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Juliano Leandro
http://www.aulete.com.br/miniconto
A definição para o termo miniconto, segundo o dicionário Caldas Aulete, é sucinta; esse
gênero é marcado pelo tamanho reduzido, se comparado ao gênero de onde se origina, o conto.
Nesse sentido, alguns pontos são importantes quanto a sua estrutura composicional e quanto à
temática:
de poucos períodos e a omissão de conjunções e elementos conectivos – o fenômeno que lida com
que levará o leitor a uma atividade de inferência, para uma articulação os vários sentidos para
uma mesma palavra;
das ideias apresentadas e sua compreensão efetiva; entretanto, os possíveis
sentidos de uma palavra
e) É frequente a ocorrência de figuras de linguagem; ambígua estabelecem
alguma relação entre si.
f) Pela sua temática, um miniconto busca despertar a atenção do
leitor, por meio de uma reflexão e pelo aguçamento de sua capacidade
inferência
intelectual.
interpretação semântica
Sendo assim, pode-se definir esse gênero como um jogo de elementos
subentendidos, que não
estratégico de recursos de combinação sintática, morfológica e
estão marcados
semântica. linguisticamente.
Para conhecer mais um pouco sobre o miniconto, vale a pena acessar links como
http://www.minicontos.com.br/minicontos e https://twitter.com/minicontos.
NÃO ESSA (p. 243)
Encontrou sua outra metade. E teve que renunciar a ela. Era a parte da cintura para cima, o que lhe
impediria usar sua própria cabeça.
Hora de alimentar serpentes é uma obra composta por 207 minicontos. Interessante observar
que o prólogo, parte inicial explicativa de uma obra, já constitui um desses minicontos.
Uma análise mais atenta desse primeiro texto aponta para uma questão de ordem
metafórica: no lugar de uma uma linha, uma serpente é enfiada na agulha a fim de que algo seja
costurado. Ainda nessa perspectiva, a atividade de costurar/tecer é pertinente à construção de um
texto, para que tem sua origem na forma latina textum, “entrelaçamento, tecido”. Dessa maneira, é
possível dizer que o que viria a ser costurado seriam os minicontos na sequência.
a) Histórias de insônia (p. 33, 67, 103, 131, 175, 211, 273, 299, 321, 365, 379, 405,
439). A própria autora, num encontro promovido recentemente para discussão da obra, declarou
que teve a ideia de incorporar novos elementos para o desenvolvimento dessa atividade de “contar
carneirinhos para dormir”.
b) Histórias 1 a 8 (p. 37, 153, 185, 241, 263, 283, 417 e 443). Cabe observar que,
enquanto a maioria desses minicontos são somente numerados, um deles apresenta um título
diferente, com um anúncio que remete ao seu teor. Os citas, os aqueus na Guerra de Troia e mitos
como o do Conde Ugolino povoam estas histórias. Ao longo da obra é possível encontrar, ainda,
referências do mito de Hércules e de Teseu e o Minotauro.
Como boa dona de casa, a castelã tinha por tarefa fazer as velas que iluminavam as noites da sua
família. Como boa dona de casa, ela mesma as acendia ao escurecer.
Para uma compreensão mais adequada desse miniconto, é preciso entender o sentido da
expressão “trabalho de Sísifo”, que corresponde a qualquer atividade ou esforço longo e
repetitivo, cansativo, costumeiro. Essa ideia tem origem na história da punição sofrida por Sísifo, na
mitologia grega, condenado a rolar uma grande pedra de mármore com as mãos até o cume de
uma montanha.
Ainda nesse contexto das associações, destacam-se minicontos cujos títulos explicitam essas
relações, a saber:
Título Página
No bar do Phillies 49
A questão é Eça 71
It’s wild 87
Porto 445
Em A questão é Eça, Marina Colasanti admite ter retomado o Homero que outrora tinha sido
retomado pelo autor português Eça de Queirós no conto A perfeição.
Em It’s wild, a autora faz uma referência à música Wild world, do cantor britânico Cat
Stevens.
1
Vídeo disponível, dentre outros, em https://globaleditora.com.br/catalogos/livro/?id=3524
IT’S WILD (p. 87)
Ecoa de passagem, no silêncio da reserva, a música vinda de um jipe de turistas. “Baby, baby, it’s a
wild world!...” canta Cat Stevens. E a leoa tranquiliza sua cria: “Liga não, filho, não é a nós que ele
se refere”.
Observa-se, nesse miniconto, um efeito de humor a partir do homento em que a leoa fala
com sua cria, dando a entender que os “selvagens” fazem referência ao próprio homem. Nota-se
também uma estratégia que dialoga com o gênero fábula, em que animais são pessoalizados,
dotados de características humanas.
Em Ao modo de La Fontaine, esse diálogo com a fábula torna-se mais evidente. Soma-se à
presença de um animal como protagonista uma outra caracterísica do gênero, que corresponde à
atribuição de uma “moral” à história.
A cauda da serpente queixava-se a Deus, por tê-la obrigado a um eterno segundo lugar. A cabeça
vinha sempre na frente, a cabeça via o mundo e tomava as decisões, a cabeça comia carne viva e
palpitante, enquanto a ela só alimento morto cabia.
Estava a cauda empenhada em suas lamentações, quando a cabeça, ameaçada pelo aproximar-se de
um camponês, deu o bote para atacá-lo, e este ergueu a foice. Não se detém a lamina no alto, com
um silvado abate-se decapitando a serpente.
Livre da cabeça, a cauda revira-se ainda por alguns minutos. Tempo exato para agradecer a Deus o
segundo lugar, que pela primeira vez lhe parece conveniente.
Destaca-se, mais uma vez, a recorrência à imagem da serpente, como símbolo da obra e
relacionada à questão da sedução e do inesperado. Há um léxico que gira em torno da questão da
cobra/serpente, como se pode ver nos minicontos E por fim (p. 79), e Ao modo de La Fontaine (p.
79).
Hora de alimentar as serpentes que habitavam sua cabeça. Concentrou o pensamento em pequenas
criaturas vivas, rã, passarinho. Um gosto de sangue chegou-lhe à boca, e o mover-se do novelo
sibilante, que apenas intuía, aquietou-se. Sua segurança estava garantida por mais algum tempo. Dia
chegaria, entretanto, em que suas inquilinas haveriam de por ovos.
Outros minicontos que dialogam com essa estrutura fabular são (a) Espécie de roteiro para
corvo e raposa (p. 79); (b) Água acima (p. 187); (c) Porque o cantar (p. 195); (d) Um cantar que
chega (p. 239) – esses dois últimos retratando a figura da cigarra que canta.
Jerônimo, o Santo, passou a mão sobre os olhos cansados, recostou-se na cadeira. Era hora de dar
de comer aos animais, a tigela dourada diante do pavão estava vazia, a perdiz também estaria com
fome. A revisão da antiga versão latina do Novo Testamento teria que esperar. Desceu os três
degraus do estrado sobre o qual estivera trabalhando, viu que o leão se aproximava pelo corredor.
Providenciaria primeiro os grãos para as aves, depois a carne crua para ele. Sabia bem que seus
animais eram tão somente símbolos, mas os símbolos – sorriu amoroso o sábio – também
precisariam ser alimentados.
Marina Colasanti informa que, ao longo da obra, outros quadros servem de ponto de
partida para criação de suas histórias. É o caso de duas pinturas do pintor norte-americano Edward
Hopper, a saber, Quarto de hotel (1931)e Falcões da noite (1942).
NINGUÉM VIRIA (p. 209)
Prestes a enfiar o vestido, a mala já feita, acabava apressada de se arrumar, quando a carta foi
passada por debaixo da porta. Abriu o envelope, sentou-se na cama para ler. Não eram muitas
linhas. Leu devagar, embora com voracidade, repetindo algumas palavras como se não lhes
entendesse o sentido. E chegando à assinatura leu outra vez, desde o princípio. Repetiu a leitura
muitas vezes. Da janela às suas costas chegavam sons da rua, que ela não ouvia. O sol moron que lhe
desenhava os ombros não parecia aquecê-la. Quando parou de ler, não soube o que fazer da carta,
continuou com ela nas mãos, mancha clara gravada nos olhos e no quarto que mais adiante ficaria
em penumbra.
Em algum momento, deitou-se assim como estava – vestido e mala haviam-se tornado
desnecessários. Encolheu as pernas. Não tinha mais pressa, ninguém viria procurá-la naquele quarto
de hotel.
É noite adiantada, e não faz frio. Um homem sai de um edifício, caminha pela calçada, cruza uma e
outra rua, e numa esquina para. Chegou aos bar, entra.
O mesmo homem está agora sentado ao balcão. Não tirou o chapéu. Bebe. Veio em busca de sons e
presenças, para quebras a solidão da sua própria casa. É tarde, porém, o bar, como as ruas, está
quase vazio. Assim mesmo ele fica, protegido pelas paredes de vidro como se num aquario, E, por
baixo da aba do chapéu, olha.
Olha o casal que divide com ele o balcão. Tomaram café, as xícaras estão vazias à sua frente. E não
se falam. Encostados quase, lado a lado, o vestido dela vermelho como uma plumagem, sorvem o
silêncio. Não é uma briga nem um fastio. É uma ausência. Falta a ambos o desejo de falar. E de se
ouvir.
O homem poderia ir embora, ninguém entra naquele bar, ninguém passa naquela rua. Mas ali são
três, embora calados. E no bar, pensa o homem, não corre o perigo de estender a mão e apagar a
luz.
Hopper ficou conhecido pelo fato de suas obras serem uma representação realista da
solidão na contemporaneidade, questão que conduz os dois minicontos acima.
Madalena Arrependida (Caravaggio, 1594) Natureza morta com peixes vermelhos (Matisse, 1911)
Os dois quadros acima são a referência para os contos A pista final (p. 47). xxx e Paris,
com jarro de peixes (p. 105).
Em Mais que Salomão, o dilema da escolha, retratado na Bíblia, serve de combustível para
escrita desse miniconto.
Em dúvida entre dois homens que a queriam, a mulher achou a solução salomônica. Seria de um
nos dias pares. Seria de outro nos ímpares. E aos domingos continuaria solteira.
Justamente num domingo, conheceu o terceiro homem. Por quem abandonou os outros dois, e o
seu dia semanal de solteirice.
Amante de mitologia, o nobre jurisconsulto deleita-se nos fins de semana atando a esposa nua no
falso rochedo junto à piscine e emergindo da água, para devorá-la entre bufidos.
Não sabe que em sua ausência ela retoma o jogo, tendo instruído o caseiro para assumir o papel de
Perseu.
Em Porto, desvela-se uma referência direta ao conto A terceira margem do rio, de
Guimarães Rosa, publicado em seu livro Primeiras Estórias (1962). Denota-se, mais uma vez, a
questão da intertextualidade, como a influência direta ou indireta de um ou mais textos literários
preexistentes na elaboração de um novo texto.
Outras associações podem ser constatadas ao longo da obra, como, por exemplo, as
referências ao ser mitológico da Medusa e à raposa de Saint-Exupéry.
Inquietas sempre, as serpentes na cabeça de Medusa tolhiam-lhe por vezes a clareza de pensamento.
Só uma ameaça as acalmava: a trança.
Embora trabalhasse com modelos vivos, Caravaggio não os encarava ao pintar, mas os reproduzia
olhando a imagem refletida em um espelho. Fora essa técnica que lhe salvara a vida ao pintar a
cabeça de Medusa, impedindo que o olhar da Górgona o transformasse em pedra.
Desejoso de querer bem, apaixonou-se por uma raposa. As raposas – sempre soubera disso – são
criaturas encantadas que abrigam o espírito de uma mulher. Amou-a com devoção durante muitos
anos, sem que a mulher oculta se desse a conhecer. Quando a raposa afinal morreu, a solidão
sentou-se à mesa diante dele. Que, acostumado, continuou a se alimentar de carne crua.
Uma outra análise dos minicontos dessa obra, assim como das associações estabelecidas
pela autora, foi feita por Roberta Ávila, no Jornal Rascunho, numa matéria intitulada Hora de
pecado e ironia, cujo acesso está disponível em http://rascunho.com.br/hora-de-pecado-e-ironia/.
Após uma leitura cerrada e uma análise da obra, proponho a divisão de boa parte dos
minicontos entre as categorias/temáticas a seguir:
Temática Minicontos
A questão dos contrários “Tática” (p. 15); “Depois do terceiro ato” (p. 57)
A questão do meio/metade “Na medida” (p. 25); “Para agradar” (p. 75)
A questão da ordem dos fatos “Questão de timing” (p. 45); “Quem antes” (p. 441)
A questão do tempo perdido “Com o olhar” (p. 69); “Longa pergunta” (p. 353);
A questão do tempo interrompido “Apesar da” (p. 63); “No tempo” (p. 163);
A questão do Bem e do Mal “Cena antiga” (p. 99); “O menu” (p. 139)
Conforme já foi dito, por vezes omite-se o emprego de conjunções e outros elementos
conectivos, como preposições, o que leva o leitor a completar essa lacuna de maneira adequada –
a “força da concisão da linguagem”, como consta na contracapa do livro. Por outras vezes, o
próprio título do miniconto consiste numa dessas expressões.
Sem ausência 83
Entre espaço 95
Mulher minha não trabalha na rua!, gaba-se no trabalho e no botequim o marido ciumento.
Ouviu do sábio que o importante era “sair da estrada principal para descobrir terrenos baldios,
mata, pântanos”. Lutou então para alcançar a estrada principal, pois só abandonando-a poderia
afinal descobrir aquele mesmo pântano onde sempre havia vivido.
Há uma mulher. Debruçada sobre o abismo, olha. Olha o fundo, longamente. Atendendo ao
chamado, o abismo olha para a mulher. O fundo dela é turvo. O abismo se contraiu como ostra
tocada por limão. E se fecha. O diálogo entre os dois está encerrado.
Hesita longamente entre um lado e outro. Afinal, a poder de foice, abre no meio dos dois um
terceiro caminho.
Tão difícil, para ela, se aquecer à noite. Calçava meias, e os pés, de gelo. Vestia pijama felpudo, e as
pernas, de mármore. (…)
Outras questões
- A questão da ironia; minicontos “A ordem mantida” (p. 219); “O último objeto” (p. 231);
“Digitigrado” (p. 269); “De fato” (p. 309); “É” (p. 329).
Mulher minha não trabalha na rua!, gaba-se no trabalho e no botequim o marido ciumento.
- A questão da polissemia; minicontos “Na medida” (p. 25); “Em igual medida” (p. 197);
“Da fato” (p. 309).
Não enxergava as teclas. Via os sons. - Teu pai, meu filho, era forte como o carvalho no
fundo do jardim.
COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global,
2013. p. 341. - Mas não há nenhum carvalho, nem temos jardim.
- Justamente.
[1] As figuras de linguagem são recursos que atribuem
expressividade ao texto. A figura de linguagem COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global,
construída no texto acima é chamada de: 2013. p. 123.
[2] Ainda que a autora tenha optado por não utilizar (C) o pai não era fraco.
um conectivo na construção de “O Pianista Cego”, é (D) o pai não era forte.
possível perceber a associação semântica existente
entre as orações que integram o texto. Essa ligação é
explicitada pela noção de:
[5]
(A) conclusão
Teu pai, meu filho, era forte como o carvalho no fundo
(B) adição
do jardim.
(C) adversidade
O vocábulo destacado estabelece uma relação de
(D) causa
sentido entre aquilo que está sendo enunciado. Essa
relação de sentido é a mesma estabelecida em
Porque amava aquela mulher, mandou construir Nasceu morto, e morto viveu até os 70 anos,
palácio na medida do seu amor. Exigiu que o lado quando uma lápide de pedra com datas e palavras
direito do grande salão fosse todo vazado por janelas, elogiosas foi fincada na terra, permitindo a todos
e janelas vazassem igualmente o lado esquerdo. O sol esquecer o que sequer havia acontecido.
entrava por um lado ao amanhecer e pelo outro vinha
ao se deitar, deixando a mulher sempre lavada em luz. COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global,
2013. p. 347.
Embora tantas janelas, porém, a noite entrava
somente por uma porta. A porta estreita, ao fundo, que [9] Os minicontos de Marina Colasanti constantemente
dava para o quarto. fazem uso das figuras de linguagem, recurso poético
COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global, para a construção da mensagem. O texto Vacima
2013. p. 339.
caracteriza-se pelo uso da figura conhecida como:
[7]
(a) antítese
O sol entrava por um lado ao amanhecer e pelo outro
vinha ao se deitar, deixando a mulher sempre lavada em (b) eufemismo
luz.
(c) metáfora
Neste fragmento, a autora emprega uma figura de
(d) ironia
linguagem para expressar a passagem do tempo. Essa
figura de linguagem é conhecida como:
O vocábulo destacado no trecho “Porque amava aquela (a) referência por repetição
mulher, mandou construir palácio na medida do seu (b) referência por expressão nominal
amor” estabelece uma relação de sentido com o que (c) referência por pronome
está enunciado em seguida. Essa relação de sentido (d) referência por elipse
pode ser definida como:
(a) consequência
E NEM ERA VERÃO
(b) causa
(c) explicação Tão fértil a mulher, que ao acordar uma manhã o
marido deparou-se na cama, em seu lugar, com uma
(d) proporção árvore carregada de frutos.
COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global,
2013. p. 143.
(a) consequência
(b) causa
(c) explicação TUDO É APRENDIZADO
(d) proporção Havia adestrado tão bem seu bumerangue, que já
não precisava atirá-lo. Bastava dar-lhe a ordem, para
que partisse, atingisse o alvo, e voltasse a aninhar-se
na sua mão. Breve, lhe ensinaria a cantar.
ANTES MESMO COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global,
2013. p. 251.
“Amada, te amo tanto, que sinto sempre ter-te
amado”, diz ele, ajoelhado a seus pés.
Se sempre me amou, pensa ela, o que o deteve Havia adestrado tão bem seu bumerangue, que já não
que demorou tanto a chegar? E embora esteja apenas precisava atirá-lo.
começando a amá-lo, sofre pelo tempo perdido.
[16] O trecho sublinhado acima estabelece, com o
COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global,
2013. p. 215. segmento anterior, uma relação semântica de:
(a) consequência
“Amada, te amo tanto, que sinto sempre ter-te amado”, (b) causa
diz ele, ajoelhado a seus pés. (c) condição
[13] O trecho sublinhado acima estabelece, com a (d) finalidade
ideia anterior, uma relação semântica de:
(a) consequência
FIM DA ESTAÇÃO
(b) causa
(c) explicação Cansado de perder suas folhas, o camaleão saiu
de cima do outono.
(d) proporção
COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global,
2013. p. 245.
[14] O trecho sublinhado acima estabelece, com a esse miniconto estabelece, com a oração seguinte uma
ideia que o sucede, uma relação semântica de: ideia semântica de:
(a) consequência [20] Embora isso não esteja explícito, é possível
(b) causa constatar uma relação semântica entre os dois últimos
(c) explicação períodos do texto. A conjunção adequada para o
(d) finalidade estabelecimento dessa relação é a conjunção/locução
conjuntiva:
(a) entretanto
NEM TANTO AO MAR, NEM
(TRECHO) (b) porque
(c) ainda que
Sempre acreditara ter nascido feio, embora nas
fotos dos seus primeiros dias não parecesse nem feio, (d) tanto que
nem bonito, um bebê apenas, como os demais. (...)
COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global,
2013. p. 259.
DE TANTO FORÇAR
(a) consequência
(b) causa
PEQUENA DELICADEZA
(c) condição
(a) condição – consequência Os dois teriam sido felizes juntos e teriam acreditado
(b) causa – conformidade que haviam sido feitos um para o outro, se apenas
tivessem se encontrado.
(c) condição – causa
(d) causa – causa [24] Nesse trecho, o recurso linguístico que permite
identificar que se trata de projeção e não de fatos do
passado é o uso da:
A pessoa se abaixa para observar a plantinha de O elefante está velho. Mas a ideia de morrer
perto. Penalizada, descalça com cuidado as Raízes sozinho no cemitério dos elefantes lhe repugna.
arrancando-as daquele chão avaro. Com a planta na Recolhe, pois, o seu currículo e vai entregá-lo no circo
palma da mão, sai de cena rumo ao seu hotel. mais próximo.
A imóvel enxurrada é excessiva para as forças da Recolhe, pois, o seu currículo e vai entregá-lo no circo
planta que só conhece secura. Extingue-se entre mais próximo.
azulejos sua tênue vida.
[25] Nesse trecho destacado, a conjunção sublinhada
COLASSANTI, M. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Global,
2013. p. 213. expresa uma ideia de:
(a) explicação
[23] A estrutura do gênero dramático pode ser (b) conclusão