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MÓDULO 1 – Entre a ficção e o entretenimento

• Imagem de abertura
• Conto de ficção científica
• Cartaz de filme
• Oração e seus termos essenciais
• Variação sociocultural
• Texto teatral
• Sujeito
• Alguns usos de -são e -ção
T
h
e
CONTO DE FICÇÃO
CIENTÍFICA
Explorando o gênero – O texto
O enredo do conto de ficção científica torna-se convincente pelo fato de fazer relações
com a ciência ou com experimentos científicos. Júlio Verne, um dos precursores do gênero,
em 1865, levou o homem à Lua em sua obra Da Terra à Lua, prevendo a chegada do
homem à Lua em 1969.
O conto de ficção científica é
um gênero textual do campo
artístico-literário que une a ficção à
ciência com o objetivo não só de
entreter o público-alvo
(geralmente, leitores fãs do
gênero), mas também de promover
B
uma reflexão sobre como os
e
a
desdobramentos dos avanços
científicos podem afetar a
r
humanidade.
z
M
CONTO DE FICÇÃO
CIENTÍFICA
Explorando o gênero – A composição
O foco narrativo é a perspectiva usada pelo narrador para relatar os acontecimentos, que
pode ser em 1a ou 3a pessoa. No foco narrativo em 1a pessoa, o narrador é personagem e
participa das ações narradas. No foco em 3a pessoa, o personagem não participa da história,
narrando os acontecimentos com mais objetividade.

O conto de ficção científica é uma narrativa curta e,


por isso, apresenta poucos personagens, que interagem
por meio deem um tempo e espaço bem delimitados. O
enredo desse gênero é dotado de uma sequência
narrativa composta um único conflito ocorrido de
situação inicial, conflito (ou complicação), clímax e
desfecho. O suspense costuma se fazer presente ao
longo de toda a história.
CONTO DE FICÇÃO
CIENTÍFICA
Explorando o gênero – A linguagem
As palavras que indicam as
circunstâncias em que ocorrem as ações
verbais são chamadas de advérbios.
No conto de ficção científica, a
linguagem é utilizada de modo a aproximar
o leitor do contexto da tecnologia e da
ciência, por meio do uso de termos e
expressões que fazem o leitor ingressar
nesse universo. Alguns recursos linguísticos
são utilizados para provocar um efeito
específico no texto, como aspas e diálogos.
As formas verbais são, predominantemente,
conjugadas nos tempos do passado.

B
e
a
GÊNEROS EM DIÁLOGO
Conto de ficção científica e cartaz
de filme

O cartaz de filme é uma das estratégias de


marketing utilizadas pela indústria do cinema para
promover e vender seus títulos. Entre o conto de
ficção científica e o cartaz de filme é possível
estabelecer semelhanças (partem de situações
ficcionais, mas baseados em alguma perspectiva
científica, como viagens interplanetárias e retorno ao
passado pré-histórico) e diferenças (em geral,
predominância de linguagem verbal no conto e de
linguagem não verbal no cartaz).
POR DENTRO DA LÍNGUA
Oração e seus termos essenciais
As orações são constituídas de duas informações consideradas essenciais. São dois,
portanto, os termos essenciais que estruturam grande parte das orações possíveis em língua
portuguesa: sujeito e predicado.

É um enunciado, ou parte dele, que se estrutura em


Oração torno de uma forma verbal, que exerce a função de núcleo
da oração.

É o termo da oração sobre o qual se declara algo e


Sujeito
com o qual o verbo, geralmente, concorda.

Predicado É o termo da oração que declara algo sobre o sujeito.


POR DENTRO DA LÍNGUA
Oração e seus termos essenciais
As partes que compõem o sujeito e o predicado das orações são preenchidas, na oração,
por sintagmas nominais e sintagmas verbais.
Sintagma nominal é
a parte da oração que
Exemplo: tem como núcleo um
nome (substantivo ou
pronome).

Sintagma verbal é a
parte da oração
organizada com um
verbo ou uma locução
verbal como núcleo.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Oração e seus termos essenciais
Observe que a posição de sujeito é preenchida, geralmente, por um sintagma nominal; a
do predicado, por um sintagma verbal, cujo núcleo é a forma verbal, que também é o núcleo
da oração. A oração é, essencialmente, constituída de dois elementos: sujeito e predicado.

Veja os exemplos:
LINGUAGEM E SENTIDOS
Variação sociocultural A variação linguística
empregada no trecho ao
lado é a variação
sociocultural, pois os
termos são científicos,
geralmente utilizados em
situações de
comunicação ligadas a
essa área.

Os grupos com os quais o falante convive, se relaciona e interage e as atividades


profissionais que desempenha são fatores que ampliam e orientam o uso de seu repertório
linguístico. Cada área profissional e cada grupo têm um linguajar próprio, que, muitas vezes, é
fator determinante de sua identidade.
TEXTO TEATRAL
Explorando o gênero – O texto

Os textos teatrais, também chamados


textos dramáticos, são escritos para serem
encenados, representados e têm a finalidade de
divertir e emocionar o espectador, mas também
de criticar costumes e práticas sociais. Ao
serem publicados em livros e sites, têm como
público-alvo, além de leitores interessados no
gênero, diretores, atores e os demais
profissionais envolvidos na montagem de
peças.
TEXTO TEATRAL
Explorando o gênero – A composição

O enredo do texto teatral é composto basicamente de quatro partes:


TEXTO TEATRAL
Explorando o gênero – A composição
Rubricas ou indicações cênicas

O texto teatral, composto de diálogos, geralmente


dispensa narrador, uma vez que no teatro a história é As rubricas ou
representada pelos atores que encarnam os indicações cênicas são
personagens. As rubricas orientam como as cenas usadas em roteiros de
devem ser encenadas ou, no caso da leitura, cinema e textos de
imaginadas e fornecem informações importantes sobre teatro para indicar
os personagens, o cenário, o figurino, a iluminação e a gestos ou movimentos
sonoplastia. dos atores. Também dão
indicação do clima da
cena, do estado do
personagem e do seu
caráter.
TEXTO TEATRAL
Explorando o gênero –
A linguagem

A linguagem do texto teatral pode ser


formal ou informal, conforme a situação e as
características dos personagens. A
linguagem ajuda a situá-los e a construí-los
no contexto em que se passa o enredo. No
texto escrito, são usados recursos gráficos a
fim de destacar os nomes dos personagens
e as indicações de cena.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Sujeito

Classificação do sujeito
O sujeito pode ser classificado pela quantidade de
Núcleo do sujeito
núcleos e pela possibilidade de sua identificação:
• Sujeito simples • Sujeito oculto ou elíptico É a palavra mais importante do
sujeito; sempre um substantivo, um
• Sujeito composto • Sujeito indeterminado pronome ou uma palavra
substantivada.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Sujeito
Classificação do sujeito

Sujeito simples É aquele em que o sintagma nominal tem apenas um


núcleo, que pode ser substantivo ou pronome.

Exemplo:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Sujeito
Classificação do sujeito

Sujeito composto É aquele cujo sintagma nominal apresenta mais de


um núcleo.

Exemplo:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Sujeito
Classificação do sujeito

Sujeito oculto É aquele que não está expresso na oração, mas pode
ou elíptico ser identificado pela desinência verbal ou pelo contexto.

Exemplo:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Sujeito
Classificação do sujeito

Sujeito É aquele que não está expresso na oração porque não


indeterminado se pode ou não se quer identificá-lo.

Exemplo:
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Alguns usos de -são e -ção

suspender suspensão abster abstenção

inverter inversão exportar exportação

divertir diversão construir construção


MÓDULO 2 – Vidas e memórias

• Imagem de abertura
• Narrativa de memórias
• Grafite
• Predicado verbal
• Variações geográfica e histórica
• Biografia romanceada
• Verbos irregulares
• Acentuação de monossílabos tônicos
M
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t
i
NARRATIVA DE MEMÓRIAS
Explorando o gênero – O texto

O gênero textual narrativa de memórias


parte das experiências de vida de alguém e é
contado no presente, com base nas
lembranças da pessoa, com o objetivo de
registrar e compartilhar vivências. Por isso, é
possível dar ênfase a determinados períodos
ou acontecimentos. Trata-se de um gênero
que circula em livros, revistas e sites, por
exemplo, e que pretende divulgar a história
de pessoas públicas de diversas áreas que,
de alguma maneira, se tornaram conhecidas
ou que desejam divulgar suas experiências.

C
a
r
NARRATIVA DE MEMÓRIAS
Explorando o gênero – A composição

No gênero textual narrativa de memórias, os fatos narrados são pontuados por


lembranças e sentimentos. Por isso, geralmente, apresenta segmentos narrativos e
descritivos em sua composição.
Os fatos são narrados em uma C
sequência progressiva, podendo ou não a
r
ser organizados de forma cronológica. l
o
Ao recriá-los, o autor procura s
C
transportar os leitores para o tempo e o a
m
espaço onde ocorreram os acontecimentos i
n
narrados. Impressões e opiniões são h
a
comuns no gênero para mostrar os
sentimentos e o ponto de vista do autor.
NARRATIVA DE MEMÓRIAS
Explorando o gênero
– A linguagem

Os marcadores temporais
são palavras e expressões
usadas para demarcar um
momento determinado, a
passagem do tempo, a
frequência de uma ação, a
progressão e a sequência de
eventos. Esses marcadores
permitem organizar os fatos em
uma sequência progressiva de
tempo.
C
a
r
NARRATIVA DE MEMÓRIAS
Explorando o gênero – A linguagem
A narrativa de memórias é escrita em 1a pessoa e, geralmente, o
registro empregado é formal. Alguns textos apresentam marcas
regionais ou de época, bem como traços da subjetividade do autor.
Isso justifica o uso de recursos expressivos, como a metáfora, para
C
enfatizar as sensações e os sentimentos de quem escreve.
a
r
Na construção do texto, são empregadas palavras e expressões
l
o
que marcam tempo e lugar, substantivos e adjetivos para nomear e
s
C
qualificar pessoas, lugares e situações, assim como verbos
a predominantemente nos tempos do pretérito.
m
i
n
h
a Alguns termos, como os pronomes, permitem o
encadeamento de frases e parágrafos ao estabelecer a
coesão com algum termo anterior ou posterior.
Acervo Studio Kobra/© KOBRA, Eduardo/ AUTVIS, Brasil

GÊNEROS EM
DIÁLOGO
Narrativa de memórias
e grafite
O grafite é uma pintura feita em muros
ou em fachadas de construções, geralmente
em áreas urbanas. No grafite, é comum o
uso de diferentes linguagens, como a verbal
e a não verbal, além do uso de técnicas e
estilos próprios do artista. O grafite surgiu
em São Paulo, na década de 1970, como
uma expressão artística de protesto e de
crítica social. Rapidamente ele se
disseminou pelo Brasil.

KOBRA, Eduardo. Malala. 2014. Disponível em:


<www.eduardokobra.com/malala/>. Acesso em: 2 jan. 2020.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Predicado verbal
As orações, na maior parte das vezes, são formadas por sujeito e predicado. O
predicado é o termo da oração que declara algo sobre o sujeito.
Leia os exemplos a seguir.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Predicado verbal
Os predicados dessas orações apresentam diferentes informações a respeito dos
sujeitos, o que mostra as três classificações do predicado:

verbal (em I) nominal (em II) verbo-nominal (em III)


POR DENTRO DA LÍNGUA
Predicado verbal
Exemplos:

No predicado verbal, as formas verbais expressam uma informação e têm um sentido


próprio. Em geral, esses verbos exprimem ações, acontecimentos ou fenômenos da natureza.
No predicado verbal, o verbo significativo é o elemento principal da ação ou da atividade
expressa na oração. A parte que exerce a função de predicado verbal na oração é chamada de
sintagma verbal.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Predicado verbal
Leia os exemplos a seguir:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Predicado verbal
Pontuação entre o sujeito e o predicado

O sujeito e o predicado estabelecem entre si uma relação complementar de sentido. Por


isso, não se deve usar vírgula entre eles, ainda que o sujeito esteja depois do predicado.

Sujeito antes
do predicado

Sujeito depois
do predicado
LINGUAGEM E SENTIDOS
Variações geográfica e histórica
O uso de termos próprios de uma região, além do seu modo particular de falar, é
chamado de variação geográfica (ou regional) e ocorre em todas as línguas do mundo. Além
da variação geográfica (ou regional), há também a variação histórica.

Variação geográfica É o processo de mudança que ocorre na língua e que a


(ou regional) torna própria de uma região, uma cidade ou um país.

É o processo de mudança que ocorre na língua ao longo


do tempo. Em um texto escrito por pessoas idosas, por
Variação histórica exemplo, podemos encontrar termos e expressões que não
utilizamos mais hoje em dia.
BIOGRAFIA ROMANCEADA
Explorando o gênero – O texto
A biografia romanceada é um gênero literário que narra fatos sobre
a vida de alguém e que geralmente os mescla a um pouco de ficção. O
gênero registra e divulga as experiências de vida de uma pessoa
conhecida ou relevante na sociedade.
A biografia de uma personalidade permite, dentre outros aspectos,
entender um pouco melhor o tempo em que ela viveu, por meio de
suas ações, comportamentos, costumes, relacionamentos, gostos
pessoais etc. Trata-se de um texto subjetivo, ou seja, com marcas de
autoria que revelam o posicionamento crítico do autor. O gênero
costuma ser publicado em livros, por se tratar de um romance.

Artur Fujita
BIOGRAFIA ROMANCEADA
Explorando o gênero – A composição

A biografia romanceada é um gênero


predominantemente narrativo, que apresenta
elementos como espaço, tempo, enredo, foco
narrativo em 3a pessoa e apresenta fatos em
sequência cronológica.
Há breve descrição dos cenários e das
características dos personagens, para que o
leitor trace seu perfil. Para ampliar a visão
crítica do leitor acerca dos fatos narrados, além
da voz do narrador, costuma-se trazer a voz do
protagonista e de outros personagens com o
uso do discurso direto.

A
BIOGRAFIA ROMANCEADA
Explorando o gênero – A linguagem
Na biografia romanceada é comum a presença de adjetivos e locuções
adjetivas para evidenciar as características físicas e psicológicas dos
personagens, suas ações e seus sentimentos, e para descrever os espaços
onde os fatos acontecem.
Há a presença de marcadores
temporais, evidenciando a sequência
cronológica, e de marcadores espaciais,
para definir os lugares em que ocorrem as
ações dos personagens. A predominância
das formas verbais no presente e no
pretérito do indicativo revela uma
presença de fatos habituais e passados
sobre a vida dos personagens. A
r
t
u
r
POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbos irregulares
Os verbos se organizam em três conjugações: verbos terminados em -ar (primeira
conjugação), em -er (segunda conjugação) e em -ir (terceira conjugação).
Os verbos se modificam, quando conjugados, de acordo com os tempos e modos verbais.
Veja:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbos irregulares
Nas formas verbais dos verbos voltar, escrever e partir, os radicais – parte destacada em
preto nas palavras – ficam inalterados. Isso ocorre também com grande parte das
terminações ou desinências verbais – parte destacada em azul. Por causa dessa regularidade,
esses verbos são chamados de regulares.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbos irregulares
Veja estes exemplos.

Essa forma verbal está na 1a


pessoa do plural do futuro do
presente do modo indicativo.

Essa forma verbal está na 3a


pessoa do plural do pretérito
imperfeito do subjuntivo.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbos irregulares
Compare os verbos da primeira conjugação gostar e dar.

Embora seja da primeira conjugação, como gostar, o verbo dar modifica a terminação no
presente do indicativo. Portanto, esse verbo já não apresenta regularidade.
Veja, a seguir, a mesma comparação com verbos da segunda conjugação.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbos irregulares
Podemos concluir que fazer e dar são verbos irregulares.

Veja a conjugação dos verbos poder e ver no quadro a seguir.


POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbos irregulares
Os verbos irregulares conjugam-se nos mesmos modos e tempos verbais dos verbos
regulares. A diferença é que em algumas formas verbais ocorrem irregularidades.
As desinências verbais, sejam modo-temporais (DMT) ou número-pessoais (DNP),
transmitem informações sobre o modo, o tempo, o número e a pessoa em que as formas
verbais estão conjugadas.

Essas formas verbais apresentam -re- como desinência modo-temporal. O uso dessa
desinência informa que elas estão empregadas no futuro do presente do indicativo. Já a
desinência número-pessoal -mos informa que todas elas se encontram na primeira pessoa do
plural (nós).
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Acentuação de monossílabos tônicos

Monossílabos átonos o, a, ao, da, em, os, as, de etc.

Monossílabos tônicos com acento é, pé, só, vê etc.

Monossílabos tônicos sem acento rei, não, quem, um, ser, lhe, mão, si, por etc.
MÓDULO 3 – Os segredos da publicidade

• Imagem de abertura
• Anúncio publicitário
• Texto legal
• Verbo: modo imperativo
• Homônimos
• Carta de reclamação
• Advérbio e locução adverbial
• Uso da vírgula: separação de advérbios e locuções adverbiais
GO! Comunicação
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
Explorando o gênero – O texto
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
Explorando o gênero – O texto
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
Explorando o gênero – A composição
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
Explorando o gênero – A composição
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
Explorando o gênero – A linguagem
GÊNEROS EM
DIÁLOGO
Anúncio publicitário e texto legal
Os anúncios publicitários refletem a sociedade e a
época, ao reproduzir comportamentos e valores vigentes, e
podem também incentivar mudanças de comportamentos.
Por isso, a publicidade precisa de regulação para evitar
abusos e inadequações.
Para garantir os direitos do consumidor e regular a
publicidade de produtos e serviços oferecidos, existem os
textos legais.

Em textos legais, o símbolo


Parágrafo de parágrafo é §, que sinaliza o
desdobramento de um artigo.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbo: modo imperativo

É comum também o uso de formas verbais no modo imperativo em alguns títulos de


livros. Veja os exemplos a seguir.

Nessas frases, as formas verbais alimente e desista expressam apelo.


POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbo: modo imperativo
Formação do imperativo: imperativo afirmativo

O imperativo afirmativo origina-se de dois tempos verbais: do presente do indicativo e


do presente do subjuntivo. Veja como isso se dá no exemplo com o verbo deixar.
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo

eu deixo – (que) eu deixe


tu deixas deixa (tu) (sem o s final) (que) tu deixes

ele deixa deixe (você) (que) ele deixe

nós deixamos deixemos (nós) (que) nós deixemos

vós deixais deixai (vós) (sem o s final) (que) vós deixeis

eles deixam deixem (vocês) (que) eles deixem


POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbo: modo imperativo
Formação do imperativo: imperativo negativo

Presente do subjuntivo Imperativo negativo


O imperativo negativo é (que) eu suje –
formado pelas formas
verbais do presente do (que) tu sujes não sujes (tu)
subjuntivo sem alteração, (que) ele suje não suje (você)
precedidas pela palavra (que) nós sujemos não sujemos (nós)
não.
Veja, ao lado, o (que) vós sujeis não sujeis (vós)
exemplo com o verbo sujar. (que) eles sujem não sujem (vocês)
LINGUAGEM E SENTIDOS
Homônimos

Sinal gráfico que indica como deve ser pronunciada


Acento
uma vogal quanto a sua tonicidade ou a seu timbre.

Parte de um objeto (cadeira, banco etc.) ou lugar


Assento
em que se pode sentar.
CARTA DE RECLAMAÇÃO
Explorando o gênero – O texto
CARTA DE RECLAMAÇÃO
Explorando o gênero – A composição

a) Objeto de reclamação. d) Contra-argumento do gerente em


resposta ao cliente.
b) Motivo da reclamação.
e) Sugestão de solução.
c) Argumento usado para justificar a
pertinência da reclamação. f) Saudação.
CARTA DE RECLAMAÇÃO
Explorando o gênero – A linguagem
POR DENTRO DA LÍNGUA
Advérbio e locução adverbial
As palavras que se relacionam às formas verbais, Advérbio
indicando circunstâncias, são chamadas de advérbios. É a palavra que indica as circunstâncias
Os advérbios são invariáveis, ou seja, não se relacionadas, principalmente, à ação verbal.
flexionam, e classificam-se de acordo com a ideia que
expressam (dúvida, tempo, modo, afirmação, lugar,
intensidade, negação etc.).

Locução adverbial
Essas circunstâncias também podem ser expressas
pelas locuções adverbiais. A locução adverbial se constitui por duas ou
mais palavras que, juntas, exercem função de
advérbio.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Advérbio e locução adverbial
Classificação de advérbios e locuções adverbiais
Circunstância Exemplos de advérbios ou locuções adverbiais

tempo ontem, hoje, amanhã, agora, sempre, cedo, tarde, de repente

modo devagar, bem, mal, assim, ao acaso, com cuidado

lugar aqui, ali, lá, adiante, perto, longe, ao lado, em cima

intensidade muito, pouco, bem, bastante, mais, menos, demais, apenas

dúvida talvez, possivelmente, provavelmente, eventualmente

afirmação sim, certamente, sem dúvida, com certeza

negação não, absolutamente, de modo algum, de jeito nenhum


UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Uso da vírgula: separação de advérbios e locuções adverbiais

• Em geral, usa-se a vírgula quando advérbios e locuções adverbiais forem


empregados no início das orações.

• Advérbios e locuções adverbiais poderão ficar entre vírgulas quando forem


empregados no meio das orações ou intercalados.

• Não se usa a vírgula quando advérbios e locuções adverbiais forem empregados no


final das orações, a não ser que haja a intenção de enfatizar esses elementos.

Exemplo:
MÓDULO 4 – Opinião e cidadania

• Imagem de abertura
• Artigo de opinião
• Abaixo-assinado
• Verbos transitivos e intransitivos
• Palavras primitivas e derivadas
• Infográfico
• Preposição
• Ditongo e hiato
M
a
r
ARTIGO DE OPINIÃO
Explorando o gênero – O texto

O artigo de opinião é um texto


argumentativo do campo jornalístico-midiático,
cuja finalidade é convencer o leitor da validade
de determinado ponto de vista. Para isso, faz
uso de uma argumentação consistente. Discute
assuntos cotidianos de interesse da sociedade.
Circula em jornais e revistas tanto impressos
quanto virtuais, assim como é apresentado
oralmente em programas de rádio, televisão e
internet.
O articulista, geralmente, é um especialista,
o que garante confiabilidade às informações
apresentadas.
LORENTZ, Leonardo. Onde está sua bicicleta?
Pensamento Verde.
ARTIGO DE OPINIÃO
Explorando o gênero – A composição Contra-argumentar

No artigo de opinião, o ponto de vista do autor apoia-se no uso de Estratégia de antecipar e


rebater um possível
diferentes tipos de argumentos: apresentação de dados (prova concreta); argumento contrário ao que
citação de especialistas ou referência a órgãos reconhecidos (argumento está sendo defendido.
de autoridade); consenso entre a maioria das pessoas (senso comum);
apresentação das causas e consequências de algo (causa e consequência);
apresentação de fato ou exemplo concreto para comprovar o que se
afirma (exemplificação).

No artigo de opinião, o articulista defende seu ponto de vista por meio de argumentos e contra-
argumentos. São esses recursos argumentativos que validam o ponto de vista defendido.
Geralmente, o texto é composto por: introdução (apresentação do assunto a ser discutido e do
posicionamento defendido), desenvolvimento (parte na qual o autor valida sua opinião) e conclusão
(proposta ao leitor para realizar uma ação).
ARTIGO DE OPINIÃO
Explorando o gênero – A linguagem

No artigo de opinião, o posicionamento do autor


é construído pelos argumentos e orientado por J
o
palavras conhecidas como operadores ã
o
argumentativos. Eles organizam as ideias, P
r
ressaltando as mais impactantes ou contrapondo u
d
argumentos, de modo que o leitor possa estabelecer e
Ciclista utilizando a ciclofaixa da Ponte Newton
relações de sentido e, principalmente, conclusões Navarro, conhecida também como Ponte de
n
t
lógicas e coerentes. Todos ou Ponte Forte, em Natal (RN), 2019.
e
/
P
u
l
s
a
r
Em alguns textos argumentativos, o uso da 1a pessoa do plural funciona como estratégia I
m
persuasiva ao aproximar autor e leitor, sugerindo que o autor partilha das mesmas ideias do leitor. a
g
e
n
s
GÊNEROS EM DIÁLOGO
Artigo de opinião e abaixo-
assinado
Abaixo-assinado é um documento
coletivo que representa um pedido, apoio,
manifestação ou protesto destinado a uma
autoridade (prefeito, diretor da escola,
secretário de obras etc.), tanto do poder
público quanto do setor privado.
O abaixo-assinado virtual pode conter
uma barra progressiva que indica o número
de assinaturas necessárias e efetivadas,
espaço para os comentários de quem assina
e de outras pessoas interessadas, além de
hyperlinks relacionados ao assunto.
OLIVEIRA, Guilherme Salles de. Queremos
acessibilidade para os cadeirantes em Fortaleza.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbos transitivos e intransitivos
Alguns verbos precisam que se complemente seu sentido para poder compreender a
oração e outros, apenas de informações sobre as circunstâncias de modo e lugar, por exemplo,
em que os fatos ocorrem. Esses verbos são classificados, respectivamente, como transitivos e
intransitivos.

Verbo transitivo Verbo intransitivo

É aquele que, por não exprimir uma ideia É aquele que exprime uma ideia completa e, por isso, não necessita
de nenhum termo que complemente seu sentido.
completa, necessita da presença de um
termo – o complemento – que complete seu Exemplo: Experimente pedalar pelo seu
sentido. bairro, pela cidade.
Exemplo: Experimente tirar a sua bike da
garagem.
LINGUAGEM E SENTIDOS
Palavras primitivas e derivadas
As palavras derivadas são formadas com o acréscimo de afixos, isto é, de prefixos e
sufixos. Esse processo é chamado de derivação.
Derivação é o processo pelo qual a palavra é formada a partir de outra já existente na língua
(palavra primitiva). Esse processo pode ser feito das seguintes maneiras:

1. Acrescentando um prefixo ao radical (ou à palavra primitiva). Esse processo é chamado


de derivação prefixal. Exemplos: desrespeito, inseguro, antebraço.

2. Acrescentando um sufixo ao radical (ou à palavra primitiva). Esse processo é chamado de


derivação sufixal. Exemplos: brasileira, diário, motorista.

3. Acrescentando um prefixo e um sufixo ao radical (ou à palavra primitiva). Esse processo é


chamado de derivação prefixal e sufixal. Exemplos: despreparado, insustentável.
INFOGRÁFICO
Explorando o gênero –
O texto

O infográfico tem como finalidade


informar ou explicar algo de modo
sucinto, objetivo, dinâmico e em
linguagem acessível por meio de
breves textos escritos e elementos não
verbais. Os assuntos tratados
costumam abranger áreas diversas, e
não apenas a científica.

Esse gênero textual pode circular em veículos do meio impresso e do meio digital. Muitas ©

vezes, integra-se a outros gêneros textuais, como reportagens, artigos, textos de divulgação W
W
científica. F
-
B
r
a
INFOGRÁFICO
Explorando o gênero – A composição
INFOGRÁFICO
Explorando o gênero – A linguagem

W
W
F
POR DENTRO DA LÍNGUA
Preposição
Per
Preposição é a palavra invariável que liga duas outras palavras,
estabelecendo entre elas determinadas relações de sentido. Forma arcaica da
preposição por. É
ainda utilizada em
casos especiais,
como você verá
mais adiante.

Em alguns casos, a relação de sentido entre duas palavras é estabelecida por uma
expressão denominada locução prepositiva. Essas locuções, formadas por mais de uma palavra,
funcionam como se fossem preposições.

Exemplo
:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Preposição
Algumas relações de sentido estabelecidas por preposições

a Lugar de destino: Nunca vou a São Paulo. Por e pôr


Finalidade: Todas as tardes saímos a passeio. Sem acento, por é
com Causa: Fico triste com a fome no mundo. uma preposição.
Modo: Ande com cuidado. Exemplo:
de Assunto: Ele falou de futebol. Venha por aqui!.
Matéria: Comprei um chapéu de palha. Pôr, com acento, é
a forma do verbo no
em Lugar: Ela estava perdida em algum ponto da cidade. infinitivo. Exemplo:
Tempo: O fogo destruiu o casarão em minutos. Precisamos pôr os
por Causa: O bombeiro foi condecorado por bravura. pingos nos is.
Meio: Meu pai mandou um recado por João.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Preposição
Combinação e contração das preposições

Algumas preposições podem se


unir a outras palavras de dois modos:
por combinação ou por contração.
A combinação ocorre, por exemplo,
quando a preposição a se une ao
artigo o, formando ao, e ao advérbio
onde, formando aonde, mantendo o
mesmo som.
Veja os exemplos ao lado:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Preposição
Combinação e contração das
preposições

A contração ocorre
quando as preposições, ao
se unirem a outras
palavras, sofrem
modificações sonoras e
gráficas.
Veja os exemplos ao
lado:
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Ditongo e hiato
Ditongo é o encontro de dois sons vocálicos – vogal e semivogal – na mesma sílaba.
Exemplos: brasileiros (vogal + semivogal); lavouras (vogal + semivogal).
Quanto à sonoridade, os ditongos podem ser abertos ou fechados. Exemplos: respeito;
refeição; lavoura – ditongos fechados; cacau, causas, território – ditongos abertos.
Os ditongos abertos podem ou não ser acentuados:
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Ditongo e hiato

Hiato é o encontro de dois sons vocálicos em sílabas diferentes. Exemplos: pecuária,


bioma.
Em alguns casos, as vogais i e u dos hiatos podem ser acentuadas; em outros, não.
MÓDULO 5 – Vozes do mundo

• Imagem de abertura
• Reportagem
• Rap
• Verbo transitivo
• Complementos verbais: objeto direto e objeto indireto
• Palavras compostas
• Entrevista
• Concordância verbal
• Pontuação e marcas de oralidade
T
a
m
REPORTAGEM
Explorando o gênero – O texto

A reportagem é um gênero jornalístico


que trata de questões de interesse do público
em geral. Para isso, quem a produz realiza
um trabalho investigativo: pesquisa dados e
informações e realiza entrevistas com
especialistas no assunto, visando levar
informações mais detalhadas e aprofundadas
sobre o assunto tratado. Ela circula em
veículos como jornais, revistas, blogues de
jornalistas, assim como em emissoras de
rádio e de televisão.

RAMOS, Cleidiana. Crianças negras desafiam história de exclusão. A


Tarde, Salvador, 20 nov. 2014. Consciência Negra (caderno especial), p.
REPORTAGEM
Explorando o gênero – A composição

O título da reportagem pode trazer uma síntese do assunto,


como pode também somente provocar a curiosidade do leitor,
despertando seu interesse pela leitura e deixando para a linha-
fina (ou subtítulo) a função de fornecer informações mais
objetivas sobre o assunto.

Geralmente, a reportagem é composta da associação de


elementos da linguagem verbal – título, linha-fina (ou subtítulo),
texto principal e textos complementares – a recursos visuais,
como mapas, gráficos, infográficos, fotografias e ilustrações, que
visam ampliar as informações e explicar o assunto em detalhes,
evidenciando o trabalho investigativo na produção do texto.
J
o
r
REPORTAGEM
Explorando o gênero – A linguagem

No discurso direto, a fala do entrevistado é transcrita


entre aspas, com um verbo de elocução antes, no meio ou
depois do que é dito. Já no discurso indireto, o que disse o
entrevistado aparece de forma indireta, sem aspas e com
algumas adaptações.
A linguagem de uma reportagem deve ser clara e
objetiva, para que cumpra a finalidade de informar detalhes
ao leitor. A voz dos entrevistados pode aparecer em
discurso direto ou indireto. No discurso direto, o uso de
verbos de elocução antes, no meio ou após a citação ajuda
a perceber a intencionalidade de quem está falando. Utiliza-
se a 3a pessoa do discurso, conferindo impessoalidade ao
assunto em discussão.

Jorna
lA
GÊNEROS EM DIÁLOGO
Reportagem e rap

O rap é um gênero musical caracterizado pelo ritmo acelerado e pelo


canto recitado. As letras, que, em princípio, são poesias rimadas, expõem
o cotidiano da periferia das grandes metrópoles e criticam a
discriminação racial e a opressão de qualquer natureza, além de
defenderem a valorização do cidadão consciente e a preservação de sua
identidade.

Rap

A palavra rap vem do verbo em inglês to rap, que significa “dizer


rápido”. Em inglês, o ato de fazer esse tipo de canção chama-se rapping
(ou rappin'). No final dos anos de 1970, esse gênero musical propagou-se
nos Estados Unidos e chegou ao Brasil no final da década de 1980.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbo transitivo

Os verbos, palavras que exercem a função de núcleo do predicado verbal e do sintagma


verbal, podem ou não precisar de complemento.
Os verbos podem ser classificados como transitivos ou intransitivos. Os verbos transitivos
são aqueles que precisam de termos para completar os seus sentidos.
• O verbo transitivo direto vem acompanhado de um complemento que se liga diretamente a
ele, sem preposição. Exemplo:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Verbo transitivo
• O verbo transitivo indireto é acompanhado de um complemento que se liga a ele por meio
de uma preposição. Exemplo:

• O verbo transitivo direto e indireto vem acompanhado necessariamente de dois


complementos – um com preposição, outro sem. Exemplo:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Complementos verbais: objeto direto e objeto indireto
Os complementos verbais são termos que complementam o sentido dos verbos e podem vir
ligados a eles de modo direto (sem preposição) ou indireto (com preposição).

• Objeto direto é o termo que completa o sentido do


verbo transitivo direto e vem ligado ao verbo sem
preposição. Exemplo:

• Objeto indireto é o termo que completa o sentido do verbo transitivo indireto. Esse termo
vem ligado ao verbo por meio de uma preposição. Exemplo:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Complementos verbais: objeto direto e objeto indireto

O verbo transitivo também pode exigir dois complementos verbais simultaneamente: um


objeto direto e um objeto indireto. Exemplo:
LINGUAGEM E SENTIDOS
Palavras compostas

couve-flor Palavra composta por couve + flor.

malmequer Palavra composta por mal + me + quer.

porta-bandeira Palavra composta por porta + bandeira.

cavalo-marinho Palavra composta por cavalo + marinho.


ENTREVISTA
Explorando o gênero – O texto A entrevista é um gênero textual que tem
a finalidade de informar o leitor por meio de
perguntas e respostas sobre determinado
assunto ou sobre a vida de alguém. Ocorre
frequentemente em situação oral, de
interação face a face. O entrevistador
costuma elaborar previamente as perguntas
para que o entrevistado as responda,
estabelecendo, assim, um diálogo.
Circula em diferentes meios, como
programas de rádio, televisão e internet, e,
quando transcritas, podem ser publicadas em
versão impressa em jornais, revistas e sites.

UMA VISÃO diferente do Brasil. Joca, 16 set.


2019.
ENTREVISTA
Explorando o gênero – A composição

A introdução de uma entrevista, geralmente,


apresenta o entrevistado, destacando algum
aspecto de sua vida, e traz informações sobre o(s)
assunto(s) abordado(s).

A elaboração prévia das perguntas de uma


entrevista é essencial para que ela cumpra seu
propósito comunicativo: informar sobre determinado
assunto ou sobre a vida de alguém.

UMA VISÃO diferente do Brasil. Joca, 16 set.


2019.
ENTREVISTA
Explorando o gênero –
A composição
A entrevista, quando transcrita, é composta
de título, introdução (ou abertura) e corpo do
texto, com as perguntas e respostas.
O entrevistador conduz a entrevista, faz as
perguntas e introduz novos assuntos ou
desdobra-os, de acordo com os objetivos
pretendidos e as respostas do entrevistado.
Depois de transcritas, em geral aplica-se às
perguntas um recurso gráfico que as diferencia
das respostas, para facilitar a leitura. As
imagens dos entrevistados são frequentemente
usadas, para que o leitor possa conhecê-los
melhor. UMA VISÃO diferente do Brasil. Joca, 16 set.
2019.
Kaua
n

ENTREVISTA
Explorando o gênero – A linguagem

As entrevistas podem se valer de uma


linguagem mais formal ou mais informal, a
depender do entrevistado, do suporte em que foi João
publicada, do público-alvo e do objetivo do
entrevistador.
Por ser um gênero típico da interação oral,
quando transcrita costuma-se conservar o modo
próprio da fala do entrevistado, além das marcas
linguísticas de oralidade, a exemplo de frases mais
curtas, gírias, marcadores conversacionais ou
palavras reduzidas.
Ao longo do texto, é comum o uso de verbos
no pretérito e no presente.
I
m
Ghaz a
g
al
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância verbal
Com sujeito simples

• Em orações com sujeito constituído de expressões como mais de, menos de, cerca de e
perto de seguidas de numeral, a forma verbal concorda com o numeral. Exemplos:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância verbal
Com sujeito simples

• Com sujeito constituído de expressões como qual(is) de nós/vocês, alguns de nós, muitos de
vocês, a forma verbal concorda com o primeiro pronome da expressão. Exemplos:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância verbal
Com sujeito composto

• Quando os núcleos do sujeito composto


estão acompanhados das palavras cada ou Cada criança, cada homem, cada mulher
nenhum(a), a forma verbal fica no singular. tem direito à saúde e à educação.
Exemplo:
A fiscalização, a preocupação, o estímulo,
• Quando o sujeito composto vem resumido a confiança, tudo ajuda a melhorar a vida.
por um pronome indefinido, a forma verbal fica O pai, a mãe, os irmãos de Ghazal,
no singular. Exemplos: ninguém veio para o Brasil.

• Quando os núcleos do sujeito composto A turma A ou a turma B encenará o auto de


são ligados por ou, indicando ideia de exclusão, a Natal.
forma verbal fica no singular. Exemplo:
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Pontuação e marcas de oralidade
A língua falada é constituída de elementos como pausas, hesitações, alongamentos de vogais e
consoantes, repetições, ênfases, que possibilitam ao falante atribuir diferentes sentidos. Na língua
escrita, alguns desses elementos são transmitidos para o leitor por meio dos sinais de
pontuação.
Em situações de
comunicação como a da
entrevista transcrita ao
lado, esses elementos têm
de ser descritos.

ENTREVISTA com refugiados de


São Paulo. Produção: TV
Gazeta. 27 jan. 2017. Vídeo
(22min24s).
MÓDULO 6 – Com um pé na ciência

• Imagem de abertura
• Palestra
• Infográfico
• Complemento verbal: pronome oblíquo
• Pronome pessoal oblíquo como complemento verbal
• Marcadores conversacionais
• Artigo de divulgação científica
• Recursos de coesão sequencial e referencial
• Adjunto adnominal
A
l
e
PALESTRA
Explorando o gênero –
O texto

A palestra é uma apresentação


oral em que uma pessoa, denominada
palestrante, compartilha informações
e conhecimentos com um auditório,
formado por um público interessado
no assunto.
É um gênero textual oral formal e
público, presente nas esferas
acadêmica, escolar e científica, e um
importante meio de troca de
conhecimentos.

Antonio Nobre mostra à plateia uma imagem dos T


E
rios em meio à floresta. D
Modulação de voz

PALESTRA Variação de altura e


velocidade, ou seja, falar mais
Explorando o gênero – A composição rápida ou mais lentamente,
pronunciar com mais ênfase ou
menos ênfase as palavras ao
A palestra apresenta muitos formatos, dizê-las.
variando conforme a finalidade, o tema, o
público, entre outros fatores. Modulação de
voz, gestualidade, movimentação corporal e Sequências textuais
expressões faciais são alguns de seus Conjuntos de palavras com funções
recursos multissemióticos ou multimodais. específicas. A sequência narrativa reúne um
Embora não tenha formato fixo, em geral conjunto de ações; a sequência descritiva, a
ela apresenta, em sua composição, abertura, caracterização de algo; a sequência dialogal
introdução ao tema, ideia principal, compreende a fala entre personagens ou
desenvolvimento, conclusão e encerramento. A interlocutores; a sequência argumentativa, a
apresentação pode ser acompanhada de apresentação de um ponto de vista; a
recursos que ajudam os ouvintes a sequência expositiva, a explicação de algo,
compreender melhor alguns pontos, como como um conceito, um termo técnico, um
imagens, infográficos e vídeos. fenômeno etc.
PALESTRA
Explorando o gênero – A linguagem
GÊNEROS EM DIÁLOGO
Palestra e infográfico
Na palestra, predomina a linguagem
verbal oral, embora o palestrante use
também a linguagem não verbal (gestos,
movimentos corporais e imagens utilizados
como apoio) e a linguagem verbal escrita
(nos apoios visuais).
O infográfico é constituído de
linguagem verbal escrita e linguagem não
verbal, e tem como finalidade informar ou
explicar algo de modo sucinto, objetivo e
dinâmico, possibilitando a autonomia do
leitor ao abordar as informações
apresentadas.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Complemento verbal: pronome oblíquo

Os verbos transitivos – diretos, indiretos e diretos e indiretos – precisam de complementos


para que os sentidos da oração em que se encontram sejam compreendidos. Essa função de
complemento verbal pode ser exercida por nomes (substantivos) e pronomes.

Exempl
o:

O pronome em destaque foi usado no sentido de “a mim”, exercendo, portanto, a função de


complemento verbal.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Pronome pessoal oblíquo como complemento verbal

O pronome pessoal oblíquo também pode exercer a função sintática de complemento verbal,
podendo ser objeto direto ou objeto indireto. Exemplos:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Pronome pessoal oblíquo como complemento verbal

Veja os pronomes oblíquos e as funções que exercem:

Exemplos:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Pronome pessoal oblíquo como complemento verbal

Os pronomes pessoais oblíquos o, a, os, as após o verbo:


• podem transformar-se em lo, la, los, las quando as formas verbais terminarem em -r, -s
ou -z.

Exempl
o:

• podem transformar-se em no, na, nos, nas quando as formas verbais terminarem em
som nasal.
Exempl
o:
LINGUAGEM E SENTIDOS
Marcadores conversacionais
Na comunicação oral, além de recursos não verbais, como gestos, entonação e postura,
usamos palavras e expressões que funcionam como marcadores conversacionais. Essas palavras
e expressões são usadas para encadear, articular e organizar a conversação, possibilitando
maior interação entre os falantes.
Veja, no quadro a seguir, alguns desses marcadores e o que eles sinalizam.
ARTIGO DE DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA
Explorando o gênero – O texto
O artigo de divulgação científica
tem como finalidade divulgar
conhecimentos científicos a leitores
interessados e não especialistas no
assunto abordado. Visa também
ampliar o número de leitores
interessados na Ciência e nas
diversas áreas do conhecimento.
Costuma circular em revistas,
sites especializados e cadernos
especiais de jornais. Geralmente, é
produzido por jornalistas especialistas
em divulgação científica.
ARTIGO DE DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA
Explorando o gênero –
Everett/Fotoarena

A composição

A estrutura do artigo de
divulgação científica depende do
assunto e da situação de
produção. Geralmente,
apresenta título, subtítulo (ou
linha-fina) e intertítulos. A
apresentação das informações
segue uma ordem: introdução,
ideia principal, desenvolvimento
e conclusão.
Também é comum o uso de citações de especialistas e pesquisadores como forma de dar
credibilidade às informações apresentadas no texto.
ARTIGO DE DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA
Explorando o gênero – A linguagem
A interlocução entre autor e leitor por meio de perguntas no texto, assim como o uso de
expressões que enumeram as informações, são recursos linguísticos que permitem a quem lê
entender o que se diz.

A linguagem do artigo de divulgação científica deve ser precisa


e objetiva, mas também acessível a leitores não especialistas no
assunto. Em relação a termos específicos da área científica
abordada, geralmente são usados recursos como comparações,
definições, paráfrases, enumerações e apresentação de exemplos.
Quando o artigo de divulgação científica é publicado em
revistas para um público geral, amplo e não especialista, além do
objetivo de transmitir o conteúdo científico, há também o de
entreter. Por isso, muitos desses textos usam recursos próprios da
linguagem informal.
iluis
trat
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Recursos de coesão sequencial e referencial

Os recursos coesivos estabelecem ligações entre as palavras, as orações e as partes de


um texto. Eles podem ser recursos de coesão sequencial e também de coesão referencial.

São os mecanismos de coesão que fazem o texto ter uma continuidade.


POR DENTRO DA LÍNGUA
Adjunto adnominal
Adjunto adnominal é o termo da oração que caracteriza, especifica ou determina um
substantivo. Os adjuntos adnominais fornecem informações adicionais aos nomes com os quais
estão ligados. Podem exercer a função de adjunto adnominal:

Adjetivos e locuções adjetivas [...] Peter foi picado por uma aranha radioativa. [...] (adjetivo)
[...] tornando-se finos fios de seda. (locução adjetiva)
Pronomes* [...] alguns poderes do “cabeça-de-teia” fazem muito sentido biológico.

Numerais [...] cada pelo das aranhas pode possuir até três nervos.

Artigos As teias mais resistentes de aranhas são muito fortes [...].

* Observação: apenas os que acompanham o substantivo podem ser adjuntos adnominais.


MÓDULO 7 – Poesia e sentimento

• Imagem de abertura
• Poema narrativo
• Pintura
• Período composto por coordenação
• Figuras de linguagem
• Poema contemporâneo
• Concordância nominal
• Recursos expressivos do poema
R
o
b
POEMA NARRATIVO
Explorando o gênero – O texto

A matéria-prima do poeta é a palavra. Ao escrever um poema, ele


seleciona as palavras, explorando-as por meio dos diferentes recursos
que a língua oferece, a fim de convidar o leitor a construir novos
sentidos e ampliar sua percepção do mundo. Qualquer assunto pode
ser fonte de inspiração para o poeta.
No poema, a voz que fala é denominada eu lírico ou eu poético.
Assim como acontece em outros textos, o contexto sócio-histórico
em que o poeta vive e também as experiências pessoais estão de
F
a alguma forma impressos em sua obra.
b

o
E
u
g
e
n

o
POEMA NARRATIVO
Explorando o gênero – A composição
O poema narrativo apresenta elementos próprios de gêneros narrativos, como enredo,
espaço e tempo, mas sua forma de organização é em versos e estrofes. Forma e conteúdo são
inseparáveis no poema narrativo; por isso, o que se diz é tão importante quanto como se diz.
Ele pode apresentar rimas e outros recursos sonoros, que, além de darem musicalidade e ritmo,
ajudam a construir os sentidos do texto.

Verso Estrofe Rima


É uma sequência de palavras que É o agrupamento de versos. Em É um recurso sonoro baseado na
apresentam unidade de sentido e poemas que possuem mais de uma repetição ou na semelhança de sons
constroem a sonoridade do texto. Na estrofe, elas são separadas visualmente presentes no final dos versos (rima
escrita, cada verso corresponde a uma por um espaço em branco. externa) ou no meio dos versos (rima
linha do poema. interna).
POEMA NARRATIVO
Explorando o gênero – A linguagem

O poema narrativo tem um trabalho


minucioso de uso da linguagem, desde a escolha
das palavras até a seleção e a exploração dos
diferentes recursos linguísticos e estilísticos.
Esse uso cuidadoso produz efeitos expressivos
que convidam o leitor a construir novos sentidos
para o poema. Nele, predomina uma linguagem
verbal marcada pelo uso de figuras de linguagem
e do sentido figurado (ou simbólico) das palavras.
GÊNEROS EM DIÁLOGO
Poema e pintura C
o
l
e
ç
ã
Assim como os poemas, as artes plásticas o
p
também são carregadas de significado e a
possibilitam diversas leituras. r
t
Esta obra, do artista Leonid Afremov, é um i
c
exemplo disso. Por meio da representação de u
l
uma cena do cotidiano, o artista consegue a
r
expressar sentidos múltiplos e provocar diferentes
compreensões.

AFREMOV, Leonid. Beijo sob a chuva. 40 cm x 30 cm.


POR DENTRO DA LÍNGUA
Período composto por coordenação

Exempl
o:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Período composto por coordenação
Orações coordenadas sindéticas

Aditivas Expressam relação de soma, adição, continuidade. Exemplo: Aluguei um


cavalo por três mil-réis e fui à Rua do Catete.
Adversativas Expressam oposição, mudança de perspectiva, contradição em relação à
outra oração. Exemplo: Escrevi um lindo verso, mas era copiado.
Alternativas Expressam ideia de alternância, escolha. Exemplo: Após o tombo, o eu lírico
ou trocava de roupa ou ia enlameado ao encontro de Dulcineia.
Conclusivas Expressam ideia de conclusão do conteúdo da oração anterior. Exemplo: O
cavalo assustou-se com o gesto brusco de Dulcineia, então deu um pinote.
Explicativas Expressam ideia de explicação, de justificativa. Exemplo: Dulcineia ficou
irritada, pois viu o namorado sujo de lama.
LINGUAGEM E SENTIDOS
Figuras de linguagem
Comparação Aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de
semelhança. O elemento de comparação (a exemplo da palavra como) fica
explícito. Exemplo: Sentiu tanta dor que urrou como um urso.
Antítese Uso de palavras ou expressões de significados opostos. Exemplo: Sua alegria
é tão contagiante que afasta minha tristeza.
Eufemismo Emprego de palavras ou expressões que suavizam uma mensagem
considerada desagradável ou chocante. Exemplo: Sua vizinha faltou com a
verdade! (A expressão em destaque é usada no lugar de mentir, suavizando o
que está sendo dito.)
Ironia Consiste em afirmar o contrário daquilo que realmente se quer dizer ou questionar determinado comportamento com a
intenção de ridicularizar ou criticar. Exemplo: O jantar estava tão maravilhoso que nem consegui comê-lo.
POEMA CONTEMPORÂNEO
Explorando o gênero

O poema contemporâneo é um gênero textual cuja finalidade é emocionar,


criticar, fazer pensar, ampliar percepções. Algumas de suas características principais
são múltiplas possibilidades de leitura e relação intrínseca entre forma e conteúdo
na construção de sentidos.

A extensão pode variar bastante, e seus versos não necessariamente se


organizam em estrofes ou mesmo estrofes regulares. Muitos deles são construídos
com bastante liberdade, e o ritmo é dado pela pontuação e quebra dos versos, às
vezes repentina, uso de figuras de linguagem e imagens poéticas.

A escolha de termos pelo autor do poema não é aleatória e deve ser


coerente com os sentidos ou com a intencionalidade dos efeitos que se pretende
conseguir.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância nominal

Casos especiais de concordância nominal


I. Quando há mais de um substantivo, com gêneros e números diferentes, a concordância do
adjetivo pode ser feita de duas maneiras, dependendo da posição do adjetivo em relação ao
substantivo.
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância nominal
Casos especiais de concordância nominal

• Com adjetivo antes dos


substantivos, o adjetivo deve
concordar com o substantivo mais
próximo, embora a característica
expressa se refira aos dois
substantivos. Exemplos:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância nominal
Casos especiais de concordância nominal
• Com adjetivo depois dos substantivos, o adjetivo pode concordar com o substantivo mais
próximo, como no primeiro caso (concordância com o feminino plural), ou com os dois
substantivos (concordância com o masculino plural). Exemplos:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância nominal
Casos especiais de concordância nominal

II. Quando dois adjetivos


se referem a um único
substantivo precedido de
artigo, esse substantivo pode
ficar no singular ou no plural,
e se mantêm os adjetivos no
singular. Exemplos:
POR DENTRO DA LÍNGUA III. Quando são usados dois
numerais antes de um único
Concordância nominal substantivo, esse substantivo pode ser
Casos especiais de concordância nominal usado tanto no singular quanto no plural.
Exemplos:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância nominal
Casos especiais de concordância nominal

IV. Os adjetivos caro e barato concordam em gênero e número com o substantivo a que se
referem. Exemplos:
POR DENTRO DA LÍNGUA
Concordância nominal
Casos especiais de concordância nominal

V. A palavra meio, quando significa “metade”, é numeral e concorda com o substantivo.


Nesse caso, essa palavra é considerada adjetivo, isto é, exerce uma função adjetiva em relação
ao substantivo. Exemplo:
UMA QUESTÃO DE ESCRITA
Recursos expressivos do poema
Os sentidos dos poemas são construídos não apenas por palavras, mas também por
recursos sonoros (rimas, ritmos, repetições), semânticos (uso das figuras de linguagem) e
gráfico-espaciais. Além do recurso gráfico-espacial, há também o ritmo poético e a rima.
Ritmo poético É a expressividade na sequência de sons dos versos de um texto poético obtida
por meio dos seguintes procedimentos:
I. Jogo de sílabas tônicas e átonas. Exemplo: Morro pela menina, junto dela.
II. Semelhança de fonemas vocálicos e consonantais. Exemplo: Soluçou soluços de
saudades.
III. Pontuação dos versos. Exemplo: Alugo (três mil-réis) por uma tarde. O uso dos
parênteses leva o leitor a diminuir o fluxo de leitura e a refletir sobre o que está
sendo ressaltado pela pontuação.
Rima Consiste na repetição de sons idênticos ou semelhantes, geralmente na sílaba
final dos versos, podendo ocorrer também no interior dos versos. Exemplo:
Mariana passa sempre pela praça / só hoje é que não passa.

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