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O Caráter Aperfeiçoado Pelos Conflitos PDF
O Caráter Aperfeiçoado Pelos Conflitos PDF
o pas or ao redemOInho dos con h os. t Impera IVO que os ,deres estejam
preparados para que esse prob ema ão co um não hes roube O 'gor e
en raq eça se mlOlS éno
onde v e com a mulher, 5uzanne, e os dOIS filhos, Nate e TIm. Ele escreve para
a revista Leadershíp [Liderança] e para o Disopleship JoumaJ.
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Vida
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MARCELLO TOLENTINO
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EDITORA VIDA
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Fax: O xx 11 (í(-j18 7050
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lntroduçao 11
I. Expulso 15
2. Jogar machucado 27
6. Necessidades bmiliares 65
7. MalHcr o equilíbrio 73
8. Anjos na turbulência 81
9. O momento de retfoceder 91
SR. MAMÃE
ta, jogar tênis, carninhar, aln10çar juntos. Essas atividades nos apro-
ximaram muito naquele momento difícil. Sem o apoio de Suzanne,
meu desemprego teria sido negativo em vez de positivo para os
relacionamentos de nossa família. Embora nosso dinheiro estivesse
curto, tínhamos tempo de sobra, e decidimos gastá-lo livremente
um com o OUtro. felizmente tínhamos casa própria e não sentimos
pressão imediata para mudarmos. Pastores que vivem na casa pas-
toral devem lidar com situações muito mais complexas, tais con10
encontrar um local para mudar de imediato e deslocar a família
para outro lugar. Não precisamos privar nossos filhos da escola e
dos amigos.
Foco NA FAMíLIA
Minha esposa observou que quando cu, como pastor, perdi meu
emprego, perdemos mais do que um salário. Perdemos também
nossa família da igreja, a mesma comunidade de outras pessoas de-
sempregadas que ainda podem se aproxilnar dda para encontrar
conforto, cOlnpreensao e encorajamento.
24 O CARÁTER APERFEIÇOADO PELOS CONFLITOS
Com o passar dos anos orientei vários jovens desejosos de ser pas-
tores ou ter outra vocação ministerial. Não é incornum para 111im
ouvir deles após algum tempo no trabalho ministerial: "Não agüemo
JOGAR MACHUCADO 29
mais isto. Por que você não Ine contou que a vida no ministério
poderia ser tão brutal?".
Ao ouvir seus questionamentos e incertezas sobre seu chamado,
geralmente lhes faço uma pergunta, a qual já me fiz inúmeras vezes:
- Você i,i se questionou o porquê de Deus não cuidar melhor
de nós no ministério~
Surpresos de lhes fazer tal pergunta, normalmente respondem:
- Siln, já fiz tal pergunta, C01110 você sabe? Pensei que nin-
guém mais levantasse tal questão!
Se estivesse no lugar de Deus, fazendo seu trabalho por algum
tempo, iria 111e assegurar de proporcionar um cuidado especial para
os que estão na linha de frente do ministério. Mas Deus parece não
Etzer isso. Achamos não existir muito favorecirnento para ministros
vocacionados. Às vezes, parece que não va1110S .'lupanar a dor.
Nem todo pastor que está lendo minhas palavras será capaz de
dizer: "Passei pelo conflito e emergi melhorado, e não amargurado,
curado por meio da dor". Há vezes em que a palavra curar, desafian-
do a definição, parece longe de nós. Algumas vezes petguntei se
algum dia me sentiria completo novamente. Não renho chavões
piedosos.
Tenho unl drnigo que orientei durante seus anos de seminário.
Permanecemos em contato hei quinze anos, desde sua graduação e
seu primeiro pastorado. Muitas vezes, ele comenta sobre sua atual
igreja: "Sinto-me travado aqui. Essas pessoas não querem progre-
dir; querem só suprir suas necessidades c, depois, exigir mais ainda.
Querem tanto, pagam tão pouco e, então, chutam-me quando es-
tOU desanimado. Sinto-me usado e abusado por elas, mas Deus
não parece fãzer qualquer coisa sobre isto".
Se meu amigo lesse esre livro poderia perguntar: "Mas o que
você faz com as feridas não curadas? Quando estão cicatrizando,
alguém venl e arranca a casquinha".
Ouvi meu amigo parafrasear tanto as palavras de Já, que as me-
morizei: "Como dois e dois são quatro, assim o pastot também
está destinado a ser usado e abusado".
30 O CARÁTER APERFEiÇOADO PELOS CONFLITOS
GRAÇA PLENA
Mas agora assim diz o Sr:-:1l0R, aquele que o criou, ó Jacó, aquele
que o formou, ó Israel: "Não tema, pois eu o resgatei; eu o
chamei pelo nome; você é meu. Quando você atravessar as
águas, eu estarei com você; quando você atravessar os rios, eles
não o encobrirão. Quando você andar através do fogo, não se
queimará; as chamas não o deixarão em brasas. Pois eu sou o
SENHOR, o seu Deus, o Santo de Israel, o seu Salvador; dou o
IDENTIDADE SOFREDORA
PRATIQUE A BONDADE
Que mais direi? Não tenho tempo para falar de Cidcão, Baraquc,
Sansão, Jefré, Davi, Samuel e os profetas, os quais pela te con-
quistaram reinos, praticaram a justiça, alcançaram o cumpri-
mento de promessas, fecharam a boca de leões, apagaram o
poder do fogo e escaparam do fio da espada; da fraqueza tira-
ram força, tornaram-se poderosos na batalha e puseram em
fuga exércitos estrangeiros. I louve mulheres que, pela rcssur-
PREGAR DURANTE CONTROVÉRSIAS S5
CORAÇÕES TERNOS
IDa e não nas pessoas discordantes com o que acontecia. Para isso,
usei a mensagem de Atos 15 e intitulei o sermão "Liberdade pela
qual vale a pena lutar". O ponto era que nossa liberdade espiritual e
autononlia são valores cristãos centrais. Tentei mostrar COlno desde o
livro de Atos houve constantes araques à liberdade conquistada por
Jesus Cristo para nós na cruz. Atos 15 diz que nosso relacionamento
COIll Deus COIlleça solllente pela graça, por lneio da fe; a vida resul-
tante é uma vida de liberdade e autonomia em Jesus Cristo.
Em minha exposição tratei de ambos os grupos que entreolha-
vam-se separados pelo corredor. Mostrei como a decisão do concí-
lio de Jerusalém, em Atos 15, dificulta determinar a intenção do
coração de uma pessoa para com Deus apenas julgando-a pelo esti-
lo de sua roupa ou a ausência de sapatos ou meias. Entretanto, a
liberdade de não calçar sapatos não deve menosprezar as convicções
dos outros. Antes, devemos exercitar nossa liberdade em Cristo
com um espírito de sensibilidade e interesse pelos outros membros
da família de Deus.
A resposta ao sermão foi maior do que havia pedido a Deus.
A primeira pessoa a conversar comigo após o culto foi uma se-
nhora idosa que havia chorado duas semanas antes, após o culto de
jovens, tanto pelo desgaste quanto pelo desrespeito dos jovens pela
casa de Deus. Segurou na minha mão e disse: "Não sei se posso me
acostumar com as pessoas não usaretn sapatos na igreja, mas agora
vejo que isto não diz nada sobre o quanto amam o Senhor". Senti-
mentos similares foram externados repetidamente naquela manhã
por pessoas de ambos os lados do problema. Fiquei maravilhado
com a força da palavra de Deus para trazer reconciliação.
A IMPRESCINDíVEL ALMOFADA
Unl anúgo estava envolvido em um conflito en1 sua igreja nos úl-
timos seis meses. A situação era tão complicada que ele estava pla-
nejando desligar-se dentro de duas semanas. Quando falei com ele
naquela selnana, perguntei-lhe como conseguia pregar todo dOInin-
go enquanto seus adversários f'llavam mal dele e ganhavam terreno
na btiga ao dividir a igreja.
Sua resposta foi: "Coloquei uma almofada entre mim e a con-
gregação".
Explicou que um senhor da igreja, amigo e ctistão maduro, colo-
cara-se na lacuna aberta entre pastor e congregação. Aquele senhor
pern1itiu a meu amigo externar seus pensamentos e en10ções em Ulll
ambiente seguro. Meu amigo pastor diz que aquilo evitava que ele
lançasse um ressentin1cnto envenenador na congregação durante sua
PREGAR DURANTE CONTROVERSIAS 61
o TORMENTO DA TRAiÇÃO
OÁSIS FAMILIAR
disse que a princípio era diflcil contar aos filhos sobre os problemas
da igreja. Mas contaram-lhes, tentando não maldizer os membros
da igreja, e os rapazes os apoiaram, algo inesperado pelos pais.
Não há nada semelhante ao apoio da família durante momen-
tos de crises no ministério. É claro que nossos filhos não podem
ser nossos terapeutas c precisamos pesar bem as informações pas-
sadas para eles. Mas nossos familiares significam muito para nós e
é encorajador quando se reúnem para nosso apoio e aceitação dos
fatos.
Na época que fui forçado a sair do pastorado (a história contada
no capítulo 1), nossa família nos apoiou tremendamente. Ainda
que nossos filhos fossem novos na época, Suzanne e eu tentalnos
cOlllpartilhar com eles nossas lutas de uma forrna apropriada ao
entendimento deles. Não eram maduros o suficiente para entender
os detalhes do conflito, mas sabiam ser hora de nossa família se
. .
unrr e apOIar um ao outro.
Permitir que os filhos cuidem de nós em momentos de crise
emocional é uma experiência de humildade. Ainda lembramos
com gratidão as noites jogando dama e dominó ou montando
um quebra-cabeça. Caminhadas juntos, em lugares montanho-
sos, longas trilhas pedalando e passeios de canoa forneceram re-
novação e descanso.
FILOSOFIA DE VIDA
QUANTO É O "SUFICIENTE"?
treinando mais duas pessoas para ajudá-lo CIn outras etapas de scu
trabalho. Até mesmo me perguntou se podia cobrá-lo quanto às
suas decisões.
Posso ouvir a objeção de alguns: "Mas como fica a execução do
trabalho' Como você pode conseguir realizar algo em apenas 50 ou
55 horas por semana no ministério?".
Minha reposra é simples: "Você poderia, por favor, definir 'su-
ficiente' para mim?".
Descobri que meu trabalho nunca termina e preciso de discipli-
na para dizer "terminei". Sabet quando parar a cada dia de trabalho,
é crucial para a vida equilibrada.
ENSINANDO A IGREJA
Horário de trabalho:
Estou aqui na maioria dos dias a panir de 8 ou 9 horas. Ocasio-
nalmentc chego às 7 horas, mas em alguns dias chego às 10 ou
11 horas. Geralmcnte saio às 16 ou 17 horas, mas ocasional-
mente saio às 18 ou 19 horas. Algumas vezes saio às 23 horas.
Outros dias, ou manhãs ou tardes não venho e, ultimamentc,
estou aqui praticamente o tcmpo todo, cxceto quando me en-
contro em algum outro lugar, mas deveria estar aqui ao mesmo
tempo também.
78 O CARÁTER APERFEiÇOADO PELOS CONfliTOS
EXCEÇÃO À REGRA
PALAVRA E EspíRITO
ESCOLHENDO AS DISCUSSÕES
Foi uma grande revelação descobrir que não vale a pena engajar-se
em toda batalha e nem todo conflito vale meu envolvimento. Al-
guns assuntos incencli<lrios simplcsn1ente precisanl ser evitados.
Quando Neemias liderava a reconstrução do muro de Jerusalém,
teve muitas oportunidades para conflitos. Sempre me impressiono
o MOMENTO DE RETROCEDER 93
QUANDO IR À LUTA
DESLIZE NA INTEGRIDADE
meu erro acabou se tornando UIna lição para nós três; o empreitei-
ro e o dono da casa adnlitiram ter cOI11etido o meSI110 erro.
O conflito tem um jeito especial de crescer de um pequeno
deslizamento de terra para um desmoronamento completo, e a ter-
ra faz vítimas enquanto desce morro abaixo. Um conflito tem o
potencial de arruinar a integridade de ambos os contendores de
uma questão. Isso acontece quando cada lado procura juntar apoio
a seu favor - fazendo afirmações exagcradas, escondendo a verda-
de, contestando os Inativos do outro.
Como podemos nos guardar disto? Um passo importante é re-
cusar discutir questões relevantes com os não envolvidos direta-
Inente no caso. Precisamos ser fiéis ao citar fatos de uma situação e
não exagerar os detalhes. Quando mantemos nossa integridade, não
somente exibimos um comportamento cristão, mas também não
arriscamos perder nossa credibilidade com outros - incluindo as
pessoas do outro lado da discussão.
Um grande amigo recentemente pediu para sair de sua igreja,
após mais de um ano de incansáveis conflitos. A grande maioria das
pessoas da igreja ficou chocada ao ouvir sobre sua demissão. Elas
não tinham idéia de que ocorriam problemas na igreja.
Perguntei-lhe como as pessoas não sabiam de nada sendo o con-
flito tão severo. Sua resposta revelou muito de sua integridade du-
rante aquele sofrimento. Ele disse: "Nunca falei sobre os problemas
con1 ninguém na igreja indiretan1cnte envolvido. E os que estavam
do outro lado da quesrao só se comunicaram com quem pensava
da mesma maneira que eles".
Não devemos usar a Inesma arn1a do adversário, pois isso C0111-
promete nossa integridade. Como Oswald Chambers uma vez es-
creveu: "Buscar que meu adversário reconheça meus direitos é algo
natural: mas do ponto de vista do Senhor não importa se fui enga-
nado ou não; o que importa é que eu não engane pessoa alguma".
A reação de meu anligo ao conflito em sua igreja foi um exem-
plo poderoso do que chamo de "liderança por eocarnação". É o
98 O (ARÁ TER APERFEiÇOADO PELOS CONFLITOS
MEDIDA DE PREVENÇÃO
Uma das coisas que mais gosto nas revistas e jornais é a seção
"Onde eles andam agora''', sobre a vida de personalidades em uma
perspectiva comparativa entre passado e presente. É interessante des-
cobrir a direção que a vida de alguém tomou desde a fama. Acho
valiosa tal reflexão em minha própria vida, especialmente ao relacio-
nar a eventos que de alguma forma eram significantes. Escrever este
livro deu-me uma visão do passado e do presente em minha vida
desde a saída da igreja descrita no prin1eiro capítulo. Posso agora ver,
a partir desta perspectiva do conflito, Deus usando minha experiên-
cia para amadurecer-me - COIllO pessoa e como pastor.
A maioria das lições que aprendi esrão entrelaçadas nas páginas
anteriores desre livro, mas ao reflerir nos escritos de v;írios anos de
meu diário pessoal, percebo que pelo conflito no minisrério, Deus
ajudou-me a descobrir o tipo de bem ele revela por meio da dor.
A DOR PURIFICADORA
TODOS À ESPERA
NINGUÉM É INOCENTE
,\1iniSlério paswral
Tiragcm Ano
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FOrllltlto $ 14 x 21 em
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Produção gráfica
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Foto/ito
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Produção editorial
Coordolil('áo
AlIJO MI:~ljFS
A."úténtlt/
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/I/orma!izaçâo de texto
!\-íA{:RO N()(:u'jj{.\
Frlição de to:/o
171-\\1.\ R. CRIJ Ml'SQl'['jA
1.1''':\ AR'INl IA
Reui,âo de jlrolltH
Roc;tR[O 1'(lRTIIIA
Projeto c'(ftÍfiC(I
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CompoJir iio
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