Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MARANHÃO
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
DIRETORIA DE ENSINO SUPERIOR
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MATEMÁTICA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
CÔNICAS E APLICAÇÕES
SÃO LUÍS
2013
2
CÔNICAS E APLICAÇÕES
SÃO LUÍS - MA
2013
Silva, Rildenir Ribeiro.
Cônicas e Aplicações / Rildenir Ribeiro Silva. – São Luis, 2013.
81 fls.
UNIPÊ / BC CDU
- 658:004
3
CÔNICAS E APLICAÇÕES
BANCA EXAMINADORA
___________________________________
Prof. MsC. Alexandre Pereira Sousa
Orientador
_________________________
1º Examinador
Profª. Drª. Déa Nunes Fernandes
______________________
2º Examinador
Prof. MsC. Raimundo Santos de Castro
4
AGRADECIMENTOS
Aos que mais amo, minha família e em especial minha mãe Dineusa Vieira da
Silva que sempre sonhou e esperava por este momento, ainda que longe, sei que está muito
feliz pela minha vitória.
Aos meus colegas e amigos de curso, Ronald Ramos, Luís Alves, Arquimedes,
João Batista, Letícia Araújo, Luanderson e todos aqueles que direta e indiretamente me
apoiaram durante à realização deste trabalho.
(Euclides de Alexandria)
7
RESUMO
Este trabalho apresenta uma exposição sobre as cônicas. Mencionamos fatos e entes históricos
que marcam o inicio e a evolução do estudo das curvas cônicas dentro da Geometria Analítica
que repercutem até nos dias de hoje, com aplicações em diversos ramos do conhecimento
científico. Daremos um tratamento diferenciado estudando as principais secções cônicas e
suas ferramentas com algumas de suas aplicações, utilizando recursos da álgebra linear,
visando assim, uma nova abordagem para este assunto. De forma interativa se faz necessário
o uso de recursos didáticos, que venham a facilitar à exploração deste conteúdo, onde
utilizamos o software computacional, Geogebra, sendo este uma ferramenta crucial para o
esboço prático do ensino da Geometria, ajudando na construção e animação geométrica dessas
figuras facilitando assim a relação ensino-aprendizagem.
ABSTRACT
This paper presents an exhibition on the bevel. Mentioned facts and historical ones that mark
the beginning and evolution of the study of conic curves within the Analytic Geometry that
resonate even today, with applications in various branches of scientific knowledge. Give
differential treatment by studying the main conic sections and their tools with some of its
applications using linear algebra resources, aiming thus a new approach to this subject.
Interactively is necessary the use of teaching resources that will facilitate the exploitation of
this content, where we use computational software, Geogebra, which is a crucial tool to
outline the practical teaching of geometry, helping in the construction and animation of these
geometrical figures thus facilitating the teaching-learning relationship.
Keywords: Analytic Geometry. Conic sections - Linear Algebra. Geogebra. Teaching and
Learning.
9
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 11
1.2 SECÇÕES CÔNICAS: TRATADOS HISTÓRICOS....................................................14
1.2.1 Representação Geométrica e Elementos......................................................................21
1.2.2 Cônicas Degeneradas.....................................................................................................24
2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS MATRIZES...........................................................27
2.1 DEFINIÇÃO DE MATRIZES.........................................................................................27
2.1.1 Matriz Quadrada...........................................................................................................28
2.1.2 Soma de Matrizes e Propriedades ...............................................................................28
2.1.3 Produto de uma Matriz por um escalar e Propriedades............................................29
2.1.4 Produto de Matrizes e Propriedades............................................................................29
2.1.5 Matriz Transposta e Propriedades...............................................................................30
2.1.6 Matriz Inversa e Propriedades.....................................................................................31
2.1.7 Matrizes Semelhantes....................................................................................................32
2.2 ESPAÇO VETORIAL E PROPRIEDADES.................................................................32
2.2.1 Subespaço Vetorial.........................................................................................................33
2.2.2Combinação Linear.........................................................................................................34
2.2.3 Dependência e Independência Linear..........................................................................35
2.2.4Base de um Espaço Vetorial...........................................................................................36
2.2.5 Mudança de Base...........................................................................................................36
2.3 TRANSFORMAÇÕES E OPERADORES LINEARES - PROPRIEDADES...........40
2.3.1 Matriz de uma Transformação Linear........................................................................41
2.4 AUTOVALORES E AUTOVETORES.........................................................................43
2.5 DIAGONALIZAÇÃO DE OPERADORES..................................................................46
2.6 CÔNICAS E CLASSIFICAÇÕES.................................................................................47
2.6.1 Simplificação da Equação geral das cônicas...............................................................48
2.6.2 Classificação das Cônicas..............................................................................................52
3 EQUAÇÕES CARTESIANAS DAS CÔNICAS ..............................................................53
3.1 ESTUDO DA ELIPSE......................................................................................................53
3.1.1 Elementos Principais da Elipse.....................................................................................54
3.1.2 Equações da Elipse........................................................................................................54
3.1.3 Análise dos Parâmetros b na Equação Reduzida da Elipse................................57
3.1.4 Translação de Eixos da Elipse......................................................................................57
12
1 INTRODUÇÃO
caminhos entre os envolvidos neste espaço do saber. O desafio de quem ensina a matemática
se encontra, exatamente neste momento, o qual o aluno deve ter a ciência de que a matemática
está entrelaçada com a história e o desenvolvimento das civilizações, propiciando assim ao
aluno maneiras pela qual ele pode fazer relações com várias situações dentro da construção
deste conhecimento matemático, conforme cita os Parâmetros Curriculares Nacionais –
PCN’s:
A história da matemática pode oferecer uma importante contribuição ao processo de
ensino e aprendizagem dessa área do conhecimento. Ao revelar a matemática como
uma condição humana, ao mostrar as necessidades e preocupações de diferentes
culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer comparações entre
conceitos e processos matemáticos do passado e do presente, o professor cria
condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante
desse conhecimento. Além disso, conceitos abordados em conexão com sua história
constituem veículos de informação cultural, sociológica e antropológica de grande
valor formativo. A história da matemática é, nesse sentido, um instrumento de
resgate da própria identidade cultural. (BRASIL, 1999, p.42);
Em muitas situações em sala de aula o aluno mostra-se mais confortável com o uso
de tecnologias através do computador e softwares do que o próprio professor, visto
que nos últimos tempos as crianças e jovens fazem uso dessa tecnologia em jogos e
brincadeiras que são dispostos aos mesmos por meio da tecnologia.
(D’AMBRÓSIO, 1986).
O que nos leva a priorizar por este assunto é que existe a partir de algumas
constatações que o tema em questão, muita das vezes não chega a ser ministrado no período
1
letivo das escolas públicas e privadas e quando o é abordado não é tratado de forma
abrangente e completo, limitando-se apenas a tópicos iniciais da geometria analítica como
definições de ponto, reta, equações cartesianas e circunferência. A justificativa por parte de
alguns educadores da área é que por se tratar de um assunto extenso em sua ementa, acaba
que não restando o tempo necessário para à concretização efetiva do conteúdo. Com isso, é
através desta lacuna que parte nosso interesse em tornar este ramo da matemática mais visível
e atraente aos olhos de todos os envolvidos com a matemática, propondo desta maneira outros
meios de se compreender tal assunto enriquecendo ainda mais o conhecimento sobre as
secções cônicas.
Sendo assim, é neste sentido que buscamos ampliar o entendimento no que se
refere ao conteúdo que envolve às cônicas, de modo que este assunto seja melhor interpretado
1
Usaremos aqui os termos “cônicas”, “secções cônicas” e “curvas cônicas” fazendo referência às curvas: Elipse,
Parábola e Hipérbole.
14
tornando-se cada vez mais interessante àqueles que o vir estudar, levando-o de fato, a tomar
conhecimento do que ele está estudando e aprendendo, tudo isso através de uma abordagem
simples, dinâmica e contextualizada, aguçando ainda mais o interesse por este assunto de
significativa relevância no estudo da matemática.
2
Todas as compreensões aqui apresentadas sobre este tema estão baseadas em (BOYER, 1988).
15
considerada a mais permanente obra de todos os tempos e também o melhor livro texto até
então produzido, sendo utilizado até os dias de hoje.
Esta grande obra de Euclides é o primeiro documento considerado como científico
da humanidade, e a geometria chamada de geometria euclidiana passou a ter um caráter
axiomático através do matemático alemão David Hilbert (1862-1943), em seu trabalho
Fundamentos da Geometria ele apresenta um novo conjunto de axiomas para a geometria
superando aquele original de Euclides, sistematizando desenvolvimentos realizados no século
XIX, apresentando o sistema com superior rigor formal. Das obras de Euclides uma das mais
importantes que se perdera foi Porismas de Euclides, em que o termo porisma deriva-se de
uma palavra grega, que significa meios de obtenção e As Cônicas que conforme referências
deveriam tratar de esferas, cilindros, cones, elipsoide de revolução, paraboloide de revolução,
hiperboloides, etc.
Um estudo mais criterioso, com mais rigor e sistemático sobre as secções cônicas,
em geral, torna-se relevante e impulsiona-se com Apolônio de Perga, (262 - 194 a.C.), ver
foto, figura 1. Astrônomo e matemático grego viveu no mesmo período de Arquimedes. Ele
dá prosseguimento aos estudos feitos por seus antecessores, sendo que ele diante desta disputa
pela busca de novos caminhos para o avanço das cônicas torna-se um cordial rival de
Arquimedes e de outros, derrotando-os nesse campo do conhecimento que trata sobre as
secções cônicas, inclusive à obra As cônicas de Euclides.
Apolônio de Perga possui este segundo nome referente à cidade a qual nasceu,
em Perga, na Ásia Menor, hoje Turquia. Estudou na cidade de Alexandria na escola dos
sucessores de Euclides, cidade esta aonde veio a falecer no ano de 194 a.C.. Sabemos pouco
sobre sua vida, no entanto seu trabalho teve grande influência no desenvolvimento da
16
matemática em particular pela sua mais importante obra prima “As Cônicas”, sendo
categorizado pelos os antigos de “O grande Geômetra”.
Esta obra é composta por oito livros sendo que, apenas sete chegou ao nosso
alcance. Quatro destes livros existem ainda em grego e os outros três devem-se a tradução ao
matemático e astrônomo árabe, Thabit ibn Qurra,(826 - 901) dedicando-se à tradução de
clássicos das ciências gregas para o árabe, como por exemplo, Os Elementos de Euclides,
inclusive contribuindo para a preservação dos textos de grandes autores gregos até nossos dias
como Pitágoras, Arquimedes, Papus, Platão, Aristóteles, etc.
(círculos de raio zero)”, todos os grandes matemáticos da época aqui já citados, entre outros,
bem mais contemporâneos se empenharam em resolver tal problema, encontrando soluções de
diferentes olhares. Com o passar do tempo, devido ao aspecto instigador do referido
problema, o mesmo levaria o nome de seu próprio autor sendo chamado de “O problema de
Apolônio.”Segundo Boyer, no livro I, Apolônio analisou as propriedades fundamentais das
curvas mais completamente e com mais generalidade que os escritos de outros autores"
(BOYER, 1988, p. 165).
Com todas essas contribuições é considerado por muitos o "Pai das Cônicas",
pois de fato, é ele quem atribuía a estas curvas às designações conhecidas por todos nós até
hoje, Elipse, Parábola e Hipérbole, que ainda com Arquimedes, possuíam as seguintes
denominações: Secção de cone acutângulo (oxytone), secção de cone retângulo (orthotome) e
secção de cone obtusângulo (amblytome). Porém, sabe-se que as palavras elipse, parábola e
hipérbole não surgiram expressamente. Segundo relatos na história da matemática,
provavelmente foram adotadas pelos pitagóricos, com o objetivo de solucionar equações
quadráticas por aplicação de áreas. Vejamos abaixo a etimologia destas palavras:
Elipse vem do grego η, (elipsi), que significa “falta” ou carência. No
século III a.C., a Elipse era vista como a intersecção de uma superfície cônica com um plano
que não contém o vértice, não é perpendicular ao eixo e intercepta a superfície cônica, de
modo que o ângulo de inclinação do plano é menor que o das paredes do cone, ou seja, uma
falta de inclinação em relação a este.
Hipérbole vem do grego (ipervolí), que significa “excesso” ou
“exagero”. A palavra (ipér) significa “alem” e é um prefixo utilizado em diversas
palavras da nossa e de várias outras línguas; (volí) significa “disparo” ou “alcance”. A
Hipérbole era vista como a intersecção de um cone com um plano no caso em que o plano não
contém o vértice e intercepta as duas folhas de uma superfície cônica, de modo que o ângulo
de inclinação do plano é maior que o das paredes do cone, ou seja, um ângulo que vai além do
das paredes do cone.
Parábola vem do grego antigo , que significa comparação ou
igualdade. Essa palavra vem da junção de (“junto”) e (“lance”), ou seja, lançar
junto. A Parábola era vista como a intersecção de um cone com um plano no caso em que
este é paralelo a uma geratriz do cone, ou seja, o ângulo de inclinação do plano é o mesmo das
paredes do cone.
18
"...eu levei a cabo a investigação deste tema a pedido de Naucrates "O Geômetra",
quando ele veio a Alexandria e ficou comigo, e, quando eu o tinha discutido em oito
livros, dei-lhos de imediato, apressadamente, porque ele estava de partida; não foi
portanto possível revê-los, de fato eu escrevi tudo conforme me ia ocorrendo,
adiando a revisão até ao fim."(APOLÔNIO, 1675. Livro, As cônicas.)
A forma com que Apolônio trabalhava com as cônicas, evidentemente, era outra:
Ele se utilizava de áreas de retângulos para demonstrar estas curvas. Abaixo mostraremos as
representações de Apolônio por retângulos para os três casos e o que ele tinha em mente,
traduzido para a linguagem moderna:
elipse, exceto A1, vale a relação ( ), ou seja, está “em falta” em relação a
.Vide figura abaixo:
19
3
O tema abordado e figuras construídas neste tópico estão embasados em (LA HIRE, 1679).
22
I - UMA ELÍPSE
Detalhes:
- cone de uma folha;
α – plano que secciona ;
O plano α faz um ângulo de 90° com o cone no ponto P.
23
II – UMA PARÁBOLA
Detalhes:
Detalhes:
e - eixo fixo de ;
α – plano que secciona o cone e é paralelo ao eixo fixo de .
No tópico anterior, estudamos as secções cônicas como sendo curvas geradas pela
intersecção de um plano dadocom um cone de revolução, conforme mostra as figuras a
seguir.
Nestas representações observamos que a Elipse é obtida pela intersecção do cone
com o plano, tendo este uma inclinação menor que as paredes do cone (geratrizes); A
parábola se obtém com a intersecção do cone com o plano que tenha a mesma inclinação das
paredes (geratrizes) do cone. Uma hipérbole é a curva obtida da intersecção do cone com o
plano que tenha uma inclinação maior que a das paredes do cone. Estas curvas são chamadas
de cônicas não degeneradas.
As cônicas degeneradas nada mais são do que uma mudança da inclinação desse
plano durante sua secção na superfície cônica. Dessa forma, o que ocorre são deformações das
curvas elipse, parábola e hipérbole gerando novos entes geométricos referentes a cada uma
destas secções os quais veremos a seguir.
4
O tema Cônicas degeneradas foi abordado sob referências de (LEONIDAS, 2010).
*As figuras Foram construídas com o software Geogebra. Disponível em: www.geogebra.org
25
1º) Quando o plano possuir uma inclinação menor que a inclinação do cone
passando pelo vértice desse cone, então a intersecção entre e é um ponto,(figura 10-b),
que é chamado Elipse degenerada, ver figura abaixo:
(a) (b)
2º) Quando o plano possuir a mesma inclinação das paredes do cone passando
pelo vértice desse cone, então a intersecção entre e será uma ou duas retas paralelas
(figura 11-b), considerada uma parábola degenerada, ver figura abaixo:
.
(a) (b)
Figura 11: Parábola degenerada
26
(a) (b)
2.1 DEFINIÇÃO:
a 11 a 12 a 1n
a a a 2n
A 21 22
a n1 a n2 a nn
Assim, se uma matriz tiver linhas e colunas, escreve-se ( )e diz-se que a matriz é de
ordem 4 por 5.
28
Diz-se que uma matriz é quadrada quando o número de linhas for igual ao número
de colunas, isto é, .
Podemos citar como exemplo de matriz quadrada a matriz genérica do tipo
por , ou simplesmente de ordem .Vejamos:
a 11 a 12 a 1n
a a 22 a 2n
A 21
a n1 a n2 a nn
I ) Comutatividade: ;
II) Associatividade: ( ) ( ) ;
5
Neste capítulo os temas abordados estão referenciados em (BOLDRINI, 1980) e (STEINBRUSH e
WINTERLE, 1987)
29
IV) Elemento Simétrico: Para cada matriz , existe uma matriz (– ) definida por =
tal que:
( )
i) ( ) ( );
ii) ( ) ;
iii) ( ) ;
iv) .
n
A B C [cik ] m p , onde cik ai1 b1k ai 2 b2k ai 3 b3k ..... ain bnk aij b jk .
j 1
i) : ( ) ( )
30
( ) ( )
ii) :( ) ;
( ) ;
[ ]
a11 a12
Exemplo 1: Seja a matriz A
a22
. Então, a matriz transposta de A, é dada por:
a21
AT =( )
A Matriz Transposta pode ser usada algumas vezes como uma definição
alternativa para o produto escalar de dois vetores, em termos de multiplicação de matriz. Se
tivermos:
[ ] e [ ], então:
31
v1
v
= u1 u 2 u n . 2 = .
v n
II) ( ) = ;
III) ( ) = ;
IV) ( ) =
= onde:
Se a matriz não possui sua matriz inversa, dizemos que é singular ou não-
invertível.
( ) ( ) ( )
32
(ii) A matriz identidade é não singular e sua inversa é a própria matriz identidade
.
I)
II)
( )
( ) ( )( )
( )
(– ) (– ) ( )
33
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )( )
( )
I - Se , então ;
II - Se e , então .
2.2.1Subespaço Vetorial
1) ;
2) Se ;
3)
W=[ ]
W=[ ]=
Então: ...= = 0.
( – – ) – (– ).
6
Dizemos também que o Espaço Vetorial mostrado acima é finitamente gerado.
36
() ;
( ) .
(ii) Todo vetor ( ) pode ser escrito como combinação linear dos
vetores ( )e( ), Temos:
( ) ( ) ( )
a x
Então, a b y b y x
Portanto: ( ) ( – )( )
(Equação 2.2.5.1)
(a) (b)
(Equação 2.2.5.2)
Observe que a equação torna-se simplificada não possuindo mais o termo misto
. A demonstração de como se obtém a equação simplificada acima será apresentada no
próximo capítulo.
x
ou = 1 (Equação 2.2.5.3)
x2
y
ou = 1 . (Equação 2.2.5.4)
y2
38
Sendo uma base de , podemos escrever cada vetor da base , como combinação
linear dos vetores da base . Temos que:
. { (Equação 2.2.5.5)
( ) ( )
Ou,
( ) ( ) (Equação 2.2.5.6)
y1 a11 x1 a12 x 2
y 2 a 21 x1 a 22 x 2
ou matricialmente,
7
y1 a11 a12 x1
y a a x . (Equação 2.2.5.7)
2 21 22 2
Fazendo,
(Equação 2.2.5.8)
7
Com relação à matriz , alguns autores chamam esta matriz de matriz de passagem da base para a base
.
39
( )
Ou
( )
Solução:
1o) Escrevemos cada vetor de como combinação linear dos vetores de , assim:
( ) ( ) ( ) e
( – ) ( ) ( ),
[ ]
[ ]
[ ]
40
i) ( ) ( ) ( ) Para todo
) ( ) ( ) .
) ( – ) ( )– ( ) .
( ) = T( + + , + )
=( + ,( + )+( + ))
=( , + )+( + )
= ( ) + ( );
b) ( ) ;
( ) ( ) ( ) ( ) ( ).
, temos:
( ) ∑ ( )
( ) ( )
Exemplo: Sejam ; ( ) ( – – ) , ( )( – ) e
( )( – )( – ) de e , respectivamente:
Vamos determinar :
( ) ( – – ) ( ) ( – ) ( – )
, e
( – ) ( – )= ( )+ ( – )+ ( – )
, e
43
1 / 3 1 / 3
Portanto, [T] 7 / 3
v
2 / 3
w
5 / 3 5 / 3
( ) .
– ( – ) = 0, em que:
( – )
Autovetores de ou de : Para cada , são as soluções da equação:
( – ) .
Vejamos alguns exemplos:
( – ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ).
( – ) | |
( )( )
e .
Considerando ( ), temos:
( )( ) ( )( )
45
( ) ( )
{ {
{ {
que ( ) é um autovetor de .
Teorema 1: Uma matriz quadrada é diagonalizável se existe uma matriz , tal que,
, onde é uma matriz diagonal. Nesse caso, dizemos que é a matriz que
diagonalizaa matriz .
A matriz que diagonaliza pode ser construída como uma matriz cujas colunas
são autovetores da matriz . Vejamos o exemplo abaixo:
( ).
, então temos:
( )( )( )
( )( )
( )
( )
47
Definição 2.6: Chama-se cônica a todo conjunto de pontos do plano cujas coordenadas
, em relação à base canônica, satisfazem à equação do 2º grau:
,
Onde:
são números reias com não simultaneamente nulos. Essas curvas
incluem as parábolas, as elipses e as hipérboles que também são chamadas de cônicas não
degeneradas.
As coordenadas dos pontos do plano são as componentes dos vetores
que satisfazem a equação de uma cônica, como mostra a figura abaixo:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ( )
48
[ ] [ ], onde:
( ).
[ ], ou seja,
[ ][ ] [ ]
[ ][ ] [ ] (II)
( ) ( ) ( )e,
(III)
Passo 3: Substituindo a matriz por sua representação, nessa base de autovetores, temos
que:
[ ][ ] [ ][ ] , ou na forma simplificada;
(V)
50
Assim, quando passamos da equação (I) para (V), dizemos que ocorreu uma
mudança de referencial, isto é, uma mudança de base implicando em uma simplificação da
equação. Haja vista que, enquanto (I) apresenta o termo misto em , (V) está desprovida
deste termo.
A equação (V) pode ainda ser simplificada com o objetivo de se obter a equação
reduzida da cônica. Para tanto, realiza-se uma nova mudança de coordenadas por meio de
uma translação do referencial para um novo referencial . Esta nova mudança de
referencial é chamada de translação de eixos a qual veremos na etapa que segue.
( ) ( )
( ) ( )
Fazendo:
( ) ( ), temos que:
, logo:
(VI)
Contudo, temos que a equação (VI) representa a equação reduzida de uma cônica
de centro, sendo que o primeiro membro mostra a forma canônica da forma quadrática no
plano.
(II) Consideremos agora , supondo , então a equação (V) fica:
( )
( ) ( )
52
( ) e ( ), tem-se que:
(VII)
Logo, a equação (VII) representa a equação reduzida de uma cônica sem centro.
Caso tivéssemos , a equação reduzida da cônica sem centro seria:
ii) Como vimos, a equação de uma cônica sem centro é dada por:
ou
Logo, quando tivermos uma cônica representada por qualquer uma dessas
equações, então esta cônica será uma Parábola.
53
Definição 3.1. Uma elipse é o conjunto dos pontos ( ) do plano, tais que a soma das
distâncias de a dois pontos fixos e (focos) é constante, ou seja:
( ) .
Além disso, temos que a elipse é uma curva fechada e simétrica em relação à reta
que passa pelos focos e também com relação à mediatriz do segmento .
54
Dá-se o nome de elipse ao conjunto dos pontos P pertencentes ao plano, tais que:
( ) ( ) (1)
E segue a relação notável da elipse:
(2)
Tomemos P(x, y) um ponto genérico da elipse, cujos focos são F1(– c, 0) e F2(c, 0).
55
Temos que:
( ) √( ) (3)
( ) √( ) (4)
√( ) √( )
√( ) √( )
Elevamos ambos os membros ao quadrado, temos:
( ) √( ) ( )
√( )
√( )
√( )
√( )
Elevamos, novamente, ambos os lados ao quadrado:
( )
( )
( )
( )
Multiplicando ambos os membros por (– 1), temos:
( )
( ) ( )
Dividimos ambos os lados por ( – ):
( ) ( – )
( – ) ( – ) ( – )
56
(5)
(6)
Substituindo (6) em (5), obtemos:
(7)
⃡
⃡;
Origem em ( ).
(8)
57
{
58
( ) ( )
( ) ( )
Definição 3.2.Parábola é o lugar geométrico dos pontos de um plano que são equidistantes
de uma reta e de um ponto do plano, conforme mostra a figura abaixo:
I)
| | √( )
| | ( )
, simplificando temos:
(II) A equação da parábola com foco em ( ), tendo como reta diretriz a reta
é dada por Vejamos a representação pelo gráfico abaixo:
62
( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) desenvolvendo, temos:
Definição 3.3: Dados dois pontos distintos e , fixos de um plano e seja a distância
entre eles. Chamamos de hipérbole o lugar geométrico dos pontos de cuja diferença, em
módulo, das distâncias a e é a constante . Com .Isto é:
Hipérbole || | , conforme mostra a figura abaixo:
(√( ) ) ( √( ) )
( ) √( ) ( )
65
√( )
( ) ( √( ) )
( )
( )
( ) ( )
, multiplicando ambos os membros por :
, dividindo por , vem:
Portanto:
Equação 3.3.2
(1º) e
( ) ( )
{
67
(2º) e , então:
( ) ( )
{
3.3.4 Assíntotas
As assíntotas são retas particulares que apenas a hipérbole possui. De acordo com
as equações reduzidas da hipérbole determinadas no subitem 3.3.2, vejamos agora as
equações das assíntotas para cada caso:
68
Na figura acima temos uma elipse de focos e , uma reta tangente à elipse no
ponto , formando os ângulos e , estes compreendidos entre e ,
respectivamente. Sabendo-se que a elipse é simétrica em relação aos eixos coordenados, então
é possível mostrar que , não sendo necessária aqui tal demonstração. Logo, concluímos
que:
Figura 39: Rotunda do Capitólio, EUA. Figura 40: Tabernáculo dos Mórmons
Fonte: http://silmarcechin.blogspot.com Fonte: Estaca Porto Norte, 2012.
humano variando entre 75 e 76 anos a sua órbita. A última aparição do cometa vista por nós
foi no ano de 1986, sendo que a próxima passagem está prevista para ocorrer em Julho de
2061, (Figura 44).
Seguindo as leis de Kepler, anos mais tarde, Isaac Newton aplicou-lhes o seu
cálculo diferencial e concluiu a Lei da Atração universal e verificou, também, que os satélites
efetuam uma órbita elíptica em torno do seu planeta. A órbita da lua descreve uma trajetória
elíptica da qual a Terra é um dos seus focos, (Figura 45).
Figura 41: órbita elíptica dos planetas Figura 42: órbita elíptica do cometa Halley
Fonte: educar.sc.usp.br Fonte: educar.sc.usp.br
O bilhar elíptico possui um único bordo no formato de uma elipse com um buraco
situado em dos focos segundo a figura 44. Uma bola colocada no outro foco quando atirada
em qualquer direção da mesa deverá cair no buraco. O mesmo feito ocorrerá com a bola
quando a mesma for colocada em qualquer outra posição da mesa e atirada em direção ao
outro foco do bilhar elíptico.
72
A reta tangente a um ponto da parábola, forma ângulos iguais com a reta que
passa por este ponto, sendo paralela ao eixo de simetria e com o segmento que liga ao
foco.
73
Figura 52: Superfície Refletora Hiperbólica. Figura 53: Esquema interno do Telescópio Cassegrain.
Fonte: Astroguia.org
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo da minha jornada para com a construção deste trabalho, ainda que,
sabendo que o mesmo tinha apenas a finalidade de obtenção de titulo de graduado, com isso
foi possível conhecer e aprender a história das cônicas e de seus principais estudiosos, sendo
possível também entender suas propriedades, funcionamento e aplicações em diversas áreas.
Sendo assim, fica nossa ânsia através deste trabalho que, o ensino das secções
cônicas nas escolas possa ser revisto e repensado com a finalidade de que este assunto seja
introduzido de uma maneira prazerosa, que tenha sentido para quem o vier estudar, por se
tratar de um assunto de grande complexidade, muito agradável de ser trabalhado e de
inúmeras aplicações, nós como futuros educadores e pesquisadores temos a ciência de que há
um longo caminho a ser percorrido em busca de novas ideias e descobertas.
79
REFERÊNCIAS
BOLDRINI, J.L. Álgebra linear I. 3.ed. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980.
BOULOS, P.; CAMARGO, I. Geometria analítica. 3.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
BOYER, C. B., História da matemática.2.ed. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1974.
BRASIL/MEC, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.
Brasília, 1998.
D’AMBROSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática.2. ed.São
Paulo: Sumus. editorial, 1996.
LEITHOLD, L. O Cálculo com geometria analítica.São Paulo: Harbra,1982.
LEONIDAS, S. J. – Álgebra linear para ciências econômicas, contábeis e da administração.
São Paulo: Cengage Learning, 2010.
NETO, F. Q. Tradução comentada da obra novos elementos das secções cônicas (Philippe de
La Hire -1679) e sua relevância para o ensino de matemática. 2008. Dissertação de
Mestrado-UFRJ-Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática. Rio de Janeiro,
2008.
SWOKOWSKI, E. W. Cálculo com geometria analítica.São Paulo: Makron Books, 1984.
STEINBRUSH, A.; WINTERLE, P. Álgebra linear, 2.ed.São Paulo: Pearson Makron Books,
1987.
VASCONCELLOS, F.A. História das matemáticas na antiguidade. Lisboa: Livrarias Aillaud
e Bertrand. 1925.
<http://fatosmatematicos.blogspot.com/2011/02/propriedade-refletora-da-elipse.html>
acesso em 08 de Outubro de 2012.
<http://www.sato.prof.ufu.br/Conicas/index.html> acesso em 08 de Outubro de 2012.
<http://astro.if.ufrgs.br/lua/lua.htm> acesso em 20 de Dezembro de 2012.