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QUADRO RESUMO – ESCOLAS LITERÁRIAS BRASIL

Professor Dionatan da Silva (Choco)

Estilo CONTEXTO HISTORICO CARACTERISTICAS AUTORES


Quinhentismo

1500 • O culto das antiguidades greco-latinas - Pero Vaz de Caminha - A Carta de


• O humanismo (homem voltado para as coisas do mundo) Caminha
Início: A Carta de Caminha • Literatura documental, Histórica, de caráter informativo. - Pe. José de Anchieta - escreveu textos
• Reforma religiosa (que representou um triunfo da religiosos, um teatro religioso. Tinha
• Os portugueses chegam ao modernidade contra a tradição, do indivíduo contra a igreja). devoção ao culto mariano. Recebeu
Brasil influência da tradição medieval. Obs.: Não
• A chegada dos primeiros recebeu influência da poesia lírica de
jesuítas ao Brasil Camões (soneto).
Representa a fase inicial da - Pe. Manuel da Nóbrega
literatura brasileira, pois ocorreu
no começo da colonização.
Barroco

1601 • - Gregório de Matos - apelidado de "A Boca do


Freqüência das antíteses e paradoxos, fugacidade do tempo e incerteza
da vida. Inferno". Oscilou entre o sagrado e o profano. Poeta
• Início: Prosopopéia - poema lírico, satírico, reflexivo, filosófico, sacro,
épico de Bento Teixeira • Rebuscamento, virtuosismo, ornamentação exagerada, jogo sutil de encomiástico, obsceno. Não foi poeta épico.
palavras e ideias, ousadia de metáforas e associações. - Bento Teixeira.
• As invasões holandesas no - Pe. Antonio Vieira - Expoente máximo da
Brasil • Cultismo ou Gongorismo: abuso de metáforas, hipérboles e antíteses. Literatura Brasileira e da Literatura Portuguesa, pois
durante sua estada em Portugal aderiu a temas
Obsessão pela linguagem culta jogo de palavras.
• Os bandeirantes nacionais portugueses e durante a sua permanência
no Brasil, aderiu a temas nacionais brasileiros. Era
• Conceptismo (Quevedo): jogo de ideias, pesquisa e essência íntima. prosador e não poeta, e conceptista, pois atacou o
cultismo. Escreveu sermões, entre eles o Sermão da
Sexagésima.
oArcadism

1768 • Pastoralismo, - Tomás Antonio Gonzaga - poeta maior do


• bucolismo. Ideal de vida simples, junto à natureza (locus amoenus). Arcadismo brasileiro com suas liras Marília de
Cláudio Manuel da Costa: • Fugere urbem ("evitar a cidade", "fugir da civilização"). Dirceu.: Dirceu; pseudônimo como poeta satírico:
Obras Poéticas • busca do equilíbrio e da naturalidade, no contato com a natureza. Critilo (Cartas Chilenas).
• Carpe diem ("aproveite o dia"). Consciência da fugacidade do tempo. - Cláudio Manuel da Costa -. Obra: Vila Rica.
• A Inconfidência Mineira • Simplicidade, clareza e equilíbrio. - Basílio da Gama - Obra: O Uraguai.
• A Revolução Farroupilha • Emprego moderado de figuras de linguagem. - Santa Rita Durão - Obra: Caramuru.
• A vinda da Família Real para o • Pseudônimos. Fingimento / Artificialismo
Brasil
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Romantismo
Professor Dionatan da Silva (Choco)
1836 1ª Geração: nacionalismo, ufanismo, natureza, religião,
- Gonçalves Dias - Obras: Canção do Exílio e
indianismo/medievalismo. I Juca Pirama.
Gonçalves de Magalhães
Publicação de Suspiros Poéticos e 2ª Geração: mal do século, evasão, solidão, profundo pessimismo, anseio
Álvares de Azevedo - Obra: Livro de contos
Saudades da morte. Noite na taverna.
Castro Alves - Obras: Espumas Flutuantes, O
• A Imprensa no Brasil 3ª Geração: condoreirismo, liberdade, oratória de reivindicação, transição Navio Negreiro, Vozes d'África.
para o Parnasianismo, literatura social e engajada. - José de Alencar (representante maior) -
• A crise do 2º Reinado
• A abolição da escravidão Geral: imaginação, fantasia, sonho, idealização, sonoridade, simplicidade,
defensor do "falar brasileiro" / dá forma ao
subjetivismo, sintaxe emotiva, liberdade criadora. herói / amalgamando a sua vida à natureza.
- Joaquim Manuel de Macedo - Obra: A
Moreninha.
- Bernardo Guimarães - Obra: A escrava
Isaura.
- Manuel Antônio de Almeida - Obra:
Memórias de um sargento de milícias.
1881 Realismo: preocupação com a verdade exata, observação e análise,
Simbolismo NaturalismoRealismo/ Parnasianismo/

Machado de Assis personagens tipificadas, preferência pelas camadas altas da sociedade.


Publicação de Memórias Póstumas de Objetividade. Descrições pormenorizadas. Linguagem correta, no entanto é Prosa: Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Raul
Brás Cubas/ Realismo mais próxima da natural, maior interesse pela caracterização que pela ação Pompéia
Aluísio de Azevedo – tese documental.
Publicação de O Mulato/ Naturalismo
Década de 80 Naturalismo: visão determinista do homem (animal, presa de forças fatais e Poesia: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira,
Definição do ideário parnasiano. superiores – meio, herança genética, fisiologia, momento). Tendência para Raimundo Correia, Vicente de Carvalho.
análise dos deslizes de personalidade. Deturpações psíquicas e físicas.
Preferência pela classe operária. Patologia social: miséria, adultério,
criminalidade, etc – tese experimental.

Parnasianismo: arte pela arte, objetividade, poesia descritiva, versos


impassíveis, exatidão e economia de imagens e metáforas, poesia técnica e
formal, retomada de valores clássicos, apego à mitologia greco-romana.

1893 Simbolismo: reação contra o positivismo, o Naturalismo e o Parnasianismo; Poesia: Cruz e Sousa e Alphonsus de
Cruz e Sousa individualismo, subjetivismo psicológico, atitude irracional e mística, respeito Guimaraens, Pedro Kilkerry, Emiliano Perneta.
Publicação de Missal (prosa poética) e pela música, atitude irracional e mística, respeito pela música, cor, luz;
Broquéis (poesia). procura das possibilidades do léxico.
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Pré-Modernismo
Professor Dionatan da Silva (Choco)
1902 Pré-Modernismo: tendência das primeiras décadas do século XX, sentido Prosa: Monteiro Lobato, Euclides da Cunha, Lima
Publicação de Os Sertões, de mais crítico, fixando diferentes facetas da realidade social, política ou Barreto, Graça Aranha.
Euclides da Cunha; Canaã, de Graça alterações na paisagem e cor local. Convivem juntas duas tendências: Poesia: Augusto dos Anjos;
Aranha. - Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo
1. Conservadora: sobrevivência da mentalidade positivista, agnóstica Quaresma (a vida urbana e as transformações
• Guerra do Contestado e liberal. Destacou-se:Euclides da Cunha - Obra: Os Sertões (miséria e de início de século).
• A Revolta dos 18 do Forte subdesenvolvimento nordestino). - Monteiro Lobato - livro de contos Urupês (a
de Copacabana miséria do caboclo, a decadência da cultura
2. Renovadora: incorporação de aspectos da realidade brasileira. cafeeira).
• A revolta da Vacina Obs.: Foi Monteiro Lobato quem criticou a
exposição da pintora Anita Malfatti,
chamando-a de "Paranóia ou Mistificação".
- Graça Aranha, Canaã (imigração além do
Espírito Santo).

• Fundação do Partido • Poesia nacionalista.Espírito irreverente, - Mário de Andrade - Obra: Pauliceia


1ª faseModernismo

Comunista Brasileiro • polêmico e destruidor, desvairada h


• movimento contra Anarquismo, - Oswald de Andrade - Obra: Manifesto
• A Revolução de 1930 • luta contra o tradicionalismo; paródia, humor. antropofágico / Pau-Brasil
• Liberdade de estética. - Manuel Bandeira - Obra: Libertinagem
• Verso livre sem uso da métrica.
• Linguagem coloquial
• A Era Vargas • Destaca-se a prosa regionalista nordestina (prosa neo-realista e neo- Graciliano Ramos - representante maior,
2ª faseModernismo

• Lampião e o cangaço no sertão naturalista). criador do romance psicológico nordestino -


Obras: Vidas Secas; São Bernardo.
- Jorge Amado - Obras: Mar Morto; Capitães
da Areia.
- José Lins do Rego - Obras: Menino de
Engenho; Fogo Morto.
- Rachel de Queiroz - Obra: O Quinze.
- José Américo de Almeida - Obra: A
Bagaceira
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Professor Dionatan da Silva (Choco)


• A Redemocratização do Brasil • Continua predominando a prosa. - Guimarães Rosa - Neologismo - Obra:
3ª faseModernismo

• A ditadura militar no Brasil Sagarana.


- Clarice Lispector - Introspectiva - Obra:
Laços de Família, onde a autora procura
retratar o cotidiano monótono e sufocante da
família burguesa brasileira.
Obs.: Os escritores acima procuram
universalizar o romance nacional. São
considerados pela crítica literária, escritores
instrumentalistas.
Poesia concreta:
- João Cabral de Melo Neto - poeta de poucas
palavras. Obra de maior relevância literária:
Morte e Vida Severina. Tem intertextualidade
com o teatro Vicentino.

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