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• Imagem de abertura
• Crônica
• Crônica visual
• Predicado nominal
• Diferentes sentidos dos verbos de ligação
• Texto teatral
• Predicado verbo-nominal
• Pontuação do predicativo
2
Agoes Antara
3
CRÔNICA
Editora Rocco
Explorando o gênero – O texto
4
CRÔNICA
Explorando o gênero – A composição
No predicado verbal, o núcleo é um verbo significativo, pois fornece uma informação a respeito do
sujeito. No predicado nominal, é um nome que ocupa a posição de núcleo do predicado.
Exemplo:
8
POR DENTRO DA LÍNGUA
Predicado nominal
Nos predicados nominais, o verbo exerce o papel de ligar o sujeito ao termo que o caracteriza. Por
isso, é chamado de verbo de ligação.
Nesse exemplo, a relação sintática entre o sujeito da oração (eu) e o seu predicativo (feliz) é
estabelecida pelo verbo de ligação (estar). O predicativo fornece um atributo ou uma característica ao
sujeito.
10
POR DENTRO DA LÍNGUA
Predicado nominal
As duas orações ao lado
Predicativo do sujeito apresentam sentidos
semelhantes, mas, enquanto
no primeiro exemplo o
predicativo explicita um
atributo (a preferência) do
sujeito, no segundo o
predicativo especifica uma
característica do sujeito (do
que a crônica trata).
Além de substantivo e adjetivo, o predicativo do sujeito pode ser representado por:
I. Pronome. Exemplo: Para aquele homem o amor era tudo.
II. Numeral. Exemplo: As pessoas entrevistadas eram cinco.
III. Oração. Exemplo: A verdade é que ele foi muito amado. 11
LINGUAGEM E SENTIDOS
Diferentes sentidos dos verbos de ligação
Os verbos de ligação têm a função de ligar o sujeito ao predicativo. O emprego pode apresentar
múltiplas possibilidades de significado e exprimir diferentes circunstâncias relativas ao estado do
sujeito.
Observe que, nas orações a seguir, mesmo as palavras semelhantes têm sentidos diferentes
graças aos verbos de ligação. Embora os verbos parecer e ser sejam de ligação, em orações com
predicado nominal, os sentidos atribuídos a eles podem ser diferentes. Exemplos:
I. Eu estou preocupado.
O verbo estar indica que a característica é momentânea; ocorre apenas naquele momento
ou circunstância.
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TEXTO TEATRAL
Explorando o gênero –
A composição
15
TEXTO TEATRAL
Explorando o gênero – A linguagem
Exemplo 1:
Desdobrando esse
exemplo, temos:
Desdobrando esse
exemplo, temos:
O termo absurda refere-se ao elemento a proposta de Berê, que exerce a função de objeto
direto. Nesse caso, ele é chamado de predicativo do objeto.
Predicativo do objeto é o termo que caracteriza um estado do objeto. 18
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Pontuação do predicativo
As orações têm uma estrutura padrão. No caso de predicado verbal, a oração é formada por
sujeito + verbo significativo + complemento. No caso de predicado nominal, a estrutura padrão é
formada por sujeito + verbo de ligação + predicativo do sujeito. Quando o predicado é verbo-nominal,
a estrutura padrão é formada por sujeito + verbo significativo + complemento + predicativo (do sujeito
ou do objeto).
Nos predicados nominal e verbo-nominal, o falante pode deslocar o predicativo, colocando-o em
outras posições para evidenciar o seu sentido e dar destaque a ele. Exemplos:
Predicativo do sujeito antes do verbo: Predicativo do sujeito entre o sujeito e o verbo: [...] meu
[...] eu caí e, apavorada, mergulhei. [...] pai e o canoeiro, preocupados, correram para ajudar. [...]
Nesses casos, o predicativo deve ser separado dos demais termos da oração com o uso de
vírgulas. 19
MÓDULO 2 – DE CONTO EM CONTO
• Imagem de abertura
• Conto de enigma
• Paródia
• Formas nominais do verbo
• Conto
• Orações reduzidas adverbiais
• Articuladores textuais e operadores argumentativos
20
21
NurPhoto/Getty Images
CONTO DE ENIGMA
Editora Ática
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CONTO DE ENIGMA
Explorando o gênero – O texto
Alan Carvalho
Alan Carvalho
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GÊNEROS EM DIÁLOGO
Conto de enigma e paródia
A paródia configura textos que fazem referência a
uma obra feita previamente. A paródia de um conto de
enigma, por exemplo, tem todos os elementos desse
conto: um crime, uma vítima, um culpado e um detetive
disposto a investigar e descobrir o autor do crime.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
Formas nominais do verbo
Exemplos:
• [...] Madame Guimarães, nos dias de festas, tomava a si arrumar capas [...] (infinitivo)
• [...] Todos ficaram no corredor, mirando, comentando. [...] (gerúndio)
• — Tem a palavra o acusado! (particípio)
27
POR DENTRO DA LÍNGUA
Formas nominais do verbo
A desinência -r indica o infinitivo, a desinência -ndo indica o gerúndio e a desinência -do indica o
particípio.
28
POR DENTRO DA LÍNGUA
Formas nominais do verbo
Infinitivo
O infinitivo “representa” o verbo ou nomeia uma ação, sem determinar ideia de tempo. Pode ter
função de um substantivo. Exemplo:
[...] Madame Guimarães, nos dias de festas, tomava a si arrumar capas e chapéus femininos no
seu quarto [...] (tomava a si a arrumação de capas)
Gerúndio
O gerúndio exprime uma ideia de desenvolvimento, de andamento. Desempenha função
semelhante à de um advérbio e, eventualmente, à de um adjetivo. Exemplos:
• [...] Todos ficaram no corredor, mirando, comentando. [...] (o gerúndio exerce a função de
advérbio porque indica o modo como todos ficaram)
• A dona da casa, chorando, avisou que tinha sido roubada. [...] (o gerúndio exerce a função de
adjetivo porque exprime uma característica – chorosa, que estava chorando) 29
POR DENTRO DA LÍNGUA
Formas nominais do verbo
Particípio
O particípio exprime uma ideia de algo terminado, concluído. Desempenha função semelhante à
dos adjetivos. O particípio admite flexão de gênero e número. Exemplo:
Retiradas as capas, o zum-zum das conversas continuava. [...] (o particípio exerce a função de
adjetivo, pois expressa uma característica do substantivo capas, apresentando-se flexionado no
feminino plural para concordar com esse nome)
Há alguns verbos em nossa língua que apresentam duas formas diferentes para o particípio. São
chamados de verbos abundantes. Veja alguns exemplos:
I. Particípios terminados em -do: geralmente são empregados junto aos verbos ter e haver.
Exemplos:
II. Particípios com outras terminações: geralmente são empregados junto aos verbos ser, estar e
ficar. Exemplos:
Alguns contos da literatura negra são uma forma de denúncia e luta pelos direitos dos excluídos,
principalmente dos que vivem na periferia. Muitos deles tratam de questões sociais relacionadas ao
preconceito e também ao combate de estereótipos.
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CONTO
Explorando o gênero – A composição
io
elementos tempo e espaço são definidos,
Lasca Stud
uma vez que abordam questões que
acontecem em determinado momento (ou
época) e em um lugar específico. O foco
narrativo pode ser em 1a ou 3a pessoa do
discurso.
33
CONTO
Explorando o gênero – A linguagem
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POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações reduzidas adverbiais
Exemplo:
[...] Relembrando cada qual uma ocasião específica em que o fato se repetira, chegaram à
conclusão de que Jorge Lucas era mentalmente sequestrado pela Lua [...]. (oração reduzida com
verbo no gerúndio)
No exemplo, a oração reduzida indica uma circunstância de causa em relação à oração principal.
A oração subordinada adverbial correspondente seria: Porque relembraram cada qual uma ocasião
específica. 35
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações reduzidas adverbiais
Outro exemplo:
Mudança ajeitada no caminhão, apenas Dona Conceição subiu à boleia e partiu. [...]
(oração reduzida com verbo no particípio)
Nesse exemplo, a oração reduzida indica uma circunstância de tempo em relação à oração
principal. A oração subordinada adverbial correspondente seria: “Quando ajeitaram a mudança no
caminhão”.
Observe que se trata de outra forma de reproduzir a oração subordinada adverbial. Quando ela
contém conjunção, é chamada de desenvolvida; quando não, de reduzida. Independentemente de se
apresentar em forma desenvolvida ou reduzida, a classificação da oração é sempre determinada pelos
sentidos que ela atribui ao contexto:
• “Relembrando cada qual uma ocasião específica” – or. sub. adv. causal reduzida de gerúndio.
• “Mudança ajeitada no caminhão” – or. sub. adv. temporal reduzida de particípio. 36
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações reduzidas adverbiais
Para analisar uma oração subordinada reduzida, é necessário seguir estas etapas:
Desenvolvê-la, isto é, tirá-la da forma reduzida, interpretando seus sentidos e fazendo
I.
aparecer o conectivo.
II. Analisar a oração desenvolvida, percebendo as ideias que ela atribui à oração principal.
Aplicar a análise da oração desenvolvida à reduzida, acrescentando as expressões
III.
reduzida de gerúndio, reduzida de particípio ou reduzida de infinitivo.
Exemplo:
Operadores de comparação: constroem uma comparação entre duas sentenças, como mais...
que, menos... que, como, tão... quanto, tão... como, tanto... quanto, tal qual, da mesma forma, da
mesma maneira etc. Exemplo:
O campinho [...] era de terra, como os incontáveis terrenos baldios existentes naquela época [...]
Jorge Lucas era sempre o primeiro a ser escolhido, já que era o menino mais lépido, o mais ligeiro
da cidade.
Operadores de pressupostos: introduzem um conteúdo pressuposto, isto é, que pode ser inferido,
embora não esteja no enunciado, como já, ainda, quase, apenas etc. Exemplos:
• [...] Entretanto, a terra vermelha ainda se fazia presente sob as unhas roídas de toda a molecada.
(de que a terra vermelha se fazia presente na unha da molecada também antes desse fato)
• [...] a turma dos pequenos, quase todos da mesma idade, subia em tropa para o campinho de
terra [...]. (de que havia crianças de idades variadas correndo em bando para o campinho de terra.
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MÓDULO 3 – MAIS POESIA, POR FAVOR
• Imagem de abertura
• Poema
• Poesia lambe-lambe
• Versificação I
• Figuras de linguagem: anáfora, gradação e pleonasmo
• Poema
• Versificação II
• Pontuação: recursos estilísticos
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42
Companhia das Letras
POEMA
Explorando o gênero – O texto
43
POEMA
Explorando o gênero – A composição
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POEMA
Explorando o gênero – A linguagem
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GÊNEROS EM DIÁLOGO
Poema e poesia lambe-lambe
A poesia lambe-lambe é
uma forma de arte urbana que
ocupa o espaço público com o
objetivo de espalhar suas
criações, propondo alguma
reflexão crítica e poética.
Versos e estrofes são elementos que fazem parte da composição da maioria dos poemas.
48
POR DENTRO DA LÍNGUA
Versificação I
Elementos de versificação – Métrica
A métrica é a contagem das sílabas de um verso. Essas sílabas recebem o nome de métricas ou
poéticas.
I. A contagem das sílabas métricas ou poéticas é feita de forma diferente das sílabas
gramaticais. Elas são contadas auditivamente, baseando-se na pronúncia das palavras durante a
recitação do poema. Exemplo:
49
POR DENTRO DA LÍNGUA
Versificação I
II. A última sílaba da contagem deve sempre ser tônica. Considera-se a última sílaba tônica e
desprezam-se as demais sílabas da palavra final do verso, se forem átonas. Exemplos:
III. Quando uma palavra terminar com vogal e a palavra seguinte começar com vogal, ocorre
elisão, formando apenas um som ou sílaba poética. Exemplos:
50
POR DENTRO DA LÍNGUA
Versificação I
Em relação à
quantidade de sílabas,
os versos podem ser
classificados conforme
o quadro ao lado.
51
LINGUAGEM E SENTIDOS
Figuras de linguagem
Consiste na repetição de uma ou mais Trata-se da organização de ideias em É o uso expressivo da redundância,
palavras, geralmente no início de uma ordem crescente ou decrescente, isto é, uma espécie de repetição de
versos seguidos. É um recurso muito para evidenciar certos sentidos. termos para dar mais ênfase ao que
utilizado para realçar o ritmo e a está sendo dito.
musicalidade dos textos poéticos.
52
POEMA
Explorando o gênero – A composição
O soneto é um poema de forma fixa, composto de 14 versos,
geralmente divididos em dois quartetos e dois tercetos.
Beatriz Mayumi
Os usos de adjetivos e de pontuação expressiva são
recursos que dão maior expressividade ao soneto, colaboram
para a musicalidade e significação do poema, além de
revelarem os conflitos da alma e os sentimentos do eu lírico. 53
POR DENTRO DA LÍNGUA
Versificação II
Elementos de versificação – Rima
Rima é a identidade ou semelhança de sons entre duas palavras, principalmente no final dos
versos, o que se denomina rima externa.
As rimas podem também aparecer no interior dos versos. Essa é a rima interna. Ela ocorre
quando o poeta combina a última palavra de um verso com outra palavra no meio do verso seguinte.
As rimas também podem ser classificadas como perfeitas ou imperfeitas.
Rimas
Têm entre si uma identidade de sons parcial.
imperfeitas
54
POR DENTRO DA LÍNGUA
Versificação II
As rimas podem ser combinadas de diferentes maneiras. Algumas delas:
Rimas emparelhadas
Nesse esquema, as rimas se sucedem iguais de duas em duas, formando pares. Correspondem
ao esquema AABBCC.
Rimas mistas
Esquema que ocorre quando as rimas apresentam combinações diversas sem seguir
necessariamente algum padrão.
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MÓDULO 4 – MULTICULTURALISMO E PESQUISA
• Imagem de abertura
• Relatório
• Etnomapa
• Orações subordinadas substantivas
• Estrangeirismos
• Dissertação de mestrado
• Orações subordinadas substantivas reduzidas
• Radicais
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60
RIBEIRO, Deisiane Barreto et al. A trilha da Reserva Pataxó da Jaqueira como instrumento de
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educação socioambiental para estudantes de Nível Médio. Educação ambiental em ação.
RELATÓRIO
Acervo do IFBA
Explorando o gênero –
A composição
O relatório é composto de título, introdução,
desenvolvimento, conclusão ou considerações finais
e referências bibliográficas, se houver. A parte do
desenvolvimento traz a descrição, de forma completa
e detalhada, da atividade realizada e pode conter
imagens, gráficos e tabelas. Nas considerações finais
ou conclusão, geralmente encontramos observações
finais sobre a atividade desenvolvida, informações
sobre os dados obtidos, quais objetivos foram
RIBEIRO, Deisiane Barreto et al. A trilha da Reserva
alcançados e, também, sugestões de possíveis
Pataxó da Jaqueira como instrumento de educação modificações para atividades futuras.
socioambiental para estudantes de Nível Médio. 62
Educação ambiental em ação.
RELATÓRIO
Explorando o gênero – A linguagem
No relatório, por se tratar de um texto técnico, utilizamos a
norma-padrão da língua e linguagem técnica e impessoal,
geralmente em 3a pessoa. Em razão de seu caráter narrativo, os
verbos são conjugados, predominantemente, no tempo
pretérito. Para garantir a objetividade nas informações, as
palavras são empregadas em seu sentido denotativo; também
são comuns os marcadores de tempo nas sequências
narrativas.
63
GÊNEROS EM DIÁLOGO
Relatório e etnomapa
Exemplo:
67
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações subordinadas substantivas
68
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações subordinadas substantivas
69
LINGUAGEM E SENTIDOS
Estrangeirismos
Dois de Nós
estrangeira; o índice; as referências bibliográficas; e os
72
anexos.
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Explorando o gênero – A linguagem
Dois de Nós
73
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações subordinadas substantivas reduzidas
Exemplo:
No exemplo, a segunda oração exerce a função de sujeito da oração principal. O que a identifica,
em sua estrutura, é o fato de ser composta por verbo de ligação e predicativo do sujeito. Logo, ela é
uma oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. 74
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações subordinadas substantivas reduzidas
Quando a oração subordinada substantiva é introduzida por uma conjunção integrante, é
chamada de desenvolvida; sem a conjunção, é chamada de reduzida. Para classificar as orações
reduzidas, devemos imaginar como elas seriam se fossem desenvolvidas. Veja:
• Imagem de abertura
• Artigo de opinião
• Meme
• Orações subordinadas adjetivas
• Expressões idiomáticas
• Notícia
• Pronomes relativos e funções sintáticas
• Pontuação da oração adjetiva
77
78
Sébastien Thibault
ARTIGO DE OPINIÃO
Explorando o gênero – O texto
Sequência argumentativa
• Situação-problema: contextualização do tema.
• Tese: apresentação do ponto de vista que será defendido.
• Discussão: desenvolvimento da opinião a respeito da questão abordada.
80
• Conclusão: desfecho para a questão discutida.
ARTIGO DE OPINIÃO
Explorando o gênero – A linguagem
GÊNEROS EM DIÁLOGO
Artigo de opinião e meme
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Meme do siciliano Antonio de Luca com intervenção brasileira no balão de fala.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações subordinadas adjetivas
• Adjetiva restritiva: restringe (limita) o sentido do nome (substantivo ou pronome) a que se refere. É,
portanto, indispensável para o sentido da frase.
83
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações subordinadas adjetivas
Para entender, imagine um grupo de pessoas e separe dele aquelas que criam fake news. É a esse
subgrupo de pessoas que a oração “que criam as fake news” se refere. Por se limitar ou se restringir a
apenas uma parcela das pessoas, essa oração é chamada de restritiva.
Outra maneira de compreender o sentido da oração subordinada adjetiva restritiva é substituí-la
por um adjetivo equivalente.
• Adjetiva explicativa: acrescenta ao nome antecedente uma qualidade acessória, isto é, esclarece a
sua significação, mas não é indispensável para o sentido da frase. Na escrita, é separada por vírgulas.
84
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações subordinadas adjetivas
Observe que a oração adjetiva em destaque traz uma informação que apenas explica o que são
smartphones e pode até ser desnecessária, pois todos esses aparelhos têm como característica o
acesso à internet. Assim, ela é considerada explicativa.
Se quisermos modificar essa frase, não será por meio de um adjetivo, como ocorre na oração
subordinada adjetiva restritiva, mas por um aposto. Exemplo:
A adjetiva explicativa pode, enfim, explicitar uma qualidade natural, uma verdade conhecida ou
uma característica que, por isso, se tornam óbvias.
Os falantes produzem orações adjetivas explicativas ou restritivas de acordo com os sentidos que
desejam produzir e os aspectos que pretendem evidenciar.
85
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações subordinadas adjetivas
Na oração destacada, o verbo utilizar encontra-se no particípio, uma de suas formas nominais.
Note que essa oração caracteriza o termo tecnologia e equivale a uma oração adjetiva, sendo
introduzida sem o pronome relativo, como ocorre com as demais orações reduzidas estudadas.
86
POR DENTRO DA LÍNGUA
Orações subordinadas adjetivas
Outro exemplo:
Na oração em destaque, o verbo divulgar encontra-se no gerúndio, outra forma nominal do verbo.
Essa oração especifica o termo pessoas e equivale a uma oração adjetiva.
Na construção das orações subordinadas adjetivas reduzidas, a forma verbal empregada é, na
maioria das vezes, o particípio, mas também pode ser o gerúndio.
Veja o quadro comparativo.
No trecho a seguir, as expressões entre aspas são usadas para dar leveza ao texto.
Existem outras expressões que também têm a mesma intenção: as expressões idiomáticas. Elas
ocorrem quando um termo ou frase é usado pelo falante em um sentido diferente daquele que as
palavras teriam isoladamente. Exemplos:
• Os usuários de redes sociais precisam ficar de olhos abertos para as fake news.
• Muitos influenciadores postam comentários sem pé nem cabeça sobre qualquer tipo de 88
assunto.
NOTÍCIA
Explorando o gênero – O texto
Os elementos que compõem uma notícia são: o título, que tenta atrair o interesse do leitor; a
linha-fina, cuja função é complementar o título com mais informações; o lide (parágrafo introdutório);
e o corpo (o restante do texto, com informações mais detalhadas). As notícias podem ser
acompanhadas de fotografias e legendas.
Lide
Lide é uma palavra aportuguesada do inglês lead, que, como verbo, significa
“encabeçar”, “liderar”, e, como adjetivo, “principal”. O lide ideal deve sintetizar a notícia,
de modo que só a sua leitura seja suficiente. Tradicionalmente, apresenta cinco
elementos: o quê (ocorrência), quem (pessoas envolvidas), quando (data), onde (lugar) e
por quê (motivo).
90
NOTÍCIA
Explorando o gênero – A linguagem
De acordo com os manuais de
redação e estilo dos grandes jornais, a
notícia deve ser precisa e isenta da
opinião de quem a escreve. Entretanto,
observa-se que, do ponto de vista
linguístico, uma boa escrita, a precisão
nas informações e a citação de
Ricardo Leizer/Fotoarena
92
POR DENTRO DA LÍNGUA
Pronomes relativos e funções sintáticas
Funções dos pronomes relativos
• Que: é usado para substituir o nome de uma pessoa ou de algo, exercendo diversas funções sintáticas.
Sujeito: O financiamento, que deveria ter sido pago em três anos, atrasou.
I. O financiamento atrasou.
II. O financiamento deveria ter sido pago em três anos. (sujeito)
• Quem: refere-se a pessoas e é sempre precedido de preposição. Exerce algumas funções sintáticas,
entre elas as de:
• Onde (ou aonde, quando contraído com a preposição a): é empregado na indicação de lugar, exercendo
a função sintática de adjunto adverbial.
A região onde a Estação Antártica Comandante Ferraz foi construída fica na Ilha Rei George.
I. A região fica na Ilha Rei George.
II. A Estação Antártica Comandante Ferraz foi construída nessa região. (adjunto adverbial de lugar)
• Cujo: estabelece uma relação de posse, deve concordar em gênero e número com o elemento seguinte,
isto é, a coisa possuída, e exerce sempre a função de adjunto adnominal.
A repercussão do incêndio na antiga estação, cujo noticiário provocou impacto no Brasil, foi
muito grande.
I. A repercussão do incêndio na antiga estação foi muito grande.
II. O noticiário do incêndio na antiga estação provocou impacto no Brasil. (adjunto adnominal de
"noticiário")
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UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Pontuação da oração adjetiva
As orações subordinadas adjetivas explicativas vêm sempre entre vírgulas ou, quando estão no
final do período, são antecedidas por vírgula. As orações subordinadas adjetivas restritivas não são
introduzidas por vírgula.
O uso ou não da vírgula pode provocar diferença de sentido em alguns casos. Exemplos:
• Imagem de abertura
• Manifesto
• Grafite
• Concordância verbal: verbo ser
• Polissemia
• Proposta cultural
• Regência verbal
• Crase
97
98
GÊNEROS EM DIÁLOGO
Manifesto e grafite
I. Se o sujeito ou o predicativo do sujeito for um nome que indique pessoa, o verbo ser deverá
obrigatoriamente concordar com esse nome.
103
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância verbal: verbo ser
III. O verbo ser concorda com o numeral nas indicações de hora, distância e data.
• São três horas de filme!
• Da minha casa até o estádio, a distância é de um quilômetro.
• Hoje são 2 de junho.
Na indicação de datas, se aparecer a palavra dia, o verbo ser concorda com ela. Exemplo:
• Hoje é dia 4 de abril.
104
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância verbal: verbo ser
IV. Nas expressões indicativas de quantidades, como é muito, é pouco, é demais, é bastante, é
tudo, o verbo ser é sempre empregado no singular. Veja:
• Alguns trocados e uma muda de roupa é tudo que tenho.
• Para a paz no futebol ser efetiva, 500 adesões é pouco.
V. Se o sujeito e o predicativo
forem representados por nomes
de flexões diferentes, o verbo ser
concordará com o que estiver no
plural. Exemplos:
105
LINGUAGEM E SENTIDOS
Polissemia
Reprodução/Elias José Mengarda/Mundocas
No anúncio analisado,
a palavra verde adquire
sentidos diferentes. Nesse
caso, essa é uma palavra
polissêmica.
Polissemia é o
conjunto de sentidos
atribuídos a uma palavra
ou locução dentro de um
contexto de comunicação.
r
ma
107
ss
La
PROPOSTA CULTURAL
Explorando o gênero – A composição
As propostas culturais precisam de um título chamativo que evidencie o produto cultural que se
pretende produzir. Em seguida, há a apresentação do projeto e a justificativa, na qual o autor expõe os
motivos que o levaram a construir a proposta.
É preciso, ainda, determinar o público-alvo, evidenciando a quantidade de pessoas que serão
contempladas, a faixa etária e o grupo social ao qual pertencem; os objetivos do projeto; e a
metodologia, seção na qual se explica como a proposta será executada.
Apresentam-se também quais atividades estão
planejadas na proposta e qual a abrangência de sua
execução, destacando, inclusive, as parcerias e as
formas de registro que serão adotadas. Para finalizar,
deve-se acrescentar toda a bibliografia que foi utilizada
r
sma
108
Lassmar
PROPOSTA CULTURAL
Explorando o gênero –
A linguagem
I. Chegar
É verbo intransitivo e, se houver adjunto
adverbial, deve ser usado com a preposição a.
Exemplo ao lado:
II. Namorar
É verbo transitivo direto; portanto, o
complemento não deve ser precedido de preposição.
Exemplo ao lado: 110
POR DENTRO DA LÍNGUA III. Pagar, perdoar
São verbos transitivos diretos
Regência verbal quando seu objeto se referir a algo;
transitivos indiretos, quando seu
objeto se referir a alguém; e podem
também ser transitivos diretos e
indiretos quando os objetos se
referirem às duas opções.
Exemplos:
111
POR DENTRO DA LÍNGUA
Regência verbal
IV. Precisar
É verbo transitivo direto ou indireto quando significar “ter necessidade”; no sentido de “indicar
com precisão”, é sempre transitivo direto. Exemplos:
112
POR DENTRO DA LÍNGUA
Regência verbal
V. Preferir
É verbo transitivo direto e transitivo direto e indireto. Exemplos:
Lassmar
113
POR DENTRO DA LÍNGUA
Regência verbal
VI. Proceder
É verbo intransitivo quando
significar “ter procedência”, “ter
fundamento”; quando significar
“originar-se de”, também é
intransitivo e o adjunto adverbial
deve vir precedido da preposição
de; quando significar “dar início”, é
transitivo indireto, cujo objeto é
precedido pela preposição a.
Exemplos:
114
POR DENTRO DA LÍNGUA
Regência verbal
VII. Querer
É verbo transitivo direto no sentido de “desejar”, mas transitivo indireto no sentido de “gostar”,
“estimar”, e o objeto indireto deve vir precedido da preposição a. Exemplos:
Lassmar
115
POR DENTRO DA LÍNGUA
Regência verbal
VIII. Visar
É verbo transitivo direto quando usado no sentido de “apontar”, “mirar” e “dar um visto”; é
transitivo indireto no sentido de “ter em vista”, “almejar”, “pretender”, e o objeto indireto deve vir
precedido da preposição a. Exemplos:
116
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Crase
Tanto a preposição quanto o artigo são vogais. A crase é a fusão dessas duas vogais,
transformando-as em uma só. A crase só pode ser usada antes de nomes femininos, já que só eles
podem ser antecedidos pelo artigo a. Exemplo:
117
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Crase
Além do artigo a, também pode
ocorrer a crase com os pronomes
demonstrativos aquele, aquela,
aquilo e com os pronomes relativos
a qual e as quais, por também
começarem pela vogal a. Exemplos:
118
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Crase
Alguns casos em que ocorre a crase
I. Nas expressões que indicam horas.
Exemplo: Às cinco horas, muitos estudantes já se encaminham para a escola.
II. Nas locuções prepositivas formadas por palavras femininas: à custa de, à espera de, à procura de.
Exemplo: Em algumas profissões, as pessoas estão à procura de emoção.
• Imagem de abertura
• Editorial
• Fotojornalismo
• Colocação pronominal
• Parônimos
• Regência nominal
120
121
© Peter Langer
EDITORIAL
Explorando o gênero – O texto
Exemplos:
• “Para se protegerem da enxurrada de críticas e cobranças […], governos costumam apelar para a
força da natureza. […]” (pronome oblíquo antes do verbo)
• Para protegerem-se da enxurrada de críticas e cobranças, governos costumam apelar para a
força da natureza. (pronome oblíquo depois do verbo)
126
POR DENTRO DA LÍNGUA
Colocação pronominal
Colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos
Próclise
É a colocação do pronome antes da forma verbal. Essa posição é a mais comum na língua
portuguesa falada no Brasil. Seu uso é obrigatório em alguns casos e opcional em outros. Veja a
seguir alguns fatores obrigatórios para o uso da próclise e seus respectivos exemplos.
I. Palavras negativas
É essencial um plano de ação que não se limite apenas ao escoamento das águas.
II. Advérbios
As pessoas sempre se mobilizam quando há tragédias nas cidades.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
Colocação pronominal
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POR DENTRO DA LÍNGUA
Colocação pronominal
Mesóclise
É a colocação do pronome no meio da forma verbal. Ocorre com formas verbais no futuro do
presente ou no futuro do pretérito e será a opção, no português brasileiro formal, quando não houver
possibilidade de usar a próclise. Exemplo:
Enviar-lhe-emos os folhetos com instruções para o caso de chuvas torrenciais.
Ênclise
É a colocação do pronome depois da forma verbal. Ocorre em apenas dois casos.
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LINGUAGEM E SENTIDOS
Parônimos
Exemplos:
• Os acontecimentos em consequência do excesso de chuvas são um descaso flagrante com a
população. (evidente)
• As chuvas deixam ruas e jardins da cidade fragrantes. (perfumados)
• O descaso dos governantes inflige grandes prejuízos aos cidadãos. (impõe, causa)
• Mesmo em situações difíceis como enchentes, o cidadão não deve infringir as leis. (violar,
desrespeitar)
Exemplo:
O nome competição precisa de dois termos diferentes para completar seu sentido. O primeiro
termo, interligado pela preposição entre, indica quais elementos fazem parte da competição; o
segundo, interligado pela preposição por, informa a razão da competição.
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POR DENTRO DA LÍNGUA
Regência nominal
No estudo da regência nominal, deve-se considerar que muitos nomes seguem exatamente o
mesmo regime dos verbos correspondentes. O substantivo inserção, por exemplo, vem do verbo
inserir, que exige um complemento verbal para ser compreendido.
Inserir significa “introduzir”, “implantar”. Portanto, quem insere algo só pode inseri-lo em algum
lugar.
Em geral, a relação entre o nome e seu complemento é estabelecida por uma preposição. Alguns
nomes podem pedir preposições diferentes. Exemplo:
Amor
• Muitos usuários têm amor a seu carro.
• O amor por animais conforta as pessoas idosas.
• Cultivemos o amor da família.
• O amor para com as pessoas que convivem conosco é essencial.
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