UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DISCIPLINA: TEORIA LINGUÍSTTICA DA ENUNCIAÇÃO
PROFESSOR: ERIK FERNANDES
ALUNO: Josimar Tomaz de Barros.
08 FICHAMENTO DAS PÁGINAS 105 a 113.
Palavra - chave Citações
Heterogeneidade Se refere à origem do sentido do discurso e é o seu
discursiva diferente, “aquilo que subjaz a ele e liga o seu mesmo
com o seu outro” (CARDOSO, 1999, p.58)
Discurso indireto Ocorre quando o locutor, colocando-se enquanto
tradutor, usa de suas próprias palavras para remeter a
uma outra fonte de sentido. Ou seja, O discurso
indireto é caracterizado por ser uma intervenção do
narrador no discurso ao utilizar as suas próprias palavras
para reproduzir as falas das personagens. (APOSTILA,
2011, p.108)
Enunciador É o ser cuja voz está presente na enunciação, sem que
se lhes possa, entretanto, atribuir palavras precisas,
efetivamente eles não falam, mas a enunciação permite
expressar o seu ponto de vista (APOSTILA, 2011,
p.108)
Discurso direto Ocorre quando o locutor, colocando-se como porta-
voz, recorta as palavras do outro e cita-as. Ou seja,
O discurso direto é caracterizado por ser uma
transcrição exata da fala das personagens, sem
participação do narrador (APOSTILA, 2011, p.108).
Discurso indireto O discurso indireto livre é uma modalidade de técnica
livre narrativa, resultante da mistura dos discursos direto e
indireto. Por seu intermédio, o narrador pode, não
apenas reproduzir indiretamente as falas dos
personagens, mas também o que eles não falam, mas
pensam, sonham, desejam etc. (APOSTILA, 2011,
p.110)
Polifonia Ocorre quando é possível distinguir, em uma
enunciação dois tipos de personagens, os enunciadores
e os locutores (APOSTILA, 2011, p.112)
Locutores Entende-se um ser que no enunciado é apresentado
como seu responsável. “Trata-se de uma ficção
discursiva que não coincide necessariamente com o
produtor físico do enunciado” (MAINGUEAU, 1993,
p.76).
Reflexões
Nesse ponto entende-se que, O conceito de
heterogeneidade diz respeito à presença do
“outro” em determinado discurso. ... No espaço
discursivo, a fala do outro não é localizável, mas
também não é possível dizer que “ele” não está
lá, já que segundo os estudiosos da análise do
discurso, todo e qualquer enunciado possui um
caráter dialógico.
Nesse próximo ponto, compreende-se que, o
discurso indireto é definido como o registro da
fala da personagem sob influência por parte do
narrador. Nesse tipo de discurso, os tempos
verbais são modificados para que haja
entendimento quanto à pessoa que fala. Além
disso, costuma-se citar o nome de quem proferiu
a fala ou fazer algum tipo de referência.
Nesse terceiro ponto, entende-se que, o
enunciador caracteriza-se como a voz de um
“ponto de vista”, isto é a perspectiva de uma
posição ideológica que permite ao locutor falar.
O locutor é aquele que fala e que pode ser
claramente identificado como o responsável − ao
menos imediatamente −pelo enunciado.
Nesse próximo ponto, compreende-se que, o
discurso direto é o registro das palavras proferidas
por uma personagem. O narrador deve expor a
fala da personagem através do recurso gráfico:
travessão ou aspas. É um tipo de discurso alheio a
quem narra a história, ou seja, não há
interferência por parte do narrador.
Nesse ponto, compreende-se que, o discurso
indireto livre ocorre quando a narrativa é
interrompida para dar lugar a uma fala da
personagem sem, contudo, utilizar o recurso
gráfico (aspas, travessão) do discurso direto. As
falas ou pensamentos das personagens surgem
abruptamente durante a narração e, por este
motivo, o leitor deve estar atento ao que lê.
Nesse quinto ponto, percebe-se que,
“polifonia”, faz referência a uma característica
textual bastante particular. Um texto será
polifônico quando abranger diversas vozes
compondo o contexto. Formado pelos vocábulos
“poli” (muitos) e “fonia” (som/voz), o termo, em
suma, se refere a múltiplas vozes de um discurso.
Nesse sexto e último ponto, compreende-se que,
o locutor é aquele que fala e que pode ser
claramente identificado como o responsável − ao
menos imediatamente −pelo enunciado. Por
definição, entendo por locutor um ser que é, no
próprio sentido do enunciado, apresentado como
seu responsável, ou seja, como alguém a quem se
deve imputar a responsabilidade do enunciado.