vimos (que) nós venhamos nós viemos
vós vindes (que) vós venhais vós viestes
eles vêm (que) eles venham eles vieram

PEDIR, MEDIR, DESPEDIR, IMPEDIR, DESIMPEDIR, EXPEDIR...

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Pret. Perf. do Indicativo


eu peço (que) eu peça eu pedi
tu pedes (que) tu peças tu pediste
ele pede (que) ele peça ele pediu
nós pedimos (que) nós peçamos nós pedimos
vós pedis (que) vós peçais vós pedistes
eles pedem (que) eles peçam eles pediram

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SUBIR, ACUDIR, FUGIR, ESCAPULIR, CUSPIR, BULIR, SACUDIR...

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo


eu subo (que) eu suba
tu sobes (que) tu subas
ele sobe (que) ele suba
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nós subimos (que) nós subamos


vós subis (que) vós subais
eles sobem (que) eles subam
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POSSUIR, CONCLUIR, INFLUIR, DESTITUIR, INSTRUIR, RESTITUIR...

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Pret. Perf. do Indicativo


eu possuo (que) eu possua eu possuí
tu possuis (que) tu possuas tu possuíste
ele possui (que) ele possua ele possuiu
nós possuímos (que) nós possuamos nós possuímos
vós possuís (que) vós possuais vós possuístes
eles possuem (que) eles possuam eles possuíram

POLIR

Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo


eu pulo (que) eu pula
tu pules (que) tu pulas
ele pule (que) ele pula
nós polimos (que) nós pulamos
vós polis (que) vós pulais
eles pulem (que) eles pulam

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ABOLIR, COLORIR, EXTORQUIR, ESCULPIR, BANIR, DEMOLIR...

Presente do Indicativo Pret. Perf. do Indicativo


- eu aboli
tu aboles Presente do Subjuntivo tu aboliste
ele abole ele aboliu
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nós abolimos NÃO HÁ nós abolimos


vós abolis vós abolistes
eles abolem eles aboliram

Os verbos acima são chamados de defectivos, pois não são


conjugados em todas as pessoas, especificamente as formas que após o
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radical viriam as vogais “a” ou “o”.


Ex. eu abolo, que eu abola, eu bano, que eu bana, eu coloro, que eu colora –
todas essas formas não se conjugam.

1) FCC / AFR / SEFAZ SP / Gestão Tributária / 2009


A frase que respeita inteiramente o padrão culto escrito é:
a) Nada disso influe no que foi acordado já faz mais de dez dias, mas eles
quizeram que eu reiterasse a sua disposição de manter o que foi estabelecido.
b) Gás lacrimogênio foi usado para dispersar os grupos que cultivavam antiga
richa, reforçando a convicção de que dali há anos ainda estariam de lados
opostos.
c) Ficou na dependência de ele redigir tudo o que os acionistas mais antigos se
disporam a oferecer, se, e só se, os mais novos não detiverem o curso das
negociações.
d) Semeemos a ideia de que tudo será resolvido de acordo com os itens
considerados prioritários, nem que para isso precisamos apelar para a decência
de todos.
e) Vocês divergem, mas agora é necessário que se remedeie a situação; por
isso, façam novos contratos e provejam o setor de profissionais competentes.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Nesta alternativa, há dois erros na grafia das
conjugações dos verbos INFLUIR (mesmo paradigma de possuir) e QUERER.
As formas corretas são influi e quiseram.

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Alternativa B – Incorreta – As formas verbais estão grafadas com perfeição, que


também está presente na correlação dos tempos.
Os erros estão escondidos na grafia das palavras “rixa”, “lacrimogêneo” e no
emprego indevido da forma verbal “há” no trecho “dali a anos”.
Alternativa C – Incorreta – O verbo DISPOR segue o paradigma do verbo PÔR,
portanto a sua conjugação correta é dispuseram.
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Alternativa D – Incorreta – Está correta a grafia da forma verbal “semeemos”.


O erro da questão está na correlação temporal da forma “precisamos”, pois,
uma vez que esta expressa uma hipótese, deveria estar conjugada no presente
do subjuntivo “precisemos”.
Alternativa E – Correta – Perfeitas as conjugações do verbo REMEDIAR, que se
conjuga no mesmo paradigma do verbo PASSEAR, assim como do verbo
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PROVER, que se conjuga em alguns tempos pelo paradigma do verbo VER.


Não confunda PROVER, sinônimo de providenciar ou fornecer com PROVIR
que significa descender ou derivar, que segue paradigma do verbo VIR.
Gabarito: E

8 – Vozes Verbais

Os verbos podem indicar que alguém praticou uma ação, nesse caso
temos o que chamamos de voz ATIVA. Quando o verbo indica que alguém
sofreu uma ação, temos a voz PASSIVA.
ATIVA

Na voz ATIVA, dizemos que o sujeito é agente, pois é ele quem pratica
a ação.

•Ex. Nós construimos esta casa.


Ele fez milagres.

PASSIVA

Na voz PASSIVA, o sujeito é chamado de paciente, pois sofre a ação


que o verbo exprime.

•Ex. O bolo é feito pela cozinheira.


O carro será consertado com cuidado.

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Repare que na voz passiva há sempre um verbo auxiliar (SER) que se


flexiona no passado, presente ou futuro, enquanto o verbo principal vem no
particípio. Chamamos essa forma de voz PASSIVA ANALÍTICA.

É possível, porém mais raro, a utilização de outros verbos como


auxiliares.
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Exemplos:
 Os ladrões estavam cercados pela polícia.
Na voz passiva, o sujeito paciente sofre a ação (“os ladrões”) e quem
pratica a ação é o AGENTE DA PASSIVA, que no exemplo acima é “a polícia”

 O artista ficou surpreso com a reação do público.


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Na oração acima, o sujeito passivo é “o artista” e o agente da passiva é o


termo “a reação do público”.

A voz passiva pode apresentar-se também na forma SINTÉTICA, com


auxílio do pronome “SE”, que recebe o nome de pronome apassivador.

•Ex. Receberam-se os convidados com honrarias.


Fizeram-se muitos elogios ao seu livro.

Observe que a voz passiva sintética omite o agente da passiva.

OBSERVAÇÃO
Apenas os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos
(TD ou TDI) PODEM ser conjugados na voz passiva.

REFLEXIVA
Finalmente, temos casos em que o sujeito pratica e sofre a ação ao
mesmo tempo, é o que chamamos de voz REFLEXIVA.
Para formarmos a reflexiva, precisamos dos pronomes reflexivos me, te,
se, nos, vos, que terão o valor de a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo
(s), a nós mesmos, a vós mesmos.

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Quando o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo, chamamos de


voz REFLEXIVA.

•Ex. O menino cortou-se ao brincar com a tesoura.


Todos alimentaram-se bem.
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RECÍPROCA

Há um caso especial na voz reflexiva conhecido por RECÍPROCA,


porque denota reciprocidade na ação.
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•Ex. Os dois lutadores agrediram-se até o fim da luta.


Os noivos olharam-se com ternura.

Conversão das Vozes


Na conversão da voz ativa para a voz passiva, o sujeito da oração ativa
passará a ser o agente da passiva e o objeto direto passará a ser o sujeito
paciente, e vice-versa.

O tempo verbal da oração ativa deverá manter-se no verbo auxiliar


da voz passiva e vice-versa.

Exemplos:
Os alunos resolveram a prova. (voz ativa)
A prova foi resolvida pelos alunos. (voz passiva analítica)
Resolveu-se a prova. (passiva sintética)

Observe que:
1. O verbo RESOLVER é transitivo direto (resolver ALGO);
2. As formas verbais “resolveram”, “foi” e “resolveu”, todas estão no
pretérito perfeito do indicativo (mesmo tempo verbal);
3. O agente da passiva é omitido na forma passiva sintética.

O mestre ensina a lição aos alunos.


A lição é ensinada aos alunos pelo mestre.
Ensina-se a lição aos alunos.

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2) FCC / AJ / TRT 2 / Administrativa / 2014


Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
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Questão de gosto
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando
alguém apela para a tal da “questão de gosto”, é como se dissesse: “chega de
conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou
mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de
colégio.” Questão de gosto.
Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e
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argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da reflexão, afirmando


despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso,
e pronto, estamos conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta
engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se
discute.
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra,
a ausência vale a presença − tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem
valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão
ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa
análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga
as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das
fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas
contradições.
(Emiliano Barreira, inédito)
Na passagem da voz ativa para a passiva, NÃO houve a devida correspondência
quanto ao tempo verbal na seguinte construção:
a) A questão de gosto dispensaria as razões = As razões teriam sido dispensadas
pela questão de gosto.
b) O autoritarismo apagava as diferenças reais = As diferenças reais eram
apagadas pelo autoritarismo.
c) Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho = A servidão ao
capricho tem sido proclamada pelos acomodados.
d) Será que ele apreciará tais formas ditatoriais? = Será que tais fórmulas
ditatoriais serão apreciadas por ele?
e) Haveremos de enfrentar esse e outros desafios = Esse e outros desafios
haverão de ser enfrentados por nós.
Comentários:

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Alternativa A – Incorreta – O tempo do verbo auxiliar (voz passiva), deve ser


o mesmo do verbo da oração na voz ativa.
A forma verbal “dispensaria” está no futuro do pretérito indicativo, dessa
forma deveríamos ter na voz passiva: “seriam dispensadas”.
Alternativa B – Correta – As formas verbais “apagava” e “eram” estão ambas
no pretérito imperfeito do indicativo, portanto manteve-se a
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correspondência dos tempos verbais.


Alternativa C – Correta – “Têm proclamado” e “tem sido” estão ambos no
pretérito perfeito indicativo composto, portanto a correspondência
temporal foi mantida.
Alternativa D – Correta – “Apreciará” e “serão” encontram-se no mesmo tempo
verbal (futuro do presente indicativo).
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Alternativa E – Correta – Correspondência mantida entre “haveremos de


enfrentar” e “haverão de ser” (fut. do pres. + infinitivo).
Gabarito: A

Ufa...
Valeu pessoal, certamente esta é uma das aulas mais pesadas!
Nos exercícios, faremos uma análise técnica das questões para que
vocês fiquem com uma boa base do conhecimento para utilizarem na hora da
prova.
ACONSELHO que procurem UNIR estas informações com o
desenvolvimento do “OUVIDO”. Procurem PERCEBER o que está ERRADO ou
CERTO e DEPOIS analisem TECNICAMENTE.

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9 – Questões Comentadas

3) FCC/AJ/TRT 23/Administrativa/"Sem Especialidade"/2016


Atenção: Para responder à questão. considere o texto abaixo.
Quase meio século separa a estreia de Manoel de Barros na literatura − em
1937, com a publicação de "Poemas Concebidos sem Pecado" em tiragem
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

artesanal de 21 exemplares − da circulação mais ampla de sua obra, na segunda


metade dos anos 1980, graças ao voluntário trabalho de divulgação feito por
jornalistas, escritores e intelectuais que passaram a admirá-lo.
Entre eles, Millôr Fernandes e Antônio Houaiss, para quem Manoel de Barros era
comparável a São Francisco de Assis "na humildade diante das coisas".
Nascido em 1916, em Cuiabá, Manoel de Barros escreveu 18 livros de poesia,
além de obras infantis e relatos autobiográficos. Na juventude, apaixonou-se
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por Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire. Os poetas do cinema também o


encantaram, com destaque para Federico Fellini, Akira Kurosawa e Luis Buñuel.
Dizia-se um "vedor de cinema", mas sempre "numa tela grande, sala escura e
gente quieta do meu lado".
"Acho que um poeta usa a palavra para se inventar", disse em entrevista a um
jornal. "E inventa para encher sua ausência no mundo. (...) O poeta escreve por
alguma deformação na alma. Porque não seria certo ficar pregando moscas no
espaço para dar banho nelas. Ou mesmo: pregar contiguidades verbais e
substantivas para depois casá-las."
(Disponível em: www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/11/-1547550-manoel-
de-barros-foi-revelado-por-millor-ehouaissrelembre-rajetoria.shtml)

... para quem Manoel de Barros era comparável a São Francisco de Assis.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima está em:
a) Dizia-se um "vedor de cinema"...
b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no espaço...
c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire.
d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Barros na literatura ...
e) ... para depois casá-las...
Comentários:
Alternativa A – Correta – Na oração “Manoel de Barros era comparável a São
Francisco de Assis”, o verbo SER está flexionado no pretérito imperfeito do
indicativo, assim como na forma verbal “dizia”.

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Pretérito Imperfeito do Indicativo

eu dizia eu ia eu era
tu dizias tu ias tu eras
ele dizia ele ia ele era
nós dizíamos nós íamos nós éramos
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vós dizíeis vós íeis vós éreis


eles diziam eles iam eles eram

Alternativa B – Incorreta – A forma verbal “seria” está conjugada no futuro


do pretérito do indicativo.
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Futuro do Pretérito do Indicativo

eu andaria eu iria eu poderia


tu andarias tu irias tu poderias
ele andaria ele iria ele poderia
nós andaríamos nós iríamos nós poderíamos
vós andaríeis vós iríeis vós poderíamos
eles andariam eles iriam eles poderiam

Alternativa C – Incorreta – A forma verbal “apaixonou-se” está conjugada no


pretérito perfeito indicativo.

Pretérito Perfeito do Indicativo

eu andei eu fui eu pude


tu andaste tu foste tu pudeste
ele andou ele foi ele pôde
nós andamos nós fomos nós pudemos
vós andastes vós fostes vós pudestes
eles andaram eles foram eles puderam

Alternativa D – Incorreta – A forma verbal “separa” está conjugada no


presente do indicativo.
Utilizamos o presente do indicativo para indicar:

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Algo que acontece no momento presente ou com habitualidade.


Também podemos usá-lo para avivar um fato do passado (presente
histórico) ou para expressar um fato futuro próximo que acontecerá
com certeza.

•Exemplos:
•Eu estudo todos os dias da semana.
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•É quando Jesus anda sobre as águas.


•Chego amanhã às dez.

Presente do Indicativo

ANDAR IR PODER
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eu ando eu vou eu posso


tu andas tu vas tu podes
ele anda ele vai ele pode
nós andamos nós vamos nós podemos
vós andais vós ides vós podeis
eles andam eles vão eles podem

Alternativa E – Incorreta – Na expressão “casá-las” (casar + as), a forma


verbal CASAR está flexionada no infinitivo.
Gabarito: A

4) FCC/AJ/TRT 20/Administrativa/"Sem Especialidade"/2016


Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.
Em junho de 2013, o Presidente Robert Mugabe, do Zimbábue, afirmou durante
uma entrevista: “Nelson Mandela é santificado demais. Foi bom demais com os
brancos à custa dos negros em seu próprio país”. Alguns concordaram, outros
protestaram. Até certo ponto acredito que ele tenha levantado uma questão.
Suas atitudes podiam ser percebidas dessa maneira. Ainda assim, em uma
conversa com Richard Stengel, o próprio Madiba* havia dito, muito tempo
antes: “As pessoas sentirão que vejo demais o bem nas pessoas. Então, é uma
crítica que tenho de suportar e à qual tento me ajustar, pois, seja isso verdade
ou não, é algo que penso ser proveitoso. É uma coisa boa de assumir, agir com
base no fato de que... os outros são homens de integridade e honra... porque
você tende a atrair integridade e honra, se é dessa maneira que olha para
aqueles com quem trabalha”.
*um dos nomes pelos quais Nelson Mandela era chamado; refere-se a seu clã e
denota afeto e respeito.

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(Adaptado de: LA GRANGE, Zelda. Bom dia, Sr. Mandela. Trad. Felipe José
Lindoso. Ribeirão Preto: Novo Conceito, 2015, p. 9)

... o próprio Madiba havia dito, muito tempo antes...


A expressão destacada está corretamente substituída, preservando-se o tempo,
o modo e o aspecto verbais, por
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a) disse.
b) dissera.
c) dizia.
d) diria.
e) dissesse.
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Comentários:
A forma verbal “havia dito” encontra-se conjugada no pretérito mais-que-
perfeito do indicativo – composto, que pode ser formado com os verbos
auxiliares TER e HAVER.
Recapitulando esse modo verbal:

Indica, igualmente à forma simples, fato anterior a outro também no


passado.

•Ex. Antes de passar nesse concurso, já tinha sido reprovado algumas


vezes.

AUXILIAR (pretérito imperfeito do indicativo) + PRINCIPAL (particípio)

Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo - Composto

ANDAR IR
eu tinha andado eu tinha ido
tu tinhas andado tu tinhas ido
ele tinha andado ele tinha ido
nós tínhamos andado nós tínhamos ido
vós tínheis andado vós tínheis ido
eles tinham andado eles tinham ido

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O modo simples que pode substituir o pretérito mais-que-perfeito do indicativo


– composto é o pretérito mais-que-perfeito do indicativo na sua forma
simples, pois ambos indicam fatos anteriores a outros também no
passado.
Pretérito mais-que-perfeito - Indicativo
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Indica um fato anterior a outro também passado.

•Ex. O ladrão fugira antes que a polícia chegasse.

Pretérito Mais Que Perfeito do Indicativo

eu andara eu fora eu pudera


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tu andaras tu foras tu puderas


ele andara ele fora ele pudera
nós andáramos nós fôramos nós pudéramos
vós andáreis vós fôreis vós pudéreis
eles andaram eles foram eles puderam

Gabarito: B

5) FCC/Op TM/METRO SP/2016


Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Os Estados Unidos, como organização social e política, são comprometidos com
uma visão alegre da vida. Não poderia ser diferente. A noção de tragédia é um
luxo reservado a sociedades aristocráticas, nas quais a sorte do indivíduo não é
entendida como tendo uma importância política legítima, sendo determinada
por uma ordem moral ou destino imutável e supra político – ou seja, não
controverso.
Sociedades modernas e igualitárias, no entanto, sejam de posicionamento
político democrático ou autoritário, baseiam-se sempre na premissa de que
estão tornando a vida mais feliz; a função declarada do Estado moderno, pelo
menos originalmente, não seria apenas regulamentar as relações sociais, mas
também estabelecer a qualidade e as possibilidades da vida humana em geral.
A felicidade, portanto, torna-se questão política primordial – de alguma
maneira, a única questão –, e por esse motivo não pode se tornar um problema.
Se um norte-americano ou um russo é infeliz, isso implica certa reprovação da
sociedade a que ele pertence.
Portanto, devido a uma lógica cuja necessidade todos reconhecemos, vira uma
obrigação cidadã ser alegre; se as autoridades acreditam que é necessário, o

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cidadão pode até ser compelido a fazer demonstrações públicas, em ocasiões


especiais, de sua felicidade, assim como em tempos de guerra ele pode ser
constrangido a entrar para o exército.
(Adaptado de: WARSHOW, Robert. “O gângster como herói trágico”S, errote,
p. 109)
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Atribuindo-se caráter hipotético para todo o conteúdo da frase Se um norte-


americano ou um russo é infeliz, isso implica certa reprovação da sociedade a
que ele pertence (3º parágrafo), os verbos devem assumir as seguintes formas:
a) fosse − implicaria − pertencesse
b) seria − implicaria − pertenceria
c) fosse − implicara − pertencera
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d) seria − implicasse − pertencesse


e) fosse − implicasse − pertenceria
Comentários:
Se um norte-americano ou um russo ________ infeliz, isso _______ certa
reprovação da sociedade a que ele _________.
Forma verbal 1 – A partícula SE indica a existência de uma condição ou
hipótese, o que implica no uso da forma “fosse” (pretérito imperfeito do
subjuntivo).
O subjuntivo é o modo adequado para situações hipotéticas.
Forma verbal 2 – Para harmonizar com o pretérito imperfeito do subjuntivo
(hipótese) devemos utilizar o futuro do pretérito do indicativo – “implicaria”,
que indica algo que depende de alguma condição.
Forma verbal 3 – Novamente temos o pretérito imperfeito do subjuntivo –
“pertencesse”, dando prosseguimento ao desenvolvimento da situação
hipotética.
Gabarito: A

6) FCC/AJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Muito antes de nos ensinarem e de aprendermos as regras de bom
comportamento socialmente construídas e promovidas, e de sermos exortados
a seguir certos padrões e nos abster de seguir outros, já estamos numa situação
de escolha moral. Somos, por assim dizer, inevitavelmente − existencialmente
−, seres morais: somos confrontados com o desafio do outro, o desafio da
responsabilidade pelo outro, uma condição do ser-para.
Afirmar que a condição humana é moral antes de significar ou poder significar
qualquer outra coisa representa que, muito antes de alguma autoridade nos

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dizer o que é “bem” e “mal” (e por vezes o que não é uma coisa nem outra.),
deparamo-nos com a escolha entre “bem” e “mal”. E a enfrentamos desde o
primeiro momento do encontro com o outro. Isso, por sua vez, significa que,
quer escolhamos quer não, enfrentamos nossas situações como problemas
morais, e nossas opções de vida como dilemas morais.
Esse fato primordial de nosso ser no mundo, em primeiro lugar, como uma
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condição de escolha moral não promete uma vida alegre e despreocupada. Pelo
contrário, torna nossa condição bastante desagradável. Enfrentar a escolha
entre bem e mal significa encontrar-se em situação de ambivalência. Esta
poderia ser uma preocupação relativamente menor, estivesse a ambiguidade de
escolha limitada à preferência direta por bem ou mal, cada um definido de forma
clara e inequívoca; limitada em particular à escolha entre atuar baseado na
responsabilidade pelo outro ou desistir dessa ação – de novo com uma ideia
bastante clara do que envolve “atuar baseado na responsabilidade”.
Cópia registrada para Jefferson Fernandes (CPF: 332.370.208-50)

(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vida em fragmentos: sobre a ética pós-


moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 11-12)

Esta poderia ser uma preocupação relativamente menor, estivesse a


ambiguidade de escolha limitada à preferência direta por bem ou mal...
Ao reescrever-se o trecho acima com o verbo poder flexionado no futuro do
presente do indicativo, a forma verbal “estivesse” deverá ser substituída,
conforme a norma-padrão da língua, por
a) estar.
b) estará.
c) estiver.
d) está.
e) esteja.
Comentários:
Esta poderá (futuro do presente do indicativo) ser uma preocupação
relativamente menor, esteja (ou se estiver) a ambiguidade de escolha limitada
à preferência direta por bem ou mal...
A questão é bastante sutil, porque, aparentemente, temos duas respostas
válidas.
Enquanto a primeira oração indica uma possível futura consequência, a segunda
oração indica uma situação hipotética, por isso já sabemos que o verbo
deverá estar no subjuntivo.
No caso da frase acima, poderíamos ter o seguinte:
 subjuntivo no presente (esteja), levando a uma situação futura;

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 subjuntivo no futuro (estiver), levando a uma situação futura.


O que define a questão é o fato de que a forma verbal “estiver” exige a partícula
SE, enquanto ao usar a forma “esteja” o SE é dispensável, permanecendo a
frase correta.
Gabarito: E
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7) FCC/AJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava contar
nada para ninguém. Na civilização contemporânea, on-line, conectada o tempo
todo, se não for registrado e postado, não aconteceu. Comeu, jantou, bebeu?
Então, prove. Não está na rede? Então, não vale.
Não estou aqui desfiando lamúrias de dinossauro tecnológico. Pelo contrário:
Cópia registrada para Jefferson Fernandes (CPF: 332.370.208-50)

interajo com muita gente e público ativamente fotos de minhas fornadas. A vida,
hoje, é digital. Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de
pertencer à esfera privada. Sendo tudo tão novo nessa área, ainda
engatinhamos a respeito de uma etiqueta que equilibre a convivência entre
câmeras, pratos, extroversão, intimidade.
Em meados da década passada, quando a cozinha espanhola de vanguarda
ainda povoava os debates e as fantasias de muitos gourmets, fotografar pratos
envolvia um dilema: devorar ou clicar? A criação saía da cozinha, muitas vezes
verticalizada, comumente finalizada com esferas delicadas, espumas fugazes...
O que fazer, capturá-la em seu melhor instante cenográfico, considerando luzes
e sombras, e comê-la depois, já desfigurada, derretida, escorrida? Ou prová-la
imediatamente, abrindo mão da imagem? Nunca tive dúvidas desse tipo (o que
talvez faça de mim um bom comensal, mas um mau divulgador).
Fotos e quitutes tornaram-se indissociáveis, e acho que já estamos nos
acostumando. Mas será que precisa acontecer durante todo o repasto? Não dá
para fazer só na chegada do prato e depois comer sossegado, à maneira
analógica? Provavelmente não: há o tratamento da imagem, a publicação, os
comentários, as discussões, a contabilidade das curtidas. Reconheço que, talvez
antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver casais e famílias à mesa, nos
salões, cada qual com seu smartphone, sem diálogos presenciais ou interações
reais. A pizza esfria e perde o viço; mas a foto chega tinindo aos amigos de
rede.
(Adaptado de: CAMARGO, Luiz Américo. Comeu e não postou? Então, não
valeu. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/
2017/01/09/opinion/1483977251_216185.html)

A construção que pode ser reescrita com o verbo na voz passiva é:


a) ... a foto chega tinindo aos amigos...

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b) A criação saía da cozinha...


c) ... interajo com muita gente...
d) ... público ativamente fotos de minhas fornadas...
e) Não está na rede?
Comentários:
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Alternativa A – Incorreta – Para formarmos a voz passiva, precisamos de um


verbo transitivo direto ou mesmo transitivo direto e indireto.
Na frase acima, o verbo CHEGAR é intransitivo, não permitindo a voz passiva.
Alternativa B – Incorreta – O verbo SAIR é transitivo indireto, não permitindo
a voz passiva.
Quem sai, sai DE algum lugar.
Cópia registrada para Jefferson Fernandes (CPF: 332.370.208-50)

Alternativa C – Incorreta – O verbo INTERAGIR é transitivo indireto, não


permitindo a voz passiva.
Quem interage, interage COM alguém/algo.
Alternativa D – Correta – Quem publica, publica ALGO. Note que não há
preposição entre o objeto e o verbo, por isso dizemos que o verbo é transitivo
direto.
Formando a voz passiva:
(Eu – sujeito oculto) Publico (verbo – voz ativa) fotos de minhas fornadas
(objeto direto).
Fotos de minhas fornadas (sujeito passivo) são publicadas (verbo – voz
passiva) por mim (agente da passiva).
Alternativa E – Incorreta – Na frase acima, o verbo ESTAR é intransitivo, não
permitindo a voz passiva.
Gabarito: D

8) FCC/TJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Aspectos Culturais de Mato Grosso do Sul
A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
culturais desenvolvidas pela população sul-mato-grossense muito influenciada
pela cultura paraguaia. Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de
várias outras contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território.
O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato
Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado. É produzido com matérias primas da própria região e
manifesta a criatividade e a identidade do povo sul-mato-grossense por meio
de trabalhos em madeira, cerâmica, fibras, osso, chifre, sementes, etc.

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As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações


indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora,
podem retratar tipos humanos e costumes da região.
(Adaptado de: CANTU, Gilberto. Disponível em:
http://profgilbertocantu.blogspot.com.br/2013/08/aspectos-culturais-de-
mato-grosso-dosul. html)
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Está na voz passiva o verbo do seguinte fragmento do texto:


a) É produzido com matérias primas da própria região.
b) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras
contribuições das muitas migrações.
c) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
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culturais.
d) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato
Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado.
e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas.
Comentários:
Alternativa A – Correta – “É produzido” – voz passiva (sofre a ação)
Na voz passiva há sempre um verbo auxiliar (SER) que se flexiona no
passado, presente ou futuro, enquanto o verbo principal vem no particípio.
Chamamos essa forma de voz PASSIVA ANALÍTICA.
Alternativa B – Incorreta – “Essa cultura estadual (sujeito ativo – pratica a ação)
retrata (verbo – voz ativa) uma mistura de várias outras contribuições das
muitas migrações.”
Alternativa C – Incorreta – A forma verbal “é” encontra-se na voz ativa.
Alternativa D – Incorreta – A forma verbal “evidencia” encontra-se na voz
ativa.
Alternativa E – Incorreta – A forma verbal “trazem” encontra-se na voz ativa.
Gabarito: A

9) FCC/TJ/TRE-SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como
poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o
nome de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor

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admirado. A ideia foi excelente porque um compositor inventa antes de mais


nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a
realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes
europeias. Adoniran Barbosa é um paulista de cerne que exprime a sua terra
com a força da imaginação alimentada pelas heranças de fora.
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não
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concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e


produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do
samba e da canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de
português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.
São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que
nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha
cidadezinha provinciana, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo
lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda
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parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes,
o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar,
porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o
quarto do poeta, também "intacta, boiando no ar".
A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e
paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre
discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, no
Brás genérico, no recente Metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato
não exista, porque quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos
carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua cidade
e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do
trenzinho perdido da Cantareira.
(Adaptado de Antonio Candido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas
Cidades, Ed.34, 2002, p.211213)
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português.
No segmento grifado acima, Antonio Candido usou determinada forma verbal
que poderia ser substituída, sem prejuízo para correção e a lógica, por:
a) li.
b) lia.
c) lera.
d) leria.
e) leio.
Comentários:
Alternativa A – Correta – O pretérito perfeito do indicativo composto indica
uma ação habitual ou iniciada no passado e que chega ao presente.

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Ex. Tenho falado muito desse assunto em minhas aulas.


Observe que, enquanto o pretérito perfeito do indicativo simples indica uma
ação concluída, a sua forma composta indica ação habitual presente ou
iniciada no passado e que chega até o presente.
Mesmo as duas formas não sendo exatamente equivalentes, pois uma indica
uma ação habitual, enquanto a outra, uma ação pontual, essa é a única
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substituição possível dentre as alternativas.


Alternativa B – Incorreta – O pretérito imperfeito do indicativo expressa uma
ação habitual no passado.
Alternativa C – Incorreta – O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação
ocorrida antes de outra também no passado.
Alternativa D – Incorreta – O futuro do pretérito do indicativo indica uma
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hipótese futura.
Alternativa E – Incorreta – O uso do presente do indicativo leva desarmonia à
correlação verbal.
Gabarito: A

10) FCC/AFCE/TCE-PI/Comum/2014
Instrução: Para responder à questão, considere o texto a seguir.
A cognoscibilidade do planeta
O período histórico atual vai permitir o que nenhum outro período ofereceu ao
homem, isto é, a possibilidade de conhecer o planeta extensiva e
aprofundadamente. Isto nunca existiu antes, e deve-se, exatamente, aos
progressos da ciência e da técnica (melhor ainda, aos progressos da técnica
devidos aos progressos da ciência).
Esse período técnico-científico da história permite ao homem não apenas utilizar
o que encontra na natureza: novos materiais são criados nos laboratórios como
um produto da inteligência do homem, e precedem a produção dos objetos. Até
a nossa geração, utilizávamos os materiais que estavam à nossa disposição.
Mas a partir de agora podemos conceber os objetos que desejamos utilizar e
então produzimos a matéria-prima indispensável à sua fabricação. Sem isso não
teria sido possível fazer os satélites que fotografam o planeta a intervalos
regulares, permitindo uma visão mais completa e detalhada da Terra. Por meio
dos satélites, passamos a conhecer todos os lugares e a observar outros astros.
O funcionamento do sistema solar torna-se mais perceptível, enquanto a Terra
é vista em detalhe; pelo fato de que os satélites repetem suas órbitas, podemos
captar momentos sucessivos, isto é, não mais apenas retratos momentâneos e
fotografias isoladas do planeta. Isso não quer dizer que tenhamos, assim, os
processos históricos que movem o mundo, mas ficamos mais perto de identificar
momentos dessa evolução. Os objetos retratados nos dão geometrias, não

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propriamente geografias, porque nos chegam como objetos em si, sem a


sociedade vivendo dentro deles. O sentido que têm as coisas, isto é, seu
verdadeiro valor, é o fundamento da correta interpretação de tudo o que existe.
Sem isso, corremos o risco de não ultrapassar uma interpretação coisicista de
algo que é muito mais que uma simples coisa, como os objetos da história. Estes
estão sempre mudando de significado, com o movimento das sociedades e por
intermédio das ações humanas sempre renovadas.
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(SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: Do pensamento único à


consciência universal. 6. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, 2001,
p. 31)
Considerado o contexto, é correto afirmar:
a) A forma verbal utilizávamos descreve ação pontual, iniciada e concluída em
uma extensão do passado explicitamente indicada no texto.
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b) A forma produzimos deve, em um registro linguístico mais cuidado, ser


substituída por “produzirmos”, que melhor denota o caráter hipotético do
período sintático em que se insere.
c) Em ...não teria sido possível fazer os satélites..., o segmento destacado faz
menção a evento efetivamente realizado.
d) Em outra redação igualmente correta, a forma permitindo pode ser
substituída por “que permite”.
e) No que concerne à correlação entre tempos e modos verbais, na norma-
padrão escrita, o emprego de tenhamos é incompatível com o de ficamos.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O pretérito imperfeito do indicativo expressa uma
ação habitual no passado.
Alternativa B – Incorreta – A frase do texto não tem caráter hipotético, mas de
fato concreto no tempo presente.
Alternativa C – Correta – De fato, os satélites foram feitos e fotografam o
planeta.
“Sem isso não teria sido possível fazer os satélites que fotografam o planeta”
Alternativa D – Incorreta – A forma verbal correta seria “que permitem”, a fim
de que o verbo concorde com o sujeito “os satélites”. Além disso, o gerúndio
utilizado na frase dá uma ideia de continuidade que é quebrada pela forma
“que permitem”, alterando o sentido da frase.
Alternativa E – Incorreta – A correlação verbal não quer dizer que os verbos
devam estar no mesmo tempo e modo, porém que eles devem estar
semanticamente harmonizados.
Não é produtivo que decoremos fórmulas e “pares” que se correlacionam
corretamente, pois tudo isso é muito frágil e pode ir abaixo facilmente.

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Recomendo que analisemos a semântica (sentido) do período e


verifiquemos a sua coerência.
“Isso não quer dizer que tenhamos, assim, os processos históricos que movem
o mundo, mas ficamos mais perto de identificar momentos dessa evolução.”
Gabarito: C
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11) FCC/AFTM-SP/Pref SP/Gestão Tributária/2012


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
"Ocorreu em nossos países uma nova forma de colonialismo, com a imposição
de uma cultura alheia à própria da região. Cumpre avaliar criticamente os
elementos culturais alheios que se pretendam impor do exterior. O
desenvolvimento corresponde a uma matriz endógena, gerada em nossas
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próprias sociedades, e que portanto não é possível importar. Precisamos levar


sempre em conta os traços culturais que nos caracterizam, que hão de alimentar
a busca de soluções endógenas, que nem sempre têm por que coincidir com as
do mundo altamente industrializado."
O que há de extraordinário nessa citação? Nada, exceto a data. Ela não foi
redigida no princípio do século XIX e sim no dia 29 de maio de 1993, exatamente
um mês antes da redação deste artigo. Trata-se de um documento aprovado
por vários intelectuais ibero-americanos, na Guatemala, como parte da
preparação da III Conferência de Cúpula da região, a realizar-se em Salvador,
na Bahia. Conhecemos bem essa linguagem no Brasil. É o discurso do
nacionalismo cultural, que começou a ser balbuciado com os primeiros
escritores nativistas, e desde a independência não cessou, passando por vários
avatares, com tons e modulações diversas. Ao que parece, nada envelheceu
nessas palavras. Quase todos os brasileiros se orgulhariam de repeti-las, como
se elas fossem novas e matinais, como se fôssemos contemporâneos do grito
do Ipiranga. Nesses 171 anos, o Brasil passou do Primeiro para o Segundo
Reinado, da Monarquia para a República Velha, desta para o Estado Novo, deste
para a democracia, desta para a ditadura militar, e desta para uma nova fase
de democratização. Passamos do regime servil para o trabalho livre ou quase.
De país essencialmente agrário transitamos para a condição de país industrial,
e sob alguns aspectos nos aproximamos da pós-modernidade.
Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural. Continuamos repetindo,
ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino-americana) deve desfazer-se dos
modelos importados e voltar-se para sua própria tradição cultural.
1 - Relato general de la "Cumbre Del pensamiento", Antígua-Guatemala, pp. 88
e ss.
(Adaptado de Sergio Paulo Rouanet. "Elogio do incesto". In: Mal-estar na
modernidade: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 346347)
O texto legitima o seguinte comentário:

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a) Em hão de alimentar, a forma verbal exprime, além da ideia de futuro, a de


que o evento é desejado.
b) Em Continuamos repetindo, a ideia de ação em processo é decorrência
exclusiva da forma Continuamos.
c) A forma verbal foi redigida exprime fato passado considerado contínuo.
d) A forma a realizar-se em Salvador exprime fato futuro em relação à data de
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redação do documento, mas passado em relação à data do artigo.


e) Em se orgulhariam de repeti-las, tem-se a expressão de um fato possível,
mas considerado de pouca probabilidade.
Comentários:
Alternativa A – Correta – Eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles
hão. O verbo HAVER no futuro do indicativo pode significar um desejo.
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Ex. Eu hei de vencer!


Alternativa B – Incorreta – A forma “continuamos” obviamente que denota uma
continuidade, no entanto, é característica do gerúndio (“repetindo”) indicar
uma ação em processo.
Alternativa C – Incorreta – A forma verbal foi redigida exprime fato passado
considerado pontual.
Ex. A carta foi redigida na tarde de 10 de maio de 2011.
Alternativa D – Incorreta - A forma “a realizar-se em Salvador” exprime fato
futuro em relação à data do artigo.
Alternativa E – Incorreta – Em “se orgulhariam de repeti-las”, tem-se a
expressão de um fato possível, mas que depende de alguma condição para
que aconteça.
Gabarito: A

12) FCC/TJ/TRE-SP/Apoio Especializado/Programação de


Sistemas/2012
Atenção: A questão baseia-se no texto abaixo.
Pela primeira vez, um estudo pretende demonstrar como as plantações de citros
favorecem, ou não, a fauna de uma região. Pesquisa da Universidade Federal
de São Carlos (Ufscar), campus de Sorocaba, mostra que pelo menos 50% das
aves mais comuns na região vivem e se reproduzem em fragmentos de mata
naturais, e não em áreas agrícolas e pomares. De acordo com o estudo, a
possível redução das reservas previstas na proposta do novo Código Florestal
pode levar ao desaparecimento de diversas espécies.
O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul,
próxima a Sorocaba. A área é tomada por plantações de tangerinas, além de

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pastos e campos de produção de grãos. O objetivo da pesquisa era verificar se


as espécies avaliadas poderiam usar as plantações de tangerina, que são
culturas permanentes, como acréscimo ao seu hábitat natural − ou até
substituí-lo.
Segundo o estudo, das 122 espécies da amostra, 60 foram detectadas nas
plantações e nos fragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as
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demais somente nesses fragmentos, ou seja, 62 espécies não ocorrem nos


pomares. "A mata nativa quase não existe mais e, por causa disso, muitas
espécies desapareceram ou estão ameaçadas", lamenta o pesquisador Marcelo
Gonçalves Campolin.
A pesquisa também chama a atenção para o novo Código Florestal, que prevê
a redução de algumas áreas − hoje legalmente protegidas, como matas ciliares
e topos de morros −, para serem utilizadas para a agropecuária. "Ficamos
receosos de que as mudanças nas áreas protegidas possam ser terríveis para
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as aves e para outros animais, que vão perder ambientes naturais. E aquelas
que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou até
mesmo a desaparecer", prevê o professor.
(José Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011,
com adaptações)
... se as espécies avaliadas poderiam usar as plantações de tangerina ... (2º
parágrafo)
O emprego da forma verbal grifada acima indica, no contexto,
a) certeza.
b) situação passada.
c) hipótese.
d) fato habitual.
e) ação presente.
Comentários:
O futuro do pretérito indica algo no futuro que depende de alguma
condição, uma hipótese futura ou mesmo um futuro em relação a algo
que já se passou.
Ex. Se não fosse servidor público, seria professor.
Ele me falou que eu seria escolhido.

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Futuro do Pretérito do Indicativo

eu andaria eu iria eu poderia


tu andarias tu irias tu poderias
ele andaria ele iria ele poderia
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nós andaríamos nós iríamos nós poderíamos


vós andaríeis vós iríeis vós poderíamos
eles andariam eles iríamos eles poderiam

No caso acima, temos a forma verbal “poderiam” indica uma hipótese futura.
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Gabarito: C

13) FCC/TJ/TRE-SP/Apoio Especializado/Programação de


Sistemas/2012
Instruções para responder à questão.
Para a questão, assinale a alternativa que preenche corretamente, na ordem,
as lacunas da frase apresentada.
O cientista ......, com base em dados que lhe haviam sido ...... , que a pesquisa
...... resultados importantes para a fauna da região.
a) previu - entregues - traria
b) previu - entregados - trazeria
c) preveu – entregues - trazeria
d) preveu - entregados - traria
e) previu – entregues – trazeria
Comentários:
Item I – O verbo PREVER segue o paradigma de conjugação do verbo VER,
portanto sua forma correta é “previu” (pretérito perfeito do indicativo).
Item II – “Entregado” = particípio regular; “Entregue” = particípio irregular
No caso do verbo ENTREGAR, que possui as duas formas de particípio,
utilizamos a forma regular principalmente na voz ATIVA com os verbos
auxiliares TER e HAVER. Já a forma irregular, “entregue”, é mais utilizada na
voz PASSIVA, acompanhada dos verbos SER ou ESTAR (sido entregue).
Item III – A forma correta de conjugar o verbo TRAZER no futuro do pretérito
do indicativo, é “traria”.
Gabarito: A

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14) FCC/Ass Leg/AL-PB/2013


Atenção: Considere o texto a seguir para responder à questão.
A obesidade é a maior das ameaças à saúde do século 21. O processo
inflamatório crônico, os hormônios e os mediadores químicos produzidos e
liberados pelo tecido adiposo, acumulado em excesso, aumentam o risco de
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doenças cardiovasculares, metabólicas, pulmonares e de diversos tipos de


câncer.
No Brasil, metade da população adulta está acima da faixa de peso saudável.
Nos Estados Unidos, esse número ultrapassa 70%: 30% estão com excesso de
peso, 30% são obesos e 10% sofrem de obesidade grave. A continuarmos no
mesmo ritmo, é provável que nos próximos dez ou vinte anos estejamos na
situação deles.
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A característica mais assustadora dessa epidemia é o número crescente de


crianças e adolescentes obesos, consequência do acesso ilimitado a alimentos
de alta densidade energética e da vida em frente da TV e dos computadores.
O impacto dessa nova realidade será tão abrangente, que a próxima geração
provavelmente terá vida mais curta do que a atual, previsão demográfica que
os avanços da medicina não conseguirão reverter. Os custos da assistência
médica aos portadores das doenças crônicas associadas à obesidade arruinarão
as finanças dos sistemas de saúde de países como o nosso.
O consumo de refrigerantes e sucos açucarados é uma das maiores fontes de
calorias ingeridas por crianças e adolescentes. Um levantamento mostrou que
os adolescentes americanos consomem em média 357 calorias diárias dessa
fonte. É possível que os nossos não fiquem para trás.
Ao contrário dos carboidratos complexos contidos nos alimentos ricos em fibras,
como as frutas e as verduras, as bebidas açucaradas são pobres em nutrientes
e estão ligadas a maus hábitos alimentares, como o consumo de doces, biscoitos
e salgadinhos empacotados.
As recomendações do Ministério da Saúde para que crianças e adultos evitem
refrigerantes e sucos açucarados e, principalmente, aumentem os níveis de
atividade física, devem ser levadas a sério.
(Adaptado: Drauzio Varella. Refrigerantes açucarados. Disponível em:
http://folha.com/no1201415, 15/12/2012)
O Ministério da Saúde ...... que crianças e adultos evitem refrigerantes e sucos
açucarados e ...... alguma atividade física.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) recomendara - exerceram
b) recomenda - exerçam

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c) recomenda - exercendo
d) recomendava - exerce
e) recomende - exerça
Comentários:
Item I – A única forma verbal que preenche a lacuna em harmonia com a forma
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verbal “evitem” (futuro do subjuntivo) é “recomenda” (presente do indicativo).


Item II – O verbo EXERCER deverá ser conjugado de forma similar ao verbo
EVITAR, pois há uma relação de paralelismo entre os dois verbos. Veja:
O que o Ministério da Saúde recomenda??
1 - que crianças e adultos evitem refrigerantes e sucos açucarados;
2 - que crianças e adultos exerçam alguma atividade física.
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O Ministério da Saúde recomenda que crianças e adultos evitem refrigerantes


e sucos açucarados e exerçam alguma atividade física.
Gabarito: B

15) FCC/ACE/TCM-GO/Controle Externo/2015


Em qualquer época, ...... que se ...... ao grande público o melhor que os
artistas ...... .
Haverá plena correlação entre tempos e modos verbais na frase acima
preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com
a) será preciso – oferecesse - produziriam
b) é preciso - oferecesse - produzissem
c) seria preciso – ofereça – têm produzido
d) é preciso - ofereça - produzam
e) era preciso – oferecia – produzem
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Caso iniciemos com a forma “será preciso, devemos
preencher as lacunas da seguinte maneira:
Em qualquer época, será preciso que se ofereça ao grande público o melhor
que os artistas produzem/produzam.
Alternativa B – Incorreta – A correlação esperada seria a seguinte:
Em qualquer época, é preciso que se ofereça ao grande público o melhor que
os artistas produzem/produzam.
Alternativa C – Incorreta - Em qualquer época, seria preciso que se
oferecesse ao grande público o melhor que os artistas produzissem.

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Alternativa D – Correta
Alternativa E – Incorreta – Em qualquer época, era preciso que se oferecesse
ao grande público o melhor que os artistas produzissem.
Gabarito: D
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16) FCC/ACE/TCE-AP/Controle Externo/Contabilidade/2012


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Na mídia em geral, nos discursos políticos, em mensagens publicitárias, na fala
de diferentes atores sociais, enfim, nos diversos contextos em que a
comunicação se faz presente, deparamo-nos repetidas vezes com a palavra
cidadania. Esse largo uso, porém, não torna seu significado evidente. Ao
contrário, o fato de admitir vários empregos deprecia seu valor conceitual, isto
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é, sua capacidade de nos fazer compreender certa ordem de eventos. Assim,


pode-se dizer que, contemporaneamente, a palavra cidadania atende bastante
bem a um dos usos possíveis da linguagem, a comunicação, mas caminha em
sentido inverso quando se trata da cognição, do uso cognitivo da linguagem.
Por que, então, a palavra cidadania é constantemente evocada, se o seu
significado é tão pouco esclarecido?
Uma resposta possível a essa indagação começaria por reconhecer que há
considerável avanço da agenda igualitária no mundo e, decorrente disso, a
valorização sem precedentes da ideia de direitos. De fato, tornou-se impossível
conceber formas contemporâneas de interação entre indivíduos ou grupos sem
que a referência a direitos esteja pressuposta ou mesmo vocalizada. Direitos,
por isso, sustentam uma espécie de argumentação pública permanente, a partir
da qual os atores sociais agenciam suas identidades e tentam ampliar o escopo
da política de modo a abarcar suas questões. Tais atores constroem-se,
portanto, em público, pressionando o sistema político a reconhecer direitos que
julgam possuir e a incorporá-los à agenda governamental.
(Maria Alice Rezende de Carvalho. "Cidadania e direitos". In: Agenda
brasileira: temas de uma sociedade em mudança. André Botelho e Lilia Moritz
Schwarcz (orgs.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 104)
Direitos, por isso, sustentam uma espécie de argumentação pública permanente
[...]
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal obtida é:
a) sustentam-se.
b) é sustentada.
c) foi sustentada.
d) sustentara-se.
e) haviam sido sustentadas.

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Comentários:
Direitos (sujeito), por isso, sustentam (VTD) uma espécie de argumentação
pública permanente (OD).
O objeto direto – OD será o sujeito passivo e o sujeito será o agente da passiva.
O tempo verbal será mantido no verbo auxiliar da voz passiva.
Por isso, uma espécie de argumentação pública permanente (sujeito passivo) é
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sustentada (loc. verbal) por direitos (agente da passiva).


Na voz passiva sintética, teríamos:
Por isso, uma espécie de argumentação pública permanente sustenta-se por
direitos.
Gabarito: B
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17) FCC/Cons Leg/Cam Mun-SP)/Biblioteconomia/2014


A seguinte frase NÃO admite transposição para a voz passiva:
a) Ele alcançou sucesso exclusivamente por sua competência.
b) O poeta Ferreira Gullar acabou de contar um caso exemplar para a nossa
tese sobre a fama vazia.
c) A mídia cria inúmeros deuses, todos incapazes de qualquer grandeza efetiva.
d) Muitas revistas sobrevivem graças ao culto irrefreável das celebridades.
e) A celebração pela mídia atrai tanto as pessoas ingênuas como as mais
maliciosas.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O verbo ALCANÇAR é transitivo direto, por isso
admite a voz passiva. O sucesso é alcançado...
Alternativa B – Incorreta – O verbo CONTAR é transitivo direto, por isso
admite a voz passiva. Um caso acabou de ser contado pelo poeta...
Alternativa C – Incorreta – O verbo CRIAR é transitivo direto, por isso admite
a voz passiva. Inúmeros deuses são criados pela mídia...
Alternativa D – Correta – O verbo SOBREVIVER é intransitivo por isso não
permite a voz passiva.
Alternativa E – Incorreta - O verbo ATRAIR é transitivo direto, por isso admite
a voz passiva. Tanto as pessoas ingênuas como as mais maliciosas são atraídas
pela celebração pela mídia.
Gabarito: D

18) FCC/AFR/SEFAZ SP/2006

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Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não


é indiferente. O momento que elegemos como originário depende certamente
da idéia de nós mesmos que preferimos, hoje, contemplar. E vice-versa: a visão
de nosso presente decide das origens que confessamos (ou até inventamos).
Assim acontece com as histórias de nossas vidas que contamos para os amigos
e para o espelho: os inícios estão sempre em função da imagem de nós mesmos
de que gostamos e que queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jeito
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para os tempos que consideramos "nossos", ou seja, para a modernidade.


Bem antes que tentassem me convencer de que a data de nascimento da
modernidade era um espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que
a modernidade começou em outubro de 1492. Nos livros da escola, o primeiro
capítulo dos tempos modernos eram e são as grandes explorações. Entre elas,
a viagem de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara adentro
ou intermináveis caravanas por montes e desertos até a China de nada valiam
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comparadas com a aventura do genovês. Precisa ler "Mediterrâneo" de Fernand


Braudel para conceber o alcance simbólico do pulo além de Gibraltar, não
costeando, mas reto para frente. Precisa, em outras palavras, evocar o mar
Mediterrâneo − este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie
de útero vital compartilhado − para entender por que a viagem de Colombo
acabou e continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono
da casa materna e paterna.
(Contardo Calligaris, "A Psicanálise e o sujeito colonial". IN: Psicanálise e
colonização: leituras do sintoma social no Brasil. Porto Alegre: Artes e Ofícios,
1999, p.1112.)
A frase que respeita o padrão culto no que se refere à flexão é:
a) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas teóricos, o professor
visitante diz que medeia as sessões.
b) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que defendem opiniões
divergentes, como as que interviram no último debate público.
c) Ele era o mais importante testemunha do acalorado embate entre opiniões
contrárias, de que adviram os textos de difusão que produziu.
d) Em troca-trocas acalorados de idéias, poucos se atêem às questões mais
relevantes da temática.
e) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a credibilidade comprometida
nos últimos revés, certamente apresentará com mais tranqüilidade sua
contribuição.
Comentários:
Alternativa A – correta – ATENÇÃO!!! Olha aí que pegadinha!!!
A primeira vista a forma “proporem” parece mesmo errada, porém olhando mais
atentamente verificamos que aqui não se trata de futuro do subjuntivo, mas de
infinitivo flexionado (o termo “eles” fica oculto e permite a flexão da forma

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infinitiva). Imagine que exista o termo “alguém” como sujeito (No caso de
alguém propor um diálogo...) ficou mais fácil
Veja que para usarmos a conjugação do verbo PROPOR no futuro do subjuntivo
é prupuserem, deveríamos adaptar a oração (Caso propuserem um diálogo...).
Além disso, o verbo DIZER deveria ser conjugado no pretérito perfeito (disse),
pois refere-se a um fato ocorrido no passado e já concluído (ele disse que
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medeia as negociações caso...).


Alternativa B – incorreta – O problema desta alternativa é conhecer a
conjugação do verbo INTERVIR, que segue o mesmo modelo ou paradigma do
verbo VIR. Portanto a forma correta seria “intervieram”.
Alternativa C – incorreta – O verbo ADVIR também segue o mesmo paradigma
do verbo VIR, sendo portanto, correta, a forma advieram. Também há erro no
emprego do artigo “o” antes do nome testemunha, que é corretamente
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acompanhado pelo artigo “a” (a testemunha - pode ser homem ou mulher).


Alternativa D – incorreta – O verbo ATER segue o paradigma do verbo TER,
sendo correta a forma “atêm” (semelhante à 3a pessoa do plural do verbo ter -
têm).
Alternativa E – incorreta – A forma correta da conjugação do verbo REAVER é
“reouver”. O verbo REAVER segue o paradigma do verbo HAVER. O substantivo
“revés” deveria estar no plural.
Gabarito: A

19) FCC/AFR/SEFAZ SP/Gestão Tributária/2009


A arrogância da interpretação a posteriori
A história não se repete, mas rima.
Mark Twain
A história repete-se; essa é uma das coisas erradas da história.
Clarence Darrow
A história tem sido definida como uma coisa depois da outra. Essa ideia pode
ser considerada um alerta contra duas tentações, mas eu, devidamente
alertado, flertarei cautelosamente com ambas. Primeiro, o historiador é tentado
a vasculhar o passado à procura de padrões que se repetem; ou, pelo menos,
como diria Mark Twain, ele tende a buscar razão e rima em tudo. Esse apetite
por padrões afronta quem acha que a história não vai a lugar nenhum e não
segue regras - "a história costuma ser um negócio aleatório, confuso", como
também disse o próprio Mark Twain. A segunda tentação do historiador é a
soberba do presente: achar que o passado teve por objetivo o tempo atual,
como se os personagens do enredo da história não tivessem nada melhor a fazer
da vida do que prenunciar-nos.

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Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimas na
história humana, e surgem mais fortes e polêmicas na escala temporal mais
longa da evolução. A história evolutiva pode ser representada como uma espécie
depois da outra. Mas muitos biólogos hão de concordar comigo que se trata de
uma ideia tacanha. Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a
maior parte do que é importante. A evolução rima, padrões se repetem. E não
simplesmente por acaso. Isso ocorre por razões bem compreendidas, sobretudo
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razões darwinianas, pois a biologia, ao contrário da evolução humana ou mesmo


da física, já tem a sua grande teoria unificada, aceita por todos os profissionais
bem informados no ramo, embora em várias versões e interpretações. Ao
escrever a história evolutiva, não me esquivo a buscar padrões e princípios, mas
procuro fazê-lo com cautela.
E quanto à segunda tentação, a presunção da interpretação a posteriori, a ideia
de que o passado atua para produzir nosso presente específico? O falecido
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Stephen Jay Gould salientou, com acerto, que um ícone dominante da evolução
na mitologia popular, uma caricatura quase tão ubíqua quanto a de lemingues
atirando-se ao penhasco (aliás, outro mito falso), é a de uma fila de ancestrais
simiescos a andar desajeitadamente, ascendendo na esteira da majestosa figura
que os encabeça num andar ereto e vigoroso: o Homo sapiens sapiens o homem
como a última palavra da evolução (e nesse contexto é sempre um homem, e
não uma mulher), o homem como o alvo de todo o empreendimento, o homem
como um magneto, atraindo a evolução do passado em direção à proeminência.
Obs. lemingues: designação comum a diversos pequenos roedores.
(Richard Dawkins, com a colaboração de Yan Wong, A grande história da
evolução: Na trilha dos nossos ancestrais. Trad. Laura Teixeira Motta. São
Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 1718)
Mas muitos biólogos hão de concordar ...
Diferentemente do que se tem acima, a frase que, consoante o padrão culto
escrito, exige o emprego do verbo "haver" no singular é:
a) Muitas teorias já ...... sido submetidas à sua análise quando ele expressou
essa convicção.
b) Talvez ...... algumas versões da teoria citada, mas certamente poucos as
conhecem.
c) Quantos biólogos ...... pesquisado o assunto e talvez não tenham a mesma
opinião.
d) Alguns mitos falsos ...... merecido representação artisticamente
irrepreensível.
e) Nós ...... de corresponder às expectativas depositadas em nossa equipe.
Comentários:

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Mais uma questão do ICMS São Paulo sobre verbos, dessa vez bem mais
tranquila.
Alternativa A – incorreta – O verbo HAVER faz papel de verbo auxiliar e pode
ser substituído pelo verbo TER, portanto flexiona-se normalmente concordando
com o sujeito.
Alternativa B – correta – O verbo HAVER no sentido de existir é impessoal, por
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isso conjuga-se apenas na 3a pessoa do singular.


Alternativa C – incorreta – O verbo HAVER faz papel de verbo auxiliar e pode
ser substituído pelo verbo TER, portanto flexiona-se normalmente concordando
com o sujeito.
Alternativa D – incorreta – O verbo HAVER faz papel de verbo auxiliar e pode
ser substituído pelo verbo TER, portanto flexiona-se normalmente concordando
com o sujeito.
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Alternativa E – incorreta – O verbo HAVER faz papel de verbo auxiliar e pode


ser substituído pelo verbo TER, portanto flexiona-se normalmente concordando
com o sujeito.
Gabarito: B

20) FCC/AFR/SEFAZ SP/Gestão Tributária/2009


[14 de fevereiro]
Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando(a) gazetas a um homem
que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando
vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada:
− Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
− Quem?
− Me esqueceu o nome dele.
Leitor obtuso, se não percebeste que "esse homem que briga lá fora" é nada
menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso do
que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de
Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola, muita lenda,
disseram-lhe(b) que algum jornal dera(b) o retrato do Messias do sertão, e foi
comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o
nome do Messias; é "esse homem que briga lá fora". A celebridade, caro e
tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por
entrar(c) na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava(d)
uma pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à
neta, à porta da estalagem, ou no quarto em que residirem(e).
(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa,
vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763)

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Considerado o contexto, está correto o que se afirma em:


a) Estava comprando indica, entre ações simultâneas, a que se estava
processando quando sobrevieram as demais.
b) dera exprime ação ocorrida simultaneamente a disseram.
c) acabará por entrar expressa um desejo.
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d) levava designa fato passado concebido como permanente.


e) residirem exprime fato possível, mas improvável.
Comentários:
Alternativa A – correta – Perfeita a definição da banca!
Alternativa B – incorreta – Na verdade a forma verbal “dera” (pretérito mais-
que-perfeito) indica o fato do passado que aconteceu primeiro.
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Alternativa C – incorreta – A expressão “acabará por entrar” não expressa um


desejo, mas uma possibilidade.
Alternativa D – incorreta – A forma “levava” (pretérito imperfeito do indicativo)
não expressa uma ação pemanente e sim duradoura, no passado.
Alternativa E – incorreta – A forma “residirem” (futuro do subjuntivo) indica
fato possível e provável. Basta ler com cuidado para não errar!
Gabarito: A

21) FCC/AFR/SEFAZ SP/Gestão Tributária/2009


[14 de fevereiro]
Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem
que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando
vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada:
− Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
− Quem?
− Me esqueceu o nome dele.
Leitor obtuso, se não percebeste que "esse homem que briga lá fora" é nada
menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso
do que pareces.
A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com
muito pormenor misterioso, muita auréola, muita lenda, disseram-lhe que
algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi comprá-lo, ignorando
que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é
"esse homem que briga lá fora". A celebridade, caro e tapado leitor, é isto
mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por entrar na memória desta
mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena, naturalmente filha;

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um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no


quarto em que residirem.
(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa,
vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763)
... crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces.
Trocando a segunda pela terceira pessoa, a frase acima está em total
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conformidade com o padrão culto escrito em:


a) creia-me que é ainda mais obtuso do que parece.
b) crede-me que é ainda mais obtuso do que parecei.
c) crê-me que é ainda mais obtuso do que parece.
d) creia-me que é ainda mais obtuso do que parecei.
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e) crede-me que és ainda mais obtuso do que parecei.


Comentários:
Em primeiro lugar, temos que identificar que a forma verbal “crê-me” encontra-
se no imperativo. Lembre -se que, no caso do imperativo afirmativo, enquanto
as segundas pessoas vêm do presente indicativo (cortando o S), as demais
conjuga-se igualmente ao presente do subjuntivo. Na forma negativa todas as
pessoas seguem a forma do presente do subjuntivo. Então teremos: (que) ele
creia, logo a forma correta é “creia-me”. Até agora, estamos entre as letra A e
D.
Finalmente, identificamos que as formas “és” e “pareces” estão no presente
indicativo, então agora é moleza! Passando para a 3ª pessoa: ele é / ele parece.
Gabarito: A

22) FCC/AC/TCE PR/Jurídica/2011


Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Perspectiva de Montesquieu
O grande pensador francês Montesquieu (1689-1755) é um dos mais
importantes intelectuais na história das ciências jurídicas. A grande
originalidade de sua obra maior − O espírito das leis − consiste na revolução
metodológica. O método de Montesquieu comporta dois aspectos inter-
relacionados, que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro exclui da
ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta o autor das
teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e
comparativa dos fatos sociais.
Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico e moral
que ainda predominava na época, segundo o qual todo o desenvolvimento
histórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos.

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Montesquieu, ao contrário,reduz as instituições a causas puramente humanas.


Segundo ele, introduzir princípios teológicos no domínio da história, como
fatores explicativos, é confundir duas ordens distintas de pensamento.
Deliberadamente, dispõe-se a permanecer nos estritos domínios dos fenômenos
políticos, e jamais abandona tal projeto.
Já nas primeiras páginas do Espírito das leis ele adverte o leitor contra um
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possível mal-entendido no que diz respeito à palavra "virtude", que emprega


amiúde com significado exclusivamente político, e não moral. Para Montesquieu,
o correto conhecimento dos fatos humanos só pode ser realizado cientificamente
na medida em que eles sejam visados como são e não como deveriam ser.
Enquanto não forem abordados como independentes de fins religiosos e morais,
jamais poderão ser compreendidos. As ciências humanas deveriam libertar-se
da visão finalista, como já haviam feito as ciências naturais, que só progrediram
realmente quando se desvencilharam do jugo teológico.
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Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre os
âmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendo um
provocador de alto nível.
(Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1973)
Está INADEQUADA a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
a) Enquanto não fossem abordados como independentes de fins religiosos e
morais, os fatos humanos jamais seriam compreendidos, acreditava
Montesquieu.
b) Deliberadamente, Montesquieu dispunha-se a permanecer nos estritos
domínios dos fenômenos políticos, e jamais abandonaria tal projeto.
c) Ele mais de uma vez advertiu o leitor contra um possível mal-entendido no
que dizia respeito à palavra "virtude", que empregava amiúde com significado
exclusivamente político.
d) O primeiro aspecto do método excluía da perspectiva social todo valor
religioso, ao passo que o segundo afastasse o autor das abstrações teóricas.
e) Segundo a moral que predomina na época, o desenvolvimento histórico do
homem deve subordinar-se ao cumprimento dos desígnios divinos.
Comentários:
Alternativa A – correta – As formas verbais “fossem”, “seriam” e “acreditava”
estão em harmonia na frase. Perceba que “fossem” (pret. imp. sub.) indica uma
hipótese, que combina plenamente com “seriam” (fut. pret. ind).
Alternativa B – correta – A correlação verbal de “dispunha-se” (pret. imp. ind.)
e “abandonaria” (fut. pret. ind.) está perfeita.
Alternativa C – correta – A forma verbal “advertiu” (pret. perf. ind.) e “dizia”
(pret. imp. ind.) não se chocam.

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Alternativa D – incorreta – Enquanto a forma “excluia” encontra-se no pretérito


imperfeito do indicativo (fato), a forma “afastasse”, no pretérito imperfeito
subjuntivo (hipótese ou possibilidade). Acontece que a frase trata de uma
enumeração, devendo o primeiro e o segundo itens manterem o paralelismo,
para manter a coerência do período.
Alternativa E – correta – Os verbos PREDOMINAR e DEVER encontram-se no
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presente do indicativo, mantendo relação de harmonia.


Gabarito: D

23) FCC/Técnico Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola,
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nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um


grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os
embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal e a realidade
do país. Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário de Andrade)
que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o teu
ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho.
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil,
ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam
consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a
sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de
temas, a própria maneira de ver o mundo.
Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição dos padrões portugueses,
buscando uma expressão mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro.
Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome
oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia
expressões e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar à escrita o
ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual.
Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas
promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos
assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária,
dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna.
(Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da
literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997,
p.1112)
Na luta contra a imposição dos padrões portugueses e dos modelos acadêmicos,
os modernistas ...... convencidos de que ...... de vencer, mas, para que isso de
fato ......, muitas batalhas teriam ainda de ser travadas.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

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a) estavam – houveram - ocorrera


b) estiveram – haveriam - ocorreria
c) estivessem – haviam - ocorresse
d) estavam – haveriam - ocorresse
e) estiveram – houvessem – ocorreria
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Comentários:
Espaço 1 – De primeira já vamos eliminar 3 alternativas. Vamos preencher esse
espaço com a forma “estavam” pois o pret. imp. ind. expressa algo que tem
uma determinada duração. No texto, indica como “estava” o pensamento dos
“acadêmicos” e dos “modernistas”.
Espaço 2 – “...estavam convencidos que haveriam de vencer...” Lembre da
expressão popular: “eu hei de vencer”. Como temos o verbo ESTAR no pretérito,
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para se manter a correta correlação temporal, o verbo haver é corretamente


utilizado no futuro do pretérito.
Espaço 3 – Finalmente, a expressaõ “para que isso” não nos dá outra opção
senão usarmos o pretérito imperfeito do subjuntivo “ocorresse”.
Gabarito: D

24) FCC/AFTM/Pref SP/2007


Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase:
a) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem seus instintos, as
relações sociais seriam mais harmoniosas.
b) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios coletivos quando não
prescrita uma punição para quem viesse a menosprezá-los.
c) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que estes são justos, só os
infligirá quem se valer de má fé.
d) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratificar a sanção aplicada para
que a punição injusta não constitue um argumento a favor da impunidade.
e) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe e nos dispormos a exercê-
lo de fato, nenhum caso de impunidade será tolerado.
Comentários:
Alternativa A – incorreta – A correlação temporal está correta por tratar-se de
hipótese, porém o verbo CONTER, no pretérito do subjuntivo, conjuga-se
“contivessem” (paradigma do verbo TER).
Alternativa B – correta – Perfeitas as conjugações dos verbos APRAZER e VIR.
Também está correta a correlação temporal das formas “aprouve” (pret. perf.
ind.) e “viesse” (pret. imp. subj.), por tratar -se de hipótese.

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Alternativa C – incorreta – Há erro na na forma do verbo CONVIR, que deveria


ser grafado “convier” (paradigma de VIR).
Alternativa D – incorreta – Há erro na conjugação do verbo CONSTITUIR, que
deveria ser conjugado no presente do subjuntivo - “constitua” - devido ao
termo “para que” que denota uma possibilidade.
Alternativa E – incorreta – O verbo DISPOR segue o paradigma do verbo PÔR,
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portanto a sua forma correta é “dispusermos”.


Gabarito: B

25) FCC/Analista/MPU/Processual/2007
Empregou-se de acordo com o padrão culto a forma grifada em:
a) Provi os voluntários de todos os instrumentos necessários para o bom
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atendimento.
b) Se eles se indisporem com o atual diretor, terão problemas no fim do ano.
c) Caso ele se abstém de votar, será difícil justificar sua atitude.
d) Quando satisfazerem plenamente suas vaidades, entenderão que foram
fúteis.
e) Sofreram tantos e tão variados revés na vida, que fortaleceram sua
resistência.
Comentários:
Alternativa A – Correta – O verbo PROVER no pretérito perfeito não segue o
modelo do verbo VER, a partir da 2a pessoa do singular
(provi/proveste/proveu/provemos/provestes/proveram).
Alternativa B – Incorreta – O verbo INDISPOR segue o modelo de PÔR, portanto
escreva-se “indispuserem”.
Alternativa C – Incorreta – Erro no tempo verbal, devendo o verbo ABSTER ser
conjugado no presente do subjuntivo - “abstenha”, pois trata-se de caso de
hipótese.
Alternativa D – Incorreta – A grafia correta é “satisfizerem” (futuro do
subjuntivo). Novamente temos uma hipótese, desta vez no tempo futuro.
Alternativa E – Incorreta – O termo “revés” deveria estra no plural - “reveses”.
Gabarito: A

26) FGV/TL/CM Caruaru/2015


Leia o texto a seguir e responda à questão.

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A epidemia de dengue neste ano no Estado de São Paulo tem provocado, em


média, mais de uma morte por dia.
Desde o início do ano, já são ao menos 122 óbitos, segundo levantamento da
Folha de São Paulo em 60 dos 645 municípios paulistas. Esse é o maior número
em quatro anos e um dos mais altos da série histórica do Ministério da Saúde.
O pico da doença, no entanto, ainda não chegou. Isso deve ocorrer entre o fim
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de abril e o começo de maio, devido ao comportamento do clima e à


sazonalidade do mosquito transmissor.
(Luiz Carlos Murauskas. Folhapress)

Na primeira frase do texto ocorre o emprego da forma verbal “tem provocado”.


Esse tempo verbal mostra uma ação que
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a) se iniciou há muito pouco tempo.


b) se encerrou em passado recente.
c) se iniciou no passado e continua no presente.
d) começou num momento anterior a outra ação passada.
e) mostrou curta duração em passado recente.
Comentários:
MODO INDICATIVO
Simples Composto
Presente eu ando -
Pret. Imperfeito eu andava -
Pret. Perfeito eu andei eu tenho andado
Pret. Mais-Que-Perfeito eu andara eu tinha andado
Futuro do Presente eu andarei eu terei andado
Futuro do Pretérito eu andaria eu teria andado

A forma verbal “tem provocado” está conjugada no pretérito perfeito do


indicativo composto, que indica uma ação habitual ou iniciada no passado
e que chega ao presente.
Ex. Tenho falado muito desse assunto em minhas aulas.
Observe que, enquanto o pretérito perfeito do indicativo simples indica uma
ação concluída, a sua forma composta indica ação habitual ou iniciada no
passado e que chega até o presente.
Gabarito: C

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27) FGV/TJ Aux./TJ SC/2015


“Quebrado de cansaço pelo excesso de trabalho, o policial tinha adormecido na
portaria da revista”.
O tempo simples correspondente à forma verbal sublinhada é:
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a) havia adormecido;
b) adormecendo;
c) adormecia;
d) adormeceria;
e) adormecera.
Comentários:
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Alternativa A – Incorreta – As formas havia adormecido e tinha adormecido,


estão ambas no pretérito-mais-que-perfeito composto.
Alternativa B – Incorreta – A forma verbal adormecendo (gerúndio) indica uma
ação em andamento.
Alternativa C – Incorreta – A forma verbal adormecia (pret. imperfeito ind.)
indica uma ação no passado que tem certa duração ou habitualidade.
Alternativa D – Incorreta - A forma verbal adormeceria (fut. do pret. ind.) indica
uma ação no futuro que depende de alguma condição ou mesmo um futuro em
relação a algo que já se passou.
Alternativa E – Correta – O pretérito-mais-que-perfeito composto é equivalente
ao pretérito-mais-que-perfeito simples e indicam uma ação ocorrida antes
de outra também no passado.
Gabarito: E

28) FGV/Anal./DPE MT/Administrador/2015


A parti do fragmento a seguir, responda à questão.
Guardar água em vasilhame de material de limpeza
Não adianta lavar mil vezes. Nunca reutilize galões de material de limpeza ou
de qualquer outro produto que tenha substância química para guardar água
para consumo. A água pode ser contaminada e causar problemas à saúde.
Sobre as formas destacadas nas frases “Nunca reutilize (1) galões de material
de limpeza” e “outro produto que tenha (2) substância química para guardar
água para consumo”, é correto afirmar que
a) a forma 1 indica uma posição autoritária.
b) as duas formas pertencem ao imperativo.

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c) a forma 1 indica ordem e a forma 2, conselho.


d) a forma 2 indica possibilidade e não fato real.
e) as duas formas interagem com os leitores.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O modo imperativo nem sempre indica algo
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autoritário. Ele também é utilizado para pedidos, conselhos e instruções, por


exemplo. No texto, a sua forma negativa indica um conselho.
Alternativa B – Incorreta – A primeira forma está no imperativo negativo,
enquanto a segunda está no presente do subjuntivo. Observe que a forma
“tenha” não direciona uma ordem, pedido ou conselho.
Alternativa C – Incorreta – A forma 1 indica um conselho e forma 2, uma
situação provável.
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Alternativa D – Correta – A probabilidade de se usar um galão de substância


química para colocar água.
Alternativa E – Incorreta – A forma imperativa (1) interage diretamente com
o leitor.
Gabarito: D

29) FGV/TJ/TJ BA/Administrativa/2015

O cartaz publicitário do refrigerador contém duas frases com a forma verbal no


imperativo: “compartilhe este produto” e “veja outras formas de pagamento”.
O valor desse modo verbal nas frases destacadas é o de:
a) impor uma vontade ao interlocutor;
b) incentivar o leitor a fazer algo;
c) ordenar ao cliente a execução de uma ação;

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d) pedir ao consumidor a realização de uma tarefa;


e) aconselhar o comprador a executar um ato.
Comentários:
O modo imperativo nem sempre indica uma ordem. Ele também é utilizado
para pedidos, conselhos e instruções, por exemplo.
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O texto publicitário utiliza essa forma como uma técnica para instigar ou
incentivar o leitor a fazer o que lhe é sugerido.
Gabarito: B

30) FGV/Ag Faz/Pref. Niterói/2015


Texto – Argumentos contra a redução da maioridade penal
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1. A redução da maioridade penal fere uma das cláusulas da Constituição


Federal que não podem ser modificadas por congressistas.
2. A inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro não
iria contribuir para sua reinserção na sociedade.
3. A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos
isolados, e não em dados estatísticos.
4. Em vez de reduzir a maioridade penal, o governo deveria investir em
educação e em políticas públicas para proteger os jovens e diminuir a
vulnerabilidade deles diante da violência.
5. A redução da maioridade penal iria afetar, principalmente, jovens negros,
pobres e moradores de áreas periféricas no Brasil, na medida em que este é o
perfil de boa parte da população carcerária brasileira.
(UolCotidiano 19/05/2015 – adaptado)

“cláusulas da Constituição Federal que não podem ser modificadas por


congressistas”.
A forma ativa da frase sublinhada é:
a) que não podem modificar-se por congressistas;
b) que congressistas não podem modificar;
c) que congressistas não podem modificar-se;
d) que não se modificam por congressistas;
e) que congressistas não modificaram.
Comentários:

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Na conversão da voz ativa para a voz passiva, o sujeito da oração ativa


passará a ser o agente da passiva e o objeto direto passará a ser o sujeito
paciente, e vice-versa.

O tempo verbal da oração ativa deverá manter-se no verbo auxiliar


da voz passiva e vice-versa.
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Vamos lá...
que (sujeito paciente) não podem ser modificadas (verbo voz passiva) por
congressistas (agente da passiva)
que (objeto direto) congressistas (sujeito ativo) não podem modificar (verbo
voz ativa)
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Observe que:
 O verbo MODIFICAR é transitivo direto (modificar ALGO), logo, permite a
voz passiva;
 As formas verbais “modificar” e “ser”, ambas estão no infinitivo (mesmo
tempo verbal)
Gabarito: B

Por enquanto é isso pessoal.


Vamos em frente sem perder o foco!!!

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10 - Lista de Exercícios

1) FCC/AFR/SEFAZ SP/Gestão Tributária/2009


A frase que respeita inteiramente o padrão culto escrito é:
a) Nada disso influe no que foi acordado já faz mais de dez dias, mas eles
quizeram que eu reiterasse a sua disposição de manter o que foi estabelecido.
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b) Gás lacrimogênio foi usado para dispersar os grupos que cultivavam antiga
richa, reforçando a convicção de que dali há anos ainda estariam de lados
opostos.
c) Ficou na dependência de ele redigir tudo o que os acionistas mais antigos se
disporam a oferecer, se, e só se, os mais novos não detiverem o curso das
negociações.
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d) Semeemos a ideia de que tudo será resolvido de acordo com os itens


considerados prioritários, nem que para isso precisamos apelar para a decência
de todos.
e) Vocês divergem, mas agora é necessário que se remedeie a situação; por
isso, façam novos contratos e provejam o setor de profissionais competentes.

2) FCC/AJ/TRT 2/Administrativa/2014
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Questão de gosto
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando
alguém apela para a tal da “questão de gosto”, é como se dissesse: “chega de
conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou
mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de
colégio.” Questão de gosto.
Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e
argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da reflexão, afirmando
despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso,
e pronto, estamos conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta
engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se
discute.
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra,
a ausência vale a presença − tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem
valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão
ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa
análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga
as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das
fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas
contradições.

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(Emiliano Barreira, inédito)


Na passagem da voz ativa para a passiva, NÃO houve a devida correspondência
quanto ao tempo verbal na seguinte construção:
a) A questão de gosto dispensaria as razões = As razões teriam sido dispensadas
pela questão de gosto.
b) O autoritarismo apagava as diferenças reais = As diferenças reais eram
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apagadas pelo autoritarismo.


c) Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho = A servidão ao
capricho tem sido proclamada pelos acomodados.
d) Será que ele apreciará tais formas ditatoriais? = Será que tais fórmulas
ditatoriais serão apreciadas por ele?
e) Haveremos de enfrentar esse e outros desafios = Esse e outros desafios
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haverão de ser enfrentados por nós.

3) FCC/AJ/TRT 23/Administrativa/"Sem Especialidade"/2016


Atenção: Para responder à questão. considere o texto abaixo.
Quase meio século separa a estreia de Manoel de Barros na literatura − em
1937, com a publicação de "Poemas Concebidos sem Pecado" em tiragem
artesanal de 21 exemplares − da circulação mais ampla de sua obra, na segunda
metade dos anos 1980, graças ao voluntário trabalho de divulgação feito por
jornalistas, escritores e intelectuais que passaram a admirá-lo.
Entre eles, Millôr Fernandes e Antônio Houaiss, para quem Manoel de Barros era
comparável a São Francisco de Assis "na humildade diante das coisas".
Nascido em 1916, em Cuiabá, Manoel de Barros escreveu 18 livros de poesia,
além de obras infantis e relatos autobiográficos. Na juventude, apaixonou-se
por Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire. Os poetas do cinema também o
encantaram, com destaque para Federico Fellini, Akira Kurosawa e Luis Buñuel.
Dizia-se um "vedor de cinema", mas sempre "numa tela grande, sala escura e
gente quieta do meu lado".
"Acho que um poeta usa a palavra para se inventar", disse em entrevista a um
jornal. "E inventa para encher sua ausência no mundo. (...) O poeta escreve por
alguma deformação na alma. Porque não seria certo ficar pregando moscas no
espaço para dar banho nelas. Ou mesmo: pregar contiguidades verbais e
substantivas para depois casá-las."
(Disponível em: www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/11/-1547550-manoel-
de-barros-foi-revelado-por-millor-ehouaissrelembre-rajetoria.shtml)

... para quem Manoel de Barros era comparável a São Francisco de Assis.

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O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima está em:
a) Dizia-se um "vedor de cinema"...
b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no espaço...
c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire.
d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Barros na literatura ...
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e) ... para depois casá-las...

4) FCC/AJ/TRT 20/Administrativa/"Sem Especialidade"/2016


Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.
Em junho de 2013, o Presidente Robert Mugabe, do Zimbábue, afirmou durante
uma entrevista: “Nelson Mandela é santificado demais. Foi bom demais com os
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brancos à custa dos negros em seu próprio país”. Alguns concordaram, outros
protestaram. Até certo ponto acredito que ele tenha levantado uma questão.
Suas atitudes podiam ser percebidas dessa maneira. Ainda assim, em uma
conversa com Richard Stengel, o próprio Madiba* havia dito, muito tempo
antes: “As pessoas sentirão que vejo demais o bem nas pessoas. Então, é uma
crítica que tenho de suportar e à qual tento me ajustar, pois, seja isso verdade
ou não, é algo que penso ser proveitoso. É uma coisa boa de assumir, agir com
base no fato de que... os outros são homens de integridade e honra... porque
você tende a atrair integridade e honra, se é dessa maneira que olha para
aqueles com quem trabalha”.
*um dos nomes pelos quais Nelson Mandela era chamado; refere-se a seu clã e
denota afeto e respeito.
(Adaptado de: LA GRANGE, Zelda. Bom dia, Sr. Mandela. Trad. Felipe José
Lindoso. Ribeirão Preto: Novo Conceito, 2015, p. 9)

... o próprio Madiba havia dito, muito tempo antes...


A expressão destacada está corretamente substituída, preservando-se o tempo,
o modo e o aspecto verbais, por
a) disse.
b) dissera.
c) dizia.
d) diria.
e) dissesse.

5) FCC/Op TM/METRO SP/2016

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Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.


Os Estados Unidos, como organização social e política, são comprometidos com
uma visão alegre da vida. Não poderia ser diferente. A noção de tragédia é um
luxo reservado a sociedades aristocráticas, nas quais a sorte do indivíduo não é
entendida como tendo uma importância política legítima, sendo determinada
por uma ordem moral ou destino imutável e supra político – ou seja, não
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controverso.
Sociedades modernas e igualitárias, no entanto, sejam de posicionamento
político democrático ou autoritário, baseiam-se sempre na premissa de que
estão tornando a vida mais feliz; a função declarada do Estado moderno, pelo
menos originalmente, não seria apenas regulamentar as relações sociais, mas
também estabelecer a qualidade e as possibilidades da vida humana em geral.
A felicidade, portanto, torna-se questão política primordial – de alguma
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maneira, a única questão –, e por esse motivo não pode se tornar um problema.
Se um norte-americano ou um russo é infeliz, isso implica certa reprovação da
sociedade a que ele pertence.
Portanto, devido a uma lógica cuja necessidade todos reconhecemos, vira uma
obrigação cidadã ser alegre; se as autoridades acreditam que é necessário, o
cidadão pode até ser compelido a fazer demonstrações públicas, em ocasiões
especiais, de sua felicidade, assim como em tempos de guerra ele pode ser
constrangido a entrar para o exército.
(Adaptado de: WARSHOW, Robert. “O gângster como herói trágico”S, errote,
p. 109)

Atribuindo-se caráter hipotético para todo o conteúdo da frase Se um norte-


americano ou um russo é infeliz, isso implica certa reprovação da sociedade a
que ele pertence (3º parágrafo), os verbos devem assumir as seguintes formas:
a) fosse − implicaria − pertencesse
b) seria − implicaria − pertenceria
c) fosse − implicara − pertencera
d) seria − implicasse − pertencesse
e) fosse − implicasse − pertenceria

6) FCC/AJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Muito antes de nos ensinarem e de aprendermos as regras de bom
comportamento socialmente construídas e promovidas, e de sermos exortados
a seguir certos padrões e nos abster de seguir outros, já estamos numa situação
de escolha moral. Somos, por assim dizer, inevitavelmente − existencialmente

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−, seres morais: somos confrontados com o desafio do outro, o desafio da


responsabilidade pelo outro, uma condição do ser-para.
Afirmar que a condição humana é moral antes de significar ou poder significar
qualquer outra coisa representa que, muito antes de alguma autoridade nos
dizer o que é “bem” e “mal” (e por vezes o que não é uma coisa nem outra.),
deparamo-nos com a escolha entre “bem” e “mal”. E a enfrentamos desde o
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primeiro momento do encontro com o outro. Isso, por sua vez, significa que,
quer escolhamos quer não, enfrentamos nossas situações como problemas
morais, e nossas opções de vida como dilemas morais.
Esse fato primordial de nosso ser no mundo, em primeiro lugar, como uma
condição de escolha moral não promete uma vida alegre e despreocupada. Pelo
contrário, torna nossa condição bastante desagradável. Enfrentar a escolha
entre bem e mal significa encontrar-se em situação de ambivalência. Esta
poderia ser uma preocupação relativamente menor, estivesse a ambiguidade de
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escolha limitada à preferência direta por bem ou mal, cada um definido de forma
clara e inequívoca; limitada em particular à escolha entre atuar baseado na
responsabilidade pelo outro ou desistir dessa ação – de novo com uma ideia
bastante clara do que envolve “atuar baseado na responsabilidade”.
(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vida em fragmentos: sobre a ética pós-
moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 11-12)

Esta poderia ser uma preocupação relativamente menor, estivesse a


ambiguidade de escolha limitada à preferência direta por bem ou mal...
Ao reescrever-se o trecho acima com o verbo poder flexionado no futuro do
presente do indicativo, a forma verbal “estivesse” deverá ser substituída,
conforme a norma-padrão da língua, por
a) estar.
b) estará.
c) estiver.
d) está.
e) esteja.

7) FCC/AJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava contar
nada para ninguém. Na civilização contemporânea, on-line, conectada o tempo
todo, se não for registrado e postado, não aconteceu. Comeu, jantou, bebeu?
Então, prove. Não está na rede? Então, não vale.
Não estou aqui desfiando lamúrias de dinossauro tecnológico. Pelo contrário:
interajo com muita gente e público ativamente fotos de minhas fornadas. A vida,

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hoje, é digital. Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de
pertencer à esfera privada. Sendo tudo tão novo nessa área, ainda
engatinhamos a respeito de uma etiqueta que equilibre a convivência entre
câmeras, pratos, extroversão, intimidade.
Em meados da década passada, quando a cozinha espanhola de vanguarda
ainda povoava os debates e as fantasias de muitos gourmets, fotografar pratos
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envolvia um dilema: devorar ou clicar? A criação saía da cozinha, muitas vezes


verticalizada, comumente finalizada com esferas delicadas, espumas fugazes...
O que fazer, capturá-la em seu melhor instante cenográfico, considerando luzes
e sombras, e comê-la depois, já desfigurada, derretida, escorrida? Ou prová-la
imediatamente, abrindo mão da imagem? Nunca tive dúvidas desse tipo (o que
talvez faça de mim um bom comensal, mas um mau divulgador).
Fotos e quitutes tornaram-se indissociáveis, e acho que já estamos nos
acostumando. Mas será que precisa acontecer durante todo o repasto? Não dá
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para fazer só na chegada do prato e depois comer sossegado, à maneira


analógica? Provavelmente não: há o tratamento da imagem, a publicação, os
comentários, as discussões, a contabilidade das curtidas. Reconheço que, talvez
antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver casais e famílias à mesa, nos
salões, cada qual com seu smartphone, sem diálogos presenciais ou interações
reais. A pizza esfria e perde o viço; mas a foto chega tinindo aos amigos de
rede.
(Adaptado de: CAMARGO, Luiz Américo. Comeu e não postou? Então, não
valeu. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/
2017/01/09/opinion/1483977251_216185.html)

A construção que pode ser reescrita com o verbo na voz passiva é:


a) ... a foto chega tinindo aos amigos...
b) A criação saía da cozinha...
c) ... interajo com muita gente...
d) ... público ativamente fotos de minhas fornadas...
e) Não está na rede?

8) FCC/TJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Aspectos Culturais de Mato Grosso do Sul
A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
culturais desenvolvidas pela população sul-mato-grossense muito influenciada
pela cultura paraguaia. Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de
várias outras contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território.

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O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato


Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado. É produzido com matérias primas da própria região e
manifesta a criatividade e a identidade do povo sul-mato-grossense por meio
de trabalhos em madeira, cerâmica, fibras, osso, chifre, sementes, etc.
As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações
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indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora,
podem retratar tipos humanos e costumes da região.
(Adaptado de: CANTU, Gilberto. Disponível em:
http://profgilbertocantu.blogspot.com.br/2013/08/aspectos-culturais-de-
mato-grosso-dosul. html)

Está na voz passiva o verbo do seguinte fragmento do texto:


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a) É produzido com matérias primas da própria região.


b) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras
contribuições das muitas migrações.
c) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
culturais.
d) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato
Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado.
e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas.

9) FCC/TJ/TRE-SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como
poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o
nome de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor
admirado. A ideia foi excelente porque um compositor inventa antes de mais
nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a
realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes
europeias. Adoniran Barbosa é um paulista de cerne que exprime a sua terra
com a força da imaginação alimentada pelas heranças de fora.
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não
concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e
produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do
samba e da canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de
português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.

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São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que
nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha
cidadezinha provinciana, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo
lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda
parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes,
o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar,
porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o
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quarto do poeta, também "intacta, boiando no ar".


A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e
paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre
discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, no
Brás genérico, no recente Metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato
não exista, porque quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos
carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua cidade
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e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do
trenzinho perdido da Cantareira.
(Adaptado de Antonio Candido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas
Cidades, Ed.34, 2002, p.211213)
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português.
No segmento grifado acima, Antonio Candido usou determinada forma verbal
que poderia ser substituída, sem prejuízo para correção e a lógica, por:
a) li.
b) lia.
c) lera.
d) leria.
e) leio.

10) FCC/AFCE/TCE-PI/Comum/2014
Instrução: Para responder à questão, considere o texto a seguir.
A cognoscibilidade do planeta
O período histórico atual vai permitir o que nenhum outro período ofereceu ao
homem, isto é, a possibilidade de conhecer o planeta extensiva e
aprofundadamente. Isto nunca existiu antes, e deve-se, exatamente, aos
progressos da ciência e da técnica (melhor ainda, aos progressos da técnica
devidos aos progressos da ciência).
Esse período técnico-científico da história permite ao homem não apenas utilizar
o que encontra na natureza: novos materiais são criados nos laboratórios como
um produto da inteligência do homem, e precedem a produção dos objetos. Até
a nossa geração, utilizávamos os materiais que estavam à nossa disposição.

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Mas a partir de agora podemos conceber os objetos que desejamos utilizar e


então produzimos a matéria-prima indispensável à sua fabricação. Sem isso não
teria sido possível fazer os satélites que fotografam o planeta a intervalos
regulares, permitindo uma visão mais completa e detalhada da Terra. Por meio
dos satélites, passamos a conhecer todos os lugares e a observar outros astros.
O funcionamento do sistema solar torna-se mais perceptível, enquanto a Terra
é vista em detalhe; pelo fato de que os satélites repetem suas órbitas, podemos
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captar momentos sucessivos, isto é, não mais apenas retratos momentâneos e


fotografias isoladas do planeta. Isso não quer dizer que tenhamos, assim, os
processos históricos que movem o mundo, mas ficamos mais perto de identificar
momentos dessa evolução. Os objetos retratados nos dão geometrias, não
propriamente geografias, porque nos chegam como objetos em si, sem a
sociedade vivendo dentro deles. O sentido que têm as coisas, isto é, seu
verdadeiro valor, é o fundamento da correta interpretação de tudo o que existe.
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Sem isso, corremos o risco de não ultrapassar uma interpretação coisicista de


algo que é muito mais que uma simples coisa, como os objetos da história. Estes
estão sempre mudando de significado, com o movimento das sociedades e por
intermédio das ações humanas sempre renovadas.
(SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: Do pensamento único à
consciência universal. 6. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, 2001,
p. 31)
Considerado o contexto, é correto afirmar:
a) A forma verbal utilizávamos descreve ação pontual, iniciada e concluída em
uma extensão do passado explicitamente indicada no texto.
b) A forma produzimos deve, em um registro linguístico mais cuidado, ser
substituída por “produzirmos”, que melhor denota o caráter hipotético do
período sintático em que se insere.
c) Em ...não teria sido possível fazer os satélites..., o segmento destacado faz
menção a evento efetivamente realizado.
d) Em outra redação igualmente correta, a forma permitindo pode ser
substituída por “que permite”.
e) No que concerne à correlação entre tempos e modos verbais, na norma-
padrão escrita, o emprego de tenhamos é incompatível com o de ficamos.

11) FCC/AFTM-SP/Pref SP/Gestão Tributária/2012


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
"Ocorreu em nossos países uma nova forma de colonialismo, com a imposição
de uma cultura alheia à própria da região. Cumpre avaliar criticamente os
elementos culturais alheios que se pretendam impor do exterior. O
desenvolvimento corresponde a uma matriz endógena, gerada em nossas
próprias sociedades, e que portanto não é possível importar. Precisamos levar

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sempre em conta os traços culturais que nos caracterizam, que hão de alimentar
a busca de soluções endógenas, que nem sempre têm por que coincidir com as
do mundo altamente industrializado."
O que há de extraordinário nessa citação? Nada, exceto a data. Ela não foi
redigida no princípio do século XIX e sim no dia 29 de maio de 1993, exatamente
um mês antes da redação deste artigo. Trata-se de um documento aprovado
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por vários intelectuais ibero-americanos, na Guatemala, como parte da


preparação da III Conferência de Cúpula da região, a realizar-se em Salvador,
na Bahia. Conhecemos bem essa linguagem no Brasil. É o discurso do
nacionalismo cultural, que começou a ser balbuciado com os primeiros
escritores nativistas, e desde a independência não cessou, passando por vários
avatares, com tons e modulações diversas. Ao que parece, nada envelheceu
nessas palavras. Quase todos os brasileiros se orgulhariam de repeti-las, como
se elas fossem novas e matinais, como se fôssemos contemporâneos do grito
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do Ipiranga. Nesses 171 anos, o Brasil passou do Primeiro para o Segundo


Reinado, da Monarquia para a República Velha, desta para o Estado Novo, deste
para a democracia, desta para a ditadura militar, e desta para uma nova fase
de democratização. Passamos do regime servil para o trabalho livre ou quase.
De país essencialmente agrário transitamos para a condição de país industrial,
e sob alguns aspectos nos aproximamos da pós-modernidade.
Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural. Continuamos repetindo,
ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino-americana) deve desfazer-se dos
modelos importados e voltar-se para sua própria tradição cultural.
1 - Relato general de la "Cumbre Del pensamiento", Antígua-Guatemala, pp. 88
e ss.
(Adaptado de Sergio Paulo Rouanet. "Elogio do incesto". In: Mal-estar na
modernidade: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 346347)
O texto legitima o seguinte comentário:
a) Em hão de alimentar, a forma verbal exprime, além da ideia de futuro, a de
que o evento é desejado.
b) Em Continuamos repetindo, a ideia de ação em processo é decorrência
exclusiva da forma Continuamos.
c) A forma verbal foi redigida exprime fato passado considerado contínuo.
d) A forma a realizar-se em Salvador exprime fato futuro em relação à data de
redação do documento, mas passado em relação à data do artigo.
e) Em se orgulhariam de repeti-las, tem-se a expressão de um fato possível,
mas considerado de pouca probabilidade.

12) FCC/TJ/TRE-SP/Apoio Especializado/Programação de


Sistemas/2012

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Atenção: A questão baseia-se no texto abaixo.


Pela primeira vez, um estudo pretende demonstrar como as plantações de citros
favorecem, ou não, a fauna de uma região. Pesquisa da Universidade Federal
de São Carlos (Ufscar), campus de Sorocaba, mostra que pelo menos 50% das
aves mais comuns na região vivem e se reproduzem em fragmentos de mata
naturais, e não em áreas agrícolas e pomares. De acordo com o estudo, a
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possível redução das reservas previstas na proposta do novo Código Florestal


pode levar ao desaparecimento de diversas espécies.
O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul,
próxima a Sorocaba. A área é tomada por plantações de tangerinas, além de
pastos e campos de produção de grãos. O objetivo da pesquisa era verificar se
as espécies avaliadas poderiam usar as plantações de tangerina, que são
culturas permanentes, como acréscimo ao seu hábitat natural − ou até
substituí-lo.
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Segundo o estudo, das 122 espécies da amostra, 60 foram detectadas nas


plantações e nos fragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as
demais somente nesses fragmentos, ou seja, 62 espécies não ocorrem nos
pomares. "A mata nativa quase não existe mais e, por causa disso, muitas
espécies desapareceram ou estão ameaçadas", lamenta o pesquisador Marcelo
Gonçalves Campolin.
A pesquisa também chama a atenção para o novo Código Florestal, que prevê
a redução de algumas áreas − hoje legalmente protegidas, como matas ciliares
e topos de morros −, para serem utilizadas para a agropecuária. "Ficamos
receosos de que as mudanças nas áreas protegidas possam ser terríveis para
as aves e para outros animais, que vão perder ambientes naturais. E aquelas
que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou até
mesmo a desaparecer", prevê o professor.
(José Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011,
com adaptações)
... se as espécies avaliadas poderiam usar as plantações de tangerina ... (2º
parágrafo)
O emprego da forma verbal grifada acima indica, no contexto,
a) certeza.
b) situação passada.
c) hipótese.
d) fato habitual.
e) ação presente.

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13) FCC/TJ/TRE-SP/Apoio Especializado/Programação de


Sistemas/2012
Instruções para responder à questão.
Para a questão, assinale a alternativa que preenche corretamente, na ordem,
as lacunas da frase apresentada.
O cientista ......, com base em dados que lhe haviam sido ...... , que a pesquisa
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...... resultados importantes para a fauna da região.


a) previu - entregues - traria
b) previu - entregados - trazeria
c) preveu – entregues - trazeria
d) preveu - entregados - traria
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e) previu – entregues – trazeria

14) FCC/Ass Leg/AL-PB/2013


Atenção: Considere o texto a seguir para responder à questão.
A obesidade é a maior das ameaças à saúde do século 21. O processo
inflamatório crônico, os hormônios e os mediadores químicos produzidos e
liberados pelo tecido adiposo, acumulado em excesso, aumentam o risco de
doenças cardiovasculares, metabólicas, pulmonares e de diversos tipos de
câncer.
No Brasil, metade da população adulta está acima da faixa de peso saudável.
Nos Estados Unidos, esse número ultrapassa 70%: 30% estão com excesso de
peso, 30% são obesos e 10% sofrem de obesidade grave. A continuarmos no
mesmo ritmo, é provável que nos próximos dez ou vinte anos estejamos na
situação deles.
A característica mais assustadora dessa epidemia é o número crescente de
crianças e adolescentes obesos, consequência do acesso ilimitado a alimentos
de alta densidade energética e da vida em frente da TV e dos computadores.
O impacto dessa nova realidade será tão abrangente, que a próxima geração
provavelmente terá vida mais curta do que a atual, previsão demográfica que
os avanços da medicina não conseguirão reverter. Os custos da assistência
médica aos portadores das doenças crônicas associadas à obesidade arruinarão
as finanças dos sistemas de saúde de países como o nosso.
O consumo de refrigerantes e sucos açucarados é uma das maiores fontes de
calorias ingeridas por crianças e adolescentes. Um levantamento mostrou que
os adolescentes americanos consomem em média 357 calorias diárias dessa
fonte. É possível que os nossos não fiquem para trás.

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Ao contrário dos carboidratos complexos contidos nos alimentos ricos em fibras,


como as frutas e as verduras, as bebidas açucaradas são pobres em nutrientes
e estão ligadas a maus hábitos alimentares, como o consumo de doces, biscoitos
e salgadinhos empacotados.
As recomendações do Ministério da Saúde para que crianças e adultos evitem
refrigerantes e sucos açucarados e, principalmente, aumentem os níveis de
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atividade física, devem ser levadas a sério.


(Adaptado: Drauzio Varella. Refrigerantes açucarados. Disponível em:
http://folha.com/no1201415, 15/12/2012)
O Ministério da Saúde ...... que crianças e adultos evitem refrigerantes e sucos
açucarados e ...... alguma atividade física.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
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a) recomendara - exerceram
b) recomenda - exerçam
c) recomenda - exercendo
d) recomendava - exerce
e) recomende - exerça

15) FCC/ACE/TCM-GO/Controle Externo/2015


Em qualquer época, ...... que se ...... ao grande público o melhor que os
artistas ...... .
Haverá plena correlação entre tempos e modos verbais na frase acima
preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com
a) será preciso – oferecesse - produziriam
b) é preciso - oferecesse - produzissem
c) seria preciso – ofereça – têm produzido
d) é preciso - ofereça - produzam
e) era preciso – oferecia – produzem

16) FCC/ACE/TCE-AP/Controle Externo/Contabilidade/2012


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Na mídia em geral, nos discursos políticos, em mensagens publicitárias, na fala
de diferentes atores sociais, enfim, nos diversos contextos em que a
comunicação se faz presente, deparamo-nos repetidas vezes com a palavra
cidadania. Esse largo uso, porém, não torna seu significado evidente. Ao
contrário, o fato de admitir vários empregos deprecia seu valor conceitual, isto

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é, sua capacidade de nos fazer compreender certa ordem de eventos. Assim,


pode-se dizer que, contemporaneamente, a palavra cidadania atende bastante
bem a um dos usos possíveis da linguagem, a comunicação, mas caminha em
sentido inverso quando se trata da cognição, do uso cognitivo da linguagem.
Por que, então, a palavra cidadania é constantemente evocada, se o seu
significado é tão pouco esclarecido?
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Uma resposta possível a essa indagação começaria por reconhecer que há


considerável avanço da agenda igualitária no mundo e, decorrente disso, a
valorização sem precedentes da ideia de direitos. De fato, tornou-se impossível
conceber formas contemporâneas de interação entre indivíduos ou grupos sem
que a referência a direitos esteja pressuposta ou mesmo vocalizada. Direitos,
por isso, sustentam uma espécie de argumentação pública permanente, a partir
da qual os atores sociais agenciam suas identidades e tentam ampliar o escopo
da política de modo a abarcar suas questões. Tais atores constroem-se,
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portanto, em público, pressionando o sistema político a reconhecer direitos que


julgam possuir e a incorporá-los à agenda governamental.
(Maria Alice Rezende de Carvalho. "Cidadania e direitos". In: Agenda
brasileira: temas de uma sociedade em mudança. André Botelho e Lilia Moritz
Schwarcz (orgs.). São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 104)
Direitos, por isso, sustentam uma espécie de argumentação pública permanente
[...]
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal obtida é:
a) sustentam-se.
b) é sustentada.
c) foi sustentada.
d) sustentara-se.
e) haviam sido sustentadas.

17) FCC/Cons Leg/Cam Mun-SP)/Biblioteconomia/2014


A seguinte frase NÃO admite transposição para a voz passiva:
a) Ele alcançou sucesso exclusivamente por sua competência.
b) O poeta Ferreira Gullar acabou de contar um caso exemplar para a nossa
tese sobre a fama vazia.
c) A mídia cria inúmeros deuses, todos incapazes de qualquer grandeza efetiva.
d) Muitas revistas sobrevivem graças ao culto irrefreável das celebridades.
e) A celebração pela mídia atrai tanto as pessoas ingênuas como as mais
maliciosas.

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18) FCC/AFR/SEFAZ SP/2006


Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não
é indiferente. O momento que elegemos como originário depende certamente
da idéia de nós mesmos que preferimos, hoje, contemplar. E vice-versa: a visão
de nosso presente decide das origens que confessamos (ou até inventamos).
Assim acontece com as histórias de nossas vidas que contamos para os amigos
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e para o espelho: os inícios estão sempre em função da imagem de nós mesmos


de que gostamos e que queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jeito
para os tempos que consideramos "nossos", ou seja, para a modernidade.
Bem antes que tentassem me convencer de que a data de nascimento da
modernidade era um espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que
a modernidade começou em outubro de 1492. Nos livros da escola, o primeiro
capítulo dos tempos modernos eram e são as grandes explorações. Entre elas,
a viagem de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara adentro
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ou intermináveis caravanas por montes e desertos até a China de nada valiam


comparadas com a aventura do genovês. Precisa ler "Mediterrâneo" de Fernand
Braudel para conceber o alcance simbólico do pulo além de Gibraltar, não
costeando, mas reto para frente. Precisa, em outras palavras, evocar o mar
Mediterrâneo − este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie
de útero vital compartilhado − para entender por que a viagem de Colombo
acabou e continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono
da casa materna e paterna.
(Contardo Calligaris, "A Psicanálise e o sujeito colonial". IN: Psicanálise e
colonização: leituras do sintoma social no Brasil. Porto Alegre: Artes e Ofícios,
1999, p.1112.)
A frase que respeita o padrão culto no que se refere à flexão é:
a) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas teóricos, o professor
visitante diz que medeia as sessões.
b) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que defendem opiniões
divergentes, como as que interviram no último debate público.
c) Ele era o mais importante testemunha do acalorado embate entre opiniões
contrárias, de que adviram os textos de difusão que produziu.
d) Em troca-trocas acalorados de idéias, poucos se atêem às questões mais
relevantes da temática.
e) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a credibilidade comprometida
nos últimos revés, certamente apresentará com mais tranqüilidade sua
contribuição.

19) FCC/AFR/SEFAZ SP/Gestão Tributária/2009


A arrogância da interpretação a posteriori

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A história não se repete, mas rima.


Mark Twain
A história repete-se; essa é uma das coisas erradas da história.
Clarence Darrow
A história tem sido definida como uma coisa depois da outra. Essa ideia pode
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ser considerada um alerta contra duas tentações, mas eu, devidamente


alertado, flertarei cautelosamente com ambas. Primeiro, o historiador é tentado
a vasculhar o passado à procura de padrões que se repetem; ou, pelo menos,
como diria Mark Twain, ele tende a buscar razão e rima em tudo. Esse apetite
por padrões afronta quem acha que a história não vai a lugar nenhum e não
segue regras - "a história costuma ser um negócio aleatório, confuso", como
também disse o próprio Mark Twain. A segunda tentação do historiador é a
soberba do presente: achar que o passado teve por objetivo o tempo atual,
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como se os personagens do enredo da história não tivessem nada melhor a fazer


da vida do que prenunciar-nos.
Sob nomes que não vêm ao caso para nós, essas são questões atualíssimas na
história humana, e surgem mais fortes e polêmicas na escala temporal mais
longa da evolução. A história evolutiva pode ser representada como uma espécie
depois da outra. Mas muitos biólogos hão de concordar comigo que se trata de
uma ideia tacanha. Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a
maior parte do que é importante. A evolução rima, padrões se repetem. E não
simplesmente por acaso. Isso ocorre por razões bem compreendidas, sobretudo
razões darwinianas, pois a biologia, ao contrário da evolução humana ou mesmo
da física, já tem a sua grande teoria unificada, aceita por todos os profissionais
bem informados no ramo, embora em várias versões e interpretações. Ao
escrever a história evolutiva, não me esquivo a buscar padrões e princípios, mas
procuro fazê-lo com cautela.
E quanto à segunda tentação, a presunção da interpretação a posteriori, a ideia
de que o passado atua para produzir nosso presente específico? O falecido
Stephen Jay Gould salientou, com acerto, que um ícone dominante da evolução
na mitologia popular, uma caricatura quase tão ubíqua quanto a de lemingues
atirando-se ao penhasco (aliás, outro mito falso), é a de uma fila de ancestrais
simiescos a andar desajeitadamente, ascendendo na esteira da majestosa figura
que os encabeça num andar ereto e vigoroso: o Homo sapiens sapiens o homem
como a última palavra da evolução (e nesse contexto é sempre um homem, e
não uma mulher), o homem como o alvo de todo o empreendimento, o homem
como um magneto, atraindo a evolução do passado em direção à proeminência.
Obs. lemingues: designação comum a diversos pequenos roedores.
(Richard Dawkins, com a colaboração de Yan Wong, A grande história da
evolução: Na trilha dos nossos ancestrais. Trad. Laura Teixeira Motta. São
Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 1718)

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Mas muitos biólogos hão de concordar ...


Diferentemente do que se tem acima, a frase que, consoante o padrão culto
escrito, exige o emprego do verbo "haver" no singular é:
a) Muitas teorias já ...... sido submetidas à sua análise quando ele expressou
essa convicção.
b) Talvez ...... algumas versões da teoria citada, mas certamente poucos as
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conhecem.
c) Quantos biólogos ...... pesquisado o assunto e talvez não tenham a mesma
opinião.
d) Alguns mitos falsos ...... merecido representação artisticamente
irrepreensível.
e) Nós ...... de corresponder às expectativas depositadas em nossa equipe.
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20) FCC/AFR/SEFAZ SP/Gestão Tributária/2009


[14 de fevereiro]
Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando(a) gazetas a um homem
que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando
vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada:
− Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
− Quem?
− Me esqueceu o nome dele.
Leitor obtuso, se não percebeste que "esse homem que briga lá fora" é nada
menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso do
que pareces. A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de
Canudos, com muito pormenor misterioso, muita auréola, muita lenda,
disseram-lhe(b) que algum jornal dera(b) o retrato do Messias do sertão, e foi
comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o
nome do Messias; é "esse homem que briga lá fora". A celebridade, caro e
tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por
entrar(c) na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava(d)
uma pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à
neta, à porta da estalagem, ou no quarto em que residirem(e).
(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa,
vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763)
Considerado o contexto, está correto o que se afirma em:
a) Estava comprando indica, entre ações simultâneas, a que se estava
processando quando sobrevieram as demais.
b) dera exprime ação ocorrida simultaneamente a disseram.

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c) acabará por entrar expressa um desejo.


d) levava designa fato passado concebido como permanente.
e) residirem exprime fato possível, mas improvável.

21) FCC/AFR/SEFAZ SP/Gestão Tributária/2009


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[14 de fevereiro]
Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem
que as vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando
vi chegar uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada:
− Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
− Quem?
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− Me esqueceu o nome dele.


Leitor obtuso, se não percebeste que "esse homem que briga lá fora" é nada
menos que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso
do que pareces.
A mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com
muito pormenor misterioso, muita auréola, muita lenda, disseram-lhe que
algum jornal dera o retrato do Messias do sertão, e foi comprá-lo, ignorando
que nas ruas só se vendem as folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é
"esse homem que briga lá fora". A celebridade, caro e tapado leitor, é isto
mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por entrar na memória desta
mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena, naturalmente filha;
um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no
quarto em que residirem.
(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana, 1897. In Obra completa,
vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 763)
... crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces.
Trocando a segunda pela terceira pessoa, a frase acima está em total
conformidade com o padrão culto escrito em:
a) creia-me que é ainda mais obtuso do que parece.
b) crede-me que é ainda mais obtuso do que parecei.
c) crê-me que é ainda mais obtuso do que parece.
d) creia-me que é ainda mais obtuso do que parecei.
e) crede-me que és ainda mais obtuso do que parecei.

22) FCC/AC/TCEPR/Jurídica/2011

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Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.


Perspectiva de Montesquieu
O grande pensador francês Montesquieu (1689-1755) é um dos mais
importantes intelectuais na história das ciências jurídicas. A grande
originalidade de sua obra maior − O espírito das leis − consiste na revolução
metodológica. O método de Montesquieu comporta dois aspectos inter-
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relacionados, que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro exclui da


ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta o autor das
teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e
comparativa dos fatos sociais.
Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico e moral
que ainda predominava na época, segundo o qual todo o desenvolvimento
histórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos.
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Montesquieu, ao contrário,reduz as instituições a causas puramente humanas.


Segundo ele, introduzir princípios teológicos no domínio da história, como
fatores explicativos, é confundir duas ordens distintas de pensamento.
Deliberadamente, dispõe-se a permanecer nos estritos domínios dos fenômenos
políticos, e jamais abandona tal projeto.
Já nas primeiras páginas do Espírito das leis ele adverte o leitor contra um
possível mal-entendido no que diz respeito à palavra "virtude", que emprega
amiúde com significado exclusivamente político, e não moral. Para Montesquieu,
o correto conhecimento dos fatos humanos só pode ser realizado cientificamente
na medida em que eles sejam visados como são e não como deveriam ser.
Enquanto não forem abordados como independentes de fins religiosos e morais,
jamais poderão ser compreendidos. As ciências humanas deveriam libertar-se
da visão finalista, como já haviam feito as ciências naturais, que só progrediram
realmente quando se desvencilharam do jugo teológico.
Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre os
âmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendo um
provocador de alto nível.
(Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1973)
Está INADEQUADA a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
a) Enquanto não fossem abordados como independentes de fins religiosos e
morais, os fatos humanos jamais seriam compreendidos, acreditava
Montesquieu.
b) Deliberadamente, Montesquieu dispunha-se a permanecer nos estritos
domínios dos fenômenos políticos, e jamais abandonaria tal projeto.
c) Ele mais de uma vez advertiu o leitor contra um possível mal-entendido no
que dizia respeito à palavra "virtude", que empregava amiúde com significado
exclusivamente político.

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d) O primeiro aspecto do método excluía da perspectiva social todo valor


religioso, ao passo que o segundo afastasse o autor das abstrações teóricas.
e) Segundo a moral que predomina na época, o desenvolvimento histórico do
homem deve subordinar-se ao cumprimento dos desígnios divinos.

23) FCC/Técnico Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012


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Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.


Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola,
nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um
grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os
embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal e a realidade
do país. Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário de Andrade)
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que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o teu
ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho.
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil,
ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam
consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a
sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de
temas, a própria maneira de ver o mundo.
Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição dos padrões portugueses,
buscando uma expressão mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro.
Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome
oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia
expressões e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar à escrita o
ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual.
Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas
promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos
assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária,
dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna.
(Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da
literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997,
p.1112)
Na luta contra a imposição dos padrões portugueses e dos modelos acadêmicos,
os modernistas ...... convencidos de que ...... de vencer, mas, para que isso de
fato ......, muitas batalhas teriam ainda de ser travadas.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) estavam – houveram - ocorrera
b) estiveram – haveriam - ocorreria
c) estivessem – haviam - ocorresse

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d) estavam – haveriam - ocorresse


e) estiveram – houvessem – ocorreria

24) FCC/AFTM/Pref SP/2007


Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase:
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a) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem seus instintos, as


relações sociais seriam mais harmoniosas.
b) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios coletivos quando não
prescrita uma punição para quem viesse a menosprezá-los.
c) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que estes são justos, só os
infligirá quem se valer de má fé.
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d) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratificar a sanção aplicada para


que a punição injusta não constitue um argumento a favor da impunidade.
e) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe e nos dispormos a exercê-
lo de fato, nenhum caso de impunidade será tolerado.

25) FCC/Analista/MPU/Processual/2007
Empregou-se de acordo com o padrão culto a forma grifada em:
a) Provi os voluntários de todos os instrumentos necessários para o bom
atendimento.
b) Se eles se indisporem com o atual diretor, terão problemas no fim do ano.
c) Caso ele se abstém de votar, será difícil justificar sua atitude.
d) Quando satisfazerem plenamente suas vaidades, entenderão que foram
fúteis.
e) Sofreram tantos e tão variados revés na vida, que fortaleceram sua
resistência.

26) FGV/TL/CM Caruaru/2015


Leia o texto a seguir e responda à questão.
A epidemia de dengue neste ano no Estado de São Paulo tem provocado, em
média, mais de uma morte por dia.
Desde o início do ano, já são ao menos 122 óbitos, segundo levantamento da
Folha de São Paulo em 60 dos 645 municípios paulistas. Esse é o maior número
em quatro anos e um dos mais altos da série histórica do Ministério da Saúde.

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O pico da doença, no entanto, ainda não chegou. Isso deve ocorrer entre o fim
de abril e o começo de maio, devido ao comportamento do clima e à
sazonalidade do mosquito transmissor.
(Luiz Carlos Murauskas. Folhapress)

Na primeira frase do texto ocorre o emprego da forma verbal “tem provocado”.


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Esse tempo verbal mostra uma ação que


a) se iniciou há muito pouco tempo.
b) se encerrou em passado recente.
c) se iniciou no passado e continua no presente.
d) começou num momento anterior a outra ação passada.
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e) mostrou curta duração em passado recente.

27) FGV/TJ Aux./TJ SC/2015


“Quebrado de cansaço pelo excesso de trabalho, o policial tinha adormecido na
portaria da revista”.
O tempo simples correspondente à forma verbal sublinhada é:
a) havia adormecido;
b) adormecendo;
c) adormecia;
d) adormeceria;
e) adormecera.

28) FGV/Anal./DPE MT/Administrador/2015


A parti do fragmento a seguir, responda à questão.
Guardar água em vasilhame de material de limpeza
Não adianta lavar mil vezes. Nunca reutilize galões de material de limpeza ou
de qualquer outro produto que tenha substância química para guardar água
para consumo. A água pode ser contaminada e causar problemas à saúde.
Sobre as formas destacadas nas frases “Nunca reutilize (1) galões de material
de limpeza” e “outro produto que tenha (2) substância química para guardar
água para consumo”, é correto afirmar que
a) a forma 1 indica uma posição autoritária.
b) as duas formas pertencem ao imperativo.

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c) a forma 1 indica ordem e a forma 2, conselho.


d) a forma 2 indica possibilidade e não fato real.
e) as duas formas interagem com os leitores.

29) FGV/TJ/TJ BA/Administrativa/2015


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O cartaz publicitário do refrigerador contém duas frases com a forma verbal no


imperativo: “compartilhe este produto” e “veja outras formas de pagamento”.
O valor desse modo verbal nas frases destacadas é o de:
a) impor uma vontade ao interlocutor;
b) incentivar o leitor a fazer algo;
c) ordenar ao cliente a execução de uma ação;
d) pedir ao consumidor a realização de uma tarefa;
e) aconselhar o comprador a executar um ato.

30) FGV/Ag Faz/Pref. Niterói/2015


Texto – Argumentos contra a redução da maioridade penal
1. A redução da maioridade penal fere uma das cláusulas da Constituição
Federal que não podem ser modificadas por congressistas.
2. A inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro não
iria contribuir para sua reinserção na sociedade.
3. A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos
isolados, e não em dados estatísticos.

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4. Em vez de reduzir a maioridade penal, o governo deveria investir em


educação e em políticas públicas para proteger os jovens e diminuir a
vulnerabilidade deles diante da violência.
5. A redução da maioridade penal iria afetar, principalmente, jovens negros,
pobres e moradores de áreas periféricas no Brasil, na medida em que este é o
perfil de boa parte da população carcerária brasileira.
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(UolCotidiano 19/05/2015 – adaptado)

“cláusulas da Constituição Federal que não podem ser modificadas por


congressistas”.
A forma ativa da frase sublinhada é:
a) que não podem modificar-se por congressistas;
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b) que congressistas não podem modificar;


c) que congressistas não podem modificar-se;
d) que não se modificam por congressistas;
e) que congressistas não modificaram.

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11 – Gabarito

1 E 7 D 13 A 19 B 25 A
2 A 8 A 14 B 20 A 26 C
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3 A 9 A 15 D 21 A 27 E
4 B 10 C 16 B 22 D 28 D
5 A 11 A 17 D 23 D 29 B
6 E 12 C 18 A 24 B 30 B
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12 – Referencial Bibliográfico

1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua


Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 2009.

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