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APOSTILA 728 Historia Da Musica Da Pre Historia A Renascenca PDF
APOSTILA 728 Historia Da Musica Da Pre Historia A Renascenca PDF
uu
DE SANTOS
História da
Música: da Pré-
História à
Renascença
MÚSICA 1
SEMESTRE 1
UNIVERSIDADE METROPOLITANA
Núcleo de Educação a Distância
DE SANTOS
Créditos e Copyright
TOSSINI, Rosa B.
História da Música: da Pré-História à Renascença. Unimes
Virtual. Santos: Núcleo de Educação a Distância da
UNIMES, 2015. 65p. (Material didático. Curso de musica).
Modo de acesso: www.unimes.br
1. Ensino a distância. 2. Música. 3. História da Música: da
Pré-História à Renascença. I. Título
CDD 780.8
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso
oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em
qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
Copyright (c) Unimes Virtual
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato.
MÚSICA 2
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Núcleo de Educação a Distância
DE SANTOS
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PLANO DE ENSINO
EMENTA
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
MÚSICA 3
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Núcleo de Educação a Distância
UNIDADE I
DE SANTOS
A Música na Antiguidade: Analisar o desenvolvimento musical no Período da
Antiguidade comparando as características sonoras de cada período musical por
meio de vídeos ou áudios disponíveis em cada aula.
UNIDADE II
UNIDADE III
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BENNET, R. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
CAVINI, M. P. História da Música Ocidental: uma breve trajetória desde a Pré-
História até o século XVII. São Carlos: UFSCar, 2011.
GROUT, D. e PALISCA, C. História da Música Ocidental. Tradução: Ana Maria
Faria. Lisboa: Gradiva, 1997.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BURKHOLDER, J. P., GROUT, D. e PALISCA, C.; A History of Western Music.
Hardcover: 9th Edition, 2014. ISBN 978-0-393-91829-8
CARPEAUX, O. M. O Livro de Ouro da História da Música. 2° ed. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2001.
HARNONCOURT, N. O Discurso dos Sons. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.
MALHOTRA, R. (org.). História da Música: da antiguidade aos nossos dias.
Tradução de Manuel Alberto Vieira. Berlim: H. F. Ullmann, 2008.
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RAYNOR, H. História social da música. da idade média a Beethoven; tradução de
Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
METODOLOGIA
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e
apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como
forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte
teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos
específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações à distância e Presencial, de
acordo com a Portaria da Reitoria UNIMES 04/2014.
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Sumário
MÚSICA 6
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Aula 31_Música Renascentista - O Início da Ópera .............................................................................152
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Aula 01_ Iniciando a Disciplina
Prezado aluno
Bem-vindos à disciplina de História da Música da Pré-História à Renascença. Esta é
uma disciplina obrigatória para todos os alunos do curso de Educação Musical
ministrados na modalidade a distância pela UNIMES.
Período: Um Semestre.
Carga Horária: 80h
A Disciplina:
O curso procura abordar, de forma panorâmica, a principais etapas da evolução da
linguagem e da prática musical no Ocidente, da Antiguidade Clássica ao final do
século XVI, procurando relacioná-las à história e ao desenvolvimento humano dessa
fase e, sobretudo, abordando o seu significado para a vida atual, estabelecendo uma
contextualização política, social e artística.
Metodologia
1. Apreciação e discussão de textos, filmes, documentários e gravações
musicais
2. Leitura e discussão da bibliografia apresentada.
3. Exposições do professor por meio de vídeoaulas.
4. Realização e discussão de pesquisas dos alunos.
5. Elaboração de textos por parte dos alunos.
Esta é uma disciplina com bastante conteúdo e vocês terão que ler bastante. Além
de ouvir muita música, claro.
Equipe e contato
Estamos organizados em uma equipe de um professores e tutores virtuais. Há ainda
os tutores presenciais que acompanharão as atividades realizadas nos polos.
Estamos disponíveis para o auxílio sempre que necessário. Desta forma, cada um
de vocês poderá contar com os professores e com os tutores virtuais para pontos
específicos da disciplinas no Fórum de Dúvidas e com o tutor presencial
diretamente no polo. Além disso, o Fórum de Dúvidas será considerado nosso
canal oficial de comunicação. Eventuais mudanças, recados e observações gerais
que são do interesse de todos serão postados neste espaço pelo professor e
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também pelos alunos, e por essa razão é fundamental que vocês verifiquem o fórum
periodicamente. Utilizaremos também outros canais de comunicação, como e-mail
interno, mensagens e chats para casos individuais e específicos. Inicialmente, vocês
devem explorar cada uma delas e entender como utiliza-las e em que momento uma
ou outra se encaixa melhor nas suas necessidades.
Cronograma Geral
É muita data, é muito prazo, muita coisa pra lembrar? Não se preocupe. Aqui,
facilitamos essa organização e colocamos tudo num único lugar para que você
possa consultar sempre que preciso. Consulte o Guia do Aluno e a Agenda
Pedagógica na nossa sala de aula virtual, lá estão todas as informações que você
precisa.
Critérios de avaliação e frequência
Cada atividade terá um critério de avaliação bastante específico. Contudo, há
alguns critérios mais gerais que devem ser observados para a realização de todas
as atividades, tarefas e outras ações no nosso ambiente virtual. São elas:
- Relação com os materiais didáticos:
Leia os conteúdos escritos e assista os vídeos antes de começarem a realização
das atividades. Assim, vocês farão as atividades com maior facilidade.
No mais, cada atividade vai ter suas orientações específicas. Estejam atentos
a todas elas que, somadas às colocadas aqui, serão de extrema importância no
resultado final de suas atividades.
- Netiqueta (ou etiqueta para internet):
É muito importante que todos sejamos bastante educados e muito claros em seus
textos. Observe sempre se aquilo que você escreveu pode soar ofensivo ou
agressivo para as demais pessoas. Use também cordialidade em início e
despedida de mensagens em fóruns ou e-mails. Um "olá" e um "até mais"
sempre são bem-vindos, certo?”.
E lembre-se: evite o “internetês” que são aquelas abreviações como por exemplo
“vc”, “tc”, “Kde?” muito utilizadas em salas de bate-papo on line e chats como msn,
facebook e outros. Esse tipo de escrita não cabe no nosso curso, combinado?
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- Plágio e cópia não referenciada
Esta é uma questão bastante séria. Vocês devem ter bastante atenção em suas
pesquisas para não copiarem texto e outros elementos indevidamente. A
produção de textos, sempre que solicitada, deve ser feita por vocês e, portanto,
utilizar material de outras pessoas (copiados de sites, livros ou outras mídias) é
proibido. Em textos dissertativos, ou mesmo em fóruns e espaços mais
informais, sempre que precisarem citar o texto de outra pessoa, tenham o
cuidado de revelar a fonte de forma explícita. Conheça as regras ABNT.
Sempre que um trabalho escrito for solicitado, autor do texto principal
deve ser você e trabalhos plagiados serão desconsiderados.
Ninguém está livre da possibilidade de erros ortográficos ou de construção textual,
principalmente com as novas regras que estão entrando em vigor nos últimos anos.
Contudo, busquem sempre escrever de forma correta segundo a gramática, utilizem
gírias e abreviações somente em espaços informais e com bastante moderação e
revisem tudo antes de publicar. Afinal, é por meio do que vocês escrevem (tanto
conteúdo como forma) que vocês serão avaliados. Não que um acento errado vá
reprová-lo ou algo do tipo, mas é essencial a escrita estar adequada ao espaço onde
é veiculada.
Por fim...
Para obter aproveitamento máximo na disciplina é necessário realizar todas as
atividades no prazo estipulado e seguindo todas as orientações.
Leia, estude, pesquise... temos uma jornada intensa pela frente!
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
Bibliografia
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, UFSCar: 2011.
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Aula 02_Aprendendo a Pesquisar
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Contudo, livros impressos ainda são uma excelente fonte de estudo e não devem
ser deixados de lado.
Quando utilizamos a internet para fazermos uma pesquisa, normalmente o primeiro
link que aparece é o Wikipédia. Apesar de ser considerada uma boa ferramenta para
o uso de pesquisas escolares, na Universidade precisamos aprofundar os conteúdos
um pouco mais. Procure sempre textos específicos sobre o assunto estudado, bem
como utilize sites de fontes confiáveis tais como o Google Acadêmico e o IMSLP.
Este último contém partituras, gravações, biografias e demais informações sobre os
compositores que estão em domínio público.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo
para neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
BENNET, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar 1986
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, UFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANDRADE, Mário de. Pequena História da Música. Livraria Martins Editora, 1953
Atlas de Música, vol I e II. Madrid. Alianza Editorial. 1992
CARPEAUX, Otto Maria. O Livro de Ouro da História da Música. 2° edição. Rio de
Janeiro Ediouro. 2001.
DUBY, Georges. A Idade Média, vol I e II. 2° edição. Rio de Janeiro. Paz e Terra.
2002
Grove Dictionary of Music and Musicians. Nova Iorque. Norton & Norton.
HARNONCOURT, Nikolaus. O Discurso dos Sons. Rio de Janeiro. Jorge Zahar.
1988.
Music and Civilisation. Londres. British Museum Publications Ltd. 1980
Musica Sacra. Barcelona. Altaya. 1998
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MALHOTRA, R. (org.) História da Música: da antiguidade aos nossos dias .
Tradução de Manuel Alberto Vieira, Berlim: H. F. Ullmann, 2008.
SACHS, Curt. The History of Musical Instruments. Nova Iorque. Norton& Company.
1940
WISNIK, José Miguel. O Som e o Sentido. São Paulo. Companhia das Letras. 1989
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Aula 03_O que é Música?
O que é Música?
Desde quando existe a Música?
Desde quando o homem faz Música?
O homem é o único animal da natureza capaz de fazer Música?
Segundo o texto da professora Maristella Pinheiro Cavini (2010), desde o
aparecimento do homem na Terra existe música. A música desempenha um papel
importante na vida do ser humano exercendo funçõe kis religiosas, sociais, políticas,
culturais, artísticas e educativas. Podemos então dizer que a História da Música teve
início com a própria história do ser humano.
Grout e Palisca (1997), definem música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a
arte das musas) como uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar
sons e silêncio seguindo uma pré-organização ao longo do tempo.
O nosso objetivo principal aqui é abordar de modo científico, porém bastante
didático, os diferentes momentos históricos, desde a Pré História até o século XVI.
Serão estudadas as principais transformações e evoluções de cada período.
Seguindo ainda o texto da Professora Maristella Cavini (2010), a Historiografia
moderna adota uma periodização clássica ou linha do tempo que divide os períodos
históricos da seguinte maneira:
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DE SANTOS Pré-História
Antiguidade
Idade Média
Idade Moderna
Idade contemporânea
Bons estudos!
Sítios:
http://atabernamusical.blogspot.com.br/ - consultado em 17/02/2016.
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Aula 04_Desde quando o homem faz música - A música na Pré-História
Contextualização Histórica:
O período Paleolítico tem seu início por volta de 3 milhões de anos atrás, mas para
efeitos didáticos, consideraremos seu início por volta de 500.000 anos atrás que é
de quando data a existência do primeiro homem primitivo, o homem de Java
(pithecanthropus erectus), e dos objetos confeccionados em ossos, madeiras,
pedras e marfins.
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As ferramentas, basicamente feitas com pedras, no início foram utilizadas em seu
estado bruto e posteriormente em lascas para a confecção de objetos cortantes que
ajudavam no corte de alimentos e na defesa pessoal, porém ainda de forma muito
rudimentar.
Por fim, a última divisão, no Paleolítico Superior, período esse em que houve uma
grande mudança climática na terra, o homem foi obrigado a morar em cavernas
devido ao resfriamento do planeta. Neste período surge o homem Cro-Magnon
(Homo sapiens sapiens) que, além de aprender novas técnicas de caça e a usar
novas ferramentas em seu cotidiano, fazia sua arte, principalmente pinturas nas
paredes das cavernas chamadas de pinturas rupestres. Nesta época a arte possuía
forte caráter místico.
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As realizações do homem de Cro-Magnon incluem o povoamento da Austrália e das
Américas, até então continentes desocupados.
O terceiro e último período da Pré História é o Período Neolítico (do grego: neo =
novo, lithos = pedra), também chamado de Idade da Pedra Polida.
Iniciado há cerca de 10.000 a.C., foi nesse período que surgiu a agricultura, a
domesticação de animais e o homem passou da vida nômade para a vida
sedentária. Houve o desenvolvimento da sociedade e o início dos conflitos entre os
povos. O trabalho passou a ser divido em tarefas masculinas e femininas e a
disponibilidade do armazenamento de alimentos permitiu o aumento do tempo de
lazer.
Durante o período Neolítico houve o avanço econômico dos povos que conduziu a
um desenvolvimento desigual das capacidades de produção acentuando a diferença
entre os povos. A partir do momento em que os animais começaram a ser usados
como transporte e tração, houve a chamada “Revolução dos Produtos Secundários”,
que abriu caminho para uma nova etapa histórica, a Idade do Cobre.
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O Período Neolítico coexistiu com a Idade dos Metais, que consiste no período de
transição entre a Pré-História e a Antiguidade.
A Pré-História Musical
Não se pode negar, entretanto, que à medida que o homem evoluía física e
emocionalmente, sua música e sua arte se tornavam mais elaboradas, porém
estavam sempre relacionadas ao místico. Assim como acreditavam que pintando
animais nas cavernas teriam sucesso na caçada, possivelmente acreditavam que
imitando os sons que percebiam na natureza, atrairiam a chuva e os animais e
afastariam o perigo.
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provavelmente eram usados para imitar os sons ou cantos de alguns animais ou
mesmo para que os homens se comunicassem entre si.
Cavini (2010) cita Michels (2003), que por sua vez relata que no período Neolítico
aparecem os primeiros tambores e matracas em argila, provavelmente de uso
religioso. Esses tambores eram ornamentados e as matracas tinham a forma de
pequenos animais ou a forma humana.
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Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
BENNET, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar 1986.
CANDÉ, Roland de. História universal da música: volume 1; tradução: Eduardo
Brandão; revisão da tradução: Marina Appenzeller. - 2a ed. - São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental. Traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, UFSCar: 2011
Assista aos seguintes vídeos:
http://youtu.be/5fYUSAJKcX0
http://youtu.be/AWGYPBiFEAY, o vídeo está em espanhol , mas é de fácil
compreensão.
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Aula 05_A Música na Antiguidade
Hebreus e Fenícios
Estreita faixa de terra às margens do Mediterrâneo Oriental – atual região de
Israel, Líbano e Síria
Egípcios
Às margens do Rio Nilo – atual Egito
Medos e Persas
Atual Irã
Chineses
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Região entre o Mar Oriental, o deserto de Gobi, a Mongólia e as Montanhas
do Tibet – atual China
Gregos
Região entre Europa, Ásia e África – atual Grécia
Romanos
Península Itálica, expandindo-se por toda a Europa Ocidental – atual Itália.
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Lira da Suméria
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Músicos Sumerianos
Babilônios
Originários dos povos amoritas que habitavam a região sul do deserto árabe.
1º. Império Babilônio (2000 a 1750 a. C.) cujo mais famoso fundador do
Império Babilônico foi Hamurábi. Baseado no direito sumério elaborou o
primeiro Código Jurídico, com as primeiras leis escritas que se tem notícia.
Após a morte de Hamurabi a Babilônia entrou em declínio e o poderio da
cidade foi abalado por povos indo-europeus.
2º. Império Babilônico (612 a 539 a. C.) depois da queda de Nínive (capital da
Assíria), o povo caldeu aliou-se aos Medos retomando o poder à Babilônia.
Seu principal imperados foi Nabucodonosor que mandou construir os Jardins
Suspensos da Babilônia e a Torre de Babel. O 2º. Império da Babilônia foi
conquistado pelos persas em 539 a. C.
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Os Babilônios compunham músicas para as tropas para a animação necessária
durante as batalhas e para os banquetes e festas em tempos de paz, especialmente
nas épocas de Nabucodonosor e Senaquerib.
Foram encontradas três tábuas datadas do séculos XVIII a XV a.C. que atestam
uma teoria musical muito elaborada. Essas tábuas cuneiformes também revelaram
um método de afinação da lira-cítara de nove cordas, permitindo estabelecer-se uma
teoria da escala babilônica que seria uma escala diatônica de sete sons, uma
novidade para a época uma vez que o usual eram as escalas pentatônicas (5 sons).
Há indícios da existência de grupos orquestrais na Babilônia, uma passagem da
bíblia descreve uma execução orquestral para o rei Nabucodonosor entre 605 a 562
a. C.
Veja um exemplo de gravação historicamente fundamentada da música dos
povos babilônicos. (clique para ver o vídeo) (clique para ver o vídeo) (Encontra-se no
Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Assírios
De origem semita, eram rudes e nômades, sendo vassalos dos Babilônios durante
muito tempo. Aos poucos formaram um Estado militarizado. Além de guerreiros
eram conhecidos por serem cruéis e sanguinários. Seu principal rei foi Assurbanipal,
que apesar de ser um grande guerreiro, era interessado pela ciência e pela
literatura, fundou a Biblioteca Real de Assurbanipal com obras escritas em
linguagem cuneiforme.
Tinham a música em alto grau de consideração. Documentos deixados por eles
narram sobre a função social da prática musical sendo símbolo de poder, respeito e
vitória. Depois dos reis e dos deuses, os músicos eram os mais reverenciados,
estando hierarquicamente antes dos sábios.
Nos massacres, após a conquista dos povos, os músicos eram poupados pelo
exército Assírio e levados para Nínive juntamente com o restante dos produtos
adquiridos em caça e roubo.
Era muito provável que na Assíria, os ricos mantivessem uma orquestra de 150
mulheres entre cantoras e instrumentistas.
Os instrumentos assírios eram:
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Sopro: trombetas e flautas (simples e duplas)
Cordas: liras, cítaras e harpas portáteis
Percussão: gongos, tímpanos, tambores de diversos tamanhos, incluindo
tambores militares que eram usados nas batalhas presos às cinturas dos
executantes.
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
BENNET, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar 1986.
CANDÉ, Roland de. História universal da música: volume 1; tradução: Eduardo
Brandão; revisão da tradução: Marina Appenzeller. - 2a ed. - São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental. Traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré História até o século XVII, São Carlos, UFSCar: 2011.
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Aula 06_Música na Antiguidade - Povos Hebreus, Fenícios, Medos e Egípcios
Hebreus (c. 200 a 70. A.C.) Originários do deserto da Arábia eram nômades e
obedeciam ás ordens de seus patriarcas: Abraão, posteriormente Moisés e Josué,
último dos patriarcas. Depois da morte de Josué as 12 tribos de Israel passaram a
ser governadas por juízes, sendo um de seus principais juízes Sansão conhecido
por sua força e o último Samuel que proclamou Saul como o primeiro rei dos
hebreus.
Os Hebreus sempre tiveram contato com a música. Somente após a retirada dos
Hebreus do Egito, feita por Moisés por volta de 1300 a. C. é que a música hebraica
teve maior desenvolvimento. Apesar de ter sofrido influência de outros povos,
especialmente dos Árabes, a música hebraica consolidou-se com características
próprias: religioso, festivo, guerreiro e de lamentação. Candé (1994) apud Cavini
(2011) reforça que a Bíblia constitui a principal fonte documental sobre referencias
da música hebraica.
MÚSICA 28
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Sopro: shalil ou nekeb (flautas simples de 4 a 7 orifícios), flautas duplas,
hazozrah (trompas de metal, provavelmente de origem egípcia), shofar e
cheren (trompas em forma de chifres em espiral, reservados aos ritos
sacrificiais e rituais) e halilim (oboé duplo)
Cordas: Kinnor (harpa triangular de 8 cordas, feita de éano ou cipreste e as
cordas de tripas de camelo), chalischin (alaúde de três cordas), nevel
(espécie de harpa de três cordas)
Percussão: tof (tambor alongado), seliselim (pratos de metal de origem
árabe), sistros e campainhas.
Instrumentos Hebreus
Os Hebreus não possuíam notação musical, porém é sabido que possuíam escalas
muito complexas construídas sobre uma sequência de quatro notas em que o
intervalo entre a primeira e a última era uma quarta, em tetracordes descendentes.
Os cantos de orações eram baseados em oito modos (Octoechos), provavelmente
relacionados ao calendário. O hazanut (improvisação vocal) tornou-se cada vez mais
virtuosístico no canto salmodiano.
MÚSICA 29
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Fenícios
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País constituído por várias cidades-estados que compartilhavam da mesma cultura,
porém não tinham nenhum vínculo político e econômico entre si. Por serem grandes
comerciantes e viajarem muito fundaram muitas concessões, feitorias e colônias em
diversas regiões. Eram politeístas e não foram grandes artistas, imitando a arte dos
caldeus e egípcios. Sua literatura era pobre, entretanto deixaram um grande legado
para a humanidade: o alfabeto.
Povos Egípcios
A civilização egípcia está dividida em diversos períodos cujos mais relevantes são:
Período Pré dinástico (c. 5000 a 3200 a. C), época da formação dos reinos do
Alto e Baixo Egito;
Antigo Império (c. 3200 a 2300 a. C.) compreende o período de I a VI
dinastias com destaques para os faraós Queóps, Quéfren, e Miquerinos, que
foram responsáveis pela construção das grandes pirâmides;
Médio Império (c. 2134 a 1580 a.C.) compreende a XI e XII dinastias em que
os representantes da nobreza de Tebas conseguiram estabelecer a unidade
nacional, organizar a administração economia e comércio. Tebas tornou-se a
capital do Egito. Neste período os egípcios escravizaram os hebreus que só
deixaram o país no Novo Império libertado por Moisés (o Êxodo).
MÚSICA 30
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Novo Império (c. 1580 a 525 a. C.) compreende o período da XVIII a XX
dinastias. Caracterizada pela expansão militar e se transformou em um
poderoso império. Os heróis da luta pela expansão territorial egípcia foram
Tutmés III e Ramsés II.
O declínio do império Egípcio foi causado por fatores como imperialismo, lutas
internas e invasões.A sociedade egíptica era divida em família real, sacerdotes,
nobres, guerreiros, escribas, mercadores, artesãos, lavradores, servos e escravos. A
mulher era muito respeitada e ocupava posição de destaque na sociedade.
MÚSICA 31
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Pintura Egípcia
A música egípcia (clique para ver o vídeo) consistia em cantos acompanhados por
instrumentos, danças e algumas pessoas que só batiam palmas, sendo essas
manifestações de luto ou júbilo. As mulheres também tinham um papel importante
no conjunto musical, há uma hipótese que os instrumentos de sopros eram tocados
somente por mulheres. Além disso a música egípcia, como toda a sua arte era
fortemente ligada a religião, porém não havia um estilo de música para cada ocasião
e era feita sempre de forma coletiva.
MÚSICA 32
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Sopros: Mem (flautas retas, tocadas verticalmente), sebi (flautas oblíquas
tocadas transversalmente), mait (flautas duplas, retas ou oblíquas), saibit
(flautas simples abertas nas duas extremidades, inicialmente feita de barro,
osso e marfim, posteriormente feita em metal – bronze), trombetas (que
tinham funções militares), oboés (que apareceram nas Dinastias XVIII e XIX,
após a conquista da Síria).
MÚSICA 33
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A Arte Persa recebeu grande influencia dos Egípcios, Babilônios, Hititas e Assírios e
a arquitetura foi a manifestações artísticas mais importantes. Construíram palácio
em Pasárgada e Persépolis.
A única notícia existente da cultura musical medo-persa antiga, foi que esse povo
abrangeu toda a música e instrumentos dos povos egícios-mesopotâmicos, em
especial assírios e babilônicos.
Os fatos mais remotos sobre a prática musical persa estão nos testemunhos de
Heródoto e Xenofonte que relatam sobre a música da Dinastia Aquemênida (século
VII a. C.). Contudo, os primeiros documentos que permitem um estudo mínimo da
música persa datam somente da Dinastia Sassânida (224-651d.C) do reinado de
Cosroes II (591-628 d.C.). Cosroes II reuniu em sua corte músicos destacados, entre
eles Barbád, quem organizou o sistema musical persa divido em sete modos reias,
30 estilos derivados e 360 melodias relacionadas com os dias do ano do calendário
solar Sassânica.
MÚSICA 34
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primeiros séculos da era cristã e por isso esses aspectos da música persa não são
abordados.
Instrumentos musicais:
Sopros: flautas simples e duplas, balban (flauta de sete orifícios feita de osso
ou madeira) e zurna (flauta de palheta dupla).
Cordas: taar (alaúde de braço longo e seis cordas, tocado com plectro ou
chifre), kamancheh (literalmente pequeno arco, da família dos instrumentos
de cordas de arco, possuía quatro cordas de metal, tocado na vertical.)
gheychak (da família dos instrumentos de cordas de arco com quatro a seis
cordas e duas caixas de ressonância funcionando como um aplificador),
barbat (espécie de alaúde).
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, UFSCar: 20111.
Sítios: http://www.elauladejc.es/Mesopotamia-Egipto.htm em 24/03/2016.
MÚSICA 35
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Música para ouvir
Music of Ancient Sumerians, Egyptians & Greeks - de Organographia Ensemble.
Selo Pandorion - NPM PRCD1005
Pesquise artigos científicos ou artigos em revistas e jornais sobre as recentes
descobertas arqueológicas de documentos ou instrumentos musicais.
MÚSICA 36
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Aula 07_Música na Antiguidade - Grécia
Período Arcáico (século VIII a século VI a. C.) Hélade como era conhecida a
Grécia Antiga, sempre foi um conjunto de cidades-Estado (polis)
independentes e ás vezes rivais. Eram unidas somente pela língua, religião e
localização geográfica. Os jogos olímpicos são um exemplo da unidade
cultural da Grécia, dos quais participavam diversas polis;
Período Clássico (século VI a século IV a. C.) Período em que a civilização
grega chega ao seu apogeu, especialmente no plano cultural.
Período Helenístico (século IV a século I a. C.), após as guerras do período
anterior as cidades gregas estavam enfraquecidas. Filipe, rei da Macedônia,
aproveitou esse enfraquecimento para conquistar a Grécia. Alexandre, filho
de Filipe, foi quem impôs a dominação macedônica aos gregos. O Helenismo
marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma.
Foram os gregos que explicaram pela primeira vez de maneira racional a realidade
do mundo, diferente das lendas e crenças de outros povos. Assim nasceu a
Filosofia, onde encontramos figuras como Sócrates, Platão e Aristóteles.
Apesar de o alfabeto ser de origem fenícia, foi através do aperfeiçoamento dos
gregos que chegou ao Ocidente e é por essa razão que diversas línguas do mundo
têm em seu vocabulário palavras gregas.
A arquitetura e a escultura gregas também se sobressaem. As colunas jônicas,
dóricas e coríntias exerceram grande influência nas construções ocidentais. Na
escultura, destacam-se as estátuas humanas com exaltação do corpo humano em
sua plenitude física.
MÚSICA 37
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Teatro Grego
MÚSICA 38
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No espaço físico do teatro grego, a orkestiké ou orquestra ficava entre o público e o
lugar reservado para os atores. Nesse espaço ficam os músicos, o coro fazia suas
evoluções e realizavam duas danças.
Podemos considerar que haviam alguns estudiosos que deixaram textos e tratados
sobre a teoria musical grega. São eles: Pitágoras, Cleónedes, Aristóxeno, Ptolomeu,
MÚSICA 39
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Platão e Aristóteles, sendo que cada um deles aborda algumas particularidades
específicas da música grega.
A teoria musical grega era composta por sete tópicos: notas, intervalos, gêneros,
sistemas de escalas, tons de modulação e composição melódica.
a) separação, isto é, tetracordes disjuntos, sendo que entre esses dois tetracordes
haveria o intervalo de um tom
Ptolomeu considerava que havia sete maneiras de combinar sons de uma oitava
numa harmonia. Cada harmonia, posteriormente chamada de modo, era
MÚSICA 40
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caracterizada por um número de atributos, como etos, feminino/masculino, notas
excluídas, preferências étnicas, e cada modo era associada a uma característica
particular de oitava.
Encadeando dois tetracordes dóricos, frígios, ou dois lídios temos por consequência
os modos dórico, frígio e lídio. Se a ordem fosse invertida, encadeados por
conjunção teremos mais três diferentes modos: hipodórico, hipofrígio e hipolídio.
O sétimo modo grego, o mixolídio teve sua estrutura e natureza muito discutida entre
os sábios gregos que atribuem à poetiza Safo sua invenção. Havia também um
sistema perfeito menor que consistia em uma oitava de Lá a Lá.
MÚSICA 41
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Segue abaixo a transcrição do Stasimon do Orestes:
MÚSICA 42
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Notação Musical
Apesar de todos esses recursos, os gregos utilizavam dois tipos de notação: krusis,
derivado de um alfabeto arcaico e utilizado para a música instrumental, e lexis que
empregava o alfabeto comum para a música vocal.
O ritmo na música grega estava relacionado sempre com a poesia. Como se sabe, o
verso (estrofe lírica) compõe-se de metros, divididos em pés. Os principais pés da
métrica grega clássica continham duas unidades básicas: longas (--) e breves (U).
Geralmente longas valiam duas breves, mas não era uma regra fixa.
Os pés agrupados formavam os versos, que por sua vez formavam as estrofes e
que, em conjunto com outras estrofes, formavam uma composição.
Instrumentos Musicais
MÚSICA 43
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variedade de lira; magadis, barbitone pectis: variedade de liras, harpas e
saltérios; salterion: cítara primitiva de tampo liso e cordas dedilhadas; trígono:
pequeno salterion de forma triangular.
Percussão: crótalos, tambores de várias espécies, triângulos, címbalos e
pandeiros.
A Grécia foi o berço da cultura ocidental. Embora tenha sido muito influenciada pelas
culturas egípcias e orientais, possuía um grande adiantamento nas artes se
comparada a outros povos da Antiguidade.
MÚSICA 44
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monumentos, relíquias, pinturas, na Mitologia e em melodias gregas gravadas em
mármore. Os gregos deixaram informações sobre fatos verdadeiramente concretos
em relação à música.
Foi com os gregos que a música se tornou Arte, a maneira de pensar e de ser do
artista, levando ao primeiro público socialmente consciente.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo neste
semestre para aprofundar seus conhecimentos!
MÚSICA 45
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Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Sítios:
http://historiadacapo.blogspot.com/2010/05/musica-da-grecia-antiga.html - Acesso
em 02/03/2016
http://institutogregorianodelisboa.blogspot.com/2009/02/o-epitafio-de-seikilos-
consiste-na.html, acesso em 02/03/2016
http://paideiamusical.blogspot.com/2008/09/histria-da-msica-ocidental-captulo-
1_06.html, acesso em 02/03/2016
MÚSICA 46
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Aula 08_Música na Antiguidade - Romanos
Coliseu
A História marca a fundação de Roma pelos latinos por volta de 1000 a.C. às
margens do Rio Tibre. Em poucos séculos a pequena cidade de Roma transformou-
se em um grande império, que perdurou por mais de 500 anos.
MÚSICA 47
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A grande contribuição romana acontece no Direito, que foi desenvolvido com a
intenção de regular o comportamento social da imensa população.
Na literatura, os romanos preocupavam-se mais com a beleza e elegância do estilo
literário do que com a originalidade das ideias. Na arquitetura, tornaram-se famosos
pela construção de pontes e estradas e na Escultura pela elaboração de bustos e
estátuas equestres.
É a música dos Romanos que chega primeiro ao Ocidente e serve de referência aos
primeiros cristãos que assimilaram os cantos das civilizações mais antigas e
organizaram seus próprios cantos.
Instrumentos Musicais
Romanos
MÚSICA 48
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Sopros – aulos, também chamado de tíbia, podia ser feito com o osso de mesmo
nome; fístula: espécie de oboé, tubas; cornu ou buccina: espécie de trompa feita de
chifres ou Bronze; lituus: corneta comprida de tubo fino que tinha um chifre natural
na ponta.
Sopros – aulos, também chamado de tíbia, podia ser feito com o osso de
mesmo nome; fístula: espécie de oboé, tubas; cornu ou buccina: espécie de
trompa feita de chifres ou Bronze; lituus: corneta comprida de tubo fino que
tinha um chifre natural na ponta.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo neste
semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
Bibliografia
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da MúsicaOcidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://historiadacapo.blogspot.com/2010/05/musica-da-grecia-antiga.html - acesso
em 02/03/2016
http://paideiamusical.blogspot.com/2008/09/histria-da-msica-ocidental-captulo-
1_06.html, acesso em 02/03/2016.
MÚSICA 49
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Aula 09_A Música na Idade Média - Contextualização histórica
Contextualização Histórica
A Idade Média ou Período Medieval estendeu-se por cerca de mil anos desde
476 d.C até o ano de 1453. Por se tratar de um período demasiadamente longo da
História, alguns equívocos podem ser cometidos como uma generalização que se
faz com determinados acontecimentos ocorridos em uma determinada fase do
Período Medieval.
O início da Idade Média funde-se com os últimos acontecimentos da
Antiguidade, sobretudo aos acontecimentos do Império Romano do Ocidente e a
instituição do Cristianismo como religião oficial do Império.
Costuma-se dividir a Idade Média em dois grandes períodos: Alta Idade Média e
Baixa Idade Média.
Podemos dizer que a música medieval tem seu início com os cantos entoados
pelas novas comunidades cristãs. Esses cantos estavam fortemente impregnados
de influências dos templos judeus e da música grega.
Sabe-se da grande presença e influência da Igreja Católica na cultura musical da
Idade Média, especialmente porque os mosteiros e as escolas ligadas às igrejas-
catedrais eram ao mesmo tempo instituições religiosas e de ensino.
MÚSICA 50
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O Império Romano do Ocidente dissolveu-se no século V com as invasões
bárbaras. Para os romanos, todos os povos que viviam fora das fronteiras do
Império eram considerados inferiores – povos bárbaros:
Germanos: godos, visogodos, anglos, francos e saxões.
Eslavos: russos, poloneses, bósnios, sérvios, tchecos, croatas e dálmatas.
Tártaros-mongóis: húngaros, búlgaros, turcos, avaros, alanos e hunos.
Durante a Idade Média, a Igreja Católica Romana conquistou grandes poderes.
Preservando a cultura e a organização romana, ela conquistou os germanos para a
doutrina cristã.
A Igreja foi de grande importância para a conservação do saber, pois preservaram
manuscritos antigos tanto cristãos quanto pagãos.
Por volta do século V, as bases da música litúrgica cristã já estavam fortemente
estabelecidas. Essa música foi resultado de três elementos:
As referências à música dessa época são muito vagas para sabermos como soava
o canto dos primeiros cristãos.
Entretanto, segundo Cavini (2011), os judeus do Iêmem praticavam uma forma de
salmodia, ou seja, entonação dos versículos de um salmo, em que são percebidas
muitas semelhanças com a salmodia cristã.
Quando as perseguições aos cristãos terminaram, o cristianismo passou a ser a
religião oficial do Ocidente e numerosas basílicas foram construídas.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
MÚSICA 51
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Bons estudos!
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Sítios:
http://www.pliniocorreadeoliveira.info/Sao_Gregorio_Magno.htm- consultado em
09/03/2016.
http://paideiamusical.blogspot.com/2008/09/histria-da-msica-ocidental-captulo-
1_06.html, acesso em 09/03/2016
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0101-
31062009000100010&script=sci_arttextconsultado em 09/03/2016.
http://cirovisconti.wordpress.com/2010/06/26/modos-eclesiasticos/consultado em
09/03/20156.
http://pt.scribd.com/doc/6740313/Canto-Gregorianoconsultado em 09/03/2016
MÚSICA 52
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Aula 10_A Música na Idade Média - Primórdios da Igreja Cristã
https://www.youtube.com/watch?v=FYaFM0vc1_s
Liturgia Moçárabe: centralizada na Espanha, foi abolida pelos papas Gregório VII e
Urbano II. O termo moçárabe significa “entre os árabes” e a liturgia não possuía
melodias pré-definidas, mas uma tradição de cantos vocalizados que se vinculam ao
período pré-gregoriano.
Liturgia galicana: provavelmente sofreu influências da liturgia ambrosiana e
moçárabe, mas as melodias não puderam ser conservadas por falta de notação
musical.
Liturgia Bizantina: Igreja Oriental. O canto bizantino descende diretamente do canto
grego, sírio e hebraico essencialmente monódico. No início desenvolve-se para uma
heterofonia simples caracterizada pelos vocalises sobre um tema melódico em
valores longos ou nas grandes sustentações do som fundamental.
MÚSICA 53
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O rito céltico desaparece por completo a partir do século VII e uma multiplicação de
novos cantos e liturgias enriqueceu o repertório dos cristãos do ocidente.
Em meados do século VI, São Gregório Magno reforma a liturgia romana. Essa
“reforma gregoriana” simplificou as melodias da liturgia romana com a pretensão de
afirmar as características desse canto romano sobre as diferentes liturgias Orientais
e Ocidentais. Entretanto, o papado só consegue atingir esse objetivo no reinado de
Carlos Magno (século VIII 768-814) e nessa época o canto romano, conhecido
também como cantochão, se vincula a figura do papa Gregório Magno, sendo
designado “canto gregoriano”.
Por volta do século V, as bases da música litúrgica cristã já estavam fortemente
estabelecidas.
Quando as perseguições aos cristãos terminaram, o cristianismo passou a ser a
religião oficial do Ocidente e numerosas basílicas foram construídas.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
MÚSICA 54
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http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0101-
31062009000100010&script=sci_arttextconsultado em 09/03/2016.
http://cirovisconti.wordpress.com/2010/06/26/modos-eclesiasticos/consultado em
09/03/2016.
http://pt.scribd.com/doc/6740313/Canto-Gregorianoconsultado em 09/03/2016.
MÚSICA 55
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Aula 11_Regulamentação dos Cantos das Igrejas
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Responsório ou Responso: Antes de uma oração ou breve passagem das
Escrituras, um versículo curto é cantado pelo solista e repetido pelo coro. São
os cantos que correspondem às leituras da Bíblia e dos Padres durante o
ofício noturno. É alternado entre a estrofe cantada pelo solista e o refrão
cantado pelo coro (responsa). A forma musical que o caracteriza é A-B-A:
refrão, estrofe e refrão.
A missa é o serviço religioso mais importante da Igreja Católica. A Missa (ou
Eucaristia) se divide em duas partes: O Ordinário, que é a parte fixa, e o Próprio,
que como o nome diz, é próprio daquele dia. Na Igreja Católica a forma plena de
celebrar a missa recebe o nome de missa solene e inclui um bom número de peças
cantadas por um celebrante, um diácono e um subdiácono, além de cantochão ou
canto polifônico cantado pelo coro e/ou congregação.
Mais uma vez recorrendo ao texto extraído do sítio, Scribd (consultado em
02/02/2012), veremos os cantos do Ordinário e do Próprio:
O Ordinario é composto por:
Kyrie (Ato Penitencial)
Gloria
Credo
Sanctus (Santo)
Agnus Dei (Cordeiro de Deus)
O Kyrie tem uma formação específica: é um arranjo tripartido.
A: Kyrie eleison
B: Christe eleison
A: Kyrie eleison
Uma vez que cada exclamação é repetida três vezes, poderá surgir uma forma (A-B-
A) dentro de cada uma das três partes principais. As versões mais modernas do
Kyrie podem apresentar uma estrutura A-B-C.
O Próprio é constituído por peças que cantam segundo o tempo litúrgico ou segundo
a festa que se celebra (Páscoa, Natal) e é composto por:
Introito (Procissão de entrada)
Epistola (leitura das cartas)
Gradual (antes das leituras)
MÚSICA 57
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Gradual (Salmo Responsorial)
Aleluia ou Tracto (Tracto substitui o Aleluia no advento, isto é, quatro
domingos antes do Natal, o nascimento de Jesus)
Evangelho
Ofertório
Prefacio (preparação da comunhão)
Comúnio (comunhão)
Pós-Comunio (oração depois da comunhão)
Intróito: Acompanha a entrada do celebrante até o altar, e ajuda a criar o ambiente
propício à celebração. Pode utilizar-se a antífona própria, alternando com os
versículos do respectivo Salmo.
Epístola: Assim se chama cada uma das 21 cartas que formam o terceiro grupo de
livros do Novo Testamento, sendo as 13 primeiras atribuídas a São Paulo ou
escritas em seu nome por discípulos seus; a carta aos Hebreus; e as chamadas 7
epístolas católicas, atribuídas aos apóstolos Tiago, Pedro (1.ª e 2.ª), João (1.ª, 2.ª e
3.ª) e Judas. Dado o carácter circunstancial e a diversidade dos destinatários, as
cartas ou epístolas do Novo Testamento pertencem a gêneros literários bastante
diversos, que vão do tratado teológico a simples bilhetes de recomendação. Na
liturgia assim se chamava a primeira leitura da missa, antes da reforma litúrgica, por
frequentemente ser tirada de uma das epístolas do Novo Testamento. Na
celebração de costas para o povo, o celebrante lia do lado direito do altar (o “lado da
epístola”), após o que lia o evangelho do outro lado (o “lado do evangelho”).
Gradual: É o atual Salmo Responsorial que se segue à primeira leitura da missa.
Melodias mais ornamentadas do que os Tractos. O moderno livro de cantochão é o
responsório abreviado. Inicia-se com o refrão pelo solista e continua-se com o coro.
O versículo é cantado pelo solista acompanhado pelo coro na última frase. Existem
graduais dos sete aos oito modos.
Aleluia: Aclamação de alegria própria do Tempo Pascal, mas que se prolonga ao
longo do ano, com exceção do Tempo da Quaresma que é um refrão que utiliza a
palavra “aleluia” e um versículo dos salmos. Um ou mais solistas cantam o vocábulo
“aleluia” com alguns ornamentos e o coro repete com o jubilus (melisma sobre o “-ia”
de “aleluia”); em seguida o versículo é cantado com melismas curtos e longos sendo
MÚSICA 58
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acompanhado pelo coro na última frase, em seguida o “aleluia” com jubilus é
repetido pelo coro.
Alleluia allelu-ia (jubilus) versículo Allelu-ia (jubilus)
Solista______coro_____________ solista_________coro
A repetição do aleluia e do jubilus é uma estrutura que se divide em 3 partes (A-B-A)
ou mais precisamente AA+BB. Esse é o esquema quando se incorporam no
versículo frases melódicas do refrão. Nos versículos de um modo geral muitas vezes
a última parte do versículo retoma, em parte ou na totalidade, a melodia do refrão. A
forma do aleluia é totalmente diferente de todos os outros tipos de canto pré-francos
por que a sua forma musical assenta na repetição sistemática de secções diferentes.
Os aleluias continuaram a ser escritos até o final da Idade Média, e do Século IX em
diante novas e importantes formas musicais se desenvolveram a partir deles.
Tracto: Salmo executado continuadamente depois da segunda leitura da Missa,
quando se não cantava o Aleluia. Na reforma litúrgica pós-conciliar é quase sempre
substituído pelo versículo do Evangelho, normalmente enquadrado por uma
aclamação. São os cânticos mais longos da liturgia. Consistem em longos textos e
melodias com figuras melismáticas. As melodias podem ser do segundo ou oitavo
modo. O primeiro versículo geralmente começa com uma entonação melismática. O
restante começa por melismas e termina com um melisma ornamentado. A segunda
metade do versículo inicia-se com uma entoação ornamentada e prossegue com
uma recitação e termina como um melisma. O último versículo poderá ter um
melisma final longo.
Evangelho: Livros que narram qualquer parte a vida de Jesus Cristo ou conta sobre
seus ensinamentos
Ofertório: Nome impropriamente dado ao rito preparatório da liturgia eucarística (na
missa), o qual, na forma mais solene, inclui: o cortejo das oferendas, o cântico do
“ofertório”, a preparação das oblatas (pão e vinho) sobre o altar e a oração “sobre as
oblatas”. O verdadeiro ofertório (oferecimento) do sacrifício de Jesus é realizado na
Oração Eucarística, no decorrer da qual esse sacrifício se atualiza
sacramentalmente para os fiéis que nele participarem. No entanto, a oferta das
oblatas já significa o desejo dos fiéis de se unirem ao sacrifício de Jesus, embora a
expressão mais forte desta união seja a da comunhão sacramental.
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Tradicionalmente, além do pão e do vinho, os fiéis contribuem para a ajuda aos
necessitados, sustento do clero e despesas da Igreja (as oferendas que levam ao
altar). Eram cânticos longos cantados pelas congregações e pelos clérigos durante a
cerimônia do pão e vinho; quando o tempo dessa cerimônia foi diminuído o ofertório
se viu igualmente abreviado. Os ofertórios acabaram ficando iguais ao “aleluia”, pois
tinham as mesmas técnicas de repetição de motivos e rima musical. Os melismas e
ofertórios têm uma relação íntima com o texto porque desempenham uma função
expressiva e não decorativa.
Prefácio: É o hino de louvor e ação de graças que introduz a Oração Eucarística, a
parte central e mais importante da Missa.
Comunio: Comunhão. É quando é oferecida a hóstia, que simboliza o corpo (a
hóstia) e o sangue (vinho) de Cristo.
Pós-Comunio: É a oração presidencial de ação de graças na missa, depois da
comunhão e de um tempo de recolhimento. Nela se faz em geral referência ao
mistério/sacramento celebrado
Em meados do século VI, São Gregório Magno reforma a liturgia romana. Essa
“reforma gregoriana” simplificou as melodias da liturgia romana com a pretensão de
afirmar as características desse canto romano sobre as diferentes liturgias Orientais
e Ocidentais. Entretanto, o papado só consegue atingir esse objetivo no reinado de
Carlos Magno (século VIII 768-814), e nessa época o canto romano, conhecido
também como cantochão, se vincula a figura do papa Gregório Magno, sendo
designado “canto gregoriano”.
San Gregório
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Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo neste
semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Sítio:
http://www.scribd.com/doc/6740313/Canto-Gregoriano (consultado em 02/02/2012)
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Aula 12_A Música na Idade Média - Canto Gregoriano - Parte I
Por texto:
MÚSICA 62
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Silábicos: Uma nota em cada sílaba;
Neumáticos: Algumas notas na mesma sílaba;
Melismáticos: Muitas notas na mesma sílaba;
Por tipo:
MÚSICA 63
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Os neumas eram divididos em dois grupos:
MÚSICA 64
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As melodias não tinham altura definida, o que dificultava a memorização, a
documentação e a transmissão desses cantos. Cavini (2011) comenta que em
meados do ano 1000 um escritor anônimo traçou sobre os textos litúrgicos uma linha
vermelha representando a nota fá e os neumas passaram a ser dispostos nessa
linha. Podemos considerar esse fato como um enorme avanço na escrita musical.
Provavelmente foi essa a origem do pentagrama.
Ainda assim, apenas uma linha referenciando a nota fá não fornecia a precisão
necessária para as melodias dos cantos liturgícos. Então uma linha amarela
representando a nota dó foi adicionada acima da linha vermelha para o fá
proporcionando uma maior exatidão. Por fim duas linhas pretas foram
acrescentadas, produzindo portanto uma pauta completa de quatro linhas
(tetragrama) a qual era suficiente para a notação de uma enormidade de melodias.
Os neumas também se modificaram, e como eram escritos através do uso do bico
de pena, passaram a ter formas quadradas ou em losangos:
MÚSICA 65
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MÚSICA 66
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“... com o passar dos séculos, por exemplo com Hucbald (840-930 - monge do
mosteiro de Santo Amando). Este, resolveu denominar os sons pitagóricos
(simplificando, são as teclas brancas do piano) da mesma forma que faziam os
gregos, mas obviamente, usando o alfabeto ocidental:
O texto do já referido sítio nos mostra a figura do frade beneditino Guido d’Arezzo, a
quem é atribuída à nomeação das notas musicais tal como conhecemos até os dias
de hoje.
Hermann elaborou, no Século XI, um sistema de notação que indicava o intervalo
exato que ia de um som a outro. Neste mesmo século surgiu a revolução mais
significativa de representação da altura relativa dos sons com Guido d’Arezzo.
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
Sítios:
MÚSICA 67
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http://www.pliniocorreadeoliveira.info/Sao_Gregorio_Magno.htm- consultado em
15/03/2016.
http://musicaeducacaomusical.blogspot.com.br/ consultado em 24/08/2016
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0101-
31062009000100010&script=sci_arttext consultado em 15/03/2016.
http://cirovisconordpress.com/2010/06/26/modos-eclesiasticos/ consultado em
15/03/2016.
http://pt.scribd.com/doc/6740313/Canto-Gregoriano consultado em 15/03/2016
MÚSICA 68
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Aula 13_A Música na Idade Média - Canto Gregoriano Parte II
MÚSICA 69
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era a mesma de hoje: serviam para indicar as sílabas mi e fá. Como a forma
quadrada do si era chamada “dura” e a forma redonda era chamada “mole”, os
hexacordes de sol e fá eram chamados, respectivamente, hexacorde ‘duro e ‘mole’;
o de dó era chamado hexacorde ‘natural’.
Mais tarde com o acréscimo de um sétimo som à escala fundamental, firmou-se a
sílaba si, por serem as iniciais das palavras Sancte Johanes, últimas palavras do
referido hino. Em meados do século XVII, um músico italiano, Doni, substituiu a
sílaba ut, incômoda para o solfejo, pela sílaba dó, primeira de seu nome.
Para se aprender uma melodia que excedesse o âmbito de seis notas, mudava-se
de um hexacorde para outro, através da mutança. Por exemplo, começando uma
melodia no hexacorde de dó, onde a sexta nota é lá e a melodia continua subindo,
passa-se para o hexacorde de sol, onde esta nota lá será agora representada pelo
nome da nota ré, fazendo-se o inverso se a melodia voltar a descer.
A Mão Guidoniana foi um recurso pedagógico utilizado para cantar os intervalos
desse sistema que compreendia vinte notas, representadas por cada uma das
articulações da mão esquerda aberta, que eram indicadas pela mão direita.”
Mão Guidoniana
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Os Modos Eclesiásticos
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Por fim, este sítio da UFBA, consultado em 05/02/2012, coloca claramente a
estrutura dos modos gregos e sua posterior nomenclatura:
Os modos plagais estão sempre uma 4a. abaixo do modo autêntico correspondente.
1) Nos modos autênticos, a dominante está sempre uma 5a. acima da final, exceto
se for Si, sendo então substituída por Dó
2) Nos modos plagais a dominante está uma 3a. abaixo da dominante do modo
autêntico correspondente, aqui também se for Si, será substituída por Dó.
MÚSICA 72
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Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
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Aula 14_Música na Idade Média - Os Primórdios da Polifonia e o Organum
Primitivo
Os Primórdios da Polifonia
É possível concluir tendo como base o texto de Grout e Palisca (2007 – p.96 e
97) que nos primeiros séculos da era cristã, a Igreja do Ocidente absorveu e
adaptou tudo o que pôde da Antiguidade. Por volta do ano 600 d.C. (século VII),
podemos dizer que esse processo estaria concluído e ao longo dos quatrocentos
anos que se seguiram esse material foi sistematizado, codificado e disseminado por
toda a Europa Ocidental. Todas essas mudanças se deram de forma muito gradual.
A composição foi pouco a pouco substituindo a improvisação. Em vez de improvisar
com base em estruturas melódicas tradicionais, foi surgindo a ideia de compor cada
melodia.
MÚSICA 74
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Organum Primitivo
Organum Primitivo
MÚSICA 75
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paralelas. Esse sistema era também conhecido como diafonia, organum duplum ou
organum paralelo.
Exemplo:
Exemplos:
Organum Paralelo
MÚSICA 76
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A compreensão do texto continua difícil, mesmo o texto sendo cantado em alturas
diferentes. O ritmo continua a ser prosódico com base no latim.
A mais antiga das grandes compilações de peças em estilo de organum está contida
em dois manuscritos do século XI conhecidos pelo nome de Wichester Troper, que
consistia em um repertório de cânticos tropados usados na Catedral de Wichester.
Organum Livre
No século XII, a vox organalis deixa de ser criada com base em dois intervalos fixos.
Passa a ser, preferencialmente, composta com base em intervalos consonantes em
uníssono, quartas, oitavas ou terças. Sendo que os intervalos diferentes
(dissonantes) devem ser resolvidos imediatamente após aparecerem na música.
Organum Melismático
É também conhecido como St. Marcial por causa dos manuscritos encontrados em
MÚSICA 77
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DE SANTOS uma abadia de mesmo nome na França.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da MúsicaOcidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítio:
http://historiadamusicaantiga.blogspot.com.br/p/polifonia.html consultado em
23/03/2016.
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Aula 15: A Música na Idade Média - Escola de Notre-Dame
MÚSICA 79
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A primeira anotação de um cânone polifônico, apesar de registrar-se na Inglaterra,
no vigésimo ano do século XIII, com o chamado “Cânone de Verão” (“Sumer is i-
cumen in’’), pode se considerar como primeiro documento de uma grande forma
musical polifônica para três vozes a "Missa de Tournay", feita em 1350. Escrito para
quatro vozes, consideramos a missa criada por Giullaume de Machault, em 1364,
para a coroação de Carlos V da França. Nela o estilo polifônico se torna mais livre e
complexo. Quando ouvimos trechos dessas polifonias com sua multiplicidade de
melodias simultâneas e seus duros acordes (que não são acordes para nossa noção
atual de harmonia), temos uma incrível sinestesia, onde nossos ouvidos nos levam a
ver uma esplendida época profundamente mística.
Léonin teve sua primeira referência escrita apenas depois de mais de um século
após sua morte, por um monge que o definiu como "o maior compositor de organum
para amplificação do serviço divino". Infelizmente nenhum de seus trabalhos
realmente chegou até o século 20, mas acredita-se que ele seja um dos autores do
Magnus Liber (O Grande Livro). Este livro é um manuscrito que contém peças de
organum, um estilo primordial para música polifônica. Ele envolvia a adição de várias
vozes, tanto improvisadas quanto escritas, ao estilo cantochão (também chamado
canto Gregoriano). Léonin usava o estilo silábico, ou seja, havia uma nota para cada
sílaba e seus valores eram aumentados caso elas fossem tocadas ao invés de
cantadas. Já a parte superior, cantada pelo tenor, era repleta de melismas. Essa
sobreposição de vozes ficou conhecida como duplum. O Magnus Liber foi
completado e revisto por Perotin. Estima-se que ele tenha escrito mais de 80 organa
a duas vozes.
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Pérotin foi o compositor francês a quem se atribui a criação da polifonia a quatro
vozes. Trabalhou na mesma Igreja que Léonin, de 1180 até cerca de 1230, na
função de mestre de coro. Além de revisar muitos organa anteriores, ele fez
modificações nas partituras a fim de deixá-las mais modernas e enriquecendo-as
com a adição de mais vozes, ou seja, ele acrescentava a um organum duplum uma
terceira ou até mesmo uma quarta voz. No final do século XIII é referenciado como o
homem que melhorou e editou o Magnus Liber. Julga-se que trabalhou com o poeta
Philippe de Chancelier, cujos textos musicou.
(Vídeo encontra-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://paideiamusical.blogspot.com/2008/09/histria-da-msica-ocidental-captulo-
1_06.html, acesso em 11/12/2011
http://musicaeducacaomusical.blogspot.com/2011_05_01_archive.html - consultado
em 03/02/2012.
MÚSICA 82
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http://historiadamusicaantiga.blogspot.com/p/polifonia.html- consultado em 14/02/12
Sugestões:
http://semibreves.blogspot.com/2011/01/lenin.html
http://pt.cantorion.org/composers/2/Leonin
http://www1.cpdl.org/wiki/index.php/Category:Medieval_music
MÚSICA 83
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Aula 16_Música na Idade Média - Principais gêneros da Ars Antiqua
Segundo CAVINI (2010) a Ars Nova e a Ars Antiqua cultivavam gêneros musicais
específicos. Os gêneros da Ars Antiqua foram: organum, conductus, motete,
hoquetus e o rondeau.
Organum:
Início da polifonia vocal, geralmente a duas vozes. Sua forma mais antiga é
chamada de organum paralelo utilizado no século IX. Por volta do século XI surge o
organum livre que além do movimento paralelo realiza também movimentos
contrários e oblíquos a vox principalis. Por fim o órganum melismático que aparece
por volta do século XII em que a vox principalis se estendia sobre notas de longa
duração e uma outra voz mais aguda se movimentava livremente, expressadas por
notas de menor valor (melismas).
Conductus
Tipo de canção medieval de uma a três vozes com texto de conteúdo sacro porém
não litúrgico. Posteriormente também teve conteúdo profano.
MÚSICA 84
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Motete
Gênero principal da Ars Antiqua e originou-se no século XIII com a prática de Pérotin
e seus contemporâneos em acrescentar um novo texto à voz ou às vozes superiores
de uma cláusula de discante (CAVINI, 2010 p.87). Em alguns casos as vozes
superiores tinham textos diferentes. No início esses textos eram sacros, mas com o
passar do tempo tornaram-se também seculares e franceses a medida que o motete
se distanciou da Igreja. Os motetes eram cantados por solistas com
acompanhamento instrumental. Haviam algumas designações diferentes para os
motetus dependendo do número de vozes:
· Motete simples: 2 vozes, tenor e duplum com texto em latim ou francês.
· Motete duplo: 3 vozes, tenor, motetus e triplum, com textos diferentes para as
duas vozes superiores que poderiam ser em latim, francês ou até mesmo
misto.
· Motete triplo: 4 vozes com quadruplum, com textos diferentes para as três
vozes superiores – latim, francês ou misto).
· Motetus Conductus: 3 ou 4 vozes, ritmos e textos iguais.
MÚSICA 85
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Rodeau
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Aula 17_Música na Idade Média - Modos Rítmicos
Modos Rítmicos
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BIBLIOGRAFIA
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GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://historiadamusicaantiga.blogspot.com/p/polifonia.html- consultado em 14/02/12
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Aula 18_Música na Idade Média - Ars Nova
MÚSICA 92
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Exemplo de transcrição da notação usada na Ars Nova para a notação usada hoje
em dia:
MÚSICA 93
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isorrítmicos em 1320. Contudo, esses compositores posteriormente não confinaram
a isorritimia apenas ao tenor, mas também às vozes superiores. E os compositores
ingleses, no final do século XVI, desenvolveram a isorritimia em todas as vozes – e
criaram um processo em que duas talea correspondiam a um color. Porém, na
música dos compositores do século XIV, a talea poderia também ir repetindo com
reduções graduais em um terço ou pela metade, dando mais um contorno melódico
variado a obra. Pode-se afirmar que a isorritimia foi a grande criação da música
gótica do século XIV, porque constitui uma das grandes estruturações racionais de
toda a história da música.
Com base nas informações acima é possível concluir que o motete, a cantilena e as
missas (dentre as quais se destaca a Missa de Notre Dame, de Guillaume de
Machault) são as principais formas musicais da Ars Nova. Compositores importantes
do período são Gillaume de Machaut e Phillipe de Vitry, da França, e Francesco
Landini, da Itália.
(Vídeo e áudio encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
https://www.youtube.com/watch?v=TdaeDmdpRIM
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo neste
semestre para aprofundar seus conhecimentos!
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Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://historiadamusicaantiga.blogspot.com/p/polifonia.html- consultado em 14/02/12
http://wn.com/Thomas_Binkley, consultado em 13/03/2012.
http://www.musicasacra.com/forum/discussion/1739/medieval-conductus-music-for-
two-voices/p1- consultado em 13/03/2012.
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Aula 19_Música na Idade Média - Ars Nova II
Motete Franconiano
Originado do nome de Franco de Colónia, compositor e teórico da época. É
um tipo de motete mais tardio onde o triplum recebeu um texto mais longo do que
motetus e sua melodia se tornou mais rápida que no segundo, ao contrário do que
ocorria anteriormente, onde essas duas vozes possuíam um estilo melódico e
rítmico análogos de andamento moderadamente rápido. O triplum que possuía
frases curtas e notas breves dependia do contraste da regularidade do motetus e da
firmeza do tenor.
No final do século XIII havia dois tipos de motetes: um sobre um tenor profano
francês onde as vozes desenvolviam um ritmo mais parecido; e outro, derivado do
motete franconiano, onde o triplum era mais rápido, o motetus mais lento e o tenor
de cantochão com o ritmo rigoroso. Esse último recebeu o nome de petroniano, de
Petrus de Cruce, que entre 1270 e 1300 compôs motetos com o triplum em
velocidade muito rápida – algo até então inédito.
Já no final do século XIII, as consonâncias de quinta e oitava eram aceitas para
os tempos fortes. A quarta era considerada cada vez mais como uma dissonância e
as terças estavam começando a serem consideradas consonâncias. Sobre cada
nota do tenor deveria haver consonâncias e, entre essas notas, as vozes superiores
podiam causar dissonâncias. Nessa época, não havia preocupação com a questão
vertical da música e a ocorrência de dissonâncias era constante, principalmente em
melodias a quatro vozes.
MÚSICA 96
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estrutura, a fim de elaborar mais a composição. Ou seja: os dois poderiam ser do
mesmo tamanho, com a quantidade de notas coincidindo com a quantidade de
ataques – sendo o padrão repetido durante toda uma peça; ou uma parte poderia
ser maior que a outra, de modo que suas terminações não coincidissem, criando
uma complexidade maior na obra.
Música Ficta e seus acidentes
A música ficta surgiu do diálogo entre os acidentes na música e o sistema de
hexacordes utilizado na música francesa e italiana do século XIV. Os três sistemas
designados por Guido d’Arezzo eram natural, duro e mole, possuíam semitons entre
mi/fá, lá/sib e si/dó. Qualquer nota que se encontrasse fora desse sistema era
designada como fingida (ficta), dando nome ao estilo musical. Os cantores da época
deveriam ter a percepção para emitir notas alteradas em situações diversas para
evitar trítonos e emitir melodias mais consonantes. Prodoscimo, ao escrever In
Contrapunctus, definiu música ficta como a representação de sílabas onde elas não
parecem estar, alterando o colorido musical gerando consonâncias que não seriam
possíveis com a música vera ou reta.
Philippe de Vitry
O que se sabe sobre Philippe De Vitry é que ele foi compositor, matemático,
diplomata, militar, musicólogo, filósofo e poeta francês, e ainda era Bispo de Meux e
foi um pioneiro da Ars Nova. Escreveu o Tratado Ars Nova Musicae por volta do ano
de 1320 – foi o documento que nomeou o período inteiro do século XIV.
No tratado de Vitry há a abordagem de teorias musicais inovadoras e
complexas para a época, dentre elas: a solmização (sistema de musicologia que
atribui uma sílaba distinta a cada nota em uma dada escala musical), a Musica Ficta
(referia-se a alterações cromáticas, não notadas na partitura, que deveriam ser
MÚSICA 97
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realizadas pelo executante) e a Notação Mensural (sistema para notação de ritmos
complexos com grande exatidão e flexibilidade) mais moderna de sua época,
defendendo a adoção livre do ritmo binário e codificando os modos rítmicos.
Descreveu a isorritmia (uma única figura rítmica repetida continuamente por
uma voz) e a aplicou ao motete, consolidando a forma do motete isorrítmico.
Reconhece a existência de cinco valores de nota (duplex longa, longa, brevis,
semibrevis, e mínimos) e estabeleceu a mínima como unidade de medida básica.
Ele também discute o uso de notas vermelhas para sinalizar tanto as mudanças de
significado mensural e desvios a partir de um cantus firmus original.
Guillaume de Machaut
Guillaume de Machaut foi o principal compositor francês da Ars Nova. Ele
nasceu no norte do país e foi instruído na igreja vindo a se tornar sacerdote.
Acompanhou o rei em diversas campanhas militares até a morte do mesmo, depois
disso passou a servir a corte francesa. Suas obras têm uma grande riqueza rítmica
que deixou influências para os compositores posteriores e além de ter obtido fama
por suas composições musicais, Machaut ficou conhecido por seus belos poemas.
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Dentre suas obras estão 22 rondeaux, 44 ballades, 19 lais, 24 motetos, 33 virelais, 1
chanson royal e 1 complainte.
Exemplos de obras compostas por Guillamume de Machaut:
Rondeau
Virelai for Voice
MÚSICA 99
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conductus continuavam a se desenvolver na França. No final do séc. XIV e início do
séc XV, os compositores escreveram missas e hinos no estilo cantilena, com uma
voz e dois instrumentos de acompanhamento.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://historiadamusicaantiga.blogspot.com/p/polifonia.html- consultado em 14/02/12
http://wn.com/Thomas_Binkley, consultado em 13/03/2012.
http://www.musicasacra.com/forum/discussion/1739/medieval-conductus-music-for-
two-voices/p1- consultado em 13/03/2012.
MÚSICA 100
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Aula 20_Música na Idade Média - Música Profana
Trovadores e Troveiros
MÚSICA 101
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Segundo Cavini (2010) eram em sua maioria nobres letrados que escreviam seus
próprios poemas e músicas. Exerceram forte influência na música medieval de toda
Europa.
O sítio História da Música na Antiguidade e Idade Média (consultado em 16/03/2012)
nos mostra que além de compositores muitos deles eram os próprios intérpretes, e
quando não, passavam essa tarefa aos menestréis: músicos itinerantes de múltiplos
talentos. Como toda música que é transmitida oralmente, essas composições
sofreram alterações e se transformam em versões, interpretações de cada
menestrel. Algumas dessas cantigas chegaram a ser notadas e conservadas em
coletâneas chamadas de cancioneiros. Entre as principais estão a da Biblioteca
Nacional da França e a da Biblioteca Ambrosiana de Milão, ainda em notação
quadrada, sem nenhuma dúvida sobre a altura das notas, mas sim sobre seus
valores rítmicos, justificando assim a diversidade rítmica encontrada nas
interpretações modernas. Canções que utilizavam as mais variadas estruturas
formais, desde baladas simples a baladas mais dramáticas, que sugerem monólogos
e atuações de dança. Os temas abordados eram dos mais diversos, mas sempre
retratavam a realidade como o poeta a vivia, cruzadas, agitações sociais e políticas,
algumas aventuras guerreiras, mas acima de tudo está o amor, tema preferido dos
trovadores, que é transposto para um nível mítico e fantasioso. Já no norte os
troveiros, além destes temas, também abordam temas religiosos, mas somente no
final do século XIII.
Uma das questões não esclarecidas sobre essas canções está na rítmica, a
falta de notação com certeza prejudica. Existem diversos pontos de vista: alguns
dizem que o ritmo era livre, sem compasso, assim como a notação parecia sugerir;
outros apontam para uma rítmica bem definida e regular, correspondendo à
acentuação silábica das palavras, de rítmica prosódica.
Entre os trovadores, quatro deles tiveram a honra de serem citados na Divina
Comédia de Dante Alighieri: Bertran de Born, Guiraut de Broneilh, Arnaud Daniel e
Foulques de Marselha. Um dos mais célebres trovadores foi Bernard de Ventadour,
de família simples, que construiu sua reputação em cima de seu inigualável talento.
Sua popularidade é confirmada pela grande quantidade de cantigas que figuram em
vários manuscritos, os cancioneiros. Algumas mulheres também exerceram a
MÚSICA 102
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atividade, chamadas de trobairitz. A mais famosa delas foi a Condessa de Die,
Beatriz. Já entre os troveiros do norte podemos citar mais nomes femininos como
Maria de Champagne e Aélis de Blois, um dos pioneiros foi Chrétin de Troyes, e
também podemos citar Gacê Brule, provavelmente o mais importante de sua
geração.
Assista ao vídeo!!! (Vídeo e áudio encontram-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
Minnesinger e Meistersinger
Tendo como modelo a arte dos trovadores, os Minnesinger foram alemães
que também cantavam o amor de uma forma ainda mais abstrata e se possível
dizer, religiosa. A música é mais equilibrada e baseada nos modos da igreja. A
maioria das canções dos Minnelieder eram em compasso ternário, de organização
estrófica, onde as melodias eram mais limitadas com bastante uso de repetição.
Alguns dos temas explorados pelos Minnesinger eram descrições de cenas da
natureza, como louvores a primavera e a alvorada.
Já os Meistersinger eram outra escola alemã, porém baseada na arte dos
troveiros, a partir do século XIV, no qual os burgueses tomavam a frente. Pessoas
normais e cultas que preservavam um peculiar interesse pela arte, interesse que foi
retratado na ópera de Wagner, Os Mestres Cantores de Nuremberga, naqual o herói
da ópera foi um Meistersinger que viveu no século XVI, Hans Sachs.
Assista aos vídeos: (Vídeo e áudio encontram-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
Hofton
Instrumentos Musicais
MÚSICA 103
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Segundo Michels (2003), apud Cavini (2010), a Idade Média absorve todo o
aparato instrumental da Antiguidade. Não há intenção de aprimoramento desses
instrumentos musicais, nem mesmo uma preocupação em se estabelecer regras
para a construção dos mesmos. Por essa razão existe uma variedade enorme e uma
falta de uniformidade na denominação desses instrumentos.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
BENNET, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar 1986
MÚSICA 104
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CANDÉ, Roland de. História universal da música vol.1. São Paulo: Martins Fontes
2001
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://paideiamusical.blogspot.com/2008/09/histria-da-msica-ocidental-captulo-
1_06.html, acesso em 11/12/2011
http://musicaeducacaomusical.blogspot.com/2011_05_01_archive.html - consultado
em 03/02/2012.
http://historiadamusicaantiga.blogspot.com/p/polifonia.html- consultado em 14/02/12
http://wn.com/Thomas_Binkley, consultado em 13/03/2012.
http://www.musicasacra.com/forum/discussion/1739/medieval-conductus-music-for-
two-voices/p1- consultado em 13/03/2012.
MÚSICA 105
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Aula 21_Música na Idade Moderna - Renascimento - Contextualização Histórica
MÚSICA 106
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prosperidade da família, a aquisição e embelezamento de propriedades, a educação
dos filhos aos moldes clássicos, a realização pessoal por meio dos estudos, do
exercício de cargos públicos e do sucesso eram o fundamento de suas vidas.
Podemos dizer que as principais características da Renascença são:
Grande interesse científico.
Interesse em reavivar a sabedoria da Antiguidade, em especial dos povos
gregos e romanos.
Explorações de terras extra européias.
Avanços na ciência e na astronomia.
A autora ainda nos revela que essas posturas políticas, sociais e culturais
revelam a influência de um movimento chamado de Humanismo.
Para os autores Grout e Palisca (1997) o Humanismo foi um movimento intelectual
que consistia em reavivar a sabedoria da Antiguidade. Os estudiosos humanistas,
ligados ou não à Igreja eram artistas, historiadores, pensadores, nobres ou
protegidos por mecenas que divulgaram de modo mais sistemático e científico os
novos conceitos situando o homem como senhor do seu destino e da busca de seu
conhecimento.
Para Cavini (2010) esses conceitos só puderam ser divulgados pela melhoria
técnica da imprensa, pois dessa maneira livros poderiam ser publicados em maiores
quantidade e mais rapidamente.
O Humanismo traz ao homem o conhecimento do livre arbítrio, afastando-o da
postura teocêntrica medieval que determinava o comportamento místico e religioso.
MÚSICA 107
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Os "Reformadores"
MÚSICA 108
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Com a Reforma Protestante, a situação da Igreja Católica em meados do
século XVI ficou bastante difícil, pois perdeu poder e fiéis na metade da Alemanha,
em toda a Inglaterra e nos países escandinavos; estava em recuo na França, nos
Países Baixos, na Hungria e na Boêmia. Por esse motivo nos países católicos, o
resultado imediato foi a Contra-Reforma.
Para entender as novas doutrinas, a Igreja Católica lançou mão de uma arma
muito antiga: a Inquisição.
Em 1545, o Papa Paulo III convoca o Concílio de Trento e torna-se o primeiro
da Contra-Reforma. O concílio deliberou algumas decisões importantes para
continuar a combater a Reforma Protestante, tais como a permanência da
Inquisição, criação de um índice de livros proibidos, criação da Companhia de Jesus,
fortalecimento da autoridade do papa, entre outras.
Para melhor compreender a trajetória renascentista, os Historiadores dividem
este período em três grandes fases:
• Trecento - Século XIV: período de transição entre Idade Média e Renascença e
está ao redor de Florença – Itália
• Quattrocento – Século XV: apogeu da Renascença, amadurecimento do
Humanismo, importantes avanços tecnológicos e artísticos e conquistas
territoriais.
• Cinquecento – Século XVI: Roma eleva-se sobre Florença como centro cultural
e tem início a Reforma Protestante. A Igreja Católica anuncia a Contra-
Reforma.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
MÚSICA 109
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CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://elvis-esta-morto.blogspot.com.br/2004_05_01_archive.html- consultado em
2/04/2012.
http://aculturahumanistadorenascimento.blogspot.com.br/p/tudo-sobre-o-
renascimento.html- consultado em 4/04/2012.
http://profjanaina1.blogspot.com.br/p/idade-moderna.html- consultado em
08/04/2012.
http://vcrista.blogspot.com.br/2011/10/blog-post.html- consultada em 08/04/12.
MÚSICA 110
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Aula 22_Música na Idade Moderna - O Renascimento Musical I
Grout & Palisca (2007) comentam que o marco que assinala o início dos
estudos sobre os primórdios gregos da teoria musical sob uma nova ótica, foi a
leitura do tratado de Boécio na escola de Vittorino de Feltre para jovens nobres e
talentosos (fundada em 1424 na corte de Mântua) enquanto texto clássico e não
mais como base para a aprendizagem profissional. A partir desse momento, os mais
MÚSICA 111
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importantes tratados musicais gregos foram redescobertos em manuscritos trazidos
para o Ocidente e entre estes estavam os tratados de Bacchius Senior, Aristides
Quintiliano, Cláudio Ptolomeu, Euclides e outro atribuído a Plutarco. Também eram
conhecidos os “Deipnosofistas” de Ateneu (obra que possui uma longa passagem
sobre a música), os 8 livros da “Política” de Aristóteles e passagens relativas à
música dos diálogos de Platão, em particular da “República” e das “Leis”. Todos
estes textos estavam traduzidos em latim já no final do séc. XV, apesar de que
algumas traduções eram apenas para uso particular de estudiosos.
MÚSICA 112
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coletânea de peças polifônicas impressa com caracteres móveis só foi editada em
Veneza por Otaviano de Petrucci (1466-1539), em 1501.
Grout & Palisca (2007) comentam que em 1523, Petrucci já havia publicado
59 volumes, incluindo reimpressões, de música vocal e instrumental com uma
clareza e perfeição notáveis. Seu método era o da tripla impressão: uma primeira
impressão para as linhas da pauta, uma segunda para a letra da música e uma
terceira para as notas. Era um processo lento, difícil e caro, por isso, alguns
impressores do séc. XVI reduziram-no a duas impressões, uma para letra e outra
para a música. A impressão única, com caracteres que imprimiam pautas, notas e
texto de uma só vez, foi praticada por volta de 1520, em Londres, por John Rastell
(1475-1536). Esse sistema foi aplicado sistematicamente em larga escala por Pierre
Attaignant (1494-1552), em Paris, somente a partir de1528.
Assista/ouça!!! (Vídeo e áudio encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
MÚSICA 113
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Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://www.scribd.com/doc/53100431/TextoPrevio11
MÚSICA 114
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Aula 23_O Renascimento Musical II
Os objetivos musicais dos reformadores era que as letras das canções, agora em
língua vernácula, deveriam ser ouvidas pelas congregações e que as próprias
congregações deveriam participar do canto. Essa é a principal diferença entre a
música religiosa católica e a música religiosa protestante.
MÚSICA 115
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Para isso, Lutero, juntamente com seus colaboradores Konrad Rupff e Johann
Walther, criou um vasto repertório de hinos em língua alemã. Este sítio (consultado
em 07/04/2012) nos traz as seguintes informações:
Um dos protestos de Lutero contra a Igreja de Roma (1519) foi com relação à
música. Lutero pretendia que a assembleia dos fiéis voltasse a cantar os seus hinos
litúrgicos, e não mais assistisse, passivamente, às "missas-concertos" da época,
cuja intrincada polifonia só era permitida a corais instruídos. O canto gregoriano foi
também considerado difícil para as massas de fiéis, além do que era cantado em
latim. Por isso Lutero e seus colaboradores (Walther, Rupff) decidiram estabelecer
um repertório de hinos, em língua alemã, para ser conhecido e cantado pelos
membros da nova igreja nascente. Este canto coletivo, a capela, era o
Choralgesang, mais tarde, Choral.
O coral é uma das grandes fontes da música alemã. Os primeiros grandes músicos
da cultura germânica são compositores de corais: Johann Walther (1496-1570),
Ludwig Senfl (1488-1543), Matthias Greiter (c. 1500-1550), Hermann Finck (1527-
1558), Hans Leo Hassler (1564-1612), Michael Praetorius (1571-1621) e tantos
outros. Muitos corais, entretanto, não são originais, mas adaptações de canções
populares, canções profanas (inclusive dos goliardos e dos Minnesänger), cânticos
do repertório romano gregoriano e Geisslerlieder (cantos dos flagelantes).
Assista/ouça!!! (Vídeo e áudio encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
MÚSICA 116
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Nos primeiros arranjos polifônicos, os fiéis cantavam somente a melodia principal.
Com o passar do tempo, pela tradição oral, a rítmica desses arranjos se transformou
tornando-se muito simples. Essas melodias simples foram muito bem aceitas pelos
fiéis.
Em Genebra, Calvino teve uma postura mais radical que Lutero em relação à
presença da música nos cultos. Calvino, apesar de não ser músico, acreditava que a
música tivesse uma grande força e vigor para inflamar o corações dos homens. Em
1539, com base em Lutero, Calvino constituiu uma coletânea inicial de cantos
comunitários que estavam baseados no Saltério alemão.
Apesar das inocentes melodias do Saltério terem sido condenadas pela Inquisição,
formaram por muito tempo o repertório das canções dos protestantes.
MÚSICA 117
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Para combater o avanço dos reformadores, a Contra-Reforma também procurou
simplificar sua música criando um repertório em língua vernácula. O Concílio de
Trento estabeleceu a proibição de práticas profanas com o objetivo de retornar
inteiramente ao canto gregoriano.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://www.clem.ufba.br/queiroz/preludio/Coraluterano.html - consultado em
07/04/2012.
http://www.yolandasarmiento.com/el-lenguaje-musical-durante-el-renacimiento-y-el-
barroco/ - consultado em 12/04/2012.
MÚSICA 118
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Aula 24_Música Renascentista - Ascensão da Música Instrumental e Formas
Musicais
Embora o período compreendido entre 1450 e 1550 tenha sido antes de mais nada
uma era de polifonia vocal no que diz respeito à música escrita, esses mesmos cem
anos assistiram a um acréscimo de interesse pela música instrumental por parte dos
compositores sérios e ao nascimento de estilos e formas independentes de
composição para instrumentos. Como já tivemos ocasião de ver, os instrumentos
participavam, a par das vozes, na execução de todo o tipo de música polifónica
MÚSICA 119
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durante a Idade Média, se bem que não podemos saber ao certo qual a medida ou
forma exata dessa participação. Além disso, muita música era executada de forma
puramente instrumental, incluindo, ocasionalmente, muitas das composições que
habitualmente consideramos como sendo pelo menos em parte vocais; manuscritos
medievais, como os códices de Robertsbridge e de Faenza, que incluem arranjos
para instrumentos de tecla e elaborações de cantilenas e motetes representam de
certo apenas uma fracção da música transcrita desta forma; para mais, tanto quanto
podemos supor, boa parte da música instrumental independente, sob a forma de
danças, fanfarras e outras peças do mesmo tipo, não chegou até nós porque era
sempre tocada de memória ou então improvisada no momento.
MÚSICA 120
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Segundo Cavini (2010) formas particulares se definem com uma nitidez cada vez
maior:
Canzona:
MÚSICA 121
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Música de dança:
Ricercar:
MÚSICA 122
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Variação:
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A improvisação sobre uma melodia como acompanhamento para a dança tem
seguramente raízes muito antigas. Nas tablaturas de alaúde de Joan Ambrosio
Dalza, publicadas em Intabulatura di lauto (Veneza, 1508), surgem variações
escritas sobre pavanas de Veneza e Ferrara. Prática similar era a improvisação e
composição de variações sobre breves motivos em ostinato, como o passamezzo
antico e moderno, ambos derivados da pavana, e sobre melodias clássicas
conhecidas, ao som das quais se cantavam diversos poemas, como a Romanesca,
o Ruggiero e Guardame las vacas. Trata-se dos protótipos das ulteriores chaconne e
passacaglia. Os compositores espanhóis de peças para alaúde e instrumentos de
tecla levaram a um alto grau de perfeição a arte de fazer variações sobre melodias
populares.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
Sítios:
http://www.yolandasarmiento.com/el-lenguaje-musical-durante-el-renacimiento-y-el-
barroco/
MÚSICA 123
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Aula 25_Música Renascentista - Instrumentos Musicais
MÚSICA 124
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afinadas à distância de uma quarta entre si, com uma terceira maior ao centro (como
Lá-ré-Sol-si-mi'-lá); o som era mais delicado, mais refinado, menos tenso, não se
utilizava o vibrato.
Viola da Gamba
MÚSICA 125
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Havia dois tipos de instrumentos de tecla, o clavicórdio e o cravo. No clavicórdio o
som era produzido por uma tangente de metal que percutia a corda e permanecia
em contato com ela; o som era delicado, mas dentro de limites estreitos o
executante podia controlar o volume, conferindo-lhe até um ligeiro vibrato. Por outro
lado, construíam-se instrumentos do tipo de cravo em diferentes formas e tamanhos
e conhecidos por diversos nomes: espineta, clavecin, clavicembalo, entre outros; em
todos eles o som era produzido por um cálamo de pena que puxava a corda. A
sonoridade era mais robusta do que a do clavicórdio, mas praticamente não podiam
obter-se matizes fazendo variar a pressão sobre a tecla; a diversidade de timbres e
graus de intensidade só se tornava possível graças a um mecanismo de registros. O
clavicórdio era fundamentalmente um instrumento solista para utilizar em pequenas
salas; o cravo era tocado quer a solo, quer em conjunto.
MÚSICA 126
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Partes do alaúde
Alaúde
MÚSICA 127
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e até mesmo peças contrapontísticas; era utilizado como um instrumento solista
para acompanhar o canto, e também em conjuntos, e um executante hábil
conseguia obter nele uma grande variedade de efeitos. Os alaudistas utilizavam um
tipo especial de notação, chamada tablatura, cujo princípio consistia em mostrar não
a altura de cada som, mas sim o ponto onde o dedo devia premir as cordas para
produzir a altura de som desejada. Também se conceberam tablaturas para violas e
instrumentos de tecla.
Assista/ouça: (Vídeo e áudio encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Músicas Renascentistas
Kapsberger
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BIBLIOGRAFIA
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Aula 26_Música Renascentista - A música inglesa e o Ducado de Borgonha
Música Inglesa
Predileção pelo uso das terças e sextas paralelas (desde o século XII);
Sonoridade geralmente próxima do moderno modo maior;
Tais características são decorrentes de uma certa proximidade que a música
inglesa tinha com a tradição musical popular. Além disso, os compositores
ingleses sempre foram relutantes no uso das formas altamente abstracionista
da técnica composicional da tradição continental (principalmente dos
franceses).
MÚSICA 129
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Manuscrito mais importante com obras da Inglaterra: Manuscrito de Ol Hall
com 147 composições datadas de 1370 a 1420.
Fauxbourdon
John Dunstable
Dunstable
Motetos
Até o início século XIII o motete era um tipo de peça com texto litúrgico para
ser utilizado na igreja. No século XIII o motete passa a apresentar também texto
profano e na maioria das vezes textos diversos. No século XIV o motete passa a ser
MÚSICA 130
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do tipo isorrítmico. O moteto isorrítimico era considerado uma forma conservadora
no final do século XIV. No século XV passa a ser a denominação para qualquer obra
escrita sobre um texto latino, (menos os textos do ordinário) apresentando qualquer
tipo de forma. Composto no estilo típico do século XV.
Guillaume Dufay
Quando trabalhou na corte Borgonhesa compôs inúmeras chansons.
Dufay
Gilles Binchois
MÚSICA 131
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Amours Mercy
MÚSICA 132
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escreveram missas de Cantus Firmus. Principalmente utilizando o tenor da
Chanson: L ́homme arm ́e. Esse tipo de missa caracteriza-se pelo uso de
canções populares monofônicas como tenor-base para a obra, numa tentativa
de dar unidade ao conjunto de peças que formam o ordinário da missa.
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
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BIBLIOGRAFIA
MÚSICA 133
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Aula 27_Partitura Nuper Rosarum Flores - Guillaume Dufay
MÚSICA 134
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Aula 28_Música Renascentista - A Geração Franco-Flamenga I
MÚSICA 135
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mais conservadores abandonaram quase que por completo os cânones e outros
processos similares da antiga escola. Na missa, a imitação de modelos polifónicos --
a missa de imitação -- foi substituindo gradualmente a técnica mais antiga de um
único cantus firmus. As melodias de cantochão continuavam a ser usadas como
temas de missas e motetes, mas, de um modo geral, eram tratadas de maneira
muito livre. Tanto no caso dos motetes como no das missas, os compositores
começavam a escrever preferencialmente para cinco ou seis vozes, em vez das
tradicionais quatro.
Itália
MÚSICA 136
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A frottola floresceu no final do século XV e início do século XVI. A forma habitual de
interpretação consistia, provavelmente, em cantar a voz superior e tocar as restantes
como acompanhamento instrumental.
Lauda -- A contrapartida religiosa da frottola era a lauda polifónica (pl. laude), uma
canção de devoção não litúrgica, de carácter popular. Os textos eram umas vezes
em italiano, outras em latim; a música era a quatro vozes, sendo as melodias muitas
vezes extraídas de canções profanas. As laude eram, geralmente, cantadas em
reuniões semi-públicas de crentes, quer a cappella, quer, possivelmente, com
instrumentos tocando as três vozes mais graves. Tal como as frottole, as laude
eram, na sua maioria, silábicas, homofónicas e ritmicamente regulares, com a
melodia quase sempre situada na voz mais aguda. Na simplicidade das suas
harmonias, as laude conseguiam muitas vezes ser extremamente expressivas.
Próximas no espírito e no propósito da música litúrgica, as laude raramente
incorporavam, porém, temas gregorianos e não revelam grande influência do estilo
musical sacro franco-flamengo.
Assista/ouça: (Vídeo e áudio encontram-se no Ambiente Virtual de Aprendizagem)
Renascença Italiana
MÚSICA 137
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França
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A nova chanson francesa -- O francês foi sempre a língua da chanson, como
o latim foi o da missa. Embora os compositores franceses de missas e motetes
continuassem, no início do século XVI, a escrever numa versão levemente
modificada do estilo internacional, os compositores de chansons desse tempo e
ainda durante o longo reinado de Francisco I (1515-1547) desenvolveram um tipo de
chanson mais marcadamente nacional, quer nos poemas, quer na música.
Tais obras vieram a lume nas publicações do primeiro impressor musical francês,
Pierre Attaignant, que deu à estampa entre 1528 e 1552, em Paris, mais de
cinquenta colectâneas de chansons, num total de cerca de 1500 peças. Outros
editores em breve seguiram os passos de Attaignant. A popularidade da chanson é
atestada pelas centenas de transcrições para alaúde e arranjos para voz solo que
foram publicados ao longo do século XVI tanto na França como na Itália.
Renascença Francesa
Alemanha
MÚSICA 138
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Os autores de Lieder conjugavam habilmente o material melódico alemão com um
método conservador de composição e uma técnica contrapontística derivada da
tradição franco-flamenga.
Renascença Alemã
Espanha
Renascença Espanhola
MÚSICA 139
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Europa do Leste
Inglaterra
Renascença Inglesa
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MÚSICA 140
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BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://www.yolandasarmiento.com/el-lenguaje-musical-durante-el-renacimiento-y-el-
barroco/- consultado em 20/04/2012.
MÚSICA 141
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Aula 29_Música Renascentista - Geração Franco-Flamenga - Parte II
Inglaterra
MÚSICA 142
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Dois dos mais destacados compositores ingleses do início do século XVI foram
William Cornysh, o Jovem (c. 1465-1523), e Robert Fayrfax (c. 1464-1521),
distinguindo-se o primeiro pelas suas canções profanas e motetes, e o segundo
principalmente pelas missas e outras obras sacras. Estão ambos representados no
Eton choinbook ("Livro de coro"), considerado por vários autores como o mais belo
manuscrito musical inglês conhecido (embora dele só subsista uma parte). Este livro
de coro foi compilado no Colégio de Eton entre 1490 e 1502, aproximadamente, e
continha, originalmente, sessenta e sete antífonas em louvor da Virgem, que eram
utilizadas no serviço religioso especial e quotidiano exigido pelos estatutos do
colégio.
O maior músico inglês deste período foi, sem sombra de dúvida, John Taverner (c.
1490-1545), compositor cuja carreira incluiu quatro anos como mestre de coro do
colégio de Oxford, que mais tarde veio a transformar-se na Igreja de Cristo, a qual
tinha então um grande coro de quarenta membros. As missas festivas e os
magnificats de Taverner são quase todos no estilo inglês pleno e ornamentado da
primeira metade do século, com algumas passagens sequenciais e um recurso
ocasional à imitação. A missa Western Wynde de Taverner é uma das três escritas
sobre esta melodia por compositores ingleses do Século XVI; todas as três
apresentam a peculiaridade de não tratarem o cantus firmus de nenhuma das
formas convencionais, mas antes como uma série de variações à maneira das
variações para teclas inglesas de finais do século. Técnica idêntica é a que é
utilizada na missa Gloria tibi trinitas.
MÚSICA 143
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nobis; no tempo de Isabel I Tallis tanto compôs sobre textos em latim como em
inglês. Entre as suas últimas obras contam-se duas séries de lamentações que são
das mais eloquentes de todas as interpretações musicais destes versículos do
profeta Jeremias, textos que começaram a chamar a atenção dos compositores na
segunda metade do século XV e que no século XVI passaram a constituir uma forma
independente de composição sacra. Característica notável da obra de Tallis (e de
muitas da música inglesa do século XVI) é a natureza basicamente vocal das
melodias; sentimos, ao ouvi-las ou cantá-las, que foram concebidas, não como uma
inter-relação de linhas melódicas abstractas, mas como uma interligação de vozes --
tal a precisão com que a curva melódica desposa a cadência natural das palavras,
tamanha a imaginação com que projeta o conteúdo destas e tal a naturalidade com
que se apresenta ao cantor.
MÚSICA 144
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dominassem essa língua. Ainda assim, o resultado final das alterações introduzidas
na língua e na liturgia vigente foi o nascimento de um novo corpo de música sacra
inglesa. As formas principais de música anglicana são o serviço e o hino (anthem).
Um serviço completo compõe-se de música para as partes invariáveis das orações
matutina e vespertina (correspondendo, respectivamente, às matinas e às vésperas
da igreja de Roma) e da música para a sagrada comunhão, que corresponde à
missa católica, mas que ocupava um lugar menos importante no panorama musical
anglicano -- muitas vezes só era composta música para o Kyrie e o Credo. O serviço
pode ser um grande serviço ou um serviço breve; estes termos não se referem ao
número de textos musicados, mas ao estilo da música, que, no primeiro caso, é
contrapontística e melismática, no segundo, baseada em acordes e silábica. Um dos
mais belos exemplos da música sacra anglicana é o Great Service de Byrd.
O hino inglês corresponde ao motete latino. Há dois tipos de hinos. Um deles, que
mais tarde veio a ser designado por full anthem (hino completo), era inteiramente
escrito para um coro, regra geral em estilo contrapontístico e (idealmente, pelo
menos, embora nem sempre assim fosse na prática) sem acompanhamento; um
bom exemplo é When David Heard, de Tomkis7.
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MÚSICA 145
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MÚSICA 146
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Aula 30_Música Renascentista - O Madrigal
O madrigal foi o gênero mais importante dentro da música profana italiana do século
XVI. Através dele a Itália tornou-se, pela primeira vez na história, o centro musical da
Europa. O madrigal do século XVI era uma composição desenvolvida sobre um
poema breve; em comum com o madrigal do século XV só tinha praticamente o
nome. O madrigal trecento era uma canção estrófica com refrão (ritornello); o
madrigal do início do século XVI, regra geral, não tinha refrão nem apresentava
qualquer outra das características das velhas formes fixes, com as suas repetições
regulares de frases musicais e textuais. Madrigal, como frottola, é um termo genérico
que inclui uma grande variedade de tipos poéticos -- soneto, balada, canção, ottava
rima e poemas expressamente escritos para serem musicados como madrigais. Os
textos dos madrigais compunham-se, na sua maioria, de uma única estrofe de
esquema rimático livre e com um número relativamente reduzido de versos de sete e
onze sílabas (hendecassílabos).
MÚSICA 147
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do final do século -- Tasso e Guarini. A música da frottola era fundamentalmente
uma melodia para se cantar o poema, assinalando o final de cada verso com uma
cadência e, geralmente, duas notas longas. As vozes mais graves forneciam um
alicerce harmônico, composto quase exclusivamente de terceiras e quintas sobre o
baixo (ou acordes no estado fundamental, como hoje lhes chamaríamos) (v. NAWM
55). O madrigal dava aos versos um tratamento muito mais livre, através de uma
grande variedade de texturas, numa sequência de partes (geralmente) imbricadas,
umas contrapontísticas, outras homofônicas, cada qual baseada numa única frase
do texto. E, acima de tudo, o compositor de um madrigal procurava igualar a
seriedade, a nobreza e o engenho do poema e transmitir ao ouvinte as ideias e as
paixões do texto.
MÚSICA 148
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A maioria dos textos dos madrigais eram de tema sentimental ou erótico, com
cenas e alusões inspiradas na poesia bucólica. Geralmente, o texto terminava com
um clímax epidramático no último verso ou par de versos. Cantavam-se madrigais
em todo o tipo de reuniões sociais palacianas; em Itália eram cantados
principalmente nas reuniões das academias (formais e informais), que eram
sociedades organizadas nos séculos XV e XVI em muitas cidades para o estudo e
discussão de questões literárias, científicas ou artísticas. Nestes círculos os
intérpretes eram quase sempre amadores, mas a partir de 1570 os príncipes e
outros mecenas começaram a contratar grupos profissionais de virtuosos para seu
entretenimento e dos seus convidados. Também se cantavam madrigais em peças
de teatro e noutros espetáculos teatrais. A produção de madrigais e canções
polifônicas próximas da forma do madrigal foi abundantíssima em Itália; publicaram-
se cerca de duas mil colectâneas (contando com reimpressões e primeiras edições)
entre 1530 e 1600, e a produção continuou a ser intensa ainda durante o século
XVII.
MÚSICA 149
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maneira de recitativos, e contrastes extravagantes, exerceram uma importante
influência sobre Monteverdi.
MÚSICA 150
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Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
Bons estudos!
BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://www.yolandasarmiento.com/el-lenguaje-musical-durante-el-renacimiento-y-el-
barroco/ - consultado em 21/04/2012.
http://cifrantiga2.blogspot.com.br/2011/03/madrigal-renascentista.html, consultado
em 04/05/2012.
MÚSICA 151
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Aula 31_Música Renascentista - O Início da Ópera
O Início da Ópera
Não era exatamente ópera, mas sim seus precursores e havia três tipos de
espetáculos:
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O sítio História Ilustrada da Arte (consultado em 04/05/2012) nos traz a seguinte
informação:
Não percam os prazos, pesquise, estude as referências, aproveite seu tempo para
neste semestre para aprofundar seus conhecimentos!
MÚSICA 153
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Bons estudos!
DE SANTOS
BIBLIOGRAFIA
CAVINI, Maristella Pinheiro, História da Música Ocidental: uma breve trajetória
desde a Pré-História até o século XVII, São Carlos, EdUFSCar: 2011.
GROUT, Donald e PALISCA, Claude; História da Música Ocidental, traduzido por
Ana Maria Faria, Lisboa: Gradiva, 1997.
Sítios:
http://www.portaldarte.com.br/opera.htm#histmusic- consultado em 04/05/2012.
http://www.yolandasarmiento.com/el-lenguaje-musical-durante-el-renacimiento-y-el-
barroco/- consultado em 21/04/2012.
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